Apostila Renascimento e Barroco

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ARTES|vestenem Este conteúdo é parte integrante do curso VestEnem do Aulalivre.net e não pode ser vendido separadamente. 1 Renascimento e Barroco RENASCIMENTO O Renascimento ocorreu na Europa entre os anos de 1300 e 1650. Este período se caracteriza por utilizar elementos da antiga cultura greco-romana. Porém, nesse tempo ocorreram muitos progressos e inúmeras realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal humanista era o espírito do Renascimento, a volta aos modelos do passado, eram fonte de inspiração em todas as áreas. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem, o Humanismo, e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, ultrapassando assim, conceitos que impregnados a partir da cultura da Idade Média. Dessa forma, algumas características definem o Renascimento, como a racionalidade, a dignidade do ser humano, o rigor científico, o ideal humanista e a reutilização das artes greco-romana. Arquitetura A arquitetura renascentista utiliza convenções matemáticas, de forma a organizar a ocupação do espaço, a fim de que o observador possa compreender a lei que a área, de qualquer ponto em que se coloque. possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do . Sendo assim as principais características da arquitetura no Renascimento são as ordens arquitetônicas, os arcos de volta perfeita, a simplicidade na construção, a escultura e a pintura e a autônomas, as construções como palácios, igrejas, vilas, fortalezas. Alguns nomes se destacaram na arquitetura renascentista, no entanto, podemos citar, Brunelleschi como o principal arquiteto desse período.

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Arte no Renascimento e Barroco

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Renascimento e Barroco

RENASCIMENTO

O Renascimento ocorreu na Europa entre os

anos de 1300 e 1650. Este período se

caracteriza por utilizar elementos da antiga

cultura greco-romana. Porém, nesse tempo

ocorreram muitos progressos e inúmeras

realizações no campo das artes, da literatura e

das ciências, que superaram a herança

clássica.

O ideal humanista era o espírito do

Renascimento, a volta aos modelos do

passado, eram fonte de inspiração em todas as

áreas. Num sentido amplo, esse ideal pode ser

entendido como a valorização do homem, o

Humanismo, e da natureza, em oposição ao

divino e ao sobrenatural, ultrapassando assim,

conceitos que impregnados a partir da cultura

da Idade Média.

Dessa forma, algumas características definem

o Renascimento, como a racionalidade, a

dignidade do ser humano, o rigor científico, o

ideal humanista e a reutilização das artes

greco-romana.

Arquitetura

A arquitetura renascentista utiliza convenções

matemáticas, de forma a organizar a ocupação

do espaço, a fim de que o observador possa

compreender a lei que a área, de qualquer

ponto em que se coloque.

possui o homem, mas este que, aprendendo a

lei simples do espaço, possui o segredo do

. Sendo assim as principais

características da arquitetura no Renascimento

são as ordens arquitetônicas, os arcos de volta

perfeita, a simplicidade na construção, a

escultura e a pintura e a autônomas, as

construções como palácios, igrejas, vilas,

fortalezas.

Alguns nomes se destacaram na arquitetura

renascentista, no entanto, podemos citar,

Brunelleschi como o principal arquiteto desse

período.

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É um artista completo, pois atuou como pintor,

escultor e arquiteto. Dominava conhecimentos

de Matemática e Geometria, e era grande

conhecedor da poesia de Dante. Projetou a

cúpula da catedral de Florença e a Capela

Pazzi.

Pintura

Na pintura, os ideais greco-romanos também

estiveram presentes, sendo assim, houve uma

tendência a uma interpretação científica do

mundo. Tanto a pintura como a escultura que

antes apareciam quase que exclusivamente

como detalhes de obras arquitetônicas,

tornaram-se manifestações independentes da

arquitetura.

Algumas características definem o estilo

renascentista, como o entendimento da

perspectiva no espaço pictórico, os artistas

estudaram as diversas distâncias e proporções

que os objetos assumem quando vistos à

distância, segundo os princípios da matemática

e da geometria.

O uso do claro-escuro, que cria um jogo de

contrastes reforça a sugestão de volume dos

corpos, para isso, o artista pinta algumas áreas

iluminadas e outras na sombra.

O realismo presente no tema das obras

demonstra que os artistas do Renascimento,

não veem mais o homem como simples

observador do mundo que expressa a grandeza

de Deus, mas como a expressão mais

grandiosa do próprio Deus. O mundo é pensado

como uma realidade a ser compreendida

cientificamente, e não mais apenas admirada.

No Renascimento, inicia-se o uso da tela e da

tinta à óleo para a realização das obras

pictóricas.

Surgem nesse período, artistas com um estilo

pessoal, diferente dos demais, já que o período

é marcado pelo ideal de liberdade e,

consequentemente, pelo individualismo.

