AUDITORIA CONTÁBIL: UM ESTUDO DE CASO...
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FACULDADE DE SÃO MARCOS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PROFESSORA ORIENTADORA: ROSANE DE CAMPOS SANTOS
ALUNA: JOICE FASSINA
AUDITORIA CONTÁBIL: UM ESTUDO DE CASO COMPARATIVO
ENTRE BANCO PANAMERICANO E BNDES.
SÃO MARCOS
NOVEMBRO 2017
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................5
2.1 CONCEITO DE AUDITORIA................................................................................5
2.2 CREDIBILIDADE DA AUDITORIA.......................................................................6
2.3OBRIGATORIEDADES DE AUDITORIA..............................................................8
2.4 VANTAGENS E DESAFIOS DA AUDITORIA......................................................9
2.5 FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES DO AUDITOR.......................................10
2.6 AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA.............................................12
2.7 CONTROLES INTERNOS E CLASSIFICAÇÕES DA AUDITORIA...................13
3. METODOLOGIA..................................................................................................16
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS...........................................................................17
4.1 APRESENTAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS................................17
4.1.1 Estudo de caso: Banco Panamericano ......................................................19
4.1.2 Estudo de caso: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).......................................................................................................22
4.1.3Comparativo entre os casos: Panamericano X BNDES.............................25
4.2 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS: PARECER FINLA DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.........................................................................................................26
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................28
REFERÊNCIAS........................................................................................................30
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RESUMO
A economia atual está fragilizada pelo declínio da demanda das empresas e consequentemente afeta a sociedade que depende do próprio salário como fonte de renda para o sustento da família. No entanto, cada vez mais as empresas buscam por profissionais da área contábil com ênfase na auditoria, que no embasamento atual, podem reparar problemas relacionados à gestão e através dos programas de auditoria agregam em analisar os pontos que podem ser aprimorados, opinando sobre o conjunto total da empresa auditada. Porém, a auditoria deve evitar deslizes na verificação das demonstrações financeiras e proceder de forma ética. Portanto esse trabalho contará com o método de pesquisa bibliográfico e pesquisa qualitativa através do estudo de caso comparativo entre duas instituições financeiras: BNDES e Banco Panamericano, com ênfase nos escândalos de auditoria. Para atingir o propósito desse trabalho, ressalva, entre outros, o objetivo geral que constitui em identificar a importância da auditoria como ferramenta de planejamento e controle interno. Entretanto, a auditoria está em constante transformação, sendo que os profissionais devem aperfeiçoar os procedimentos e prezar por uma cultura profissional honesta e com vínculo saudável entre o profissional e a empresa.
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1. INTRODUÇÃO
O país está passando por uma economia altamente debilitada, com a crise
econômica e reformas. O cenário atual está promovendo um divisor de águas entre
os escândalos contábeis, privatizações de instituições financeiras, propinas,
pedaladas fiscais, desvios de dinheiro e balanços inflados. No entanto, vale a pena
ressaltar o aumento da procura por profissionais da área contábil, fornecendo
relatórios que maximizem o lucro e diminuam os custos e despesas.
A contabilidade constitui na ciência social e aplicável, que objetiva auxiliar a
entidade na verificação e oscilação do patrimônio, que englobam os bens, direitos e
obrigações das empresas através dos demonstrativos financeiros e relatórios. Além
do mais, apuram o resultado do exercício atuando na prevenção de riscos futuros
com a intenção final de fornecer instrumentos que auxiliem os administradores na
tomada de decisões e posteriormente repasse-as para sócios e acionistas.
Ao mesmo tempo em que a auditoria traz inúmeras vantagens para o
contexto corporativo pode “maquiar” os resultados obtidos pela análise da
empresa, no entanto o auditor deve prezar pela profissão e deve proceder com
ética e credibilidade, minimizando os problemas e maximizando a rentabilidade da
gestão. Portanto, o problema desta pesquisa constitui: Qual a missão da auditoria
na avaliação e eficácia nos processos de gerenciamento de riscos?
Para responder esse problema, o objetivo geral desse trabalho constitui em:
Identificar a importância da auditoria como ferramenta de planejamento e controle
interno.
Em contrapartida os objetivos específicos consistem em: diferenciar a
auditoria interna e auditoria externa no contexto organizacional; analisar o papel do
auditor nos procedimentos, programas e execução da auditoria; registrar as
vantagens e desafios da auditoria.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONCEITO DE AUDITORIA
A auditoria é a peça fundamental para averiguar a credibilidade do
patrimônio da empresa, antecipando sistemas de melhorias no embasamento
corporativo e adequação à gestão e revogando os problemas que atrapalham o
ritmo saudável das corporações. Desta forma, Crepaldi (2010, p. 209), articula,
sobre o abalo nas auditorias:
Os contadores são a força policial do capitalismo. Sem contadores, nem acionistas, nem banqueiros, nem credores podem estar seguros com aqueles com quem negociam. Diante das dimensões dos fatos e do gigantismo dos números, nunca se blasfemou tanto quanto a atuação dos auditores.
De acordo com o SEBRAE (2012), a taxa de mortalidade das empresas no
Brasil é de 26,9% ao completar dois anos de existência, sendo que na região de
Pernambuco 42% das empresas declaram falência antes dos dois anos.
No entanto, a área da contabilidade a ser mencionada é a auditoria, que está
altamente requisitada no contexto atual corporativo. Sendo que, a auditoria das
demonstrações contábeis, relata através de procedimentos técnicos e específicos,
o cumprimento de um parecer que comprove a situação da empresa, embasada
pelos princípios e normas de Contabilidade. (CREPALDI, 2010)
Concluem Franco e Marra (2009, p. 28), sobre o conceito de auditoria:
É a técnica contábil que através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de informações, relacionados ao controle do patrimônio de uma entidade objetiva obter elementos de convicção que permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com princípios fundamentais e normas de Contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.
Conforme Franco e Marra (2009, p. 31) em relação ao conceito:
A auditoria contábil contempla como objeto principal a veracidade das informações registradas e não registrada documentalmente, agindo de forma ética e preventiva para a saúde financeira da empresa.
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Para Franco e Marra (2009, p.31), consiste como principal fim da auditoria
contábil:
“(...) a confirmação dos registros contábeis e consequentemente das demonstrações contábeis, contribuindo para avaliar a adequação dos registros, dando à administração, ao fisco e aos proprietários e financiadores do patrimônio a convicção de que as demonstrações contábeis refletem, ou não, a situação do patrimônio em determinada data e suas variações em determinado período.”.
