Avaliação da sala de aula: conceito, propósitos, características e implantação

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Avaliação da sala de aula: conceito, propósitos, características e implantação José Camilo dos Santos Filho Workshop USP/São Carlos 31/10/2013 1

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Avaliação da sala de aula: conceito, propósitos, características e implantação. José Camilo dos Santos Filho Workshop USP/São Carlos 31/10/2013. Hierarquia de avaliações e avaliação da sala de aula. Tipo: Avaliação em nível de sistema Nível: Faculdade, Universidade, etc. - PowerPoint PPT Presentation

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Avaliação da sala de aula: conceito, propósitos, características e

implantação

José Camilo dos Santos Filho

Workshop USP/São Carlos

31/10/2013

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Hierarquia de avaliaçõese avaliação da sala de aula

Tipo: Avaliação em nível de sistemaNível: Faculdade, Universidade, etc.Objetivo: Fornecer prestação de contas pública

Tipo: Avaliação institucionalNível: Faculdade ou universidade individualObjetivo: Fornecer prestação de contas pública;

Obter e manter o credenciamento

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Tipo: Revisão e avaliação de programa/cursoNível: Faculdade da Univ., programa ou departamentoObjetivos: Obter e manter credenciamento;

Aprimorar a qualidade e o sucesso do programa/curso

Tipo: Pesquisa da sala de aulaNível: “Curso”/disciplina individualObjetivo: Compreender e aprimorar o ensino e

a aprendizagem num curso/disciplina individual

Tipo: Avaliação da aulaNível: Encontro ou tarefa de uma aula individual dentro

do cursoObjetivos: Compreender e aprimorar o ensino e a aprendizagem

de uma unidade ou lição individual

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Nível macro de avaliação: Sistema educacionalNível meso de avaliação: Universidade/Fac./CursoNível micro de avaliação: sala de aula/aula

Avaliação diagnóstica: desempenho na entradaAvaliação formativa: desempenho no processoAvaliação somativa: desempenho/Av. da aprendiz.

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Avaliação formativa

“Depois de uma falta (erro), não a corrigir é a verdadeira falta” (Confúcio)

• Avaliação somativa:

Avaliação da aprendizagem: Desempenho do aluno em relação aos objetivos da aprendizagem ao final de uma unidade de ensino, de um programa, de um semestre, de um ano letivo.

• Avaliação formativa• Para o professor: Avaliação para a aprendizagem

• Para o aluno: Avaliação como aprendizagem5

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Avaliação da Sala de Aula

Conceito•Técnicas informais de avaliação formativa;

•Avaliação formativa – uso prioritário de técnicas para informar o ensino e aprimorar a aprendizagem;

• Avaliação da Sala de aula - abordagem sistemática de avaliação formativa.

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Avaliação da Sala de Aula

Propósitos:

•Produzir a mais alta qualidade possível da aprendizagem do estudante;

•Ajudar os estudantes a aprenderem mais efetiva e eficientemente do que poderiam fazê-lo sozinhos;

•Propósito central: Potencializar professores e estudantes para aprimorarem a qualidade da aprendizagem na sala de aula.

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Avaliação formativa

Para o professor:- Conhecer melhor os alunos;- Planejar o ensino, ajustando o ritmo, a apresentação e os desafios (objetivos) de aprendizagem às características dos alunos

Para os alunos:-Compreender a forma como aprender melhor;-Melhorar a aprendizagem;-Autoavaliar-se e compreender como efetuaram a aprendizagem.

Para proporcionar aos alunos:- Feedback eficaz que os ajude a desenvolver o seu potencial de aprendizagem

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Poder da avaliação formativa

• Dá feedback aos professores sobre a eficácia das aulas e das atividades desenvolvidas;

• Dá feedback aos alunos sobre o grau em que sua aprendizagem e seu trabalho correspondem às expectativas e objetivos de aprendizagem pretendidos;

• Inspira revisões ao ensino e à aprendizagem.

