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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS CONTÁBEIS …
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
THIAGO ANDRE ANSELMO
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS CONTÁBEIS
PRESTADOS ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS
COM SEDE NO BAIRRO CENTRO EM BIGUAÇU/SC
FLORIANÓPOLIS
2012
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS CONTÁBEIS
PRESTADOS ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
COMERCIAIS COM SEDE NO BAIRRO CENTRO EM
BIGUAÇU/SC
Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientadora: Eleonora M. F.Vieira Co-orientador: João H. Costa
FLORIANÓPOLIS
2012
Thiago André Anselmo
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS CONTÁBEIS
PRESTADOS ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS
COM SEDE NO BAIRRO CENTRO EM BIGUAÇU/SC
Esta monografia foi apresentada no curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a nota final ____________ atribuída pela banca examinadora constituída pelo professor orientador e membros abaixo mencionados.
Florianópolis, SC, 30, junho de 2012
_____________________________________________ Professor Irineu Afonso Frey.
Coordenador de Monografias do Departamento de Ciências Contábeis
Professores que compuseram a banca examinadora:
_____________________________________________ Professora: Eleonora M. Falcão Vieira
Orientador(a)
_____________________________________________ Professor João Henrique Costa
Co-orientador
_____________________________________________ Professora Bernadete Limongi
Membro
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“Empreendedores são aqueles que entendem que há uma pequena diferença
entre obstáculos e oportunidades e são capazes de transformar ambos em
vantagem.”
Nicolau Maquiavel
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente não posso deixar de agradecer a Deus pelas oportunidades a
mim apresentadas, oportunidade de me desenvolver como pessoa, como aluno,
como profissional e me dar forças para superar os muitos momentos de dificuldades.
Agradeço a minha família por todo o apoio, principalmente nas horas difíceis.
Meu pai Valdir e minha mãe Sueli e meu irmão Murilo, vocês são à base da minha
vida, amo todos vocês.
Agradeço a todos os colegas e amigos que fiz durante o meu curso. Agradeço
de coração todos os momentos maravilhosos, que me proporcionaram, me ajudaram
e apoiaram durante todo o meu curso.
Agradeço à Universidade Federal de Santa Catarina pela oportunidade de
poder aprender tudo que sei na minha vida profissional.
A todos os professores pela paciência e dedicação, e em especial a minha
orientadora Eleonora M. Falcão Vieira e meu co-orientador João Henrique Costa,
pelo empenho, paciência e dedicação que tiveram para me orientar nesta fase tão
importante da minha vida.
Ao meu sócio, amigo, irmão, Fabiano Marcucci, que tive o prazer de conhecer
durante minha vida acadêmica na UFSC, pela paciência, horas de explicações sobre
assuntos do curso, pela oportunidade de abrirmos juntos o nosso negócio e com
isso corrermos atrás de um sonho que temos em comum.
A você meu amor, Ludimila Nogueira dos Santos, pela enorme paciência,
compreensão, carinho, e o grande apoio neste momento tão importante da minha
vida, e me dando a oportunidade de juntos compartilharmos sonhos, vitórias,
projetos, alegrias, etc. Amo muito você, minha vida.
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RESUMO
ANSELMO. Thiago Andre, Avaliação pelos usuários da qualidade dos serviços contábeis prestados às micro e pequenas empresas comerciais com sede no centro da Cidade de Biguaçu-SC. Florianópolis, 2012, XX f. Monografia da (Curso de Ciências Contábeis) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.
A eterna busca dos prestadores de serviços contábeis, da mesma forma que de todos os outros segmentos de prestação de serviços, é satisfazer as necessidades dos clientes da sua empresa. Os escritórios de contabilidade buscam corresponder a essa necessidade de seus clientes criando mecanismos (relatórios gerenciais) que possam servir de auxílio na tomada de decisão. Para que os contadores alcancem seus objetivos faz-se essencial que eles prestem um serviço de qualidade, com segurança nos dados relatados, que possam satisfazer a necessidade do contratante e consigam alcançar um dos principais objetivos da organização que é ver seu cliente satisfeito com o serviço que contratou. Neste trabalho foram aplicados 50 questionários a empresas enquadradas como Microempresas e Empresas de pequeno porte que têm como atividade comércio, com sede no bairro Centro do Município de Biguaçu/SC. Os questionários aplicados têm em vista verificar o nível da qualidade dos serviços contábeis prestados aos empresários e a opinião deles em relação à utilidade desses serviços prestados a esse tipo de setor. A pesquisa tem o objetivo de verificar se os escritórios de contabilidade estão conseguindo suprir as necessidades de seus clientes, auxiliando na tomada de decisão e não somente atendendo as necessidades que são exigidas por lei. Os resultados levantados com as respostas das questões foram divididos em partes pode-se verificar que nem todos os escritórios de contabilidade estão atendendo e auxiliando seus clientes de maneira satisfatória. Observa-se, também, que uma grande parte das empresas, mesmo recebendo relatórios periodicamente, pouco fazem uso deles como base para tomada de decisão, muitos empresários acham que os contadores servem somente para fins legais e os valores cobrados pelos serviços, um pouco caro. Mesmo avaliando os serviços contábeis que lhes são prestados de uma forma de qualidade mediana não manteriam a contabilidade caso não fosse obrigatório por lei, ou seja, os serviços que estão sendo prestados às empresas não satisfazem por completo as necessidades dos clientes.
Palavras-chave: Qualidade dos serviços contábeis. Relatórios gerenciais. Avaliação dos escritórios de contabilidade.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Modelo de Livro Razão........................................................................................35
Figura 2 – Modelo de Livro Diário........................................................................................36
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Enquadramento metodológico da pesquisa............................................................18
Quadro 2 – Classificação dos Elementos do Plano de Contas..................................................33
Quadro 3 – Elementos do Balanço Patrimonial........................................................................38
Quadro 4 – Discriminação do Ativo e do Passivo (Lei 6.404/76 x 11.941/09)........................39
Quadro 5 – Demonstração do Resultado...................................................................................40
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Número de funcionários..........................................................................................48
Tabela 2 – Número de funcionários por porte da empresa, segundo a classificação da Lei
Complementar nº. 139/2011......................................................................................................49
Tabela 3 – Responsabilidade pela tomada de decisão..............................................................51
Tabela 4 – Disponibilização do Livro Caixa e Extrato Bancário por porte da empresa...........52
Tabela 5 – Função da contabilidade..........................................................................................56
Tabela 6 – Importância dos serviços contábeis.........................................................................58
Tabela 7 – Avaliação dos escritórios de contabilidade.............................................................60
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Portes das empresas...............................................................................45
Gráfico 2 – Empresas com loja fora de Biguaçu/SC..................................................46
Gráfico 3 – Tempo de mercado das empresas..........................................................47
Gráfico 4 – Número de funcionários das empresas...................................................48
Gráfico 5 – Quantidade de funcionários por porte da empresa, segunda a classificação da Lei Complementar nº 139/2011 ......................................................48
Gráfico 6 – Tempo de prestação de serviços do escritório de contabilidade atual (em anos)...........................................................................................................................50
Gráfico 7 – Responsabilidade pela tomada de decisão.............................................51
Gráfico 8 – Empresas que entregam ou não Livro Caixa e Extratos Bancários ao contador......................................................................................................................52
Gráfico 9 – Recebimento de relatórios que auxiliam na tomada de decisão.............53
Gráfico 10 – Solicitações das empresas por relatórios para a tomada de decisão....55
Gráfico 11 – Empresas que utilizam os relatórios como suporte na administração da empresa......................................................................................................................55
Gráfico 12 – Função dos escritórios de contabilidade................................................56
Gráfico 13 – Importância dos serviços contábeis.......................................................57
Gráfico 14 – Avaliação dos escritórios de contabilidade............................................59
Gráfico 15 – Honorários cobrados pelos escritórios de contabilidade.......................60
Gráfico 16 – Relação custo-benefício dos honorários contábeis...............................61
Gráfico 17 – Permanência com sua contabilidade mesmo em caso de não haver obrigações legais........................................................................................................62
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LISTA DE ABREVIATURAS
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BP – Balanço Patrimonial
CFC – Conselho Federal de Contabilidade
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
DVA – Demonstração do Valor Adicionado
EPP – Empresa de Pequeno Porte
LC – Lei Complementar
ME – Micro Empresa
NBC-T – Normas Brasileiras de Contabilidade
RIR – Regulamento do Imposto de Renda
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 13
1.1 TEMA E PROBLEMA ................................................................................... 14
1.2 OBJETIVO DA PESQUISA ........................................................................... 15
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 15
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 15
1.4 METODOLOGIA ........................................................................................... 17
1.4.1 Enquadramento Metodológico .................................................................. 17
1.4.2 Amostra Pesquisada .................................................................................. 22
1.4.3 Análise dos Dados ...................................................................................... 23
1.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ....................................................................... 23
1.6 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 24
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 25
2.1 MICRO EMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE....................... 25
2.2 ATIVIDADE COMERCIAL ............................................................................ 27
2.3 QUALIDADE ................................................................................................. 28
2.3.1 Qualidade no Atendimento ........................................................................ 29
2.3.2 Qualidade dos Serviços Contábeis ........................................................... 30
2.4 ASPECTOS DA CONTABILIDADE .............................................................. 31
2.4.1 Histórico da Contabilidade ........................................................................ 31
2.4.2 Técnica Contábil ......................................................................................... 32
2.4.3 Livros de Registros Contábeis .................................................................. 34
2.4.4 Demonstrativos Contábeis ........................................................................ 37
2.4.5 Contabilidade Gerencial ............................................................................. 42
3. RESULTADOS DA PESQUISA ................................................................... 44
3.1 PORTE DA EMPRESA E SEDE ................................................................... 44
3.2 TEMPO EM QUE A EMPRESA ATUA NO MERCADO ................................ 46
3.3 NÚMERO DE COLABORADORES .............................................................. 47
3.4 TEMPO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DO CONTADOR À EMPRESA ... 49
3.5 SOBRE A TOMADA DE DECISÃO DA EMPRESA ...................................... 50
3.6 FUNÇÃO DA CONTABILIDADE ................................................................... 55
3.7 A IMPORTÂNCIA E AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS CONTÁBEIS ............... 57
3.8 HONORÁRIOS PERCEBIDOS ..................................................................... 60
12
3.9 OBRIGATORIEDADE DA CONTABILIDADE ............................................... 62
4. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................ 64
4.1 RECOMENDAÇÕES AOS ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE .............. 67
4.2 RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS .................................. 68
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 69
ANEXO – QUESTIONÁRIO UTILIZADO .................................................................. 73
13
1. INTRODUÇÃO
Todas as empresas que desejam alcançar o sucesso, independente de seu
porte ou atividade, necessitam de informações suficientes e confiáveis. E esta
informação deve servir como base para o planejamento da empresa, para fins de
auxiliar a tomada de decisão do empresário.
Existem algumas fontes de informação para serem retirados dados para
auxiliar na tomada de decisão, e os demonstrativos contábeis são uma delas, e em
alguns casos são a única fonte de onde se podem tirar os dados (Matarazzo, 2008),
e esses demonstrativos devem possuir um alto grau de confiabilidade por serem
elaborados através de registros das atividades operacionais das empresas.
Geralmente os donos de micro empresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte
(EPP) não possuem um profissional qualificado na área entre seus funcionários e
não estão preparados para tomar as decisões sem a ajuda deste profissional.
É importante ressaltar que conforme Marion (2009, p.27) “a função básica do
contador é produzir informações úteis aos usuários da contabilidade para a tomada
de decisão”.
A partir dessa informação de Marion, os escritórios de contabilidade devem
ser auxiliares da gestão das empresas que buscam a terceirização e, além de
atender a outras exigências, devem fornecer informações econômicas e financeiras
relevantes para a empresa e ainda apresentar sugestões que auxiliem no
desenvolvimento de seus clientes, visando sempre prestar um serviço com
qualidade.
Seguindo esse pensamento de qualidade, as organizações também devem
acompanhar as novas condições do mercado, que colocam em questão o
atendimento e satisfação do cliente. Desse modo cabe aos escritórios contábeis
buscar alternativas diferenciadas para melhorarem ao máximo os serviços prestados
às organizações.
