Apostila Trabalho Em Altura NR35
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TRABALHO EM ALTURA NR-35
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Apresentação
Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais se deve a eventos
envolvendo quedas de trabalhadores de diferentes níveis. Os riscos de queda em altura
existem em vários ramos de atividades e em diversos tipos de tarefas. A criação de uma
Norma Regulamentadora ampla que atenda a todos os ramos de atividade é um importante
instrumento de referência para que estes trabalhos sejam realizados de forma segura.
A criação de um instrumento normativo não significa contemplar todas as situações
existentes na realidade fática. No mundo do trabalho existem realidades complexas e
dinâmicas e uma nova Norma Regulamentadora para trabalhos em altura precisaria
contemplar a mais variada gama de atividades. Não poderiam ficar de fora o meio ambiente
de trabalho das atividades de telefonia, do transporte de cargas por veículos, da transmissão
e distribuição de energia elétrica, da montagem e desmontagem de estruturas, plantas
industriais, armazenamento de materiais, dentre outros. Por mais detalhadas que as medidas
de proteção estejam estabelecidas na NR, esta não compreenderia as particularidades
existentes em cada setor. Por isso a presente Norma Regulamentadora foi elaborada
pensando nos aspectos da gestão de segurança e saúde do trabalho para todas as atividades
desenvolvidas em altura com risco de queda, e concebida como norma geral, a ser
complementada por anexos que contemplarão as especificidades das mais variadas
atividades. O princípio adotado na norma trata o trabalho em altura como atividade que
deve ser planejada, evitando-se caso seja possível, a exposição do trabalhador ao risco, quer
seja pela execução do trabalho de outra forma, por medidas que eliminem o risco de queda
ou mesmo por medidas que minimizem as suas consequências, quando o risco de queda
com diferenças de níveis não puder ser evitado.
Esta norma propõe a utilização dos preceitos da antecipação dos riscos para a implantação
de medidas adequadas, pela utilização de metodologias de análise de risco e de
instrumentos como as Permissões de Trabalho, conforme as situações de trabalho, para que
o mesmo se realize com a máxima segurança.
Quanto ao procedimento de criação da Norma, este se iniciou em setembro de 2010,
quando foi realizado nos Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo o 1º Fórum
Internacional de Segurança em Trabalhos em Altura. Os dirigentes deste sindicato,
juntamente com a Federação Nacional dos Engenheiros, se sensibilizaram com os fatos
mostrados no Fórum e encaminharam ao MTE a demanda de criação de uma norma
especifica para trabalhos em altura que atendesse a todos os ramos de atividade.
O Ministério do Trabalho e Emprego submeteu a demanda à Comissão Tripartite Paritária
Permanente – CTPP, que deliberou favoravelmente. A Secretaria de Inspeção do Trabalho
criou em 06/05/2011, por meio da Portaria no 220, o Grupo Técnico para trabalho em
altura, formado por profissionais experientes, constituído de representantes do Governo,
Trabalhadores e Empregadores de vários ramos de atividade, que se reuniram em maio e
junho de 2011, produzindo o texto base da nova NR.
Esta proposta de texto foi encaminhada para consulta pública, pela Portaria MTE nº 232 de
09/06/2011, com prazo de encaminhamento de sugestões até 09/08/2011, submetendo à
sociedade o texto base da nova norma, intitulada “Trabalhos em Altura”. Em agosto de
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2011 foram analisadas e sistematizadas as sugestões recebidas da sociedade para inclusão
ou alteração da norma.
Em 26/09/2011 foi constituído o Grupo de Trabalho Tripartite – GTT para a nova norma
que, após reuniões em setembro, outubro, novembro e dezembro, em consenso, chegou à
proposta da Norma, que foi encaminhada à CTPP- Comissão Tripartite Paritária
Permanente para manifestação. Após a CTPP manifestar-se favoravelmente à proposta
apresentada, o Ministério do Trabalho e Emprego publicou em 26 de março de 2012 a
Portaria SIT no 313, de 23/03/2012, veiculando integralmente o texto elaborado pelo GTT,
como a NR35, - Norma Regulamentadora para Trabalhos em Altura. A Portaria nº 313
também criou a Comissão Nacional Tripartite Temática da NR35 – CNTT NR35, com o
objetivo de acompanhar a implementação do texto normativo, propor alterações ao mesmo
e auxiliar na elucidação das dúvidas encaminhadas pela sociedade.
Devido à grande amplitude de setores econômicos e atividades albergadas pela NR35, foi
estabelecido um prazo diferenciado para a entrada em vigor dos dispositivos normativos.
Desta forma, todos os itens, com exceção dos itens do Capítulo 3 e do item 6.4, cujos
prazos são de 12 meses, entram em vigor seis meses a partir da data de publicação da
Norma.
A elaboração de instrumentos para divulgação da Norma, como atividade da CNTT NR35,
foi antecipada pelo GTT, como comissão criadora da NR, pela consolidação das discussões
realizadas no âmbito do Grupo num instrumento de esclarecimento, orientação e elucidação
de dúvidas.
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Montagem de andaimes.