Alguns pintores renascentistas se destacaram.

Botticelli escolheu como temas de seus

quadros a expressão do seu ideal de beleza.

Para ele, a beleza estava associada ao ideal

cristão, sendo assim, as figuras humanas de

seus quadros são belas, pois manifestam a

graça divina, bem como, melancólicas porque

supõem que perderam esse dom de Deus. A

Primavera e O Nascimento de Vênus são as

principais obras desse artista.

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Leonardo da Vinci foi possuidor de um espírito

versátil que o tornou capaz de pesquisar e

realizar trabalhos em diversos campos do

conhecimento humano, como a matemática, a

pintura, as artes plásticas, a biologia, entre

outras. Dominou com sabedoria um jogo

expressivo de luz e sombra, que gerava uma

atmosfera que parte da realidade, mas

estimula a imaginação do observador.

Podemos destacar como obras importantes, A

Virgem dos Rochedos e Monalisa.

Michelangelo trabalhou entre os anos de 1508

e 1512 na pintura do teto da Capela Sistina, no

Vaticano. Para este trabalho, concebeu e

realizou grande número de cenas do Antigo

Testamento. Dentre tantas que expressam a

genialidade do artista, uma particularmente

representativa é a criação do homem. Sendo

assim, destaca-se o Teto da Capela Sistina e a

Sagrada Família como obras importantes.

Em suas obras, Rafael comunica ao observador

um sentimento de ordem e segurança, pois os

elementos que compõem seus quadros são

dispostos em espaços amplos, claros e de

acordo com uma simetria equilibrada. Foi

Obras destacadas, A Escola de Atenas e

Madona da Manhã.

Escultura

A escultura renascentista alcança prestigio em

meados do século XV. Os papas, protetores das

artes, nesse período passam a residir no

Vaticano. A partir disso, grandes escultores se

revelam, o maior deles é Michelangelo, que

domina toda a escultura italiana do século XVI.

Algumas obras importantes, tais como Moisés,

Davi e Pietá foram feitas por Michelangelo.

Outro grande escultor desse período foi Andrea

del Verrochio, o qual trabalhou em ourivesaria

e esse fato acabou influenciando sua escultura.

Sua obra destacada foi Davi em bronze.

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Os escultores renascentistas buscavam

representar o homem tal como ele é na

realidade. Além disso, trabalharam a

proporção da figura humana mantendo a sua

relação com a realidade. Utilizaram a

profundidade e perspectiva na realização das

obras, e estudaram o corpo humano.

O Renascimento Italiano se espalhou pela

Europa, trazendo novos artistas que

nacionalizaram as ideias italianas.

São eles. Dürer, Hans Holbein, Bosch, Bruegel.

MANEIRISMO

Paralelo ao renascimento clássico, entre os

anos 1520 e 1610, desenvolve-se em Roma,

movimento artístico totalmente divergente das

ideias da antiguidade clássica, o maneirismo,

em italiano maniera, que significa maneira.

Caracteriza-se por uma evidente tendência

para a estilização exagerada e um capricho nos

detalhes, extrapolando assim as rígidas linhas

dos cânones clássicos.

É considerado uma transição entre o

renascimento e o barroco, porém pode ser

visto também como estilo independente. O

maneirismo é uma consequência de um

renascimento clássico que passa a entrar em

decadência.

Os artistas se veem obrigados a partir em

busca de elementos que lhes permitam

renovar e desenvolver todas as habilidades e

técnicas adquiridas durante o renascimento.

Este estilo se busca inspiração no espírito

religioso reinante na Europa durante esse

período.

Pintores, arquitetos e escultores, valendo-se

dos mesmos elementos do renascimento,

porém com espírito totalmente diferente, criam

uma arte de labirintos, espirais e proporções

estranhas, que são, sem dúvida, a marca

inconfundível do estilo maneirista. Mais

adiante, essa arte acabaria cultivada em todas

as grandes cidades europeias.

Arquitetura

Na arquitetura maneirista a construção das

igrejas se dá no plano longitudinal, com

espaços mais longos do que largos, com a

cúpula principal sobre o transepto, deixando de

lado as de plano centralizado, típicas do

renascimento clássico.

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No entanto, as verdadeiras mudanças que o

maneirismo introduz refletem-se não somente

na construção, mas também na distribuição da

luz e na decoração.

Dessa maneira, a arquitetura se caracteriza

por naves escuras, iluminadas apenas de

ângulos diferentes, coros com escadas em

espiral, que na maior parte das vezes não

levam a lugar nenhum. Para a decoração,

utilizavam guirlandas de frutas e flores,

balaustradas povoadas de figuras caprichosas,

caracóis, conchas e volutas cobrem muros e

altares, lembrando uma exuberante selva de

pedra que confunde a vista.

