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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

TREMatria Bsica

Portugus Informtica Noes de Direito: Constitucional Administrativo Eleitoral Noes de Administrao Pblica

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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

TRETRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

Matria BsicaEditora Executiva

Superviso Metodolgica e Didtica

Diagramao e Reviso

Reviso Final

Capa

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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL Prezado (a) Candidato (a),

O pica-pau gosta de madeiras, mas no corta rvores....

Atenciosamente,

Os Editores

NDICE GERALLNGUA PORTUGUESA E INTERPRETAO DE TEXTOS ................................................ 05 INFORMTICA ....................................................................................................................... 86 NOES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................... 128 NOES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................... 167 NOES DE DIREITO ELEITORAL .................................................................................. 213 NOES DE ADMINISTRAO PBLICA ......................................................................... 282

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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

LNGUA PORTUGUESA

Interpretao de Textos ..........................................................................

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Tipologia Textual ..................................................................................... 14 Ortografia ................................................................................................ 22 Morfologia ................................................................................................ 28 Sintaxe .................................................................................................... 55 Pontuao ............................................................................................... 84

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LNGUA PORTUGUESA INTERPRETAO DE TEXTOSPara responder s questes 01 a 03 leia o texto abaixo. 1 Dinheiro a maior inveno dos ltimos 700 anos. Com ele, voc pode comprar qualquer coisa, ir para qualquer lugar, consolar o aleijado que bate no vidro do carro no sinal fechado, mostrar quanto voc ama a mulher amada ou comprar uma hora de amor. o passaporte da liberdade. Com dinheiro, voc pode xingar o ditador da poca e sair correndo para o exlio, ou financiar todos os candidatos a presidente e comparecer aos jantares de campanhas de todos. Nos tempos que estamos vivendo, dinheiro como Deus na idade Mdia o sentido nico e todos os sentidos das coisas. O que no produz nem dinheiro, no existe, falso, postio. Os sbios da igreja de antigamente so os economistas de hoje em dia. Dividem-se em dois grupos os idlotras, para quem dinheiro o pedacinho de papel, a imagem do sagrado, o santinho. Para eles, o valor do dinheiro depende da quantidade de papis em circulao. Para os iconoclastas, dinheiro a base das relaes sociais do mundo capitalista, a rede que organiza a sociedade. um conceito, um crdito, um dbito. Como os sacerdotes de antigamente, economistas tm a misso de explicar o inexplicvel como o dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo, por que falta dinheiro se dinheiro papel impresso, ou se a quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre. (Joo Sayad, Cidade de Deus, Classe Revista de Bordo da TAM, n 95, com adaptaes). a) b) c) d) e) la a que, textualmente, impossvel associar esse valor interrogativo. quanto voc ama a mulher amada ( l. 4 e 5) para quem dinheiro o pedacinho de papel (l. 17 e 18) como o dinheiro tudo (l. 25 e 26) por que falta dinheiro (l. 26 e 27) se a quantidade de santinhos muda o tamanho do milagre (l. 27 e 28)

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04. Foi publicado na seo Painel do Leitor, da Folha de S. Paulo (15/11/2003), o seguinte trecho de correspondncia enviada ao jornal por um leitor: Revoltante o editorial Maioridade Penal. Quer dizer que este jornal, que tanto apregoa a democracia, ignora a opinio de 89% da populao a favor da reduo da maioridade penal e quer impor-nos a viso de meia dzia de intelectuais? essa a idia de democracia que o jornal que tanto admiro apregoa? Aponte a nica deduo correta extrada do trecho lido. O editorial a que se refere o missivista deve ter refutado a tese da imputabilidade penal para menores de 18 anos. O corpo editorial da Folha de S. Paulo composto por um grupo reduzido de representantes da elite nacional que se acha no direito de impor sua opinio. O missivista est revoltado com a Folha de S. Paulo por ela ter descumprido o compromisso pblico com seus leitores de veicular apenas a verdade dos fatos. Discordando da viso exposta no referido editorial, o missivista se alia aos 89% da populao que manifestou adeso tese da reduo da maioridade penal. O missivista questiona a democracia da informao apregoada pela Folha de S. Paulo, pois s um dos lados da questo o da manuteno da maioridade penal foi combatido no editorial.

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a) b) c) d)

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01. Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes inferncias para o texto. A seguir, assinale a opo correta. ( ) Os sbios da Igreja de antigamente so identificados aos idlatras; os economistas de hoje em dia, aos iconoclastas. ( ) Hoje em dia, o dinheiro representa um deus, porque remete ao sentido de todas as coisas. ( ) Considerar dinheiro como um pedacinho de papel retira dele o valor sagrado com que reverenciado nos dias de hoje. ( ) O valor do dinheiro para os iconoclastas est ligado ao simblico, ao conceito, como crdito ou dbito. ( ) inexplicvel dizer que dinheiro tudo e nada ao mesmo tempo porque se trata de uma realidade paradoxal. a) b) c) V, V, F, V, F V, F, V, F, F F, V, F, V, V d) e) F, V, V, V, F F, F, V, F, V

e)

05. Assinale o ttulo sugerido para o texto que corresponde sua idia principal. Vale lembrar que nos governos Vargas e JK e nos governos do ciclo militar, apesar da preponderncia do estatismo, as empresas ocuparam posio central. Vargas governou com os empresrios ao seu lado. Dificilmente dava um passo importante sem antes ouvir a Confederao Nacional da Indstria. Juscelino fez do capital privado um trunfo. Basta citar o caso emblemtico da produo automobilstica que fez a imprensa mundial comparar So Paulo a uma nova Detroit. Os militares criaram sistemas hbridos, a exemplo da petroqumica, associando Estado e iniciativa privada. A iniciativa privada foi o pulmo do desenvolvimento na poca do estatismo e ter ainda maior relevncia na economia contempornea. Um modelo de desenvolvimento que no leve esta evidente nuana em considerao como se fosse um dinossauro, muito bom para as primeiras eras geolgicas e muito distante da era atual. (Emerson Kapaz, Dedos cruzados in Revista Poltica Democrtica, n6, p. 41)

02. Assinale a relao lgica em desacordo com a argumentao do segundo pargrafo do texto. a) O que no dinheiro falso. b) No existe o que no produz dinheiro. c) No existe o que postio. d) O que no falso produz dinheiro. e) postio o que no produz dinheiro. 03. Algumas conjunes e pronomes do texto, apesar de iniciarem oraes afirmativas, tm tambm valor interrogativo. Assinale, nas opes abaixo, aque-

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LNGUA PORTUGUESAa) b) c) d) e) Os governos Vargas e JK & os governos militares. A iniciativa privada no desenvolvimento econmico. O papel da Confederao Nacional da Indstria no governo JK. Os sistemas hbridos dos governos militares. O estatismo de Vargas a JK. segunda metade dos anos 90._______(4)_______ de movimento de natureza patrimonial que deu lugar a dois processos simultneos: a fuso de empresas, com fechamento de plantas no centro industrializado, e o concomitante deslocamento para a periferia dinmica. ___________ (5) __________ da concorrncia mundial ensejou a criao concentrada de capacidade produtiva nos setores de nova tecnologia e nas regies capazes de promover uma integrao virtuosa ao processo de internacionalizao capitalista. a) b) c) d) e) 1- necessrio esclarecer que, 2 - Tal transformao na economia, 3 - Essa acelerao da centralizao de capital, 4 - Tratavam-se, essencialmente, 5 - Esse ltimo estgio da evoluo da estrutura

Leia o texto para responder questo 06. 1 Um dos motivos principais pelos quais a temtica das identidades to frequentemente focalizada tanto na mdia assim como na universidade so as mudanas culturais, sociais, econmicas, polticas e tecnolgicas que esto atravessando o mundo e que so experenciadas, em maior ou menor escala, em comunidades locais especficas. Como indica Fridman (2000, p. 11), se a modernidade alterou a face do mundo com suas conquistas materiais, tecnolgicas, cientficas e culturais, algo de abrangncia semelhante ocorreu nas ltimas dcadas, fazendo surgir novos estilos, costumes de vida e formas de organizao social. H nas prticas sociais cotidianas que vivemos um questionamento constante de modos de viver a vida social que tm afetado a compreenso da classe social, do gnero, da sexualidade, da idade, da raa, da nacionalidade etc; em resumo, de quem somos na vida social contempornea. inegvel que a possibilidade de vermos a multiplicidade da vida humana em um mundo globalizado, que as telas do computador e de outros meios de comunicao possibilitam, tem colaborado em tal questionamento ao vermos de perto como vivemos em um mundo multicultural e que essa multiculturalidade, para qual muitas vezes torcamos/torcemos os narizes, est em nossa prpria vida local, atravessando os limites nacionais: os grupos gays, feministas, de rastafaris, de hip-hop, de trabalhadores rurais sem-terra etc. (Luiz Paulo da Moita Lopes, Discursos de identidades, p. 15)

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Leia o texto abaixo para responder s questes 08 e 09 1 Com a tramitao das reformas constitucionais no Congresso, estamos prestes a inscrever em nossa Carta Magna disposies como limite salarial de integrantes dos poderes e dos servios pblicos estaduais, assunto que dificilmente se discutir no Legislativo de qualquer outra federao, monrquica ou republicana, presidencialista ou parlamentarista, e que pouco provavelmente se encontrar em outra Constituio. A indagao cabvel, a meu ver, como e por que chegamos a tanto. O cerne desse desafio, que julgo no respondido, pode ser resumido num simples raciocnio: o sistema federativo, por oposio forma unitria do Estado, nada mais do que distribuir espacialmente o poder. A origem e o fundamento da diviso espacial do poder, representados pela federao, devem ser procurados entre aqueles que criaram o primeiro regime federativo do mundo. O modelo confederativo, como se sabe, j era conhecido historicamente e foi adotado nos artigos de confederao que precederam e viabilizaram a luta pela independncia das 13 colnias da Amrica do Norte. O que marca a singularidade do novo sistema exatamente a diferena entre as confederaes anteriores e a alternativa criada pelos convencionais da Filadlfia. Equilibrar poderes, distribuir competncias e responsabilidades rigorosamente simtricas em uma nao to profundamente assimtrica, mais do que um desafio de engenharia poltica, ainda uma incgnita indecifrada, que, como a esfinge, ameaanos devorar. (Marco Maciel, Pacto federativo, Folha de So Paulo, 14/09/2003, com adaptaes)

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06. Das seguintes relaes de causa (primeira coluna) e conseqncia (segunda coluna), assinale a nica que NO possvel interferir a partir do texto. 25

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07. Assinale o trecho que, ao preencher a lacuna correspondente, provoca erro gramatical, de pontuao ou de coeso textual. ________(1)________ com predominncia de fuses e aquisies de empresas, a mudana de natureza das inverses diretas iniciou- se nos Estados Unidos na dcada de 80. ________(2)________ acompanhada de uma grande expanso do investimento de portflio e da formao de megacorporaes, estendeu-se aos demais pases nos anos 90. ________(3)________ apoiada na valorizao global das Bolsas, ocorreu com maior intensidade na

08. Marque F (falso) ou V (verdadeiro) para inferncias a partir do texto. ( ) As reformas constitucionais reforam a distribuio espacial do poder. ( ) Um estado que adota uma forma unitria no distribui espacialmente o poder. ( ) Confederaes so Estados que adotam, constitucionalmente, o regime federativo a partir da independncia dos Estados Unidos. ( ) Nossa Carta Magna ser a primeira, ou uma das primeiras, a dispor sobre limite salarial de integrantes dos poderes mas no sobre dos servios estaduais.

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LNGUA PORTUGUESAa) b) c) A seqncia correta : V, V, F, V d) V, V, F, F e) F, V, V, V e) V, F, F, F F, F, V, F Nos postulados cientficos e nas aplicaes tcnicas, as descobertas de nexo entre causa e efeito negligenciam as leis da cosmologia.

