APOSTILA PELVE
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ANATOMIA DA PELVE
Djanira Aparecida da Luz Veronez1
Michele Patrícia Müller Mansur Vieira2
INTRODUÇÃO
A pelve é subdividida em pelves maior e menor. A pelve maior, superior à abertura
superior da pelve, protege as vísceras abdominais inferiores (íleo e colo sigmoide). A
pelve menor oferece a estrutura óssea para os compartimentos da cavidade pélvica
e do períneo, separados pelo diafragma da pelve. O períneo refere-se à região que
inclui o ânus e os órgãos genitais externos, se estendendo do cóccix até o púbis e
abaixo do diafragma pélvico.
O quadril une a coluna vertebral aos dois fêmures. Contém funções primárias e
secundárias.
• Funções primárias: sustenta o peso do corpo nas posições sentadas e de pé;
oferece fixação para os fortes músculos da locomoção e postura;
1 Biomédica. Doutora em Ciências Médicas área de concentração Neurociências pela Universidade
Estadual de Campinas. Professora do departamento de anatomia da Universidade Federal do
Paraná.
2 Tecnóloga em Radiologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Mestre em Saúde
Pública pela University of Essex; Professora do Curso Técnico em Radiologia do Instituto Federal do
Paraná.
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• Funções secundárias: conter e proteger as vísceras pélvicas e as vísceras
abdominais inferiores; proporcionar sustentação para as vísceras abdomino-
pélvicas e para o útero grávido; proporcionar fixação para uma série de
estruturas como corpos eréteis (corpos cavernosos e o corpo esponjoso),
músculos e membranas entre outros.
Figura 1. Pelve óssea
O termo pelve é usado para nomear o anel ósseo formado pelos dois ossos do
quadril lateralmente (Figura 1), sacro e cóccix posteriormente, e delimitada na
porção anterior pela sínfise púbica e na inferior pelo diafragma pélvico, constituindo
assim o cíngulo do membro inferior. Faz parte da região inferior do abdome, sendo
dividida em pelve óssea e visceral.
As vísceras pélvicas compreendem a bexiga, porções terminal dos ureteres, órgãos
genitais, tanto masculino quanto feminino, reto, assim como também contêm vasos
sanguíneos, vasos linfáticos e nervos.
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Portanto, a pelve, além de promover a união entre a coluna vertebral e os membros
inferiores, tem fundamental importância na sustentação do tronco e proteção dos
órgãos que se situam nessa região. Na mulher, fornece proteção ao feto em
desenvolvimento.
QUADRIL
Como a maioria dos outros ossos do membro inferior, o quadril, também
denominado osso pélvico ou osso ilíaco, é um osso par, articulando-se entre si
anteriormente pela sínfise púbica e posteriormente os dois se articulam com o sacro
em sua porção lateral e, ainda, inferiormente cada osso do quadril se articula com o
fêmur correspondente.
No feto, o osso do quadril é constituído por três partes, o ísquio, o púbis e o ílio. Até
a puberdade, essas três peças ósseas que formam o osso do quadril permanecem
unidas umas às outras por cartilagem; a partir desse período, ocorre a ossificação
da cartilagem e o osso do quadril passa a ser único, embora as peças ósseas que o
constituem originalmente conservem as suas denominações.
O ponto de encontro desses três ossos faz-se ao nível do acetábulo, região na qual
mais se faz sentir o peso suportado pelo quadril, que é a fossa articular que recebe a
cabeça do fêmur. Portanto, é neste ponto que ocorre a ligação entre o esqueleto
apendicular do membro inferior e o cíngulo do membro inferior.
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Figura 2. Acetábulo
O osso do quadril é caracterizado como osso plano e irregular, apresentando
comprimento e largura equivalentes e predominando sobre a espessura. Suas
funções incluem as de movimento, participando das articulações com o sacro e o
fêmur, de defesa, protegendo os órgãos pélvicos, e de sustentação, pois transmite
aos membros inferiores o peso de todos os segmentos do corpo situados acima
dele.
No osso do quadril, visto lateralmente na posição vertical, é facilmente identificada
uma profunda cavidade: o acetábulo e, logo abaixo, se encontra o forame obturado.
Este é um grande orifício oval ou triangular, fechado por uma membrana, a
membrana obturadora, com uma pequena passagem para os vasos e o nervo
obturatório. A presença desse forame minimiza a massa óssea (peso), enquanto seu
fechamento pela membrana oferece extensa área superficial em ambos os lados
para fixação muscular.
