Aula 2 - Normas,Cotagem e Escalas

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Desenho Técnico II Desenho Técnico II Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Engenharia Civil Desenho Técnico II Desenho Técnico II Prof. Msc. Heber Martins de Paula

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Desenho Técnico IIDesenho Técnico II

Universidade Federal de Goiás Campus Catalão

Departamento de Engenharia Civil

Desenho Técnico IIDesenho Técnico II

Prof. Msc. Heber Martins de Paula

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SUMÁRIO

1- NORMAS TÉCNICAS

2- COTAGEM

3- ESCALAS

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1- Normas Técnicas• Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi

necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica. Essapadronização é feita por meio de normas técnicas seguidas e respeitadasinternacionalmente.

• Cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo oseu território por todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, aeste setor.este setor.

• No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileirade Normas Técnicas – ABNT, fundada em 1940.

• Para favorecer o desenvolvimento da padronização internacional efacilitar o intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãosresponsáveis pela normalização em cada país, reunidos em Londres,criaram em 1947 a Organização Internacional de Normalização(International Organization for Standardization – ISO)

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1- Normas Técnicas

• As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normaseditadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional deMetrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normasbrasileiras -NBR e estão em consonância com as normas internacionaisaprovadas pela ISO. (www.abnt.org.br)

• A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada pelaABNT. Os procedimentos para execução de desenhos técnicosaparecem em normas gerais que abordam desde a denominação eclassificação dos desenhos até as formas de representação gráfica.

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1- Normas Técnicas• NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, cujo

objetivo é definir os termos empregados em desenho técnico.

A norma define os tipos de desenho quanto aos seus aspectosgeométricos (Desenho Projetivo e Não-Projetivo), quanto ao graude elaboração (Esboço, Desenho Preliminar e Definitivo), quantoao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) eao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) equanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizandocomputador).

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1- Normas Técnicas

• NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES, cujo objetivo é padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos e definir seu lay-out com suas respectivas margens e legenda.

– Os tamanhos das folhas seguem os Formatos da série “A”, e o desenho deve ser executado no menor formato possível, desde que não comprometa a sua interpretação.

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1- Normas Técnicas

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– Os formatos da série “A” têm como base o formato A0, cujas dimensões guardam entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal (841 =1189), e que corresponde a um retângulo de área igual a 1 m2.

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1- Normas Técnicas– Havendo necessidade de utilizar formatos fora dos padrões

mostrados na tabela abaixo, é recomendada a utilização defolhas com dimensões de comprimentos ou largurascorrespondentes a múltiplos ou a submúltiplos dos citadospadrões.

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1- Normas Técnicas

• NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHOTÉCNICO, que normaliza a distribuição do espaço da folha dedesenho, definindo a área para texto, o espaço para desenhoetc.. Como regra geral deve-se organizar os desenhosdistribuídos na folha, de modo a ocupar toda a área, e organizaros textos acima da legenda junto à margem direita, ou àos textos acima da legenda junto à margem direita, ou àesquerda da legenda logo acima da margem inferior.

– A legenda deve conter todos os dados para identificação dodesenho (número, origem, título, executor etc.) e sempreestará situada no canto inferior direito da folha.

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1- Normas Técnicas

– A legenda deve conter todos os dados para identificação dodesenho (número, origem, título, executor etc.) e sempreestará situada no canto inferior direito da folha nos formatosA0, A1, A2 e A3, ou ao longo da largura da folha de desenhono formato A4.

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1- Normas Técnicas

• NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHOTÉCNICO, que normaliza a distribuição do espaço da folha dedesenho, definindo a área para texto, o espaço para desenhoetc.. Como regra geral deve-se organizar os desenhosdistribuídos na folha, de modo a ocupar toda a área, e organizardistribuídos na folha, de modo a ocupar toda a área, e organizaros textos acima da legenda junto à margem direita, ou àesquerda da legenda logo acima da margem inferior.

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1- Normas Técnicas

• NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DECÓPIAS, que fixa a forma de dobramento de todos os formatosde folhas de desenho: para facilitar a fixação em pastas, eles sãodobrados até as dimensões do formato A4, sendo que a legendadeve ficar visível. Os formatos devem ser dobradosdeve ficar visível. Os formatos devem ser dobradosprimeiramente na largura e posteriormente na altura.