12. Em relao ao texto, assinale a opo INCORRETA. 09. Assinale a opo que apresenta uma relao de coeso no texto. a) assunto (l. 5) refere-se a tramitao das reformas constitucionais no Congresso (l. 1 e 2 ) b) tanto (l. 10 refere-se a inscrever em nossa Carta Magna disposies como limite salarial de integrantes dos poderes e dos servios pblicos estaduais (l. 2 - 5) c) aqueles (l. 17) refere-se a artigos da confederao (l. 20) d) modelo confederativo (l. 18 e 19) refere-se a luta pela independncia (l. 21 e 22) e) nao (l. 28) refere-se a 13 colnias da Amrica do Norte (l. 22) Leia o texto abaixo para responder s questes 10 e 11. Seja nos mitos de criao seja na cosmologia de hoje, h uma busca no sentido do mundo, um esforo de compreenso da natureza e do universo. As representaes do esprito humano, num caso 5 e noutro, constituem variaes sobre o mesmo tema: penetrar no mago da realidade. No segredo algum descobrir que a busca de sentido para o cosmos se engata com a procura de sentido para a existncia da famlia humana. Para 10 alm das concepes cientficas e das diversidades culturais, o porqu da nossa vida, de sua origem e do seu destino, acompanha passo a passo nossa evoluo histrica. A ocupao do planeta, a organizao da convivialidade, a compatibilizao dos 15 contrrios, presentes em toda a parte, e a eterna busca de valores transcendentes esto no mesmo sqito que acompanha a observao do mundo natural, nas descobertas de nexo entre causa e efeito, nos postulados cientficos e nas aplicaes tcnicas. (Jos de vila Aguiar Coimbra, Fronteiras da tica, So Paulo: Senac, 2002, p. 20) 10. Assinale a substituio ou adaptao sugerida que prejudicaria os sentidos originais ou a correo gramatical do texto. a) Seja... seja (l.1) > Quer... quer b) num caso e noutro(l.4 e 5) > em um caso e em outro c) tema: (l.6) > tema, que d) com a (l.10) > na e) Para alm das (l.9 e 10) > Por meio das 11. Assinale a opo que est de acordo com a idia central do texto. a) A cosmologia uma cincia exata que dispersa valores humansticos e procura apenas relaes de causa e efeito. b) Os mitos, como exclusivas representaes do esprito humano, configuram o caminho por excelncia para a busca por valores transcendentes. c) As concepes cientficas e a diversidade cultural so obstculos que invalidam uma viso hegemnica do mundo natural. d) O porqu da vida humana, sua origem e seu destino so indagaes subjacentes tanto aos mitos quanto s investigaes de carter cientfico. 1 A cincia moderna desestruturou saberes tradicionais e seu paradigma mecanicista, que encara o mundo natural como mquina desmontvel, levou a razo humana aos limites da perplexidade; por5 quanto a fragmentao do conhecimento em pequenos redutos fechados se afasta progressivamente da viso do conjunto. A excessiva especializao das partes subtrai o conhecimento do todo. Da resulta a dificuldade terica e prtica para que o 10 esprito humano se situe no tempo e no espao da sua existncia concreta. (Jos de vila Aguiar Combra, Fronteiras da tica, So Paulo, Senac, 2002, p. 27) 1 a) b) c) d) e) O sentido da palavra paradigma (l. 2) est associado idia de modelo, ponto de vista terico. As vrgulas aps mecanicista (l.2) e aps desmontvel (l. 3) isolam uma expresso de carter explicativo. Pelos sentidos do texto, o sujeito sinttico de levou (l. 3) seu paradigma mecanicista (l. 2) Ao se substituir a conjuno porquanto (l. 4 e 5) pela conjuno porque, as relaes sintticas e semnticas do perodo so mantidas. Em se situe (l. 10) o pronome se indica indeterminao do sujeito e contribui para conferir impessoalidade ao texto.

13. Assinale a opo em desacordo com as idias do texto. No mais se conta com um eixo filosfico ou religioso sobre o qual girem as cincias, as tcnicas e at mesmo a organizao social. Como adverte Edgar Morin, a cincia tambm produz a ignorncia, uma vez que as especializaes caminham para fora dos grandes contextos reais, das realidades complexas. Paradoxalmente, cada avano unidirecional dos conhecimentos cientficos produz mais desorientao e perplexidade na esfera das aes a implementar, para as quais se pressupe acerto e segurana. Vivemos em uma nebulosa, que no via-lctea deslocando-se no espao csmico e explicvel pela astronomia, mas em uma nebulosa provocada pela falta de contornos definidos para o saber, para a razo e, na prtica, para as decises fundamentais. Afinal, o que significa tudo isso para a felicidade das pessoas e o destino ltimo da sociedade? (Jos de vila Aguiar Coimbra, Fronteiras da tica, So Paulo: Senac, 2002, p. 27) a) b) c) O eixo filosfico ou religioso sobre o qual giravam as cincias, as tcnicas e at mesmo a organizao social no est mais disponvel. Como as especializaes se desviam dos grandes contextos reais e das realidades complexas, a cincia tambm produz ignorncia. Se o avano dos conhecimentos unidirecional, produz-se desorientao e perplexidade nas aes para as quais acerto e segurana so pressupostos.

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LNGUA PORTUGUESAd) e) A falta de contornos definidos para o saber provocada pela razo e pelas decises fundamentais da prtica. A nuvem de matria interestelar em que vivemos, que se desloca no espao csmico, explicvel pela astronomia. a) b) c) 1, 2, 4, 3, 5 2, 1, 3, 5, 4 3, 2, 1, 5, 4 d) e) 1, 5, 4, 3, 2 5, 2, 3, 1, 4

Ateno: As questes de nmeros 16 a 23 referem-se ao texto que segue: A sociedade humana, tal como se acha organizada, no uma, nem uniforme e nem est, em seu conjunto, no mesmo estgio de desenvolvimento. Nela coexistem, pois, diferentes comunidades, estabelecidas e organizadas de conformidade com objetivos e interesses especficos. Tais comunidades (nacionais, regionais, municipais, por exemplo), relacionamse necessariamente umas com as outras, direta ou indiretamente. Conforme o caso, intercambiam produtos, idias, cultura, arte, costumes, tecnologia, conhecimentos e experincias diversas, alm do que no existe, compe e constitui a sociedade humana e a natureza. No plano internacional, esse intercmbio permanente e incessante ocorre num quadro extremamente variado, composto de especializaes, singularidades e discrepante e injusto grau de desenvolvimento. Essas diversidades, alis ligadas necessidade de troca e obteno de determinados produtos, constituem a causa da ocorrncia e intensificao do relacionamento intercomunitrio. Pelas mesmas razes (e tambm por outras que ora no vm a plo), implicam a prevalncia ou quando no o domnio puro e simples de umas comunidades sobre outras, obterando-lhes, parcial e s vezes totalmente, os espaos de e para um desenvolvimento autonmico e independente. (Guido Bilarinho, Revista Dimenso, ano V, n.9. p. 3-4) 16. O texto a) enfatiza o cultivo das aes propulsoras do desenvolvimento autonmico e independente. b) aponta as desvantagens decorrentes de um grau injusto de desenvolvimento das comunidades. c) critica o processo organizacional deficitrio das comunidades em geral. d) tece consideraes sobre a maneira como se organiza a sociedade humana. e) condena os meios modernos de supremacia no relacionamento intercomunitrio. 17. O texto: a) atribui ao intercmbio permanente a fonte de progresso das comunidades. b) acentua a explorao econmico-financeira como canal de dominao. c) afirma a inexistncia de igualdade nas comunidades da sociedade humana. d) condiciona o relacionamento intercomunitrio mudana de organizao da sociedade. e) associa o intercmbio permanente ao injusto grau de desenvolvimento social. 18. De acordo com o texto, as diferentes comunidades na sociedade humana a) ajustam-se s peculiaridades da natureza. b) permutam benefcios de natureza diversa. c) repudiam o relacionamento intercomunitrio. d) manifestam-se no mesmo nvel de desenvolvimento. e) caracterizam-se por traos homogneos.

14. Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente. ( ) As operaes de compra de imveis pelas off shores tambm esto sendo monitoradas pela Receita. Os dados sero comparados com as declaraes de Imposto de Renda dos residentes no Brasil e at com o cadastro de imveis das prefeituras. ( ) Sem identificao dos donos, cujos nomes so mantidos em sigilo pela legislao dos pases onde esto registradas, muitas dessas empresas fazem negcios no Brasil, como a participao em empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imveis. ( ) Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores, pois no h mecanismos legais que permitem acesso aos verdadeiros donos, o governo tambm no tem conhecimento da origem desse dinheiro aplicado no Pas, sem o recolhimento dos impostos devidos. ( ) A Receita Federal est fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas em parasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores. ( ) Para reduzir essa evaso fiscal, a Receita est identificando as pessoas fsicas que alugam imveis de luxo pertencentes a pessoas jurdicas ou mesmo fiscais que atuam em parasos fiscais. Toda remessa de aluguel tributada. (Adaptado de Ana DAngelo, Andra Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003) a) b) c) 1, 2, 4, 3, 5 2, 3, 5, 4, 1 5, 2, 3, 1, 4 d) e) 1, 5, 4, 3, 2 3, 2, 1, 5, 4

15. Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente. ( ) Em geral, esta firma constituda apenas para atuar como subsidiria da estrangeira, intermediando seus negcios. Caso a empresa compre imvel no Brasil, tem que haver registro, tem que existir um responsvel, com CPF, o que permite o controle. ( ) O investidor estrangeiro entra no Brasil via Bolsa de Valores, fundos de investimentos ou como scio de uma empresa brasileira. ( ) O secretrio da Receira admite, no entanto, que no h mecanismos para controlar a atuao de brasileiros que mandam dinheiro ilcito para os parasos fiscais e o repatriam por meio de negcios realizados em nome das off shores. ( ) E tambm a contabilidade da empresa, em tais pases, no precisa ser auditada. Os donos dos recursos podem movimentar dinheiro ou constituir empresas por vrios meios que omitem seus nomes, como o sistema de aes ao portador. ( ) Esses pases conhecidos como parasos fiscais tm como principais atrativos a legislao tributria branda, com direito at a iseno de impostos, e garantia de sigilo bancrio, comercial e societrio. (Adaptado de Ana DAngelo, Andra Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003)