Nos ricos palácios e casas de campo formas

convexas que permitem o contraste entre luz e

sombra, prevalecem sobre o quadrado

disciplinado do renascimento. A decoração de

interiores ricamente adornada e os afrescos

das abóbadas coroam esse estilo.

Alguns artistas se destacaram, como

Bartolomeo Ammanati, Giorgio Vasari e

Palladio.

Pintura

A pintura consagrou o espírito maneirista,

assim, são os pintores da segunda década do

século XV que, afastados dos cânones

renascentistas, criam esse novo estilo,

procurando deformar uma realidade que já não

os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela

própria arte.

Caracteriza-se por uma composição na qual se

apresenta uma formação de planos paralelos,

completamente irreais, e uma atmosfera de

tensão permanente. Nos corpos, as formas

esguias e alongadas substituem os membros

bem torneados do renascimento. Os músculos

fazem agora contorções absolutamente

impróprias para os seres humanos. Os rostos

melancólicos e misteriosos surgem entre as

vestes, de um drapeado minucioso e cores

brilhantes. A luz se detém sobre objetos e

figuras, produzindo sombras inadmissíveis. Os

personagens não se posicionam no centro da

perspectiva, mas em algum ponto da

arquitetura.

El Greco é considerado o principal

representante deste estilo. Sua obra não foi

totalmente compreendida por seus

contemporâneos. Entre suas obras mais

importantes estão O Enterro do Conde de

Orgaz, a meio caminho entre o retrato e a

espiritualidade mística. Homem com a Mão no

Peito, O Sonho de Filipe II e O Martírio de São

Maurício. Esta última lhe custou a expulsão da

corte.

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Escultura

O maneirismo, na escultura dá seguimento ao

caminho traçado por Michelangelo, às formas

clássicas somam-se o novo conceito intelectual

da arte pela arte e o distanciamento da

realidade. Não faltam as formas caprichosas,

as proporções estranhas, as superposições de

planos, ou ainda o exagero nos detalhes,

elementos que criam essa atmosfera de tensão

tão característica do espírito maneirista.

A composição maneirista apresenta as figuras

unidas por contorções extremadas e exagerado

alongamento dos músculos.

Como principais artistas, destacam-se

Bartolomeo Ammanati e Giambologna.

BARROCO

O termo barroco tem origem na palavra

designar pérolas de forma irregular.

A arte barroca originou-se na Itália, durante o

século XVII, porém irradiou-se por outros

países da Europa, chegando inclusive ao

continente americano trazida pelos

colonizadores portugueses e espanhóis.

As obras barrocas romperam o equilíbrio entre

o sentimento e a razão ou entre a arte e a

ciência, sendo assim, na arte barroca

predominaram as emoções e não o

racionalismo da arte renascentista.

É uma época de muitos conflitos espirituais e

religiosos, sendo assim, o estilo barroco traduz

uma tentativa de conciliar forças antagônicas

como o bem e o mal; Deus e Diabo; céu e terra;

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pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo

e cristianismo; espírito e matéria.

Dessa forma, o emocional prevalece sobre o

racional, a fim de impressionar os sentidos do

observador, pois a fé deveria ser atingida

através dos sentidos e da emoção e não

apenas pelo raciocínio.

A busca de efeitos decorativos e visuais,

através de curvas, contracurvas, colunas

retorcidas, bem como o entrelaçamento entre a

arquitetura e escultura, os violentos contrastes

de luz e sombra e a pintura com efeitos

ilusionistas, são características do estilo

Barroco.

Pintura

A pintura barroca apresenta uma composição

assimétrica, em diagonal, o que se revela num

estilo grandioso, monumental, retorcido,

substituindo assim a unidade geométrica e o

equilíbrio da arte renascentista.

O marcante contraste de claro-escuro define a

expressão dos sentimentos, e era um recurso que

visava intensificar a sensação de profundidade.

A pintura apresentava temática realista,

abrangendo todas as camadas sociais, porém a

escolha das cenas pintadas demonstrava o

momento de maior intensidade dramática.

Dentre os pintores barrocos italianos que se

destacaram, estão Caravaggi. Sua pintura se

caracteriza pelo o modo inovador como ele usa

a luz, pois ela não aparece como reflexo da luz

solar, mas é criada intencionalmente pelo

artista, para dirigir a atenção do observador.

Vocação de São Mateus é uma de suas grandes

obras.

Andrea Pozzo, outro grande artista do período

Barroco, realizou grandes composições de

perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas

barrocas, dando a ilusão de que as paredes e

colunas da igreja continuam no teto, e que este

se abre para o céu, de onde santos e anjos

convidam os homens para a santidade. Como

obra em destaque, A Glória de Santo Inácio é

um bom exemplo.

