Artigo sobre conforto ambriental avícola

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  • Revista Brasileira deEngenharia Agrcola e Ambientalv.13, n.6, p.802808, 2009Campina Grande, PB, UAEA/UFCG http://www.agriambi.com.brProtocolo 033.08 19/02/2008 Aprovado em 27/03/2009

    Avaliao do conforto trmico e desempenho de frangos de cortesob regime de criao diferenciado1

    Arica C. Nazareno2, Hliton Pandorfi3, Gledson L. P. Almeida4, Pedro R. Giongo2, Elvira M. R. Pedrosa3 & Cristiane Guiselini3

    RESUMO

    Esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de avaliar trs sistemas de criao para frangos de corte industrial, visando caracterizaro ambiente trmico e o desempenho animal. O experimento foi realizado no decorrer de 42 dias, desenvolvido em mdulos deproduo, divididos em 15 boxes com 10 aves por box, submetidas a trs sistemas de criao: semi-confinado com 3 m2 por avede rea de piquete (SC 3), semi-confinado com 6 m2 por ave de rea de piquete (SC 6) e confinamento total (CONF). O delinea-mento experimental foi inteiramente casualizado (DIC) em parcelas subdivididas e mdias comparadas pelo teste Tukey (P 0,05).As variveis meteorolgicas e os ndices de conforto apontam o sistema de criao SC 3 como o que permitiu melhor condiciona-mento trmico natural s aves, apresentando valores mdios da ordem de 25,4 C, 69,9 kJ kg-1 e 75,7 para temperatura de bulboseco (Tbs), entalpia (h) e ndice de temperatura de globo e umidade (ITGU), respectivamente. Os parmetros fisiolgicos freqn-cia respiratria (mov min-1) e temperatura cloacal (C) indicaram valores mdios mais adequados nas aves submetidas ao sistemade criao SC 3. Os sistemas de criao promoveram alteraes no desempenho das aves para consumo de rao (CR) e pesocorporal (PC) nos sistemas SC 3 e CONF, comparativamente ao SC 6, que apresentou prejuzo no desempenho.

    Palavras-chave: avicultura, ambincia, confinamento, instalaes agrcolas

    Evaluation of thermal comfort and performance of broiler chickensunder different housing systems

    ABSTRACT

    This research was conducted to evaluate three housing systems for broiler chicken production, aiming to characterize thermalenvironment and animal performance. The experiment was conducted over 42 days, developed in production modules, dividedin 15 boxes with 10 birds per box, and submitted to three housing systems: semi-confined with 3 m2 per broiler of paddockarea (SC 3), semi-confined with 6 m2 per broiler of paddock area (SC 6) and total confinement (CONF). The experimental designwas completely randomized (CRD), in split plots, with the means compared through the Tukey test (p 0.05). The meteorologicalvariables and comfort indices indicated the system of accommodation SC 3 as the one that allowed the better natural conditioningheat to the birds, presenting the average values of 25.4 C, 69.9 kJ kg-1 and 75.7 for dry bulb temperature (Tbs), enthalpy (h)and black globe humidity index (ITGU), respectively. Physiological parameters respiratory rate (mov min-1) and cloacal temperature(C) had mean values more appropriate to birds subjected to the accommodation system SC 3. The housing systems promotesignificant changes in performance of broiler chicken in relation to feed consumption (CR) and body weight (PC) in housingsystems SC 3 and CONF, compared with SC 6, which presented performance losses.

    Keywords: poultry production, animal environment, confinement, rural installations

    1 Parte da Dissertao de Mestrado do primeiro autor2 Mestre em Engenharia Agrcola UFRPE, Av. Dom Manoel de Medeiro s/n, Dois Irmos, CEP 52171-900, Recife, PE. Fone: (81) 3088-6099. E-mail(s): [email protected];

    [email protected] DTR/UFRPE. Fone: (81) 3320-6260. E-mail(s): [email protected]; [email protected]; [email protected] Mestrando de Engenharia Agrcola UFRPE. Fone: (81) 3272-0082. E-mail: [email protected]

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    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, v.13, n.6, p.802808, 2009.