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LNGUA PORTUGUESA19. Entre o primeiro e o segundo pargrafo do texto, h uma relao de a) concesso b) condio c) adio d) finalidade e) causa e conseqncia 20. A substituio da expresso sublinhada em ... implicam a prevalncia ou quando no o domnio de umas comunidades sobre outras... mantm o sentido original em: a) seno d) tambm b) alis e) assim c) ainda 21. Na relao entre o vocabulrio e os efeitos de sentido do texto, os termos (do 3 pargrafo), discrepante, prevalncia, obliterar esto correta e respectivamente substitudos por a) diferente - redominncia - esquecer b) atenuante - preferncia - encurtar c) dissonante - predominncia - oferecer d) dspar - supremacia - extinguir e) intenso - preferncia - invalidar 22. A substituio da expresso sublinhada em ... relacionam-se necessariamente umas com as outras ... mantm o sentido original em: a) as outras b) para com as outras c) pelas outras d) das outras e) s outras 23. Em ... os espaos para um desenvolvimento..., a ligao da preposio com o termo desenvolvimento traduz idia de a) finalidade d) limitao b) qualidade e) quantidade c) proximidade ATENO: As questes de nmeros 24 a 29 referem-se ao texto que segue: H ntima relao entre a discusso e o mtodo cientfico. As atitudes que levam ao comportamento construtivo na pesquisa cientfica aplicam-se tambm discusso. Essas atitudes podem ora ser consideradas como uma orientao geral, ora como disposio de adotar certas perspectivas das vrias situaes. Realizam-se na disposio de investigar qualquer problema pelo mtodo objetivo, impessoal, sempre que necessrio. Da mesma forma, realizam-se numa correspondente disposio de modificar concepes, desde que as informaes recebidas aconselhem essa reconsiderao. A relao entre a discusso e o mtodo cientfico efetiva-se ainda na cautela ao tirar concluses, ou seja, no limitar as concluses s informaes disponveis, bem como no reconhecimento da possibilidade de fontes de erro, como preconceito e informaes insuficientes. preciso tambm evitar aparncias enganosas de exatido, tais como muitas fraes decimais em nmeros, quando outros fatores na situao tornam sem importncia essa minncia. O bom relatrio cientfico no representa nem mais nem menos do que a veracidade legtima das concluses que expe. O orador na discusso far bem em procurar imitar esse tipo de relatrio. (James Mcburbey, Argumentao e Debate. Rio de Janeiro: Fundo de cultura, 1970. p. 74) 24. De acordo com o texto: a) O comportamento construtivo na pesquisa cientfica subordina-se invariavelmente ao processo de discusso. b) Tanto no contexto da pesquisa cientfica quanto no da discusso, cabe a nfase na integridade do trabalho como garantia da exatido. c) Da relao entre a discusso e o mtodo cientfico resulta a possibilidade de resolver qualquer problema pelo mtodo objetivo. d) A variedade de situaes determina a adoo de mtodos que garantam a eficcia da pesquisa cientfica bem como da discusso. e) As aparncias enganosas apresentam-se como mincias a serem valorizadas na aplicao do mtodo cientfico. 25. Ainda de acordo com o texto: a) H uma correspondncia entre a objetividade na investigao cientfica e a disponibilidade para alterao de pontos de vista na discusso. b) O xito da atividade da discusso depende do nmero e da exatido das informaes recebidas de um pblico interessado no processo. c) Preconceitos e informaes insuficientes representam-se como empecilho disposio de modificar concepes. d) Sem a adoo de certas perspectivas das vrias situaes, torna-se invivel a correspondncia entre discusso e mtodo cientfico. e) H necessidade de sintonizao entre a matria discutida e os resultados esperados pelos participantes da discusso. 26. Considere as seguintes afirmaes: I. So inevitveis, seja no processo da discusso, seja na atividade de pesquisa cientfica, fontes de erros, tais como preconceitos e informaes insuficientes. II. A validade das discusses, tanto na discusso quanto na pesquisa cientfica, mede-se pelo equilbrio entre as mesmas concluses e as informaes trabalhadas para se chegar at elas. III. A veracidade das concluses expostas pelo bom relatrio cientfico abre margem para outras vrias indagaes acerca da validade do mtodo cientfico. Est de acordo com o texto SOMENTE o que se afirma em: I d) I e II II e) I e III III

a) b) c)

27. No texto, a expresso ...aparncias enganosas de exatido... indica: a) a negao de atitudes que levam ao comportamento construtivo na pesquisa cientfica. b) o funcionamento precrio que envolve a relao entre discusso e mtodo cientfico. c) a possvel precipitao de concluses decorrentes da pesquisa cientfica.

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LNGUA PORTUGUESAd) e) a possibilidade de utilizao de dados inexatos no processamento da pesquisa cientfica. a ocorrncia de falhas provindas de pouca objetividade na discusso e na pesquisa. 40 apndice da engrenagem. O cliente no rei, como a indstria da cultura gostaria de fazer crer; no o seu sujeito, mas sim o objeto. (Adaptado de ADORNO. Theodor W. Breves consideraes acerca da indstria da cultura. In: Sobre a indstria da cultura. Coimbra: ngelus Novus, 2003, p. 97-8) 30. Nas linhas iniciais do texto, a) o livro de Horkheimer foi citado como comprovao da idia cabalmente estabelecida de que a expresso indstria da cultura inovadora. b) apresentado de maneira assertiva o fato de que outros autores que antecederam a Dialtica faziam uso da expresso cultura de massas, opondo-a a indstria da cultura. c) a palavra que (7 linha), que introduz o segmento se trataria de qualquer coisa (...) da arte popular, tem como antecedente o pronome daquela. d) o cotejo estabelecido pela palavra como (8 linha) esclarece a distino entre cultura de massas e forma contempornea da arte popular, tal como proposta pelos defensores da primeira expresso e) est expressa a idia de que a substituio feita pelos autores no se deu pela reviso da natureza do fenmeno designado, mas para no favorecer certo tipo de leitura do fato. 31. A frase A indstria da cultura encontra-se nos antpodas de tal concepo, no contexto, deve ser entendida da seguinte maneira: a) o modo como a indstria cultural se estrutura na contemporaneidade ope-se diametralmente ao modo espontneo como as massas se expressavam anteriormente. b) a concepo de que a cultura de massas qualquer coisa que implique a manifestao de arte reverte o sentido que se dava expresso, sendo-lhe acrescentada a qualidade de popular. c) o modo como o autor do texto compreende a indstria da cultura incompatvel com o entendimento de que ela se constitui de manifestaes espontneas das massas. d) a interpretao que o autor do texto prope como correta para a expresso indstria da cultura contrape-se idia de que existe uma forma contempornea de arte popular. e) cultura de massas e forma contempornea da arte so manifestaes que, embora em extremidades opostas, no apresentam a contradio que o autor v na aproximao dos termos indstria e da cultura. 32. Integram-se no sistema de forma ordenada e praticamente sem falhas, processo que fica a dever tanto aos recursos atuais da tecnologia como concentrao econmica e administrativa. A indstria da cultura a integrao propositada de seus consumidores, a partir de cima. Ela impe igualmente a juno do domnio especfico da arte maior e o da arte menor, domnios que estiveram separados durante sculos. Juno que desvantajosa para ambos. A seriedade da arte maior parece na especulao sobre os efeitos que produz: a coao civilizacional destri, por seu turno, o elemento de resistncia rebelde que era inerente arte menor quando o controle da sociedade no era ainda total.

28. No texto, o segmento ... podem ora ser consideradas como orientao geral, ora como disposio... expressa idias de aes: a) opostas d) simultneas b) repetidas e) concomitantes c) alternadas 29. Reestruturando-se o penltimo perodo do texto, NO se mantm o sentido original em: a) O bom relatrio cientfico no apresenta toda a veracidade legtima das concluses que expe. b) O bom relatrio cientfico representa apenas a veracidade legtima das concluses que expe. c) O bom relatrio cientfico limita-se representao da veracidade legtima das concluses que expe. d) O bom relatrio cientfico representa nada mais nada menos do que a veracidade legtima das concluses que expe. e) A veracidade legtima das concluses que expe representada pelo bom relatrio cientfico. Instrues: Para responder s questes de nmeros 30 a 34 considere o texto abaixo: 1 A expresso indstria da cultura foi provavelmente utilizada pela primeira vez no livro Diettica do Iluminismo que Horkheimer e eu publicamos em Amsterdan, em 1947. Nas verses iniciais, falavase de cultura de massas. Substitumos esta expresso por indstria da cultura, a fim de excluir, logo de incio, a interpretao que convm aos advogados daquela, ou seja, que se trataria de qualquer coisa como uma cultura que surge espontaneamente das prprias massas, a forma contempornea da arte popular. A indstria da cultura encontra-se nos antpodas de tal concepo. Ela reorganiza o que h muito se tornou um hbito, dotando-o de uma nova qualidade. Em todos os setores, os produtos so fabricados mais ou menos segundo um plano, talhados para o consumo de massas e, em larga medida, determinando eles prprios esse consumo. Os setores individuais assemelham-se quanto estrutura ou, pelo menos, articulam-se entre si. Integram-se no sistema de forma ordenada e praticamente sem falhas, processo que fica a dever tanto aos recursos atuais da tecnologia como concentrao econmica e administrativa. A indstria da cultura a integrao propositada de seus consumidores, a partir de cima. Ela impe igualmente a juno do domnio especfico da arte maior e o da arte menor, domnios que estiveram separados durante sculos. Juno desvantajosa para ambos. A seriedade da arte maior perece na especulao sobre os efeitos que produz: a coao civilizacional destri, por seu turno, o elemento de resistncia rebelde que era inerente arte menor quando o controle de sociedade no era ainda total. Se bem que a especulao da indstria da cultura acerca do estado de conscincia ou inconscincia dos milhes de pessoas a quem se dirige seja um fato incontestvel, as massas no representam uma realidade primria, mas constituemse antes como objeto secundrio e calculado, um

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LNGUA PORTUGUESAa) Considerando o fragmento acima, e o contexto, assinale a nica afirmao INCORRETA. Uma possvel redao para o segmento grifado, totalmente adequada norma da gramtica prescritiva, seria: processo que fica em dbito quer com a concentrao econmica e administrativa. A expresso a partir de cima, associada a fabricados mais ou menos segundo um plano, contribui para a construo do sentido de que a indstria cultural no contempla a espontaneidade das massas. O segmento na especulao sobre os efeitos que produz expressa noo de processo. No fragmento est pressuposto que, em tempos de indstria cultural, o controle da sociedade completo. No fragmento, est subtendida a idia de que, sob certas condies, a resistncia rebelde elemento intrnseco arte menor. c) d) e) II e III, apenas. II, apenas. I, II e III.

Instrues: Para responder s questes de nmeros 35 a 39 considere o texto abaixo. 1 De modo geral, o sculo XVIII assistiu passagem do sistema do mecenato, pelo qual o artista era financiado por um produtor opulento secular ou eclesistico ao sistema de produo para o mercado. Sem dvida, essa passagem foi gradual, e o mecenato no se extinguiu de todo. Giambattista Tiepolo passou a vida a servio de protetores, como o prncipe-bispo da Francnia e o rei da Espanha. Hndel foi protegido pelos reis de Hanover. Mas pouco a pouco surgiu um novo personagem o artista que vivia do seu trabalho e era remunerado por sua prpria clientela. O livro podia ser vendido, e bem vendido. Dryden recebeu em 1697 a soma de 1.400 libras por sua traduo de Virglio. Pope enriqueceu com sua prprias obras e com a traduo da llada e da Odissia. Lessage ganhou a vida com seus romances e seu teatro. Surgiu o autor profissional. Ser autor, diz o Almanach des auteurs, de 1755, hoje uma profisso, como ser militar, eclesistico ou financista. Essa independncia assegurada pelo favor do pblico, s vezes to caprichoso como os antigos mecenas, mas outorgando aos autores um grau de liberdade que seria impensvel no passado. A independncia no se limitava s letras. Um pintor como Reynolds enriqueceu com seus retratos, pelos quais cobrava preos astronmicos. A liberdade proporcionada pelo sucesso comercial no impedia os artistas de trabalharem para os grandes, mas permitia estabelecer com eles uma relao de altivez e at de arrogncia. Contratado pela corte da Rssia para executar uma esttua de Pedro, O Grande, o escultor Falconet recusou os vrios projetos que lhe haviam sido submetidos a ttulo de sugesto e teve o gesto magnfico de no aceitar a remunerao de 400 mil libras que lhe foi proposta: soberbo de desdm, exigiu receber exatamente a metade da quantia. (Adaptado de ROUANET, Srgio Paulo, Ilustrao e modernidade. In: Mal-estar na modernidade (ensaios). So Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 138)

b)

c) d) e)

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33. Se bem que a especulao da indstria da cultura acerca do estado de conscincia ou inconscincia dos milhes de pessoas a quem se dirige seja um fato incontestvel, as massas no representam uma realidade primria, mas constituem-se antes como objeto secundrio e calculado, um apndice da engrenagem. a) b) c) No perodo acima transcrito, se bem que equivale a tanto que se houvesse uma vrgula depois de se bem que, no haveria prejuzo da norma padro. o emprego da palavra antes refora a idia de eliminao do que acaba de ser anunciado no primeiro membro coordenado, realizada pelo emprego da conjuno mas. a palavra como tem idntica natureza e funo de como encontrado na frase: As cincias modernas, como a medicina, evoluem rapidamente hoje em dia. se a palavra antes fosse deslocada, a nova seqncia mas constituem-se como objeto secundrio e calculado, antes, um apndice da engrenagem preservaria o sentido original.