14
1.1 TEMA E PROBLEMA
Com a globalização do mundo atual e a competitividade existente no
mercado, as empresas têm a necessidade de possuir pessoas cada vez mais
capacitadas, pois qualquer mínimo detalhe pode fazer a diferença entre o sucesso
da empresa e sua falência.
Segundo o SEBRAE-SC (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas, 2008), em senso realizado, considera-se a falta de planejamento e a
incapacidade de gerir, alguns dos principais motivos para a rápida falência das
pequenas empresas, e a partir destas informações ficam mais que claro que o
planejamento e o controle são pontos-chaves para a permanência dessas empresas
no mercado.
É muito importante que esses micros e pequenos empresários tenham um
suporte profissional de qualidade, e espera-se que o contador terceirizado, através
de suas informações e conhecimento, possa auxiliar esse pequeno empresário a se
manter no mercado.
Segundo Padoveze (1994), “a falta de competência administrativa nas
empresas de pequeno porte ocorre porque na maioria das vezes são administradas
pelos seus sócios, que entendem da parte prática, operacional, entretanto não
entendem de gestão”.
Com base nos estudos e sensos que apontam as variáveis que influenciam
no sucesso ou não das empresas, procura-se entender para onde os prestadores de
serviços contábeis devem direcionar seus conhecimentos e esforços, tentando
tornar a contabilidade útil e de qualidade para este segmento de mercado.
São muitas as questões a serem resolvidas em relação à qualidade dos
serviços prestados pelos escritórios de contabilidade, principalmente se estiverem
relacionados aos micro e pequenos empresários comerciais.
Sendo assim, faz-se necessário um estudo que abrange a contabilidade e o
papel que o contador tem em relação a essas empresas, ficando assim possível
verificar se os objetivos dessa parceria estão sendo alcançados.
Levando em consideração que muitos desses micro e pequenos empresários
não possuem conhecimento da utilidade da contabilidade para as suas empresas, e
com base no que segue exposto, sugere-se a seguinte pergunta de pesquisa:
15
Como os empresários da área comercial, instalados no centro da cidade de
Biguaçu – SC avaliam a qualidade dos serviços prestados às suas empresas?
1.2 OBJETIVO DA PESQUISA
Para que este trabalho alcance o resultado desejado, é necessário que os
objetivos previstos sejam atingidos, conforme apresentados a seguir:
1.2.1 Objetivo Geral
Este estudo tem como objetivo principal avaliar a qualidade dos serviços
contábeis prestados às micro empresas e empresas de pequeno porte comerciais
instaladas no centro da cidade de Biguaçu – Santa Catarina.
1.2.1.1 Objetivos Específicos
Para se chegar ao objetivo principal deste trabalho, faz-se necessário atingir
os seguintes objetivos específicos:
I. Revisar a literatura e bibliografia sobre o tema;
II. Identificar a atividade comercial das entidades;
III. Verificar as funções da contabilidade na prestação de serviços;
IV. Analisar os resultados sobre o apoio da contabilidade às empresas.
1.3 JUSTIFICATIVA
Uma importante ferramenta para o gerenciamento das empresas é a
qualidade das informações prestadas pelos escritórios de serviços contábeis, e para
que isso possa acontecer os empresários devem possuir confiança nos escritórios
16
contábeis e estes devem fornecer relatórios periodicamente para que a informação
chegue em tempo hábil para ser utilizada na tomada de decisão.
Em contra partida à confiança depositada pelas empresas, os escritórios de
contabilidade devem estar cientes das necessidades dos clientes para que as
informações geradas pelos demonstrativos possam ser utilizadas com máxima
eficiência pelos empresários, para que não seja criada uma imagem de que a
contabilidade não possui utilidade para eles.
Os escritórios de contabilidade devem saber quais as necessidades de cada
cliente, o que é realmente importante para que as informações possam auxiliar na
tomada de decisão de cada cliente.
Para qualquer empresa, em qualquer ramo de atividade, a satisfação do
cliente e a qualidade do serviço são pontos-chave para se alcançar o sucesso. A
concorrência do mercado exige que os escritórios de contabilidade façam um
trabalho sério, cuja qualidade do serviço prestado satisfaça o cliente. O escritório
que não buscar a qualidade e satisfação de seus clientes está predestinado a perdê-
los. Existe uma importante ligação entre satisfação e fidelidade dos clientes.
Conforme McDaniel e Gates (2006. P.9), “Pesquisa de marketing é o
planejamento, a coleta e análise de dados relevantes para a tomada de decisões de
marketing e para a comunicação dos resultados dessa análise à administração”.
E para que se possa chegar ao resultado, faz-se necessário um estudo no
qual os empresários devem avaliar os serviços prestados pelos escritórios de
contabilidade e também a utilidade das informações fornecidas por eles.
O ponto-chave para um retorno sobre a qualidade dos serviços prestados é
uma pesquisa de marketing. É através dessa pesquisa que se poderão determinar
quais os tipos e formas de informações que um determinado mercado necessita.
De acordo com Mattar (1999), a pesquisa de marketing desempenha dois
importantes papéis neste sistema. Em primeiro lugar, faz parte do processo de
“feedback” da inteligência de marketing. Ela alimenta os tomadores de decisões com
dados sobre a eficiência do mix de marketing atual e fornece percepções para
mudanças necessárias. Em segundo lugar, a pesquisa de marketing é a principal
ferramenta para explorar, novas oportunidades no mercado.
Satisfação e fidelidade do cliente estão muito relacionadas à qualidade do
serviço prestado pelos escritórios de contabilidade. Manter um cliente fiel é muito
17
mais fácil e lucrativo que ter que buscar novos clientes no mercado ou substituir
clientes inadimplentes.
Para se chegar a esse resultado é necessário um estudo em que os
empresários ou responsáveis pelas empresas avaliem a qualidade dos serviços
prestados pelos escritórios terceirizados.
Este trabalho visa estimular estudos posteriores, e pesquisas a respeito da
qualidade dos serviços contábeis. Fornece um estudo sobre as micro e pequenas
empresas com sede no Centro de Biguaçu-SC que terceirizam os serviços
contábeis. Outra finalidade é oferecer subsídios para que estes serviços sejam
realizados de acordo com as necessidades e expectativas dos clientes.
1.4 METODOLOGIA
Neste tópico apresenta-se a metodologia a ser empregada na pesquisa sendo
apresentado o enquadramento metodológico, a forma de obtenção da amostra da
pesquisa e a análise de todos os dados obtidos.
A metodologia seguida em uma monografia vai depende do objetivo de
estudo, de sua natureza, da sua amplitude e dos objetivos do seu pesquisador.
Segundo definição de Gil (1999, p.27) a metodologia da pesquisa como o
conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos para se atingir o conhecimento,
onde se define a abordagem de pesquisa, a população, a amostragem, os
instrumentos de coleta de dados e também a forma de tabular.
Antes de começar uma pesquisa, é preciso delineá-la. No entendimento de
Kerlinger (1979, p.94) pode-se definir delineamento como sendo o plano e a
estrutura da investigação, concebidos de forma a permitir a obtenção de respostas
para as perguntas de pesquisa.
1.4.1 Enquadramento Metodológico
1. 4.1.1 Arquitetura da metodologia
18
Este estudo está subdividido em algumas etapas de pesquisa. Como
detalhado no quadro a seguir.
Quadro 5: Enquadramento metodológico da pesquisa
Fonte: Elaborado pelo pesquisador, 2012
1.4.1.2 Caracterização da pesquisa
Irá se abordar nesta seção o enquadramento metodológico quanto às
características da pesquisa.
a) Quanto à natureza
O Trabalho irá abordar neste capitulo os conceitos quanto à natureza da
pesquisa, e o resultado desta pode ser de maneira generalizada (teoria geral, teoria
básica e novo conhecimento), ou pode gerar conhecimentos sobre algo específico.
Classificação da pesquisa
Quanto à Abordagem
Forma de abordagem do
problema
Quanto aos objetivos
Quanto aos procedimentos
técnicos
Pesquisa Aplicada
Pesquisa qualitativa e quantitativa
Pesquisa exploratória
Pesquisa bibliográfica
Levantamento
19
Para Silva e Menezes (2001, p.20) esta classificação quanto à natureza pode
ser caracterizada como:
a) Pesquisa Básica: Objetivo é gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço
da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses
locais.
b) Pesquisa Aplicada: Objetivo é gerar conhecimentos para aplicação prática
dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
No que diz respeito à natureza da pesquisa julga-se, a aplicada, como sendo
o mais perto ao problema e aos objetivos, porque o objetivo é obter um
conhecimento para solucionar o problema específico deste trabalho, envolvendo
verdades e interesses locais.
b) Quando a forma de abordagem do problema
Nesta subdivisão serão abordados os elementos em associação a abordagem
do problema, ou seja, como será demonstrado o resultado da pesquisa.
De acordo com Silva e Menezes (2001, p.20) a classificação em relação à
abordagem do problema pode ser.
a) Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que
significa traduzir em números, opiniões e informações para classificá-las e
analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem,
média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de
regressão, etc.).
b) Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo
real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a
subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A
interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas
estatísticas. O pesquisador é o instrumento chave. É descritiva. Os
pesquisadores tendem a analisar seus dados indiscutivelmente. O processo e
seu significado são os focos principais de abordagem.
20
Quanto à forma de abordagem do problema, classifica-se como uma pesquisa
qualitativa, sendo o pesquisador o instrumento chave da pesquisa e quantitativa,
pois traduzem em números as informações coletadas
.
c) Quanto aos objetivos
Nesta subdivisão serão abordados os elementos que caracterizam os
objetivos da pesquisa deste trabalho, considerando uma visão prática do problema
apresentado e analisando qual a melhor alternativa.
Conforme Silva e Menezes (2001, p.21) a classificação em relação aos
objetivos podem ser:
a) Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema
com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipótese. Envolve levantamentos
bibliográficos; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas
com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a
compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisa Bibliográfica e
Estudo de Caso.
b) Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada
população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.
Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e
observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento.
c) Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem
para a ocorrência dos fenômenos, aprofunda o conhecimento da realidade
porque explica a razão, o “por que” das coisas. Quando realizada nas ciências
naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o
uso do método observacional. Assume, em geral, a forma de Pesquisa
Experimental e Pesquisa Expost-facto.
A pesquisa, aqui apresentada, será do tipo exploratório, porque assume e
toma como sustentáculo os preceitos citados na pesquisa exploratória.
21
d) Quanto aos procedimentos técnicos
Nesta subdivisão serão abordados os procedimentos técnicos e obtenção dos
dados, tendo fundamentação de qual o procedimento mais adequado para esse tipo
de trabalho.
De acordo com Silva e Menezes (2001, p.21) a classificação quanto aos
procedimentos técnicos pode ser.
a) Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado,
constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com
material disponibilizado na internet.
b) Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não
receberam tratamento analítico.
c) Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo,
selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se
as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no
objeto.
d) Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas
cujo comportamento deseja se conhecer.
e) Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado
conhecimento.
f) Pesquisa Expost-Facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos.
g) Pesquisa-Ação: quando concebida e realizada em estreita associação com
uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e
participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos do
modo cooperativo ou participativo.
22
h) Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre
pesquisadores e membros das situações investigadas.
Nesta pesquisa os procedimentos técnicos, podem ser classificados como:
pesquisa bibliográfica e levantamento.
Pesquisa bibliográfica, pois apresentando um pouco da literatura existente
acerca dos assuntos.
Levantamento de dados com pessoas que vivenciam a situação diariamente
na empresa, com o objetivo de conhecer o ponto de vista dos empresários em
relação aos serviços contábeis prestados a suas empresas.
1.4.2 Amostra Pesquisada
Na amostra é decidido o universo a ser estudo por este trabalho e serve de
parâmetro para determinar do trabalho.
Conforme Lakatos e Marconi (2003);
População é o conjunto de seres animados ou inanimados
que apresentam pelo menos uma característica em comum. A
delimitação do universo consiste em explicar que pessoa ou coisas,
fenômenos etc., serão pesquisados, enumerando suas características
comuns, como por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que
pertencem comunidade onde vivem, etc. (Lakatos e Marconi, 2003).
