Apresentação Sociedade E Tecnologia 09 Lucina Viana
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Lucina Reitenbach Viana – UTP - PR
Relatos históricos
Poucos insights sobre futuras mudanças
Lacuna entre publicações
sobre pontos específicos da história
Enfoque regional
recorte com movimentos ou segmentos específicos
Estudos sobre Indústria Fonográfica
Publicações feitas até o ano 2000
ESPAÇO DE MUDANÇAS SUBTANCIAIS
Publicações posteriores a 2004
Fases de desenvolvimento da Indústria FonográficaVICENTE (1996)
MECÂNICA
• Final do século XX
• Reprodutores de cilindros
ELÉTRICA
• A partir de 1925
• Estereofonia
• Microssulco
ELETRÔNICA
• Transistores
• hight fidelity
• estúdios multi-canais
• equipamentos portáteis
DIGITAL
• Surgimento cd
• Incorporação de hardware e software na produção
• Proposição: Quinta fase: em rede
Inserção do CONSUMIDOR na produção e
distribuição musical através da mediação
por computador
EM REDE• Consumo participativo
• Nova hierarquia de produção e distribuição
• Consumidor e produtor dentro da mesma plataforma
• Nova lógica de mercado – novas funções, invertendo ou anulando papéis.
MECÂNICA ELÉTRICA ELETRÔNICA DIGITAL
Anos 90, novo ciclo de evolução
tecnológica, a partir do
desenvolvimento da internet.
Consumidores produtores
Prosumers
Colaboração em massa
Peering
Mercado dos nichos e Desintermediação
Groundswell
GROUNDSWELL: “uma tendência social na qual pessoas usam
tecnologia para conseguir as coisas que querem umas das outras”
(LI & BERNOFF, 2008, p. 9).
• Consumo Participativo e desintermediação
• Produtores e consumidores na mesma plataforma de interação – redes sociais, no mesmo grau de participação -ciber-representação • Na internet não existe mais o palco entre artista e público e a diferenciação entre eles é dada pela forma como participam
• Resgate do termo: FUNK como gíria dos negros americanos para designar o odor do corpo durante as relações sexuais• Por volta de 1968 perdeu o significado pejorativo e passou a significar algo como “orgulho negro”
• Primeiros bailes brasileiros em 1970 na zona sul• Tomada do Canecão pela MPB – migração do funk para a periferia – bailes da pesada• Profissionalização dos produtores – formação das
“tudo pode ser funky: uma roupa, um bairro da cidade, o jeito de
andar e uma forma de tocar música que ficou conhecida como
funk” (VIANNA, 1988, p. 20).
• Em 1976 a imprensa descobre o funk• Industria fonográfica também – mas não agrada• Período de ostracismo na era disco• 1980 – Repertório internacional e primeira incursão brasileira com as “melôs”
• Mudança de cenário com Fernando Luís Mattos da Matta - o DJ Marlboro• Lança o primeiro disco – Funk Brasil em 1989 (versões das musicas americanas e samples• 1994 – repertório 100% nacional – redefinindo cenário da industria fonográfica
“uma primeira forma de apropriação criativa, que resulta num
produto obviamente híbrido: músicas americanas tocadas em
versões instrumentais com refrões gritados pelo público dos
bailes em português” (SÁ, 2009, p. 6).
Nacionalização
1990-1994
Entrada na televisão
Xuxa Park
1992 – arrastão na praia do Arpoador
Estigma do “funkeiro” como
“pivete”
Perseguição da mídia
Associação com violência e facções
criminosas
Chacina de vigário Geral
Aproximação dos jovens do morro e do
asfalto pelo consumo
1997 – paradinha da Viradouro no
Carnaval
2000 –regulamentação dos
bailes
2001 – retorno do funk com os bondes
2004 - Funk de apartamento
• Alternância entre ostracismo e visibilidade entre
nacionalização e regulamentação dos bailes
• acaba fortalecendo o movimento e permitindo a união
interna do funk antes de sua re-internacionalização.
• Preconceito como barreira de defesa que permitiu que o
funk maturasse antes de ser descoberto pela imprensa
internacional
• Movimento dos Bondes:
• Segunda geração do funk que cresceu nos bailes
• Letras de duplo sentido e sexualidade exacerbada como
manifestação do cotidiano
• Utilização do “tamborzão” - ponto marcante do funk
brasileiro – resgate da sonoridade da umbanda
• Ampla utilização do computador por parte de pessoas
com tempo disponível - sociabilizando, jogando,
interagindo e “fazendo beat” (música seqüenciada)
• É o que vai colocar produtores e consumidores na
mesma plataforma de interação através de suas ciber-
representações (redes sociais)
• E permitir a interação direta entre eles numa economia
desintermediada - direta
“funk de apartamento”, fazendo uma referência direta à forma
como este é construído, nas salas e quartos da classe média
brasileira que possui acesso à internet e tempo livre para
empenhar na produção musical
Momentos da trajetória do Funk no BrasilFreire Filho, Herschmann e Paiva (2004)
PRIMEIRO
• Entre 1992 e 1998
• Associado à violência e criminalidade urbana
SEGUNDO
• Entre 1998 e 2002
• Acusações de promover erotismo e pornografia nos bailes
TERCEIRO
• Entre 2002 e data de publicação (2004)
• Condenado pela falta de conteúdo social ou político e pela suposta falta de qualidade como produto cultural
Trajetória do funk no Brasil - proposta
QUARTO (ATUAL)
•A partir de 2005
•Produzido na quinta fase de desenvolvimento da indústria fonográfica
•Visibilidade internacional
•Abandono das questões anteriores
•Foco nas possibilidades sociais
PRIMEIRO SEGUNDO TERCEIRO
Incluindo o “funk de
apartamento” , os sucessos
derivados desse processo e
rumando ao NEOFUNK
EM REDE
neofunk
MECÂNICA ELÉTRICA ELETRÔNICA DIGITAL
NEOFUNK como a música
eletrônica produzida na quinta
fase de desenvolvimento da
indústria fonográfica
• O funk dentro da quinta fase de desenvolvimento da
indústria fonográfica é considerado como a
verdadeira música eletrônica brasileira pelas suas
características de hibridação correspondentes à
cultura local
• É nesse momento que o funk é vivenciado dentro
das plataformas sociais como objeto de interação
entre ciber-representações, a partir dos perfis de
produtores e consumidores inseridos dentro das
mesmas plataformas de redes sociais.
• O neofunk é, portanto, o funk produzido dentro da quinta fase de desenvolvimento da indústria cultural na qual estamos atualmente. • neofunk não poderia ser considerado uma derivação do funk, nem um subgênero, nem uma cena musical constituída à parte do funk carioca, pois isso seria comparar coisas distintas. • remete-se ao significado original do termo funk, referindo-se a misturas e hibridações, tanto técnicas como de gêneros de quando este foi originalmente criado.• Assim, até mesmo outros estilos e outras sonoridades poderiam ser classificadas como produções de neofunk, mesmo que não tivessem a batida do funk em sua composição, desde que criadas com as mesmas características de hibridação e colaboração, remetendo ao sentido musical do termo funk.
•
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