O trabalho de montagem de andaimes possui características peculiares, pois em
geral, os pontos de ancoragem são o próprio andaime, o que requer uma especial atenção a
cada movimento pois o trabalhador só deverá se conectar a pontos que já estejam
corretamente posicionados e travados.
Anterior a montagem devemos nos informar sobre a característica do andaime, e a
forma correta para a montagem do mesmo.A área deverá ser isolada a fim de evitarmos a
que da de materiais e o içamento das peças deverá ser feito com auxilio de equipamentos
especiais para este fim. A utilização dos Epi’s necessários são imprescindíveis conforme
demonstrado na figura abaixo.
Obs:O uso de cinto de segurança,
talabartes duplos e conectores de grande
abertura satisfazem perfeitamente a todos os
requisitos de segurança.
A movimentação com Talabartes.
Em todas as situações de trabalho em altura, onde não existam sistemas de proteção
coletiva instalado, o trabalhador deverá portar e utilizar um sistema de proteção contra
quedas individual, isto de maneira constante durante todo o seu deslocamento pelas
estruturas ou escadas tipo marinheiro.
Uma maneira de cumprir este requisito de maneira segura e eficiente, é a utilização de
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"Talabartes de Progrssão Duplos", estes são utilizados conectando-se alternadamente cada
uma das duas extremidades do talabarte, de maneira que o trabalhador tenha sempre um dos
dois conectores de grande abertura, conectado a estrutura, protegendo-o contra qualquer
possibilidade de queda.
Este sistema deverá ter um absorvedor de energia, instalado entre os talabartes e o corpo do
trabalhador, afim de minimizar o impacto causados a este último, em um caso de queda. É
importante que os talabartes sejam sempre conectados a pontos acima da cabeça do
trabalhador.
I – EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL
Dispositivo trava-queda
a) Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em
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operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de
segurança para proteção contra quedas.
Cinturão
a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em
trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no
posicionamento em trabalhos em altura.
Medidas de proteção contra quedas de altura.
É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores
ou de projeção de materiais.
As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente.
É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de
trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços.Os tapumes deverão ser
construídos de material resistente a projeção mecânica e queda de materiais, deverá
também promover a segurança de toda população flutuante do local.
Os materiais de trabalho deverão estar presos a suportes, evitando a queda dos mesmos .
Utilização de escadas.
*Use somente escadas em boas condições e tamanho adequado.
*Coloque a escada em ângulo correto, com a base a ¼ do comprimento da escada, utilize os
degraus para facilitar a contagem;
*Nunca coloque um escada em frente a abertura de um porta, ao menos que seja bem
sinalizada ou tenha alguém vigiando.
*Uma escada deve estar bem apoiada sendo segura na base ou amarrada no ponto de apoio.
*Não coloque a escada por sobre qualquer equipamento ou máquina.
*Suba ou desça de frente para as escada, não suba além dos dois últimos degraus.
*Materiais não podem ser transportados ao subir ou descer da escada, use equipamento
apropriado para elevar ou descer materiais.
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Cintos de Segurança .
Em atividades com risco de queda e altura superior a 2 m, deve ser usado cinto pára-
quedista, com ligação frontal (fig.1) ou dorsal (fig.2).
Em atividades sem risco de queda, com o objetivo de, simplesmente, limitar a
movimentação do trabalhador a um corredor de largura “L”, é permitido usar o talabarte
ligado à linha da cintura. Será o caso que utilizaremos na filial, os cintos serão presos no
próprio andaime.
...
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Fator de Queda
Fator de Queda é a relação entre a queda do trabalhador e o comprimento do talabarte que é
obtido pela fórmula: hQ/CT (hQ dividido por CT) onde:
hQ: Altura da queda
CT: Comprimento do Talabarte
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Modos e pontos de ancoragem.
1. Parafuso olhal PO-1: em paredes de alvenaria, utiliza-se o parafuso olhal passante, de
aço forjado, galvanizado a fogo, tipo prisioneiro (fig.4).
Importante: deve ser feita a verificação estrutural civil, garantindo a resistência de 1500
kgf, nos pontos de ancoragem.
2. Placa olhal PO-2: em paredes de concreto, utiliza-se a placa olhal de inox, com 2
chumbadores de 3/8” de diâmetro. Em superfícies metálicas, a placa olhal pode ser soldada
ou fixada por parafusos
Acesso aos pontos de ancoragem.
Para instalação temporária de linha de segurança vertical ao Parafuso olhal PO-1 ou
Placa olhal PO-2, situados a menos de 10 m do solo, usa-se a vara telescópica conectada ao
gancho G-1
Para instalação temporária de linha de segurança vertical em vigas com dimensões
circunscritas em um círculo com diâmetro de até 15 cm, usa-se a vara telescópica conectada
ao gancho G-2
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Vara Telescópica
Permite acessar pontos de ancoragem situados a menos de 10 m do solo. Fácil
regulagem e ajuste do comprimento, de 2,5 a 7,5 m. É a mais leve vara telescópica do
mercado: 2,6 kg.
Conexão da vara telescópica aos ganchos G-1 ou G-2, por simples rotação de 90º.
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Conexão do gancho G-2 à barra de ancoragem, por meio de pressão e rotação de 90º.
Conexão do gancho G-1 ao ponto de ancoragem e acionamento da trava de
segurança por meio de fio de nylon.