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1- Normas Técnicas

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1- Normas Técnicas

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1- Normas Técnicas

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1- Normas Técnicas• NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS

DE LINHAS – LARGURAS DAS LINHAS

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1- Normas Técnicas• NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA

EM DESENHOS TÉCNICOS que, visando à uniformidade e àlegibilidade para evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar apossibilidade de interpretações erradas, fixou as característicasde escrita em desenhos técnicos.

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1- Normas Técnicas

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1- Normas Técnicas

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1- Normas Técnicas

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1- Normas Técnicas

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1- Normas Técnicas• Escrever o alfabeto com letras maiúsculas e minúsculas, além

dos números na forma de escrita A utilizando h=10mm.• Fazer o mesmo com os caracteres inclinados em 15°.

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2- COTAGEM

• Cotar significar dimensionar, indicar dimensões dos elementos de umdesenho. Os procedimentos abaixo são necessários para sistematizar oentendimento das dimensões sem afetar o entendimento do objetorepresentado.

• O desenho técnico, além de representar, dentro de uma escala, a forma• O desenho técnico, além de representar, dentro de uma escala, a formatridimensional, deve conter informações sobre as dimensões do objetorepresentado. As dimensões irão definir as características geométricas doobjeto, dando valores de tamanho e posição aos diâmetros, aoscomprimentos, aos ângulos e a todos os outros detalhes que compõemsua forma espacial.

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2- COTAGEM

• A forma mais utilizada em desenho técnico é definir as dimensões pormeio de cotas que são constituídas de linhas de chamada, linha de cota,setas e do valor numérico em uma determinada unidade de medida,conforme mostra a figura abaixo.

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2- COTAGEM• A Norma NBR 10126 da ABNT fixa dois métodos para posicionamento dos

valores numéricos das cotas.

– O primeiro método, que é o mais utilizado, determina que:

• nas linhas de cota horizontais o número deverá estar acima da linha de cota;

• nas linhas de cota verticais o número deverá estar à esquerda dalinha de cota;linha de cota;

• nas linhas de cota inclinadas deve-se buscar a posição de leitura.

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2- COTAGEM– Pelo segundo método, as linhas de cota são interrompidas e o número

é intercalado no meio da linha de cota e, em qualquer posição da linhade cota, mantém a posição de leitura com referência à base da folhade papel.

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2- COTAGEM– As Figuras abaixo (a) e (b) mostram, respectivamente, a cotagem de

ângulos pelos dois métodos normalizados pela ABNT. A linha de cotautilizada na cotagem de ângulos é traçada em arco cujo centro está novértice do ângulo.

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2- COTAGEM– Para melhorar a leitura e a interpretação das cotas dos desenhos são

utilizados símbolos para mostrar a identificação das formas cotadas,conforme mostra a tabela abaixo.

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2- COTAGEM

1. Não se deve repetir uma mesma medida no desenho nemdeixar faltar medidas essenciais;

7

• Este texto está baseado nos procedimentos da NBR 10126/87 -Cotagem em Desenho Técnico

10

25

35

25

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2- COTAGEM

2. Não se cotam medidas que não são usadas para aconstrução/fabricação do objeto;

6 8 10

25

35

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2- COTAGEM

3. Eixos e outras linhas auxiliares não podem ser usadas comolinhas de cota, mas podem ser usadas como linha dechamada. Arestas também não, mas no desenhoarquitetônico faz-se um exceção;

50

50

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2- COTAGEM

4. Existem algumas alternativas de cotagem por falta deespaço;

2,5

5 4 9 6

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2- COTAGEM

5. Evitar que uma linha de cota fique alinhada com umaaresta;

25

25

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2- COTAGEM

6. Em cotas horizontais, o número deve estar acima da linhade cota; em cotas verticais, o número deve estar à esquerdae em cotas inclinadas, alinhadas às linhas de cotas;