    INTRODUO

    No Brasil, a avicultura cresce a cada ano, a produo decarne de frango foi, em 2007, de 10,2 milhes de toneladas,resultado que manteve o Pas no terceiro lugar entre os mai-ores produtores mundiais, atrs apenas dos Estados Unidose China, que apresentaram produo de 16,2 e 11,5 milhesde toneladas, respectivamente. As exportaes fecharam oano com uma representao de 45% nas vendas no mercadointernacional, 7,2 milhes de toneladas, posicionando o Bra-sil como o maior exportador mundial (ABEF, 2007).

    O ambiente do sistema de criao intensivo possui influ-ncia direta na condio de conforto e bem-estar animal,promovendo dificuldade na manuteno do balano trmicono interior das instalaes e na expresso de seus comporta-mentos naturais, afetando o desempenho produtivo das aves.

    O regime de confinamento pode causar estresse intenso(Jones & Mills, 1999), tendo como conseqncia, respostasfisiolgicas e comportamentais (Marin et al., 2001) que po-dem causar srios problemas sade e ao bem-estar dosanimais (Hall, 2001). Por esses motivos, o sistema de cria-o semi-intensivo considerado alternativo e ainda permi-te que as aves tenham livre acesso s reas de pastejo, resul-tando em diferenas particulares na qualidade da sua carnequando comparada com a das aves criadas confinadas.

    A zona de termoneutralidade est relacionada a um am-biente trmico ideal, no qual as aves encontram condiesperfeitas para expressar suas melhores caractersticas produ-tivas. Furtado et al. (2003) e Tinco (2001) consideram oambiente confortvel com temperaturas entre 22 e 27 C eumidade relativa entre 50 e 70%. Furtado et al. (2003) eSarmento et al. (2005) pesquisando instalaes para frangosde corte na mesorregio do agreste paraibano, concluram queda terceira sexta semana os ambientes cujos valores dendice de temperatura do globo negro e umidade (ITGU)variaram entre 65,0 e 77,0, no afetaram o desempenho dosfrangos e, portanto, foram considerados confortveis paraproduo; na ltima semana, os ambientes com valores deITGU variando entre 78,0 e 80,5 foram considerados des-confortveis em virtude das condies trmicas desfavorveis.

    Nesse contexto se props, com esta pesquisa, avaliar di-ferentes sistemas de criao para frangos de corte, visandocaracterizar o ambiente trmico e as variveis que influen-ciam o sistema de produo, determinando as condies fa-vorveis ao melhor desempenho animal, com base nos indi-cadores de bem-estar como resposta ao ambiente de criao.

    MATERIAL E MTODOS

    O experimento foi realizado de junho a julho de 2007, pe-rodo de inverno, com durao de 42 dias, na Estao Expe-rimental de Pequenos Animais da Universidade Federal Ru-ral de Pernambuco (UFRPE), no municpio de Carpina, estadode Pernambuco, apresentando latitude de 7,85 S, longitudede 35,24 W e altitude de 180 m; 150 pintos de corte, sexomisto com predominncia de machos da linhagem comercialCobb 508, foram utilizados e alojados em galpo experimen-

    tal, no perodo de 1 a 21 dias de idade e manejados adequa-damente, de acordo com o manual da linhagem Cobb 508,assim como a adequao de bebedouros e comedouros prpri-os para a fase de criao. Aos 21 dias, as aves foram transfe-ridas para mdulos de produo que reproduziam as instala-es avcolas convencionais. Antes das aves serem transferidaspara os mdulos de produo e seus respectivos piquetes, rea-lizou-se um levantamento florstico, que indicou grande vari-abilidade de espcies forrageiras no local.

    Os mdulos de produo eram de alvenaria com piso deconcreto, contendo 4 boxes por mdulo, divididos por telasmetlicas com presena de aberturas em cada um dos boxes,que permitiam o acesso das aves ao piquete, das 7 s 17 h.A instalao referente ao sistema de criao das aves ca-racterizada, tipologicamente, por 3,2 m de comprimento por3,2 m de largura, p direito de 3,0 m, beiral de 0,7 m e ori-entao do sentido da cumieira leste-oeste, alm de cobertu-ra com telhas de fibrocimento de 4 mm, sem a presena deforro de revestimento, sendo que as laterais da instalaoapresentavam fechamento em alvenaria, com mureta de 0,4 me tela metlica.