Para retirar a vara telescópica basta rotação inversa de 90º.
APLICAÇÕES
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1. Segura movimentação em escadas móveis, para limpeza, manutenção de luminárias,
exaustores e equipamentos industriais.
2. Segura movimentação em andaimes tubulares.
3. Segura movimentação em escadas de marinheiro.
Dispositivo Trava Quedas.
Fácil funcionamento
Não necessita das mãos para funcionar. O operário pode movimentar-se no plano
horizontal, assim como subir e descer escadas, rampas e pilhas de materiais, sem risco de
queda. O cabo retrátil nunca fica frouxo, devido a ação de uma mola de retorno. Havendo
movimento brusco, tropeço, desequilíbrio do operário ou quebra de telha, o equipamento
trava-se imediatamente e evita a queda da pessoa. Pode ser usado fixo num ponto acima do
local de trabalho ou deslocando-se na horizontal por um trole. Equipamento testado e
aprovado pelo Ministério do Trabalho (CA-5153). Deve ser usado com cinto pára-quedista,
ancoragem dorsal ou frontal.
Fixação do trava-queda
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Deve ser fixado sempre acima do trabalhador em local que resista a, no mínimo,
1500 kg. O deslocamento horizontal do trabalhador, em relação ao prumo do aparelho (L),
não deve ser superior a um terço da distância entre a argola dorsal do cinto e o solo (H).
Deslocamento vertical do trava-queda
Para otimizar o uso de qualquer trava-queda, seu ponto de fixação pode ser alterado
usando-se correntes de aço com elos de, no mínimo, 6mm de diâmetro.
Deslocamento horizontal do trava-queda
Os trava-quedas retráteis R-10 e R-20 podem ser montados em troles, para fácil
movimentação.
Em áreas internas, geralmente, utiliza-se o trava-queda R-10 conectado ao trole TR-
1 e trilho. I
Em telhados, usa-se o trava-queda R-10 ou R-20 conectado ao trole TR-2 e trilho. I
Em áreas externas de carga, usa-se o trava-queda R-10 conectado ao trole TR-3 e
cabo de aço.
Modelo R-10
Único produto no mercado com resistente carcaça de aço inoxidável e opção de
vedação para uso externo.
Possui 10m de cabo retrátil em aço galvanizado, 4,8mm de diâmetro, resistência de
1500 kg e terminal tipo olhal com destorcedor. Peso: 6 kg. Pode ser fornecido com cabo
inoxidável ou em kevlar.
Modelo R-20R
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Possui manivela para resgate em áreas confinadas. Demais características são
idênticas às do modelo R-20. Veja detalhes no nosso site, item 7 de “Nossos Produtos”.
Modelo R2
Indicado para trabalho com pouco deslocamento em relação ao ponto de fixação do
aparelho.
Possui dois metros de fita de nylon retrátil e dois mosquetões de aço inox
Gulin. Peso de 0,8 kg, pode ter seu ponto de fixação deslocado com uso de corrente
com elos de aço.
Modelo R-2 A
Possui absorvedor de energia na extremidade da fita de nylon. Demais
características são idênticas as do modelo R-2. Importante: Para seu uso, as normas
internacionais exigem que haja distância livre de queda de no mínimo 7m, abaixo do ponto
de fixação do aparelho. Essa exigência visa compensar o eventual grande aumento do
comprimento do absorvedor de energia no caso de seu funcionamento, conforme mostra a
figura ao lado.
Aplicações
2. Telhados
O Ministério do Trabalho exige que nos telhados sejam instaladas linhas de
segurança, para segura movimentação do trabalhador (NR 18.18).
Neste item , trataremos somente da forma de movimentação em toda a área do
telhado, não considerando a necessária proteção contra quebra de telhas. Para maiores
detalhes veja nosso site, item 9 de “Nossos Produtos” e Informativo Técnico “Trabalho em
Telhados”.
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Geralmente, a linha de segurança é constituída de trilho de aço I (4”x2 5/8”),
instalado na cumeeira, conforme pode ser visto nas figuras 2 e 6.
Para telhados com largura (L) de até 10 m, usa-se o trava-queda retrátil R-10. Para larguras
de até 20 m, usa-se o modelo R-20.
Para telhados com largura superior a 20 m, não é utilizado trava-queda retrátil,
devido ao peso do aparelho e a dificuldade de locomoção do trabalhador.
3. Andaimes suspensos
Sobre o aspecto técnico, o trava-queda retrátil R-10, usado com ancoragem dorsal, é
indiscutivelmente o mais indicado para trabalho em andaimes suspensos, visto que, oferece
ao trabalhador total mobilidade para execução do serviço. Na prática, por motivos
puramente comerciais, usa-se o trava-queda para cabo de aço ou corda vertical fixos e
tenta-se aumentar um pouco a mobilidade do trabalhador usando-se um talabarte de
comprimento maior que o indicado pelo fabricante. Tal procedimento é totalmente errado e
pode provocar acidentes graves, pelo fato de que o trava-queda poderá ser submetido a
cargas dinâmicas superiores aos valores projetados e testados.