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d) e)

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34. O cliente no rei, como a indstria da cultura gostaria de fazer crer; no seu sujeito, mas sim o objeto. Levando em conta o contexto, considere as afirmaes que seguem sobre o autor e seus procedimentos na frase acima. Fazendo uso de linguagem conotativa, expressa sua opinio acerca do lugar que o cliente verdadeiramente ocupa no contexto da indstria cultural. Recorrendo a frase hipottica, explicita, pelo deslocamento da posio do cliente, o que lhe parece ser a relao entre aquilo que e aquilo que se deseja fazer parecer que . Estabelecendo uma comparao articulada pelos elementos grifados na frase acima evidencia que o cliente no constitui preocupao da indstria cultural, embora esta indstria tente criar a iluso de que a produo ditada pela expectativa das massas. correto o que se afirma em: I, apenas. I e II, apenas.

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I. II.

III.

a) b)

35. A alternativa que apresenta o resumo mais adequado do texto : a) De modo geral, no sculo XVIII ocorreu a passagem lenta e permanente de sistemas de produo artstica, sem que o mecenato se extinguisse (artistas como Handel continuaram a ser protegidos); quando surgiu a profisso de autor como militar, por exemplo - , o pblico, mesmo exigente, deu-lhe liberdade, e o sucesso o fez ser arrogante at com os poderosos, de quem cobravam preos astronmicos. b) De modo geral, no sculo XVIII se deu, de maneira progressiva, o abandono do sistema de mecenato pelo de produo para o mercado, dando origem profisso de autor; o sucesso de vendas permitia liberdade antes desconhecida, que propiciava ao artista no s poder trabalhar inclusive com os poderosos, mas tambm assumir, na relao com eles, at atitudes arrogantes.

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LNGUA PORTUGUESAc) De uma forma abrangente, pode-se dizer que o sculo XVIII foi o que permitiu que o produtor secular ou eclesistico deixasse ao artista a liberdade de produzir para o mercado; muitos enriqueceram, como Dryden e Pope, outros continuaram a ser protegidos; autores e pintores eram livres para cobrar o que quisessem, e muitos, pelo sucesso, passaram a ser arrogantes at com os poderosos. De certa forma, o sculo XVIII viu nascer nova profisso, a do artista, oriunda do abandono pelos mecenas e da produo para o mercado; o autor, por exemplo, se tivesse traduzido ou produzido obras importantes (caso de Dryden ou Pope), podia ser independente, chegando at a ser prepotente com os poderosos quando queriam um trabalho seu. De certa forma, o sculo XVIII conheceu o processo de passagem de atividade artstica de um plo a outro: do mecenato ao mercado; sem dvida, lentamente, mas viu-se o aparecimento do novo personagem, o artista que vendia sua produo, e que podia ser mais livre; mesmo muito rigoroso, o pblico podia pagar bem, at enriquecendo o artista (caso de Reynolds) e tornando-o mais arrogante com os poderosos. b) c) d) e) Contratado pela corte da Rssia expressa, no contexto, noo da causa. haviam sido submetidos indica ao ocorrida simultaneamente ao citada anteriormente, realizada pelo escultor recusou. a ttulo de sugesto equivale a porque ele pedira sugesto. de natureza predominantemente narrativa, o excerto objetivo, no apresentando marca alguma de subjetividade do autor.

d)

e)

36. A frase que, no contexto, constitui um argumento de confirmao : a) Sem dvida, essa passagem foi gradual e o mecenato no se extinguiu de todo. b) Mas pouco a pouco surgiu um novo personagem o artista que vivia do seu trabalho... c) A independncia no se limitava s letras. d) Essa independncia assegurada pelo favor do pblico... e) Ser autor, diz o Almanach des auteurs, de 1755, hoje uma profisso, como ser militar, eclesistico ou financista. 37. Essa independncia assegurada pelo favor do pblico, I s vezes to caprichoso como os antigos mecenas, mas II III outorgando aos autores um grau de liberdade que IV seria impensvel no passado. V Considerando o contexto, h equivalncia entre o segmento grifado e a expresso proposta, em: I = obtida por vantagens oferecidas ao pblico II = ocasionalmente detalhista III = os ricos protetores j ancios IV = facultando aos produtores de arte V = poderia ter sido vaticinado

39. correto afirmar que, no texto, a) bem, em O livro podia ser vendido, e bem vendido, intensifica o ganho auferido com a venda. b) pelo qual, em pelo qual o artista era financiado por um produtor opulento, pode ser substitudo por porque, sem que sejam afetados o sentido original e a norma padro. c) a frase Essa independncia assegurada pelo favor do pblico manteria o sentido original se fosse transposta para a voz ativa assim: O favor do pblico tinha assegurado essa independncia d) o segmento grifado, em Reynolds enriqueceu com seus retratos, pelos quais cobrava preos astronmicos, pode ser substitudo, sem que seja afetada a norma padro, por: cujos os preos eram astronmicos. e) at, em permitia estabelecer com eles uma relao de altivez e at de arrogncia, indica que numa escalada ascendente, arrogncia ocupa o menor grau. A criao do Sistema Brasileiro de Inteligncia (SISBIN) e a consolidao da Agncia Brasileira de Inteligncia (ABIN) permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a atividade de Inteligncia, mediante 5 uma ao coordenadora do fluxo de informaes necessrias s decises de governo, no que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades, aos antagonismos e s ameaas, reais ou potenciais, relativos aos mais altos interesses da sociedade e 10 do pas. Todo o trabalho de reformulao da atividade vem sendo balizado, tambm, por enfoques doutrinrios condizentes com o processo atual de globalizao, em que as barreiras fronteirias so fludas, sugerindo cautelas para garantir a preserva15 o dos interesses da sociedade e do Estado brasileiros, de forma a salvaguardar a soberania, a integridade e a harmonia social do pas. (Internet: http://www.abin.gov.br/abin/historico.jsp, com adaptaes) Considerando o texto acima, julgue os itens subseqentes. 40. O primeiro perodo sinttico permaneceria gramaticalmente correto e as informaes originais estariam preservadas com a substituio da palavra mediante (l.4) por qualquer uma das seguintes expresses: por meio de, por intermdio de, com, desencadeando, realizando, desenvolvendo, empreendendo, executando. 41. Depreende-se dos sentidos do texto que, imediatamente aps a palavra atividade (l. 10), h elipse do explicitado por meio da insero da palavra diplomtica. 1

a) b) c) d) e)

38. Contratado pela corte da Rssia para executar uma esttua de Pedro, o Grande, o escultor Falconet recusou os vrios projetos que lhe haviam sido submetidos a ttulo de sugesto e teve o gesto magnfico de no aceitar a remunerao de 400 mil libras que lhe foi proposta; soberbo de desdm, exigiu receber exatamente a metade da quantia. Com relao ao fragmento acima transcrito, correto afirmar: os dois pontos anunciam um esclarecimento acerca de algo anteriormente enunciado.

a)

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LNGUA PORTUGUESAO Ministrio da Defesa vai receber R$ 1 bilho de aumento no oramento de 2005 para investir prioritariamente no programa de blindagem da Amaznia e no reequipamento geral. As foras Armadas do Brasil esto intensificando 5 a proteo do territrio e do espao areo do Norte, Nordeste e Oeste por meio da instalao de novas bases, transferncia para a regio de tropas do SulSudeste e expanso da flotilha fluvial da Marinha. 10 O contingente atual, de 27 mil homens, chegar a 30 mil militares entre 2005 e 2006. As dotaes de investimentos na rea limitar devem superar os R$ 7,3 bilhes no prximo ano. O dinheiro ser destinado a atender s necessi15 dades do programa de segurana da Amaznia e para dar incio ao processo de reequipamento das foras. A estimativa de que at 2010 sejam aplicados de US$ 7,2 bilhes a US$ 10,2 bilhes na rea de defesa. 20 Em 2005, uma brigada completa, atualmente instalada em Niteri com aproximadamente 4 mil soldados ser deslocada para a linha de divisa com a Colmbia. (Roberto Godoy, Foras Armadas tero mais R$ 1 bi para reequipamento. In: O Estado de S. Paulo, 8/ 8/2004, p. A12, com adaptaes) 1 Com referncia ao texto acima e considerando os diversos aspectos do tema por ele abordado, julgue os itens seguintes. 42. A palavra blindagem (l. 3) est sendo utilizada em seu sentido denotativo ou literal, uma vez que o perodo est tratando de equipamentos de segurana. 43. Pelos sentidos do texto, infere-se que, na expresso flotilha fluvial (l. 9), o termo sublinhado indica a idia de esquadra constituda de embarcaes com caractersticas idnticas ou semelhantes: grande porte, elevado nvel tecnolgico e finalidade blica. Segurana do Medo A sndrome de Nova Iorque, 11 de setembro, projetou-se sobre Atenas, agosto, sexta-feira, 13, data da abertura dos 28 Jogos Olmpicos. De tal forma que os gastos de 1,2 bilho de euros (cerca de 5 R$ 4,8 bilhes) so a maior quantia j investida em segurana na histria da competio. O dinheiro foi aplicado em um poderoso esquema para evitar ataques terroristas, como ocorreu nos Jogos de Munique, em 1972, quando palestinos da organizao 10 Setembro Negro invadiram a Vila Olmpica e mataram dois atletas israelenses. Do esquema grego, montado em colaborao com sete pases Estados Unidos da Amrica (EUA), Austrlia, Alemanha, Inglaterra, Israel, Espanha e Canad -, faz parte o 15 sistema de navegao por satlite da Agncia Espacial Europia. Da terra, ar e gua, 70 mil policiais, bombeiros, guarda costeira e mergulhadores da Marinha vo zelar pela segurana. At a Organizao do Tratado do Atlntico Norte (OTAN) emprestar sua 20 experincia militar no combate ao terrorismo. (Correio Brasiliense, 7/8/2004, Guia das Olimpadas p.3, com adaptaes) 1 A respeito do texto acima e considerando as informaes e os mltiplos aspectos do tema que ele focaliza, julgue os itens que se seguem. 44. No trecho cerca de R$ 4,8 bilhes (l. 4 e 5), mantm-se a correo gramatical ao se substituir o termo sublinhado por qualquer uma das seguintes expresses: aproximadamente, por volta de, em torno de, acerca de. 45. A insero de o que imediatamente antes de ocorreu (l.8) prejudicaria a sintaxe do perodo e modificaria o sentido da informao original.

