Apresentação percepção
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Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração - CEPEAD
DISCIPLINA: Comportamento Humano nas Organizações
TEMA: SEMINÁRIO 3
Percepção Humana, Atitudes e Diferenças
Individuais
Lívia Almada e Mariana Rezende
O QUE É PERCEPÇÃO?
• Processo pelo qual os indivíduos
organizam e interpretam suas
impressões sensoriais com a
finalidade de dar sentido ao seu
ambiente;
• Modo como interpretamos as
mensagens de nossos órgãos
dos sentidos para dar alguma
ordem e significado ao nosso
meio ambiente.
FATORES QUE INFLUENCIAM A PERCEPÇÃO
Perceptor
• Atitudes, Personalidade, Motivações, Interesses, Experiências, Expectativas
Situação • Momento, Ambiente de trabalho, Ambiente social
Alvo
• Novidade, Movimento, Sons, Tamanho, Cenário, Proximidade e Semelhança
LIMITAÇÕES DA PERCEPÇÃO
• Imensa dinamicidade e complexidade do mundo 1
• Natureza da percepção (envolve, por exemplo, pensamento e memória que são sujeitos a várias perturbações)
2
• Limitações dos órgãos dos sentidos (início do processo perceptivo) 3
TEORIA DA ATRIBUIÇÃO
CAUSAS
• Internas: visto como sob o controle do
indivíduo.
• Externas: provocado por uma situação enfrentada pelo indivíduo.
Trata daquilo que as pessoas identificam como razões ou causas aparentes para o comportamento e a motivação.
Diferenciação
Refere-se a questão do indivíduo mostrar, ou não, comportamentos diferentes em situações diversas.
Consenso
Muitas pessoas responderem de maneira semelhante a determinada situação.
Consistência
Reagir sempre da mesma forma.
TEORIA DA ATRIBUIÇÃO
• Erro fundamental da Atribuição: tendência a subestimar a
influência de fatores externos e super estimar a influência
daqueles internos ou pessoais.
• Viés de Autoconveniência: Tendência de os indivíduos
atribuírem o próprio sucesso a fatores internos, como
capacidade e esforço, e de colocar a culpa dos fracassos em
fatores externos.
TEORIA DA ATRIBUIÇÃO
SIMPLIFICAÇÃO NO JULGAMENTO DAS PESSOAS
• Percepção Seletiva: Não podemos observar tudo o que se
passa a nossa volta, sendo assim, assimilamos apenas
estímulos, de acordo com nossos interesses, experiências
passadas e atitudes;
• EFEITO DE HALO: Tendência de formar uma impressão geral
de alguém com base em uma única característica;
SIMPLIFICAÇÃO NO JULGAMENTO DAS PESSOAS
Susan Boyle - cantora
ESTEREOTIPAGEM
Julgamento de uma pessoa
com base na percepção
sobre o grupo ao qual ela
pertence.
Fonte: Site Café com Sociologia
SIMPLIFICAÇÃO NO JULGAMENTO DAS PESSOAS
SIMPLIFICAÇÃO NO JULGAMENTO DAS PESSOAS
• EFEITO DE CONTRASTE: Tendência de comparar as
características de um indivíduo com as de outra pessoa.
Não avaliamos as pessoas de maneira isolada, nossa reação a
alguém é sempre influenciada pelas outras pessoas que
encontramos recentemente.
SIMPLIFICAÇÃO NO JULGAMENTO DAS PESSOAS
EXPECTATIVA:
• “Vemos” o que esperamos ver,
e não o que está realmente acontecendo;
PROJEÇÃO:
• Atribuir aos outros nossas emoções ou culpá-los por
nossos problemas ou dificuldades;
DEFESA PERCEPTIVA:
• Ajustar o que vemos e
ouvimos a nossas crenças;
PSICOLOGIA DA GESTALT
• Os dados que selecionamos,
adentram nossas mentes em
formas altamente abstratas
que são chamadas de
estruturas ou gestalts.
• A organização dos dados é
parte do processo perceptivo,
e não algo que é acrescentado
depois de as variáveis terem
sido selecionadas;
AS LEIS DA GESTALT
• Figura-Fundo
,Tendência a organizar os dados de maneira a minimizar as diferenças e
mudanças, preservando a sua unidade e a integridade.
AS LEIS DA GESTALT
• Figura-Fundo na organização
• Muitos gestores fingem não ouvir determinados comentários de
seus subordinados, pois a consequência de dar ouvidos àquilo
pode ser mais relevante e mais impactante do que as “fofocas”
Fofocas
Metas
AS LEIS DA GESTALT
• Fechamento
,Tendência de perceber as figuras incompletas como se estivessem
completas.
AS LEIS DA GESTALT
• Semelhança
Objetos semelhantes tendem a permanecer juntos, seja nas cores, nas
texturas ou nas impressões de massa destes elementos.
AS LEIS DA GESTALT
• Proximidade
Partes mais próximas umas das outras, em um certo local, inclinam-se a ser
vistas como um grupo.
AS LEIS DA GESTALT
• Continuidade
Alinhamento harmônico das formas. Compreendemos qualquer padrão como
contínuo, mesmo que ele se interrompa
AS LEIS DA GESTALT
• Pregnância
É chamada também de lei da simplicidade. Dita que objetos em um
ambiente são vistos da forma mais simples possíveis. Quanto mais simples,
mais facilmente é assimilada
Alta Pregnância
Média Pregnância
Baixa Pregnância
Estou vendo muito
bem!
Estou vendo muito
bem!
Estou vendo muito
bem!
FECHAMENTO: É fácil ver as
bochechas, a língua.