No entanto, a conjuntura atual, comtempla a necessidade da auditoria como
ferramenta que auxilie nos controles internos, desenvolvimento organizacional,
fortalecimento dos investimentos e gerenciamento das informações, vinculado à
geração de valor da empresa auditada.
2.2 CREDIBILIDADE DA AUDITORIA
A ética profissional é indispensável no contexto profissional, mas se tratando
da questão de auditoria é ainda mais requisitada, pois o auditor tem acesso a todas
as informações sigilosas da empresa, conhecendo o sistema estrutural, apontando
todas as falhas e erros do grupa organizacional. (CREPALDI, 2010)
De acordo com Crepaldi (2010, p. 75) “(...) O papel do auditor está acima de
qualquer suspeita, visto que ele representa a hierarquia máxima na consecução
dos objetivos de controle da empresa”.
Muito se fala em ética, transparência e normas auditavam, mas não foi o que
aconteceu a gigante hidrelétrica americana Enron, fundada em 1985 nos Estados
Unidos, com cerca de 20 mil funcionários e com receita estimada em 101 bilhões
de dólares em 2000.
Conforme a matéria do “Estado de São Paulo”, divulgada em fevereiro de
2002, durante anos os diretores da empresa burlavam os balanços, enxugando os
prejuízos e infando os lucros. Mas, o primeiro sinal de alerta, que algo estava
errado, foi quando a companhia revelou que escondia débitos de bilhões de dólares
que deveriam estar corretamente enunciados nos balancetes, juntamente com uma
série de empresas de fachada dirigidas por dirigentes.
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A partir desse momento, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
começou investigar a empresa bilionária, nesse momento a empresa foi submetida
a refazer seus balancetes dos últimos cinco exercícios mostrando seus lucros
reais, destacando-se em 600 milhões de dólares, inferior ao originalmente
divulgado pela companhia.
O desfecho da situação ocasionou um grande escândalo contábil, no qual a
companhia, através de funcionários e com grande influência da ex- auditora da
empresa: Arthur Andersen, no qual segundo a matéria divulgada pelo “Estado de
São Paulo” de 2002, informa, sobre esse enunciado:
A participação da auditoria na aprovação da contabilidade fraudulenta da empresa em esquemas ilegais escondia prejuízos e turbinava o lucro, o que resultou na falência da companhia em 02 de dezembro de 2001, juntamente com um fundo de pensão de funcionários e investidores de mais de US$ 13 bilhões.
Em relação a esse caso, a auditora politicamente incorreta e desleal à
empresa é totalmente punível. No entanto o ideal correto encaixa-se perfeitamente
as palavras de Lisboa (2010, p.64) “A luz da ética profissional, essa auditora
deveria expor o problema aos superiores, manifestando sua discordância em
participar da equipe que realizaria o trabalho”.
Nesse sentido entra em vigor a Lei N° 6.385/76 a sobre a ética da
responsabilidade do auditor que restringe a esse caso, no art. 26:
§ 2°- As empresas de auditoria contábeis ou auditores independentes responderão civilmente, pelos prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo no exercício das funções previstas neste artigo.
No entanto, não deve confundir a falta de ética na profissão com os riscos de
auditoria, que vinculam-se a opinião tecnicamente imprópria sobre a análise da
empresa e não condenável no parecer.
Além do mais, podem-se investigar os riscos de auditoria que Crepaldi
(2010, p. 258), enfatiza como “(...) a possibilidade de o auditor vir a emitir uma
opinião isoladamente inadequada sobre as demonstrações contábeis
significativamente incorretas”.
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Nessa linhagem, Crepaldi (2010, p.259), vincula os riscos da auditoria em
três patamares:
Detecção, no qual o auditor não identifica irregularidades, por se basear no exame de testes; controle no qual os sistemas contábeis não detectam saldos em grandes proporções, que poderia posteriormente afetar as demonstrações contábeis e distorção que promulga em distorções em saldos de contas, como se os controles internos fossem inadequados.
2.3 OBRIGATORIEDADES DA AUDITORIA
Conforme a Lei n° 6404, de 15 de dezembro de 1976, em relação às
Demonstrações Financeiras de Sociedades de Grande Porte, no artigo 3°, ainda
que não constituam sob a forma de sociedade de ações sobre escrituração e
elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria
independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários. Ressalva,
conforme a Lei 6404/1976:
Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei,
a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver no exercício
social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta
milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos
milhões de reais).
Em relação à responsabilidade civil do auditor independente é necessário,
conforme Franco e Marra (2009, p.109) “Enfatizar que está sujeito à fiscalização da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em companhias abertas e sociedades, no
qual deverá assumir a responsabilidade civil sobre os danos que na sua atuação
profissional possa causar a terceiros”.
Outro quesito indispensável na execução da auditoria e obrigatoriedade ética
e politicamente corretas:
Não vincular-se grau de parentesco entre profissional (auditor) e cliente(auditado).
(...) É como se houvesse conluio entre as partes, o que não pode ser verdade,
mas cujo a crença não pode ser discutida. (LISBOA, 2010, p.64)
A ética é indispensável, em todas as profissões, mas no que inere a
profissão contábil em específico a auditoria, é indispensável defender e praticar os
princípios com zelo e dedicação ampliando a conduta perante a empresa de forma
coesa para ambos os casos.
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2.4 VANTAGENS E DESAFIOS DA AUDITORIA
A auditoria é uma ferramenta extremamente formidável para a empresa e
benéfica para o planejamento interno corporativo, desde que seja feita de forma
adequada sem vincular-se a esquemas corruptos e que burlem o sistema.
O auditor deve ter em mente os procedimentos corretos e os que são
proibidos, sem fazer partes de esquemas desleais à profissão e aos princípios
éticos. Conforme Crepaldi (2010, p. 10-11), a auditoria é extremamente importante
e traz inúmeras vantagens para:
A administração da empresa:
Fiscalizar a eficiência dos controles internos;
Garante maior correção dos registros contábeis;
Opina sobre a adequação das demonstrações contábeis;
Impede desvios de bens patrimoniais e pagamentos indevidos de despesas;
Possibilita apuração de omissões de receitas ou na liquidação oportuna de
débitos;
Informa a real situação econômica, financeira e patrimonial da empresa;
Aponta falhas na organização e controles internos. (CREPALDI 2010, p.10.)
