Apostila de Desenho Tecnico curso tecnico seguranca do trabalho
Apostila Seguranca Do Trabalho 2012
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Figura 6.4: Quadro comparativo dos tipos de extintoresFonte: CTISM
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 78
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ResumoO risco de incndio um grande temor dentro de indstrias onde se trabalha
com mquinas de grande potncia ou onde os processos envolvem elementos
inflamveis. Com os cuidados necessrios, esse risco torna-se menor, propor-
cionando maior segurana aos trabalhadores.
Atividades de aprendizagem1. Cite pelo menos 5 providncias a serem tomadas em caso de incndio.
2. Quais os tipos de equipamentos usados para o combate a incndios?
e-Tec BrasilAula 6 - Preveno e combate a incndios 79
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e-Tec Brasil
Aula 7 Equipamentos de proteo individual e coletiva
Objetivos
Conhecer os equipamentos de proteo coletiva como recursos
que ampliam a segurana do trabalhador.
7.1 Equipamentos de proteoDe acordo com a Portaria 3214 de 08 de julho de 1978, em sua Norma
Regulamentadora NR 6, a empresa obrigada a fornecer gratuitamente a
seus funcionrios os Equipamentos de Proteo Individual (EPI) para proteo
adequada aos riscos existentes no local de trabalho, sempre que as medidas
de controle coletivas forem inviveis ou estiverem em fase de implantao.
Ao adquirir EPI, deve-se ter a preocupao de que eles possuam o Certificado
de Aprovao, sem o qual o equipamento no ter validade legal.
de responsabilidade da empresa controlar e disciplinar o uso dos equipa-
mentos fornecidos, cabendo-lhe a aplicao das punies previstas em lei
para aquele que se recusar a us-los.
dever dos empregados usar os EPIs recomendados pela empresa e zelar por
sua conservao.
O equipamento de proteo todo e qualquer dispositivo individual (EPI) ou
(EPC), de fabricao em srie ou desenvolvido especialmente para o caso,
destinado a proteger a sade e a integridade fsica do trabalhador, projetado
conforme os riscos levantados e os tempos de exposio observados, instalado
em campo por pessoal especializado, segundo as peculiaridades do ambiente e/
ou do trabalhador, que ser treinado no correto emprego do dispositivo e ter
seus resultados monitorados para averiguao da manuteno de sua eficcia.
Confira os seguintes endereos para maiores informaes:http://pt.wikipedia.org/wiki/equipamento_de_prote%c3%a7%c3%a3o_individual
http://pt.wikipedia.org/wiki/equipamento_de_prote%c3%a7%c3%a3o_coletiva
http://www.abcp.org.br/banner_habitacao/banner_auto_construcao/pdf/metodol_exec%20_kit_resposta.pdf
e-Tec BrasilAula 7 - Equipamentos de proteo individual e coletiva 81
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7.1.1 Equipamentos de Proteo Coletiva EPCSo equipamentos instalados no local de trabalho que servem para proteger
mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Exemplos: biombos, exaustores, ven-
tiladores, paredes acsticas e trmicas, iluminao de emergncia, alarmes,
extintores, etc.
Os EPC so importantes como medidas de controle perante a ao de agentes
potencialmente insalubres, tendo como objetivo a neutralizao ou eliminao
da insalubridade, consequentemente a preservao da sade e integridade
fsica do trabalhador, como por exemplo: exausto localizada para solda, bar-
reiras acsticas, dispositivos anti-vibratrios, cabine de pintura com exausto
e cortina dgua, isolantes acsticos, enclausuramento acstico, isolamento
trmico, etc.
7.1.2 Equipamentos de proteo individual EPISo recursos amplamente utilizados para ampliar a segurana do trabalhador,
assumindo papel de grande responsabilidade, tanto por parte da empresa
no tocante seleo, escolha e treinamento dos usurios, como tambm do
prprio empregado em dele fazer uso para o bem da sua prpria integridade
fsica diante da existncia dos mais variados riscos aos quais se expe nos
ambientes de trabalho.
7.1.3 Exigncia legal para empresa e empregadoA Consolidao das Leis do Trabalho CLT, relativo Segurana e Medicina
do Trabalho, informa:
Art. 166 A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratui-
tamente, equipamentos adequados ao risco e em perfeito estado de
conservao e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral
no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes e danos
sade dos empregados.
Art. 167 O equipamento de proteo s poder ser posto venda ou
utilizado com a indicao do Certificado de Aprovao do Ministrio
do Trabalho.
A empresa deve tambm treinar o empregado para utilizar corretamente o
EPI tornando seu uso obrigatrio, e responsabilizando-se por sua substituio
sempre que as condies assim o requererem.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 82
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De um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados cada vez em que
h troca de usurio, bem como, tambm oferecer-lhe lugar prprio para
guard-lo aps seu uso.
Recomenda-se manter um fichrio para controlar o fornecimento dos Equi-
pamentos de Proteo Individual, de modo que cada equipamento entregue
receba a assinatura do usurio na data da entrega.
7.2 Classificao dos EPI7.2.1 Proteo para a cabeaRiscos: impactos, penetraes, choque eltrico, queimaduras, arrancamento de cabelos ou do couro cabeludo.
Protetores: capacete de segurana (Figura 7.1), bons, gorros e redes.
Figura 7.1: CapaceteFonte: CTISM
7.2.2 Proteo visual e facialRiscos: impacto de partculas slidas ou lquidas, irritao por gases, vapores, poeiras, fumos, fumaas, nvoas, neblinas, radiao luminosa com intensa
queimadura.
Protetores visuais: culos (Figura 7.2)
e-Tec BrasilAula 7 - Equipamentos de proteo individual e coletiva 83
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Figura 7.2: culos de proteoFonte: CTISM
Protetores faciais: visam dar proteo face e ao pescoo, contra impacto de partculas volantes e respingos de lquidos prejudiciais e, tambm, a dar
proteo contra ofuscamento e calor radiante, onde necessrio. Classificam-se
em cinco tipos bsicos: visor de plstico incolor, visor de plstico com tonali-
dade, visor de tela, anteparo de tela com visor plstico, anteparo aluminizado
com visor e mscara para soldador.