25

27

15

8

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2- COTAGEM

7. As cotas das curvas podem ser diametrais ou radiais;

10

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2- COTAGEM

8. Os números não devem ser cortados por nenhuma linha dodesenho;

9. Elementos que se repetem podem ter a cotagemsimplificada;

15

6 x 15 = 90

10

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2- COTAGEM

10. As linhas de cotas não devem ser interrompidas;

75

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2- COTAGEM

11. As cotas menores devem ficar mais próximas do contornoda figura enquanto as maiores devem ficar mais afastadas;

60

30 30

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2- COTAGEM

12. Os números não devem tocar as linhas de cotas;

60

30

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2- COTAGEM

13. As linhas de chamadas não devem tocar o desenho. A distância mínimaé de aproximadamente 2mm. As linhas de cota devem distar pelomenos 7mm do início da linha de chamada e 7mm de outras linhas decotas e, assim, sucessivamente. As linhas de chamada ainda devem serprolongadas em pelo menos 2mm após a última linha de cota.

60

30

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2- COTAGEM

– Desenhar a planta baixa e cotar seguindo as diretrizes anteriores e utilizar as alternativas abaixo de marcadores além das setas de cotas.

Tabela de Esquadrias

L h

Setas cheias

J1J2J3P1P2P3

6,853,001,852,400,701,50

1,51,20,82,12,12,1

Setas vazadas

Diagonal

Ponto

– Utilizar escalímetro na marcação 1:100 (centímetros) e estipular medidas do ambiente. As paredes externas devem ser tomadas como com 20cm e as internas com 15cm.

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a.s.

P2

J1 J2

J3

2- COTAGEM

sala cozinha lav.

varandaP1 P1

P2

Planta Térreoesc. 1:100

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3- ESCALAS

• Como o desenho técnico é utilizado para representação de máquinas,equipamentos, prédios e até unidades inteiras de processamentoindustrial, é fácil concluir que nem sempre será possível representar osobjetos em suas verdadeiras grandezas. Assim, para viabilizar a execuçãodos desenhos, os objetos grandes precisam ser representados com suasdimensões reduzidas, enquanto os objetos, ou detalhes, muito pequenosdimensões reduzidas, enquanto os objetos, ou detalhes, muito pequenosnecessitarão de uma representação ampliada.

• Para evitar distorções e manter a proporcionalidade entre o desenho e otamanho real do objeto representado, foi normalizado que as reduções ouampliações devem ser feitas respeitando uma razão constante entre asdimensões do desenho e as dimensões reais do objeto representado.

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3- ESCALAS

• A razão existente entre as dimensões do desenho e as dimensões reais doobjeto é chamada de escala do desenho.

• É importante ressaltar que, sendo o desenho técnico uma linguagemgráfica, a ordem da razão nunca pode ser invertida, e a escala do desenhosempre será definida pela relação existente entre as dimensões linearesde um desenho com as respectivas dimensões reais do objeto desenhado.de um desenho com as respectivas dimensões reais do objeto desenhado.

• Regida pela NBR 8196/1983 – Emprego de Escalas em Desenho Técnico

• Definição de Escala: É a relação entre as medidas lineares do desenho(representação do objeto) e as medidas reais do objeto.

MRMD

Escala =

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3- ESCALAS

• Para facilitar a interpretação da relação existente entre o tamanho dodesenho e o tamanho real do objeto, pelo menos um dos lados da razãosempre terá valor unitário, que resulta nas seguintes possibilidades:

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• Portanto:– Ampliação: As medidas do desenho (da representação) são

maiores que as do objeto real.

– Natural: As medidas do desenho e as do objeto real são as mesmas.

3- ESCALAS

mesmas.

– Redução: As medidas do desenho (da representação) são menores que as do objeto real.

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3- ESCALAS

• A norma NBR 8196 da ABNT recomenda, para o Desenho Técnico, autilização das seguintes escalas:

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3- ESCALAS

– Ampliação:

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3- ESCALAS

– Natural:

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3- ESCALAS

– Redução:

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3- ESCALAS

• Se houverem mais de uma escala utilizada nas pranchas de desenho,deve ser indicada a principal no carimbo e as demais nos própriosdesenhos.

• As escalas devem ser escolhidas em função dos objetos a seremrepresentados e a partir disso, haverá a eleição do formato ideal darepresentados e a partir disso, haverá a eleição do formato ideal dafolha.

• Os escalímetros são elementos já preparados para representarem asescalas métricas (geralmente para a unidade centímetro)