Bem-Aventurados os Misericordiosos capítulo X itens 11 a 13 i i.
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Bem-Aventurados os
Misericordiosos
capítulo Xitens 11 a 13
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“Não julgueis para não serdes julgado.”
“Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra”
Então lhe trouxeram os escribas e os fariseus uma mulher que fora apanhada
em adultério, e a puseram no meio, e lhe disseram:
Mestre, esta mulher foi agora mesmo apanhada em adultério; e Moisés, na Lei,
mandou apedrejar a estas tais. Qual é a vossa opinião sobre isto?
Diziam, pois os judeus, tentando-o, para o poderem acusar.
Jesus, porém, abaixando-se, pôs-se a escrever com o dedo na terra. E como eles
perseveraram em fazer-lhes perguntas, ergueu-se Jesus e disse-lhes: Aquele dentre
vós que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra.
E tornando a abaixar-se, escrevia na terra.
Mas eles, ouvindo-O, foram saindo um a um, sendo os mais velhos os primeiros. E ficou só Jesus com a mulher, que estava
no meio, em pé. Então, erguendo-se, Jesus lhe disse: Mulher, onde estão os
que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então Jesus lhe disse: Nem eu
tampouco te condenarei; vai, e não peques mais.
(João, VIII: 3-11).
“Aquele que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra”
Podemos julgar alguém?
Temos o direito de olhar com crítica a qualquer pessoa?
Quem sou eu para julgar?
Quem sou eu para criticar?
Indulgência
Facilidade em perdoar os erros dos outros. É a atitude compreensiva e fraternal perante os
deslizes e faltas alheias.
DeverÉ obrigação moral, para consigo mesmo e
depois para com os outros.É a lei da vida desde os mínimos detalhes como
nos atos mais elevados
“Aquele que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra”, disse Jesus.
Esta máxima faz da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo.
“Faça aos outros o que deseja seja feito a você”
Ensina que Não devemos:
julgar os outros mais severamente do que nos julgamos a nós mesmos,
nem condenar nos outros o que nos desculpamos em nós.
“Por que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho?Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar do teu olho o argueiro, quando tens no teu uma trave?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verá como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão”
Antes de reprovar uma falta de alguém, consideremos se a mesma reprovação não nos pode ser aplicada.
A censura de conduta alheia pode ter dois motivos:
Reprimir o mal, ou
Desacreditar a pessoa de quem se critica os atos
Reprimir o malÉ louvável e torna-se um deverdele pode resultar um bemsem ele o mal jamais será reprimido da sociedade
Desacreditar uma pessoa Decorre da maledicência
e da maldade -Imperfeição moral-
Não se deve, pois, tomar no sentido
absoluto este princípio: “Não
julgueis para não serdes julgados”,
porque a letra mata e o espírito vivifica.
Aliás, não deve o homem ajudar o
progresso dos seus semelhantes?
Jesus não podia proibir de se
reprovar o mal, pois Ele mesmo
nos deu o exemplo disso, e o fez em
termos enérgicos.
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A autoridade da censura está na razão da autoridade moral daquele que a
pronuncia.
Tornar-se culpável daquilo que se condena nos outros é abdicar dessa autoridade, e mais ainda, arrogar-se
arbitrariamente o direito de repressão.
A consciência íntima, de resto, recusa qualquer respeito e toda submissão
voluntária àquele que, investido de algum poder, viola as leis e os princípios que está
encarregado de aplicar.
“Faça o que eu digo,mas não faça o que eu faço”
A única autoridade legítima, aos olhos de Deus, é a que se
apoia no bom exemplo.
É o que resulta
evidentemente das palavras de Jesus
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