ARAUTO ABRIL 2012- CASA POVO VILARANDELO

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cmyk Não são de pedra as nossas casas, mas de mãos... Abril - 2012 II SÉRIE ANO IV N.º 30 Pág. Continua na pág. 2 Donativos 2 Campanha de Sócios 2 Homenagem a Manuel Pascoal vs Banda Musical de Vilarandelo 3 a 5 Aniversários 6 Desfile de Carnaval e Baile de Máscaras 7 Idosos festejaram Dia do Pai 7 Carnaval de Vilarandelo 8 e 9 2ª Exposição de Pintura “Máscaras e Personagens” 10 Hipertensão Arterial O que é? 11 Opinião 12 Vilarandelo na Rede Viária 13 Acção de Sensibilização 14 O meu Bairro era o maior 15 Jardim de Infância Casa do Povo Sala Verde 16 C omo é do conhecimento de todos os nos- sos leitores, independentemente de serem vilarandelenses ou não, o Arauto é um órgão in- formativo da Casa do Povo de Vilarandelo mas, absolutamente, aberto a toda a comunidade. O conteúdo expresso em todas as publicações é disso prova evidente, face à variedade de temas e de autores. Neste contexto, mostra-se incon- cebível que uma jovem vilarandelense, utilize a página da rede social facebook para comentar de forma depreciativa o conteúdo do Arauto, nomeadamente, a rubrica “recordar é viver” e deixando implícito que não são publicados ou- tro tipo de artigos, porque há censura. Nada mais injusto e difamatório. Repetidas vezes te- mos solicitado o apoio dos nossos leitores no sentido de colaborarem, enviando artigos para publicação. Tudo o que temos recebido tem sido, integralmente, publicado. Certamente que não publicaremos artigos que tenham uma linguagem grosseira, que não res- peitem a grafia da língua portuguesa, com ou sem novo acordo ortográfico, que sejam de cariz marcadamente politico-partidário ou que firam a dignidade de pessoas ou instituições. É também razoável e lógico que a ser necessá- rio, face à quantidade, fazer uma hierarquização Há uns anos, um grupo de jovens, juntou- -se com a ideia de voltar a re- animar um car- naval que por vários motivos andava ador- mecido. Nesse tempo, embora não houvesse nada organiza- do, saíam sem- pre à rua as matrafonas, os caretos e ou- tros foliões que rua acima, rua abaixo, anima- vam quem à soleira da por- ta esperava pa- cientemente. (Continua pag. 8 e 9.) dos artigos disponíveis, optaremos por aqueles cujo interesse público se mostre mais evidente. Penso ter esclarecido esta jovem vilarandelen- se, que num jeito algo indelicado duvidou da nossa postura, e continuamos a aguardar tex- tos de qualidade, sobre os temas mais diversos: da economia à saúde, da agricultura ao direito, da história às artes, do conto ao entretenimen- to, etc… Posto isto, vamos às rectificações que é de jus- tiça fazer em relação ao Arauto de Fevereiro, no artigo “Recordar é Viver”. Assim, na foto da equipa de futebol de 1964, identificámos como “Ruivo” o segundo jogador que em baixo está na segunda posição lado esquerdo. Afinal, trata-se do nosso amigo e conterrâneo, então jovem estudante no liceu de Bragança e hoje ilustre advogado, Dr. António Teté Pereira.

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Não são de pedraas nossas casas,mas de mãos...

Abril - 2012 • II SÉRIE • ANO IV • N.º 30

EditorialPág.

Continua na pág. 2

Donativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Campanha de Sócios . . . . . . . . . 2

Homenagem a Manuel Pascoalvs Banda Musical de Vilarandelo 3 a 5

Aniversários . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Desfile de Carnaval e Baile de Máscaras . . . . . . . . . . . 7

Idosos festejaram Dia do Pai . . 7

Carnaval de Vilarandelo . . . . . . 8 e 9

2 .ª Exposição de Pintura“Máscaras e Personagens” . . . . 10

Hipertensão ArterialO que é? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Opinião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Vilarandelo na Rede Viária . . . . 13

Acção de Sensibilização . . . . . . 14

O meu Bairro era o maior . . . . 15

Jardim de Infância Casa do PovoSala Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Como é do conhecimento de todos os nos-sos leitores, independentemente de serem

vilarandelenses ou não, o Arauto é um órgão in-formativo da Casa do Povo de Vilarandelo mas, absolutamente, aberto a toda a comunidade. O conteúdo expresso em todas as publicações é disso prova evidente, face à variedade de temas e de autores. Neste contexto, mostra-se incon-cebível que uma jovem vilarandelense, utilize a página da rede social facebook para comentar de forma depreciativa o conteúdo do Arauto, nomeadamente, a rubrica “recordar é viver” e deixando implícito que não são publicados ou-tro tipo de artigos, porque há censura. Nada mais injusto e difamatório. Repetidas vezes te-mos solicitado o apoio dos nossos leitores no sentido de colaborarem, enviando artigos para publicação. Tudo o que temos recebido tem sido, integralmente, publicado.Certamente que não publicaremos artigos que tenham uma linguagem grosseira, que não res-peitem a grafia da língua portuguesa, com ou sem novo acordo ortográfico, que sejam de cariz marcadamente politico-partidário ou que firam a dignidade de pessoas ou instituições. É também razoável e lógico que a ser necessá-rio, face à quantidade, fazer uma hierarquização

Há uns anos, um grupo de jovens, juntou--se com a ideia de voltar a re-animar um car-naval que por vários motivos andava ador-mecido. Nesse tempo, embora não houvesse nada organiza-do, saíam sem-pre à rua as matrafonas, os caretos e ou-tros foliões que rua acima, rua abaixo, anima-vam quem à soleira da por-ta esperava pa-cientemente.

(Continua pag. 8 e 9.)

Carnaval deVilarandelodos artigos disponíveis, optaremos por aqueles cujo interesse público se mostre mais evidente.Penso ter esclarecido esta jovem vilarandelen-se, que num jeito algo indelicado duvidou da nossa postura, e continuamos a aguardar tex-tos de qualidade, sobre os temas mais diversos: da economia à saúde, da agricultura ao direito, da história às artes, do conto ao entretenimen-to, etc…

Posto isto, vamos às rectificações que é de jus-tiça fazer em relação ao Arauto de Fevereiro, no artigo “Recordar é Viver”. Assim, na foto da equipa de futebol de 1964, identificámos como “Ruivo” o segundo jogador que em baixo está na segunda posição lado esquerdo. Afinal, trata-se do nosso amigo e conterrâneo, então jovem estudante no liceu de Bragança e hoje ilustre advogado, Dr. António Teté Pereira.

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DonativosDOnATIVOS PARA O JORnAL

EditorialTambém do nosso conterrâneo e leitor Coronel Américo Garcia recebemos a identificação dos atletas cujo nome estava omisso na fotografia de 1951, Assim, na posição de pé, o última da direita é Areias (Sport Club de Vila Real) e na de baixo o primeiro da esquerda é Carlão (Chaves). Como curiosidade, esta fotografia foi tirada num dia de festa na aldeia, num jogo contra o Desportivo de Valpaços e o resultado foi um empate a 3 golos. Aos nossos amigos leitores que nos alertaram para estas “gafes” o nosso obrigado. De facto, não somos nem pretendemos ser jornalistas ou historiadores, apenas “curiosos” que pre-cisam de muito apoio para “falhar” o menos possível. Também aos atletas que marcaram a década de oitenta com muito sucesso, pois a equipa sagrou-se campeã distrital da 2ª regional na época 1986/87, não demos a devida atenção, ao não publicar uma fotografia que os recordasse. Não nos chegou à mão, porventura não a procurámos devidamente. Caro amigo e leitor António José Teixeira mais conhecido na gíria futebolística por “Malta”, obrigado pelo alerta e, aqui e agora, homenageamos os atletas da época, lembrando nomes como Domingos, Amendoeira, Marracho, Jorge, Paulo, David, Malta, Tó, Delmar Litos e Pinto.

