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Tópicos Especiais em Tópicos Especiais em Economia e Gestão da Economia e Gestão da Saúde Saúde Residente Vitor Luiz Andrade Residência em Economia e Administração [email protected] Tel. 4009-5172

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  • Tpicos Especiais em Economia e Gesto da SadeResidente Vitor Luiz AndradeResidncia em Economia e [email protected]. 4009-5172

  • Ementa4) Anlise e Modelos Econmicos4.1) Demanda por Capital de Sade: Modelo de Grossman4.2 ) Anlise econmica4.2.1) Anlise de custo-benefcio4.2.2) Anlise de custo-efetividade4.2.3) Anlise de custo-utilidade 4.3) Modelos de Viciao Referncias:Ministrio da Sade. Avaliao de tecnologias em sade: ferramentas para a gesto do SUS.Braslia, 2009.Ministrio da Sade. Avaliao econmica em sade: desafios para gesto no SUS. Braslia, 2008.PIOLA, S.; VIANNA, S. Economia da Sade: conceito e contribuio para a gesto da sade. Braslia, IPEA, 1995. (cap. IV e V)

  • Anlise econmica em sadeA avaliao das diversas intervenes em sade, tanto sob a perspectiva clnico-assistencial quanto de polticas de sade, pode ser descrita em etapas:

    Efetividade: capacidade de se promover resultados pretendidos;

    Eficincia: relao entre resultados obtidos e os recursos empregados;Custo-efetividade;Custo-benefcio;Custo-utilidade.

    Eficcia: relao entre os resultados obtidos e os objetivos traados quando aplicados em condies ideais;

  • EFETIVIDADE x EQUIDADEConceito de Equidade

    A problemtica da distribuio equnime dos recursos para a sade se enquadra na teoria maxmin de Rawls (1972), ou seja, na maximizao do benefcio dos mais desfavorecidos apoiando-se no princpio da discriminao positiva.

    tratamento igual de indivduos que se encontram numa situao de sade igual (equidade horizontal);tratamento desigual de indivduos em situao de sade distintas (equidade vertical).

  • EFICINCIA a habilidade de obter o melhor resultado ao menor custo;

    As tcnicas de avaliao econmica de programas na sade para medir o nvel de eficincia so:anlises de custo-benefcio;custo efetividade;custo-utilidade.

    Caracterstica comum:conceito de custo de oportunidadequanto maior for a escassez de recursos, maiores sero os custos de oportunidade de determinada deciso.o custo de cada linha de ao deve ser medido pelo sacrifcio do uso alternativo mais prximo dos recursos reunidos.

  • EFICINCIACusto-BenefcioPermitem avaliar o quanto a sociedade est disposta a pagar pelos benefcios de programas ou polticas de sade;Tm por objetivo mostrar a relao entre os custos totais de cada programa e os benefcios diretos e indiretos gerados.Nas anlises de custo-benefcio, atribui-se aos benefcios ou impactos de uma ao em sade um valor monetrio. Os resultados destas anlises so apresentados em benefcios lquidos (benefcios da interveno menos os custos da interveno); socialmente rentvel investir no projeto x? e dados os projetos x e y, qual o mais rentvel socialmente?.

  • EFICINCIACusto-BenefcioMetodologia:Aplicao de questionrio com cenrios hipotticos de sade e terapias em questo;Os indivduos devem escolher o valor mximo que esto dispostos a pagar pelo benefcio oferecido ou aceitar pelo benefcio removido.

    Dificuldades: transformao monetria do benefcio clnicoQuanto vale, em termos monetrios, salvar uma vida?Qual a inclinao/disposio da sociedade a pagar para reduzir a probabilidade de morte?A vida de uma pessoa idosa vale tanto quanto a vida de uma criana? verdadeiro atribuir valores monetrios diferentes a uma vida com limitaes fsicas e uma vida sem incapacidade?

  • EFICINCIACusto-EfetividadeNo se atribui valor monetrio aos impactos das intervenes em sade;Ao invs de valores monetrios, os impactos so medidos considerando o efeito natural mais apropriado ou unidades fsicas;Unidades de medio para estes estudos podem incluir nmero de doenas evitadas, internaes prevenidas, casos detectados, nmero de vidas salvas ou anos de vida salvos;A unidade de medida selecionada deve ser aquela com o impacto mais relevante para a anlise.