Manutenção
Diariamente, antes do uso do trava-queda, verificar :
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a) O perfeito estado do cabo retrátil.
b) Imediato travamento do cabo, apo s ser puxado com força para fora.
c) Retorno integral do cabo retrátil, após deixar de ser puxado.
Anualmente ou após ter sido utilizado para deter massa superior a 40 kg, o trava-queda
retrátil deve ser inspecionado pelo fabricante ou representante (PNB 32:004.01.03).
Importante : para durabilidade da mola retrátil, jamais deixar o cabo retrair em alta
velocidade.
PRINCIPAIS ÁREAS DE TRABALHO COM RISCO DE QUEDA E SOLUÇÕES TRABALHO EM TELHADOS E COBERTURAS
1- PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES:
Rompimento de telhas por baixa resistência mecânica;
Tábuas mal posicionadas, danificadas, deformadas e/ou escorregadias;
Mal súbito do funcionário ou intoxicação decorrentes de gases, vapores ou poeiras no telhado;
Calçados inadequados e/ou impregnados de óleo ou graxa;
Inadequado içamento de telhas e transporte sobre o telhado;
Locomoção sobre coroamento dos prédios;
Escadas de acesso ao telhado sem a devida proteção;
Ofuscamento por reflexo do sol;
Falta de sinalização e isolamento no piso inferior;
Trabalho com chuva ou vento;
Escorregamentos em telhados úmidos, molhados ou com acentuada inclinação;
Precariedade nos acessos aos telhados. PLANEJAMENTO DO TRABALHO:
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Todo serviço realizado sobre telhado exige um rigoroso planejamento, devendo necessariamente ser verificado os seguintes itens:
Tipo de telha, seu estado e resistência. Materiais e equipamentos necessários à realização dos trabalhos;
Definição de trajeto sobre o telhado visando deslocamento racional, distante de rede elétrica ou área sujeita a gases, vapores e poeiras;
Sinalização e isolamento da área prevista para içamento e movimentação de telhas;
Definição dos materiais, ferramentas e equipamentos (EPIs) necessários à realização do trabalho;
Necessidade de montagem de passarelas, escadas (figura 1), guarda-corpos (figura 2) ou estruturas sobre o telhado para facilitar a manutenção de telhas, calhas, claraboias, chaminés, lanternins, etc;
Definição dos locais para instalação de cabo-guia ou cabo de segurança para possibilitar o uso do cinturão de segurança, conforme exigência do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego);
Condições climáticas satisfatórias para liberar trabalho em telhado, visto que é proibido com chuva ou vento; programar desligamento de forno ou outro equipamento do qual haja emanação de gases e estão sob o telhado em obras;
Orientar os trabalhadores e proibir qualquer tipo de carga concentrada sobre as telhas, visto que é o motivo principal de graves acidentes.
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DURANTE O TRABALHO: Para execução do trabalho em telhados é importante considerar alguns aspectos:
1) PROIBIR CARGA CONCENTRADA:
– as telhas de fibrocimento, alumínio ou barro não foram projetadas para suportar cargas concentradas. Seus fabricantes advertem para não pisar ou caminhar diretamente sobre elas. Considerando que a maior parte dos acidentes em telhados ocorrem por rompimento mecânico de seus componentes, motivados por concentração excessiva de pessoas ou materiais num mesmo ponto, recomendamos:
Nunca pisar diretamente nas telhas;
Nunca pisar, apoiar passarelas metálicas ou tábuas sobre telhas translúcidas flexíveis, visto que elas não foram projetadas para suportar pesos;
Nunca permitir concentrar mais de uma pessoa num mesmo ponto do telhado ou mesma telha;
O beiral do telhado não suporta peso de pessoas ou cargas;
Todo material usado deve ser imediatamente removido após conclusão do
serviço.
2) IÇAMENTO DE TELHAS 3) ESCADAS DE ACESSO
AOS TELHADOS
As telhas devem ser suspensas uma a uma, amarradas como mostra a figura acima. Note-se o nó acima do centro de gravidade da carga que evitará seu tombamento.
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4) MOVIMENTAÇÃO NO TELHADO E COBERTURAS
O Ministério do Trabalho e Emprego exige por meio da NR 18 que, nos telhados, seja instalada a linha de segurança (1) para movimentação do trabalhador com cinturão de segurança tipo paraquedista. O seguro deslocamento de subida ou descida no telhado ou rampa é feito com manuseio de um travaqueda deslizante (modelo indicado para trabalho em telhado) em sua corda (2) especificada pelo anexo I da NR-18 do MTE com 12 milímetros de diâmetro. IMPORTANTE: Usar passarelas (3). Nunca pisar diretamente nas telhas.