7.2.3 Proteo respiratriaRiscos: deficincia de oxignio no ambiente e contaminantes nocivos pre-sentes no ambiente.
Protetores: mscaras com filtros qumicos, mscaras com filtros mecnicos e mscaras com filtros combinados (Figura 7.3).
Figura 7.3: Mscaras semifaciaisFonte: CTISM
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Aparelhos de isolamento: so aqueles que fornecem ao indivduo uma atmosfera respirvel, conseguida independentemente do ambiente de
trabalho; so equipamentos que isolam o usurio do seu ambiente, vindo
o ar respirvel de outras fontes. O seu uso para ambientes contamina-
dos a altas concentraes, ou pobres em oxignio, nos quais proibitivo
o uso de mscaras a filtro. Classificam-se em dois grupos autoproteto-
res ou autnomos e aparelhos de proviso ou aduo de ar.
7.2.4 Proteo auricularRiscos: rudo excessivo > 85 dB (A)
Protetores: protetores de insero (Figura 7.4), protetores de circum-auri-culares (tipo concha).
Figura 7.4: Abafador tipo insero e abafadores tipo conchaFonte: CTISM
7.2.5 Proteo para o troncoRiscos: cortes e atritos, projeo de partculas, golpes, abraso, calor radiante, respingos de material fundente (em fuso), respingos de cidos, substncias
nocivas e umidade.
Protetores: aventais, jaquetas ou conjunto de jaqueta e cala e capas. Podem ser confeccionados nos mais diversos materiais, em couro, PVC, neoprene,
amianto, amianto aluminizado, tecido, borracha, plstico e malha de ao,
conforme o risco envolvido.
e-Tec BrasilAula 7 - Equipamentos de proteo individual e coletiva 85
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7.2.6 Proteo para os membros superioresRiscos: golpes, cortes, abraso, substncias qumicas, queimaduras, choque eltrico e radiaes ionizantes.
Protetores: luvas protetoras da palma da mo, protetores de punho, man-gas e mangotes, confeccionados em couro, borracha, neoprene, cloreto de
polivinita (PVC), amianto, tecidos e malha de ao. (Figura 7.5)
Figura 7.5: LuvasFonte: CTISM
7.2.7 Proteo para membros inferioresRiscos: superfcies cortantes e abrasivas, objetos perfurantes, substncias qumicas, choque eltrico, agentes trmicos, impacto de objetos, presso esttica e umidade.
Protetores: sapatos, botinas, botas, chancas (calado com solado de madeira), sapato de ao corrugado (protetor metlico), protetor do dorso do p (metlico),
perneira (perneira com polaina ou tala), caneleiras, confeccionados em couro,
borracha, PVC, neoprene, neolite, tecido, madeira, aglomerados e ao. (Figura 7.6)
Figura 7.6: Calado de seguranaFonte: CTISM
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7.2.8 Cremes de proteoNeutralizam a ao agresso de agentes qumicos, mantendo o pH da pele em
nveis normais, estabelecendo um efeito barreira, dificultando e impedindo o
contato de elementos prejudiciais sade.
GRUPO 1: gua resistente
So aqueles que, quando aplicados pele do usurio, no so facilmente
removveis com gua.
GRUPO 2: leo resistente
So aqueles que, quando aplicados pele do usurio no facilmente remo-
vveis na presena de leo ou substncia apolares.
GRUPO 3: Cremes especiais
So aqueles com indicaes e usos definidos e bem especificados pelo fabricante.
7.2.9 Proteo contra quedasRiscos: trabalhos em altura acima de 02 metros.
Protetores: cinturo com talabarte ou travesso, cinturo com corda.
Figura 7.7: Cinto tipo paraquedistaFonte: CTISM
e-Tec BrasilAula 7 - Equipamentos de proteo individual e coletiva 87
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ResumoDentro de uma empresa, essencial a utilizao de EPI e EPC, pois, assim,
diminui-se riscos maiores de ferimentos aps trabalhadores. No ambiente
industrial, obrigatrio o uso de EPI, sendo o funcionrio sujeito a multa ou
at demisso no caso de o mesmo estar desprotegido.
Atividades de aprendizagem1. Descreva a diferena entre EPC e EPI.
2. Cite a classificao dos EPI usados em empresas.
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e-Tec Brasil
Aula 8 Sinalizao de segurana
Objetivos
Conhecer o emprego das cores de sinalizao de segurana nos
ambientes fabris.
Identificar riscos presentes e medidas preventivas adequadas.
8.1 Cor na segurana do trabalhoA Norma Regulamentadora NR 26 tem por objetivo fixar as cores que devem
ser usadas nos locais de trabalho para preveno de acidentes, identificando
os equipamentos de segurana, delimitando reas, identificando as canali-
zaes empregadas nas indstrias para a conduo de lquidos e gases, e
advertindo contra riscos.
Devero ser adotadas cores para segurana em estabelecimentos ou locais de
trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes (Figura 8.1).
Figura 8.1: Quadro com as cores utilizadas na Segurana do TrabalhoFonte: CTISM
A utilizao de cores no dispensa o emprego de outras formas de preveno
de acidentes.
e-Tec BrasilAula 8 - Sinalizao de segurana 89
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O uso de cores dever ser o mais reduzido possvel, a fim de no ocasionar
distrao, confuso e fadiga ao trabalhador.
A indicao em cor, sempre que necessria, especialmente quando em rea
de trnsito para pessoas estranhas ao trabalho, ser acompanhada dos sinais
convencionais ou identificao por palavras.
8.1.1 VermelhoO vermelho dever ser usado para distinguir e indicar equipamentos e apa-
relhos de proteo e combate a incndio. No dever ser usada na indstria
para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparao com o
amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta).
empregado para identificar:
Caixa de alarme de incndio.
