BIENAL DOS NEGÓCIOS DA AGRICULTURA
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BIENAL DOS NEGÓCIOS DA BIENAL DOS NEGÓCIOS DA AGRICULTURAAGRICULTURA
PESQUISA E TECNOLOGIA PESQUISA E TECNOLOGIA PARA O ARROZ DE PARA O ARROZ DE
TERRAS ALTASTERRAS ALTAS
26 DE AGOSTO DE 200526 DE AGOSTO DE 2005CUIABÁ - MTCUIABÁ - MT
CARLOS MAGRI FERREIRA [email protected] MAGRI FERREIRA [email protected]
BEATRIZ DA SILVEIRA PINHEIROBEATRIZ DA SILVEIRA PINHEIRO [email protected]@cnpaf.embrapa.brORLANDO PEIXOTO DE MORAIS ORLANDO PEIXOTO DE MORAIS [email protected]@cnpaf.embrapa.br
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MODELO GRÁFICO DE PRODUÇÃO E CONSUMO
DE ARROZ NO BRASIL
MODELO GRÁFICO DE PRODUÇÃO E CONSUMO
DE ARROZ NO BRASIL
ARROZ EM MATO GROSSO
Fonte: Ferreira et al. (2005)
Fonte: IBGE/PAM,Adaptado pelos
autores
Média 1990 = 420.722
Segunda principal microrregião
2004 = 2.177.125
7 microrregiões menos importantes
7 microrregiões intermediárias
6 microrregiões mais importantes
Produção total (Toneladas)
Parecis = 79.809 (19%) Alto Teles = 504.370 (23%)1990 2004
Canarana = 63.322 (15%) Sinop = 481.700 (22%)
Principal microrregião
Produtividade (kg/ha)Média 1990 = 1.184 2004 = 2.249
Maior produtividade Alto Teles 2.865 kg/ha
Produtividade entre 1.000 a 2.000 kg/ha
Produtividade entre 800 a 1.000 kg/ha
Produtividade entre 600 a 800 kg/ha
Produtividade abaixo de 500 kg/ha
Alto Teles = 2.865 kg/ha Alto Teles = 4.023 kg/ha1990 2004
Média Araguaia = 280 kg/ha Alto Guaporé = 500 kg/ha
• BONS RESULTADOS NO CONTEXTO GERAL
EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE, PREÇO, PARTICIPAÇÃO DA PRODUÇÃO DO ARROZ EM MT
Fonte: IBGE-PAM, CONAB, adaptados pelos autores
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Produtividade Preço pago ao produtor
Participação Produção arroz MT/Brasil
EVOLUÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO DO ARROZ EM MT
Fonte: IBGE-PAM (1998 a 2004, CONAB, adaptados pelos autores
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Custo de produção/tonelada Custo tonelada
Produtividade Referência
ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE A PRODUTIVIDADE FÍSICA (kg/ha)
• SOZINHA NÃO RESOLVE OS PROBLEMAS DA COMPETITIVIDADE;
• É ESSENCIAL PARA A SOBREVIVÊNCIA DO SISTEMA;
• O QUE DEVE SER REVISTO É A BUSCA DE PRODUTUTIVIDADE A TODO CUSTO.
EVOLUÇÃO DO PREÇO DO ARROZ EM MT E RS
Fonte: CONAB, adaptados pelos autores
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Preço kg arroz RS Preço kg arroz MT
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Fonte: CONAB, adaptados pelos autores
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EVOLUÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO DO ARROZ EM MT
Fonte: CONAB, adaptados pelos autores
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margem comercialização/tonelada Preço do arroz Referência
ANÁLISE DOS PROBLEMAS DA RIZICULTURA DE TERRAS ALTAS SOB A
ÓTICA DOS OBJETIVOS DA BIENAL
OBJETIVOS GERAIS DA BIENAL DOS BIENAL DOS
NEGÓCIOS DA AGRICULTURANEGÓCIOS DA AGRICULTURA:
• Além de buscar soluções e respostas para os atuais questionamentos da agricultura, o evento pretende traçar o cenário para onde caminhamos, estabelecendo as diretrizes de uma agricultura sustentável economicamente, abordando as questões da responsabilidade social e ambiental, no contexto dos desafios técnicos e tecnológicos que se apresentam.
I - QUESTIONAMENTOS SOBRE CADEIA PRODUTIVA DO ARROZ DE TERRAS ALTAS;
II – SUSTENTABILIDADE DO ARROZ DE TERRAS ALTAS;
III – CENÁRIOS PARA O ARROZ DE TERRAS ALTAS;
IV - DESAFIOS TÉCNICOS E TECNOLÓGICOS DO ARROZ DE TERRAS ALTAS.