RABALHO EM FACHADAS 2. PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES:
Utilização de andaimes e cadeiras suspensas por pessoas não habilitadas;
Andaimes ou cadeiras improvisados ou em mal estado de uso;
Uso de andaimes ou cadeira suspensa sem travaqueda;
Uso de travaqueda com extensor errado;
Passagem do telhado ao andaime ou cadeira suspensa sem a devida proteção;
Movimentação sem proteção nos beirais da fachada;
Trabalho com chuva ou vento;
Rompimento do ponto de ancoragem por baixa resistência mecânica;
Cabo de aço e cordas danificados;
Pisos escorregadios;
Precariedade nos acessos à cobertura. PLANEJAMENTO DO TRABALHO Todo serviço realizado em fachadas exige um rigoroso planejamento, devendo
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necessariamente ser verificado os seguintes itens:
Definição do tipo de cadeira suspensa ou andaime em função das características da
fachada, acessos à cobertura e interferências para execução do trabalho;
Definição da movimentação nos beirais visando deslocamento racional, distante de rede
elétrica e garantindo-se resistência mecânica de todos os pontos de ancoragem de, no mínimo, 1500 quilos para cargas verticais ou 2200 quilos para carga horizontal (Linha de vida horizontal);
Definição dos materiais, ferramentas e equipamentos (EPIs), necessários à realização
do trabalho;
Os andaimes e cadeiras suspensas devem ser usados em conjunto com o travaqueda;
Na passagem do telhado ao andaime ou cadeira ou durante a movimentação pelos
beirais, deve ser usado cinturão de segurança tipo paraquedista ligado, por meio de talabarte, a um ponto de ancoragem;
Controle médico e qualificação técnica dos trabalhadores, dentro do prazo de validade, para serviço nesta área com alta periculosidade;
Deve ser usada cadeira suspensa com Certificado de Revisão do fabricante, dentro do prazo de validade (doze meses, conforme NBR 14.751);
Condições climáticas satisfatórias para liberar trabalho em fachada, visto que é proibido com chuva e/ou vento.
DURANTE O TRABALHO: No trabalho em fachadas temos constatado, com frequência, procedimentos errados possíveis de provocar graves acidentes, conforme apresentamos: ANDAIMES SUSPENSOS EXIGÊNCIA DO MTE (NR 18.15.31): “O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista ligado ao travaqueda, este ligado a cabo-guia fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do andaime suspenso.”
Exigência do MTE: Cinturão paraquedista ligado ao travaqueda, este ligado em cabo independente do andaime.
Exemplo de correto uso: Travaqueda para corda usado em andaime suspenso: Modelo XN com extensor (ligação entre cinturão e travaqueda constituído de, no máximo, dois mosquetões e seis elos de corrente (Especificação constante do CA 7025).
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IMPORTANTE: O extensor do travaqueda deve ter comprimento de, no máximo, o especificado no CA.
Exemplo de uso errado:
A figura 3 mostra que o trabalhador, para ter maior mobilidade, por sua conta e risco, costuma aumentar o comprimento do extensor do travaqueda ou substituí-lo por um talabarte longo. Havendo uma queda, provavelmente haverá um acidente, pois o travaqueda não foi fabricado e ensaiado para funcionar nas condições montadas Figura 3 erradamente.
NOTAS: 1 – Este procedimento errado e perigoso pode ser visto no vídeo n° 22 (O máximo da insegurança); 2 – Desejando-se maior mobilidade, sugerimos o uso de travaqueda tipo retrátil (Vide pág. 16 e 17).
CADEIRAS SUSPENSAS “O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao travaqueda em cabo independente da cadeira.”
Até o final do século passado, todos os grandes fabricantes de cadeiras suspensas indicavam o uso do travaqueda ligado à argola dorsal do cinturão tipo paraquedista (Fig.1).
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Visando eliminar o possível cenário de emergência com acidentado em suspensão inerte apresentado na figura 2, os grandes fabricantes internacionais de cadeiras suspensas como, por exemplo, a SALA – PROTECTA (EUA / Europa), a MITTELMANN (Alemanha) e a TRACTEL (França), atualmente, usam o sistema de retenção por travaqueda que atua de forma integrada (Fig. 3), ou seja, em caso de rompimento do cabo da cadeira o trabalhador continua mantido na mesma condição confortável de trabalho (Fig. 4), aguardando
o resgate.
TRABALHO EM ÁREAS DE CARGA 3. PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES: Nos trabalhos de carga, descarga e enlonamento em caminhões e vagões, os acidentes de quedas com diferença de nível são causados, basicamente, pelos seguintes motivos: - movimentação sobre cargas e pisos irregulares; - movimentação sobre superfícies impregnadas de óleos e graxas; - calçados e luvas inadequados e/ou impregnados de óleos e graxas; - acesso difícil e perigoso ao topo da carga; - movimentação súbita do caminhão ou vagão; - mal súbito do trabalhador. PLANEJAMENTO DO TRABALHO: Na área de carga sobre caminhões, para proteção contra queda dos trabalhadores, o uso de travaquedas retráteis é a melhor e mais usada solução.
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A – SISTEMAS ATUAIS DE TRABALHO EM ÁREAS DE CARGA:
O espaço sobre caminhões é usado para instalação de cabos de aço (Fig.1) ou trilhos de aço (Fig.2), por onde os trabalhadores deslocam-se com segurança equipados de cinturões de segurança ligados a travaquedas retráteis. A movimentação das cargas entre caminhões e depósitos é feita por empilhadeiras motorizadas que acessam as laterais dos caminhões.