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Avaliação formativa

Visa a ajuda pedagógica imediata ao aluno

Utiliza diversos instrumentos, como:-Questionários;-Grelhas de observação;-Escalas de apreciação;-Fichas de autoavaliação;-Técnicas de avaliação de sala de aula, etc.

Aplica-se a:-Um aluno;-Um grupo de alunos

Informa o aluno e o professor sobre o grau de domínio das competências enunciadas pelos programas e sobre o processo de aprendizagem do aluno

Permite identificar onde e quem é o aluno com dificuldades para lhe sugerir ou ajudá-lo a descobrir formas de melhorar

Permite fazer diagnósticos, se necessário.Inicialmente, pode assumir uma avaliação prévia das aprendizagens, como base para o planejamento adequado às necessidades de aprendizagem

Ajuda a tomar decisões de natureza pedagógica.Modificação:-do planejamento;-das estratégias;-das atitudes;-do ambiente

Faz-se:-No início;-Durante;-No fim de uma ou várias atividades de aprendizagem, ou seja, enquanto o aluno está aprendendo.

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Efeitos da avaliação formativa

• Incentivar a participação ativa dos alunos na sua aprendizagem (Paradigma da

aprendizagem ativa);

• Envolver o aumento dos níveis de autonomia do aluno (aprender a aprender);

• Promover a confiança e a autoestima dos alunos através da melhoria da compreensão da forma como aprendem (expectativa).

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Avaliação da Sala de Aula

Características da avaliação da sala de aula:

• Dirigida pelo professor• Mutuamente benéfica• Formativa• Centrada no estudante• Contextual (micro-cultura da sala)• Continuada• Enraizada em boa prática docente

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Avaliação da Sala de Aula

As sete pressuposições básicas da avaliação de sala de aula:

Pressuposição 1:

•“A qualidade da aprendizagem do estudante está diretamente, embora não exclusivamente, relacionada à qualidade do ensino. Portanto, um dos modos mais promissores para aprimorar a aprendizagem é aprimorar o ensino.” [Desenvolvimento profissional do docente]

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Avaliação da Sala de AulaPressuposição 2:

•“Para aprimorar sua efetividade, os professores precisam primeiro tornar explícitas suas metas e objetivos e então obter feedback específico e compreensível sobre a medida em que estão alcançando suas metas e objetivos.” [Organização curricular/Plano de ensino]

Pressuposição 3:•“Para aprimorar sua aprendizagem, os estudantes precisam receber feedback apropriado e focalizado, cedo e freqüentemente; precisam também aprender como avaliar sua própria aprendizagem.” [Av. do processo]

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Avaliação da Sala de Aula

Pressuposição 4:

•“O tipo de avaliação com maior probabilidade de aprimorar o ensino e a aprendizagem é aquele conduzido pelos professores para responder a questões formuladas por eles mesmos em resposta a problemas em seu próprio ensino.” [Scholarship da docência]

•Pressuposição 5:•“A pesquisa sistemática e o desafio intelectual são fontes poderosas de motivação, crescimento e renovação do professor universitário, e a Avaliação da sala de aula pode fornecer tal desafio.” [Scholarship da docência]

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Avaliação da Sala de AulaPressuposição 6:

•“A Avaliação da Sala de aula não requer treinamente especializado; ela pode ser feita por professores dedicados de qualquer disciplina.”

•Pressuposição 7:

•“Colaborando com os colegas e envolvendo ativamente os estudantes nos esforços de Avaliação da Sala de aula, os professores (e os estudantes) aumentarão a aprendizagem e a satisfação pessoal.”

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As Técnicas de Avaliação da Sala de Aula (TASA):

• São instrumentos de coleta de dados sobre a aprendizagem do estudante;

• São “instrumentos de feedback”;

• Não pretendem substituir as formas mais tradicionais de avaliação;

• Visam fornecer aos professores e aos estudantes informação sobre a aprendizagem antes e entre testes e provas;

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As Técnicas de Av. da Sala de Aula

• Portanto, suplementam e complementam as avaliações formais da aprendizagem;

• Podem complementar as técnicas de avaliação informal já usadas pelos professores;

• Podem ajudar os professores a fazerem avaliação informal mais focada e sistemática.