A amostra incidiu sobre as empresas localizadas no bairro centro de Biguaçu
que possuem como atividade Comércio, totalizando 424 empresas registradas na
Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (JUCESC), e na Prefeitura Municipal
de Biguaçu/SC.
Ainda em Lakatos e Marconi (2003) que explicam que amostra só é válida
quando “... a pesquisa não é censitária, isto é, não abrange a totalidade dos
componentes do universo, surgindo a necessidade de investigar apenas uma parte
dessa população”.
Assim, optou-se pela coleta de dados através da aplicação de 50
questionários estruturados para analisar o porte da empresa, as estruturas
23
organizacionais, a qualidade dos serviços contábeis prestados por terceiros e a
satisfação do ponto de vista dos empresários. As empresas foram selecionadas por
critério de afinidade, do pesquisador com o gestor da instituição, e a coleta foi feita
no local da empresa, “in loco”, e respondida preferencialmente pelo proprietário da
empresa, sócio-administrador, gerente financeiro ou responsável pela loja no
momento da entrevista.
1.4.3 Análise dos Dados
A técnica utilizada nesse trabalho é a aplicação de um questionário as micro e
pequenas empresas da área comercial da região do bairro Centro do município de
Biguaçu-SC, com lojas que utilizam os serviços contábeis terceirizados.
Após a coleta dos dados é feita uma análise dos resultados obtidos, que tem
como objetivo é responder as perguntas de pesquisa deste trabalho.
Mediante o processamento dos dados das respostas obtidas através dos
questionários já devidamente preenchidos, é possível gerar tabelas para realização
de análises de dados. As tabelas mais tradicionais trazem a distribuição das
freqüências de respostas assinaladas por questão, como também as tabelas com
cruzamentos de dados, ou seja, quando duas ou mais questões são avaliadas
conjuntamente numa mesma tabela.
1.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
O desenvolvimento deste estudo está limitado a um grupo de micro e
pequenas empresas da cidade de Biguaçu/SC – Santa Catarina, do setor comercial,
com sede no bairro Centro, que utilizam serviços contábeis de escritórios
terceirizados e têm condições de avaliar os serviços prestados.
Como o levantamento de dados é realizado através de visitas aos
estabelecimentos e acredita-se que a grande maioria dos lojistas do município de
Biguaçu/SC esteja inserida no quadro profissional da empresa, ou tem alguém
24
responsável que possa auxiliar nas respostas, o universo da pesquisa não será
influenciado pela escolha deste método de coleta de dados.
1.6 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA
Para facilitar a compreensão do trabalho, este se encontra dividido em
capítulos que, de forma seqüencial, fornecerão subsídios, para o completo
entendimento do estudo.
O primeiro capítulo apresenta a introdução de todo o assunto, reunindo o
tema, o problema, a justificativa, objetivos, metodologias e as limitações da
pesquisa.
O segundo capítulo aborda a fundamentação teórica da presente pesquisa,
baseada em produções de autores conceituados e fontes seguras.
O terceiro capítulo apresenta o resultado depois da pesquisa realizada entre
as micro e pequenas empresas do ramo comercial, com sede no bairro centro da
cidade de Biguaçu/SC.
E por fim, o quarto capítulo apresenta as considerações finais e conclusões
do estudo realizado.
25
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A revisão bibliográfica tem por objetivo alcançar os objetivos propostos neste
trabalho, estudando a qualidade dos serviços prestados pelos escritórios contábeis e
a satisfação de seus clientes, pretendendo visar o estudo de conceitos sobre alguns
aspectos contábeis, compreensão da área comercial e lei das MEs e EPPs. Serão
abordados temas como histórico, funções e demonstrações da contabilidade, assim
como a sua obrigatoriedade em meio a outros tópicos.
A legislação utilizada para a composição deste trabalho é a vigente até a
presente data. A seqüência do trabalho está estabelecida de modo a auxiliar o
entendimento e a compreensão de todos.
2.1 MICRO EMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
No Brasil, as micro e pequenas empresas possuem um papel fundamental,
pois elas são a maior fonte de empregos do país.
Os conceitos de micro empresa e empresa de pequeno porte não estão
claramente definidos na legislação brasileira. O que se refere a este segmento são
algumas menções para fins de conceder benefícios, sendo levados em conta o seu
faturamento bruto, o seu ramo de atividade e o porte da empresa. Suas
nomenclaturas são conceitos criados por lei, para favorecer esse tipo de empresa
com um tratamento diferenciado nas áreas administrativa, fiscal, trabalhista e de
desenvolvimento empresarial.
A Lei Complementar nº. 123/2006, republicada em atendimento ao disposto
no art. 6o da Lei Complementar nº. 128/2008, art.3, e por fim reeditada na Lei
Complementar nº 139/2011, assim trata as definições de micro empresa e empresa
de pequeno porte:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de
26
Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011).
I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011).
II - no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011).
Conforme a Lei Complementar nº. 139/2011, a empresa, para se enquadrar
neste tratamento diferenciado, não pode ter um faturamento superior a R$
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), ter participação no Capital Social
de outra empresa, ter sócio com capital em outra empresa que já esteja usufruindo
deste benefício ou com um capital maior que 10% (dez por cento) de outra empresa
de qualquer porte e a soma dos faturamentos das mesmas não devem ultrapassar o
valor estipulado por Lei e que não possua sede ou sócio residente no exterior. Estão
excluídas, também, empresas constituídas sob a forma de Sociedade por ações, ou
que sejam remanescentes de qualquer forma de desmembramento de pessoa
jurídica em um período inferior a 05 (cinco) anos, assim como empresas constituídas
como cooperativas, bancos de investimentos e corretoras entre outras.
O BNDES considera microempresas aquelas com faturamento bruto anual de
até R$ 900 mil reais; pequena empresa, as com faturamento bruto até R$ 7,8
milhões e médias as com receita bruta de até R$ 20 milhões.
O SEBRAE define:
“... conforme o número de funcionários classifica as micro empresas no setor industrial aquelas com até 20 (vinte) funcionários, as pequenas empresas com até 100 funcionários e as médias com até 500 funcionários. No setor de comércio e serviços: até 10 funcionários as micro empresas, até 50 funcionários nas pequenas empresas e até 100 funcionários nas médias.”
As micro empresas e empresas de pequeno porte são apenas empresas que
se enquadram dentro das normas e critérios determinados pela legislação vigente e
demais órgãos por isso podem gozar de benefícios fiscais, administrativos e
contábeis.
27
2.2 ATIVIDADE COMERCIAL
A área comercial pode ser entendida como a troca de mercadorias por
dinheiro (moeda) ou por outras mercadorias ou serviços, ou seja, esse segmento de
mercado visa à venda, troca ou transferência de mercadorias.
De acordo com Iudícibus e Marion (2004, p.27), “A atividade comercial é das
mais importantes, pois permitem colocar à disposição dos consumidores, em
mercados física ou economicamente delimitados, grande variedade de bens e
serviços, necessários à satisfação das necessidades humanas”.
Conforme o entendimento de Iudícibus e Marion, o mercado vem crescendo
dia após dia em virtude de novos produtos e de novos consumidores. E sem o
comércio grande parte dos anseios dos consumidores não seria saciada e a partir
daí podemos ver a importância que a atividade comercial desempenha perante as
demais atividades.
A origem do comércio é antiga, várias foram as civilizações que davam sinais
de uso do que hoje é chamado de comércio.
A origem do comércio Iudícibus e Marion (2004, p.27) afirmam que na
antiguidade, os fenícios, provavelmente, foram o povo que mais se notabilizou na
atividade comercial. Várias causas e fatores contribuíram para tal, algumas inclusive
de natureza geográfica. A Fenícia dispunha de pouca terra para o desenvolvimento
de uma agricultura de grande qualidade. Assim, teve de voltar-se à atividade
comercial, construindo grande frota que realizava extensas atividades comerciais
com o Ocidente, bem como, por terra, com o Oriente.
Existiram outros povos a que se pode dar destaque no que diz respeito às
atividades comerciais, como os romanos e os gregos. Iudícibus e Marion (2004,
p.27) alegam que “recentemente, entre os séculos XII e XVI, vários países
independentes e repúblicas européias desenvolveram intensa atividade comercial”.
Já nos tempos atuais, o comércio é umas das atividades básicas para o
desenvolvimento em todos os países e possui um percentual muito significativo na
economia mundial.
Segundo Iudícibus e Marion (2004, p.28), “tradicionalmente, uma classificação
fundamental é a que separa as entidades mercantis (comerciais) em dois grandes
tipos: entidades comerciais atacadistas e entidades comerciais varejistas”.
28
Entre esse dois tipos de atividade a diferença não se encontra somente na
quantia comercializada, mas também no público-alvo em que essa empresa atende
no comércio varejista o público-alvo seria o consumidor final enquanto no comércio
atacadista seriam empresas e revendedores.
2.3 QUALIDADE
Vários autores falam sobre a importância da qualidade dentro das
organizações, e afirmam que muitas vezes seguir manuais desatualizados não
garante o alcance dessa qualidade de serviço desejada; dizem que é necessário ter
uma visão correta do que é prestar um serviço de qualidade.
Ao citar a importância da qualidade em todo o processo de uma organização,
Mirshawka (1993, p.35) afirma que Qualidade significa qualidade de trabalho,
qualidade de serviço, qualidade de informação, qualidade do processo, qualidade da
divisão, qualidade de pessoas, incluindo os trabalhadores, os engenheiros, gerentes
executivos, qualidade da companhia, qualidade de objetivos.
Para que uma empresa possa crescer de forma sustentável é necessário que
possua uma estratégia de fidelização e valorização de seus clientes. Não importa a
sua área de atividade; a qualidade de seus produtos ou serviços, a satisfação dos
clientes e parcerias duradouras estão sempre relacionadas.
Segundo Crosby (1994), a qualidade é mantida sempre que todos os
envolvidos na operação se esforçam em realizar seu trabalho de maneira correta,
então, caso haja um esforço por parte de toda a equipe as chances de se ter um
processo de excelência é grande.
Mirshawka (1993) descreve que a qualidade não é algo que possa se obter de
forma excepcional. É preciso que cada segmento de uma organização como o
trabalho, informação, pessoas, divisão, etc., tenha qualidade, para que o conjunto
também tenha a qualidade desejada.
Assim podemos afirmar que é necessária a dedicação e esforço de toda a
equipe para que se possa alcançar a qualidade desejada; caso alguns membros da
equipe não busquem essa qualidade o todo pode ficar comprometido.
29
Vários autores falam sobre a importância da qualidade dentro das
organizações, e afirmam que muitas vezes seguir manuais desatualizados não
garante o alcance dessa qualidade de serviço desejada, dizem que é necessário ter
uma visão correta do que é prestar um serviço de qualidade.
Ao citar a importância da qualidade em todo o processo de uma organização,
Mirshawka (1993, p.35) afirma que Qualidade significa qualidade de trabalho,
qualidade de serviço, qualidade de informação, qualidade do processo, qualidade da
divisão, qualidade de pessoas, incluindo os trabalhadores, os engenheiros, gerentes
executivos, qualidade da companhia, qualidade de objetivos.
2.3.1 Qualidade no Atendimento
Para tornar um cliente fiel a sua organização, simplesmente oferecer um
atendimento de qualidade deixou de ser um diferencial de mercado passando a ser
uma necessidade, se a empresa prestar um atendimento satisfatório aos olhos do
cliente, isso pode vir a agregar valor até mesmo aos produtos ou serviços
oferecidos.
De acordo com Piazza (1999, p.5), qualidade no atendimento “é um requisito
para se obter sucesso na área pessoal e empresarial, no âmbito da globalização, em
um mundo que se moderniza a cada dia”.
Conforme Freemantle (1994), empresas para oferecer um atendimento de
excelência às empresas precisam seguir alguns princípios básicos, que são: o
atendimento telefônico, que deve ser em cinco segundos; as respostas devem
chegar ao máximo em dois dias; as comunicações devem ser pró-ativas; toda a
equipe deve manter a seriedade; devem-se cumprir as promessas do atendimento;
deve haver confiabilidade no sistema; atendimento no máximo em cinco minutos;
estar atento aos detalhes e, por fim, manter uma boa aparência.