GABARITO 01. C 06. C 11. D 16. D 21. D 26. B 31. C 36. E 41. E 02. D 07. D 12. E 17. C 22. E 27. D 32. E 37. D 42. E 03. B 08. B 13. D 18. B 23. A 28. C 33. C 38. A 43. E 04. D 09. B 14. C 19. E 24. B 29. A 34. B 39. A 44. E 05. B 10. E 15. B 20. A 25. A 30. E 35. B 40. C 45. E

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LNGUA PORTUGUESA A TIPOLOGIA TEXTUALInterpretao, leitura ou o ato de escrever: qual das trs etapas a mais importante? Podemos afirmar que as trs esto intimamente ligadas: quem no l, tem dificuldades em redigir interpretar torna-se uma tarefa quase impossvel, em funo da, principalmente, falta de intimidade com o nosso vocabulrio. Nossa inteno inicial ser a de familiarizar o leitor com as principais maneiras de se redigir um texto que pensamos tratar-se do ponto de partida para qualquer estudo posterior. Inicialmente, apresentaremos os principais tipos de composio: a narrao, a descrio e a dissertao. A NARRAO Em uma narrao, deve-se objetivar o fato, ressaltando a razo do acontecimento, sua causa, o modo, a ocasio e, principalmente, com quem aconteceu o episdio. Texto motivador: A Cabra e Francisco Madrugada. O hospital, como o Rio de Janeiro, dorme. O porteiro v diante de si uma cabrinha malhada, e pensa que est sonhando. - Bom palpite. Veio mesmo na hora. Ando com tanta prestao atrasada, meu Deus. A cabra olha-o fixamente. - Est bem, filhinha. Agora pode ir passear. Depois voc volta, sim? Ela no se mexe, sria. - Vai cabrinha, vai. Seja camarada. Preciso sonhar outras coisas. a nica hora em que sou dono de tudo, entende? O animal chega-se mais perto dele, roa-lhe o brao. Sentindo-lhe o cheiro, o homem percebe que de verdade e recua. Aiaiai! Bonito. Desculpe, mas a senhora tem de sair com urgncia, isto aqui um estabelecimento pblico. ( Achando pouco convincente a razo. ) Bem, se pblico devia ser para todos, mas voc compreende... ( Empurra-a docemente para fora, e volta cadeira.) - O qu? Voltou? Mas isso hora de me visitar, filha? Est sem sono? Que que que h? Gosto muito de criao, mas aqui no hospital, antes do dia clarear... ( Acaricia-lhe o pescoo. ) Que isso! Voc est molhada? Essa coisa pegajosa... O qu: sangue?! Por que no me disse logo, cabrinha de Deus? Por que ficou me olhando assim feito boba? Tem razo: eu que no entendi, devia ter morado logo. E como vai ser? Os doutores aqui so um estouro, mas cabra diferente, no sei se eles topam. Sabe de uma coisa? Eu mesmo vou te operar! Corre sala de cirurgia, toma um bisturi, uma pina; farmcia, pega mercrio-cromo, sulfa e gaze; e num canto do hospital, assistido por dois serventes, enquanto o dia vai nascendo, extrai do pescoo da cabra uma bala de calibre 22, ali cravada quando o bichinho, ignorando os costumes cariocas da noite, passara perto de uns homens que conversavam porta de um bar. O animal deixa-se operar com a maior serenidade. Seus olhos envolvem o porteiro numa carcia agradecida. - Marcolina. Dou-lhe este nome em lembrana de uma cabra que tive quando garoto, no Ic. Est satisfeita, Marcolina? - Muito, Francisco. Sem reparar que a cabra aceitara o dilogo, e sabia o seu nome, Francisco continuou: - Como foi que voc teve idia de vir ao Miguel Couto? O Hospital Veterinrio na Lapa. - Eu sei, Francisco. Mas voc no trabalha na Lapa, trabalha no Miguel Couto. - E da? - Da, preferi ficar por aqui mesmo e me entregar a seus cuidados. - Voc me conhecia? - No posso explicar mais do que isso, Francisco. As cabras no sabem muito sobre essas coisas. Sei que estou bem a seu lado, que voc me salvou. Obrigada, Francisco. E lambendo-lhe afetuosamente a mo, cerrou os olhos para dormir; bem que precisava. A Francisco levou um susto, saltou para o lado: - Que negcio esse: cabra falando?! Nunca vi coisa igual na minha vida. E logo comigo, meu pai do cu! A cabra descerrou um olho sonolento, e por cima das barbas parecia esboar um sorriso: - Mas voc no se chama Francisco, no tem o nome do santo que mais gostava de animais neste mundo? Que tem isso, trocar umas palavrinhas com voc? Olhe, amanh vou pedir ao Ariano Suassuna que escreva um auto da cabra, em que voc vai para o cu, ouviu? (Carlos Drummond de Andrade) Explorando o texto: Exerccio 01: 1. Quais as personagens principais? 2. Quando aconteceu o fato? 3. Onde? 4. O que houve? 5. Como o porteiro resolveu o problema? 6. Por qu? No que diz respeito organizao e desenvolvimento textual: Exerccio 02: 1. Quando se d a apresentao? 2. Qual a complicao? 3. Quando ocorre o clmax, o ponto culminante? 4. Qual o seu desfecho? A DESCRIO No que diz respeito descrio, esta pode ser classificada como esttica ou dinmica. DESCRIO ESTTICA Nela, o elemento descrito encontra-se imvel e objeto de anlise cuidadosa e pormenorizada: a descrio de uma casa, por exemplo. DESCRIO DINMICA Nela, o elemento descrito encontra-se em movimento, e merecedor de muita observao, do poder de sntese do narrador: como exemplo, poderamos citar a descrio da passagem de uma Escola de Samba na passarela, durante o Carnaval.

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LNGUA PORTUGUESAObservar, ainda, que, em uma descrio, devem-se evitar as caractersticas bvias e as perfrases viciosas rodeios. O destaque deve ser dado ao que torna especial o elemento descrito. Texto motivador: De Minha Varanda De minha varanda, avisto um chal. Um chal de telhas vermelhas, cercado de rvores copadas: duas palmeiras ans - guardis da entrada principal uma amendoeira de sombras amigas e uma mangueira de dar manga em p. De minha varanda, avisto um monte. Um monte de verde e cerrada mata - inacessvel, inspito, inabitvel. Plenos pulmes do lugar. Um carro passa. A monotonia, em minha varanda, quebrada. O ronco rouco da mquina humana desvia-me a ateno. A rotina volta ,minha varanda. Apenas alguns insetos inoportunos ousam impedir-me o avano da pena. Sabem como : minha varanda aberta. Para todos, para tudo. Intrusos, como evitar? De minha varanda, avisto um cu celeste de azul, com poucas nuvens alvas a emoldur-lo. A brisa fraca, o sol forte, o calor impera. Onde estaria aquele ventinho gostoso de encontro sempre marcado com minha varanda? De minha varanda, avisto banhistas: jovens corpos em indecentes trajes; velhos fracos em corpos indecentes. Mas, a tudo, meu olhar registra. A censura no lhe cabe. Um carteiro chega. De minha varanda, observo. Ser portador de boas ou ms notcias? Seria to bom se o mundo se restringisse ao que avisto de minha varanda! Ouo o barulho de um prato partindo. Longe... bem muito longe. O suficiente para macular o silncio que reina em minha varanda. Um beija-flor beija e deflora a flor. Imvel, no ar, parado. De minha varanda, avisto um mar de ondas calmas de azulado forte, a limpa areia da praia, gaivotas brancas de bailados trajetos. Avisto pssaros de vos livres e cantares brandos. Barcos que singram espumantes. De minha varanda, tenho a mais precisa sensao de que o mundo perfeito; de que cada coisa foi, meticulosamente, planejada e arranjada em seu mais digno lugar. De minha varanda, avisto tudo, e tudo me parece estar ao alcance. Mas, minha varanda exibe a noo exata de uma solido: todos por ela passam sorridentes, felizes, de bem com suas prprias vidas. E eu, em meu canto, como reagir? Falta voc em minha varanda. (Aurlio Ferreira de Arajo) Explorando o texto: Exerccio 03: 1. Aponte versos que contm exemplos de descrio esttica. 2. Em que versos ocorrem exemplos de descrio dinmica? 3. Aponte versos em que o autor deixa de caracterizar uma descrio. 4. Como explicar que caractersticas bvias (telhas vermelhas, monte de verde e cerrada mata, um cu celeste de azul...) se encaixam no texto? A DISSERTAO Em concursos, a forma de composio mais utilizada. um gnero de organizao textual em que se discute um determinado assunto de natureza filosfica, social, moral ou cientfica. A dissertao, normalmente, apresenta trs fases distintas: apresenta co, desenvolvimento e concluso: Na apresentao, destaca-se o assunto que ser discutido o tema, a matria. Basta um pargrafo. O desenvolvimento o que se poderia dizer tratarse do prprio trabalho. Nele, consideramos idias, fatos, exemplos com que o autor pretende demonstrar seus argumentos. Favorveis, contrrios. Normalmente, usam-se trs pargrafos nesse sentido. A concluso ser sempre uma sntese, uma volta apresentao.

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LNGUA PORTUGUESATexto motivador: A Violncia no Rio de Janeiro O ndice de crescimento da violncia nas grandes cidades aumenta a cada dia. O Rio de Janeiro no poderia ser uma exceo regra. Basta-nos uma leitura diria em jornais, assistirmos a um dos noticirios de nossas televises, recorrermos s emissoras de rdio, para verificarmos que a situao se agrava a cada dia. So assaltos a residncias, a meios de transportes, nas ruas, onde quer que estejamos. Casos de estupros, violncia contra as mulheres, contra os menos favorecidos j esto se tornando rotina em nossa cidade. H violncia na rua, no trnsito, os casos de seqestros se repetem e, ao que parece, no existem solues a curto prazo. No podemos negar que atravessamos um perodo de recesso, que h desemprego, que no existe uma poltica social eficiente, que os ricos se tornam mais ricos em detrimento da populao menos favorecida, que os polticos s falam em segurana em poca de eleies, que a polcia mal paga e no possui estrutura para combater os malfeitores, e que, muitas vezes, alia-se a eles, para, atravs dessa cumplicidade, melhorar o seu padro de vida. Tudo isso assunto dirio em nossas conversas. O que falta mesmo vontade poltica. Nossos representantes deviam-se preocupar um pouco mais com o bem-estar da populao, em vez de apresentarem projetos que visam apenas aos seus interesses pessoais. Nosso cdigo penal tambm deveria ser atualizado. Chega de priso para negros e desvalidos. Cadeia para todos os que transgridem o que esperamos. Mas, a esperana no nos pode faltar. J existe um movimento que nos permite imaginar que, em um futuro no muito prximo, tudo poder melhorar. Inclusive porque, eles, os senhores que nos assistem, j comeam a sentir os efeitos desse problema. Aguardemos, pois. (Aurlio Ferreira de Arajo) Explorando o texto: Exerccio 04: 1. Como voc dividiria o texto? 2. Em que pargrafo o autor opina? 3. Que sugestes voc apresentaria para melhorar o problema? 4. Em relao ltima pergunta, em que pargrafo voc as colocaria? Observao final: Cumpre-nos, ainda, informar que os trs tipos de composio a narrao, a descrio e a dissertao podem, perfeitamente, encaixar-se em um mesmo trabalho. OS DIVERSOS TIPOS DE DISCURSO O DISCURSO DIRETO Ocorre quando so as personagens que falam. Quem escreve, interrompe a narrativa e torna as palavras vivas para o ouvinte. Normalmente marcado pela presena de verbos do tipo afirmar, dizer, perguntar, indagar, responder, concluir, prosseguir e sinnimos. Exemplos: O rapaz perguntou: O que aconteceu? - Por que voc faltou? Indagou o professor. d) Discurso direto: Verbo enunciado no futuro do presente: - Regressarei breve ela disse. Discurso indireto: Verbo enunciado no futuro do pretrito: Ela disse que regressaria breve. e) Discurso direto: Verbo enunciado no modo imperativo: - Pare com a brincadeira, ordenou a me. Discurso indireto: Verbo no modo subjuntivo: A me ordenou que parasse com a brincadeira. f) Discurso direto: Enunciado em forma interrogativa direta: Ele perguntou: - como vai a famlia? Discurso indireto: Enunciado em forma interrogativa indireta: Ele perguntou como ia a famlia. g) Discurso direto: Pronome demonstrativo de 1. ou de 2. pessoa: Bateu na mesa e disse: - Isto dinheiro. Essas artigos so de segunda qualidade, ele afirmou. O DISCURSO INDIRETO o processo de relatar enunciados. O narrador torna-se intrprete das palavras ditas pelas personagens, numa orao subordinada substantiva. Exemplos: O professor um filsofo, disse o aluno. (discurso direto) O aluno disse que o professor era um filsofo. (discurso indireto) A menina respondeu baixinho: - Eu sei. (discurso direto) A menina respondeu baixinho que ela sabia. (discurso indireto) TRANSPOSIO DO DISCURSO DIRETO PARA O DISCURSO INDIRETO a) Discurso direto: Enunciado em 1. ou em 2. pessoa: O artista respondeu-lhe baixinho: - Eu atuei. - Falaste com teu pai? perguntou Slvia. Discurso indireto: Enunciado em 3. pessoa: O artista respondeu-lhe baixinho que ele atuara. Slvia perguntou se ele havia falado com seu pai. b) Discurso direto: Verbo enunciado no presente: - Estou no escritrio, ele disse ao telefone. Discurso indireto: Verbo enunciado no imperfeito: Ao telefone, ele disse que estava no escritrio. c) Discurso direto: Verbo enunciado no pretrito perfeito: Antnio explicou a todos: - Chamei pelo padrinho. Discurso indireto: Verbo enunciado no pretrito mais-que-perfeito: Antnio explicou a todos que chamara pelo padrinho.