Os travaquedas movimentam-se por meio de troles nos cabos de aço (Fig.3) ou trilhos de aço (Fig.4). B – NOVA PROPOSTA DE TRABALHO EM ÁREA DE CARGA: Visando oferecer uma alternativa de movimentação de carga sem a utilização das empilhadeiras motorizadas, existe no mercado o novo sistema de trabalho denominado “MONOVIA TOTALFLEX”, que possibilita integrar, num único trilho horizontal suspenso, a proteção do trabalhador e a fácil movimentação de carga, sem necessidade de motores.
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VANTAGENS DO NOVO SISTEMA DE TRABALHO: 1. Perfeita movimentação do homem e da carga na reta e na curva. O trabalhador desloca uma carga com uma força horizontal de apenas 2% de seu peso. Por exemplo: uma carga de 300 kg é empurrada com uma força horizontal de apenas 6 kg. Durante o deslocamento horizontal, o trabalhador nem percebe a presença do travaqueda retrátil ligado nas suas costas. 2. Movimentação suspensa da carga elimina dificuldade de movimentação por rodas sobre irregularidades do piso: desnível entre pisos da carroceria do caminhão e armazém, degraus, rampas, etc. 3. Facilidade de montar a monovia: só é necessário usar parafusos na base ou laterais dos trilhos. TRABALHO EM ESTRUTURAS, TANQUES E SILOS 4. PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES:
Locomoção sobre as estruturas sem proteção contra queda;
Inadequado içamento e transporte de material no local;
Escorregamentos em estruturas úmidas, molhadas ou com acentuada inclinação;
Precariedade nos acessos às estruturas;
Trabalho com chuva ou vento;
Tábuas mal posicionadas, danificadas, deformadas e/ou escorregadias;
Escadas de acesso sem a devida proteção;
Falta de sinalização e isolamento na área;
Ofuscamento por reflexo do sol;
Calçados inadequados e/ou impregnados de óleo ou graxa;
Mal súbito do funcionário ou intoxicação decorrentes de gases, vapores ou poeiras no local.
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TRABALHO EM ESTRUTURAS LINHA DE VIDA HORIZONTAL: É um prático sistema de trabalho que permite movimentação dos trabalhadores com segurança sobre vigas e beirais de estruturas. É constituída de corda de poliéster ou cabo de aço. Pode ser montada em poucos minutos por práticos suportes de ancoragem.
CINTURÃO PARAQUEDISTA COM TALABARTE DUPLO PARA MOVIMENTAÇÃOALEATÓRIA:
Um exemplo de aplicação da LINHA DE VIDA HORIZONTAL em estruturas é no trabalho sobre pontes ferroviárias, conforme figura ao lado.
Para executar trabalho em estruturas, o trabalhador, geralmente, necessita de movimentações aleatórias (subida, deslocamento à esquerda e direita, descida, etc.) e o uso do cinturão de segurança com talabarte duplo tem se mostrado o mais prático sistema para movimentação em qualquer direção.
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TRABALHO EM TANQUES E SILOS:
O trabalho ao longo de torres e estruturas verticais, geralmente, é complementado com o uso de travaqueda guiado deslizante em cabo de aço vertical, conforme figura ao lado.
O trabalho em fachadas externas e internas de tanques e silos pode ser realizado, com segurança, facilidade e rapidez, utilizando cadeira suspensa movimentando-se em trilho conforme a figura ao lado. Nas fachadas internas de tanques e silos, devem ser consideradas todas as exigências adicionais para trabalho em espaço confinado (NR-33).
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5- TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADOADO
O MTE exige, para serviços em espaços confinados, equipamentos adequados que garantam em qualquer situação, conforto e segurança do trabalhador nas três operações fundamentais: a) Fácil movimentação em escadas que obedeçam as exigências do item 18.12.5 da NR-18 do MTE; b) Proteção contra queda por meio de dispositivo travaqueda, conforme exigência do Anexo I da NR-6 do MTE; c) Rápido e fácil resgate por um só vigia, por meio de um guincho, conforme exigência do item 33.4 da NR-33 do MTE. CRITÉRIOS PARA ESCOLHER EQUIPAMENTOS COM CABO DE AÇO OU CORDA: Para escolha adequada, devem ser considerados os seguintes aspectos: 1) Para segurança contra perigo de faísca em espaço confinado com atmosfera potencialmente explosiva, é comum usar equipamentos com corda sintética ou cabo de aço com revestimento sintético; 2) Em serviços envolvendo solda, máquinas de corte ou produtos ácidos, costuma-se usar cabo de aço; 3) Em locais com risco de contato com fiação energizada, costuma-se usar corda, devido à sua baixa condutividade elétrica; 4) Nas indústrias farmacêuticas e alimentícias é normal usar cabo de aço inoxidável; 5) Em locais com risco de haver movimentação do cabo sobre quinas cortantes de concreto ou aço, durante uma emergência, adota-se o robusto cabo de aço com 8 mm de diâmetro, carga de ruptura de 3480 kg. CRITÉRIOS PARA ESCOLHER OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA E RESGATE: ESPAÇO CONFINADO COM ESCADA: Existem duas alternativas de trabalho: 1) Usar um só aparelho denominado travaqueda resgatador. 2) Usar um guincho para pessoa em conjunto com um travaqueda deslizante. Vejamos em detalhes as características, vantagens e restrições de cada sistema de trabalho:
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1ª ALTERNATIVA:
TRAVAQUEDA RESGATADOR:
PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NA ESCADA: O trabalhador pode movimentar-se com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo retrátil nunca fica frouxo, devido à ação de uma mola de retorno. Havendo movimento brusco ou desiquilíbrio do trabalhador, o equipamento trava-se imediatamente e evita a queda da pessoa. RÁPIDO E FÁCIL RESGATE POR UM SÓ VIGIA: Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou no piso do espaço confinado, bastará o vigia ativar e movimentar a manivela de resgate. Importante: durante a movimentação normal do trabalhador, na escada ou no piso, o travaqueda resgatador libera ou recolhe o cabo automaticamente, sem auxílio do vigia. Este só tem o trabalho de ativar a manivela de resgate e girá-la quando efetua o resgate. LIMITAÇÕES DE USO DO TRAVAQUEDA RESGATADOR: Para trabalho constante de içar ou descer pessoa ou material, deve ser usado um guincho, visto que a manivela de resgate do travaqueda resgatador só deve ser usada na emergência.