A fim de dar mais sustentabilidade à empresa ela deve manter cuidado no
atendimento a esses pontos a fim de economizar na captação de novos clientes e no
remanejamento da carteira de clientes existente na organização.
30
2.3.2 Qualidade dos Serviços Contábeis
É possível aplicar as diretrizes de qualidade tanto quando se trata de um
produto quanto de bens como serviço. O sentido é dado de forma genérica a tudo
que seja produzido.
Fitzsimmons (2000) descreve que a qualidade em serviços se define na
relação entre o serviço de fato prestado e a expectativa por parte do cliente em
relação ao serviço que lhe será prestado.
Pode-se perceber que a relação cliente e serviço estão diretamente
interligados. Se o cliente espera mais do que recebe do serviço, a qualidade dos
serviços está abaixo do esperado. Se o cliente recebe um serviço tal como
esperava, a qualidade do serviço foi alcançada e atendeu a expectativa do cliente.
Caso o cliente receba algo melhor do que estava esperando, que dizer que a
qualidade foi alcançada novamente.
Ao prestar o serviço com satisfação o profissional está se preocupando com
sua qualidade:
Essa preocupação, em minha opinião, é fruto do prazer que o empresário contábil tem em trabalhar na sua profissão. Ele gosta do que faz, por isso faz bem feito. Na outra ponta, temos o empresário que não se preocupa com a boa qualidade do serviço, porque se preocupa tão-somente com que o cliente não perceba os defeitos. Com certeza, é porque não gosta do que faz (THOMÉ, 2001, p. 79).
Algumas empresas não dão muita ênfase à qualidade do serviço prestado e
só percebem a falha quando existe a perda de clientes ou reclamações.
De acordo com Raupp (2000):
Com o advento da tecnologia da informação e o processo de globalização mundial as exigências cresceram e se diversificaram. A competição global exige que as empresas estejam comprometidas com contínuo e completo aperfeiçoamento de seus produtos, processos e colaboradores. Um dos principais ativos de uma empresa são suas informações e seus recursos humanos que delas se utilizam (...) a qualidade e confiabilidade desses dados influem decisivamente no sucesso dos negócios.
Percebe-se que para o serviço contábil ser considerado de qualidade,
determinados pontos devem ser levados em consideração.
31
2.4 ASPECTOS DA CONTABILIDADE
Este trabalho envolve aspectos técnico-contábeis, por isso são necessários
alguns elementos quanto à história da contabilidade, suas funções e aplicações na
atualidade.
2.4.1 Histórico da Contabilidade
Conforme Marques (2010), A contabilidade é tão antiga quanto às
civilizações. As primeiras manifestações humanas de necessidade social de
proteção e interpretação de fatos ocorridos com objetos materiais que o homem
tinha, estão relacionadas a ela.
A civilização antiga se voltou à agricultura após deixar a caça, surgindo o
direito ao solo e as divisões e a percepção de propriedade. Desta forma cada
cidadão construía seu próprio patrimônio.
Podem-se definir os períodos contábeis como sendo; no mundo antigo, até
1200 D.C quando segundo Iudícibus e Marion (1999, p. 13), a contabilidade surgiu
para suprir a necessidade de se avaliar a riqueza do homem, e seus possíveis
acréscimos, mesmo que não monetários. No mundo medieval, que vai de 1202-
1494, a contabilidade avançou junto com a ciência, deixou de ser rudimentar e
passou a ter um novo processo, baseado agora no sistema numérico. E, por fim, o
mundo contemporâneo que vai de 1840 aos dias atuais, tanto foi marcado pela
ciência, que se desenvolveram muito as ciências sociais, como a física e outros.
Passa a contabilidade a ser classificada como uma ciência social. Beuren e
Longaray (2003) expõem que:
O conhecimento contábil é científico na sua forma e essência, pois: (a) depende de uma série de raciocínios; (b) estabelece verdades gerais e eternas; (c) tem um objetivo determinado; (d) tem um fim determinado; (e) pode ser analisado sob a luz da filosofia; e, (f) dispõe de metodologia própria.
Percebe-se a evolução da contabilidade, passando por centenas de anos e
alcançando sua maturidade a partir de 1840 até os dias atuais.
32
2.4.2 Técnica Contábil
Os Fatos contábeis são registrados na sua forma quantitativa e qualitativa e a
técnica utilizada para o registro desses fatos é chamada de lançamento contábil ou
escrituração contábil, esses lançamentos são feitos em livros específicos com a
intenção de controlar as variações patrimoniais e os resultados sucedidos em certo
período.
Por volta do século XV o Frei Luca Pacioli, na Itália, desenvolveu o método
das partidas dobradas, e esse método que é utilizado nas escriturações contábeis e
de acordo com Marion (2009) esse método é aceito universalmente, que se deu
início a uma nova fase na contabilidade e fez nascer à escola italiana.
Conforme Iudícibus (2007, p.244) “O método consiste em que, para qualquer
operação, haverá um débito e um crédito de igual valor ou um débito (ou mais
débitos) de valor idêntico a um crédito (ou mais créditos).”
2.4.2.1 Débito
Os valores quando lançados a débito proporcionam aumentos no ativo e
subtrações no passivo ou patrimônio líquido.
2.4.2.2 Crédito
Os valores quando lançados a crédito proporcionam subtrações no ativo e
aumentos no passivo ou patrimônio líquido.
As contas contábeis são as nomenclaturas que indicarão a que se referem os
valores lançados. Ex: caixa, bancos, contas a pagar receitas brutas e etc. O local
onde ficam registradas as contas que se serão utilizadas se chama plano de contas.
2.4.2.3 Plano de Contas
O banco de dados onde se encontram todas as contas criadas para serem
utilizadas nos lançamentos contábeis é o Plano de Contas.
33
De acordo com Iudícibus, Martins e Gelbcke (2008, p. 18), “cada empresa
deverá elaborar seu plano de contas, mediante adaptação as suas peculiaridades de
operação, necessidades internas, transações e contas específicas, etc.”
Pode-se observar que cada empresa tem total autonomia para a elaboração e
modificação do seu Plano de contas com a intenção de que ele seja adequado para
seu tipo de operação.
Logicamente existe uma diretriz para a elaboração do plano de contas, para
que exista similaridade entre as empresas para facilitar análises e comparações.
É evidente que existe uma regra a ser seguida quanto à criação do plano de
contas, para que possa ser semelhante
Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke (2008, p. 18), a lei 6.404/76
estabeleceu que os elementos do plano de contas devem ser agrupados da seguinte
forma:
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
Ativo Realizável a Longo Prazo, dividido
em Investimentos, Ativo Imobilizado,
Ativo Intangível
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
Patrimônio Líquido divididos em Capital
Social; Reservas de Capital; Ajuste de
Avaliação Patrimonial; Reservas de
Lucros e Prejuízos Acumulados.
Quadro 2 - Classificação dos elementos do Plano de Contas Fonte: Adaptado segundo a lei 11.941/09 de Iudícibus (2008, p.18)
Pode-se acrescentar a essa tabela ainda as contas de resultado, como as
receitas, custos e despesas. Dentro de cada grupo de contas podem ser criadas
contas que reflitam da melhor forma as movimentações patrimoniais de cada
entidade levando em consideração suas atividades especificidades.
Existe, também, a possibilidade de adicionar a Tabela Contas de Resultado.
Ainda, podemos incluir, dentro de cada grupo, contas que mostrem da melhor forma
possível as movimentações patrimoniais de cada organização em consideração as
suas atividades desenvolvidas.
34
2.4.3 Livros de Registros Contábeis
Os dados anteriormente lançados são utilizados para a preparação de
relatórios, demonstrações e devem ser registrados em livros conforme a ordem
seqüencial a qual foram registrados, pela conta utilizada e pelo período do
lançamento.
De acordo com Marion (2009), dois livros contábeis que são utilizados
essencialmente pelas organizações são: o livro diário e o livro razão. A legislação
fiscal, o código civil e outras legislações trazem a obrigatoriedade de outros livros
contábeis, entretanto contabilmente falando os principais são estes.
O livro diário tem sua obrigatoriedade determinada pelo código civil nos
artigos 1.179 e 1.180, e pelas boas práticas contábeis. Seu formato é de livro, com
capa, termo de abertura (onde contam os dados da empresa e do próprio livro, como
data, número de páginas número do livro e alguns outros dados de cadastro da
organização), a movimentação e termo de encerramento que contém os mesmos
dados do termo de abertura, que deverão ser assinados pelo contador e pelo
responsável pela empresa, para depois serem levados a registros nos órgãos
competentes.
2.4.3.1 Livro Razão
A partir de 1º/01/1992, tornou-se obrigatória, para as pessoas jurídicas a
escrituração e a manutenção do livro razão, sendo ele o auxiliar do livro diário. O
livro razão é obrigatório em virtude do regulamento do imposto de renda (RIR) de
1999, art. 259. Seu objetivo é registrar por contas individuais as movimentações
financeiras e patrimoniais da empresa.
O livro Razão se tornou obrigatório a partir de 1º/01/1992 para as pessoas
jurídicas e, sua escrituração serve como auxiliar do livro diário. Ele se tornou
obrigatório devido ao regulamento do Imposto de Renda (RIR) do ano de 1999, art.
259. E seu propósito é registrar por contas individuais todas as movimentações
financeiras e patrimoniais das organizações.
De acordo com Marion (2009, p.261):
Em outras palavras, o registro no razão é realizado em contas individualizadas; assim, teremos um controle por conta. Por exemplo,
35
abrimos uma conta caixa e registramos todas as operações que, evidentemente, afetam o caixa nesta conta, debitando ou creditando e, a qualquer momento, apuramos o saldo.
No livro razão é possível verificar todos os lançamentos realizados no período
em contas individuais escrituradas a débito e a crédito ordenado por tipo de conta e
deve conter as seguintes informações: Nome da conta, data do lançamento,
contrapartida, histórico do lançamento, débito, crédito, saldo e indicação do saldo
devedor ou credor.
Servindo como livro auxiliar do livro diário, o livro razão não é obrigado a ser
registrado no órgão competente, isso fica a critério da organização. Porém, sua
confecção é obrigatório em virtude do disposto no RIR/1999, art. 259.
A seguir a tabela demonstra um modelo de registro em um livro razão.
Fonte: http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=contabil02razao
2.4.3.2 Livro Diário
O livro diário registra os fatos contábeis utilizando o método de partidas
dobradas, individualizadas, em ordem cronológica, com clareza e faz menção ao
documento hábil utilizado para a realização do registro. Qualquer fato que provoque
alguma alteração patrimonial, incluindo as operações de natureza aleatória, está
registrado neste livro.
Figura 1 - Modelo de livro razão
36
O Diário é um livro obrigatório exigido por leis comerciais, mais precisamente
pelo Código Civil. Os art. 1.179 e 1.180 do código civil estabelecem que:
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. § 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados. § 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970. Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
O livro diário contém lançamentos realizados a débito e a crédito, sua ordem
é por período, geralmente por dia, dessa forma é possível se verificar todos os
lançamentos realizados no período por ordem cronológica. A seguir a figura
demonstra um modelo de registro em um livro diário.
Figura 2 - Modelo de livro diário Fonte: http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=contabil01diario3
Podemos observar, na tabela 3, que são necessários para efetuar o registro
no livro diário as seguintes informações: código da conta, data, o número do
documento, o histórico do lançamento, os valores dos débitos e créditos e também
seus saldos. Utilizando esses elementos o registro fica de acordo com o necessário
para se ter confiabilidade no livro.
37
2.4.4 Demonstrativos Contábeis
As demonstrações contábeis relatam a quem é de interesse os fatos
contábeis registrados no período e sua apresentação é de maneira codificada dos
dados lançados no referente período.
As demonstrações contábeis é a conseqüência da escrituração contábil e por
isso os lançamentos devem estar assegurados de sua veracidade através de
documentos aptos. As demonstrações contábeis deixam de existir a partir do
momento em que a empresa não possua uma escrituração contábil regular, feita de
acordo com as praticas contábeis. E, esses demonstrativos podem ser classificados
como obrigatórios e não obrigatórios.