E para terminar, falemos de Carnaval. Mais uma vez a vila de Vilarandelo trouxe à rua um corso de muita qualidade. Parabéns à organização “ Os Malteses”, que mesmo em tempo de crise não desanimam e são um bom exemplo de persis-tência. Contudo, o meu reconhecimento vai inteirinho para todos os foliões que nos divertiram de forma tão agradável e saudável. Louvo a coragem de to-dos os participantes, quer a nível de grupo organizado, quer a nível individual. A coragem para participar neste tipo de eventos está na vontade, nalguns casos será intrínseca, mas não resulta da máscara, esta apenas serve para estimular a fantasia, a coberto do anonimato. Parabéns a todos.

António José Garcia Ferreira Secretário da Direcção

Continuação da 1.ª pág.

Agradecimento A família de Maria Fernanda M. e Castro vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Amândio Melo Cancelinha vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Amândio Melo Cancelinha vem, muito sensibilizada, agradecer a representação do Rancho Folclórico e do Grupo Coral

aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Elvira Carvela Machado vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de José de Sousa Silva vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Maria de Almeida Gomes vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Amélia Bahia Nogueira vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Domingos Valadares vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Judite Medeiros Bandeira Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,00 €Francisco da Cunha Afonso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Maria Garcia Magalhães . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Maria de Lurdes Baia Polónio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Faustino Medeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Rafael Maria Alves Taveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Manuel Teté Polónio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30,00 €Anabela Polónio Cancelinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25,00 €Aida da Rosa Mitras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €João Manuel nogueira Cardoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Ana Teixeira da Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .150,00 €Ana Isabel Cavalheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Ana Florêncio Polónio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Isalina Rosa Mairos Lage . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100,00 €António da Rosa Cancelinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Fernando nogueira da Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Anonimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Ester Lopes da Cunha Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Adelaide Teté Polónio Charrua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,00 €Luís dos Santos Lopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25,00 €Adelino José Ferreira Lopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Adérito dos Santos Terrão Mesquita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,00 €Maria da Assunção Terrão Mesquita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,00 €Cândida de Jesus Afonso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Adelino de Almeida Polónio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Isabel Maria nogueira Sequeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Jaime Lopes Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €

DOnATIVOS PARA O LAR

Família de Armando nogueira Sequeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .225,00 €Alexandrino Baia nogueira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40,00 €

DOnATIVOS PARA O RAnCHO FOLCLÓRICO

Adelaide Teté Polónio Charrua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €

DOnATIVOS PARA A OBRA ESCuLTÓRICA DE HOMEnAGEM AO PROF . RIBEIRInHA

Dr . Francisco António Taveira Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 .000,00€Helena Teixeira Cavalheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00€Amélia Martins Coroado Machado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .500,00€SALDO AnTERIOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 .520,00€

Amândio Garcia Magalhães . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100,00€Carla Alexandra Cavalheiro Magalhães . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50,00€Ana Isabel Morais Cavalheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00€Adelaide Teté Polónio Charrua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25,00€Pedro nuno Cavalheiro Magalhães . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50,00€Alzira Almeida Pascoal Garcia Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100,00€SALDO ACTuAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 .865,00€

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Recordar é Viver...Por: António José Garcia e normando Alves

Nasceu a 09 de Novembro de 1911, apesar de no registo oficial constar a data de 25 de Abril de 1912, é filho de João Pascoal e Maria Milheiro, casal que enriqueceu a sociedade vilarandelense com 4 filhos. Seu pai, com os filhos

ainda muito pequenos, decidiu emigrar para o Brasil, ocorrência muito frequente nos finais do Séc. XIX e primeiro quarto do Séc. XX. A “ árvore das patacas” era uma tentação, mas a que lhe tocou em sorte não lhe foi muito favorável, pelo que regressou, alguns anos depois, tão pobre quanto tinha partido.

Homenagem a Manuel Pascoal vs Banda Musical

de Vilarandelo

(Continua nas páginas seguintes)

A actividade económica deste homem foi sempre a agricultura, inicialmente na condição de jeireiro, com jorna

de sol a sol, como era o costume da época e mais tarde agricultor por conta própria. Teve como companheira Rita de Almeida e trouxeram à vida 6 filhos. Também passou pelos quartéis e como mili-tar aconteceu-lhe em sorte tirar a especiali-dade de “clarim”, ou seja, era corneteiro das “hostes”, o que “ falava mais alto” como ele gostava de comentar em ambiente de ami-gos. Talvez esta circunstância lhe tenha incutido o gosto pela música de banda e, apesar de nunca ter actuado como músico, acabou por ser dirigente da Banda Musical de Vilarande-lo. Assim, aquando da reactivação da Casa do Povo de Vilarandelo na década de sessenta do século XX, e tendo acontecido a inte-gração da banda nesta instituição, ao Manuel Pascoal, enquanto membro da direcção, foi--lhe imputada a liderança da banda musical, com a responsabilidade de a manter activa e dinâmica. Não era “doce” a tarefa e ele sen-tiu nos ombros o peso da obrigação de gerir bem uma colectividade, então já centenária e que passou a chamar-se Banda Musical da Casa do Povo de Vilarandelo, tendo como mestre Saul Pereira Dias. Foi uma gestão continuada de quase 20 anos, que teve o apoio de outros vilarandelenses, nomeadamente, Fernando Lopes e Armindo Pinto.A este propósito, José Ribeirinha Machado escrevia no Arauto de Fevereiro de 1984, “ o que foi o Sr. Agostinho para o futebol, foi o Sr. Manuel Pascoal para a banda musical”. Faleceu a 2 de Março de 2004 e encontra-se sepultado no cemitério da nossa Vila.Tinha paixão pela banda e uma relação mui-to próxima com os músicos. Os poucos mas bons anos de instrução académica, minis-trados por mão de grande mestra e a vida dura do campo, incutiram-lhe qualidades fundamentais para, num contexto de bom relacionamento humano, gerir do modo consensual os conflitos, inevitáveis num gru-po tão numeroso e com formas de estar na vida e na sociedade tão diferentes, como é

Exemplo de provas da 4ª Classe de então, estamos no ano de 1927 .

Com sua esposa, Rita de Almeida

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Recordar é Viver...Por: António José Garcia e normando Alves

Homenagem a Manuel Pascoal vs Banda Musical de Vilarandelo

- De Vilarandelo respondiam.- Toca muito bem, continuava.- É mesmo muito boa, concluíam os interlocutores.O seu “ego” enchia-se de justificada vaidade e renascia a coragem para continuar…Continuar a gerir uma banda de música cuja data de início de actividade não se conhece, embora seja garantido que no ano de 1830 já existia. Com mais ou menos dificuldades tem-se mantido activa, de forma quase inin-terrupta, até aos dias de hoje. O segredo do sucesso chama-se trabalho com dedicação, a par de uma gestão cuidada, não só de índole económica e financeira, mas também estrutural, nomeadamente através da formação. Neste âmbito a gestão da banda ao longo dos anos tem sido exemplar e são vários os exemplos de vilarandelenses que iniciaram a aprendizagem na banda e hoje actuam como profissionais ou amadores em diversas bandas do país. Neste particular saudamos a mestre-escola em funções a nossa conterrânea Elizabete Cavalheiro que, há mais de uma década desenvolve um excelente trabalho de formação.Foram muitos os Vilarandelenses que de forma generosa e abnegada con-tribuíram, para o sucesso da nossa banda, quer a nível de direcção, quer de mestres ou músicos. Não é possível identificar, objectivamente, tantos e tão dedicados colaboradores, mas o álbum de fotografias que publicamos, é em

Fotografia da banda no ano de 1830

Fotografia de 1937

Fotografia de 1961. Entre os músicos vê-se José Ribeirinha, Manuel Pascoal e o mestre Saúl

natural. Acompanhava, normalmente, a banda nas suas deslocações para festas e arraiais, com algum sacrifício da sua vida profissional e familiar, mas com muito orgulho. Quando a banda estava em actuação, numa qualquer localidade, tinha por hábito questionar ocasionais ouvintes do concerto, estabelecendo um pequeno diálogo, do género:- De onde é esta banda?