    As aves foram alojadas em quatro mdulos de produodivididos em quatro boxes, em que um dos mdulos apre-sentava trs boxes abrigando os trs sistemas de criao, comcinco repeties cada um, totalizando 15 parcelas experimen-tais, sendo um box para cada sistema de criao: semi-con-finado com 3 m2 por ave de rea de piquete (SC 3), semi-confinado com 6 m2 por ave de rea de piquete (SC 6),confinamento total sem acesso a piquete, 10 aves por m2(CONF); invariavelmente, cada box apresentava 10 aves porrepetio, totalizando 150 aves.

    No Brasil, a criao de frangos de corte tipo colonial uti-liza uma rea de trs metros quadrados de piquete por ave;a criao pode ser intensiva at os 28 dias de idade e exten-siva (com acesso a piquete), aps este perodo (Takahashi etal., 2006, Brasil, 1999). Utilizaram-se, ento, com base nestefundamento, os sistemas de criao semi-confinado com 3 m2por ave de rea de piquete (SC 3) e o dobro desta rea parao semi-confinado com 6 m2 por ave de rea de piquete (SC 6)tratando-se de um manejo alternativo para frangos de corteindustrial, visando maior liberdade de movimento e bem-estar s aves.

    A avaliao trmica ambiental foi realizada por meio doregistro dos dados meteorolgicos nos diferentes sistemas decriao (SC 3, SC 6 e CONF) e no ambiente externo (EXT).As variveis meteorolgicas registradas foram: temperaturade bulbo seco (Tbs, C), temperatura de bulbo mido (Tbu,C) e temperatura de globo negro (Tg, C) o que permitiu acaracterizao da eficincia trmica nos mdulos de produ-o e no ambiente externo.

    Realizaram-se os registros das variveis meteorolgicasem intervalos de 2 h, com medidas s 7, 9, 11, 13, 15 e 17 h,durante as 4a, 5a e 6a semanas do ciclo de produo. As va-riveis temperatura de bulbo seco (Tbs) e temperatura debulbo mido (Tbu) foram registradas atravs de um termo-higrmetro da marca Incoterm, escala entre -10 e 50 C,limite de erro de 1 C. A temperatura de globo negro foiregistrada com auxlio de um termmetro comum (-20 a

    Avaliao do conforto trmico e desempenho de frangos de corte sob regime de criao diferenciado

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    110 C) acoplado a uma esfera oca de polietileno de alta den-sidade, pintada de preto fosco. Os equipamentos foram ins-talados no interior de cada mdulo de produo, a uma al-tura de 0,70 m do piso, dispostos no centro geomtrico decada um dos mdulos de produo determinando-se, destaforma, o microclima proporcionado pelos sistemas de cria-o estudados.

    Na rea externa s instalaes os termmetros foram ins-talados a 1,5 m de altura da superfcie do solo, no interiorde um abrigo meteorolgico, representando o microclima dolocal. Fez-se a aquisio dos dados por meio de um termo-higrmetro da marca Incoterm e um termmetro de globonegro.

    Realizou-se a determinao da eficincia trmica das ins-talaes por meio dos dados referentes s variveis meteo-rolgicas registradas nos ambientes estudados, em que sedeterminou o ndice de temperatura de globo e umidade(ITGU) proposta por Buffington et al. (1981) e a entalpia(h; kJ kg ar seco-1) proposta por Albright (1990), tendo asseguintes equaes:

    em que:Tg temperatura de globo negro, K

    Tpo temperatura de ponto de orvalho, KTbs temperatura de bulbo seco, C

    W razo de mistura, kg vapor dgua kg ar seco-1ea presso atual de vapor dgua, kPa

    Patm presso atmosfrica, kPaPara avaliao dos parmetros fisiolgicos registraram-

    se os dados de temperatura cloacal (C) e de freqncia res-piratria das aves (mov min-1). A determinao desses pa-rmetros foi realizada em intervalos de 4 h, s 9, 13 e 17 h,em trs avaliaes semanais, enquanto as aves foram sele-cionadas aleatoriamente, duas por repetio, em cada sis-tema de criao, totalizando trinta aves, identificadas comvioleta genciana nas pernas e nos ps, de maneira que per-manecessem fixas durante o dia selecionado para o acom-panhamento.