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O acetábulo (Figura 2) apresenta uma superfície lisa, em forma de ferradura,
justaposta ao contorno, de concavidade voltada para baixo, que é a face
hemiesférica, única cavidade realmente articular na qual o fêmur desliza, e a área
situada entre os ramos da ferradura, mais rebaixada, quadrilátera e áspera, não
articular, que é a fossa do acetábulo. Essa cavidade é interrompida inferiormente por
uma incisura, à incisura acetabular.
Como já foram referidas, as três peças esqueléticas que formam o osso do quadril
(Figura 3) estão unidas, no adulto, no nível do acetábulo, de modo que o ílio forma
sua porção posterossuperior; o ramo superior do púbis o constitui medialmente e o
corpo do ísquio a sua porção inferior e lateral.
O ílio compõe a maior parte do osso do quadril, possuindo partes mediais mais
espessas para sustentação de peso, o corpo, e partes posterolaterais finas, as asas,
sendo que a divisão é indicada na face interna pela linha arqueada. Anteriormente, o
ílio possui espinhas ilíacas anterossuperiores e anteroinferiores que fornecem
fixação para ligamentos e tendões dos músculos do membro inferior. A crista ilíaca,
uma margem superior curva longa e espessa da asa do ílio, estende-se da espinha
ilíaca anterossuperior até a espinha ilíaca posterossuperior. A crista é um local
importante para fixação de músculos como o tensor da fáscia lata e o transverso do
abdome. Uma proeminência no lábio externo da crista, a tuberosidade ilíaca,
encontra-se a aproximadamente cinco a seis cm posterior à espinha ilíaca
anterossuperior. A espinha ilíaca posterossuperior marca a extremidade superior da
incisura isquiática maior.
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Figura 3. Osso do quadril direito (vista póstero-medial)
Toda a porção do ílio situada superiormente ao acetábulo, na face lateral do osso do
quadril (Figura 4), constitui a face glútea da asa do ílio, pois possui três linhas curvas
e ásperas, as linhas glúteas posterior, anterior e inferior que demarcam as fixações
proximais dos três músculos glúteos. Na sua face medial, cada asa possui uma
depressão grande e lisa, a fossa ilíaca, local de inserção do músculo ilíaco.
Posteriormente, a superfície medial do osso ilíaco contém uma área articular rugosa,
auriforme, denominada face auricular, e uma tuberosidade ilíaca ainda mais rugosa,
superior a ela, para articulação sinovial e sindesmótica com as superfícies
recíprocas do sacro na articulação sacroilíaca.
A borda posteroinferior do osso do quadril é formada pelo ísquio. A parte superior
do corpo deste osso funde-se com o púbis e o ílio. Os ramos do ísquio unem-se ao
ramo inferior do púbis para formar o ramo isquiopúbico, que constitui o limite
inferomedial do forame obturado. Na margem dorsal do ísquio há uma eminência
triangular e pontiaguda, denominado incisura isquiática maior. A espinha isquiática
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separa a incisura isquiática maior da incisura isquiática menor. A incisura isquiática
menor situa-se superior a essa espinha, na qual há inserção do ligamento
sacroespinhal, formando um forame; este é o local de passagem ao músculo
piriforme, vasos e nervos glúteos, passando na margem superior desse músculo; e
inferiormente têm-se nervos isquiático e cutâneo posterior da coxa, vasos e nervo
pudendos internos e nervos do obturatório interno e quadrado do fêmur. Já abaixo
da espinha isquiática, está contida a incisura isquiática menor, com superfície lisa e
revestida de cartilagem. Esta incisura devido aos ligamentos sacrotuberal e
sacroespinhal, torna-se um forame, pelo qual atravessam o tendão do músculo
obturatório interno e o nervo que o alimenta, e aos vasos e nervo pudendos internos.
A projeção rugosa na junção da extremidade inferior do corpo do ísquio e seu ramo
é o túber isquiático, que, além de apoiar o peso do corpo em posição sentada, é
também nessa tuberosidade que ocorre a fixação tendínea proximal dos músculos
do compartimento posterior da coxa.