Fotografia de 1968. O Sr . José Garcia, também integrou a direcção da banda .

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Recordar é Viver...Por: António José Garcia e normando Alves

si mesmo, uma homenagem abrangente a todos quanto ao longo de déca-das contribuíram para a longevidade e dignidade desta associação musical, que de forma tão briosa e tão soberba tem representado Vilarandelo em festivais, festas e romarias, não só de Norte a Sul do país, mas também no estrangeiro. Recordamos as idas a França em 1985, a Espanha em 2000 e Suíça em 2007.Apesar das inúmeras fotografias que publicamos, há individualidades que estiveram ligados à banda, afectos à direcção ou à regência, que não apare-cem. Recordamos os mestres Pereira, década de quarenta, Rodrigues, anos cinquenta, Aguiar, já nos anos setenta, garantidamente outros, em épocas mais remotas e cuja história não foi escrita, tornando-se anónimos. Como elementos afectos à direcção vamos lembrar Cândido Lopes, José Videira e Mário Lopes, Arménio Vale e António José Magalhães e, na sucessão de Ma-nuel Pascoal, por períodos mais ou menos curtos, Almor Lopes, Eduardo Rosa Lopes, Mário Teixeira da Silva, Almerindo Ferreira, Samuel Magalhães, Manuel do Cabo Moreiras, João Manuel Polónio, provavelmente ainda ou-tros. Os actuais responsáveis da Banda são:Francisco Fernandes, José Carlos Osório e João Claudio Pascoal.

Fotografia de 1983. A direcção constituída, por António Silva Machado, Manuel Moura, Alberto Martins e António Magalhães, tendo como mestre Edmundo Soares, havia tomado posse em

Janeiro de 1981 .

Fotografia de 1995. Nesta data a banda já era proprietária de um autocarro para as suas deslocações, adquirido em 1981 . no passado mais longínquo, as deslocações eram feitas de bicicleta, depois utilizaram-se camionetas de carga e mais

modernamente os autocarros .

Fotografia de 2004, com Francisco José Ramos Fernandes e Jorge Madureira, dirigentes desde 1999, acompanhados

na função por João Abelha e Carlos Alves, com o mestre, o vilarandelense, Manuel Taveira

Fotografia de 2010, uma banda com bastantes elementos muito jovens, fruto de um trabalho de formação muito meritório,

acompanhados pelo director Francisco e mestre Taveira .

Fotografia de 2011, na hora do ensaio, com o mestre actual Sr . Prof . nuno Machado

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A n I V E R S Á R I O S

Manuel Moraisnascido a 06/02/1927, 83 anos,

natural de Barreiros

Amélia Coroado Machado86 anos, nascida a 11/03/1926,

natural de Vilarandelo

Sofia Brandãonascida a 16/02/1956, 56 anos

natural de Vilarandelo

Francisco Lopes94 anos, nascido a 29/03/1918,

natural de Vilarandelo

Lídia Gomes,nascida a 12/02/1928, 84 anos,

natural de Vilarandelo

Amélia Cunha86 anos, nascida a 22/02/1926,

natural de Oucidres, resid.Vilarandelo

Jaime Afonsonascido a 16/03/1928, 84 anos,

natural de Vilarandelo

Maria do Vale89 anos, nascida a 15/03/1923,

natural de Vilarandelo

Maria Alice nogueiranascida a 16/02/1919, 93 anos

natural de Vilarandelo

Amélia do Vale93 anos, nascida a 27/03/1919,

natural de Vilarandelo

Page 7: ARAUTO ABRIL 2012- CASA POVO VILARANDELO

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Idosos do Centro de Dia e LarDesfile de Carnaval e Baile de Máscaras

Idosos festejaramDia do Pai

A participação dos idosos em bailes e festas promove um estilo de vida ativo, porque participam num grupo de convivência e mostram-se pessoas independentes,

exercendo as suas autonomias, levando á construção da ideia de viver saudável. O simples facto de sair da sua rotina, convi-ver com pessoas em condições iguais, manter conversas sobre vários assuntos, distrair-se com novidades, movimentar-se, são de fato mecanismos capazes de tornar o envelhecimento numa fase da vida muito boa, prazerosa, com qualidade e dignidade. Estas festividades não deixam de oferecer um lugar onde os idosos praticam exercícios físicos, dançando e indo ao encon-tro dos benefícios do exercício físico e onde está permanente-mente presente a sociabilidade nessa faixa etária.Desta forma todos os anos se organiza um grupo de idosos do Lar e do Centro de Dia para participarem no desfile promo-vido pelos estabelecimentos de ensino, nomeadamente Jardim de Infância da Casa do Povo de Vilarandelo e Escola Prof. José Ribeirinha Machado. Este ano o desfile foi realizado no dia 17 de Fevereiro. O tema do desfile dos idosos foi o “Fungagá da Bicharada” e participaram, também, muitas colaborado-ras que partilharam este momento com a mesma boa disposi-ção. Promoveu-se, ainda, a participação daqueles que mostram regularmente vontade de estarem presentes mas que possuem acentuadas dificuldades de locomoção, através do transporte dos mesmos numa carrinha devidamente mascarados. Aqui fica o nosso agradecimento ao Sr. José Mairos da Rosa por gen-tilmente ter cedido a carrinha para o transporte dos nossos idosos.No dia 20 de Fevereiro foi realizado o respectivo Baile de Máscaras, que este ano foi nas instalações do Centro de Dia, acompanhado da respectiva confraternização do lanche. Nes-te baile, juntamente com os idosos, algumas colaboradoras e colaboradores puderam desfilar, também, as suas máscaras, tornando-se um verdadeiro convívio onde a dança e a anima-ção prevaleceram.Considera-se importante a manutenção destes eventos como forma de desenvolvimento social dos idosos e de aproximação informal entre todos os participantes.

Sandra Oliveira,Técnica Superior de Desporto

Pai (do latim patre; também chamado de geni-tor, progenitor, ou ainda gerador) é a figura mascu-lina de uma família que tenha um ou mais filhos e assume o primeiro grau de uma linha ascendente de parentesco. Comumente, o termo assume um cunho religioso, proveniente da igreja cristã e da judaica, sendo um dos epítetos de Deus. Também é a primeira pessoa da Santíssima Trindade e é usado para se referir a padres. Todos os anos, em pelo menos treze países é celebrado o Dia dos Pais. A comemoração teve origem nos Estados Unidos, em 1910, a partir da ideia de Sonora Louise Smart Dodd.Dia 19 de Março comemoramos o dia do pai com os utentes do Lar de Idosos e Centro de Dia. As senhoras elaboraram um postal e as técnicas de animação, uma pequena lembrança de forma a as-sinalar a data. Com esta actividade pretendemos recordar e relembrar tempos passados e simulta-neamente homenagear a figura paterna.