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LNGUA PORTUGUESADiscurso indireto: Pronome demonstrativo de 3. pessoa: Bateu na mesa e disse que aquilo era dinheiro. Ele afirmou que aqueles artigos eram de segunda qualidade. h) Discurso direto: Pronome possessivo ou pessoal de 1. pessoa: Ele quis saber de mim: - Por que minha proposta no lhe interessa? Discurso indireto: Ele quis saber de mim ( Ele me perguntou ) por que sua proposta no me interessava. i) Discurso direto: Advrbio de lugar aqui: - Aqui ficava a loja do seu Manuel, relembrei. Discurso indireto: Advrbio de lugar ali: Relembrei que ali ficara a loja do seu Manuel. Observaes: a) Ele disse: - Irei praia amanh. Ele disse que iria praia amanh (ou no dia seguinte). b) Ele reclamou: - No recebi o pagamento do ms passado. Ele reclamou que no recebera o pagamento do ms passado (ou do ms anterior). c) - Onde voc mora? Ele quer saber onde eu moro. Ele quis saber onde eu morava. Exerccio 05: Transforme o discurso direto em indireto: 1. Nunca veio a So Paulo? perguntou-me o reprter. 2. No ligue para essas notcias pediu-me. 3. Se eu puder, irei v-la amanh disse-lhe. 4. Fui ao cinema ontem disse-me Paulo. 5. Estarei indo a seu encontro disse-me a menina. 6. Saia de sala ordenou-me o professor. 7. Isso no vai ficar assim ameaou o menino. 8. Gosto muito de comidas pesadas confessei. 9. Apreciarei sua obra prometi artista. 10. No faa isso ordenei ao menino. - O DISCURSO INDIRETO LIVRE o processo de relatar enunciados, resultantes da mistura dos discursos direto e indireto. O narrador transmite o pensamento de alguma personagem, no de uma forma direta, mas aproxima-se dela, expressando o que foi pensado. Exemplo: -Essa roupa no lhe cai bem, filha. - Mas a senhora sempre censura o que visto. A me no gostava de ver a filha em trajes muito modernos, ousados. - Tudo bem, filha. Voc decide. SIGNIFICAO LITERAL E CONTEXTUAL DE VOCBULOS Os vocbulos podem ser empregados no sentido prprio ( denotativo ) ou no sentido figurado ( conotativo ). Observe os exemplos seguintes: A jovem, no leito, gemia de dor. ( sentido prprio ) O diretor gemeu um discurso. ( sentido figurado ) A DENOTAO E A CONOTAO DENOTAO a palavra empregada em seu sentido real, prprio, dicionarizado. CONOTAO Sentido subentendido, s vezes de teor subjetivo, que uma palavra ou expresso pode apresentar paralelamente ao sentido em que empregada. Observar, ento, que algumas palavras tm cargas semnticas que sugerem muito mais do que a princpio apresentam. Exerccio 06: Coloque nos parnteses D ou C, indicando os sentidos Denotativo ou Conotativo: 01. ( ) Ningum suportava os gemidos do enfermo. 02. ( ) O cachorro mordeu a menina. 03. ( ) Assisti ao desfile das escolas de samba. 04. ( ) Suas palavras soavam gemidas. 05. ( ) Ele me mordeu em dez reais. 06. ( ) As estrelas desfilavam no cu. 07. ( ) Ele nadava em dinheiro. 08. ( ) Seu corao parecia de pedra. 09. ( ) Em 1888, libertaram-se os escravos. 10. ( ) O atleta quebrou a perna. 11. ( ) As guas dos rios estavam poludas. 12. ( ) O burro um animal de grande utilidade no interior. 13. ( ) O rapaz era chamado de burro pelos amigos. 14. ( ) O jovem quebrou o silncio. 15. ( ) Os cometas so astros luminosos. 16. ( ) No se deve nadar em guas profundas. 17. ( ) Os convidados comeavam a pingar para o encontro. 18. ( ) Ele se deixou levar pelas guas do amigo. 19. ( ) Sou um escravo do trabalho. 20. ( ) Foi luminosa a sua idia. 21. ( ) Ela adorava pedras preciosas. 22. ( ) O suor pingava-lhe do rosto. 23. ( ) Deitei- me mais cedo noite passada. 24. ( ) Houve uma chuva de protestos aps a deciso. 25. ( ) Havia vrias pedras no caminho acidentado. 26. ( ) A chuva atrapalhou o Carnaval. 27. ( ) O rapaz deitou a dizer bobagens. 28. ( ) Esse menino um foguete. 29. ( ) Havia vrias pedras em meu caminho, mas venci. 30. ( ) Os EEUU lanaram mais um foguete ao espao. CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS COM DETERMINADOS VOCBULOS E EXPRESSES No que diz respeito ao aspecto semntico, algumas observaes devem ser levadas em considerao. 1. SUBSTANTIVOS: a) Nem sempre aumentativos e diminutivos nos do idia de tamanho. Podem exprimir carinho, ternura, afetividade, desprezo, depreciao, intensidade.

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LNGUA PORTUGUESAExemplos: narigo, livreco, filhinho, amarelo, supermercado, minicalculadora. b) Outras formas aumentativas e diminutivas, com o tempo, adquiriram significados especiais, dissociados das palavras de origem. Exemplos: carto, porto, folhinha ( calendrio ), lingeta. 2. ARTIGOS: a) O artigo definido pode ser usado com fora distributiva. Exemplo: A carne j est custando dez reais o quilo. ( = cada ) b) O artigo definido, anteposto a nome de pessoas, apresenta um tom de afetividade ou de familiaridade. Exemplo: Compare: Antnio faltou reunio. / O Antnio faltou reunio. (no segundo exemplo, o sujeito goza de certa intimidade junto ao emissor) c) H profunda modificao de sentido na frase quando a artigo definido antecede a palavra todo. Exemplo: Compare: Todo prdio deve ser vistoriado. (todos, em geral) Todo o prdio deve ser vistoriado. (um prdio especfico) d) H modificao significativa quando o artigo definido vem anteposto a um pronome substantivo possessivo. Exemplo: Compare: Este meu livro. ( idia de posse ) Este o meu livro. ( idia de distino de outros de mesma espcie. Dentre outros, este o meu. ) e) Os artigos indefinidos uns, umas antepostos a numerais indicam aproximao numrica. Exemplo: Ela devia ter uns vinte anos. f) Os artigos indefinidos antes de nomes prprios indicam semelhana, elemento pertencente a determinada famlia; podem, ainda, designar obras de um artista. Exemplos: Provou ser um Judas. ( = traidor ) Ele era um verdadeiro Silva. Trata-se de um Picasso. 3. ADJETIVOS: a) Algumas formas aumentativas e diminutivas equivalem a superlativos. Exemplos: Menina branquinha = muito branca. Doce gostoso = gostosssimo. b) Outras formas de obteno de superlativos de um modo no convencional: . O caf extrafino. ( atravs da prefixao ) . As pernas da menina eram brancas, brancas. ( atravs da repetio do adjetivo ) . Ele forte como um touro. ( atravs de uma comparao ) . O dono da escola podre de rico. ( atravs de uma expresso idiomtica ) . Ele no apenas uma cantora, a cantora. ( atravs da repetio do artigo e do substantivo, dandose nfase ao artigo ) 4. PRONOMES: Os pronomes possessivos podem indicar afetividade, carinho. Os pronomes possessivos podem indicar afetividade, carinho. Compare: Esta a minha casa. ( posse ) Minha filha, disse o professor, voc melhora a cada dia. ( afetividade ) Podem, ainda, indicar aproximao numrica. Exemplo: Ele deve ter seus dezoito anos. 5. NUMERAIS: Indicam tambm superlativao: Exemplo: J assisti a este filme mais de mil vezes. 6. CONJUNES E LOCUES CONJUNTIVAS: Deve-se estudar a equivalncia que h entre elas. Exemplos: Quebrei a cabea, porque fui imprudente. Como fui imprudente, quebrei a cabea. (Causa) Irei ao cinema se voc pagar o ingresso. Irei ao cinema caso voc pague o ingresso. (Condio) Fui praia embora chovesse. Fui praia apesar de chover. (Concesso) 7. PREPOSIES: Deve-se estudar o valor semntico que uma preposio apresenta. Exemplos: Ele foi a So Paulo. ( destino, direo ) Ele veio de So Paulo. ( procedncia ) Ele saiu a seu pai. ( semelhana ) Este um anel de ouro. ( matria ) Fui ao cinema com ela. ( companhia ) Fiz o trabalho a caneta. ( instrumento ) Voltaremos a qualquer momento. ( tempo ) Ele morria de fome. ( causa ) Compras s em dinheiro. ( condio ) Exerccio 07: O que se pode dizer das palavras em itlico? 01. Colocarei seu prato naquela mesinha. 02. Ela se destaca das outras meninas por sua beiorra. 03. Ele era um jogadorzinho qualquer. 04. Gostaria muito de ter um jogadorzinho desse em meu time. 05. No suje a casa. A mezinha est prestes a chegar. 06. Ela usava um biquni amarelo. 07. Carlinhos ( Carlito, Carlo ), veja s o que voc fez! 08. No leio um livreco desses. 09. Comprei um porto novo para a casa de campo. 10. O cavalete no suportou o peso do tabuleiro. Exerccio 08: Estabelea a diferena de sentido, existente entre as frases abaixo: 1. Todo morro merece ateno governamental. Todo o morro merece ateno governamental. 2. Joo um bom rapaz . O Joo um bom rapaz. 3. Esta minha caneta. Esta a minha caneta. 4. Estes livros so seus. Ele deve ter seus quinze anos.