    Comparam duas (ou mais) estratgias alternativas;

    Escolha da melhor estratgia para atingir um determinado objetivo

    As alternativas competem entre si, no podem ser implementadas concomitantemente (estratgias excludentes)

  • EFICINCIACusto-EfetividadeExemplo de razo de custo-efetividade

  • EFICINCIACusto-EfetividadeCurva de distribuio das razes de custo-efetividade (C/E)

  • EFICINCIACusto-UtilidadeConsidera a medio de qualidade de vida relacionada com a sade (aplicao para doenas crnicas);

    As anlises de custo-utilidade constituem uma forma mais refinada das anlise de custo-efetividade, nas quais esta ltima expressa em termos de durao e da qualidade da sobrevida obtida pelos diversos tipos de interveno mdica;

    A unidade de medida da utilidade do paciente a expectativa de vida ajustada para qualidade ou anos de vida ajustados pela qualidade (AVAQ) ou QALYs do ingls quality-adjusted-life-year.;

    Requerem a elaborao prvia de estudos especficos para identificar a quantidade de AVAQs correspondentes a cada tipo de tratamento em questo;O formulrio utilizado no Estudo de Desfechos Clnicos conhecido como Short-Form (SF-36) avalia oito domnios (fsico, mental, social, dor, energia e vitalidade, problemas fsicos, problemas emocionais e percepo de sade) e tem sido muito empregado em ensaios clnicos.

  • EFICINCIACusto-UtilidadeQual a forma mais custo-efetiva para proporcionar melhor e mais longa sobrevida ao paciente?

  • Anlise econmica em sadeEstratgia para anlise e interpretao de estudos econmicos

    Aspectos importantes a serem considerados a fim de permitir a adequada avaliao, interpretao, generalizao e aplicabilidade de estudos de avaliao econmica:

    Indagao cientficaQual o objetivo do estudo?Qual o tipo de anlise econmica realizado?Quais as alternativas que esto sendo comparadas?Qual a hiptese do estudo?Qual a perspectiva da anlise?

  • Anlise econmica em sadeValidade Internacaractersticas da populao em estudo;evidncias da efetividade das intervenes;aspectos dos custos das alternativas e suas conseqncias;unidades utilizadas para medir efetividade e custo;aplicao de controle para diferenas no tempo, taxa de desconto.

    Inferncia estatsticaFoi feita anlise de estatstica inferencial?

  • Anlise econmica em sadeValidade ExternaAs estimativas da efetividade e dos custos das intervenes so semelhantes s observadas em outras populaes? esperado que a proporo relativa do custo e da efetividade entre as alternativas avaliadas seja mantida em outras circunstncias?

    AplicabilidadeAs intervenes estudadas so relevantes para outras realidades?

  • Demanda por Capital de Sade: modelo de GrossmanGrossman (1972) usou a teoria do capital humano para explicar a demanda por sade;Na teoria do capital humano os indivduos investem em si mesmos atravs de educao, treinamento e sade para aumentar a sua renda.

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanPressupostos do modeloO consumidor no deseja tratamento mdico, mas sim sade (H). O tratamento mdico um insumo para produzir sade;O consumidor produz sade combinando insumos mdicos com o seu tempo disponvel;A sade pode ser analisada como um bem de investimento e de consumo:Bem de consumo: a sade desejada porque d satisfao ao consumidor;Bem de investimento: a sade desejada porque aumenta o nmero de dias saudveis, aumentando o estoque de sade (H) e, consequentemente, o nvel de renda.

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanInvestimento em capital em sade

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanFormalmente, a produo de sade (H) pode ser expressa:H = H (TH,M, E, A) TH = Tempo gasto com a sade M = Insumos de sade (servios mdicos, medicamentos, etc..) E = Educao A = IdadeO indivduo, alm de produzir sade usa tambm o tempo (TB) para produzir outros bens e servios (B):B = B (TB ,X, E) TB = Tempo gasto na produo de outros bens e servios X = fatores produtivos (servios, matria-prima);A utilidade do indivduo (U) resulta unicamente do consumo de outros bens (B) e do seu estoque de sade (H):U = U (B, H)

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanPressupostos do modeloO consumidor pode alocar seus recursos na compra de insumos sade (M) ou insumos para produo de bens domsticos (X);A sade um estoque (H), tendo durao de vrios anos. O estoque de sade est tambm sujeito a depreciao de cada perodo (a taxa de depreciao diferir de pessoa para pessoa);Esta taxa de depreciao do estoque de sade crescente de acordo com a idade da pessoa.

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanPressupostos do modeloIdade O modelo conclui que a taxa de depreciao evolui com a idade do indivduo;Como o estoque de sade se deprecia mais rapidamente, o investimento bruto realizado tender a ser maior (idosos compram um volume maior de servios mdicos).SalrioGanhos reais de renda levam a um aumento do estoque de sade. O indivduo agora poder ter mais renda para investir mais na produo de sade;Deve-se esperar que os indivduos com maiores taxas de salrios tenham maior estoque de sade.

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanPressupostos do modeloEducaoA educao vista como um fator que aumenta a eficincia com que um indivduo produz investimentos em sade e outros bens de consumo;Assim, um indivduo com maior educao ir escolher um estoque de sade mais elevado;Para igual taxa de depreciao do estoque de sade, isto significa uma maior procura de cuidados mdicos por parte de indivduos com maior educao.