Sandra OliveiraTécnica superior de Desporto

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Carnaval de

Há uns anos, um grupo de jovens, juntou-se com a ideia de voltar a reanimar um carnaval que por vários motivos andava adormecido. Nesse tempo, embora não houvesse

nada organizado, saíam sempre à rua as matrafonas, os caretos e outros foliões que rua acima, rua abaixo, animavam quem à soleira da porta esperava pacientemente. Vilarandelo, teve sempre uma grande tradição de brincar ao carnaval, está-nos no sangue! Por esse motivo, desde essa época, existe uma comissão permanente que tem sabido (apesar das dificuldade) trabalhar com afinco para dignificar e levar mais longe o nome de Vilarandelo e do concelho de Valpaços.Quando falamos em dificuldades, falamos acima de tudo na falta de um espaço (pavilhão), onde se possa trabalhar com mais calma durante o ano. Andamos há uma década a lutar por esse espaço, até lá, vamos trabalhando num pavilhão alugado apenas por dois meses, porque durante o ano todo seria muito dispendioso para a Comissão.A Comissão de carnaval “Os Maltezes” é uma secção da Casa do Povo de Vilarandelo, instituição que nos tem apoiado a todos os níveis desde o início. Para alem da Casa do Povo, temos o apoio do INATEL, da Câmara de Valpaços, da Junta da Freguesia de Vilarandelo e de vários patrocinadores da terra e do concelho. Não podemos esquecer, as dezenas de pessoas que nos ajudam nos peditórios, na construção dos carros alegóricos, na participação nos corsos de Domingo e Terça-feira, nos lanches para os grupos convidados, etc, etc. Aproveitamos para agradecer de coração a todas as pessoas e entidades que nos ajudam. Sem eles nada disto seria possível. Apesar de pairar no ar a possibilidade de haver menos pessoas na terça-feira por causa da decisão do governo de não dar tolerância de ponto, o Carnaval de Vilarandelo 2012 foi um sucesso. O tempo ajudou e as pessoas participaram. No ano passado e este ano fomos obrigados por causa da crise, a reduzir o orçamento para metade. A ideia de tentar fazer o mesmo mas com metade do dinheiro, não é tarefa fácil, mas penso que estamos a conseguir. O segredo, está na participação de cada vez mais pessoas no corso, ou seja fazer um desfile com “a prata da casa”. O nosso apelo na participação tem surtido algum efeito, há cada vez mais grupos e pessoas individualmente a participar no carnaval. Este ano, tivemos repartidos pelos dias de Domingo e terça-feira de carnaval 6 grupos de bombos, sendo dois deles patrocinados pelo INATEL. Para alem dos grupos de bombos, tivemos o Rancho Folclórico de Vilarandelo com “a turma do chupa”; O grupo dos

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Mimos “O k tu Kere é mimo”; A Banda Musical de Vilarandelo, que animou um carro alegórico; um pequeno grupo de bruxas simpáticas da Universidade Senior Rutis de Valpaços; um grupo de crianças do CAT da Casa do Povo; o grupo da Ginástica com as “boxeurs contra a crise”, lutadoras de boxe cheias de humor e boa disposição para vencer a crise; e por fim o grupo dos Usprigozus que como não podia deixar de ser deliciaram-nos com uma brincadeira cheia de muito humor e diversão.As festividades começaram no sábado com a noite de rock. Duas bandas do concelho animaram a noite: Os “Sub Zero” de Vilarandelo, e os já conhecidos “ Padaria Gang”. Foi uma noite recheada de muito rock, mais vocacionada para a juventude. No Domingo tivemos um mini desfile, que é uma espécie de aperitivo para a Terça-feira.Na noite de Segunda-feira foi o tradicional baile de máscaras. O Salão de festas da Casa do Povo estava repleto de gente, o baile foi um sucesso, com muitos mascarados e muita diversão à mistura, houve prémios para todos os mascarados.Na terça-feira tivemos o grande desfile de carnaval, com muita música e muita diversão, enfim, para o ano há mais…Para encerrar as festividades, na noite de terça-feira foi realizado o tradicional Enterro do Entrudo. O Enterro do entrudo tem características muito simbólicas. Celebra-se o fim do carnaval, é o fim dos excessos, do extravasar, da loucura e do caos, para se regressar à normalidade do dia-a-dia. O Enterro do Entrudo também serve para fazer uma certa sátira social, dizer o que está mal na nossa sociedade local e nacional, através do humor. Brinca-se com a morte, com os padres, com a política, a economia, a crise e outras realidades do quotidiano, enfim é uma forma bem divertida de acabar o Carnaval sem ferir suceptibilidades.O Carnaval tem esta função pedagógica de nos libertar dos stresses do dia à dia, de podermos deitar cá pra fora naquele dia o que não podemos durante todos ano, de podermos nos disfarçar do que quisermos sem que ninguém nos critique. De vez em quando a sociedade tem necessidade destes escapes senão é como uma “panela de pressão”, se a taparmos totalmente rebenta. Por isso, se deixa um pequeno buraco para sair a pressão e o Carnaval é um pouco isso, serve para descomprimir, para relaxar. É um tempo de paragem para a próxima etapa.Até para o ano.

P’la A comissão de CarnavalPaulo Pascoal

Vilarandelo

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na abertura da exposição de pintura “Máscaras e

Personagens Mascaradas” de António Santos no Salão da Casa do Povo de Vilarandelo

(11-2-2012)

Quando me pediram para abrir esta exposição com uma intervenção

no âmbito do seu sentido antropologico--sociologico-cultural, confesso que fiquei como S. Paulo ao ir ao encontro dos Co-ríntios. O Apóstolo reconhece e revela que a primeira vez que foi ter com eles, ia “timens ac tremens”, ou seja, a temer e a tremer. Assim o diz o Apóstolo, o maior missionário de todos os tempos. Assim fi-quei eu também.De facto, esta temática das máscaras tras-montanas e das personagens mascaradas, em virtude da complexidade histórica, antropológica, cultural, etnológica que a envolve, atira-me para uma situação nada confortável, reconheço.No entanto perdoareis as minhas falhas, quando as houver, com a benevolência e paciência tão próprias precisamente do Carnaval: “ninguém leva a mal…”.Eu penso que este fenómeno da máscara, na sua dimensão de significação, função, sentido último, se enquadra naquela luta -que é universal e intemporal – do Ho-mem contra si mesmo, a Vida, a Morte e o Amor.Um escritor francês que há alguns anos conheci (pelos seus escritos) fala destas três realidades antropológicas como as “raízes do Homem”. Realmente as ques-tões mais profundas e definitivas do senti-do da Vida estão envolvidas neste contex-

2ª. Exposição de Pintura

“Máscaras e Personagens Mascarados”

to. São elas: “Quem sou eu?” (identidade); “Donde venho?” (origem); “Para onde vou?” (destino).Nestas questões, tão antigas como a Hu-manidade, estão realmente integradas es-tas três dimensões vitais da própria con-dição humana: a Vida, a Morte e o Amor.

O Homem perante o mistérioFoi o homo sapiens sapiens (o Homem Consciente, o Homem que sabe e que sabe que sabe) que começou a colocar as

questões-fronteira da sua própria condição. Essas questões, podemos dizer, esbarram todas com as problemáticas da Vida e da Morte. Os grandes enigmas da existência humana, as realidades mais abrangentes e, simultaneamente, decisivas para o Ho-mem pensante se (tentar) compreender sobre a terra.O Homem começa por se questionar pe-rante o fenómeno da Morte: “E agora?”; “Porquê?”; “Para quê?”. A questão da Mor-te é, como já muitas vezes me ouvistes dizer, a mais decisiva questão (cuja res-posta é preciso encontrar) para se tentar desvendar a questão do sentido último da vida humana, quer sobre a terra, quer para além dela: o antes, o agora e o depois.E o Homem, ao pensar, cria. Ou seja, pro-duz cultura, culto, rito, ritual. E aí nascem os diversos e pluri-significativos cultos dos mortos. Desde o Homem do Paleolítico Superior que já sepultava os seus mortos até aos monumentais túmulos da grande civilização egípcia, que chegaram até nós cristalizados nas célebres pirâmides de Gizé. Tudo para ensaiar uma resposta à questão vital da vida, que é precisamente a questão da Morte. E, no mesmo contex-to, a pluralidade de cultos e religiões pré--cristãs, cujos vestígios estão ainda bem presentes e visíveis nas fragas das nossa terras, desde Panóias (Vila Real) até mais perto de nós, Lampaça, Santa Valha, Mon-salvarga, Ribas, apenas para citar alguns.