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2ª ALTERNATIVA: GUINCHO PARA PESSOAS EM CONJUNTO COM UM TRAVAQUEDA
DESLIZANTE:
VANTAGENS DOS GUINCHOS PARA PESSOAS: * Podem usar cabos de aço ou cordas de grande comprimento. * Resgate instantâneo, sem necessidade de ativar a manivela.
PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NA ESCADA: O trabalhador pode movimentar-se com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo de aço ou corda do travaqueda deslizanteé preso no suporte externo ao espaço confinado, mantido esticado por um pequeno peso. Havendo movimento brusco ou desequilíbrio do trabalhador, o equipamento trava-se imediatamente e evita a queda da pessoa. RÁPIDO E FÁCIL RESGATE POR UM SÓ VIGIA: Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou no piso do espaço confinado, bastará o vigia movimentar a manivela do guincho no sentido de içamento.
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ESPAÇO CONFINADO SEM ESCADA: Não havendo escada, é obrigatório utilizar um guincho para movimentação de pessoas, aprovado pela NBR 14.751 da ABNT.
Durante a movimentação do guincho pelo vigia, o trabalhador poderá deslocar-se sentado em uma cadeira suspensa (Fig. 1) ou na posição vertical pelo suporte de ombros (Fig. 2).
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O uso da cadeira suspensa oferece máximo conforto e permite pendurar material, sendo que o peso total, trabalhador mais carga, não ultrapasse 140 kg. O uso da cadeira suspensa oferece desempenho eficiente, principalmente para trabalho nas paredes ao longo do espaço confinado.
PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS: Usando-se cadeira suspensa ou suporte de ombros é obrigatório utilizar um travaqueda em linha independente. O cabo de aço ou a corda do travaqueda deve ser preso no tripé e mantido esticado por um pequeno peso. Havendo movimento brusco do trabalhador ou rompimento do cabo de sua sustentação, o travaqueda bloqueia imediatamente a movimentação e evita o acidente. RÁPIDO E FÁCIL RESGATE POR UM SÓ VIGIA: Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação no espaço confinado, bastará o vigia movimentar a manivela do guincho no sentido de içamento.
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES:
Utilização de andaimes, plataformas de trabalho aéreo e cadeiras suspensas por pessoas não habilitadas;
Andaimes ou cadeiras improvisados ou em mal estado de uso;
Uso de andaimes, cadeira suspensa ou escadas móveis sem travaqueda;
Uso de travaqueda com extensor errado;
Acesso ao andaime ou cadeira suspensa sem a devida proteção;
Movimentação sem proteção nos beirais ou teto;
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Rompimento do ponto de ancoragem por baixa resistência mecânica;
Cabo de aço e cordas danificados;
Pisos escorregadios;
Precariedade nos acessos aos pontos mais altos.
PLANEJAMENTO DO TRABALHO: Todo serviço realizado em grandes áreas internas exige um rigoroso planejamento, devendo necessariamente ser verificado os seguintes itens:
Definição do equipamento a ser usado: escada móvel, cadeira suspensa, andaime ou plataforma de trabalho aéreo, em função das características do local e interferências para execução do trabalho;
Definição da movimentação nos beirais, visando deslocamento racional, distante de rede elétrica e garantindo-se resistência mecânica de todos os pontos de ancoragem de, no mínimo, 1500 kg para cargas verticais e 2200 kg para cargas horizontais.
Definição dos materiais, ferramentas e equipamentos (EPIs), necessários à realização do trabalho;
Os andaimes, cadeiras suspensas e escadas móveis devem ser usados em conjunto com o travaqueda;
Deve ser usada cadeira suspensa com Certificado de Revisão do fabricante, dentro do prazo de validade (doze meses, conforme NBR 14.751). EQUIPAMENTOS USADOS EM GRANDES ÁREAS INTERNAS:
1) ESCADAS MÓVEIS:
Devem obedecer as exigências construtivas do MTE, indicadas na página 31.