    A verificao da freqncia respiratria (mov min-1) se deua partir da contagem do nmero de movimentos abdominaisrealizados pela ave, pelo tempo de 1 min.

    Para medio da temperatura cloacal (C) utilizou-se ter-mmetro de uso veterinrio da marca incoterm, modelo5198, escala entre 34 e 44 C e limite de erro de 0,1 C,introduzido a 3 cm na cloaca das aves, durante 3 min, parasua estabilizao e obteno do valor da temperatura.

    Os indicadores zootcnicos avaliados foram ganho de pesodas aves (GP), converso alimentar (CA), consumo de ra-o (CR) e peso vivo (PV), obtidos a partir do registro doconsumo de rao (CR) e ganho de peso (GP) que se inicia-ram quando as aves estavam com 21 dias de idade e 0,911 kgde peso vivo mdio.

    Obteve-se o consumo de rao a partir da pesagem sema-nal das sobras de cada comedouro, indicando a quantidadede rao consumida. Para o clculo do ganho de peso, todosos animais foram pesados aos 21, 28, 35 e 42 dias de idade,o que permitiu determinar o ganho de peso mdio das aves,para o perodo avaliado.

    O delineamento experimental para as variveis ambien-tais e desempenho zootcnico, como: PV, GP, CR e CA, foiinteiramente casualizado (DIC) com parcelas subdividas, emque as semanas foram alocadas nas parcelas, o sistema decriao (SC 3, SC 6, CONF) e o ambiente externo (EXT) nassub-parcelas. Para os parmetros fisiolgicos, freqncia res-piratria e temperatura cloacal, adotou-se o delineamento emfaixa com parcelas sub-subdivididas inteiramente casualiza-das (DIC) sendo as semanas alocadas nas parcelas, os hor-rios em sub-parcelas e os sistemas de criao em sub-subpar-celas, com 15 repeties, utilizando-se duas aves por box,totalizando 30 aves. Para comparao das mdias utilizou-se o teste de Tukey a nvel de 5% de probabilidade com oauxlio do programa estatstico Statistical Analysis System(SAS, 1997).

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Observa-se, na Tabela 1, que os sistemas de criao e oambiente externo apresentaram diferenas significativas paraTbs, quando comparados entre si, verificando-se maior tem-peratura no sistema de criao CONF, em virtude da presenado maior nmero de animais permanentemente confinados,sem acesso ao piquete, ocasionado pelo maior aporte de ener-gia gerado pelos animais, seguido pelo SC 6, SC 3 e EXT,indicando valores da ordem de 26,8, 26,2, 25,4 e 24,7 C,respectivamente.

    O efeito foi significativo (P 0,05) para Tg nas condiesinterna e externa aos mdulos de produo, verificando-semaior Tg para o sistema de criao CONF que diferiu sig-nificativamente dos sistemas de criao SC 6 e SC 3, em que

    (3)W 0,622 ea P ea= atm( )/( )