De acordo com Iudícibus e Marion (2007 p.73) os demonstrativos que são
obrigatórios são os exigidos por lei, sendo conhecidos como demonstrações
financeiras, os demonstrativos contábeis não obrigatórios são aqueles não exigidos
por lei, o que não quer dizer que sejam menos importantes que os obrigatórios.
A lei 11.941/09 que alterou parte da lei 6.404/76, que é a lei das sociedades
por ações que rege os fundamentos contábeis que devem ser aplicados a qualquer
tipo de empresa. De acordo com a lei 11.941/09 as demonstrações contábeis
obrigatórios são: Balanço Patrimonial (BP), Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE), Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA),
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) e Demonstração do Valor Adicionado
(DVA).
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) (2002 p.71), em seu
manual de procedimentos contábeis para Microempresas e Empresas de pequeno
porte referencia que “a legislação comercial exige que, anualmente, as empresas
elaborem um Balanço Patrimonial e uma Demonstração de Resultado do Exercício”.
Como este trabalho irá abordar apenas empresas enquadradas como Mês e
EPPs não irão abordar todas as demonstrações contábeis, e irá falar somente do
Balanço Patrimonial (BP) e das Demonstrações do Resultado do Exercício (DRE).
38
2.4.4.1 Balanço Patrimonial (BP)
O Balanço Patrimonial exprime a posição patrimonial da empresa de maneira
quantitativa e qualitativa, possui propriedade estática, é como um retrato da posição
patrimonial da empresa.
Conforme com a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC-T) 3.2.2.1 “o
Balanço Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio
Líquido.”
O Balanço Patrimonial (BP) é formado por duas colunas, a coluna da direita é
chamada de Passivo e Patrimônio Líquido e o da esquerda é chamado de Ativo.
Conforme a sociedade por ações ou lei 6.404/76, o lado direito é denominado
apenas de Passivo.
Conforme Iudícibus (2008, p.6) “Conforme as intitulações da lei, o balanço é
composto por três elementos básicos:”
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO: compreende os bens e direitos da
empresa e as aplicações de recursos
PASSIVO: abrange as exigibilidades.
PATRIMONIO LIQUIDO: abrange o valor
líquido da empresa, a diferença entre o ativo
e o passivo.
Quadro 3- Elementos do Balanço Patrimonial Fonte: adaptado de Iudicibus (2008 p.6)
Segundo Marion (2009) são exemplos de ativos: bens (máquinas, terrenos,
estoques, dinheiro, veículos e instalações), direitos (contas a receber duplicatas a
receber, ações, conta bancárias, caixa e títulos de créditos).
Os passivos são obrigações da empresa para com terceiros, que podem ser
exigidos em curto prazo ou em longo prazo, dessa forma menciona as duas
principais categorias de passivos, as dos exigíveis em curto prazo (circulante) e em
longo prazo (não circulante).
Os passivos são obrigações que empresa possui com terceiros, que podem
ser classificadas como a curto prazo (circulante) e a longo prazo (não circulante),
que são as duas principais classes de passivos.
Para fins didáticos pode-se utilizar o sentido de passivo como “lado das
dividas, das obrigações”, conforme Marion (2009, p.48).
39
No lado do passivo são demonstradas todas as obrigações que a empresa
tem para com terceiros, independente de curto ou longo prazo, enquanto o
patrimônio líquido é o total do ativo subtraído do total do passivo.
De acordo com Iudícibus, Martins e Gelbcke (2008, p.312), “no Balanço
Patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos e o dos passivos e resultados de
exercícios futuros representa o Patrimônio Líquido, que é o valor contábil
pertencente aos acionistas ou sócio”.
Com a alteração da lei 6.404/76 pela lei 11.941/09, algumas alterações na
estrutura do balanço patrimonial foram realizadas no intuito de padronizar os
demonstrativos contábeis. Veja a seguir no quadro as mudanças realizadas e seus
comparativos:
Com a lei 11.941/09 alterando a lei 6.404/76, foram feitas alterações na
estrutura do Balanço Patrimonial com o propósito de padronizar os demonstrativos
contábeis ficando assim configuradas.
ANTES DEPOIS ATIVO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
ATIVO PERMANENTE
INVESTIMENTO
IMOBILIZADO
DIFERIDO
ATIVO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
INVESTIMENTO
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL PASSIVO CIRCULANTE
PASSIVO EXIGÍVEL A LP
RES. DE EXER. FUTUROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESERVA DE CAPITAL
PASSIVO CIRCULANTE
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESERVA DE CAPITAL
AJUSTE DE AVALIAÇÃO
40
RESERVA DE REAVALIAÇÃO
RESERVAS DE LUCROS
LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS
PATRIMONIAL
RESERVAS DE LUCROS
·PREJUIZOS ACUMULADOS
Quadro 4 - discriminação do ativo e do passivo, lei 6.404/76 x 11.941/09 Fonte: adaptado de http://www.anefac.com.br/imagens/congresso2008/download/ernesto.pdf
Dentro das demonstrações contábeis, o Balanço Patrimonial segue como a mais
clássica das demonstrações e serve como instrumento de análise da posição
patrimonial da empresa e, seu levantamento geralmente é feito anualmente.
2.4.4.2 Demonstração do Resultado do Exercício (Dre)
A demonstração do resultado do exercício tende a demonstrar da maneira
organizada e mais eficiente possível os totais de receitas, deduzidas dos custos e
despesas da empresa por um determinado período, para que se possa alcançar em
valores o lucro obtido no exercício.
Segundo Assaf Neto (2001, p. 75): A demonstração de resultados do exercício visa fornecer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício social, os quais são transferidos para contas do patrimônio líquido. O lucro (prejuízo) é resultante de receitas, custos e despesas incorridos pela empresa no período e apropriados segundo o regime de competência, ou seja, independentemente de que tenham sido esses valores pagos ou recebidos.
A estrutura da DRE é formada por contas que também esta contida no plano
de contas. As contas de receitas, os custos e de despesas operacionais e não
operacionais devem seguir a estrutura dos seguintes grupos conforme a atualização
implantada pela lei de 11.638/07 e posteriormente a lei 11.941/09.
RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS
(Inclui o total das receitas apuradas no período)
(-) Deduções, descontos concedidos, devoluções
(-) Impostos sobre vendas
= RECEITA LÍQUIDA
41
(É o resultado da subtração da receita bruta e as deduções da receita bruta)
(-) Custos dos produtos vendidos e dos serviços prestados
= RESULTADO BRUTO
(É o resultado da subtração da receita líquida e o custo)
(-) Despesas de vendas
(-) Despesas gerais e administrativas
(-) Despesas financeiras líquidas
(-) Outras despesas operacionais
(+) Outras receitas operacionais
= RESULTADO OPERACIONAL
(É o resultado da adição das outras receitas operacionais ao resultado bruto e
subtração das despesas)
(-) Outras despesas
(+) Outras receitas
= RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DOS IMPOSTOS, CONTRIBUIÇÕES E
PARTICIPAÇÕES
(É a subtração ou adição do Resultado Operacional com as outras despesas e
receitas)
(-) Contribuição social
(-) Provisão para Imposto de Renda
(-) Participações
(-) Contribuições
= LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Quadro 5 - Demonstração do Resultado Fonte: adaptado de http://www.anefac.com.br/imagens/congresso2008/download/ernesto.pdf
A DRE é uma demonstração que visa facilitar o entendimento do seu usuário,
possui suas informações dispostas de forma simples, claras e objetivas. Sua função
é fazer com que seu usuário entenda como se chegou a certo resultado em
determinado período.
A DRE tem como missão fazer com que os usuários entendam como foi
alcançado certo resultado do exercício da maneira mais simples, e objetiva possível,
e de acordo com Marion (1998, p. 110), “o sucesso dessa gestão, sem dúvida, será
42
medido comparando-se o resultado do exercício (obtido pela demonstração do
resultado do exercício)”.
2.4.4.3 Outras Demonstrações
As demonstrações contábeis contam ainda com outras demonstrações, como
a demonstração do lucro ou prejuízo acumulado, a demonstração do valor
adicionado e a demonstração do fluxo de caixa. Do lucro apurado pela DRE apenas
uma parte é destinada a distribuição de lucros aos sócios, o restante desse lucro é
reinvestido na própria empresa. E conforme Marion (2009) depois de evidenciado o
lucro líquido do exercício, este é distribuído e demonstrado na Demonstração de
lucros e prejuízos acumulados.
As movimentações financeiras da empresa são evidenciadas também no
Fluxo de Caixa. Que conforme Viceconti (2002, p.269) a Demonstração do Fluxo de
Caixa, “visa identificar as modificações ocorridas na posição financeira da empresa.
Logo nesta demonstração serão contempladas apenas as entradas e saídas de
recursos financeiros (moeda).
A demonstração do valor adicionado (DVA) mostra de que maneira esta
sendo distribuída a riqueza gerada pela empresa durante o período. E conforme
Marion (2009, p. 512) a demonstração do fluxo de caixa “deverá evidenciar o valor
da riqueza gerada e sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a
geração desta riqueza”. A importância dessa demonstração se dá, pois é nela que
se verifica onde estão sendo empregados os recursos da empresa.
Na demonstração do Fluxo de caixa estão ressaltadas as movimentações
financeiras da empresa, e que de acordo com Iudicibus, Martins e Gelbcke (2006, p.
398) “o objetivo da demonstração do fluxo de caixa é prover informações relevantes
sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, ocorridos durante um
determinado período”.
2.4.5 Contabilidade Gerencial
As empresas têm a necessidade de um controle maior de suas operações
para que elas possam se adaptar ao mercado atual, que exige tanta flexibilidade em
43
relação a mudanças do cenário econômico e de acordo com Atkinson (2002, p.36),
“a contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, reportar e analisar
informações sobre os eventos econômicos das empresas”.
A contabilidade gerencial auxilia na tomada de decisão das empresas,
gerando informações de natureza administrativa, que dará suporte ao usuário da
informação. E de acordo com Marion (2009, p.27), “contabilidade pode ser
considerada como sistema de informação destinado a prover seus usuários de
dados para ajudá-los a tomar decisão”.
A grande maioria das Micro-empresas e empresas de pequeno porte tem
como administradores seus proprietários, que possuem um grande conhecimento na
área de atuação da empresa, porém seus conhecimentos administrativos, na sua
maioria, não são suficientes para que eles possam aproveitar as informações
geradas de uma maneira mais eficaz.
De acordo com Padoveze (1994), a contabilidade gerencial necessita ser
periodicamente atualizada, organizada e mantida com base as boas práticas
contábeis.
Para que se possam utilizar as informações gerenciais extraídas dos
demonstrativos contábeis é necessário que essas informações sejam feitas de
acordo com a doutrina contábil. E quanto mais atualizada em menor tempo, mais
rápido a informação chega, e a tempo para a tomada de decisão.
Para que melhor sejam aproveitadas as informações geradas a partir dos
demonstrativos contábeis, é necessários que seja utilizada as doutrinas contábeis
atuais, e essa informação sendo gerada mais rápido, e mais atual possível, melhor
pode ser aproveitada para a tomada de decisão.
E de acordo com Crepaldi (2004, p.20), “a contabilidade gerencial é o ramo da
contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de
empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais”.
A contabilidade gerencial dentro de algumas de suas incumbências tem como
seu principal objetivo que é auxiliar nas tomadas de decisões de forma harmônica
visando minimizar os riscos nas tomadas de decisões que possam vir a serem
necessárias pelo mercado.
44
3. RESULTADOS DA PESQUISA
A pesquisa realizada estudou as Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte que têm como atividade o comércio e que utilizam os serviços contábeis de
escritórios terceirizados, empresas sediadas no bairro Centro do município de
Biguaçu/SC. O objetivo principal do trabalho foi avaliar a qualidade dos serviços
contábeis que vêm sendo prestados por escritórios terceirizados da região da
grande Florianópolis/SC, conforme o entendimento dos empresários.