A parte anteromedial do osso do quadril pode ser estabelecida tomando-se como
referência o púbis, que é menos volumosa e um pouco mais anterior que o ísquio. O
púbis limita anteriormente o forame obturado apresentando dois ramos, um superior
e outro inferior, quase horizontal. Os ramos são suportes esqueléticos, porém
relativamente leves, que mantêm o arco formado pelo sacro e pelos dois ílios,
através do qual o peso do esqueleto axial é dividido e transferido lateralmente para
os membros inferiores quando se está em posição ortostática, e para os túberes
isquiáticos quando sentado. O encontro dos dois ramos constitui o corpo do púbis.
Os dois ossos púbicos se unem pela sínfise púbica. A margem ântero-superior dos
corpos unidos e da sínfise forma a crista púbica, que oferece a fixação para
músculos abdominais. A confluência dos ramos isquiopúbicos com cada um,
formada pela união dos ramos púbicos inferior e do ísquio na borda inferior da
sínfise púbica forma o que é conhecido como arco do púbis ou ângulo subpúbico. A
margem posterior do ramo superior do púbis tem uma elevação que recebe a
denominação de linha pectínea do púbis, que forma a abertura superior da pelve e
termina, medialmente, numa projeção óssea bem marcada nas extremidades
laterais da crista púbica, o tubérculo púbico, no qual se fixa o ligamento inguinal. A
margem inferior do ramo superior do púbis é a crista obturatória.
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Figura 4. Osso do quadril ( vista lateral)
SACRO
O osso sacro situa-se entre os ossos do quadril, estando na base da coluna
vertebral, sendo formado pela fusão de cinco vértebras, e tendo um formato
triangular. Faz conexão com a última vértebra lombar na sua face superior e
inferiormente e se relaciona com o cóccix. È uma estrutura que possui curvatura e
assume posição obliquada em relação ao plano reto do corpo humano. Contém
faces auriculares, que são o local de articulação com o osso ilíaco.
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Figura 5. Osso sacro (vista anterior)
Sua face anterior (Figura 5), face pélvica, tem formato côncavo e contêm quatro
cristas transversais, que correspondem aos discos intervertebrais, os quais são
compostos por quatro forames sacrais anteriores. Sua face posterior ou face dorsal,
consequentemente, é convexa, na qual se encontra a crista sacral mediana
possuindo três ou quatro processos espinhosos. Cada lado dessa crista possui um
sulco sacral, devido à união das vértebras locais. A crista sacral lateral é formada
por tubérculos, formando os processos transversos das vértebras sacrais, sendo que
o primeiro e segundo tubérculo servem de ponto para fixação dos ligamentos
sacroilíacos posteriores. A crista sacral intermédia, que é formada por tubérculos
oriundos da fusão dos processos articulares; e forames sacrais posteriores,
dispostos em relação lateral à crista intermédia.
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Figura 6. Osso sacro ( vista póstero-superior)
O hiato sacral ou canal sacral (Figura 6) é a abertura originada da separação das
lâminas da quinta vértebra sacral com a linha mediana posterior (Figura 7), nos
quais se alojam os nervos sacrais, que passam através dos forames sacrais,
posteriores e anteriores, e este é usado como o local para obter anestesia caudal.
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Figura 7. Osso sacro (vista posterior)
Há, ainda, as estruturas denominadas asas do sacro, que constituem uma
importante parte de conexão do sacro com a pelve.
CÓCCIX
O cóccix (Figura 8), osso da parte inferior da coluna vertebral, é formado pela fusão
de três a cinco vértebras rudimentares coccígeas, que tendem a diminuir e se fundir
na sua porção inferior. A vértebra superior se articula com o sacro.
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Figura 8. Osso cóccix (vista posterior)
A sua face pélvica contêm três sulcos, nos quais se inserem o ligamento
sacrococcígeo anterior, músculos elevadores do ânus e serve de apoio para uma.
porção do reto. Há uma fileira de tubérculos na sua face dorsal, os processos
articulares que formam os cornos coccígeos, que se articulam com os cornos do
sacro. Várias eminências pequenas podem ser percebidas nas bordas laterais do
cóccix, denominados os processos transversos. Essa borda é local de fixação dos
ligamentos sacrotuberal e sacroespinhal.
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PELVE VERDADEIRA E FALSA
Como citado anteriormente, a pelve ( Figura 9) é dividida em pelve verdadeira e
pelve falsa, cuja delimitação se faz por um traçado na borda da pelve que é definida
pelas porções superiores à sínfise púbica e o sacro, anterior e posteriormente
respectivamente.