Hidrantes (Figura 8.2).
Bombas de incndio.
Sirene de alarme de incndio.
Caixas com cobertores para abafar chamas.
Extintores e sua localizao.
Indicao de extintores (visvel distncia, dentro da rea de uso do extintor).
Localizao de mangueiras de incndio (a cor deve ser usada no carretel,
suporte, moldura de caixa ou nicho- Figura 8.2).
Baldes de areia ou gua para extino de incndio.
Tubulaes, vlvulas e hastes do sistema de asperso de gua.
Transporte com equipamentos de combate a incndio.
Portas de sadas de emergncia.
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Rede de gua para incndio (Sprinklers).
Mangueiras de acetileno (solda oxiacetilnica).
Figura 8.2: Sinalizao que utiliza a cor vermelhaFonte: CTISM
A cor vermelha ser usada excepcionalmente com sentido de advertncia de
perigo:
Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construes e
quaisquer outras obstrues temporrias.
Em botes interruptores de circuitos eltricos para paradas de emergncia.
8.1.2 AmareloEm canalizaes, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases no liquefeitos.
O amarelo dever ser empregado para indicar Cuidado! (Figura 8.3), assi-
nalando:
Partes baixas de escadas portteis.
Corrimes, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresen-
tem risco.
Espelhos de degraus de escadas.
e-Tec BrasilAula 8 - Sinalizao de segurana 91
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Bordos desguarnecidos de aberturas no solo (poo, entradas subterrneas,
etc.) e de plataformas que no possam ter corrimes.
Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente.
Faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento.
Meios-fios, onde haja necessidade de chamar ateno.
Paredes de fundo de corredores sem sada.
Vigas colocadas baixa altura.
Cabines, caambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras etc.
Equipamentos de transportes e manipulao de material tais como: empi-
lhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques, etc.
Fundos de letreiros e avisos de advertncia (Figura 8.3).
Pilares, vigas, postes, colunas e partes salientes da estrutura e equipa-
mentos em que se possa esbarrar.
Cavaletes, porteiras e lanas de cancelas.
Bandeiras como sinal de advertncia (combinado ao preto).
Comandos e equipamentos suspensos que ofeream risco.
Para-choques para veculos de transportes pesados, com listras pretas e
amarelas.
Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos sero usados sobre o
amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinali-
zao (Figura 8.3).
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Figura 8.3: Sinalizao que utiliza a cor amarelaFonte: CTISM
8.1.3 BrancoO branco ser empregado em:
Passarelas e corredores de circulao, por meio de faixas (localizao e
largura).
Direo e circulao, por meio de sinais.
Localizao e coletores de resduos (Figura 8.4).
Localizao de bebedouros (Figura 8.4).
reas em torno dos equipamentos de socorro de urgncia, de combate
a incndio ou outros equipamentos de emergncia.
reas destinadas armazenagem.
Zonas de segurana.
e-Tec BrasilAula 8 - Sinalizao de segurana 93
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Figura 8.4: Sinalizao que utiliza a cor brancaFonte: CTISM
8.1.4 PretoO preto ser empregado para iniciar as canalizaes de inflamveis e combus-
tveis de alta viscosidade (exemplo: leo lubrificante, asfalto, leo combustvel,
alcatro, piche, etc.).
O preto poder ser usado em substituio ao branco ou combinado a este
quando condies especiais o exigirem.
8.1.5 AzulO azul ser utilizado para indicar Cuidado!, ficando o seu emprego limitado
a avisos contra uso e movimentao de equipamentos que devero perma-
necer fora de servio (Figura 8.5). Empregado em barreiras e bandeirolas de
advertncia a serem localizadas nos pontos de comando, de partida ou fontes
de energia dos equipamentos.
Ser tambm empregado em:
Canalizaes de ar comprimido.
Preveno contra movimento acidental de qualquer equipamento em
manuteno.
Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potncia.
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Figura 8.5: Sinalizao que utiliza a cor azulFonte: CTISM
8.1.6 VerdeO verde a cor que caracteriza Segurana (Figura 8.6).
Dever ser empregado para identificar:
Canalizaes de gua.
Caixas de equipamentos de socorro de urgncia.
Caixas contendo mscaras contra gases.
Chuveiros de segurana.
Macas (Figura 8.6).
Fontes lavadoras de olhos.
Quadros para exposio de cartazes, boletins, avisos de segurana (Figu-
ra 8.6), etc.
Porta de entrada de salas de curativos de urgncia.
Localizao de EPI.
Caixas contendo EPI.
Emblemas de segurana.
e-Tec BrasilAula 8 - Sinalizao de segurana 95
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Dispositivos de segurana.
Mangueiras de oxignio (solda oxiacetilnica).
Figura 8.6: Sinalizao que utiliza a cor verdeFonte: CTISM
8.1.7 LaranjaO laranja dever ser empregado para identificar:
Canalizaes contendo cidos (Figura 8.7).
Partes mveis de mquinas e equipamentos.
Partes internas das guardas de mquinas que possam ser removidas ou abertas.
Faces internas de caixas protetoras de dispositivos eltricos.
Faces externas de polias e engrenagens.
Dispositivos de corte, bordas de serras e prensas.
Botes de arranque de segurana.
Figura 8.7: Sinalizao que utiliza a cor laranjaFonte: CTISM
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 96
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8.1.8 PrpuraA cor prpura dever ser usada para indicar os perigos provenientes das
radiaes eletromagnticas penetrantes de partculas nucleares.
Dever ser empregada a prpura em:
Portas e aberturas que do acesso a locais onde se manipulam ou armaze-
nam materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade.
Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contami-
nados.
Recipientes de materiais radioativos ou refugos de materiais e equipa-
mentos contaminados.
Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiaes ele-
tromagnticas penetrantes e partculas nucleares.
8.1.9 LilsO lils dever ser usado para indicar canalizaes que contenham lcalis. As
refinarias de petrleo podero utilizar o lils para a identificao de lubrifi-
cantes.