Pode-se observar que 91% do universo pesquisado são empresas
enquadradas como MEs e EPPs comerciais, instaladas no bairro Centro do
município de Biguaçu/SC. Conforme levantamento de dados junto à Junta Comercial
de Santa Catarina e Prefeitura Municipal de Biguaçu/SC, a quantidade de empresas
é a seguinte:
• Microempresas: 328
• Empresas de Pequeno Porte: 96
• Demais Empresas: 39
• Total de Empresas: 463
O universo pesquisado está calculado em 424 empresas com sede no Bairro
Centro, descritos acima. Foram aplicados 50 questionários, e as empresas foram
selecionadas por critério de afinidade, humana, com o gestor da instituição pelo
pesquisador. Os resultados obtidos na aplicação do questionário estão apresentados
de forma gráfica, com os resultados de toda a amostra base. Também serão
apresentadas tabelas com os resultados para facilitar a análise.
3.1 PORTE DA EMPRESA E SEDE
O estudo realizado é formado por 50 empresas que têm como sua atividade o
comércio, sediadas no bairro Centro do município de Biguaçu/SC, contendo ou não
45
empresas (filiais) fora do município pesquisado. O questionário se iniciou
classificando as empresas conforme seu porte, como mostra a tabela a seguir:
Gráfico 1 – Portes da Empresa Fonte: Dados pesquisados
Pode-se observar no gráfico 1, que a quantidade de Microempresas é maior
que a de Empresas de Pequeno Porte, o que pode evidenciar uma predominância
das empresas com atividade de comércio com sede no bairro pesquisado.
Pode-se notar que 72% das empresas entrevistadas são Micro empresas que
somente 28% das empresas são enquadradas como Empresas de Pequeno Porte,
não existindo a possibilidade de uma empresa se enquadrar em 02 (dois) portes ao
mesmo tempo.
Outro levantamento feito na pesquisa foi em relação à existência de outras
unidades da empresa fora do município estudado para que se possa fazer uma
relação desta pesquisa com um ambiente além do estudado neste trabalho.
A seguir está o gráfico das empresas que possuem outras unidades fora do
município de Biguaçu/SC.
46
Gráfico 2 - Empresas com loja fora de Biguaçu/SC Fonte: Dados pesquisados
Como se pode observar somente 32% das empresas têm lojas fora do
município de Biguaçu, enquanto 68% trabalham apenas dentro do local estudado.
3.2 TEMPO EM QUE A EMPRESA ATUA NO MERCADO
O tempo em que a empresa atua no mercado é um fator importante a ser
estudado. Pode-se analisar esse fator de diversas maneiras, porém o que o trabalho
propõe verificar é a fidelidade dessas empresas ao escritório contábil que lhes
prestam os seus serviços.
A seguir apresenta-se o gráfico que demonstra o percentual das empresas
entrevistadas em relação ao tempo em que elas atuam no mercado:
47
Gráfico 3 - Tempo de mercado das empresas Fonte: Dados pesquisados
O gráfico mostra que a maior parte das empresas estão atuando no mercado
na faixa entre mais de 6 anos a 9 anos (30%), e o menor percentual se encontra nas
empresas que atuam até 01 ano (6%), como se pode verificar também na tabela a
seguir:
Pode-se concluir que esse tipo de atividade possui uma considerável
rotatividade na região, pois levando em consideração as empresas que possuem até
01 ano (6%) e as empresas que têm entre 1 e 3 anos (16%), totaliza-se 24%, o que
significa que quase 1/4 das empresas que atuam nessa área, na região estudada, é
considerada “nova”.
3.3 NÚMERO DE COLABORADORES
Para conhecer a estrutura de uma empresa é importante saber a quantidade
de pessoas que constam no seu quadro de funcionários. Conforme dados do
SEBRAE, as microempresas caracterizam-se por possuírem no máximo 9 (nove)
funcionários, enquanto as empresas de pequeno porte possuem, na sua grande
maioria de 10 a 50 funcionários.
Abaixo está o gráfico da quantidade de funcionários existentes nas empresas
analisadas.
48
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 4: Número de funcionários das empresas
N de Funcionários
1 2 a 5 6 a 9 10 a 29 30 a 49 50 ou mais
Empresas 6 14 12 11 6 1 Percentual 12% 28% 24% 22% 12% 2%
Fonte: Dados pesquisados Tabela 1: Número de Funcionários
No gráfico fica claro que a grande maioria das empresas tem entre 2 e 9
colaboradores; 6 empresas possuem apenas 1 funcionário, e uma única empresa,
entre as estudadas, possuir mais de 50 funcionários, conforme tabela a seguir:
.
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 5: Quantidade de funcionários por porte da empresa, segundo a classificação
da Lei Complementar nº. 139/2011.
49
Porte da empresa /
nº de Funcionários
Microempresa Empresa de pequeno
porte
1 Funcionário 06 12% 00 00
2 a 5 Funcionários 14 28% 00 00
6 a 9 Funcionários 09 18% 03 06%
10 a 29 Funcionários 05 01% 06 12%
30 a 49 Funcionários 00 00 06 12%
50 ou mais
Funcionários
00 00 01 02%
Fonte: Dados pesquisados Tabela 2: Número de funcionários por porte da empresa, segundo a classificação da Lei
Complementar nº. 139/2011.
Conforme o gráfico apresentado anteriormente pode-se observar que a
grande concentração de funcionários nas microempresas encontra-se entre 2 e 5; já
nas empresas de pequeno porte observa-se que existem 12% delas com 10 e 29
colaboradores, assim como outros 12% delas possuem entre 30 e 49 pessoas no
seu quadro de funcionários.
Agora se pode começar a dar atenção ao problema abordado pela pesquisa,
já que a parte de verificação do porte da empresa e o tempo que ela atua no
mercado já foram definidos.
3.4 TEMPO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DO CONTADOR À EMPRESA
Esta pergunta colocada no questionário busca constatar o grau de fidelidade
que a empresa tem com o escritório que lhe presta serviços contábeis.
50
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 6: Tempo de prestação de serviços do escritório de contabilidade atual (em
anos)
Pode-se observar que a maioria das empresas possui o mesmo contador no
prazo de mais de 6 anos a 9 anos (36%). Outro percentual significativo levantado foi
a das empresas que possuem o mesmo contador mais de 3 anos a 6 anos (22%), e
o menor percentual encontrado foi o de até 1 ano (10%).
No gráfico pode-se observar que existe certa fidelidade entre empresas e
escritórios de contabilidade, porém esses dados podem ter sofrido algum tipo de
tendência pela pesquisa ter ocorrido em bairro de um município não muito populoso,
onde os costumes são diferentes de bairros mais populosos.
3.5 SOBRE A TOMADA DE DECISÃO DA EMPRESA
Um ponto importante levantado pela pesquisa e perguntado aos responsáveis
pelos estabelecimentos foi em relação ao responsável pela tomada de decisão, isto
é, se é o sócio da empresa ou funcionário, e a seguir tem-se um gráfico que mostra
os percentuais alcançados com as respostas:
51
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 7: Responsabilidade pela tomada de decisão.
Como se pode observar no gráfico, na grande maioria das empresas, as
decisões são tomadas por seus sócios (78%), e em apenas 11 empresas (22%), a
decisão é delegada aos seus funcionários. Neste último caso a maioria são
empresas de pequeno porte que possuem lojas fora do município de Biguaçu/SC,
conforme tabela a seguir:
Responsável /
Porte da empresa
Microempresa Empresa de
pequeno porte
Sócios 32 06
Funcionários 04 08
TOTAL 36 14
Fonte: Dados pesquisados Tabela 3: Responsabilidade pela tomada de decisão por porte da empresa
Dentro da amostra foi também questionado sobre o envio de documentos
fiscais aos contadores, e 100% das empresas pesquisadas afirmaram que
disponibilizam documentos fiscais ao escritório de contabilidade periodicamente, e
quando questionadas se disponibilizavam Livro Caixa e extratos bancários ao
contador, 56% das empresas afirmaram que sim, enquanto um número considerável
de empresas (42%) afirmaram que não entregam o Livro Diário ou os extratos
bancários ao contador. Na sua grande maioria, no entanto, não entregam o livro
52
caixa, mas entregam os extratos bancários, como se pode observar no gráfico a
seguir:
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 8: Empresas que entregam ou não Livro Caixa e extratos bancários ao
contador.
Disponibiliza / Porte da
empresa
Sim Não
ME 15 21
EPP 14 00
TOTAL 29 21
Fonte: Dados pesquisados Tabela 4: Disponibilização do Livro Caixa e extratos bancários, por porte da empresa
Como se observa no quadro anterior, a maioria das empresas disse que
disponibiliza Livro Caixa e extratos bancários aos contadores; em contrapartida elas
foram indagadas sobre o recebimento de demonstrações ou relatórios periódicos
que viessem a auxiliar na tomada de decisão por parte da empresa, e se
conseguiram os seguintes dados:
53
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 9: Recebimento de relatórios que auxiliam na tomada de decisão
A pergunta, 26% (13 empresas) afirmaram que recebem relatórios que
servem para auxiliar na tomada de decisão, 64% (32 empresas) relataram que não
recebem nenhum relatório de auxílio à administração da empresa e 10% (5
empresas) não souberam responder (estas são empresas em que os funcionários
tomam as decisões). Segue um quadro para melhor entender essa divisão:
Entre as 13 empresas que afirmaram receber algum tipo de relatório dos
escritórios de contabilidade para o auxílio na tomada de decisão, destacam-se os
seguintes relatórios: Livro Caixa, inventário, balancete, índices de liquidez,
lucratividade, endividamento, controle de recebíveis e carta de sugestões.
Às empresas que responderam não (64%), foi perguntado se o responsável
pela tomada de decisão requisita algum tipo de relatório para que o auxilie na
administração do estabelecimento e os dados coletados foram os seguintes:
54
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 10: Solicitações das empresas por relatórios para tomada de decisão
Observa-se no gráfico que existe um equilíbrio entre as empresas que
solicitam relatórios a seus contadores e as que não o fazem, pode-se verificar
também que quase a metade das empresas se preocupa em ter os relatórios
contábeis como auxílio para a tomada de decisões futuras.
Porém, nem todas as empresas que recebem os relatórios dos seus
contadores, mesmo que os solicitem, utilizam os relatórios como suporte da
administração, porém das 13 empresas que recebem algum tipo de relatório, 8
empresas fazem uso deles para os auxiliarem na tomada de decisão, como se pode
verificar no gráfico a seguir:
55
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 11: Empresas que utilizam os relatórios como suporte na administração da
empresa
Os dados interpretados anteriormente neste trabalho mostram um
desinteresse por parte das empresas em utilizar as informações geradas por seus
contadores para a administração das empresas e também trazem indícios de que os
escritórios que prestam serviços a essas empresas não se preocupam em fornecer
esses dados. No entanto, os dados demonstram que mesmo as empresas
solicitando e algumas recebendo os relatórios dos escritórios, 8 utilizam essas
informações como auxílio na tomada de decisão, que representa 61% das empresas
que recebem os relatórios, o que mostra que se os escritórios cobrassem mais de
seus clientes, para que os dados fossem fornecidos aos escritórios, e os escritórios
fizessem sua parte enviando relatórios contábeis para seus clientes, provavelmente
essas informações poderia auxiliar muito mais que apenas 8 empresas na sua
gestão.
3.6 FUNÇÃO DA CONTABILIDADE
Os responsáveis pelos estabelecimentos visitados foram questionados no que
diz respeito à função da contabilidade para eles. Essa pergunta teve como objetivo
demonstrar a função da contabilidade sob o ponto de vista dos tomadores desses
serviços. As respostas para essa questão estão no gráfico a seguir:
56
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 12: Função dos escritórios de contabilidade
Funções Nº de
empresas
Porcentagem
Abertura e Baixa de empresas 12 15,19%
Preenchimento de guias fiscais 14 17,72%
Confecção de folha de pagamento 17 21,52%
Preenchimento de livros fiscais 11 13,92%
Geração de demonstrativos contábeis 4 5,06%
Fazer os registros fiscais 9 11,39%
Fazer os registros contábeis 10 12,66%
Assessoria para gestão da empresa 2 2,53%
Total 79 100%
Fonte: Dados pesquisados Tabela 5: Função da contabilidade.
Nesta questão o responsável pelo estabelecimento poderia responder mais e
1 item, utilizando todas as respostas para podermos ter-se um panorama da visão
das empresas.