Os investidores (titulares de capital):
Maior exatidão e informação das demonstrações contábeis;
Maior precisão dos resultados apurados. (CREPLADI 2010, p. 10-11)
Fisco:
Maior exatidão das demonstrações e resultados apurados;
Maior observância das leis fiscais. (CREPALDI 2010, p.11)
No presente momento, devido à crise econômica e recessão das vendas as
empresas muitas vezes, procuram procedimentos de auditorias, que eliminem
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práticas ineficazes, com ideias diferenciadas que auxiliem o empresário para
ampliar a gestão e o planejamento do negócio.
Desta forma, os desafios vinculam-se a auditores que se desafiem cada vez
mais nas empresas, que sejam parceiros e promulguem seus trabalhos através de
uma conversa aberta e precisa, aprimorando melhorias nos processos e geração
de valor, embasando soluções de negócios, agregando um diferencial competitivo
e estratégico para o negócio vigente.
2.5 FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES AUDITOR
No contexto organizacional vigente, o auditor deve proceder em seu trabalho
observando o Código de Ética Profissional do Contabilista (Resolução CFC n°
803/96) e hodiernamente o IBRACON com experiência e aperfeiçoamento das
técnicas executáveis no trabalho prestado para a empresa. Nesse ângulo, Franco e
Marra (2009, p. 119) destacam em relação ao comportamento ético:
O auditor deve proteger os interesses da sociedade, respeitar as normas de conduta regida, não podendo valer-se da função em benefício próprio ou de terceiros. Obrigados a guardar a guardar confidencialidade das informações obtidas, não revela-las a terceiros, sem autorização específica, salvo se houver obrigação legal.
Insere Crepaldi (2010, p. 7), sobre a interligação da crise econômica e o
papel do auditor no cenário corporativo:
Os empresários pressionados pela crise econômica viam-se obrigados a empregar capital numa atividade que aparentemente não teriam benefício, mas na verdade o auditor possibilita a uma verdadeira viagem pela empresa, empregando técnicas e opinam sobre a adequação e posição das demonstrações financeiras (BP, DRE, entre outras).
Os programas de auditorias coexistem em analisar as contas do ativo,
passivo, patrimônio líquido e de resultado, sendo que a maioria dos desvios
vinculam-se ao dinheiro disponível em caixa. Nesse sentido, Crepaldi (2010, p.
620) esclarece, sobre o conceito de programas de auditoria:
É o plano de trabalho a ser executado em campo. O planejamento deve ser elaborado considerando o objetivo da auditoria e as características da empresa a ser auditada. Nele será definido o objetivo do exame na área específica, a extensão e a profundidade do exame, os postos de controle interno a serem revisados, os procedimentos a serem adotados, a estimativa de tempo gasto, a equipe de trabalho e outros.
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Ressalta Crepaldi (2010, p.76) “O auditor que não está seguro de sua
própria conduta, de sua capacidade mental e intelectual não tem condições de ser
um profissional que se impõe. (...) Quem duvida realiza com dificuldade ou não
realiza o que pretende”.
O esquema sistemático representado pela Figura 1 (abaixo) tem por objetivo
mencionar a interligação da representatividade do auditor, que vai desde os
procedimentos até a execução do processo, que após o diagnóstico final das
demonstrações financeiras descrevem um relatório final com o parecer do auditor
sobre a situação da entidade analisada.
Figura 1- Esquema sistemático: Funções do auditor.
Fonte: Conceitos: Franco e Marra (2009) e Crepaldi (2010)
Segundo pesquisa americana as empresas perdem 6% de faturamento em
fraudes cometidas por funcionários. Apesar disso, a auditoria não pode ser
responsabilizada pela prevenção de fraudes, pois ela visa validar as informações,
porém têm grandes chances de serem encontradas ao longo do processo, pois
provocam efeitos notáveis nas demonstrações financeiras. (Crepaldi, 2010)
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A competitividade cada vez mais acirrada no mercado, onde as empresas
devem reduzir ao máximo suas despesas, gerando grande volume de lucro e
mantendo principalmente sua saúde e capacidade financeira, torna-se essencial o
uso de ferramentas que conduzam a boa gestão.
A auditoria, através da análise das demonstrações contábeis possibilita ao
administrador verificar o desempenho passado da organização e tomar decisões
relativas ao futuro. Também permitem uma avaliação externa, proporcionando
direção aos possíveis investidores e credores, sendo as maiores fontes de
informação para análise quantitativa do desempenho das empresas.
Nesse sentido Franco e Marra (2009, p.84), agregam sobre a análise das
demonstrações contábeis “A auditoria não tem por objetivo detectar fraudes, porém
devem considerar a existência, pois se relevante, afetam o balanço e suas
respectivas demonstrações contábeis, devendo fazer ressalva específica no
parecer final”.
2.6 AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA
Conforme Franco e Marra (2009), a auditoria interna é realizada por um
profissional com vinculo empregatício com a empresa, no qual é submisso dos
administradores e determinado pela gerência, no qual avalia os controles internos,
desempenho dos dados administrativos e operacionais, além de cumprimentos de
diretrizes.
Em Contrapartida, a auditoria externa busca investigar as demonstrações
financeiras da empresa de forma mais específica e detalhada, além disso, não tem
ligação com o quadro de funcionários da empresa, ou seja, é um profissional
independente com legislações específicas do conselho regional e federal de
contabilidade e da comissão de valores mobiliários (CVM) e propicia o
aperfeiçoamento do interesse coletivo. Para complementar, Franco e Marra (2009,
p. 35) “O sucesso do auditor independente num mercado sofisticado se deve única
e exclusivamente ao elevado grau de capacidade e especialização e sua
independência no exercício de sua atividade”.
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Para a compreensão com exatidão da importância das duas formas de
auditorias (Tabela 1), com enfoque nas principais divergências entre auditorias.
Tabela 1- Diferenças entre auditoria interna e auditoria externa
AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA
Sujeito: Profissional vinculado à empresa
por contrato trabalhista
Profissional Independente, sem ligação com o
quadro da empresa
Ação e objetivo: Exame dos controles
operacionais Exame das demonstrações financeiras
Finalidade: Promover melhorias nos
controles operacionais Opinar sobre as demonstrações financeiras
Relatório Principal: Recomendações de
controle interno e eficiência administrativa Parecer
Grau de independência: Menos amplo Mais amplo
Interessados no trabalho: A empresa A empresa e o público em geral
Responsabilidade: Trabalhista Profissional, civil e criminal
Áreas cobertas pelo exame: Menor Maior
Intensidade do trabalho por área: Maior Menor
Continuidade do trabalho: Contínuo Periódico
Fonte: Franco e Marra (2009, p.37)
Segundo o Portal da Classe Contábil (2007), evidencia-se que as duas
formas de auditoria são extremamente importantes para a empresa, pois entregam
documentos comprobatórios, aplicando técnicas de verificações, emitindo
informações fiéis da empresa.