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Critérios/perguntas para a escolha de Uma boa TASA:

1. É sensível ao contexto?2. É flexível?3. Pode fazer diferença?4. É mutuamente benéfica?5. É fácil de ser administrada?6. É fácil de ser respondida?7. É educacionalmente válida?

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Ciclo do projeto de avaliaçãoda sala de aula (Três fases)

• Fase 1: Planejar um Projeto de Avaliação de Sala de Aula

Passos:1. Escolher a classe na qual vai executar o projeto (classe foco);

2. Focar um problema ou questão avaliável sobre a aprendizagem do estudante;

3. Elaborar um projeto de avaliação para responder à “questão avaliável”

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Fase 1: Planejar

• Reservar uns poucos minutos da classe para a TASA;

• Escolher poucas técnicas. São recomendáveis:

o “Paper” de um Minuto, o Ponto mais Obscuro, o Sumário de uma Frase, a Paráfrase Direcionada, as Fichas de Aplicações.

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Fase 1: Planejar

• O “Paper” de um Minuto:

• Pedir aos estudantes para responderem a duas questões:

(1) Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu hoje?

(2) Que questões ficaram em sua mente, enquanto concluimos esta aula?

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Fase 1: Planejar

• O Ponto mais Obscuro:

• Técnica usada para descobrir o que não ficou claro para os estudantes.

• No final de uma aula expositiva, os estudantes escrevam uma breve resposta à pergunta:

• Qual foi o ponto mais obscuro em minha exposição de hoje?

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Fase 1: Planejar

• Paráfrase direcionada:

Avalia a compreensão de um conceito ouprocedimento, pelos estudantes, pedindo-lhes para o parafrasearem, em duas ou três frases, para uma audiência específica (tradução, interpretação, compreensão).

• Fichas de Aplicações:

• Avaliam a habilidade de transferência, dos estudantes, solicitando-lhes possíveis aplicações da lição aprendida na aula para a vida real ou para outras áreas específicas.

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Fase 1: Planejar

• O Sumário de uma Frase:

• Avalia a habilidade do estudante para sumarizar um amontoado de informação.

• Sobre um tópico trabalhado, os estudantes respondem à seguinte questão:

• Quem fez o que para quem, quando, onde, como e por que?

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Fase 2: Implementar o Projeto de Avaliação da Sala de Aula

• Passos:

4. Ensinar a “lição”-alvo relacionada à questão que está sendo avaliada;

5. Avaliar a aprendizagem mediante a coleta de feedback sobre a referida questão avaliável;

6. Analisar o feedback e transformar os dados em informação utilizável;

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Fase 2: Implementar

• Escolhida a classe, informe os estudantes no começo do curso.

• Informe-lhes porque está pedindo-lhes informação.

• Assegure-lhes que estará avaliando a aprendizagem deles para ajudá-los a se

aprimorarem e não para dar-lhes nota.

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Fase 2: Implementar

• Ao aplicar a TASA, assegure-se de que os estudantes entenderam o procedimento.

• Informe-lhes quanto tempo têm para completar a avaliação.

• Depois de respondido o instrumento, analise as respostas.

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Fase 3: Responder aos resultados da avaliação da classe

• Passos:7. Interpretar os resultados e formular uma resposta apropriada para aprimorar a aprendizagem;

8. Comunicar os resultados aos estudantes e experimentar a resposta;

9. Avaliar o(s) efeito(s) do projeto sobre o ensino e a aprendizagem.

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Fase 3: Responder

• Para motivar os estudantes a se tornarem ativamente envolvidos e capitalizar o tempo usado na avaliação, feche o “loop” do feedback, fazendo-os conhecer o que você aprendeu do exercício da TASA e que diferença essa informação irá fazer.