Constata-se no gráfico 12 que, na visão das empresas questionadas sobre a
função da contabilidade, a contabilidade se resume à confecção de folha de
pagamento (21,52%), preenchimento de guias fiscais (17,72%), abertura e baixa de
57
empresas (15,19%) e preenchimento de livros fiscais (13,92%). O percentual de
empresas que acreditam que a função da contabilidade é assessorá-las na gestão
da empresa é muito pequeno, representa apenas 2,53% das empresas pesquisadas.
Observando os dados da tabela e do gráfico, concluí-se que, para as
empresas, a contabilidade serve apenas para fins fiscais e burocráticos, sendo
apenas uma obrigação legal e não um auxiliar na administração da empresa,
fornecendo dados e servindo como base de tomada de decisão.
3.7 A IMPORTÂNCIA E AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS CONTÁBEIS
As empresas participantes poderiam avaliar o grau de importância de alguns
dos serviços contábeis prestados a seus estabelecimentos pelos escritórios de
contabilidade. O intuito era saber quais os serviços considerados mais importantes
entre aqueles prestados pelos contadores. A seguir há um gráfico que mostra quais
os serviços prestados pelos contadores considerados mais importantes pelos
empresários.
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 13: Importância dos serviços contábeis
58
Serviços Contábeis Muito
Importante Pouco Sem
Total Importante Importante Importância
Abertura e Baixa de Empresas 74,0% 23,0% 3,0% 0,0% 100,0% Folha de Pagamento 83,0% 17,0% 0,0% 0,0% 100,0% Apuração de Impostos 77,0% 23,0% 0,0% 0,0% 100,0% Registros Contábeis e Fiscais 38,0% 19,0% 43,0% 0,0% 100,0% Livros Contábeis e Fiscais 32,0% 28,0% 22,5% 17,5% 100,0% Confecção de Demonstrativos 42,0% 38,5% 19,5% 0,0% 100,0% Relatórios Gerenciais 48,0% 36,0% 12,0% 4,0% 100,0% Assessoria Administrativa 39,0% 25,5% 19,5% 16,0% 100,0%
Fonte: Dados pesquisados Tabela 6: Importância dos serviços contábeis
Analisando os dados pode-se comprovar que para as empresas entrevistadas
existem alguns serviços que se destacaram, com um índice muito superior a outros,
como por exemplo: folha de pagamento (83%), apuração de impostos (77%) e
abertura de empresas (74%), enquanto outros índices tiveram classificação como
“pouco importante” ou “sem importância”, como: livros fiscais e contábeis (17,5%) e
assessoria administrativa (16%).
Após a avaliação por grau de importância dos serviços que as empresas
recebem de seus contadores, foi feita outra pergunta que possibilitou às empresas
avaliar os serviços prestados por seus contadores através de notas de 0 a 5, em 6
características diferentes, com o objetivo de avaliar os escritórios contábeis.
A seguir apresenta-se o gráfico que expor as médias das notas de cada
característica em porcentagem:
59
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 14: Avaliação dos escritórios de contabilidade
O gráfico mostra que apenas 4% das empresas pesquisadas atribuíram nota
máxima à pontualidade, enquanto o auxílio na administração da empresa chama a
atenção pelo percentual de nota mínima que recebeu (78%). Nos níveis
intermediários podem-se destacar duas características, que receberam nota 3 na
avaliação das empresas, ou seja, mediana, que foi a equipe técnica (56%) e
qualidade geral do serviço (42%), o que reforça a idéia de que as empresas não
utilizam a contabilidade como instrumento na administração da empresa, mas
somente para atender ao fisco. Porém, quando pedido que avaliassem a qualidade
geral dos serviços contábeis que lhes são prestados, a grande maioria das
empresas deu notas 2 e 3, o que significa que, além de avaliarem alguns serviços
com uma nota muito ruim, no geral elas acham que a qualidade é mediana para os
serviços de contabilidade que a sua empresa recebe.
Abaixo teremos a tabela que reforça os dados do gráfico 14:
60
Serviço Notas 0 1 2 3 4 5 Totais
Pontualidade quanto ao Solicitado 19,0% 08,0% 17,0% 31,0% 21,0% 04,0% 100,0%
Atendimento 21,0% 03,0% 44,0% 08,0% 24,0% 00,0% 100,0% Auxílio na Administração da Empresa 78,0% 05,0% 00,0% 13,0% 04,0% 00,0%
100,0%
Equipe Técnica 00,0% 18,0% 09,0% 56,0% 17,0% 00,0% 100,0% Solução de Problemas 18,0% 05,0% 47,0% 05,0% 25,0% 00,0% 100,0% Qualidade Geral dos Serviços 07,0% 16,0% 28,0% 42,0% 07,0% 0,00%
100,0%
Fonte: Dados pesquisados Tabela 7: Avaliação dos escritórios de contabilidade
3.8 HONORÁRIOS PERCEBIDOS
As empresas participantes da amostra foram questionadas em relação ao
valor dos honorários pagos aos seus contadores, para que fosse possível analisar a
media dos valores pagos nesse segmento de mercado e como as empresas
encaram esse valor pago em relação ao custo-benefício.
A seguir teremos um gráfico que evidenciará os valores dos honorários
cobrados pelos contadores em relação às empresas pesquisadas neste trabalho.
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 15: Honorários cobrados pelos escritórios de contabilidade
61
Pode-se observar que o maior índice dos valores referentes aos honorários
pegos está entre R$ 600,01 e R$ 900,00 (36%), enquanto o valor entre R$ 300,01 e
$ 600,00 também apresenta um alto índice (28%). O que se pode observar é que
grande parte das empresas se encontra na faixa de honorários entre meio e um
salário mínimo.
Os respondentes foram indagados, fazendo conexão com a pergunta anterior,
quanto à relação custo-benefício do valor pago por suas empresas aos escritórios de
contabilidade com as seguintes alternativas: muito caro, um pouco caro, adequado e
os que não sabem como demonstrados no gráfico a baixo.
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 16: Relação custo-benefício dos honorários contábeis
A grande maioria dos estabelecimentos respondeu, como se pode observar
no gráfico, acha o honorário pago ao contador um pouco caro (70%), enquanto 10
empresas (20%) acham o valor praticado adequado ao serviço prestado, apenas 6%
acharam o valor muito caro e 4% não souberam responder.
O gráfico faz a relação dos honorários cobrados com a relação custo-
benefício, tinha-se como opção, muito caro, um pouco caro, adequado, um pouco
barato, muito barato e não sabem. Pode-se identificar que nenhuma empresa acha
62
que paga um valor um pouco barato ou muito barato em relação aos serviços
prestados.
A grande parte das empresas que acha que paga um valor muito caro de
honorários está na faixa de honorários entre R$ 600,01 e R$ 900,00. No entanto,
20% das empresas que acham que pagam um honorário adequado aos serviços que
são prestados, estão na faixa de R$ 300,01 a R$ 600,00, dentro de um valor que se
encontra abaixo do salário mínimo.
3.9 OBRIGATORIEDADE DA CONTABILIDADE
Finalizando a pesquisa, foi feito uma pergunta quanto à continuidade da
contabilidade caso esta deixasse de ser obrigatória. O objetivo dessa pergunta era
verificar se mesmo não sendo obrigatória seria tomado o serviço de um contador
pelas empresas, se elas acreditavam que seria importante continuar a pagar por
esse serviço.
As respostas foram divididas em percentuais, conforme gráfico a seguir:
Fonte: Dados pesquisados Gráfico 17: Permanência com sua contabilidade mesmo em caso de não haver
obrigações legais
Como pode ser analisado no gráfico 17, o maior percentual (68%)
corresponde a empresas que não permaneceriam com sua contabilidade caso não
63
fosse obrigatória. Pode-se entender que a maioria das empresas só utiliza esse
serviço por sua obrigatoriedade com fins legais. É muito importante que esse quadro
seja revertido o quanto antes.
64
4. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS
A contabilidade é peça fundamental para que uma empresa possa exercer
suas atividades, e é indispensável que as suas informações sejam as mais corretas
possíveis para que se possa tomar a decisão acertada e utilizá-la como instrumento
de apoio da administração.
Neste trabalho procurou-se pesquisar o ponto de vista de Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte, do bairro Centro do município de Biguaçu-SC, no que
diz respeito à qualidade do serviço, ao atendimento e à parte técnica dos escritórios
de contabilidade que lhes prestam serviços.
Em relação aos conhecimentos específicos desta pesquisa, espera-se tê-los
atendido com o capítulo 2, na fundamentação teórica do trabalho, no qual foram
abordados alguns conceitos ligados aos aspectos legais que incluem o que diz
respeito ao enquadramento das empresas como Microempresa e Empresa de
pequeno porte, a atividade comercial, que foi a atividade das empresas estudadas.
Nesse capítulo foi abordado o conceito de qualidade, na parte de atendimento ao
cliente como também a qualidade dos serviços contábeis Também, foi colocado a
função da contabilidade, os seus registros, seus livros e suas demonstrações e foi
abordado sobre a contabilidade gerencial.
No que diz respeito ao objetivo geral do trabalho, que é avaliar os serviços
contábeis que os escritórios prestam às Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte no bairro centro do município de Biguaçu/SC, espera-se que tenha sido
alcançado através dos capítulos 3 e 4 da presente pesquisa, com as respostas
obtidas ao questionário, no qual foram levantados dados que servem como base
para tal afirmação.
No universo pesquisado por este trabalho, a grande maioria das empresas é
enquadrada como microempresas e possuem uma quantidade baixa de funcionários
e algumas delas possuem lojas fora do limite que a amostra adotou. Grande parte
das empresas, cerca de 54%, possuem entre 3 e 9 anos de atividade no mercado e,
por coincidência, 58% das empresas estão com o mesmo escritório de contabilidade
durante o mesmo período, um percentual que corresponde a 29 empresas
comerciais estudadas, de acordo com as respostas, o que mostra que existe uma
65
certa fidelidade no local estudado, isso porque 36% das empresas estão com o
mesmo prestador de serviço entre 6 e 9 anos.
Conforme se pode observar, todas as empresas afirmaram enviar os
documentos fiscais a seus contadores, mas somente 58% confirmaram que enviam
livros caixa e extratos bancários periodicamente aos escritórios de contabilidade, o
que começa a demonstrar certa falta de interesse por parte das empresas, pois sem
ter acesso ao livro caixa e aos extratos bancários da empresa fica inviável ao
contador fornecer dados precisos para serem utilizados como base na tomada de
decisão do estabelecimento. Dessas 29 empresas que asseguraram enviar os livros
caixa e extratos bancários aos contadores, apenas 13 empresas, cerca de 26% da
amostra, confirmaram que recebem algum tipo de relatório para o auxílio na tomada
de decisão; 64% das empresas não recebem e 10% não souberam responder,
porém, infelizmente apenas 14 empresas das 32 que não recebem os relatórios dos
escritórios contábeis os solicitam.
Outro dado extraído da amostra demonstra certo desinteresse por parte dos
empresários, em cobrar que os escritórios de contabilidade os forneçam essas
informações, e também por parte dos escritórios em solicitar os dados das
empresas, porém das empresas que recebem os relatórios, mais da metade, ou
seja, 61% delas fazem o uso dessas informações como auxílio na gestão da
empresa, o que significa que, caso os escritórios conseguissem fornecer as
informações aos empresários, provavelmente os empresários iriam se interessar
mais e utilizá-las como base na administração da empresa.
Com base nesses dados os prestadores de serviços de contabilidade
deveriam tomar a atitude de orientar seus clientes para que se organizassem e lhes
enviassem a eles todos os meses os livros caixa e os extratos bancários. Caso não
surtissem efeito as orientações, deveriam conversar com seus clientes de maneira
que juntos conseguissem montar uma estratégia de trabalho para que os
documentos solicitados fossem entregues em tempo hábil e os dados fornecidos
pelos escritórios pudessem ser mais utilizados na administração das empresas.