As máscaras trasmontanas nesta contexturaA Vida e a Morte entrelaçadas, interli-gadas, interdependentes. Daí os cultos ofiolátricos (o culto das serpentes, gene-ricamente) ou o culto à alabarda. (=Vida/Morte; dar a Vida/tirar a Vida). E aqui nas máscaras trasmontanas também encon-tramos o símbolo da serpente (fecundida-de, vida, terra-mãe: “hás-de comer do pó da terra rastejando” – Génesis, 3, 14) e da salamandra (fogo, renascimento, ressurgi-mento, vida para além da morte).As máscaras trasmontanas são, assim, um desafio em várias frentes. Se são um desa-fio, por exemplo, ao poder instituído (aos ricos, aos poderosos, aos governantes, aos importantes do mundo), pois o Homem mascarado ganha uma força que sem a máscara não conhece, são também, e primordialmente, um desafio às próprias fatalidades da existência: a morte, o desa-parecimento deste mundo, o partir sem regresso. E nesta última acepção, é sinto-mática a situação temporal de todas as festas e rituais deste contexto: do Natal até Quarta-feira de Cinzas = solstício de

Inverno, início da Primavera = o sol que se levanta de novo; as trevas que são ven-cidas; a morte que, embora pareça, não é o fim, mas princípio de ressurgimento, de renascimento, de renovação. De referir que, posteriormente, com a cristianização de todas estas manifestações religioso-cul-turais pagãs, surge uma nova significação (que já é uma deturpação): Jesus Cristo do Natal, o “Sol Invictus”, o Sol vencedor, invencível; a ressurreição; a vida nova dos filhos de Deus; renovação quaresmal/pas-cal, renascimento baptismal, etc…É necessário enquadrar e compreender todas estas manifestações culturais nunca esquecendo, nem sequer secundarizando, a sua primordial significação: o enfrenta-

mento da Morte, da questão do Fim, dos próprios “poderes ocultos” que se pen-sava tiravam o Homem do mundo para sempre, inexoravelmente e irremediavel-mente.

Alguns aspectos curiosos e mais sig-nificativos do que acabou de dizer-se nesta obra (para uma mais comple-ta fruição da mesma):- máscaras com cornos: sinal do poder, da força (anterior à significação diabólica)- os chocalhos (nos caretos, etc): morte? (a campainha, nos funerais, avisava que a morte ia a passar…)- a fiandeira ou filandorra: com a cara coberta, ela fia a linha da vida (que algures vai acabar/ser cortada)- o casamento dos velhos: amor/fecun-didade mesmo na idade avançada (a força da vida)- as refeições com produtos ofereci-dos ou roubados: abundância, vida sem contingências, sem limitações. Nada falta.- língua de fora, ar de troça, de gozo: gozar com a morte, com o fatalismo.- “chocalhar” as meninas solteiras: além do evidente sentido erótico, o senti-do da fecundidade, da vida, do ventre pre-parado à espera da semente para gerar, dar vida…- lume, fogueira, queimada de algu-ma personagem (Judas, Entrudo): fim/recomeço; fim/renovação; fim duma era/princípio duma nova era…- sol/lua: noite/dia; certeza/dúvida; clare-za/ocultação.

Padre Jorge Fernandes

Na semana anterior ao Carnaval, 11/02 a 17/02, esteve patente ao pú-blico, no salão de festas da Casa do Povo, a 2ª. Exposição de Pintura

do Jouense António Santos, alusiva ao tema da quadra festiva do Carnaval, “Máscaras e Personagens Mascarados” . O Pintor António Santos trouxe-nos desta feita 40 telas a óleo, da sua colecção, que pintou, depois de uma recolha exaustiva no nordeste transmontano. A sessão de abertura ocorreu pelas 10 horas do dia 11/02, com a presença de alguns convidados, entre os quais destacamos o Sr. Presidente da Junta de Freguesia e a actuação do gaiteiro, bombo e caixa, do Rancho Folclórico e Etnográfico da Casa do Povo, a todos o nosso agradecimento!... Felicita-mos também o Sr. Pe. Jorge Fernandes por mais uma brilhante apresenta-ção do tema e da obra, que reproduzimos na íntegra. Ao Pintor, nosso amigo António, muito obrigado por mais esta brilhante representação cultural e até breve!...

normando AlvesPresidente da Casa do Povo.

(Fotos cedidas por José Doutel Coroado)

O Pintor António Santos

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Se desejar receber o “ARAUTO” numa residência fora de Vilarandelo, queira por favor enviar o seu

endereço para:

ARAuTOCasa do Povo de Vilarandelo

Rua das Escolas5430-651 Vilarandelo

email: [email protected]

Todos aqueles que desejarem enviar artigos para serem publicados no ARAUTO, devem fazê-lo para o

endereço acima ou para [email protected]

Cruz Amada, Cruz derrubada

Amo-te ó Cruz a meu lado noite e dia em horas de tristeza,E momentos de alegria.E à cabeceira da cama velando, pensando e rezandoEnquanto Deus não chama.

Amo-te, ó “ Boa Fortuna”, naquela tardeAmena e serena, em que derrubada foste E deixada em mau estado,Por mortal acidentado.E mais uma vez derrubada fosteDe todos os salões da escola,E te levaram e te afastaramDas reflexões, das pequenas oraçõesDos mais puros corações.

Amo-te ó Cruz naquele cantinhoNaquele caminho em cruzTestemunha de tantos ais E enlevo de meus pais.

Amo-te porque um diaRecebeste nos teus braços fortes e nusO Corpo Santo de Jesus;E recordo outro tempoNo adro da nossa igrejaDerrubada pelo ventoNuma noite de tormento.

Amo-te também na casa das irmãsBem desenhada e pintadaEm simples telhas vãs;E no epitáfio da tumba do cemitérioRefúgio de tantas mágoasE nosso refrigério.

No meio da adversidadeEu te dou graças Senhor,Porque sois o meu guia E és nosso Redentor. Alice Garcia Florêncio Milheiro

A hipertensão arterial mais conhecida como “tensão arterial aumentada”, que significa a tensão exercida sobre as nossas artérias. Para esta

caracterização, consideram-se valores de tensão arterial sistólica (tensão máxima) superiores ou iguais a 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e/ou valores de tensão arterial diastólica (tensão mínima) superiores a 90 mm Hg. Na maior parte dos casos, apenas um dos valores se encontra alterado. Quando os valores da “máxima” estão alterados, diz-se que a pessoa tem hipertensão arterial sistólica; quando apenas os valores da “mínima” se encontram elevados, sofre de hipertensão arterial diastólica. A primeira é mais recorrente em idades avançadas.A hipertensão arterial causa sintomas silenciosos durante muitos anos, que pode originar lesões em órgãos vitais, tais como o coração, fígado, pulmões e rins. É de especial importância vigiar sintomas/sinais como cefaleias intensas (dor de cabeça forte), hemorragia nasal, vertigens, rubor na face e cansaço, indicadores da doença.Factores de riscoOs factores de risco estão associados, essencialmente, aos estilos de vida como o sedentarismo, a obesidade, a ingestão exagerada de sal e de álcool, a má alimentação, ao consumo de tabaco, e até mesmo, ao stresse que todos os dias somos submetidos em demasia.Para diminuir aos factores de risco, aconselha-se a ter uma vida activa e a uma postura positiva com a saúde, que é de extrema importância. Por isso, é importante relembrar o seguinte:• Redução da ingestão de sal na alimentação; • Preferência por uma dieta rica em frutos, vegetais e com baixo teor de

gorduras saturadas; • Prática regular de exercício físico, caminhadas após as refeições p.e.; • Consumo moderado do álcool (um máximo de 30 ml etanol/dia nos homens

e 15 ml/dia para as mulheres); • Deixar de fumar; • No caso de obesidade, é aconselhável uma redução de peso.A melhor forma de prevenir, é optar por estilos de vida saudáveis que reduzem o risco de hipertensão arterial.Outro facto, são as visitas regulares ao enfermeiro de família e/ou ao médico da sua unidade de saúde para avaliação e monitorização dos factores de risco. A avaliação da pressão arterial não é um mero acto mecânico, mas uma avaliação e enquadramento da sua situação de saúde, devendo ser feito sempre com um repouso da pessoa de aproximadamente 15 min, sentada. O aconselhamento com a equipa multidisciplinar é uma atitude sensata e sem dúvidas, para a melhoria do seu bem-estar.