• Faça os ajustes sugeridos pelo teste; faça os estudantes conhecerem que ajustes está fazendo em sua classe, como resultado do feedback.

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Sugestões para um bom começo:

1. Se uma TASA não apela à sua intuição e julgamento profissional como professor, não a use.

2. Não faça da Avaliação da Sala de Aula um autoflagelo ou peso.

3. Não peça a seus estudantes para usarem qualquer TASA que você não testou previamente.

4. Reserve mais tempo do que pensou inicialmente para aplicar e responder à avaliação dos estudantes.

5. Procure “fechar o loop”: Leve ao conhecimento dos estudantes o que aprendeu do

feedback deles; e Veja como você e eles podem usar essa informação para aprimorar a aprendizagem.

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Algumas técnicas recentes e relevantes

a) Avaliação colaborativa (“team-based learning)

b) Portfolio

c) “Lesson study (Planejamento, docência e avaliação por pares)

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Algumas referências relevantes

Angelo, Thomas A.; Cross, K. Patricia.Classroom assessment techniques. San Francisco: Jossey-Bass Publ., 1993.

Fernandes, Domingos. Para uma teoria da avaliação formativa. Revista Portuguesa de Educação, 19(2), p. 21-50, 2006.

Lopes, José; Silva, Helena Santos. 50 técnicas de avaliação formativa. Lisboa: LIDEL, 2012.

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Sites de Centros de Desenvolvimento Docente

• www.brown.edu/Administration/Sheridan_Center/

• http://www.schreyerinstitute.psu.edu/

• http://ase.tufts.edu/cae

• http://www.ku.edu/~cte

• http://ww.psu.edu/celt

• http://www.gwu.edu/~utweb

• http://www.oir.uiuc.edu/

• http://www.albany.edu/cetl/programs/webprojetc.html• http://sheridan-center.stgg.brown.edu/index.shtml

• http://www.acs.ohio-state.edu/education/ftad/menu.html

• http://www.uwm.edu/Dept/CIPD/

• http://www.colorado.edu/ftep/publications/index.html

• http://www.inform.umd.edu/CTE/Icn/index.html

• http://albany.edu/celt/resources

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Sites de Centros de Desenvolvimento Docente

• http://eagle.cc.ukans.edu/%7Ecte/resources/websites/unitedstates.html

• http://www.unc.edu/depts/ctl/progserv.html

• http://www.education.mcgill.ca/cutl/

• http://www.utexas.edu/academic/cte/

• http://www.dal.ca%7Eoidt/ids.html

• http://oid.ucla.edu/index_body.htm

• http://ase.tuhfts.edu/cte/search_pages/facbooksearch.htm

• http://web.mit.edu/afs/athena.mit.edu/org/o/odsue/tll/www/Published%20Reso.../bjv-table.htm

• http://tecn.rutgers.edu/library.htm

• http://www.itl.usyd.edu/au/

• http://www.cshe.unimelb.edu.au/

• http://www.teach-nology.com/highered/teaching_centers/

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Page 36: Avaliação da sala de aula: conceito, propósitos, características e implantação

Sites de Centros de Desenvolvimento Docente

• http://www.usc.edu/admin/provovst/cet/Resources/techniques.html

• http://tecn.rutgers.edu/

• http://camden-www.rutgers.edu/Camden/TEC/student_observer.html

• http://www.bath.ac.uk/Admin/Staff_Development/staffdev.htm

• http://www.fas.harvard.edu/~bok_cen/

• http://www.crlt.unmich.edu/teachings.html

• http://www.ualberta.ca/~uts/

• www.msche.org/publications_view.asp?idPublicationType=5&PublicationType=Guidelines+for+Institutional+Improvent

• http://www1.umn.edu/ohr/teachlearn/tutorials/syllabus/

• www.tll.mit.edu

• www.crlt.unmich.edu/testing_and_grading/

• www.writing.utoronto.ca/

• https://tle.wisc.edu/node/1034

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