2.7 CONTROLES INTERNOS E CLASSIFICAÇÕES DA AUDITORIA
A auditoria baseia-se em diversas formas auditáveis, contendo em cada uma
com características peculiares. Frisa-se, a partir desse contexto, a importância dos
controles internos no ambiente corporativo das empresas enfatizando
procedimentos eficazes para o cumprimento de diretrizes corporativas evitando
desvios e desfalques. A auditoria que enfatiza no controle interno é importante para
anteparar a ocorrência de erros potenciais que atrapalhem a saúde financeira da
empresa, rentabilidade e liquidez.
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Nesse sentido Franco e Marra (2009, p. 128), destacam “A eficácia dos
controles internos está diretamente relacionada com a competência e integridade
do pessoal”.
Conforme Franco e Marra (2009), consistem objetivamente na minimização
de desvios que atinjam os objetivos e metas da empresa, qualificação adequada,
determinação de responsabilidades, segregação de funções, instruções
devidamente formalizadas, controles sobre as transações e aderência a diretrizes e
normas legais.
Já a finalidade dos controles internos conforme Franco e Marra (2009,
p.129), são extremamente importantes na gestão organizacional e articulam:
Previnem os desperdícios, práticas antieconômicas, fraudes, com observância das normas e regimentos vigentes, assegurando as diretrizes da empresa com a efetivação dos recursos de forma integra das demonstrações contábeis, financeiras, administrativas e operacionais, auxiliando no processo decisório organizacional.
Visa-se a partir do fluxograma abaixo (figura 2), as formas de auditorias
executáveis e suas respectivas características.
Figura 2- Fluxograma classificação da auditoria
Fonte: Adaptação Franco e Marra (2009)
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Aponta-se a partir do fluxograma apresentado, a importância das
diversificadas formas auditáveis que tem desígnios úteis para a percepção do
desempenho da entidade. Ainda conforme Franco e Marra (2010 p. 207), tem como
principais finalidades:
Verificar a confiabilidade das demonstrações contábeis, acautelar os interesses de acionistas e investidores, confirmar contas de terceiros e examinar o cumprimento às exigências legais, com enfoque no acréscimo dos controles internos e proteção do patrimônio da empresa auditada.
Contudo, além das formas auditáveis, verifica-se também a implantação dos
controles internos nas empresas, através de medidas eficazes contrapondo os
ativos e passivos, receitas e despesas, custos e ampliar o controle na prevenção
de práticas ineficazes e evitar desperdícios, agregando na gestão eficiente e
tomada de decisões, para aumentar a lucratividade e a rentabilidade.
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3. METODOLOGIA
O presente trabalho consiste no método dedutivo e na pesquisa bibliográfica,
com livros, artigos e sites. Além do mais, englobará uma pesquisa qualitativa
através do estudo de caso comparativo entre duas instituições financeiras, com
ênfase nos maiores escândalos de auditorias do país, como o caso do Banco
Panamericano do Grupo Silvio Santos e o da atualidade que são as investigações
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Para alcançar os objetivos desta pesquisa aplicam-se nesse trabalho os
conceitos metodológicos de Köche (2009), Marconi e Lakatos (2010).
De acordo com Köche (2009), a pesquisa bibliográfica consiste no método
explicativo de um problema, sendo que o autor do trabalho deve enfatizar o
conhecimento sobre a área estudada, auxiliado, com informações contidas em
livros para poder responder com clareza os objetivos e problemas do estudo
proposto.
Conforme Marconi e Lakatos (2010), o método dedutivo contempla na
aplicabilidade coesa do raciocínio lógico, com o propósito do embasamento do
relato dos resultados da pesquisa, argumentam-se as conclusões e problema,
desde os mais simples até os mais complexos.
Nas palavras de Marconi e Lakatos (2010, p.274), o método monográfico ou
estudo de caso, referencia-se:
É o levantamento com mais profundidade de determinado caso ou grupo humano sob todos os seus aspectos. Entretanto, é limitado, pois se restringe ao caso que estuda, ou seja, um único caso, não podendo ser generalizado.
No estudo de caso é possível interpretar a conjuntura contrastando com a
realidade de forma ampla, investigativa e com linguagem simples que facilita o
entendimento do leitor.
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4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1 APRESENTAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
O presente trabalho abordará um estudo de caso comparativo entre duas
instituições financeiras Panamericano S/A e BNDES.
A primeira instituição consiste no Panamericano S/A que é um banco
brasileiro, de capital aberto com sede em São Paulo, alusivo ao Grupo Silvio
Santos de 1969 a 2011, hoje, pertencente ao grupo Pan.
O banco com missão “Melhorar a vida das pessoas através do crédito”, com
o foco do banco era na concessão de empréstimos e financiamentos ao varejo,
veículos, cartões de créditos, com agências espalhados nas principais cidades
brasileiras, com mais de 28 mil parceiros.
O Grupo Silvio Santos assumiu o controle acionário da Real Sul S/A em 21
de Fevereiro de 1969, que atuava no mercado desde 1963 em São Caetano do
Sul, transformando-se em Baú Financeira S/A.
Conforme o site oficial do Pan, os principais acontecimentos articulados ao
banco ocorreram:
Em 1990, foi autorizado para atuar como banco múltiplo passando a ser denominado Banco PanAmericano S/A . Em 2007, promulga a abertura de capital, já em novembro de 2010, obteve posse de novos CAs e diretoria da Caixa e FO. Em 2011, a BTG Pactual adquire ações do banco e homologação pelo Banco Central da nova estrutura de controle. Em Janeiro de 2012 foi aprovado pelos acionistas o aumento de capital para até 1,8 bilhões. A partir de 2013, houve a mudança para Banco PAN, mais moderno e dinâmico trazendo as cores dos novos acionistas Caixa e BTG Pactual.
Em contrapartida, a instituição financeira a ser ressaltada é o BNDES, cuja
fundação do BNDES, ocorreu em 1952 instituída na lei n° 1.628, de 20 de junho de
1952, na presidência de Getúlio Vargas, é uma empresa pública federal
pertencente ao Governo Federal Brasileiro. Conforme o site oficial do banco, o
principal instrumento do governo é “O financiamento de longo prazo de
investimento de diversos segmentos da economia de empregos”.