A pelve falsa, também conhecida como pelve maior, é a porção superior ao plano da
borda da pelve, delimitada lateral e posterior pelas asas do ílio e anteriormente
possui entre suas bordas um intervalo, que é preenchido pelos músculos abdominais
da parede anterior e contém um assoalho na porção inferior, sobre o qual se situam
os órgãos abdominais e o feto durante a gestação.
Figura 9. Pelve (vista anterior)
Esse assoalho pélvico, constituído pelo diafragma da pelve e formando o teto do
períneo, possui a forma de uma tigela ou um funil, cuja formação atribui-se aos
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músculos isquiococcígeo e levantador do ânus. Entre as bordas mediais do músculo
levantador do ânus de ambos os lados, há uma abertura anteriormente que forma o
hiato urogenital, que serve de passagem à uretra e, no sexo feminino, também
constitui o local de passagem da vagina.
Figura 10. Pelve (vista posterior)
A pelve verdadeira, ou pelve menor, é a porção inferior ao plano da borda pélvica,
sendo este um plano oblíquo que recebe o nome de abertura superior ou entrada da
pelve. Também possui uma abertura inferior ou saída, compreendendo a área das
duas tuberosidades isquiáticas até a extremidade do cóccix, e promovendo a ligação
dessas estruturas entre si por uma linha imaginária, adquire a forma de um triângulo.
A região entre a entrada e a saída da pelve é a cavidade da pelve verdadeira e todo
esse conjunto, no sexo feminino, forma o canal pelo qual, durante o parto, o bebê
deverá passar.
DIFERENÇAS ANATÔMICAS ENTRE A PELVE MASCULINA E FEMININA
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Algumas alterações morfológicas podem ser percebidas entre a pelve feminina e
masculina, cujas diferenças podem ser percebidas desde o quarto mês de vida fetal.
De forma geral, a pelve no homem é mais espessa e pesada, se comparada a da
mulher, que é mais fina e delicada, sendo que esta variação de tamanho e forma
não se deve somente ao sexo, mas também em pessoas do mesmo sexo.
A pelve masculina, geralmente, apresenta-se estreita, com cavidade profunda e um
formato mais afunilado, com abertura superior em forma de coração e estreita e
abertura inferior pequena, com as impressões musculares bem marcadas. Já a
pelve na mulher, de forma geral, é mais superficial e larga, com a pelve menor
assumindo formato cilíndrico. A abertura superior da pelve é mais extensa e
arredondada, possuindo uma obliquidade maior, e sua abertura inferior maior se
comparada à masculina. O sacro no sexo feminino é mais curto, largo e com
curvatura menor, com o cóccix possuindo maior mobilidade. O acetábulo é pequeno
e as incisuras isquiáticas maiores formam um ângulo de quase 90º, enquanto as
incisuras isquiáticas menores apresentam-se na forma da letra V invertido.
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Figura 11. Pelve
O diâmetro pélvico tem importante relevância no sexo feminino, pois forma o canal
ósseo pelo qual o feto atravessa durante o parto. Há quatro tipos básicos de
variações anatômicas de pelve, sendo eles: androide, antropoide, ginecoide e
platipeloide.
No formato androide, tipo mais comum em homens, a pelve é pequena e estreita,
em formato de coração. O tipo mais comum em mulheres é o ginecoide, possuindo
um formato mais arredondado, favorecendo o deslizamento do feto no momento do
parto. O formato antropoide e platipeloide são o inverso do outro. O formato
antropoide possui cavidade rasa, com pelve mais ampla e achatada. O formato
platipeloide é oval, estreito, com cavidade profunda e mais alongada.
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Figura 12. Pelve
MÚSCULOS DA REGIÃO PÉLVICA
Os músculos da região da pelve podem ser separados em músculos da região
glútea, que inclui os músculos dos membros inferiores com origem na pelve, e
músculos pélvicos verdadeiros, que formam o assoalho pélvico.
A região glútea é uma área proeminente posterior à pelve e inferior ao nível das
cristas ilíacas, estendendo-se lateralmente e anteriormente até o trocanter maior ou
até a espinha ilíaca anterossuperior. Esse grupo é formado pelos músculos glúteo
máximo, glúteo médio, glúteo mínimo, tensor da fáscia lata, piriforme, obturador
interno e externo, gêmeos, superior e inferior, e músculo quadrado femoral.
