Aula 04 teoria funcionalista
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Teorias da Comunicação
Prof. Ms. Elizeu N. Silva
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
Inspira-se na
teoria sociológica
estrutural-
funcionalista que
concebe a
sociedade como
um conjunto de
sistemas
interligados que
dão suporte às
estruturas sociais.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
Do ponto de vista programático,
a Teoria Funcionalista desloca o
interesse dos EFEITOS da
comunicação de massa para as
FUNÇÕES por eles exercidas.
Concentra o interesse, também,
na existência “normal” da
comunicação de massa na
sociedade – não mais nas ações
da propaganda que permearam
os estudos anteriores.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
Interessa-se pela dinâmica do sistema
social e o papel desempenhado pelas comunicações de
massa.
Para a teoria estrutural-funcionalista, o equilíbrio do
edifício social
depende das
relações funcionais
que indivíduos e
subsistemas ativam
no seu conjunto.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
A lógica que regulamenta os fenômenos sociais é
constituída por relações de funcionalidade que
presidem à solução de quatro problemas fundamentais,
ou imperativos funcionais, que todo o sistema social
deve enfrentar:a) A manutenção do modelo e
o controle das tensões.
b) A adaptação ao ambiente.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
c) A perseguição de objetivos (defesa do
território, aumento da produtividade etc.)
d) A integração. (Deve existir fidelidade entre
os elementos de um sistema e fidelidade ao
próprio sistema no seu conjunto).
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
Por exemplo, no que respeita ao problema da
manutenção do esquema de valores, o
subsistema dascomunicações de massa é
funcional, na medida em que
desempenha parcialmente a
tarefa de realçar e reforçar os
modelos de comportamento
existentes no sistema social.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
Os subsistemas podem ser disfuncionais na
medida em que constituírem obstáculos à
satisfação de alguns dos imperativos
funcionais.
A função se diferencia do
propósito: enquanto este
implica um elemento subjetivo
associado à intenção do
indivíduo que age, a função é
entendida como consequência
objetiva da ação.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
Em relação à sociedade, a difusão de
informação desempenha duas funções:
a) Alerta aos cidadãos ante
ameaças e perigos
imprevistos.
b) Fornece instrumentos
para certas atividades
quotidianas
institucionalizadas na
sociedade, como, as
trocas econômicas, etc.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
Em relação ao indivíduo, e no que diz
respeito à “mera existência” dos meios de
comunicação de massa, ou seja,
independentemente da sua ordem
institucional e organizativa, são observadas
três outras funções:
a) Atribuição de posição social e de prestígio
às pessoas e aos grupos que são objeto
de atenção por parte dos mass media.
Legitimação de pessoas, grupos e
tendências sociais.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
b) Reforço do prestígio daqueles que se
identificam com a necessidade, e o valor
socialmente difundido, de serem cidadãos
bem informados.
c) Reforço das normas sociais e da ética
vigente na sociedade. “É claro que os
meios de comunicação de massa servem
para confirmar as normas sociais,
denunciando os seus desvios à opinião
pública”. Lazarsfeld & Merton, 1948)
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
DISFUNÇÕES
No nível da sociedade: Os fluxos informativos que circulam
livremente podem ameaçar a estrutura fundamental da
própria sociedade.No nível individual:
a) Difusão de notícias alarmantes
(sobre perigos naturais ou
tensões sociais) pode provocar
reações de pânico em vez de
reações de vigilância
consciente*. (Orson Welles)
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
No nível individual:
b) O excesso de
informações poder
conduzir a um
debruçar-se para o
mundo particular,
para a esfera das
experiências e
relações próprias.
Disfunção
narcotizante.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
Se se passar da análise funcional dos mass media,
avaliados independentemente de serem parte da
estrutura social e económica, para a análise da
ordem institucional e proprietária dos próprios meios,
individualizam-se outras funções como, por exemplo,
a de contribuírem para o conformismo.
“O impulso para o conformismo exercido pelos meios
de comunicação de massa deriva não só de tudo o
que neles é dito mas, mais ainda, de tudo o que não
dizem”.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
Melvin de Fleur (1970)
particulariza a
capacidade de
resistência do sistema
dos mass media aos
ataques, às críticas e às
tentativas de elevar a
baixa qualidade cultural
e estética da produção
de comunicações de
massa.
Teoria Funcionalista das Comunicações de Massa
BIBLIOGRAFIAHOHLFELDT, Antonio; MARTINO, Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga. Teorias da Comunicação – conceitos, escolas e tendências. 11ª edição, ed. Vozes, Petrópolis, 2011
MCQUAIL, Denis. Teoria da comunicação de massas. Lisboa, Fund. Calouste Gulbenkian, 2003
RÜDIGER, Francisco. As teorias da comunicação. Porto Alegre, editora Penso, 2011
WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. 5ª edição, Lisboa, Editorial Presença, 1999