8.1.10 CinzaDever ser empregado:
O cinza claro para identificar canalizaes em vcuo.
O cinza escuro para identificar eletrodutos.
8.1.11 AlumnioO alumnio ser utilizado em canalizaes contendo gases liquefeitos, infla-
mveis e combustveis de baixa viscosidade (exemplo: leo diesel, gasolina,
querosene, leo lubrificante, etc.).
8.1.12 MarromO marrom pode ser adotado, a critrio da empresa, para identificar qualquer
fluido no identificvel pelas demais cores.
e-Tec BrasilAula 8 - Sinalizao de segurana 97
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Lembre-se:
Vermelho PERIGO
Amarelo CUIDADO
Azul AVISOS
Verde SEGURANA
Laranja ATENO
O corpo das mquinas dever ser pintado de branco, ou verde.
As canalizaes industriais, para conduo de lquidos e gases, devero receber
a aplicao de cores, em toda sua extenso, a fim de facilitar a identificao
do produto e evitar acidentes.
Obrigatoriamente, a canalizao de gua potvel dever ser diferenciada das
demais.
8.2 Palavra de advertnciaAs palavras de advertncia que devem ser usadas so:
PERIGO, para indicar substncias que apresentam alto risco.
CUIDADO, para substncias que apresentam risco mdio.
ATENO, para substncias que apresentam risco leve.
8.3 Sinalizao8.3.1 Sinalizao de interdio Forma arredondada.
Pictograma sobre fundo branco, bordado com tarja vermelha e uma dia-
gonal, tambm vermelha (Figura 8.8).
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 98
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Figura 8.8: Sinalizao de interdioFonte: CTISM
8.3.2 Sinalizao de alerta Forma triangular.
Pictograma sobre fundo amarelo, bordado de preto (Figura 8.9).
Figura 8.9: Sinalizao de alertaFonte: CTISM
8.3.3 Sinalizao de obrigao Forma arredondada.
Pictograma branco sobre fundo azul (Figura 8.10).
Figura 8.10: Sinalizao de obrigaoFonte: CTISM
e-Tec BrasilAula 8 - Sinalizao de segurana 99
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8.3.4 Sinalizao de segurana Forma retangular ou quadrada.
Pictograma branco sobre fundo verde (Figura 8.11).
Figura 8.11: Sinalizao de seguranaFonte: CTISM
8.3.5 Sinalizao de preveno de incndio Forma retangular ou quadrada;
Pictograma branco sobre fundo vermelho (Figura 8.12).
Figura 8.12: Sinalizao de preveno a incndiosFonte: CTISM
ResumoNessa aula foi apresentado a simbologia usada para demarcar lugares em que
se apresenta qualquer risco na segurana do trabalhador. Cores e desenhos
so muito usados para a identificao imediata do tipo de risco, pois assim,
possvel providenciar os cuidados necessrios.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 100
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Atividades de aprendizagem1. Cor que deve ser usada para dispositivos de combate a incndios:
a) Verde
b) Vermelho
c) Amarelo
d) Azul
e) Alumnio
2. A cor azul serve para indicar:
a) Perigo
b) Cuidado
c) Segurana
d) Avisos
e) Combate a incndios
e-Tec BrasilAula 8 - Sinalizao de segurana 101
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e-Tec Brasil
Aula 9 Primeiros socorros
Objetivos
Identificar medidas iniciais e imediatas dedicadas vitima de um
acidente.
9.1 Primeiros socorros ou socorro bsico de urgnciaA recuperao de uma vtima de um acidente depende da rapidez com que
ela recebe os primeiros atendimentos. Para tanto, necessrio conhecer um
pouco sobre esses procedimentos. Lembramos que o socorro final deve sem-
pre ser prestado por equipe mdica especializada e que os primeiros socorros
so apenas procedimentos para manter a vtima estvel at a chegada dos
especialistas.
Os primeiros socorros ou socorro bsico de urgncia so as medidas iniciais
e imediatas dedicadas vtima, fora do ambiente hospitalar, executadas por
qualquer pessoa, treinada, para garantir a vida, proporcionar bem-estar e
evitar agravamento das leses existentes.
A prestao dos primeiros socorros depende de conhecimentos bsicos, te-
ricos e prticos por parte de quem os est aplicando.
O restabelecimento da vtima de um acidente, seja qual for sua natureza,
depender muito do preparo psicolgico e tcnico da pessoa que prestar o
atendimento.
O socorrista deve agir com bom senso, tolerncia e calma.
O primeiro atendimento mal sucedido pode levar vtimas de acidentes a
sequelas irreversveis.
Acesse o seguinte endereo para maiores informaes:http://www.bombeiros.go.gov.br/downloads/pdf/Resgate-protocolo%20Basico.pdf
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 103
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9.2 Ferimentos9.2.1 Ferimentos levesProcedimento:
Lave bem as mos. Sempre use luvas.
Limpe o ferimento com bastante gua corrente e sabo.
No tente retirar farpas, cacos de vidro ou partculas de metal do feri-
mento, a menos que saiam facilmente durante a limpeza.
No toque no ferimento com os dedos nem com lenos usados ou outros
materiais sujos.
Proteja o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo, sem apertar.
Mude o curativo quantas vezes forem necessrias para mant-lo limpo
e seco.
Verifique se o paciente vacinado contra o ttano. Em caso de dvida,
procure o mdico.
Se, posteriormente, o ferimento ficar dolorido ou inchado, procure orien-
tao mdica. sinal de infeco.
9.2.2 Ferimentos externos ou profundosCaso haja sangramento, siga as instrues referentes ao item 9.4 Hemorragia.
Os ferimentos extensos ou profundos necessitam de ateno mdica urgente,
principalmente se:
As bordas do ferimento no se juntam corretamente.
H presena de corpos estranhos.
Pele, msculos, nervos ou tendes esto dilacerados.
H suspeita de penetrao profunda do objeto causador do ferimento
(faca, prego, etc.).