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LNGUA PORTUGUESA5. Meu filho estudioso. Meu filho, seus pais no aprovariam o que voc fez. Exerccio 09: O que indicam as frases seguintes? 01. Ele est superalimentado. 02. A pobre mulher era gorda, gorda. 03. Isto claro como a gua. 04. Ela uma pianista de mo cheia. 05. Pel no foi apenas um jogador de futebol, foi o jogador. Exerccio 10: Ligue os segmentos abaixo, transformando-os em duas oraes, estabelecendo entre elas uma relao de causa, de condio, de concesso ( no repita as conjunes ou locues conjuntivas ). 1. 2. 3. 4. Ir festa. / Chover. Ser aprovado. / Estudar. Ganhar o prmio. / Ser merecedor. Precisar de dinheiro. / Estar falido. 10. Embora o professor fosse competente, ele no conseguia gostar de Latim. Ele no conseguia gostar de latim __________ . Exerccio 12: Desenvolva as idias abaixo, com perodos argumentativos: 01. As pessoas comentam muito sobre a sujeira que h na cidade, mas ___________________ . 02. Comprou-se muito no ltimo Natal, embora ____________ . 03. Os alunos vo melhorando medida que ______. 04. A Amaznia o pulmo do mundo, pois ______ . 05. Como no se pode viver sem trabalhar, ________. 06. Apesar da boa vontade dos mestres, __________. 07. Ela era to feio, que ____________________ . 08. Visto que foi imprudente, ________________ . 09. A no ser que voc pague a passagem, ______ . 10. O voto no deve ser anulado, porque _________ . 11. No comparecerei reunio, mesmo ________ . 12. Como no tinha dinheiro, ________________ . Exerccio 13: Nas frases abaixo, aponte o valor semntico ou circunstancial que a preposio apresenta. 01. Sempre comprei a crdito. 02. Ele foi a casa. 03. A ser verdade, voc ser punido. 04. Ele de boa famlia. 05. Ela morria de frio na praia. 06. Algumas pessoas vivem de rendas. 07. H algo de se comer? 08. Corremos em seu auxlio. 09. Sou feliz em ser seu amigo. 10. Apostas s em dinheiro. PROCESSOS COESIVOS DE REFERNCIA COESO Unio ntima das partes de um todo; conexo. Atravs da coeso referencial, evitamos que um vocbulo seja repetido, atravs de uma palavra anafrica. ANFORA Figura de repetio. Geralmente, um pronome o responsvel pelo processo. a) PESSOAL: Encontraram todos os livros. Ei-los. Marcaram-se as provas. Elas sero realizadas sextafeira. b) POSSESSIVO: O professor e seus alunos compareceram ao debate. c) DEMONSTRATIVO: Ao comparar o rio Amazonas com os diversos rios do mundo, destacava a importncia daquele em relao a estes. d) RELATIVO: Este o livro. / Eu comprei o livro. Este o livro que eu comprei. A coeso referencial poder, tambm, ser obtida atravs de um advrbio, um numeral, ou da colocao de um simples sinnimo.

Exerccio 11: Modifique os perodos abaixo, iniciando-os conforme se sugere, sem alterar a idia contida no primeiro. Em conseqncia, outras partes da frase sofrero algumas alteraes. 1. Abraou-me com tal mpeto, que no pude evit-lo. No pude evit-lo, ______________________ . 2. No se preocupe, que breve estarei de volta. Breve estarei de volta, ___________________ . 3. No posso atend-lo, porque no lcito o que requereu. Requereu o que no lcito, ______________ . 4. Insiste em sair sozinho, conquanto mal conhea a cidade. Mal conhece a cidade ___________________ . 5. Bem cuidado como , o livro apresenta alguns defeitos. O livro apresenta alguns defeitos __________ . 6. A serem considerados os resultados, o trabalho ser bom. O trabalho ser bom ____________________ . 7. No fiquem to ansiosos. Toda a matria ser dada. Toda a matria ser dada, ________________ . 8. Quando o professor chegou, a turma retornou sala. A turma retornou sala __________________ . 9. Contratou uma empresa, se bem que no precisasse. No precisava, _________________________ .

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LNGUA PORTUGUESAPratica-se muito futebol no Rio e em So Paulo. Aqui, as partidas costumam ser disputadas no Maracan; l, no Morumbi. Os ndices de violncia aumentam no Rio de Janeiro. preciso que o estado previna-se contra ela. Pedro e Joo so bons alunos. O segundo, em minha opinio, destaca-se do primeiro. Exerccio 14: Substitua os termos em evidncia por uma palavra anafrica, tornando as frases mais elegantes. 01. O governo e as comunidades trabalham em conjunto. As comunidades contribuem com a mo-de-obra; o governo com o envio de verbas. 02. O professor, fomos buscar o professor entrada do prdio. 03. A seleo brasileira precisa de reforos. A seleo est fraca. 04. Ele cantava a msica. A msica era bonita. 05. Aquela a garota. Eu gosto dos olhos da garota. 06. O marginal e os cmplices do marginal foram presos. 07. Flamengo e Palmeiras so dois clubes de futebol. O Flamengo do Rio; o Palmeiras, de So Paulo. 08. O fumo prejudicial sade. preciso evitar o fumo. 09. O teatro muito espaoso. O teatro pode receber cerca de trs mil pessoas. 10. A vida uma ddiva de Deus. A vida deve ser bem aproveitada. A SNTESE E O RESUMO SNTESE Resumo dos tpicos principais ou da essncia de algo; sumrio ( aquela frase foi a sntese perfeita do que estvamos sentindo. ) ( Houaiss ) RESUMO Recapitulao breve, sucinta ( o livro apresentava um pequeno resumo ao final de cada captulo; em poucas palavras; resumidamente. ( Houaiss ) Exemplo de sntese: At o prefeito de Ulsan, cidade onde a Seleo Brasileira ficar hospedada na Coria do Sul, resolveu integrar o f-clube no-oficial pela convocao de Romrio para a Copa do Mundo. No encontro de ontem com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em que fechou convnio com a entidade para receber a equipe brasileira durante a primeira fase do Mundial, Shim Wan Gu disse que gostaria de ver Romrio nos gramados sul-coreanos. Nunca estive com Romrio e nem falei com ele, mas j ouvi falar dele e gostaria muito que ele estivesse na Copa , afirmou o prefeito, lembrando que conhece Rivaldo, Ronaldinho e Edmlson ( do Lyon ). (Jornal do Brasil, 19 de fevereiro de 2002) Sntese 1: At coreano pede Romrio. Sntese 2: Prefeito de Ulsan, onde a Seleo ficar, defende ida do atacante Copa. Exemplos de resumo: Resumo do que ocorreu na novela O Clone , Tv Globo, em 18 de fevereiro de 2002: Lobato disse a Carol que era dependente qumico, e ela prometeu que ia ficar cuidando dele. Leo se sentiu excludo da vida de Albieri. Abdum mandou que Jade ficasse em casa. Lucas no quer raptar Khadija, pois crime. Xande foi despedido. Resumo do filme Anna Karenina: Na Rssia do sculo 19, Anna Karenina desfruta de uma vida aristocrtica ao lado do marido e do filho. Quando vai a Moscou visitar o irmo, conhece o conde Vronski. Ainda que atormentados pela culpa, eles sucumbem paixo que sentem um pelo outro. A PERFRASE E A PARFRASE PERFRASE: Como j vimos, perfrase a expresso que determina em ser atravs de caractersticas ou atributos que o celebrizaram. H dois tipos de perfrase: a virtuosa e a viciosa. A virtuosa preenche a definio acima concede elegncia frase, podendo, ainda, funcionar como palavra anafrica. Exemplos: A Cidade Luz deve ser visitada. (Cidade Luz = Paris) Zico dedicou, praticamente, sua vida esportiva ao Flamengo. Por isso o Galinho de Quintino respeitado por todos os torcedores rubro-negros. J a perfrase viciosa, esta deve ser evitada. Trata-se de um rodeio de palavras, uma circunlocuo. Exemplo: O bosque era lindo, muito lindo, belssimo, uma graa maravilhosa de ser vista. PARFRASE: o desenvolvimento do texto de um livro ou de um documento, conservando-se as idias originais; traduo livre ou desenvolvida. Aurlio) GABARITOS Exerccio 01: 01. A cabra e o porteiro. 02. Em certa madrugada. 03. Em um hospital, no Rio de janeiro. 04. Uma cabra, ferida, procurando socorro. 05. Operando-a 06. O porteiro considerou que. por se tratar de uma cabra, o animal no poderia ser tratado pelos mdicos. Exerccio 02: 01. Com o surgimento da cabra. 02. Ela no pode ser atendida, embora o hospital fosse pblico. 03. Quando o porteiro resolve operar a cabra. 04. O dilogo entre a cabra e Francisco. O agradecimento da cabra. Exerccio 03: 01. Os da primeira estrofe, por exemplo. 02. A passagem do carro, a chegada do correio, do beijaflor.

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LNGUA PORTUGUESA03. Nas duas ltimas estrofes. 04. Em funo da linguagem potica, de sua construo ( celeste de azul, em vez de azul-celeste, por exemplo; a anteposio do adjetivo... Exerccio 04: 01. Apresentao: primeiro pargrafo; Desenvolvimento: segundo, terceiro e quarto pargrafos. Concluso: quinto pargrafo. 02. No quarto pargrafo. 03. Resposta pessoal. 04. Resposta pessoal. Sugerimos o penltimo pargrafo. Exerccio 05: 01. O reprter me perguntou se eu nunca viera So Paulo. 02. Ele me pediu ( aconselhou ) que no ligasse para aquelas notcias. 03. Eu lhe disse que, se pudesse, iria v-la no dia seguinte. 04. Paulo me disse que fora ao cinema no dia anterior. 05. A menina me disse que estaria vindo a meu encontro. 06. O professor ordenou-me que sasse de sala. 07. O menino ameaou que aquilo no ficaria assim. 08. Confessei que gostava de comidas pesadas. 09. Prometi artista que apreciaria a sua obra. 10. Ordenei ao menino que no fizesse aquilo. Exerccio 06: D: 1, 2, 3, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 21, 22, 23, 25, 26, 30. C: 4, 5, 6, 7, 8, 13, 14, 17, 18, 19, 20, 24, 27, 28, 29. Exerccio 07: 01. Substantivo no grau diminutivo. 02. Substantivo usado em tom depreciativo. 03. Substantivo usado em tom depreciativo. 04. Substantivo usado, indicando elogio. 05. Substantivo usado, indicando carinho. 06. Substantivo usado , indicando intensidade. 07. Substantivo usado, indicando carinho. 08. Substantivo usado, indicando depreciao. 09. Substantivo que perdeu seu significado inicial. 10. Substantivo que perdeu seu significado inicial. Exerccio 08: 01. Qualquer morro. Um morro especfico. 02. A segunda frase, diferentemente da primeira; indica grau de amizade, conhecimento. 03. Na primeira frase, o vocbulo indica posse. Na segunda, dentre outras, esta a minha. 04. Na primeira frase, h a idia de posse. Na segunda, o vocbulo indica aproximadamente. 05. Na primeira, posse; Na segunda, aproximadamente. Exerccio 12: Resposta pessoal do aluno. Exerccio 13: 01. modo. 02. lugar, destino. 03. condio. 04. origem. 05. causa. 06. meio. 07. finalidade. 08. finalidade. 09. causa. 10. condio. Exerccio 09: 01. Superlativao, atravs da prefixao. 02. Superlativao, atravs da repetio de adjetivo. 03. Superlativao, atravs de uma comparao. 04. Superlativao, atravs de uma expresso idiomtica. 05. Superlativao, atravs da repetio do artigo e do substantivo. Exerccio 10: 01. ... pois ele me abraou com tal mpeto. 02. ... portanto, no se preocupe. 03. ... conseqentemente, no posso ajud-lo. 04. ... embora insista em sair sozinho. 05. ... apesar de ser bem cuidado. 06. ... se fossem considerados os resultados. 07. ... portanto, no fiquem ansiosos. 08. ... quando ( assim que ) o professor chegou. 09. ... mas contratou uma empresa. 10. ... apesar de o professor ser experiente. Exerccio 11: Sugesto de resposta: 01. No fui festa, pois chovia. Irei festa se no chover. Irei festa embora chova. 02. Ele foi aprovado, j que estudou. Ele ser aprovado caso estude. Ele no foi aprovado, ainda que estudasse. 03. Ele ganhou o prmio, uma vez que foi merecedor. Ele ganhar o prmio, desde que seja merecedor. Ele ganhou o prmio, mesmo no sendo merecedor. 04. Como estivesse falido, ele precisou de dinheiro. Ele no precisar de dinheiro, a no ser que venha a falir. Ele no precisou de dinheiro, apesar de falir.