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O músculo glúteo máximo é o músculo glúteo que cobre todos os outros músculos
glúteos, exceto o terço anterossuperior do glúteo médio. É mais superficial, pesado e
com fibras mais grosseiras, além de ser o maior músculo do corpo.
As fibras da parte superior e maior desse músculo e as fibras superficiais da parte
inferior inserem-se no trato iliotibial. Algumas fibras profundas da parte inferior do
músculo fixam-se à tuberosidade glútea do fêmur. Os vasos e nervo glúteos
inferiores entram na superfície profunda do glúteo máximo em seu centro. É suprido
pelas artérias glúteas inferior e superior. Na parte superior do seu trajeto, o nervo
isquiático passa profundamente ao glúteo máximo. As principais ações do glúteo
máximo são extensão e rotação lateral da coxa.
As bolsas glúteas separam o glúteo máximo das estruturas adjacentes. As bolsas
são sacos membranáceos revestidos por uma membrana sinovial contendo uma
camada capilar de líquido lubrificante. Essas bolsas estão localizadas em áreas
sujeitas a atrito, portanto seu objetivo é reduzir o atrito e permitir o movimento livre.
Em geral, três bolsas estão associadas ao glúteo máximo, sendo elas: bolsa
trocantérica, bolsa isquiática do músculo glúteo máximo e bolsa intermuscular do
músculo glúteo.
A bolsa trocantérica separa o trocanter maior das fibras superiores do glúteo
máximo. É frequentemente a maior das bolsas formadas em relação às
proeminências ósseas e está presente ao nascimento. A bolsa isquiática do músculo
glúteo máximo separa o túber isquiático da parte inferior do glúteo máximo. Já a
bolsa intermuscular do músculo glúteo separa o trato iliotibial da parte superior da
fixação proximal do músculo vasto lateral, pertencente à coxa.
Tanto o músculo glúteo médio quanto o mínimo têm forma de leque, possuem as
mesmas ações e inervação e são irrigados pela artéria glútea superior. O músculo
glúteo médio prende-se medialmente no espaço compreendido entre as linhas
glúteas, anterior e posterior, e anteriormente, essa inserção se estende até a
espinha ilíaca anterossuperior. O músculo glúteo mínimo fixa-se medialmente entre
as linhas glúteas anterior e inferior do osso do quadril. Ambos têm a função de
abduzir a coxa e girarem-na medialmente.
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O músculo tensor da fáscia lata origina-se na espinha ilíaca anterossuperior e no
lábio externo da crista ilíaca e insere-se no trato iliotibial, que se fixa ao côndilo
lateral da tíbia, sendo inervado pelo nervo glúteo superior. É um músculo fusiforme
com aproximadamente quinze centímetros de comprimento, com principal ação de
aduzir e rodar medialmente a coxa, além de proporcionar estabilidade da ligação
entre a pelve e o fêmur.
O músculo piriforme prende-se medialmente na face anterior do sacro. Dirigindo-se
lateralmente, seu ventre atravessa a incisura isquiática maior para ir ao trocanter
maior do fêmur. É um músculo estreito, em forma de pera e está parcialmente
localizado na parede posterior da pelve menor e parcialmente posterior à articulação
do quadril, deixando a pelve através do forame isquiático maior.
O músculo obturador interno e os músculos gêmeos, superior e inferior, formam o
músculo tríceps femoral, que ocupa a abertura entre o músculo piriforme e o
músculo quadrado femoral. O músculo obturador interno, assim como o músculo
piriforme, tem sua origem no interior da cavidade pélvica menor, tendo a forma de
um leque, cobrindo por dentro o forame obturado. Ele se insere na membrana
obturatória e no contorno do forame obturador. Suas fibras convergem, deixando o
interior da pelve menor pela incisura isquiática menor para constituir um tendão que
se insere juntamente com o tendão do gêmeo inferior, no troncanter maior do fêmur.
O músculo gêmeo superior é um músculo mais delgado que se insere medialmente
na espinha isquiática.
O músculo gêmeo inferior (Figura 13) prende-se, na origem, no túber isquiático
(lateralmente, com o músculo obturador interno).
A bolsa isquiática do obturador interno permite livre movimento do músculo sobre a
margem posterior do ísquio, onde a margem forma a incisura isquiática menor e a
tróclea sobre a qual o tendão desliza.