I - QUESTIONAMENTOS SOBRE CADEIA PRODUTIVA DO ARROZ
DE TERRAS ALTAS
EF = EF = PRODUTOPRODUTO INSUMOS INSUMOS
• EFICIÊNCIA (ef)
RIZICULTURA EM MATO GROSSO
– CRISE DE RENDA = CURTO PRAZO;– Consolidação nos arranjos agrícolas;– Problemas em cultivo direto;– Concentração da produção;– Faltam cultivares;– Problemas de comercialização;- “comoditização” dos produtos agrícolas
prejudica o arroz;– Deságio do produto em grandes centros
consumidores;– Preconceito (?) do consumidor, principalmente
local;
PROBLEMAS ESPECÍFICOS DO SISTEMA PRODUTIVO ARROZ DE TERRAS ALTAS
CONT... RIZICULTURA EM MATO GROSSO
– Cultivares com variabilidade de características, dificultando o estabelecimento de padrões homogêneos para compor marcas comerciais;
– Padronização das características do produto;
– Desaparecimento de pequenas indústrias de beneficiamento.
PROBLEMAS ESPECÍFICOS DO SISTEMA PRODUTIVO ARROZ DE TERRAS ALTAS
II - SUSTENTABILIDADE DO ARROZ DE TERRAS ALTAS
SUSTENTABILIDADE: SIGNIFICA MANTER E PROSPERAR SUA EXISTÊNCIA, PRESERVAR O MEIO AMBIENTE E OFERTAR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA, ATUAL E FUTURA, PARA A SOCIEDADE.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. UM NOVO ESTILO DE DESENVOLVIMENTO QUE TEM COMO META A BUSCA DA SUSTENTABILIDADE SOCIAL E HUMANA CAPAZ DE SER SOLIDÁRIA COM A BIOSFERA (Viotti, 2001)
DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE SOCIAL: DISTRIBUIÇÃO DE RENDA,
EMPREGO COM QUALIDADE, E OUTROS;
ECONÔMICA: NÃO SOMENTE A LUCRATIVIDADE EMPRESARIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR, E OUTROS
ECOLÓGICA: PRESERVAÇÃO DO CAPITAL NATUREZA E OUTROS;
TERRITORIAL: CONFIGURAÇÃO EQUILIBRADA E OUTROS;
CULTURAL: PROCESSOS INTEGRADOS E ENDÓGENOS, RESPEITAR AS ESPECIFICIDADES DO ECOSSISTEMA E OUTROS
Fonte: Sachs (1993)
• TIPOS DE SUSTENTABILIDADE
- SUSTENTABILIDADE INTRÍNSECA DO SISTEMA PRODUTIVOEfeitos ou danos ambientais causados pelas práticas do processo produtivo e a capacidade do sistema continuar a ofertar produtos com qualidade semelhante, ou melhorada a médio tempo (processos e fontes degradativasdo solo, água e atmosfera).
- SUSTENTABILIDADE GERALRelação da cadeia produtiva com outras atividades econômicas e sociais, e com os recursos ambientais. A preocupação extrapola a dimensão e os efeitos locais e a temporalidade é de longo prazo.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
• Antes da década de 1980 a relação sociedade e meio ambiente tinha um viés conservacionista e uma ideologia política anticapitalista;
• Após a década 1980 a discussão da complexidade de vida e das atividades econômicas evolui e atualmente é tratada como desenvolvimento sustentável;
- Debate meio ambiente x prosperidade
Atualmente
Desenvolvimento sustentável (1980)
enfrentar conjuntamente
os problemas ambientais,
sociais e econômicos
Crescimento econômico
utilizando menor
quantidade de energia
e matérias primas
III - CENÁRIOS PARA O ARROZ DE TERRAS ALTAS
MUDANÇAS VISANDO ADEQUAÇÃO DA AGRICULTURA RUMO À
SUSTENTABILIDADE DEPENDE:
• Transformação da sociedade como um todo. Portanto, é uma questão de escolha social. (sociedade e governo);
• SEGURANÇA, QUALIDADE E DIFERENCIAÇÃO DOS ALIMENTOS;
• QUALIDADE AMBIENTAL;
• CONSERVAÇÃO DA NATUREZA (Paisagens enriquecidas);
• TERRITORIAL (Desenvolvimento intersetorial equilibrado);
• UM SETOR AGRÍCOLA COMPETITIVO;
• MÉTODOS DE PRODUÇÃO AMIGÁVEIS AO AMBIENTE;
• ECONOMIA RURAL SUSTENTÁVEL E DINÂMICA;
• REDUÇÃO DOS IMPACTOs NEGATIVOS (MUNDIAL).
POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM - PAC (COMUNIDADE EUROPÉIA)
O QUE A SOCIEDADE DESEJA? O QUE O PRODUTOR DESEJA?
ATUAÇÃO DE SUAS ORGANIZAÇÕES (FAMATO, APA, SIAMAT E OUTRAS)
DEMANDAS PARA A PESQUISA
CENÁRIOS DEPENDEM:
IV - DESAFIOS TÉCNICOS E TECNOLÓGICOS DO ARROZ DE
TERRAS ALTAS
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
• Utilização de processo ou produto novo ou aprimorado por uma empresa, não necessariamente para o mercado;
• Pode ser desenvolvido pela empresa ou por uma instituição de pesquisa.
Mas como alcançar estes objetivos?