Alguns pintores também se sobressaíram fora

da Itália durante o Barroco. Velázquez é um

grande exemplo. Esse artista, além de retratar

as pessoas da corte espanhola do século XVII,

buscou registrar em suas pinturas também os

tipos populares do seu país, documentando o

dia-a-dia do povo espanhol em certo momento

da história.

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As Meninas, O Conde Duque de Olivares e

Infanta Margarida da Austria estão entre as

obras em destaque de Velázquez.

Rubens, outro grande artista espanhol, além de

um colorista vibrante, se notabilizou por criar

cenas que sugerem um intenso movimento, a

partir das linhas contorcidas dos corpos e das

pregas das roupas. Em suas obras, o vestuário

se destaca por cores quentes como o

vermelho, o verde e o amarelo que

contrabalançam a luminosidade da pele clara

das figuras humanas. A Assunção da Virgem

Maria, e O Jardim do Amor, são duas obras

importantes do pintor espanhol.

Rembrandt, de origem holandesa também se

destacou no período Barroco. Em suas

pinturas, a atenção do expectador se dirige não

apenas para o contraste entre luz e sombra,

mas para a gradação da claridade, os meios-

tons e as penumbras que envolvem áreas de

luminosidade mais intensa.

Aula de Anatomia do Dr. Tulp, Filósofo

Meditando e uma série de autorretratos

produzidos durante sua carreira se destacam

em suas obras.

Escultura

No Barroco, nas esculturas, há o predomínio

das linhas curvas, dos drapeados das vestes e

do uso do dourado. Os gestos e os rostos das

personagens revelam emoções violentas e

atingem uma dramaticidade desconhecida no

Renascimento.

Bernini foi arquiteto, urbanista, decorador e

escultor, e tem algumas de suas obras que

serviram de elementos decorativos para as

igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a

cadeira de São Pedro, ambos na Basílica de

São Pedro, no Vaticano.

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ROCOCÓ

Rococó é o estilo artístico e arquitetônico que

surgiu na França como desdobramento do

barroco, e caracteriza-se pela leveza graça,

alegria e intimidade.

Os artistas utilizavam temas como cenas

eróticas ou galantes da vida cortesã e da

mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano

da época, motivos religiosos e farta estilização

naturalista do mundo vegetal em ornatos e

molduras.

O termo rococó se origina do francês rocaille, e

significa "embrechado", técnica de incrustação

de conchas e fragmentos de vidro utilizados

originariamente na decoração de grutas

artificiais.

A utilização exagerada de formas curvas e a

profusão de elementos decorativos, tais como

conchas, laços e flores são elementos que

assinalam o estilo Rococó.

Esse período apresenta em suas obras

elegância, alegria, cenas bizarras, frivolidade e

exuberância.

Arquitetura

Surgido na França, o rococó era a princípio

apenas um novo estilo decorativo. Apresentava

cores em tons pastéis, a luz difusa inundou os

interiores por meio de numerosas janelas e o

relevo abrupto das superfícies deu lugar a

texturas suaves.

As construções, em sua estrutura, ganharam

leveza e o espaço interno foi unificado com

maior graça e intimidade.

Johann Michael Fischer foi responsável pela

construção da abadia beneditina de Ottobeuren,

considerada o marco do rococó bávaro. Deste

modo, foi considerado grande mestre do estilo

rococó, sendo responsável por vários edifícios

na Baviera. Além disso, restaurou dezenas de

igrejas, mosteiros e palácios.

Escultura

A escultura do estilo Rococó vai além de peças

esculpidas, sendo assim, é em sua disposição

dentro da arquitetura que ela manifesta o

espírito Rococó.

Figuras isoladas, cada uma com existência

própria e individual, caracterizam a escultura

desse estilo, contribuindo dessa maneira, para o

equilíbrio geral da decoração interior das igrejas.

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Alguns artistas podem ser destacados nesse

estilo. Johann Michael Feichtmayr se destacou

pela criação de santos e anjos grandes, sendo

obras-primas dos interiores rococós.

Ignaz Günther foi um dos maiores

representantes do estilo rococó na Alemanha.

Em geral, suas esculturas eram em madeira e

a seguir policromadas. Anunciação, Anjo da

guarda e Pietà são alguns exemplos de suas

obras.

Pintura

O rococó francês ficou restrito, por muito

tempo, às artes decorativas e teve pouco

impacto na escultura e pintura francesas. No

final do reinado de Luís XIV, apareceram as

primeiras pinturas rococós.

Antoine Watteau, François Boucher e Jean-

Honoré Fragonard foram alguns

representantes do estilo Rococó na pintura.