Com base na pesquisa pode-se verificar que grande parte dos entrevistados
vê os escritórios de contabilidade como um mero emissor de guias, pois um
percentual de 17,72% dos entrevistados classificou a função de emissão de guias
fiscais como uma das mais importantes funções da contabilidade, perdendo apenas
para uma das coisas que mais assustam os donos de estabelecimentos, que é a
66
folha de pagamento que, por medo de alguma ação trabalhista ou algo do tipo,
classificaram como a função mais importante da contabilidade (a confecção da folha
de pagamento), com 21,52%. A abertura e fechamento de empresas com um
percentual de 15,19%, pois todos são obrigados a abrir e fechar suas empresas com
medo de uma notificação de um fiscal da prefeitura, do estado, do trabalho ou até
mesmo da Receita Federal, deixando mais claro que gerar demonstrativos contábeis
e assessoria para a gestão da empresa não são considerados funções importantes
da contabilidade, pois elas tiveram os percentuais mais baixos, com 5,06% e 2,53%,
respectivamente.
Quando as empresas foram solicitadas a que classificar o grau de importância
para ela dos serviços contábeis, foram classificados como mais importantes, a
confecção de folha de pagamento, seguida da apuração dos impostos, com 77%, e
abertura e fechamento de empresas, com 74%. Novamente a confecção de
demonstrativos contábeis e assessoria na gestão da empresas tiveram índices
menos expressivos, com 42% e 39%, o que confirma o desinteresse das empresas
com relação à utilização da contabilidade como ferramenta de gestão.
Na pesquisa foi feita uma pergunta com relação ao valor dos honorários
cobrados pelos prestadores de serviços contábeis. Foi constatado que 64% das
empresas pagam na faixa de R$ 300,01 a R$900,00, uma faixa de valor próximo ao
valor do salário mínimo, que é usado como base de aumento para muitas das
empresas entrevistadas, e que 70% das empresas desta amostra consideram o
valor pago a seus contadores um pouco caro, enquanto 24% acham que pagam um
valor razoável pelos serviços que os escritórios de contabilidade prestam a elas.
Com relação à pergunta problema deste trabalho, que é: como os
empresários da área comercial, instalados no centro da cidade de Biguaçu - Santa
Catarina avaliam a qualidade dos serviços prestados a sua empresa, foi solicitado
que os entrevistados dessem notas aos serviços contábeis que são prestados as
suas empresas com o intuito de avaliar, na visão dos empresários, a qualidade
desses serviços. Eles avaliaram o item auxílio na administração da empresa com um
percentual de 78% com a nota 0, o que dá a certeza de que a maioria dos escritórios
de contabilidade deixa muito a desejar no que diz respeito a assessorar seus
clientes na gestão da empresa, e 44% dos empresários deram nota 2 para o
atendimento que suas empresas recebem; 47% deram também nota 2 para a
solução de problemas, e o percentual que teve um peso importante foi à equipe
67
técnica, pois 56% dos empresários lhe deram nota 3. Para a avaliação da qualidade
geral dos serviços prestados pelos escritórios de contabilidade, 42% das empresas
deram nota 3 e 28% deram nota 2, notas que estão no meio da tabela. Mesmo as
empresas avaliando os serviços com algumas notas baixas, o que se pode deduzir é
que a qualidade dos serviços contábeis prestados a esses empresários é mediana,
ou satisfatória, pois o tempo que a empresa possui de existência é o mesmo do
prestador de serviço contábil caracterizando a fidelidade que existe entre escritório
contábil e empresa.
E, para finalizar, embora as empresas tivessem avaliado os serviços
prestados como medianos, quando foi questionada sobre a possibilidade uma lei
que excluísse a obrigação de se manter o serviço de contabilidade, 68% delas
afirmaram que não permaneceria contratando esses serviços, o que remete à falta
de interesse dos empresários em ter a contabilidade como aliada no seu dia-a-dia
para auxiliar os responsáveis pela tomada de decisão e poder ter bases mais
confiáveis de dados.
4.1 RECOMENDAÇÕES AOS ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE
Os escritórios de contabilidade devem fazer mais que apenas as rotinas
fiscais e tributárias, abertura de empresas e gerar folhas de pagamento. Devem
orientar seus clientes a lhes passar todas as informações necessárias para que as
informações geradas pelos escritórios sejam feitas com a maior veracidade possível
e com isso consigam manter a qualidade de seus serviços visto que a quantidade de
microempresas e empresas de pequeno porte representa uma porção considerável
do mercado, é importante que essas empresas não percam a confiança nos
prestadores de serviços contábeis e sigam interessadas em mantê-los, mesmo que
não fossem obrigatórios.
Recomenda-se também que os escritórios mantenham uma relação com seus
clientes que vá além do contrato firmado, que dêem mais atenção a seus clientes,
melhorando o relacionamento com eles e instruindo-os melhor sobre a
administração da empresa, fazendo com que eles se interessem mais pela
contabilidade. Devem fazer com que eles consigam ver que os contadores estão ali
para auxiliá-los, e não somente para emitir guias a serem pagas, que os escritórios
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são aliados dos empresários e podem ajudá-los nas tomadas de decisão, que
através de uma contabilidade bem feita, com documentos fidedignos, o contador
pode ajudar as empresas a maximizarem seus lucros e preverem alterações nos
planejamentos dos empresários, assim trazendo benefícios a ambas as partes:
aumentando a rentabilidade da empresa e também proporcionando uma maior
satisfação com os serviços prestados.
4.2 RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
Aconselha-se para futuros trabalhos que apliquem a pesquisa em um
universo maior, como um município, um estado ou abrangendo todos os tipos de
empresas, não somente micro e pequenas, mas empresas também de médio e
grande porte, ou com atividades diferentes, com o intuito de ter conhecimento do
ponto de vista de outros setores em relação aos serviços contábeis prestados.
É possível adotar as mesmas premissas deste trabalho ou ampliá-las para
comparar com empresas de outros estados, ou mudar o universo da pesquisa, e
pesquisar os escritórios de contabilidade de certa região, ou de um estado, ou até
mesmo aplicar um modelo de tomada de decisão e, após o modelo aplicado,
verificar se os dados irão sofrer muitas alterações
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REFERÊNCIAS
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72
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ANEXO – QUESTIONÁRIO UTILIZADO
Bom dia, boa tarde, boa noite, meu nome é Thiago Andre Anselmo, sou aluno da Universidade Federal de Santa Catarina, sou acadêmico do Curso de Ciências Contábeis, e estou na fase de desenvolvimento do meu trabalho de conclusão de curso e, para que isso aconteça tenho a necessidade de realizar uma pesquisa que envolve os empresários ou responsáveis pela empresa, para que possam responder algumas perguntas. Podemos realizar as perguntas? Marque um X nas proposições que você identifica como uma atividade habitual de sua empresa.
1) Qual o porte em que a empresa se enquadra? [ 1 ] ME (micro empresa) [ 2 ] EPP (empresa de pequeno porte) [ 3 ] Outro (agradecer e finalizar a pesquisa)
2) A empresa possui lojas fora do município de Biguaçu/SC? [ 1 ] SIM [ 2 ] NÃO
3) Há quanto tempo a empresa atua no ramo? [ 1 ] menos de 1 ano [ 4 ] mais de 6 a 9 [ 2 ] mais de 1 a 3 [ 5 ] entre 10 ou mais [ 3 ] mais de 3 a 6
4) Qual o número de funcionários da empresa? [ 1 ] somente 1 [ 4 ] 10 a 29 [ 2 ] 2 a 5 [ 5 ] 30 a 49 [ 3 ] 6 a 9 [ 6 ] 50 ou mais (agradecer e finalizar a pesquisa)
5) Quem é o responsável pela tomada das decisões da empresa? [ 1 ] Os sócios [ 2 ] Funcionário Responsável [ 3 ] Outra empresa de assessoria
6) Quem é o responsável por gerar as informações contábeis da empresa? [ 1 ] Contador Próprio (agradecer e finalizar a pesquisa) [ 2 ] Contador Terceirizado / Escritório de Contabilidade
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7) Há quanto tempo o escritório de contabilidade responsável pelas informações presta serviços a sua empresa? [ 1 ] menos de 1 ano [ 4 ] mais de 6 a 10 [ 2 ] mais de 1 a 3 [ 5 ] mais de 10 anos [ 3 ] mais de 3 a 6
8) Você poderia informar qual o faturamento médio mensal da empresa? [ 1 ] Até 5 mil reais [ 4 ] Mais de 20 mil reais até 50 mil
reais [ 2 ] Mais de 5 mil reais até 10 mil reais [ 5 ] Mais de 50 mil reais até 100 mil
reais [ 3 ] Mais de 10 mil reais até 20 mil reais [ 6 ] Mais de 100 mil reais
9) A empresa disponibiliza os documentos fiscais para o escritório de contabilidade periodicamente? [ 1 ] SIM [ 2 ] NÃO [ 3 ] Não sabe informar
10)A empresa disponibiliza livro-caixa e extratos bancários para o escritório de contabilidade periodicamente? [ 1 ] SIM [ 2 ] NÃO [ 3 ] Não sabe informar
11)Quais seriam as funções dos escritórios de contabilidade, na sua opinião? (nesta pergunta pode ser assinalada mais de uma alternativa) [ 1 ] Abertura e baixa de empresas [ 6 ] Fazer os registros fiscais [ 2 ] preenchimento de guias fiscais [ 7 ] Fazer os registros contábeis [ 3 ] Confecção de folha de [ 8 ] Assessoria para gestão da pagamento empresa [ 4 ] preenchimento de livros fiscais [ 9 ] Outras funções : ____________ [ 5 ] Geração de demonstrativos contábeis ________________________
12)Além de realizar os registros fiscais, o escritório de contabilidade que presta serviço a sua empresa apresenta outros tipos de relatório que o auxiliam na administração da empresa? [ 1 ] SIM [ 2 ] NÃO
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[ 3 ] Não sabe informar
13) Se a resposta anterior for SIM. Quais? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
14)Se a resposta da questão 10 for NÃO. Você solicita algum tipo de relatório? [ 1 ] SIM [ 2 ] NÃO [ 3 ] Não sabe informar
15)A empresa usa os relatórios contábeis como suporte na administração da empresa? [ 1 ] SIM [ 2 ] NÃO [ 3 ] Não sabe informar
16) Classifique por grau de importância cada um desses serviços para você. (Marque um X nas colunas, levando em consideração o grau de importância de cada serviço).
Serviço Prestado Muito
Importante
Importante
Pouco Importan
te
Sem Importân
cia [ 1 ] Abertura e Fechamento 1 2 3 4 [ 2 ] Folha de Pagamento 1 2 3 4 [ 3 ] Apuração de impostos 1 2 3 4 [ 4 ] Registros contábeis e 1 2 3 4 [ 5 ] Livros contábeis e fiscais 1 2 3 4 [ 6 ] Confecção de demonstrativos
1 2 3 4
[ 7 ] Relatórios gerenciais 1 2 3 4 [ 8 ] Assessoria administrativa 1 2 3 4 [9] outro:_________________ 1 2 3 4
17) Utilizando uma escala de 0 a 5 que nota daria para o escritório de contabilidade que presta serviços a sua empresa em relação a: A [ ] Pontualidade quanto ao solicitado
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B [ ] Atendimento C [ ] Auxílio na administração da empresa D [ ] Equipe técnica E [ ] Solução de problemas F [ ] Qualidade geral do serviço
18) Qual o valor dos honorários cobrados pelo escritório de contabilidade que presta serviços a sua empresa? [ 1 ] Até R$ 300,00 [ 4 ] Mais de R$ 900,01 a R$ 1.200,00 [ 2 ] Mais de R$ 300,01 a R$ 600,00 [ 5 ] Acima de 1.200,00 [ 3 ] Mais de R$ 600,01 a R$ 900,00
19) Levando em consideração o serviço prestado, os honorários cobrados pelo seu escritório de contabilidade são, na sua percepção? [ 1 ] Muito caros [ 4 ] Um pouco baratos [ 2 ] Um pouco caros [ 5 ] Muito baratos [ 3 ] Adequados [ 6 ] Não sabe
20)Se fosse criada uma lei que excluísse a obrigação de se manter um serviço de contabilidade, você permaneceria com seu escritório contábil? [ 1 ] SIM [ 2 ] NÃO [ 3 ] Não sabe informar
Resposta do Questionário: [ ] Sócio [ ] Funcionário Responsável