DiagnósticoO diagnóstico é feito pelo médico e só, através da medição da pressão arterial e pela verificação de que os seus níveis estão acima do limite normal. Contudo, um valor elevado isolado não é sinónimo de doença. Só é considerada hipertensa, a pessoa que apresentar em três medições consecutivas, valores elevados.Não há uma cura para a hipertensão arterial. Contudo, apesar de ser uma doença crónica, na maioria dos casos é controlável.

TratamentoComo referido anteriormente, o tratamento passa inicialmente pela adopção de estilos de vida saudável e só depois, pelo tratamento farmacológico (uso de medicamentos). Convém salientar que os medicamentos não curam a hipertensão arterial, apenas ajudam a controlar a doença. Por isso, uma vez iniciado o tratamento, ele deverá ser, em princípio, mantido ao longo de toda a vida.É muito importante referir, que mais vale prevenir que remediar, e que por vezes pequenas alterações do nosso estilo de vida, salvam a nossa saúde e a nossa carteira!!!

Pedro ValeEnf.º Especialista em Reabilitação, CH São João, EPE

HipertensãoArterialO que é?

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Por: Fernando da Costa FerreiraTrabalho realizado no âmbito da Licenciatura em Sociologia

Conclusões do estudo efectuado no concelho de Valpaçossobre o Setor Automóvel

Pergunta de partida: Quais são os motivos de compra, critérios de escolha da marca e fontes de informação associadas à aquisição de automóvel dos habitantes do concelho de Valpaços?Os inquéritos foram feitos junto à população de Valpaços entre os dias, 26 e 29 de Dezembro de 2011, a amostra foi escolhida aleatoriamente, sendo o único critério de escolha, o facto de serem pessoas possuidoras de viatura própria e residirem no Concelho de Valpaços.

Retrato dos veículosadquiridos pelos inquiridos .

Gráfico 5 – Gráfico de barras da marca dos automóveis comprados

Como se verifica, a marca mais frequentemente referida é a Mercedes com 26,7% do total de marcas. Em segundo lugar, destaca-se a Nissan

Gráfico 6 – Gráfico de barras da gama dos automóveis comprados

Dos habitantes inquiridos 73,3% possuem automóveis considerados de média gama, 26,7% considerados de alta gama, não havendo nenhum inquirido com automóveis de baixa gama.

Gráfico 7 – Gráfico circular do tipo de carro usado

No que diz respeito ao tipo de carro usado, observa-se que 46,7% compraram um carro novo, 46,7% um carro usado e 6,7% utilizam um carro de serviço.

Quanto aos motivos que levam as pessoas a adquirir um carro, estudo revelou que o principal motivo associado a compra de automóvel é a “necessidade de transporte devido a início de trabalho ou estudos”. Em segundo lugar, a “posição social ou cargo no trabalho condicionarem a ter outro tipo de transporte”. Em terceiro lugar, justifica-se a compra de carro pelo facto de “ter tirado a carta de condução”.

Verificou-se que as quatro fontes de informação mais utilizadas para a compra de carro são as informações obtidas nos revendedores, os folhetos promocionais, a internet e o conselho de amigos e familiares, todos eles com 40% das frequências totais.

Os principais motivos associados à escolha da marca do último automóvel comprado são, por ordem de importância: - “preço da manutenção do automóvel”; “segurança”, “preço de aquisição”, “durabilidade” e “conforto”.

Principais conclusões:O objetivo do trabalho era testar 3 hipóteses.A 1ª hipótese: “Os habitantes de Valpaços compram carro por necessidade” não se confirmou uma vez que se concluiu através dos inquéritos que o nível de importância atribuído à compra de carro “por necessidade” foi significativamente igual ao nível de importância atribuído à compra de carro “por status”. Estes dados podem querer dizer que existem vários perfis de compradores de carros. Seria bastante interessante num estudo posterior fazer o cruzamento destas variáveis com a gama, a marca e tipo de carro. Ou correlacionar a marca com o motivo da escolha do carro.

A 2ª hipótese a testar era: “O conselho de amigos e familiares é a principal fonte de informação para a compra de automóvel”; também esta hipótese não se verificou pois constatei que as quatro fontes de informação mais utilizadas para a compra de carro foram as informações obtidas nos revendedores, os folhetos promocionais, a internet e o conselho de amigos e familiares, todos eles com 40% das frequências totais.

Por fim, tenho a referir que a 3ª Hipótese: “Os motivos económicos são os principais critérios de escolha da marca”, também foi testada e esta sim confirmou-se pois o principal motivo associado à escolha da marca do automóvel comprado, que foi mais assinalada foi: o “preço da manutenção do automóvel”; seguido da “segurança” e do “preço de aquisição”. Para finalizar registo que das três hipóteses sugeridas no decorrer do trabalho apenas uma se confirmou, o que demonstra a importância da realização de estudos sociológicos, pois só assim se podem fazer afirmações com base científica, pois como fica demonstrado, “as aparências iludem”…Muito havia a pesquisar sobre este tema e muitas outras hipóteses poderiam ser testadas, mas isso fica para uma outra oportunidade.

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Vilarandelo naRede Viária do Império Romano

Por: Leonel Salvado

(Continuação do Arauto n.º 29VILARAnDELO (miliário a Ma-crino, apareceu na Capela do Espíri-to Santo dentro do cemitério e está hoje no jardim junto ao mercado com um outro miliário a Caracala-que apareceu no pátio da casa de Francisco Coroado em Vilarandelo; um fragmento de miliário foi para o MRF [Museu Regional de Flaviense] em Chaves)»

O miliário de Vilarandelo dedicado a Caracala foi datado por António Rodrigues Colmenero do ano 214 d. C. e dele existe uma interpreta-ção (versão de Colmenero) publi-cada por Adérito Medeiros Freitas na Carta Arqueológica de Valpaços.O miliário a Macrino foi datado de 217 d. C. pelo mesmo autor.O fragmento de miliário que se en-contra no MRF foi, segundo a mesma fonte, encontrado nas imediações de Vilarandelo e Colmenero admite duas datações possíveis, por tanto poder ter sido dedicado a Consta-tino I, como a seu filho Constantino o Grande, isto é entre 292 e 305 da potestade do primeiro ou a seguir a esta data. Segue para Lagoas.

«Lagoas (a calçada passa a Norte de Valpaços; miliários deslocados no Solar e Capela dos Morgados Pinto Leite, Casa do Arco).

Possacos (4 miliários; miliário a

çal (é uma construção medieval, mas que utiliza materiais romanos, como alguns silhares com marcas de fór-fex, provenientes da anterior ponte romana que seria mais a jusante no lugar da Barca, onde havia um con-junto de pelo menos 5 miliários que foram deslocados ou estão desapa-recidos: o miliário a Galério que está hoje no Museu de Vila Real, omiliário

a Maximino Daia que está hoje na casa da família Verdelho em Vale de Gouvinhas, os 2 miliários que estão em Vale de Telhas descritos abaixo e ummiliário a Numeriano entretanto desaparecido).Pinetum, mansio4 a XX milhas de Chaves junto à travessia do Rio Ra-baçal. A mansiopoderia ser na área do parque de campismo atendendo aos vestígios aí existentes e o povo-ado de Pinetum poderia ser no Cas-tro do Cabeço da Mochicara em Vale de Telhas. Os vários miliários que apareceram nas margens do rio e que iam sendo agrupados junto à ponte medieval reforçam que a mi-lha 20 era vencida neste local.

Vale de Telhas (miliário a Constan-tino II junto à fonte romana prove-niente da ponte e o miliário a Ma-ximino e Máximo no adro da capela de N. S. de Fátima proveniente de Possacos; a via não passa na aldeia, mas na EN206)»

In Vias Romanas em Portugal, itine-rários | http://viasromanas.planeta-clix.pt/index.html

O itinerário prosseguia, já fora dos limites do concelho de Valpaços, por Bouça, Ferradosa, Lamalonga, até Castro de Avelãs e, daqui, em direc-ção a Bragança, penetrando em ter-ritório espanhol através do Rio das Maçãs, entre Porto Calçado e Vale de Perdizes, até Astorga.