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 104
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O ferimento no crnio ou na face;
A regio prxima ao ferimento no tem aparncia nem funcionamento
normal.
NO aplique algodo ou esparadrapo sobre qualquer ferimento.
9.3 Queimaduras qualquer leso provocada no organismo por ao do calor.
Provoca queimadura o contato direto com:
Chama, brasa ou fogo.
Vapores quentes.
Lquidos ferventes.
Slidos superaquecidos ou incandescentes.
Tambm causam queimaduras:
Substncias qumicas (cidos, soda custica, fenol, nafta, etc.).
Substncias radioativas.
Radiao infravermelha e ultravioleta (em aparelhos, laboratrios ou de-
vido ao excesso de raios solares).
Eletricidade.
Baixas temperaturas.
9.3.1 Queimaduras externasClassificam-se em:
Superficiais: atingem a 1 camada da pele (1 grau).
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 105
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Profundas: destroem totalmente a pele (2 e 3 graus).
a) Procedimento de queimaduras superficiais:
Trate como se fosse um ferimento leve.
Lave e mantenha a rea queimada sob gua corrente para resfriamento.
No coloque pomadas, creme dental, etc.
b) Procedimento de queimaduras profundas:
No fure as bolhas.
No arranque, nem solte roupas coladas queimadura.
Quando necessrio, recorte as roupas em volta da ferida.
Oferea lquidos, quando o acidentado estiver consciente.
Encaminhe a vtima para atendimento mdico.
Quanto maior a rea da pele queimada, mais grave o caso.
O procedimento tem por objetivo:
Prevenir estado de choque.
Controlar a dor.
Evitar contaminao.
9.3.2 Queimaduras por agentes qumicosProcedimento:
Lave a rea atingida com bastante gua.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 106
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Aplique jatos de gua enquanto retira as roupas do acidentado.
Proceda como nas queimaduras superficiais, prevenindo o choque e a dor.
NO aplique unguentos, graxas, bicarbonato de sdio ou outras subs-tncias em queimaduras externas.
NO retire corpos estranhos ou graxas das leses.
9.3.3 Queimaduras nos olhosPodem ser produzidas por substncias irritantes: cidos, lcalis, gua quente,
vapor, cinzas quentes, p explosivo, metal fundido e chama direta.
Procedimento:
Lave os olhos da vtima durante vrios minutos, se possvel, com soro
fisiolgico.
Tampe o olho atingido com gaze ou pano limpo.
Leve a vtima ao mdico o mais rpido possvel.
9.4 Hemorragia a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguneo, veia ou
artria.
Toda hemorragia deve ser contida imediatamente. A hemorragia intensa, e
no controlada, pode causar morte no perodo de 3 a 5 minutos.
Procedimento:
No perca tempo! Pare a hemorragia.
No esquea de usar luvas.
Use uma compressa limpa e seca: gaze, pano e/ou leno limpo.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 107
-
Coloque a compressa sobre o ferimento.
Pressione com firmeza.
Use atadura, tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha mo
para amarrar a compressa e mant-la bem firme no lugar.
Caso no disponha de compressa, feche a ferida com o dedo ou com a
mo, evitando uma hemorragia intensa.
Aperte fortemente com o dedo ou com a mo de encontro ao osso nos
pontos onde a veia ou a artria mais fcil de ser encontrada.
Quando o ferimento for nos braos ou nas pernas e sem fratura, a he-
morragia ser controlada mais facilmente se a parte ferida ficar elevada.
Em caso de hemorragia intensa em braos e pernas, aplique um torni-
quete. Os torniquetes so usados para controlar a hemorragia, quando o
acidentado teve braos ou pernas mutilados, esmagados ou dilacerados.
Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos. Se a hemor-
ragia no voltar, deixe torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser
reapertado em caso de necessidade.
Nunca d bebidas alcolicas ao acidentado.
9.4.1 Suspeitas de hemorragia internaA hemorragia interna resultante de um ferimento profundo com leso de
rgos internos. O sangue no aparece, mas a pessoa apresenta:
Pulso fraco.
Pele fria.
Suores abundantes.
Palidez intensa.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 108
-
Sede.
Tonturas.
Alm disso, pode estar inconsciente (estado de choque).
O que fazer:
Mantenha a vtima deitada (a cabea mais baixa que o corpo). Quando
houver suspeita de fratura do crnio ou de derrame cerebral, a cabea
deve ser mantida elevada.
Aplique compressas frias ou saco de gelo no ponto atingido.
Conduza, o mais rapidamente possvel, ao socorro mdico.
9.4.2 Hemorragia nasalProcedimento:
Ponha o paciente sentado, com a cabea voltada para frente. Aperte-lhe
a narina durante 10 minutos.
Caso a hemorragia no ceda, coloque um tampo de gaze dentro da
narina e um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possvel, use um saco
de gelo.
Se a hemorragia continuar, o socorro mdico necessrio.
9.5 Leses de ossos, articulaes e msculos9.5.1 FraturaFratura o rompimento total ou parcial de qualquer osso. Existem dois tipos
de fratura:
a) Fechada: o osso se quebrou, mas a pele no foi perfurada.
b) Exposta: o osso est quebrado e a pele rompida.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 109
-
Sinais e sintomas:
Dor intensa.
Impossibilidade de movimentar a regio afetada.
O que fazer:
Imobilize o local da fratura e tambm as articulaes prximas, acima e
abaixo do local.
Para imobilizar, recorra a talas de papelo, cabos de vassouras, bengala,
galho de rvore.
As talas devero ter o comprimento suficiente para ultrapassar as articu-
laes acima e abaixo da fratura. Devero ser amarradas com ataduras,
no mnimo, em quatro pontos: abaixo da articulao e abaixo da fratura;
acima da articulao e acima da fratura.
Conduza ao socorro mdico.
9.5.2 Contuses e distensesSo leses provocadas por pancada ou toro sem ferimento externo. Quando
o local da contuso fica arroxeado, sinal de que houve hemorragia ou
derrame por baixo da pele. O acidentado sente dor, e o local fica inchado.