A missão do BNDES é “Promover o desenvolvimento sustentável e
competitivo da economia brasileira, com geração de empregos e redução das
desigualdades sociais e regionais”. O banco que presa por valores éticos tais
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como: honestidade, direitos humanos, transparência e comprometimento com os
desafios da nossa sociedade.
Segundo o site oficial, as principais mudanças do banco ocorreram da
seguinte forma:
O banco que a principio se chamava BNDE tem papel importante na industrialização do país, cujo grande transformação ocorreu em 1971, quando se tornou uma empresa pública proporcionando mais flexibilidade na contratação pessoal, aplicação de recursos e menor interferência pública. Em 1982, surgiu o BNDES Par, no mesmo ano, devido às preocupações sociais a política de desenvolvimento o banco passou por mudanças e alterou seu nome social para BNDES, ganhando força competitiva para expandir no mercado interno e disputando a preferência para compradores esternos. Em 1990, teve papel importante na privatização de grandes estatais brasileiras, já em 1995 o banco começou a apoiar no setor cultural, com investimentos na produção de filmes e na preservação do patrimônio histórico e artístico nacional. A partir de 2006, passou a investir na economia da cultura e financiamentos que englobam a cadeia produtiva.
Ainda conforme, o site oficial, hoje no século XXI, o BNDES promulga
desafios instigam agir competitivamente na economia brasileira, agregado à
sustentabilidade, geração de empregos e renda, contemplando “Desafios mais
urgentes em um mundo cada vez mais dinâmico e em constantes transformações”.
Além do mais, o BNDES estipula, em relação às questões éticas:
A ética é um dos valores que norteiam a atuação do BNDES. (...) A instituição exige de seus profissionais uma conduta ética irrepreensível no exercício de suas atribuições. Estabelece e mantêm seus relacionamentos com respeito, confiança e transparência. As medidas de Compliance das atividades deram a natureza, escala e complexidade das atividades das empresas do Sistema BNDES, com procedimentos voltados à prevenção, detecção e remediação dos atos que possam comprometer a integridade da instituição.
Duas grandes instituições financeiras do Brasil, porém abaladas por
esquemas antiéticos, rombos milionários e práticas ineficazes de auditoria. O
primeiro caso vincula-se a um dos maiores escândalos contábeis já historiados,
abordará o esquema bilionário do banco em parceria com a contabilidade e a
empresa de auditoria Deloitte. Em contrapartida, segundo caso compreende no
estudo das investigações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) e a intervenção da auditoria do Tribunal de Contas da União
(TCU).
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4.1.1Estudo de caso: Banco Panamericano.
Um dos bancos mais influentes do país, líderes em financiamentos e
empréstimos para pessoas físicas e jurídicas, contemplou em uma cúpula, no qual
foram criados empresas de fachada, com pagamentos em milhares de reais por
serviços jamais prestados, no qual executivos faziam saques em espécie e
carregavam dinheiro em porta- malas do carro.
Nesse sentido, enfatiza publicação da Revista Exame em 2011, referente
aos executivos que desenharam o esquema bilionário que foi coagido pelos líderes
“Rafael Palladino, presidente do banco, Wilson de Aro, o diretor financeiro e Luiz
Sandoval, que comandava na época o Grupo Silvio Santos”.
Explica Bronzatto, em matéria exposta na Revista Exame, em 2011, sobre o
surgimento do esquema de fraude do Banco Panamericano:
Ao final de 2006, o banco começou a apresentar problemas financeiros, o alto escalão do banco começou a desenhar uma estratégica para diminuir artificialmente o risco de inadimplência da instituição, maquiando a avaliação de risco de cada devedor com o propósito de reduzir as despesas do banco para cobrir eventuais calotes. Ao todo, foram 1604 contratos de inadimplentes adulterados. Mas foi em 2008 com a crise econômica que o esquema do Panamericano se alastrou. A estratégica utilizada para evitar que o banco quebrasse para reverter à situação, consistiu a ideia de registrar como ativos contratos de dívidas que já haviam sido cedidos a outras instituições financeiras. Com o software manipulado era possível realizar a venda do mesmo contrato para dois bancos diferentes, o que resultava em inflar o patrimônio do banco, capaz de enganar até o Banco Central. Posteriormente, devido a divergência de informações em relação às venda carteiras de créditos o Banco Central começou a desconfiar e iniciar seus processos investigativos.
O descontrolar da situação ocasionado por uma gestão ineficaz, juntamente
com executivos que estavam ganhando altos salários para administrar de forma
ética e eficiente, se aliaram em busca de um único propósito ganhar propinas e
adulterar os dados do banco em troca vincularam recompensas milionários de 2008
até 2010. Segundo a Revista Exame (2011) “Só em 2008, o diretor financeiro
ganhou recompensa de R$ 4,4 milhões, o presidente do banco R$ 4 milhões e o
comandante do Grupo Silvio Santos 4,7 milhões”.
Ressalva matéria realizada pelo “O globo” em 2011, os atos ilícitos do Banco
Panamericano, começaram através de pequenos delitos até um esquema
detalhado de fraudes (figura abaixo), com a criação de um sistema realizado a
partir de um programa de computador, capaz de inflar o balanço.
20
Figura 1- Fluxograma Esquema Bilionário do Banco Panamericano
Fonte: Adaptado jornal (on-line) O Globo (12/03/2011)
O esquema do Panamericano, demonstrado pelo fluxograma acima,
vinculava o registro de carteiras de créditos vendidas a outros bancos como parte
do seu capital estava permitindo com que o valor da empresa fosse ampliado antes
da abertura de capital. Já o esquema inescrupuloso e corrupto do banco,
apresentado pelo fluxograma acima, que iniciou com carteiras de créditos até o
prejuízo bilionário. Nesse sentido, como no caso do Banco Panamericano, o
BNDES também trabalha com carteiras de créditos, salienta o site oficial do
BNDES (2017):
Na carteira de crédito e repasses líquida, houve redução de 4,6% no primeiro semestre de 2017, equivalente a R$ 27,83 bilhões, pelo fato de as liquidações das
O Panamericano não informava CPFs dos devedores, sistema corrompido.
2008: Crise do banco e prejuízo relatado, já em 2010 o patrimônio é negativo.
21
operações terem superado os desembolsos realizados no período e por causa do aumento de R$ 4,16 bilhões da provisão para risco de crédito.