    (1)ITGU Tg 0,36Tpo 330,08= +

    (2)h 1,006Tbs W(2501 1,805Tbs)= + +

    Tabela 1. Valores mdios e desvio padro das variveis ambientais paraos sistemas de criao semi-confinado com 3 m2 por ave de rea depiquete (SC 3), semi-confinado com 6 m2 por ave de rea de piquete(SC 6), confinamento total (CONF) e ambiente externo (EXT)

    edametsiSoairc

    )C(sbT )C(gT )%(RU gkJk(H 1- ) UGTI

    3CSc84,52 b36,62 a25,18 c29,96 c67,57

    19,1 89,1 45,4 27,5 84,2

    6CSb32,62 b08,62 a85,18 b38,07 b10,67

    00,2 59,1 86,4 34,5 93,2

    FNOCa68,62 a29,72 a08,18 a52,57 a45,77

    40,2 21,2 41,5 47,5 45,2

    TXEd27,42 c49,52 a45,08 d27,66 d37,47

    49,1 59,1 65,3 90,6 15,2

    %VC 12,1 78,0 98,2 04,1 53,0

    FetseT *61,121 *16,412 *50,8 *96,111 *82,852

    Na mesma coluna, mdias seguidas da mesma letra no diferem entre si a nvel de 5% deprobabilidade pelo teste de Tukey. Tbs temperatura de bulbo seco, Tg temperatura de globonegro, UR umidade relativa, h entalpia e ITGU ndice de temperatura de globo e umidade,NS no significativo, * significativo a 5% (P < 0,05)

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    o EXT apresentou os menores resultados obtido ao longo doperodo analisado, considerando-se que o estresse trmicoocasionado pela radiao solar difusa uma parcela signifi-cativa para a troca de calor sensvel (Pereira et al., 2002).

    Na UR, o maior valor mdio absoluto foi no sistema decriao CONF e a menor no EXT; no entanto, no diferi-ram estatisticamente entre si caracterizando a uniformidadeda condio de entorno s instalaes (Tabela 1).

    Em relao h, nota-se que o maior valor mdio regis-trado nos diferentes sistemas de criao foi detectado no sis-tema CONF que diferiu significativamente (P 0,05) dossistemas de criao SC 6 e SC 3, os quais, por sua vez tam-bm diferiram entre si, apresentando valores da ordem de75,2, 70,8 e 69,9 kJ kg ar seco-1, determinado pela quanti-dade de energia interna da parcela de ar, pontualmente paramistura de ar seco e vapor dgua, levando-se em conside-rao a Tbs (C) e a razo de mistura (kg de vapor dguakg de ar seco-1).

    Para a varivel ITGU, deu-se efeito significativo (P 0,05)entre o ambiente interno aos mdulos de produo e o EXT,com maior valor mdio no sistema de criao CONF quediferiu dos sistemas de criao SC 6 e SC 3, em que o EXTobteve o menor valor encontrado (Tabela 1).

    Com base nos dados mdios de Tbs e dos ndices h eITGU, pode-se verificar que o sistema de criao com me-lhor condio de conforto s aves, foi o semi-confinado SC 3,seguido do SC 6. O sistema de criao CONF comparativa-mente com demais, foi o que apresentou pior conforto tr-mico s aves.

    A Figura 1A ilustra o efeito da temperatura nos diferen-tes sistemas de criao e no ambiente externo para as lti-mas trs semanas do ciclo produtivo das aves, constatando-se que o condicionamento trmico no interior do mdulo deproduo submetido ao sistema de criao CONF, esteveacima da condio mdia recomendada, de 27 C em ape-nas 28% dos dias no decorrer da quarta semana, para osdemais sistemas de criao; inclusive no EXT a temperatu-ra se manteve dentro da faixa de conforto trmico, de acor-do com os limites estabelecidos por Furtado et al. (2003).

    No decorrer da quinta semana, fica evidente que a condi-o de conforto trmico proporcionada s aves nos sistemasde criao est inadequada, com temperatura mdia superi-or a 24 C, porm o SC 3 foi o que mais se aproximou dacondio ideal de temperatura devido no permanncia dosanimais no mdulo de produo, fato atribudo rea desti-nada ao piquete (3 m2 por ave) que, comparativamente como SC 6 (6 m2 por ave) proporcionava mais segurana aosanimais, estimulando o acesso ao ambiente externo (Furta-do et al., 2003; Silva et al., 2003).