O que fazer:
Imobilize e deixe a parte afetada em repouso.
A partir do segundo dia, use compressas de gua quente para apressar
a cura.
Se a contuso for grave, consulte um mdico.
9.5.3 Entorse a toro de uma junta ou articulao, com ruptura parcial ou total dos
ligamentos.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 110
-
O que fazer:
Trate como se houvesse fratura.
Imobilize a parte afetada.
Aplique gelo e compressas frias.
Se o entorse for grave, consulte um mdico.
9.5.4 Luxao o deslocamento de um ou mais ossos da posio normal que ocupa na
articulao.
A pessoa apresenta dor, deformao e inchao no local. Toda vez que os
ossos de uma articulao ou junta sarem do seu lugar, proceda como no
caso de fraturas fechadas.
O que fazer:
Imobilize como nos casos de fratura.
No faa massagens no local lesado.
Procure auxlio mdico.
9.6 Desmaio a perda temporria e repentina da conscincia, provocada em geral por
emoes sbitas, fadiga, fome, nervosismo.
O que fazer:
Deite a pessoa de costas e levante suas pernas.
Afrouxe-lhe as roupas.
Mantenha o ambiente arejado.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 111
-
Aplique-lhe panos frios no rosto e na testa.
Se o desmaio durar mais de um ou dois minutos, agasalhe o paciente e
procure um mdico.
9.7 Estado de choque o estado de depresso de vrios rgos do organismo devido a uma falha
circulatria, podendo levar a morte.
O que fazer:
Controle ou evite a causa do estado de choque.
Conserve a vtima deitada.
Afrouxe-lhe as roupas.
Retire da boca secrees, dentaduras ou qualquer objeto.
Inicie a massagem cardaca externa se houver ausncia de pulso e dilata-
o das pupilas.
Vire a cabea da vtima para o lado, caso haja vmitos.
Mantenha a cabea da vtima sempre mais baixa que o corpo.
NO d lquidos pessoa inconsciente ou semiconsciente.
NO d lquidos, caso suspeite de leso abdominal.
NO d bebidas alcolicas.
9.8 Choque eltricoChoque eltrico a passagem de corrente eltrica pelo corpo, quando em
contato com material eletrificado.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 112
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O que fazer:
Interrompa imediatamente o contato da vtima com a corrente eltrica.
Para isso, utilize material no-condutor bem seco (pedao de pau, cabo
de vassoura, borracha e/ou pano grosso), ou desligue a eletricidade.
Certifique-se de estar pisando em cho seco, se no estiver usando botas
de borracha.
Proteja as reas da queimadura, como indicado no item 9.3 Queimadura.
Verifique respirao e pulso. Se no sentir nenhum destes, comece a
reanimar a vtima, pois devido ao choque eltrico, pode ocorrer parada
cardaca e respiratria.
Leve a vtima ao mdico.
9.9 Corpo estranho nos olhos e ouvidos9.9.1 Corpo estranho nos olhosSo pequenas partculas de poeira ou gros diversos que se alongam nos
olhos. A pessoa apresenta dor ou ardncia, lacrimejamento e vermelhido
no olho atingido.
O que fazer:
Abra bem o olho do acidentado e lave com gua limpa ou soro fisiolgico.
Faa a vtima piscar
Se no conseguir remover o corpo estranho com facilidade, proteja am-
bos os olhos com gaze ou pano limpo e caminhe a pessoa ao mdico
Nunca esfregue o olho nem use colrio anestsico.
9.9.2 Corpo estranho nos ouvidosSo pequenas partculas ou insetos que se introduzem nos ouvidos.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 113
-
O que fazer:
No tente retirar o corpo estranho com nenhum objeto (grampo, arame,
alfinete, cotonete, etc.).
Em caso de pequenos insetos, coloque algumas gotas de leo comestvel
no ouvido a fim de imobilizar e matar o inseto.
Procure socorro mdico.
9.10 Convulso a perda sbita de conscincia, acompanhada de contraes musculares
bruscas e involuntrias, conhecida popularmente como ataque.
O que fazer:
Coloque a vtima deitada de costas.
Proteja-lhe a cabea e vire-a para o lado.
Introduza um pedao de pano ou leno limpos entre os dentes para evi-
tar mordeduras na lngua.
Afaste qualquer objeto para que no se machuque.
Afrouxe-lhe as roupas e deixe-a debater-se livremente.
No d tapas na pessoa nem jogue gua sobre ela.
Procure um servio mdico aps a recuperao da conscincia, para
orientao e tratamento.
9.11 Parada cardaca e respiratria a parada dos batimentos do corao e da respirao.
Para saber se o paciente teve uma parada cardaca, sinta a pulsao nos
punhos, na regio do pescoo (cartida) ou na virilha (femural).
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 114
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A parada respiratria leva morte num perodo de 3 a 5 minutos.
O paciente apresenta:
Ausncia de movimentos respiratrios (est completamente imvel).
Unhas e lbios roxos.
Ausncia de pulso e batimentos cardacos.
Pupilas dilatadas.
Quando voc fizer uma massagem cardaca externa, use parte da mo. com
ela que voc dever pressionar a metade inferior do osso que fica na frente
e no centro do trax (o esterno).
O que fazer:
Deite a vtima de cabea para cima, sobre uma superfcie plana.
Levante o queixo do paciente e posicione a sua cabea de forma a esticar
o pescoo, forando-o para cima.
Retire objetos que possam impedir a entrada de ar pela boca (dentadura
e pontes).
Se no houver resposta (respirao espontnea), inicie respirao boca
a boca.
9.11.1 Respirao boca a bocaProcedimentos:
Feche as narinas da vtima com o polegar e o indicador para no deixar
sada de ar. Sopre at encher de ar o peito do paciente.