O banco Panamericano, superou a crise financeira em 2009, porém passou
por um grave declínio na liquidez, no entanto, começou seus delitos de fraude
contábil. De acordo com matéria do jornal “O Globo” Abril de 2017, em 2009, a
Caixapar comprou 49% do capital votante e 20,7% das ações preferenciais do
Panamericano por R$ 739,2 milhões. Alvo de investigações da operação Conclave,
que adquiriu ações na época de investigações.
O esquema era bem elaborado, capaz de enganar quem quiser que
chegasse perto das demonstrações financeiras. Segundo nota oficial do Banco
Central em nove de novembro de 2010 “O Banco Panamericano ganhou aprovação
pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de 2,5 bilhões de reais, com o objetivo de
reestabelecer o equilíbrio patrimonial”, desta forma, proporcionou a liquidez,
evidenciando inconsistências na contabilidade que maquiavam a real situação
patrimonial do banco.
No início de 2011, o BTG Pactual comprou o controle do Panamericano, que
passava por problemas, com o objetivo de estaquear as fraudes do banco.
Segundo o site Transparência e Governança “O problema do Panamericano
foi evidenciado durante analise das operações de crédito vendidas pela instituição
e bancos com grande fluxo de varejo, as carteiras de créditos eram mantidas no
ativo e duplicados nos registros, mantendo no balanço créditos e ativos fictícios
inflando resultados”. Ainda conforme o site:
Os executivos à frente da instituição quando a fraude foi identificada foram demitidos e assumiram novos administradores que, posteriormente, descobriram que o rombo era cerca de R$ 1,5 maior, o que colocava em risco a própria sobrevivência do banco. O valor total do rombo de R$ 4,3 bilhões seria a soma de: R$ 1,6 bilhão referente à carteira de crédito insubsistente, R$ 1,7 bilhão referente a passivos não registrados de operações de cessão liquidadas/referenciadas, R$ 500 milhões referentes a irregularidades na constituição de provisões para perdas de crédito; R$ 300 milhões referentes a ajustes de marcação a mercado; e R$ 200 milhões referentes a outros ajustes.
Foram apontados ex-diretores e administradores do Banco Panamericano,
caso forem condenados responderão por crime por gestão fraudulenta, indução de
investidor ao erro, inserção de elemento falso em demonstrativos contábeis,
formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal (Site Transparência
e Governança).
22
O que chamou a atenção da CVM e demais investigadores foi à auditoria da
Deloitte, o que apontou falha nos procedimentos inadequados e insuficientes,
fazendo parte do esquema fraudulento do banco.
Conforme o Site Leônidas Herndl, em matéria publicada em 18 de janeiro de
2016 via Folha de São Paulo, aduz as punições aos responsáveis pela fraude
bilionária que requereu posteriormente a venda do Banco Panamericano:
Foram inabilitados para operar no mercado financeiro onze executivos, com interdições que podem chegar até 20 ou 30 anos de prisão. Além do mais, o Conselho de Recursos de Sistema Financeiro Nacional aplicou seis multas a diretores, no total de R$ 405 mil e uma ao banco no valor de R$ 100 mil. Já em relação à empresa que auditava o banco, a empresa Deloitte Touche Tohmatsu, o órgão estipulou R$ 400 mil de multa mais cinco anos de prisão.
No entanto, os líderes executivos negam participação no esquema,
conforme publicação da Revista Exame (2011) afirmando que “Não houve fraude,
mas sim, gestão atrapalhada das carteiras de crédito”. Porém, não convenceram as
autoridades e foram punidos os principais envolvidos com esquemas corruptos,
porém o que instiga é saber que apesar da detenção que em muitos casos é
cumprido em regime aberto, a multa foi bem menor que o prejuízo causado pela
instituição, quem realmente perdeu dinheiro foi o proprietário do Panamericano.
4.1.2 Estudo de caso: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES).
O suposto maior escândalo da atualidade vincula-se ao BNDES.
Presentemente, estão em todas as manchetes e noticiários, os tumultos
envolvendo o BNDES vinculado na fraude bilionária à JBS, pertencente ao Grupo
J&F dos sócios e irmãos Joesley e Wesley Batista, sendo que o BNDES tem 21%
do capital votante da empresa, devido às dívidas da empresa com o banco. As
investigações promulgam no favorecimento do banco em relação aos empréstimos
concedidos à empresa, porém o banco já acumula uma série de irregularidades.
Além disso, conforme o “O Globo” de julho de 2017 informa “Continuam os
inquéritos em relação aos financiamentos para a Odebrecht para a construção do
23
porto em Cuba, além da viabilidade da dos salários com base no teto constitucional
do banco”.
Segundo o Jornal O Globo (2017) “O TCU já abriu 16 processos contra o
BNDES esse ano que vão desde pregões eletrônicos para contratação de serviços
até patrocínio do banco de fomento ao esporte”. Em contrapartida o escândalo do
Panamericano, com início em 2007, porém só descoberto pela Polícia Federal dois
anos depois, que marcou a história, devido às fraudes de auditoria e
irregularidades na contabilidade do banco que envolvia um complô entre
funcionários do banco.
Conforme o Portal UOL Economia (2017) o declínio do BNDES começou na
Crise de 2008, período de inflação alta e intervenção monetária, no qual o banco
socorreu muitas empresas, em especial, a Sadia. Nesse período, conforme a Folha
de São Paulo de Junho de 2016 o governo sancionou “a expansão do crédito e
redução de determinados impostos, os desembolsos chegaram a 189% que
iniciaram nesse período até a saída do presidente do banco Luciano Coutinho
(2007- 2016)”.
Sendo que em 2008, foi realizado uma auditoria no banco, sob suspeita da
polícia federal, nesse sentido, salienta o Estadão (2008), sobre auditoria realizada
no BNDES “não houve anomalia de tramitação, porém quanto à corrupção não
declara, pois envolve muitas pessoas para o desmembramento total da situação”.
Outro aspecto relevante abordado nesse ano condiz, com novos processos
investigativos de auditoria em relação ao BNDES, no qual paralisou funcionários do
banco e diretores, que temem a serem alvos das investigações. Nesse sentido, em
incremento as investigações, salienta a nota do TCU: “Investigou-se juntamente
com a Polícia Federal a Operação Bullish, que fiscalizou os recursos públicos
disponibilizados pelo BNDES ao Grupo JBS/Friboi pela aquisição de empresas no
exterior no ramo de carnes-Swift”.
Nesse sentido, conforme Rizério, em matéria divulgada pelo Site Info
Money de Julho de 2017 insere:
24
A auditoria detectou adulteração no processo de capitalização do frigorífico Swift Foods, em 2007 com a aquisição de pagamento indevido para participação da empresa com ágio de R$ 0,50 em ações, com dano milionário referente à transação do BNDESPAR com o frigorífico, que causou prejuízo em milhões de reais ao tesouro nacional.