    Outro fator de grande relevncia que influenciou a osci-lao da temperatura no interior dos mdulos de produo,foi a condio climtica do local, perodo de inverno, coin-cidindo com a estao de maior pluviosidade para regio; nasexta semana se observa que a temperatura apresentou que-da brusca e, posteriormente, um aumento significativo no diaseguinte, destacando-se a influncia de um dia de chuva nareduo da temperatura do ar porm ainda fora da tempera-tura recomendada, de 22 C. Essas alternncias de tempera-

    tura amena e estressante, caracterizam uma situao de es-tresse trmico acentuada nas aves, com reflexos no confortoe bem-estar animal.

    A Figura 1B ilustra a variao da UR nos diferentes sis-temas de criao e no ambiente externo. De acordo com es-sas condies, a UR no interior das instalaes esteve aci-ma das condies recomendadas nas 4a, 5a e 6a semanas. Osistema de criao CONF foi o que apresentou os maiorespicos de UR devido maior concentrao de aves no inte-rior do mdulo de produo em todas as semanas avalia-das, com valores mdios dirios de 91, 84 e 88%, respecti-vamente. Os menores valores de umidade foram de 85,9,80,8 e 86,9% para o ambiente externo, o que afetou direta-mente as trocas trmicas entre os animais e o meio. A fai-xa de UR considerada satisfatria para a melhor produode frangos de corte est situada entre 500 e 70% (Tinco,2001; Sarmento et al., 2005).

    Os altos valores de umidade encontrados foram decorren-tes da poca do ano, por se tratar de uma estao chuvosa,alm do acmulo de umidade na cama, proporcionada pelasexcretas das aves, aumentando a quantidade de gases, comoa amnia, que no perodo de inverno pode propiciar o de-senvolvimento de agentes patognicos (Ns et al., 2007).

    Pode-se verificar, na Figura 1C, que a variao entlpicanos sistemas de criao e no ambiente externo esteve acima

    11/7 13/7 15/7 17/7 19/7 21/7 23/7 25/7

    50

    55

    60

    65

    70

    75

    80

    70

    75

    80

    85

    90

    95

    20

    22

    24

    26

    28

    SC3 SC6 CONF

    EXT Conforto

    Dias

    6a

    5a

    4a

    C.

    B.

    A.

    Tem

    per

    atu

    ra(

    C)

    UR

    (%)

    En

    talp

    ia(k

    Jk

    g)

    -1

    Figura 1. Variao mdia diria da temperatura (A), umidade relativa doar (B) e entalpia (C) nos mdulos de produo submetidos aos diferentessistemas de criao e no ambiente externo

    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, v.13, n.6, p.802808, 2009.

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    das condies recomendadas; nas 4a, 5a e 6a semanas, osmaiores valores mdios dirios encontrados foram no siste-ma de criao CONF em que, para as trs semanas finais,se notaram valores superiores aos recomendados de 67,2,57,4 e 51,5 kJ kg-1 para as respectivas semanas do ciclo pro-dutivo (Barbosa Filho et al., 2005, Alves et al., 2004). Osvalores de entalpia mais prximos da condio de confortodas aves foram encontrados no ambiente externo, com valo-res mdios, para cada respectiva semana de avaliao, de68,6, 67,9 e 68,8 kJ kg-1.

    V-se que, no sistema de criao SC 6, os valores de en-talpia apresentaram variao intermediria entre os sistemasestudados e, portanto, tambm considerados fora da condi-o de conforto adequado s aves.

    O sistema de criao que mais se aproximou dos valo-res de entalpia adequados foi o SC 3 (69,75; 70,38 e69,64 kJ kg-1) ressaltando-se que ditos valores mdios es-to acima daqueles considerados de conforto e excederamo limite crtico superior apenas na 5a semana, estabeleci-dos por Barbosa Filho et al. (2005) que recomendam valorlimite de 70 kJ kg-1 para aves. Constatou-se, durante os 17dias avaliados, que o limite crtico superior ultrapassou59%, sinal de que a entalpia dentro do mdulo de produ-o esteve 10 dias acima do valor proposto; portanto, quan-do se analisa a condio de estresse se verifica que os va-lores mdios da quantidade de energia existente no interiordos mdulos de produo so superiores aos de conforto,para todas as condies avaliadas. A entalpia indica a quan-tidade de energia contida em uma mistura de ar seco e va-por dgua; portanto, as trocas trmicas so alteradas coma modificao da umidade relativa do ar para uma mesmatemperatura, em funo da modificao da energia contidano ambiente (Albright, 1990).