2) CADEIRAS SUSPENSAS:
Na manutenção de grandes áreas internas, a cadeira suspensa manual usada em trilho horizontal oferece as seguintes vantagens operacionais:
Não possuem limitação para deslocamento vertical e horizontal;
Operam em mínimos espaços: em áreas inferior a um metro quadrado;
Mais rápida forma de limpeza de fachadas e tetos (fator importante em locais com grande circulação de pessoas como, por exemplo, shoppings);
Podem operar com facilidade sobre obstáculos no solo (máquinas, escadas, balcões, divisórias, etc.);
Podem ser equipadas com cesto para transportar materiais de limpeza, pintura, luminárias, lâmpadas, etc.;
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FÁCIL RESGATE À DISTÂNCIA O EMPREGADOR DEVE DISPONIBILIZAR RECURSOS PARA RÁPIDOS RESGATES. A NR 35 do MTE determina que todo trabalho em altura deve ser precedido de análise de risco incluindo o planejamento do rápido resgate do trabalhador que fica suspenso pelo equipamento de proteção contra queda. RESGATE CONVENCIONAL O método de resgate convencional exige que o resgatador faça rapidamente as seguintes operações:
1. Acessar ao ponto que está ancorado o cabo do acidentado; 2. Descer até o acidentado e transferir sua sustentação para a corda do resgatador (a grande dificuldade do resgate); 3. Concluir a descida até o solo, controlando seu peso e do acidentado. Um completo resumo das dificuldades encontradas para efetuar um resgate convencional é apresentado no nosso vídeo n° 2 onde se conclui: O resgate convencional é difícil, demorado e perigoso de ser efetuado até por experientes bombeiros. Exige do resgatador ótimo preparo físico, contato com o acidentado, risco de queda e outros riscos que tenham provocado o acidente (Eletricidade, gases, etc).
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RESGATE À DISTÂNCIA O método de resgate à distância não expõe o resgatador a risco. Pode ser operado por qualquer trabalhador treinado. Utiliza o resgatador RG-1 tendo o travacabo TG-1 na extremidade de sua corda
Utiliza a mesma corda exigida pelo MTE para travaquedas e cadeiras suspensas: corda de poliamida, 12 milímetros de diâmetro, resistência de 2.200 quilos, especificação construtiva dada pelo anexo I da NR 18.16.6. O equipamento atende às exigências da norma EN 341 classe A: 2011 e permite resgate de várias pessoas conforme é detalhado logo a seguir. CARACTERÍSTICAS DO TRAVACABO TG-1 Dispositivo automático (patenteado) para conexão instantânea, sem uso de ferramentas, da extremidade da corda do resgatador RG-1 no cabo de aço ou corda que mantem o acidentado em suspensão inerte. Conecta-se a qualquer cabo de aço ou corda com diâmetro de até 16 milímetros.
O resgate à distância é fácil, rápido e seguro conforme pode ser observado no nosso vídeo n° 2, serve para resgate de alturas até 100 metros. CARACTERÍSTICAS DO RESGATADOR RG-1 É um sistema de resgate e descida. Controla automaticamente a velocidade de descida do acidentado (peso até 100 quilos) em torno de 0,5m / s. Possui volante com manopla para içar ou descer o acidentado manualmente e trava por meio de botões para bloqueio da movimentação do sistema durante cuidados com o acidentado ou transferência do seu peso para a corda de resgate.
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NOTA: Em situações de difícil acesso manual ao cabo do acidentado deve ser usado o travacabo modelo TG-2 que é operado por meio de uma vara telescópica com comprimento ajustável entre 1,5 a 4,5 metros, com desengate rápido por fina corda, conforme pode ser visto no vídeo n° 2. SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES PARA EFETUAR O RÁPIDO RESGATE À DISTÂNCIA
1. Fixar o resgatador RG-1 junto ao ponto que está ancorado o cabo do acidentado; 2. Conectar o travacabo TG-1 em qualquer ponto do cabo do acidentado; 3. Acionar o volante do resgatador até que a conexão do cabo do acidentado fique sem carga; 4. Travar o volante e desconectar a ponta do cabo do acidentado; 5. Para efetuar a descida automática do acidentado basta fechar a manopla preta e destravar o volante.
DESCIDA AUTOMÁTICA DE EMERGÊNCIA O equipamento RG-1 é indicado também para descida de emergência de uma ou mais pessoas de torres, guindastes, ponte-rolantes, silos, edifícios, de escritórios / apartamentos, de forma automática segura e suave. Satisfaz às exigências da norma europeia EN 341 classe A: 2011. Uso facílimo, dispensa treinamento.Utiliza corda de poliamida com 12mm de diâmetro e dois cintos de resgate tipo abdominal com ajuste rápido.
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Funcionamento simples, rápido e seguro: Desce uma pessoa por uma ponta da corda e simultaneamente sobe a outra ponta para a próxima utilização. Permite descida de dezenas de pessoas em poucos minutos. (Veja vídeo n° 2) Velocidade automática de descida igual ao do elevador convencional: cinco segundos por andar.
INSTRUÇÃO DE USO
1. Instalar o aparelho em local prédeterminado que resista a, no mínimo, carga de 1.000 quilos e soltar a corda. Para maior facilidade de utilização, o equipamento deve ser fixado cerca de 180 cm do piso e 30 cm de distância da parece. O comprimento da corda deverá ser no mínimo, igual à distância entre o ponto de instalação do aparelho ao solo.
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