Notas:

1 Miliário (do latim “miliarium”, a parte de “milia passum”, mil passos), marcos colocados ao longo das vias do Império Romano em intervalos de cerca de 1480 metros (equivalentes a cada milha), com informações sobre os responsáveis pela construção e manutenção da via, mui-tas vezes dedicadas aos imperadores da época em que foram erigidos e tendo na base ou no final da inscrição a indi-cação da milha vencida na respectiva via.

2 Cividade (do latim “civitatem”, acusa-tivo singular de “civitas”) muito usado na época romana geralmente associa-do a um determinativo para designar um aglomerado populacional de maior dimensão e importância do que outros como “castrum”, ”vici”, “castella” e “po-puli”.

3 O Itinerário de Antonino ou Itinerário Antonino (em latim: «Antonini Itinera-rium”) é um registo das estações e distâncias ao longo de várias das estra-das do Império Romano, contendo di-recções sobre como deslocar-se entre povoações, presumivelmente publicado pela primeira vez no início do século III, mas cujo autor está ainda por deter-minar. Dos 372 caminhos descritos, 34 pertenciam à Península Ibérica.4 Mansio (do latim), local de estada cur-ta, aquartelamento.

Bibliografia e outros recursos:FREITAS, Adérito Medeiros, Concelho de Valpaços, CARTA ARQUEOLÓGICA, Julho de 2001, CMV, pp. 400-407.MARTINS, A. Veloso, Valpaços, Monogra-fia, Lello & Irmão, Porto, 2.ª ed., Dez. 1990, pp. 268-263.PEDRO SOUTINHO, “Vias Romanas em Portugal, Itinerários de Antonino” e “Blogue das Vias Romanas em Portugal” | http://viasromanas.planetaclix.pt | http://vias-romanas.blog.pt |.Outros recursos on line.

Magnêncio que apareceu junto à Igreja e hoje está numa casa particu-lar em Carlão, Alijó; miliário a Flávio Dalmácio que apareceu nos alicer-ces de uma casa no Largo das Duas Fontes e hoje está no MNA [Museu Nacional de Arqueologia]; e mais 2 mi-liários referidos no CIL II [Corpus Ins-criptionum latinarium II] entretanto já desaparecidos: miliário a Macrino?

da Qta. do P. António de Sousa, CIL II 4790, miliário a Carino? da Qta. de Francisco da Costa Homem, CIL II 4792; a via desvia da EN206 à di-reita, pouco depois da povoação, e desce à ponte por 2 km).

Ponte Romana do Arquinho ou de Possacos sobre o rio Calvo (daqui provém omiliário a Maximi-no e Máximo, CIL II 4788, desloca-do depois para a ponte de Vale de Telhas, acabando junto à capela de N. S. de Fátima em Vale de Telhas onde está hoje; indica reparações da via na frase “vias et pontes temporis vetustate conlapsos restituerunt curan-te”; referência a mais 2 miliários nas imediações, entretanto desapareci-dos; depois da ponte, a via sobe até à EN206 e depois por caminho de terra até ao parque de campismo na margem do Rio Rabaçal).

Ponte Romano-Medieval de Vale de Telhas, sobre o rio Raba-

Miliários a Macrino, à direita, e a Caracala, à esquerda, no Jardim do Toural, Vilarandelo - Foto da Junta de Freguesia de Vilarandelo

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COLECTAS MISSAS 4.704,92 € CAMARA MUNICIPAL DE VALPAÇOS 375,00 € FESTA S. SEBASTIÃO +mês Maria 170,00 € SANTO ANTÓNIO+MÊS MARIA 515,00 € RECEITAS SAGRADA FAMÍLIA 337,10 € COFRES IGREJA 835,35 € VISITA PASCAL 2.037,00 € “ CONTRIBUTO PENITENCIAL 343,85 € “ MISSÕES 190,88 € TAXA BATIZADOS,CASAMENTOS E FUNERAIS 850,00 € COLECTA SEMINÁRIO 118,20 € DONATIVOS E PROMESSAS 555,96 € MISSAS COMUNITÁRIAS 300,04 € EDP (CREDITO) 63,32€ CONGRUA 2011 5.055,00 € COLECTA AVÉ MARIA ZELADORAS S.ª ALTINHO 150,67 € AUTO DA PAIXÃO 1.287,19 Pdr. AMADEU 150,00€ TOTAL DA RECEITA 18.039,48 €

Contas da Comissão Fabriqueira de VilarandeloReceitas referentes ao ano de 2011 Despesas referentes ao ano de 2011

LUZ ,ÁGUA IGREJA ,CAPELA STº. ANTÓNIO E ANT. CASA IRMÃS 1.296,43 SUPERLOJA ZEMAG 243,43 LIMPEZA 888,00 COLECTA CONTRIBUTO PENITENCIAL 345,00 “ MISSÕES 200,00 “ SEMINÁRIO 150,00 “ JORNAL AVÉ MARIA PDR. JORGE 4.900,00 OUTRAS DESPESAS 442,45 OFÍCIO DAS ALMAS 300,00 VISITA PASCAL 210,00 DESPESAS PDR. JORGE 1.130,30 MINI MERCADO STELLA 274,05 REVISTA ZUMEN 143,00 TOTAL DAS DESPESAS 10.522,66

RESUMO

SALDO 2010 2.950,56 € RECEITA 2011 18.129,48 €

TOTAL RECEITA 2011 21.080,04 €

DESPESA 2011 10.522,66 € SALDO P/ 2012 10.567,38 €

Dia 21 de Março decorreu uma acção de sensibilização para

os utentes do Centro de Dia e Lar de Idosos. Estas acções servem para sensibilizar os nossos utentes e alertá-los para os cuidados que devem ter com a sua saúde para que assim possam ter uma vida mais saudável logo mais longa.A acção foi concretizada com a já reconhecida colaboração do Centro de Saúde de Valpaços, nas pessoas Dr.º António (Delegado de Saúde) Enfermeiro Paulo, Enfermeira Adília, Dr.ª Erica e o Técnico José Carlos. A apresentação do tema focou-se sobretudo na promoção de estilos de vida/alimentação saudáveis. Foram abordadas as causas dos problemas nutricionais dos idosos;

Utentes do Lar de Idosos e Centro de Dia

Acção de sensibilizaçãoas consequências dos problemas nutricionais dos idosos; causas da desnutrição no idoso; cuidados na alimentação do idoso; exercício físico e as regras da alimentação saudável no idoso. 10 Mandamentos para uma alimentação saudável:1- Beber muita água (cerca de 2 li-

tros), começando em jejum e ao longo de todo o dia, de preferên-cia no intervalo das refeições;

2- Nunca “encher” demasiado o estomago, optando por peque-nas refeições várias vezes ao dia:

3- Eliminar o açúcar que é adicio-nado às bebidas e evitar o con-sumo de refrigerantes e bebidas alcoólicas;

4- Reforçar as refeições principais com quantidades generosas de legumes crus ou cozidos;

5- Tomar diariamente um peque-no-almoço variado e sem pressa;

6- Iniciar as refeições principais com um prato de sopa;

7- Cozinhar de forma simples, à base de cozidos, grelhados ou estufados sem gordura;

8- Ingerir diariamente um produto lácteo magro (leite/iogurte/quei-jo);

9- Preferir o azeite a qualquer tipo de gordura;

10- Comer mais vezes peixe que carne e reduzir a quantidade ha-bitual destes alimentos, podendo substitui-los 1 a 2 vezes por se-mana, por ovos confeccionados sem gordura.