    A Tabela 2 apresenta os valores mdios das variveis fi-siolgicas dos animais, freqncia respiratria (mov min-1)e da temperatura cloacal (C) durante as trs ltimas sema-nas do ciclo produtivo das aves.

    Nota-se, no sistema de criao SC 3, menor freqnciarespiratria, 65,1 mov min-1, apresentando diferena signi-ficativa para os sistemas CONF e SC 6, em virtude da me-lhor condio de conforto presente no mdulo de produo,decorrente do menor incremento trmico proporcionado pe-las aves alojadas nesta condio, que tiveram mais acesso

    rea de piquete, o que promoveu um aumento sob a taxanormal de freqncia respiratria de 38% (Silva et al., 2003).

    O que pode ter influenciado no aumento da freqnciarespiratrias (mov min-1) no sistema de criao CONF eSC 6, foi o fato das aves se encontrarem permanentementeconfinadas (10 aves m-2) e com baixa demanda de acesso aopiquete, respectivamente, proporcionando, assim, o incre-mento trmico no interior do mdulo de produo, tendocomo resposta direta o aumento de 44% na freqncia res-piratria das aves, com valor mdio de 70,8 mov min-1 e de70,7 mov min-1, no indicando diferenas significativas en-tre ambos (Hellmeister Filho et al., 2003).

    Quando a freqncia respiratria est elevada, acima dos40 mov min-1 (Hoffman & Volker, 1969) admite-se que a tem-peratura do ar ultrapassa o limite crtico superior paraas aves, o calor armazenado no organismo e o valor datemperatura corporal aumenta acima dos valores normais;esta resposta decorre do estmulo direto ao centro de calorno hipotlamo, que envia impulso ao sistema cardiorrespi-ratrio, na tentativa de eliminar calor por evaporao pormeio da respirao que, neste caso, apresenta um aumentomarcante em todos os sistemas de criao.

    Outro ponto importante que a freqncia respiratria influenciada com a idade da ave, pois quanto maior a idademaior tambm o nmero de vezes que a ave inspira ar porminuto (Rosrio et al., 2000; Silva et al., 2003).

    O efeito isolado do sistema de criao para temperaturacloacal apresentou diferena significativa (P 0,05) entreos sistemas de criao, a maior mdia ocorreu no sistemade criao CONF e a menor, em SC 3; no entanto, as avesmantiveram as temperaturas cloacais dentro dos limites con-siderados normais que, de acordo com Elson (1995) eMeltzer (1987) variam entre 41 e 42 C.

    O sistema de criao CONF apresentou maior valor m-dio de temperatura cloacal, comparado com os demais, de-vido ao fato das aves estarem mais adensadas, sem acessoao piquete, ao contrrio dos outros sistemas de criao quepermitiam o livre acesso ao piquete e que, segundo os auto-res Smith & Oliver (1971) e Yahav et al. (2000) a alta den-sidade e a falta de espao podem contribuir para o aumentoda temperatura entre as aves, alm de prejudicar ou impedira troca de calor com o ambiente.

    Aves criadas no sistema semi-intensivo apresentam mai-ores valores de peso corporal e menores valores de tempera-tura retal, taxa respiratria e hematcrito, demonstrando ainfluncia positiva do sistema de criao nesses parmetrose, conseqentemente, no seu conforto e bem-estar (Silva etal., 2003).

    Apresentaram-se, na Tabela 3, os resultados de desempe-nho zootcnico: peso vivo (PV), ganho de peso (GP), consu-mo de rao (CR) e converso alimentar (CA) das aves sub-metidas aos diferentes sistemas de criao.