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanNas suas escolhas, o indivduo defronta com uma restrio, tempo disponvel.Esse tempo total pode ser distribudo em vrias atividades: Trabalho, para obter rendimento - TW; Tempo para produo de sade - TH; Tempo de lazer (ou de produo de consumo de outros bens) - TB; Tempo perdido devido falta de sade TL; T = TW + TH + TB + TL = 365 dias

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanA sade um bem produtivo que gera um nico produto, dias saudveis; Se o indivduo estiver doente, a sua dotao de dias de trabalho menor;Quanto maior o estoque de sade, maior o nmero de dias saudveis, at o limite mximo de 365 dias;Se o estoque de sade descer abaixo de um valor mnimo (Hmin), o indivduo morre;

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanO MODELO pressupe um conjunto de decises simultneas para o indivduo:alocar o tempo entre trabalho e lazer;dividir o tempo restante de lazer na produo de sade e de outros bens;dividir o rendimento gerado entre bens intermedirios para a produo de sade (medicamentos e servios de sade) e de outros bens;

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanO problema de escolha a ser resolvido pelo consumidor:Max U = U (B, H)sujeito a: B = B (TB ,X, E)H = H (TH ,M, E, A)TB + TH + TW + TL = Tw . TW = p.X + MTL = f(H)Simplificando:Max U = U (B, H)sujeito a: B = B (TB ,X, E)H = H (TH ,M, E, A)w . T = w . f(H) + w TH + w TB + p.X + MAs 3 restries definem um conjunto de possibilidades de produo de outros bens de consumo (X) e de sade (M)

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanConjunto de possibilidades de produo de sade e de consumoVariando H determina-se diversos pontos da fronteira de possibilidade de produo; necessrio que H > Hmn para que o indivduo tenha capacidade de ganhar rendimento e tempo para produzir o bem de consumo;

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanSe H descer abaixo de Hmn no h dias saudveis para produzir o bem de consumo;Quando o nvel de sade ainda baixo (pouco acima de Hmn) temos um movimento em que o uso de mais tempo para produzir sade permite obter:mais rendimento;menos dias de incapacidade, e logo mais bens para produzir (quer mais sade, quer mais bem de consumo).

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanA partir de certa altura, para produzir mais sade o custo em termos de tempo no compensado pelo aumento de dias de sade disponveis para o trabalho, tornando-se necessrio sacrificar bens de consumo para obter sade;Impondo preferncias sobre este conjunto de possibilidades, determina-se o ponto timo de produo de sade, o que por sua vez determina a procura de cuidados mdicos.

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanSe a sade for apenas um bem de investimento (s serve para garantir mais rendimentos ou ganhos), sem qualquer valor como bem de consumo, o ponto escolhido maximiza o bem de consumo ser o ponto A.

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanSe a sade tambm tiver aspectos de bem de consumo, o indivduo sacrifica algum consumo relativamente ao mximo possvel, para obter sade adicional (ver ponto timo no grfico a seguir ponto C).

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanEvidncia EmpricaSickles e Yazbeck (1998): estimaram um modelo estrutural da produo de sade que examina a demanda por lazer e a demanda por consumo de pessoas idosas do sexo masculinoResultados: consumo de assistncia sade quanto o de lazer tendem a melhorar a sade. Um aumento de 1% no consumo de insumos relacionado sade aumenta em 0,03% a 0,05% o estoque de sade.

  • Demanda por Capital de Sade: Modelo de GrossmanConsideraes Finais

    O modelo o referencial terico mais significativo para a descrio da produo de sade;A sade considerada como um bem produzido por cada indivduo, usando tempo e bens e servios adquiridos no mercado;O modelo coloca em evidncia que a procura de cuidados mdicos uma procura derivada, em que o objetivo ltimo a procura de sade.A procura de cuidados mdicos ento influenciada por todos os efeitos que afeta a procura de sade (preferncias, salrios, idade, educao, etc).

  • Modelos de ViciaoA natureza do vcio, embora ainda por ser resolvida, gera comportamentos que parecem em geral, consistentes com o modelo de viciao racional. Modelos de viciao mope e viciao irracional so alternativas viveis.O comportamento viciante usualmente presumido como envolvendo reforo e tolerncia. Um viciado mope v apenas o efeito reforador.

  • Modelos de ViciaoExistem trs teorias quanto a propaganda:Diminui preo por maior competio atravs da informao;Potencial barreira a entrada;Complemento do bem anunciado. Proibies de propagandas parecem ter efeitos significativos sobre o consumo de cigarro e lcool.

  • Modelo de ViciaoO aumento de impostos sobre a produo e/ou circulao de cigarro e lcool parecem ser ferramentas de polticas publicas mais potentes do que proibies a propagandas.

  • Questes8) Quais as diferenas entres os estudos de anlise econmica?9) Explique o papel da educao no modelo de Grossman.

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