SEMELHANÇA: O rosto se
destaca do fundo, mesmo
sendo da mesma cor.
PROXIMIDADE: Elementos
próximos são considerados
partes de um mesmo grupo.
CONTINUIDADE: É o que nos
faz ver a “pele” do Brown
como algo contínuo, mesmo
com todos os “buracos” das
letras.
EXEMPLO
PERCEPÇÃO SOCIAL
Perceptor
(EU)
Percebido
(OUTRO –
“EU”)
Percepção
Percepção (mudança constante e
esquemas) (mudança constante e
esquemas)
Fatores extrapessoais: impressão do percebido; características que
sobressaem devido ao contexto; aquilo que mais frequentemente o
percebido apresenta
Fatores intrapessoais: sensibilidade do perceptor, atitudes; opiniões
formadas
Aguiar (1991), Buber (2001), Bowditch e Buono (2006)
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES – limitantes
da percepção
• Pressões grupais;
• Divisão do trabalho;
• Características individuais;
• Função social da organização (crescimento intelectual).
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Entrevista de Seleção
Avaliação de Desempenho
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
• Solução de problemas (ideias de Posner)
• Estágios: interpretação, elaboração de um plano de
soluções, escolha entre as várias soluções
• Influências
• Representação do problema: dependendo da representação a
solução é facilitada;
• Fatores individuais: momento particular do indivíduo (tendência
perceptiva – rigidez mental), experiências passadas, contexto
pessoal (valores, crenças e a relação com o problema),
envolvimento emocional.
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Tomada de decisão individual
Problema Interpretação e
análise de informações
Decisão final
Percepções
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Tomada de decisão na organização
Modelos
Racional
• Escolhas consistentes para maximizar o valor dentro de limitações específicas
• Problema: pressupõe domínio de todas as informações necessárias e capacidade de identificar todas as opções relevantes de forma imparcial
Racionalidade limitada
• Construção de modelos simplificados que extraem os aspectos essenciais dos problemas
• Problema: não captura a essência do problema. Solução satisfatória e não ótima.
Intuição
• Forma complexa de raciocínio com base na experiência vivenciada
• Problema: pode ter grandes falhas se for utilizado isoladamente
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Motivação pela tarefa
Perícia Pensamento
criativo
Criatividade
Robbins, Judge e Sobral (2010, p.180) e Aguiar (1991)
A criatividade
deve acompanhar
os modelos de
decisão.
Quanto mais alto
o nível dos
componentes,
mais alto o nível
de criatividade
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Tomada de decisão na organização
• Personalidade
• Gênero
• Habilidade mental
Diferenças individuais
• Avaliação de desempenho
• Sistemas de recompensas
• Regulamentações formais
• Limites de tempo
• Precedentes históricos
Restrições organizacionais
Influencia a
decisão
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Erros e vieses da tomada de decisão
Excesso de confiança
Ancoragem: ancorar o julgamento em uma informação inicial
Evidência confirmada: tendência a confirmar o que corrobora com minhas ideias
Viés de disponibilidades: julgar com base nas informações mais disponíveis
Escalada de comprometimento: apego a decisões anteriores, mesmo não corretas
Erro de aleatoriedade: tendência em acreditar que se pode prever eventos aleatórios
Aversão ao risco: preferir ganho certo ao provável
Viés da compreensão tardia: tendência a achar que já sabia o que aconteceria
Cultura
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
• Ética no processo decisório
• Utilitarismo: maior utilidade para o maior número de pessoas
• Direito: proteção aos direitos fundamentais (liberdade de
expressão, privacidade…)
• Justiça: estabelecer e fazer cumprir as regras justas e
imparciais (distribuição equitativa de custos e benefícios)
APLICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
• Como melhorar o processo de tomada de decisão?
• Analisar a situação;
• Ter consciência dos erros e vieses;
• Melhorar a criatividade.
GESTÃO
• Os estereótipos não devem se sobrepor à competência;
• Não gostar de bigode, por exemplo, não deve ser um item a ser
avaliado em detrimento de competência (efeito de Halo);
• Projetar expectativas pessoais nos outros não permite
consenso;
• Cuidado na atribuição de causas aos comportamentos: conflitos
e motivações;
• Sugere-se que a mudança de atitude deve se iniciar pela
mudança do comportamento correspondente à atitude que se
deseja alterar;
GESTÃO
• A dissonância cognitiva pode explicar comportamentos, às
vezes, inaceitáveis;
• É preciso conhecer a percepção dos funcionários sobre o
próprio trabalho, para influenciar a produtividade;
• A personalidade e saúde mental dos gerentes de alto escalão
estão relacionadas com a eficácia organizacional e com a
capacidade de adaptação à mudança;
• Relação mais produtiva entre empregados: redução da
divergência de percepção e perspectivas e maior atenção às
diferenças individuais.
O comportamento das pessoas baseia-se em sua percepção
da realidade, não na realidade em si. (ROBBINS;JUDGE;
SOBRAL, 2010, p.159)
Não vemos as coisas como elas são, as vemos como nós
somos. (Anais Nin)
REFERÊNCIAS
• AGUIAR, M. A. F. Psicologia aplicada à administração: uma
introdução à Psicologia organizacional. São Paulo: Excellus,
1992.
• BOWDITH, James L, BUONO Anthony F. Elementos de
comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira, 2002.
• ROBBINS, S. P.; JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento
organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010. Cap. 6
• http://tudibao.com.br/2009/09/a-gestalt-usada-na-
propaganda.html
• http://tudibao.com.br/2010/02/gestalt-em-pecas-graficas.html
• http://www.criatives.com.br/2012/03/31-logotipos-criativos-com-
gestalt/
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