    Para o perodo total de criao, 21 a 42 dias (4a a 6a se-manas), apenas a CA no foi afetada; as aves do sistema decriao CONF e SC 3 apresentaram maior CR comparativa-mente com o SC 6, repercutindo no maior GP das aves parao sistema de criao CONF com efeito significativo (P < 0,05)em relao aos SC 6 e SC 3, proporcionando indivduos mais

    Tabela 2. Mdias e desvio padro das variveis fisiolgicas no perodoexperimental nos sistemas de criao semi-confinado com 3 m2 por avede rea de piquete (SC 3), semi-confinado com 6m2 por ave de rea depiquete (SC 6) e confinamento total (CONF)

    oaircedametsiSairtaripseraicnqerF

    nimvom( 1- )lacaolcarutarepmeT

    )C(

    3CS 8,11b21,56 3,0c29,14

    6CS 1,31a07,07 3,0b89,14

    FNOC 9,11a48,07 3,0a79,24

    %VC 99,2 21,0

    FetseT *96,721 *17,481

    Na mesma coluna, mdias seguidas da mesma letra no diferem entre si a nvel de 5% deprobabilidade pelo teste de Tukey, NS no significativo, * significativo a 5% (P < 0,05)

    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, v.13, n.6, p.802808, 2009.

    Arica C. Nazareno et al.

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    pesados nos sistemas de criao CONF e SC 3, respectiva-mente, comparados com o SC 6.

    O fator que pode ter influenciado as variveis (PV e CR)no sistema de criao CONF, talvez tenha sido o fato das avespermanecerem constantemente confinadas e, portanto, maisadensadas e mais prximas ao comedouro; segundo Carva-lho Neto (2005) aves criadas na densidade de 12 animais m-2consomem mais alimento e ganham mais peso que aquelascriadas soltas, porm Moreira et al. (2004) e Garcia et al.(2002) afirmam que o aumento na densidade populacionalde 10 para 16 aves m-2 causa reduo no ganho de peso e nopeso vivo, sobretudo na fase final de criao.

    CONCLUSES

    1. As variveis meteorolgicas e os ndices de confortotrmico ambientais, apontam o sistema de criao semi-con-finado com 3 m2 por ave de rea de piquete como aquele quepermitiu melhor condicionamento trmico natural s aves.

    2. Os parmetros fisiolgicos, freqncia respiratria etemperatura cloacal, apontaram valores mais adequados parao sistema de criao semi-confinado com 3 m2 por ave derea de piquete, como resposta ao menor estresse trmico,atendendo s condies de bem-estar animal.

    3. Os sistemas de criao promoveram alteraes no de-sempenho das aves para consumo de rao e peso vivo nossistemas de criao semi-confinado com 3 m2 por ave de reade piquete e confinado, comparativamente ao semi-confinadocom 6 m2 por ave que apresentou prejuzo no desempenho.

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    Tabela 3. Valores mdios e desvios padres de peso vivo (PV), ganhode peso (GP), consumo de rao (CR) e converso alimentar (CA) duranteo ciclo produtivo das aves submetidas aos sistemas de criao semi-confinado com 3 m2 por ave de rea de piquete (SC 3), semi-confinadocom 6 m2 por ave de rea de piquete (SC 6) e confinamento total (CONF)

    edametsiSoairc

    evagk(RC 1- ) evagk(PG 1- ) gkgk(AC 1- ) evagk(VP 1- )

    3CS 99,0 a 70,0 26,0 b 880,0 94,1 a 21,0 12,2 a 06,0

    6CS 59,0 b 70,0 36,0 b 270,0 84,1 a 11,0 71,2 b 75,0

    FNOC 20,1 a 90,0 76,0 a 960,0 94,1 a 60,0 02,2 a 16,0

    )%(VC 69,3 94,7 44,5 48,1

    FetseT *42,9 *37,4 SN35,2 *30,554

    Na mesma coluna, mdias seguidas da mesma letra no diferem entre si a nvel de 5% de probabilidadepelo teste de Tukey (P > 0,05), NS no significativo, * significativo a 5% (P < 0,05)

    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, v.13, n.6, p.802808, 2009.

    Avaliao do conforto trmico e desempenho de frangos de corte sob regime de criao diferenciado

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