Faa massagem cardaca.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 115
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Figura 9.1: Procedimentos para abertura da vias areasFonte: CTISM
9.11.2 Massagem cardacaProcedimento:
Coloque as mos espalmadas, uma sobre a outra, em cima do peito do
indivduo.
Pressione energicamente o trax da vtima. Para isso, coloque o peso do
seu prprio corpo sobre as suas mos.
Faa esses movimentos 70 a 80 vezes por minuto. Podem ser feitas ao
mesmo tempo, por dois indivduos, massagem cardaca e respirao.
A fora a ser aplicada depender da estrutura fsica da vtima.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 116
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Aplique a massagem intercalada respirao boca a boca. Para cada
30 massagens cardacas, sopre duas vezes na boca do paciente,
enchendo-lhe os pulmes de ar.
9.12 AfogamentoAntes de qualquer socorro ao afogado, observe:
Se existem correntezas.
O tamanho e o peso da vtima.
O estado da vtima (mvel, parada ou debatendo-se).
Tome cuidado para no afogar-se tambm.
Retire a vtima da gua.
O que fazer:
Deite a vtima de costas, se possvel, com a cabea mais baixa que o
corpo.
Inicie a respirao boca a boca.
Vire a cabea da vtima para o lado, se ela vomitar.
Execute a massagem cardaca externa, se a vtima apresentar ausncia
de pulso.
Remova imediatamente a vtima para o hospital mais prximo.
9.13 Leses na colunaA vtima com leso na coluna, geralmente apresenta insensibilidade e dificul-
dades em movimentar os membros.
O que fazer:
No toque e no deixe ningum tocar na vtima.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 117
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No vire a pessoa com suspeita de fratura de coluna.
Observe atentamente a respirao e o pulso. Esteja pronto para iniciar as
manobras de ressuscitao.
Ao transportar a vtima, tome os seguintes cuidados:
Use sempre maca. Na sua falta, use uma tbua, bagageiro ou o prprio as-
sento do banco traseiro de algum veculo ou qualquer objeto plano rgido.
Remova a vtima para a maca, adotando-se o mtodo de trs pessoas.
Carregue-a mantendo o seu corpo reto.
A cabea, o ombro, a bacia e as pernas devero ficar apoiadas nos braos
dos socorristas.
Evite balanos e freadas bruscas.
Use lenis ou travesseiros no apoio do pescoo e das costas.
9.14 Transporte de acidentadosA remoo da vtima deve ser feita com o mximo de cuidado para evitar que
as leses se agravem.
Antes da remoo, se necessrio:
Controle hemorragias.
Previna estado de choque.
Inicie respirao boca a boca.
Execute massagem cardaca externa.
Como levantar a vtima com segurana:
Antes de levantar o ferido, verifique as leses, principalmente, com relao
a possveis danos coluna vertebral. Cada parte do corpo deve ser apoiada.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 118
-
A movimentao e o transporte devem ser feitos com cuidado para no
agravar as leses.
A maca o melhor meio de transporte.
Como improvisar uma maca:
Pegar 2 cabos de vassoura, galhos de rvores, guarda-chuvas ou qualquer
material semelhante e resistente. Pegar 2 palets (guarda-ps, camisas,
etc.). Enfiar as mangas para dentro, aboto-las inteiramente e enfiar os
cabos pelas mangas.
Enrolar uma toalha grande ou cobertor em torno dos dois cabos.
Tambm podem ser utilizadas tbuas, portas ou poltronas leves.
9.14.1 Diferentes tipos de transporte Transporte de apoio: utilizado quando a vtima est consciente e pode
andar.
Transporte de cadeirinha: quando a vtima est consciente, mas no pode
andar.
Transporte em cadeiras.
Transporte em braos.
Transporte nas costas.
Transporte pela extremidade.
Os quatro ltimos tipos de transporte so utilizados para transportar pacientes
conscientes e inconscientes. Porm, no servem para transportar pacientes
com suspeita de fraturas ou outras leses graves.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 119
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9.15 InsolaoOcorre devido ao direta dos raios solares sobre o indivduo. A pessoa
apresenta:
Intensa falta de ar.
Dor de cabea, nuseas e tontura.
Temperatura do corpo elevada.
Pele quente, avermelhada e seca.
Extremidades arroxeadas.
Inconscincia.
O que fazer:
Remova o paciente para lugar fresco e arejado.
Coloque-o deitado com a cabea elevada.
Coloque compressas frias sobre sua cabea e envolva o corpo com toa-
lhas molhadas.
Encaminhe a vtima de insolao objetivando baixar a temperatura do
corpo, de modo progressivo.
9.16 IntermaoOcorre devido ao do calor em lugares fechados e no-arejados (fundies,
padarias, caldeiras, etc.).
A pessoa apresenta:
Palidez.
Dor de cabea e nuseas.
Suor intenso.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 120
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Tontura e inconscincia.
O socorro vtima de intermao tem a finalidade de baixar a temperatura
do corpo, de modo progressivo.
O que fazer:
Remova o paciente para lugar fresco e arejado.
Deite-o com a cabea elevada.
Coloque compressas frias sobre a cabea e envolva o corpo com toalhas
molhadas.
Encaminhe-o ao mdico.
9.17 Envenenamento e intoxicaoVenenos ou txicos so substncias que, em contato com o organismo, podem
levar morte. Casos em que se deve suspeitar de envenenamento:
Cheiro de veneno no hlito.
Mudanas de cor dos lbios e da boca.
Dor ou sensao de queimadura na boca e na garganta.
Estado de inconscincia, de confuso mental ou mal estar.
O que fazer:
Transporte rapidamente a vtima para um pronto socorro.
Tome as medidas de primeiros socorros especficas para cada caso.
9.17.1 Ingesto de medicamentosA ingesto de doses elevadas de medicamentos pode levar intoxicao.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 121
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O que fazer:
Inicie imediatamente a respirao boca a boca.
Provoque vmito, fazendo a vtima beber: gua morna ou gua com sal
ou gua com sabo ou ainda passe levemente o dedo indicador ou um
cabo de colher na garganta da vtima.