Conforme o site Spotnicks, em relação às demonstrações financeiras do
BNDES:
De 2008 a 2014, os ativos aumentaram de R$ 272 bilhões para R$ 871 bilhões. 117,6% são de empréstimos para empresas de grande porte em 2014 sendo que de 2007 a 2014 emprestou cerca de 10 bilhões de dólares. 15% da dívida pública federal estão na mão do BNDES, sendo que o banco passou a financiar parte dos salários dos trabalhadores, dando um salto de 4500% em 2010, o que significa um salto de 17,3% da dívida pública federal e 8% do PIB.
Já o esquema enfatizado pelo BNDES, ocorreu no período do ex- presidente
Coutinho, no qual segundo a Folha de São Paulo em junho de 2016:
“O banco aprovou transações de aproximadamente 1,6 trilhões, equivalente a 43 vezes o orçamento da Bolsa Família”. Teve destaque no período administrado pelo PT, no qual propiciou aumento da economia. Além disso, vem sido investigado o esquema entre o BNDES e JBS, no qual acusa o banco de privilegiar o grupo nos empréstimos concedidos.
Em contrapartida conforme a Folha UOL “O grande problema do BNDES são
os desembolsos de transferências do tesouro, o que elevou a dívida pública, sendo
que o BNDES está com dívida de 518 milhões ao Tesouro”.
Conforme a Folha Política (2017), a auditoria do Tribunal de Contas da
União (TCU), investiga o sumiço trilionário do BNDES que sumiu do banco, o alvo
investigativo são os contratos gigantes realizados durante o governo PT, através de
suspeitos contratos de financiamentos, porém ainda não finalizou a operação.
Conforme o site oficial do BNDES em 14 de agosto de 2017 “O lucro líquido
do BNDES é de 1,34 bilhão no primeiro semestre de 2017, reduziu a inadimplência,
ativo cresceu em R$ 883,64 bilhões, o que é rentável para o banco”.
Porém foram detectadas pelo governo e auditoria irregularidades em
empréstimos de bancos e erros nos contratos do BNDES além de fraudes
detectadas pela Delação Premiada e Lava Jato, no qual promulgou conforme o
portal G1 (2017) “Multa de 225 milhões aos irmãos Batista para serem pagas em
dez anos”.
Conforme matéria enunciada pelo “O DIA” em maio de 2017 justifica que o
desfecho da situação, caseou a fraude bilionária nos empréstimos do BNDES à
25
JBS somam 8 (oito) bilhões, sendo 100 milhões de prejuízos aos cofres públicos.
Juntamente com o grupo JBS, os empréstimos pela MPX de Eike Batista e da
Petrobrás ocasionaram um prejuízo de R$ 2,6 bilhões aumentando a dívida
privada.
Alguns dos principais acusados por descapitalizar o BNDES foram
destinados a cumprir mandatos de prisão, por crime de irresponsabilidade fiscal e
devolver o dinheiro aos cofres públicos em prazos estipulados.
4.1.3 Comparativo entre os casos: Panamericano X BNDES.
Duas instituições com vários atributos que poderiam articular em bons
resultados para o desenvolvimento do país, geração de empregos e servir de
inspiração para muitos brasileiros. Porém não foi isso que aconteceu, pelo contrário
desvincularam muitos atos ilícitos e contraditórios a lei e a profissão executável.
Conforme matéria realizada pela Revista Exame, em dezembro de 2011,
incorpora relativo ao final do caso do Panamericano:
Cerca de 500 páginas, com 40 depoimentos, inquéritos e relatórios de auditorias e dados do Banco Central, coagiram o desmembramento do ato corrupto. O banco realizado por uma incompetência de gestão, com um banco que estava passando por desequilíbrio financeiro, o que ocasionou em um fim trágico da venda do banco. A acusação foi de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, maquiagem de balaço, movimentação dos recursos financeiros paralelamente a Contabilidade do banco e formação de quadrilha.
Em contrapartida o BNDES alvo de investigações, esquemas de lavagens de
dinheiro, juntamente com empresários influentes que forjaram muitas transações
ilegais para a captação de recursos para benefício próprio.
Portanto, no caso do Banco Panamericano a auditoria falhou e ocasionou
um prejuízo enorme para a instituição financeira, no qual desvinculou toda a
integridade, com falta de ética, transparência e não vinculando procedimentos
eficazes para o desmembramento do complô dos funcionários do alto escalão do
grupo. Em relação ao BNDES algumas auditorias já desvincularam esquemas
corruptos entre o banco e empresas, que já ocasionaram em multas milionárias,
mas há ainda muitas anomalias a serem investigadas, para o desfecho da situação.
26
4.2 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS: PARECER FINAL DAS INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS
Vincula-se um conflito de interesses entre as empresas e a integridade moral
no contexto ético perpetuado à profissão, até porque se deve refletir sobre o fato
que os atos gerados pelo profissional refletem positivamente ou negativamente em
relação ao trabalho efetuado, até porque podem acarretar prejuízos a terceiros,
tanto moral quanto coletivo. Nesse sentido, justifica Lisboa (2010, p.46) quanto à
falta de ética “implica em determinadas situações, em que o comportamento ético é
contrariado em relação às normas estipuladas pelas sociedades”.
Conforme o site Jota, publicado em setembro de 2017, as punições
aplicadas pelo Banco Central e demais órgãos fiscalizadores:
Concedeu multa de 400 mil condenado a auditoria Deloitte Touche Tohmatsu, por ignorar problemas da contabilidade do Panamericano, deixando passar um rombo bilionário, além do mais, o diretor e chefe responsável foi condenado a uma punição de 10 anos afastado do cenário financeiro, porém ao promulgar que não tralhou sozinho e em conjunto com outro auditor a pena foi reduzida pela metade.”
No caso, do rombo do Panamericano, auditados por uma das maiores
empresas de auditoria do mundo, a Deloitte foi condenada por ignorar fraudes e
ignorar problemas na contabilidade, levando o mercado ao erro, por não revelar a
real situação econômica e financeira do banco. Já em contrapartida, a empresa
evidencia que não era possível verificar todo o esquema.