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA• NA EMPRESA: Pode ocorrer mesmo quando se adota
uma tecnologia que já está disponível há mais tempo;• Unidade produtora rural (condições edafoclimáticas
específicas)• Empresas produtoras de máquinas e insumos
(equipamentos mais sofisticados para análises e diagnósticos nas diversas etapas e práticas do processo produtivo, visando obter maior precisão nas tomadas de decisão e conseqüentemente menor desperdício, melhor qualidade do produto e ambiental e menor custo de produção);
• Empresas processadoras
• NO MERCADO: Necessariamente um bem ou serviço tem que ser criado ou aprimorado em instituições de pesquisa ou em indústrias.
PROBLEMAS ESPECÍFICOS DO SISTEMA PRODUTIVO ARROZ DE TERRAS ALTAS
Maior pressão sobre a
sustentabilidade
“Comoditização”HomogeneizaçãoEspecialização
DiferenciaçãoVariabilidade
ALGUNS PONTOS IMPORTANTES SOBRE A SUSTENTABILIDADE :
“COMODITIZAÇÃO” x HOMOGENEIZAÇÃO x ESPECIALIDADE x DIFERENCIAÇÃO
VALOR AGREGADO:
- Com a homogenização o produto passa para a economia industrial e os produtores perdem a predominância nas decisões e na renda.
“COMODITIZAÇÃO” x HOMOGENEIZAÇÃO x ESPECIALIDADE x DIFERENCIAÇÃOVALOR AGREGADO:
- Diferenciação de tipo;
- Qualidade (saudável, propriedades funcionais);
- Atender demandas específicas de consumo, que pode ser do produto ou da maneira que foi produzido (por exemplo produtos orgânicos).
HISTÓRIA DO BRASIL x AGRICULTURA: *CICLOS ECONÔMICOS
*PESQUISA AGRÍCOLA:·1974 - COORDENAÇÃO CENTRAL E POLÍTICA (EMBRAPA)
RESOLVER PROBLEMAS QUE OCORRIAM DENTRO DA “PORTEIRA”
·1990 - UTILIZAR CONCEITO DE NEGÓCIO AGRÍCOLA VISÃO HOLÍSTICA COMPETITIVIDADE (PREÇO E QUALIDADE)
·2000 - FASE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DAS TECNOLOGIAS
EXISTE UM PROCESSO EM ANDAMENTO
EXUBERÂNCIA DA NATUREZANEGLIGENCIARAM TECNOLOGIAS E CONCORRENTES
PERDAS DE
MERCADO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
DESAFIOS PARA ATINGIR A SUSTENTABILIDADE DA CADEIA PRODUTIVA DO ARROZ
1. Sistemas de produção: Práticas eficientes que levam à competitividade sem agredir outros elementos de sustentabilidade.
2. Indústrias de beneficiamento:
a) competitividade num mercado mundial aberto;
b) atender e criar necessidades dos consumidores;
c) abrir mercados;
d) integrar com outros setores para melhor aproveitamento e reutilização de derivados do arroz.
1. Engajamento político: capacidade de influenciar os agentes tomadores de decisões e interferir nas políticas.
CENÁRIO TRAÇADO VERSUS OBJETIVOS DA BIENALBIENAL:
• Conduzir o agronegócio na direção apontada pelas sociedades e mercados dos países mais desenvolvidos (exemplos do passado);
• A diversidade biológica e cultural do Brasil é uma riqueza que deve ser preservada. Temos que gerar nossas próprias alternativas para alcançar esse objetivo, não é possível importar;
•
• Barreiras não tarifárias (processos de certificação baseado no ciclo de vida dos produtos).
PORQUE ISSO É IMPORTANTE
AMEAÇAS AO SISTEMA COMO UM TODO A LONGO PRAZO, OU SEJA, O SISTEMA SOFRE INTERFERÊNCIAS
• DE SUBSISTEMAS.
• DE SISTEMAS COADJUVANTES OU COMPETIDORES.
OBJETIVOS DA BIENAL BUSCAM:
• IDENTIFICAR AMEAÇAS AO FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS.
• CICLOS DE UM SISTEMA:CRESCIMENTO,
CONSERVAÇÃO, DETEORIZAÇÃO,
MORREMINOVAÇÃO E REORGANIZAÇÃO
NÃO INOVAÇÕES +
MENOR ESFORÇO TECNOLÓGICO =
PERDA DE COMPETITIVIDADE
AMEAÇAS:RASTREABILIDADE, GARANTIA DE
ORIGEM E OUTRASSUGESTÃO
(MARKETING - CRIATIVIDADE:FORTALECIMENTO DA MARCA
“ARROZ DE MATO GROSSO”
É PRECISO FAZER UM ESFORÇO COORDENADO DE
DESENVOLVIMENTO, DE SUPERAÇÃO DAS LIMITAÇÕES
TÍPICAS DAS COMMODITIES, TRANSFORMANDO-AS EM
“SPECIALTIES”.(Viotti, 2001)
Produtores,indústriado arroz epesquisa/inovações
Co
nsum
idores Mercado
Leg
islação Rot
ula
gem
Ambiental,
OBRIGADO !