9.17.2 Ingesto de produtos qumicosA ingesto de produtos qumicos (soda custica, querosene, gasolina, remo-
vedor, cidos, solventes, etc.), pode provocar estado de inconscincia.
O que fazer:
No provoque vmitos.
No deixe a vtima caminhar.
No d lcool vitima.
No d azeite ou leo.
Procure um mdico com urgncia.
9.17.3 Aspirao de venenosA vtima apresenta tosse, chiadeira (falta de ar).
O que fazer:
Carregue a vtima para um lugar arejado.
No a deixe caminhar.
Aplique respirao boca a boca, se necessrio.
9.17.4 Envenenamento atravs da pelePode provocar leso da pele e intoxicao.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 122
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O que fazer:
Lave a pele com gua corrente.
Aplique jatos dgua sobre a pele enquanto retira as roupas da vtima.
Aja com rapidez, para evitar que a leso aumente e a pele absorva mais
veneno.
9.18 Animais peonhentos e mordedura por animaisAnimais peonhentos so aqueles que injetam no organismo humano subs-
tncias txicas. S eles: cobras venenosas, escorpies e aranhas.
9.18.1 Picada de cobra venenosa um acidente agudo e de evoluo rpida. Dever ser tratado nos primeiros
30 minutos aps o acidente.
Sinais e sintomas:
Dor.
Inchao.
Manchas roxas.
Hemorragia.
O que fazer:
No perca tempo.
Leve, se possvel, a cobra causadora do acidente (viva ou morta) para
identificao.
Deite a vtima o mais rpido possvel.
Leve imediatamente para a Unidade Sanitria mais prxima, com a mni-
ma movimentao possvel.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 123
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Aplique compressa de gelo no local.
No d lcool, nem querosene, nem infuses ao acidentado.
Jamais corte a pele para extrair o sangue.
Quadro 9.1: Tratamento para picada de cobraCobra Soro
Desconhecida Antiofdico (polivalente)
Jararaca Antibotrpico (polivalente) ou antiofdico
Cascavel Anticrotlico (polivalente) ou antiofdico
Surucucu Antilaqutipo (polivalente) ou antiofdico
Coral verdadeira Antielapdico (polivalente) ou antiofdico
Quadro 9.2: Diferena entre cobras venenosas e no venenosasVenenosa No venenosa
Cabea Triangular Arredondada
Pupila Vertical Circular
Fosseta lacrimal Possui No possui
Escamas Desenhos irregulares Desenhos simtricos
Cauda Curta, afinada abruptamente Longa, afinada gradativamente
Dentes Duas presas no maxilar superior Dentes pequenos, mais ou menos iguais
Picada Com uma ou duas marcas mais profundas Orifcios pequenos mais ou menos iguais
9.18.2 Picada de escorpio e de aranhaA vtima apresenta:
Dor no local da picada, podendo passar para as reas vizinhas.
Queda rpida de temperatura.
Suor intenso.
Nuseas e vmitos.
O que fazer:
Lave o local atingido com gua e sabo.
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 124
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Mantenha a vtima em repouso.
Procure um mdico.
9.18.3 Mordedura de animaisQualquer tipo de mordedura ou arranho causado por animais pode trans-
mitir raiva. A raiva transmitida por co, gato, morcego e animais silvestres
(raposa, macaco, etc.).
Tratamento No existe tratamento para raiva ou hidrofobia. Portanto, fundamental o
tratamento preventivo, aps a mordedura.
O que fazer:
Lave o ferimento com gua e sabo.
Procure um mdico para que ele avalie o tipo de leso e oriente sobre o
tratamento a ser institudo.
Medidas a serem tomadas em relao ao animal agressor:
Todo animal agressor suspeito de raiva.
Todo o animal silvestre considerado raivoso.
No sacrifique o animal agressor. Mantenha-o preso.
O animal agressor (co ou gato) dever ser observado por um perodo de
dez dias, mesmo que j tenha sido vacinado contra raiva.
O perodo de observao de dez dias somente se aplica a ces e gatos doms-
ticos. Nos outros casos, deve ser iniciada a vacinao anti-rbica no ferido.
ResumoNessa aula vimos quais as primeiras medidas que devem ser tomadas no caso
de ferimento de alguma pessoa dentro da indstria. Os primeiros socorros no
dispensam a equipe mdica especializada. Elas servem apenas para manter
a vtima estvel at a chegada dos especialistas.
e-Tec BrasilAula 9 - Primeiros socorros 125
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Atividades de aprendizagem1. Quais so os cuidados necessrios a uma vtima de afogamento?
2. Qual o principal objetivo de prestar os primeiros socorros? Esse pr-aten-dimento substitui o atendimento de um mdico? Por qu?
3. Qual a primeira coisa a fazer ao socorrer algum com hemorragia? Quais so os cuidados necessrios?
Segurana do Trabalhoe-Tec Brasil 126
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Referncias
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ZOCCHIO, lvaro. Prtica da Preveno de Acidentes. So Paulo: Editora Atlas, 2002.
ZOCCHIO, lvaro. Segurana e Sade no Trabalho. So Paulo: LTR Editora, 2001.
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Currculo do professor-autor
O professor Neverton Hofstadler Peixoto formado em Engenharia Mecnica pela UFSM, com Curso de Especializao em Engenharia de Segurana do
Trabalho realizado na Pontifcia Universidade Catlica de Porto Alegre,
Mestrado e Doutorado em Engenharia Metalrgica e dos Materiais realizado
na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. professor do Curso Tcnico
em Segurana do Trabalho do CTISM/UFSM desde 1991, onde ministra as
disciplinas de Segurana do Trabalho, Desenho Tcnico, Higiene do Trabalho e
Tcnicas de Promoo e Divulgao, atuando tambm na rea de levantamento
de riscos ambientais (percias e laudos tcnicos). Tambm professor dos
cursos Tcnico em Mecnica e Tcnico em Eletromecnica do CTISM/UFSM.
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