Exerccio 14: 01. Estas aquele. 02. busc-lo. 03. O time est fraco / Ela est fraca. 04. A msica que ele cantava era bonita. 05. Aquela a garota de cujos olhos eu gosto. 06. e seus cmplices. 07. Aquele este. 08. evit-lo. 09. A casa pode receber / Ela pode receber. 10. Ela.

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LNGUA PORTUGUESA ORTOGRAFIA1. Conceito A grafia de uma palavra pode ter carter: - fontico: que leva em conta a pronncia - etimolgico: levando-se em conta a sua origem. A grafia das palavras feita hoje no Brasil utiliza dois processos juntamente: o etimolgico ou histrico e o fonolgico ou de pronncia. Nossa ortografia orientada pelo Formulrio Ortogrfico, aprovado pela Academia Brasileira de Letras, na sesso de 12 de agosto de 1943, e simplificado pela Lei n. 5.765, de 18 de dezembro de 1971. Ortografia vem do grego orths = direito + grphein = escrever. Os sons da fala so representados por sinais grficos chamados letras, e alm delas usamos outros sinais, chamados auxiliares. So eles: - Hfen ( - ) - Til ( ~ ) - Cedilha ( ) - Apstrofo ( ) - Trema ( ) - Acento agudo ( ) - Acento circunflexo ( ^ ) - Acento grave ( ` ) Algumas regras existem para escrever esta ou aquela palavra, porm os problemas grficos s se resolvem com leitura. Se voc um leitor eficiente, escrever bem, pois ter a lembrana da escrita. Claro que regras existem que no dia-a-dia nos so necessrias. So alguns problemas ortogrficos que se resolvem por dicas especficas. 2. Dificuldades Ortogrficas Uso do S: a) depois de ditongos: coisa, faiso, mausolu, maisena, lousa b) em nomes prprios com som de /z/: Neusa, Brasil, Sousa, Teresa c) no sufixo OSO (cheio de): cheiroso, manhoso, dengoso, gasoso d) nos derivados do verbo querer: quis, quisesse e) nos derivados do verbo pr: pus, pusesse f) no sufixo ENSE, formador de adjetivo: canadense, paranaense, palmeirense g) no sufixo ISA , indicando profisso ou ocupao fe minina: papisa, profetisa, poetisa h) nos sufixos S/ESA, indicando origem, nacionalidade ou posio social: calabrs, milans, portugus, noruegus, japons, marqus, campons calabresa, milanesa, portuguesa, norueguesa, japonesa, marquesa, camponesa i) nas palavras derivadas de outras que possuam S no radical: casa = casinha, casebre, casaro, casario atrs = atrasado, atraso paralisia = paralisante, paralisar, paralisao anlise = analisar, analisado j) nos derivados de verbos que tragam o encontro consonantal ND: pretender = pretenso suspender = suspenso expandir = expanso Uso do Z a) nas palavras derivadas de primitiva com Z cruz = cruzamento juiz = ajuizar deslize = deslizar b) no sufixo EZ/EZA, formadores de substantivos abstratos, a partir de adjetivos: altivo = altivez mesquinho = mesquinhez macio = maciez belo = beleza magro = magreza c) no sufixo IZAR formador de verbos: hospital = hospitalizar canal = canalizar social = socializar til = utilizar catequese = catequizar d) nos verbos terminados em UZIR e seus derivados: conduzir, conduziu, conduzo deduzir, deduzo, deduzi produzir, produzo, produziste e) no sufixo ZINHO, formador de diminutivo: cozinho, pezinho, paizinho, mezinha, pobrezinha Observao: Se acrescentarmos apenas INHO, aproveitamos a letra da palavra primitiva: casinha, vasinho, piresinho, lapisinho, juizinho Uso do H O emprego do H regulado pela etimologia das palavras. a) o H inicial deve ser usado quando a etimologia o justifique: hbil, harpa, hiato, hspede, hmus, herbvoro, hlice Observao: Escreve-se com H o topnimo Bahia, quando se aplica ao Estado.

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LNGUA PORTUGUESAb) o H deve ser eliminado do interior das palavras, se elas formarem um composto ou derivado sem hfen: desabitado, desidratar, desonra, inbil, inumano, reaver Observao: Nos compostos ou derivados com hfen, o H permanece: anti-higinico, pr-histrico, super-humano c) no final de interjeies: ah!, oh!, ih! Uso do X a) normalmente aps ditongo: caixa, peixe, faixa, trouxa Observao: Caucho e seus derivados (recauchutar, recauchutagem) so com CH. b) normalmente aps a slaba inicial EN: enxaqueca, enxada, enxoval, enxurrada Observao: Usaremos CH depois da slaba inicial EN caso ela seja derivada de uma com CH: de de de de cheio = encher, enchimento, enchente charco = encharcado, encharcamento chumao = enchumaado chiqueiro = enchiqueirar c) na relao ter teno: abster absteno reter reteno Uso do G a) nas palavras terminadas em gio, gio, gio, gio, gio: pedgio, colgio, litgio, relgio, refgio b) nas palavras femininas terminadas em gem: garagem, viagem, escalagem, vagem. Observao: Pajem e lambujem so excees regra. Uso do J a) na terminao AJE: ultraje, traje, laje b) nas formas verbais terminadas em JAR e seus derivados: arranjar, arranje, viajar, viajaremos, despejar, despejaram c) em palavras de origem tupi: jibia, paj, jenipapo d) nas palavras derivadas de outras que se escrevem com J: ajeitar, laranjeira, canjica Uso do I a) no prefixo ANTI, que indica oposio: antibitico, antiareo b) nos verbo terminados em AIR, OER, UIR e seus derivados: sair saio, sai, sais cair caio, cai, cais moer mi, mis roer ri, ris possuir possui, possuis retribuir retribui, retribuis Uso do E a) nas formas verbais terminadas em OAR e UAR e seus derivados: perdoar perdoe, perdoes coar coe, coes continuar continue, continues efetuar efetue, efetues b) no prefixo ANTE, que expressa anterioridade: anteontem, antepasto, antevspera Uso do SC No h regras para o uso de SC, sua presena inteiramente etimolgica. Formas Variantes Algumas palavras admitem dupla grafia correta, sem alterao de significado. So as formas variantes. So elas: aluguel assobiar bbado blis cibra aluguer assoviar bbedo bile cimbra

c) depois da slaba inicial ME: mexer, mexilho, mexerica Observao: Mecha e seus derivados so com CH. Uso do CH No h regras para o emprego do dgrafo CH. Uso do SS Emprega-se nas seguintes relaes: a) ced cess ceder cesso conceder concesso concessionrio b) gred gress agredir agresso regredir regresso c) prim press imprimir impresso oprimir opresso d) tir sso discutir discusso permitir permisso Uso do a) nas palavras de origem rabe, tupi ou africana: aafro, acar, muulmano, ara, Paiandu, mianga, caula b) aps ditongo: loua, feio, traio

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LNGUA PORTUGUESAcarroceria catorze cota cociente cotidiano chimpanz crisntemo infarto laje lquido percentagem flecha espuma toucinho taverna carroaria quatorze quota quociente quotidiano chipanz crisantemo enfarte, enfarto lajem lqido porcentagem frecha escuma toicinho taberna a) para ligar as partes de adjetivo composto: verde-claro, azul-marinho, luso-brasileiro b) para ligar os pronomes mesoclticos ou enclticos: am-lo-ei, far-me-, d-me, compraram-na c) para separar as slabas de uma palavra, inclusive na translineao (mudana de linha): a-ba-ca-xi, se-pa-ra-do Hfen com Prefixos Observaremos individualmente cada prefixo e as palavras que aparecem depois deles para podermos ou no utilizar o hfen. a) Com os prefixos: ALM, AQUM, RECM, SEM, VICE, EX, PS, PR, PR. Sempre haver hfen: alm-mar, aqum-mar, recm-casados, sem- educao, vice-rei, ex-marido, ps-operatrio, pr- histria, pr-ecologia. b) Com o prefixo: BEM. Emprega-se hfen se a palavra seguinte tiver vida autnoma. Bem-educado, bem-humorado, bem-vindo c) Com os prefixos: SUPER, INTER. Emprega-se hfen se a palavra seguinte comear por H ou R . Super-humano, super-realidade, inter-helnico, interrelacionado. d) Com os prefixos: PAN, MAL, CIRCUM. Emprega-se hfen se a palavra seguinte comear por VOGAL ou H. Pan-americano, mal-educado, circum-adjacente, malhabituado, pan-helnico. e) Com os prefixos: AB, AD, OB, SOB, SUB. Emprega-se hfen se a palavra seguinte comear por R. Ab-rogar, ad-rogar, sob-roda, sub-raa, ob-repo. Observao: O prefixo SUB tambm se separa por hfen antes de palavras iniciadas por B. Sub-base, sub-braquicfalo. f) Com os prefixos: AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA, ULTRA Emprega-se hfen se a palavra seguinte comear por VOGAL, H, R ou S. Auto-avaliao, contra-regra, extra-oficial, infra-som, intra-uterino, neo-republicano, proto-histrico, pseudo-humana, semi-reta, supra-sensvel, ultra-romntico. Observao: Extraordinrio nica exceo. g) Com os prefixos: ANTE, ANTI, ARQUI, SOBRE. Emprega-se hfen se a palavra seguinte comear por H, R ou S. Ante-sala, anti-social, sobre-saia, ante-humano, anti-regra, sobre-humano, arqui-rival.

Merecem Ateno Especial: Tome cuidado com a grafia de certas palavras. Algumas que no quotidiano apresentam problemas so: Aterrissar Beneficncia Beneficente Cabeleireiro Chuchu De repente Disenteria Empecilho Exceo xito Hesitar Jil Manteigueira Mendigo Meritssimo Misto Mortadela Prazerosamente Privilgio Salsicha 3. Emprego do Hfen O uso do hfen meramente convencional. Algumas regras esclarecem poucos problemas, mas muitos sero resolvidos apenas com a consulta ao dicionrio. Ainda assim alguns gramticos divergem em determinados casos. Uso Geral do Hfen Observe o que diz o Formulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa: S se ligam por hfen os elementos das palavras compostas em que se mantm a noo de composio, isto , os elementos das palavras compostas que mantm a sua independncia fontica, conservando cada um a sua prpria acentuao, porm formando o conjunto perfeita unidade de sentido. Exemplos: Couve-flor, p-de-moleque, gro-duque etc. Veja, em linhas gerais, o uso desse sinal. O hfen usado:

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LNGUA PORTUGUESA4. Acentuao Grfica Acentos Grficos: Marcam a slaba tnica: a) grave para indicar crase (ser visto em Crase). b) agudo para som aberto: caf, cip. c) circunflexo para som fechado: voc, compl. Sinais Grficos: Modificam o som da slaba: a) til (~) nasalizador de vogais: rom, ma, m, rfo Observao: o til substitui o acento grfico quando os dois recaem sobre a mesma slaba. irm, roms b) trema () indicador de pronncia tona do u: agentar, sagi, cinqenta, tranqilo Regras Gerais 1. Monosslabas Tnicas: recebem acento as terminadas em a(s), e(s), o(s): p, j, m, l, trs, ms, chs p, f, S, ms, trs, rs p, s, d, cs, ss, ns Ento: mar, sol, paz, si, li, vi, nu, cru me, lhe, mas (conjuno), ti 2. Oxtonas: recebem acento as terminadas em a(s), e(s), o(s), em (ens): sof, maracuj, Paran, anans, marajs, atrs Pel, caf, voc, fregus, holands, vis compl, cip, tren, retrs, comps, avs amm, tambm, armazm parabns, refns, armazns Ento: pomar, anzol, jornal, maciez saci, caqui, anu, urub