Neste sentido, a empresa deveria proceder todos os padrões das normas e
técnicas possíveis para reavaliar as demonstrações financeiras e verificar todos os
itens a ser analisados com cautela. Além o senso ético do auditor deve presar
nesse meio porque envolve bilhões de reais e preza o capital investido, além de um
transtorno e prejuízos para os sócios e acionistas. Além disso, deve investigar a
administração e levantar os dados máximos da operação.
No caso do BNDES, a Folha Política insere que “a auditoria TCU, procura
1,2 trilhão que sumiu” juntamente com o investigativo que analisa as principais
causas dos prejuízos aos cofres públicos.
Em relação ao caso do BNDES, a auditoria atual ainda não foi concluída
porque envolvendo a eficácia nos empréstimos, apurando resultados e condenando
27
os principais culpados por debilitar a economia do país e puni-los através de multas
devolvendo esse dinheiro para os cofres públicos. A auditoria do TCU e demais
investigadores da Polícia Federal e demais órgãos fiscalizadores devem apurar os
resultados o mais rápido possível de forma precisa e sem propina.
De acordo com o Ministério da Transparência e Controladoria Geral da
União, enfatiza a Lei n° 12.846/ 2013, conhecida como lei Anticorrupção aplicável
nesses casos que articula “A responsabilização objetiva, no âmbito civil e
administrativo, de empresas que praticam atos ilícitos contra a administração
pública ou estrangeira e trata da conduta dos corruptos”.
Dessa forma surge o seguinte questionamento e o seguinte problema nesse
estudo de caso: Até que ponto a auditoria é confiável e pode auxiliar a empresa?
Nesse embasamento, ressalta-se o controle interno das empresas, além disso,
auditoria é ferramenta importante, porém deve ser revisada pelo superior, utilizada
de forma alinhada e verdadeira e não faça parte de esquemas corruptos.
Ao mesmo tempo pode contribuir como prejudicar e até terminar de afundar
as empresas. Destaca Lisboa (2010, p.66), nesse sentido:
Sendo que o auditor tem responsabilidade de emitir um parecer sobre a adequação ou não das demonstrações contábeis, as mutações do patrimônio líquido, bem como a origem e aplicações de recursos de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade.
Portanto, o que não pode ser confundido são os riscos de auditoria quando
tentou acertar diferentemente do que aconteceu com ênfase no Banco
Panamericano que destrói o vínculo profissional saudável entre a instituição
financeira e a empresa Deloitte uma das maiores empresas de auditoria do mundo,
com essa ruptura de confiança e do senso ético e profissional presando no
prestígio da empresa. Já em contrapartida com o BNDES, devem-se continuar as
auditorias do TCU, para desmembrar os atos ilícitos do banco, minimizando os
impactos perante a economia e punindo os responsáveis.
28
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A auditoria contábil é uma ferramenta indispensável para o aperfeiçoamento
da gestão atrelada à veracidade das demonstrações financeiras e procedimentos
eficazes que podem proporcionar à empresa o monitoramento dos controles
internos e gerenciamento das informações, desde que seja realizada de forma ética
e sustentável para a empresa.
No entanto, ao mesmo tempo, que podem proporcionar inúmeras vantagens
para a empresa, pode estar atrelado a profissionais que se envolvem em
esquemas de corrupção que auxiliam a empresa através de pequenos delitos até
os mais sofisticados esquemas como inflar balanços.
As denúncias e as investigações muitas vezes realizadas anonimamente ou
através de auditorias são cada vez mais corriqueiras, sendo que algumas
empresas chegam até a incluir estimativas de perdas e roubos na previsão
orçamentária. E o mais assustador é perceber que as estimativas que 5% dos
empregados se pudessem furtariam a empresa no qual trabalham se enxergassem
a oportunidade.
Em relação ao estudo de caso comparativo entre duas grandes instituições
financeiras extremamente influentes do país evidenciam-se através de falhas na
governança corporativa, falta de controle interno e gestão de riscos. No caso do
BNDES é inadmissível que bilhões de reais escoem pelo ralo, sendo que poderiam
ser aprimorados os recursos na geração de empregos e rentabilidade da economia
nacional. Mas cabem as auditorias juntamente com as operações, desmascarar os
esquemas inescrupulosos que norteiam o país e devolver o dinheiro aos cofres
públicos.
Já no caso do banco Panamericano, uma das maiores instituições
financeiras do país, foi rompida devido à “maquiagem” da contabilidade do banco, o
que originou uma fraude bilionária. Juntamente com a Deloitte uma das maiores
empresas de auditoria que estava presente a anos no banco e nunca havia notado
irregularidades, devido essa prática ineficaz, ocasionou o rombo e posteriormente a
venda do banco.
29
Desta forma o problema desse trabalho constitui no seguinte
questionamento: Qual a missão da auditoria na avaliação e eficácia nos processos
de gerenciamento de riscos?
Para responder a essa pergunta retoma-se que tanto a auditoria interna
quanto externa deve ser utilizada regularmente, o auditor deve se posicionar de
forma clara e precisa sem privilegiar nenhuma instituição devendo programar
procedimentos atuais de acordo com as normas vigentes de contabilidade. Ao
mesmo tempo, deve averiguar periodicamente os processos de gerenciamento das
empresas viabilizando os riscos futuros que podem atrapalhar a na geração de
valor da empresa.
Enfatiza-se na procura pela contabilidade que conecta em uma ferramenta
que pode traduzir às corporações as informações o parecer que relate
originalmente a situação da empresa, informando os principais interessados com a
empresa, desde os credores, acionistas até a presidência da empresa que
embalam no senso de justiça e credibilidade, caso contrário à confiança na
profissão pode estar abalada.
Além disso, a recessão econômica aumenta o número de esquemas
desmascarados, até porque a empresa verifica estratégias de conter gastos e
aumentar a rentabilidade. Deve-se estimular o controle interno, efetuar um
diagnóstico de toda a operação para detectar vulnerabilidades como estoques sem
registros, faltas de inventários frequentes e controle nos recursos humanos da
empresa.
Em relação às empresas de auditorias externas que são pagas pelas
empresas pode haver processos envolvendo propinas, projetos emblemáticos para
a captação de recursos e protagonistas de delações premiadas. A solução seria
pagar o valor pelo procedimento de auditoria e sortear a empresa que irá atender.
Caso contrário, as empresas optam por empresas de auditoria de menores valores
ou que irá beneficiá-las.
Para complementar esta linha de raciocínio embasa-se que apesar da
existência da Lei Anticorrupção, as autoridades devem estipular penas mais
brandas e deve ser levada mais a sério. No entanto para minimizar a corrupção,
são necessárias pessoas honestas e honráveis para ocupar os cargos.
30
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