Sandra Oliveira

Técnica Superior de Desporto

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O Baile de Máscaras é para nós a “cereja no cimo do bolo” do nosso Carnaval. De ano para ano a participação neste

baile é cada vez maior, não faltam originalidade nem boa disposição. Houve prémios para todos os mascarados. Deixamos aqui as fotos do ambiente geral e dos três Primeiros vencedores do concurso de máscaras: • 1.º lugar – Grupo dos Mimos • 2.º lugar – Os policias e os ladrões • 3.º lugar – Lego humano

Baile de Máscaras

Baile de máscaras

Localizava-se na Levandeira, espe-cificamente entre os dois cha-farizes abastecidos pela água da

fonte do lameirinho.A principal rua do meu bairro, era en-tapetada por uma grande estrumeira, composta por toda a espécie de mato, folhagens e palha. Rebolávamo-nos e regalávamo-nos. Canalha, muita cana-lha, porcos, galinhas coelhos, até os cães eram amigos dos gatos.Nos dias solarengos servia de soalhei-ro ao mulherio que fiava a lã de roca e fuso, novelavam, faziam carpins e fala-vam dos namorados das filhas daque-las que não estavam presentes. A estrumeira era também o mercado do bairro, logo pela manhã passava a leiteira e aliviava o cântaro logo ali. A peixeira, com pregão característico, pousava lá a caixa e a família que ti-vesse dez pessoas, comprava cinco sardinhas por cinco coroas.O carteiro, fardado a rigor, vinha por volta das onze, fazia ali parte da dis-tribuição, o Pirilau, que era um cão do bairro e não gostava da farda, ia espe-rá-lo à Barreira e ladrava-lhe desalma-damente até correr com ele para lá do alto da Portela.O peleiro parava para comprar peles de vários animais, que eram valiosos para fazer agasalhos e, se comprasse peles de piolhos, na altura havia mui-tos…O homem do saco, a quem nós crianças tínhamos medo, era o que comprava todo o ferro velho.O amolador, o sombreireiro e o capa-dor tinham uma gaita-de-beiços, com uma melodia própria para os identi-ficar, quando se ouviam, toda a gente dizia, vamos ter chuva!O ferrador era na dita estrumeira que ferrava as bestas, pimba, pimba, pimba dava uma no cravo e outra na ferra-dura. O albardeiro, que era mulideiro também era um artista de mão cheia na sua profissão. A Bernarda velha, com quase cem anos, apreciava da sua escada todo

aquele movimento, com os dedos to-dos encavalitados das artroses, dizia que Deus já se tinha esquecido dela.Havia muitos caçadores no bairro, podia-se caçar todos os dias, quan-do vinham com o cinturão cheio de perdizes, coelhos e alguma lebre, nós miúdos rodeávamo-los a ouvir as suas aventuras. Também havia muitos mú-sicos, alguns ficavam com o nome do instrumento que tocavam, como os

da requinta. A primeira festa de verão que a banda de Vilarandelo costumava fazer, era a de Guide e traziam de lá as plantas de pimentos que diziam ser de boa qualidade.O ti António contrabaixista, não que-ria por nada faltar logo à primeira festa, em cima da hora descobriu que tinha um sapato completamente roto e não tinha outros. Pensou, pensou duas vezes e saiu uma ideia brilhante, arranjou um pano de linho, ligou bem o pé e calçou um chinelo, convinha mancar de vez em quando. Conclusão, foi recebido por toda a gente como um herói, pela sua dedicação e amor

à banda.Quando o “Escovas” nasceu, já a “CUF” dava graxa, já gatinhava!... E se falarmos de futebol dos anos 50 – 60, não podemos esquecer o vizinho do meu bairro César Magalhães, cheio de genica, era o presidente da CUF, grande naquela época, custeava ele próprio e pedia donativos aos mais endinheirados em África para equipa-mentos, e era eu ainda jovem, o escri-

turário de serviço. Os mais velhos sa-bem disso e recordarão com saudade o futebol dessa geração.Tínhamos um amigo muito dedica-do às brincadeiras com os miúdos e como era contrabandista tinha em casa sempre caramelos. Nós, sempre descalços, com os pés mais pretos que brancos e, ele então prometia uma dúzia de caramelos a quem apa-recesse com os pés mais bem lavados. Íamos para o tanque de lavar roupa, com uma pedra e areia, ficavam a bri-lhar. Ao passar a revista, dava carame-los a todos.A eira do bairro, toda de rocha graní-

tica, tinha espaço para vinte medas de pão, contígua à eira ficava a calheia da saúde e, se alguém lhe trocar o nome está mal informado, pois este nome é muito significativo para as pessoas que ali moravam.O Kiko Melo era adorado por todos no bairro, era uma criança em corpo de adulto. Não sabia ser mau, com a sua falta de jeito, mordia e até rasgava o casaco, para sair em defesa de qual-quer miúdo do bairro, que se visse em apertos com outros de outro bair-ro. Sempre conheci o Kiko descalço. Num dia de neve calçaram-lhe a custo, umas botas, mas não conseguia equi-librar-se com elas, dava saltos como uma gazela, deitava-se no chão, gritava e tiveram que lhas tirar.Para a matança do porco, nada me-lhor que a estrumeira para essa festa, sim, porque a matança era uma festa, além dos convidados tinha assistência. Punham um banco corrido, quatro va-lentões iam ao curral apanhar o bicho, arrastavam-no até ao banco e o pró-prio dono com um facalhão tirava- lhe o pio. A mulher mexia o sangue num alguidar, o Kiko na assistência, parecia apavorado com aquele espectáculo macabro. O matador arregaçado, com os braços ensanguentados e ainda de faca na mão, disse na brincadeira: - Este já está, agarrem agora o Kiko … - O Kiko caiu desmaiado, pregou um grande susto a todos, colocaram-lhe água na cabeça e quando acordou, fu-giu a sete pés, refugiando-se numa ca-bana do campo e traumatizado nega-va-se veemente a voltar para o bairro. Mais tarde acabou por voltar mas no tempo das matanças fugia outra vez.“Cão velho, quando ladra dá conse-lho”. E eu sessenta e cinco anos de-pois quando passo no meu bairro, rebobino a cassete mental e sinto saudades da vivência, tão rica quanto saudável…

Eduardo Ferreira da Costa

Lego humanoGrupo dos Mimos Os policias e os ladrões

Carnaval 2012

Fonte da Levandeira

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16 A R A U T O16

Jardim de Infância da Casa do Povo

SALA VERDE

Olá amigos!Cá estamos nós. Mais um ano que passou

a correr e está quase a chegar ao fim…Somos um grupo de 22 meninos:

6 meninas e 16 meninos. Somos os mais crescidos e 11 de nós já são finalistas, já vão ingressar no primeiro ciclo.Aqui passamos momentos fantásticos, de pura alegria, diversão, dedicação e amor. Adoramos brincar mas acima de tudo adoramos trabalhar… Aprendemos a pintar, a cantar, a ajudar os amigos, a ouvir histórias, a sonhar…As nossas amigas grandes que nos ajudam todos os dias a sermos cidadãos activos e tolerantes são a Daniela e a Cristina.Por tudo que aprendemos e ensinamos na nossa escolinha um muito obrigado a todos os nossos amigos e amigas que nos proporcionaram esta grande e boa caminhada.

Muito obrigado

Daniela, Rodrigo Gonçalves, Agostinho, Rodrigo Vergueira, Beatriz Inês, Adam, Emanuel, Benedita, Miguel e Cristina (em cima)Mário, David, Pedro, Beatriz Cavalheiro, Rodrigo Cancelinha, Ruben e João Pinto (no meio)Micael, Verónica, Felipe, Ana Rita, Xavier, Ana Luísa e Ivan (em baixo)

Finalistas Nós somos os novos finalistas 2011/2012.

Mais uma etapa que termina na nossa vida… um dia chegamos, muitas vezes com lágrimas nos olhos, tivemos sempre alguém que nos ajudou a superar todos os nossos medos.Aprendemos a pintar, a ajudar os nossos amigos, estamos preparados a descobrir novas aventuras, novos mundos… Levamos a alegria de todas as pessoas que nos ajudaram a crescer e que fizeram parte das nossas vidas.O nosso muito obrigado e prometemos que nunca nos vamos esquecer desta maravilhosa etapa.

Muito obrigado

Agostinho, Emanuel, Ana Rita, Rodrigo Vergueira, Rodrigo Gonçalves e Miguel (em cima)Mário, Beatriz Inês, Ruben, Pedro e David (em baixo)