O músculo quadrado femoral é um músculo curto, bastante espesso, mais ou menos
cúbico. É o mais inferior dos músculos da região, com fixação proximal no túber
isquiático e, distal no tubérculo da crista intertrocantérica do fêmur e na área inferior
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a ele. Sua inervação se da do nervo para o quadrado femoral, e sua principal
função é rodar lateralmente a coxa e estabilizar a cabeça do fêmur no acetábulo.
O músculo obturador externo localiza-se posteriormente ao músculo pectíneo e às
extremidades superiores dos músculos adutores e sua inervação é pelo nervo
obturatório. O músculo obturador externo faz parte dos músculos medias da coxa. É
um músculo plano, relativamente pequeno, em forma de leque e tem fixação
proximal nas margens do forame obturado e membrana obturadora e fixação distal
na fossa trocantérica do fêmur; sua inervação é dada pelo nervo obturatório, com
principal função é rodar lateralmente a coxa e estabilizar a cabeça do fêmur no
acetábulo.
Os músculos da região anterior da pelve, que também representam a musculatura
posterior do abdome, são os músculos iliopsoas, o músculo psoas menor e o
quadrado lombar.
Figura 13. Região glútea (vista posterior)
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O músculo Iliopsoas é um músculo constituído por dois outros que se unem num
único conjunto de fibras. A porção medial é denominada do músculo psoas maior, é
mais alongado, e se insere nos corpos vertebrais, desde 12º vértebra torácica até a
4º vértebra lombar. A poção lateral, músculo ilíaco, constitui um fascículo alargado
em leque e ocupa toda a fossa ilíaca interna. Inferiormente, o psoas maior e o ilíaco
se juntam num único tendão que vai se inserir no trocanter menor do fêmur.
Figura 14. Parede posterior da cavidade abdominal
O músculo psoas menor insere-se no corpo da décima segunda vértebra torácica e
no da primeira lombar, e daí vai se fixar na eminência iliopúbica (íliopectínea). Atua
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juntamente com outros músculos, na flexão da coxa, na articulação do quadril e na
estabilização dessa articulação; é inervado pelo nervo femoral.
O músculo quadrado lombar ( Figura 14) possui forma irregular de um quadrilátero,
com suas fibras seguindo da última costela à crista ilíaca, sendo que à sua frente
encontram-se os músculos psoas maior e menor, o cólon, rim e o diafragma. Auxilia
na inclinação lateral do tronco e abaixa a décima segunda costela.
Os músculos verdadeiros da pelve são os múscuclos isquiococcígeos e os músculos
levantadores do ânus, os quais também auxiliam na flexão do cóccix e na resistência
da pressão intra-abdominal. O músculo isquiococcígeo segue da porção ínfero-
lateral tanto do sacro quanto do cóccix até a espinha isquiática, localizado na face
profunda do ligamento sacroespinhal.
Formando a maior parte do assoalho da pelve, o músculo levantador do ânus tem
origem no corpo do púbis, nas espinhas isquiáticas e no arco tendíneo do músculo
levantador do ânus, inserindo-se no corpo do períneo, cóccix, corpo (ligamento)
anococcígeo, paredes da vagina ou próstata, reto e canal anal. De acordo com seu
local de inserção e o seu trajeto, o levantador do ânus adquire denominações
diferentes: puborretal, pubococcígeo e iliococcígeo.
O músculo puborretal é a parte medial, mais estreita e espessa, tendo um formato
da letra U, com importante papel na continência fecal e limita o hiato urogenital. Já o
músculo pubococcígeo é mais largo, porém mais fino, com origem no corpo do púbis
e arco tendíneo, com uma parte fixando-se no cóccix e outra se unindo ao músculo
do lado oposto, constituindo parte do ligamento anococcígeo entre o ânus e o
cóccix. Com origem no arco tendíneo posterior e na espinha isquiática, o músculo
iliococcígeo é a porção lateral e posterior do músculo levantador do ânus, sendo fino
e, assim como o pubococcígeo, une-se ao ligamento anococcígeo.
Alguns músculos que fazem parte da região da coxa têm sua fixação proximal em
regiões do quadril. Esses músculos incluem: reto da coxa, superiormente fixa-se na
espinha ilíaca anteroinferior; músculo grácil com origem no corpo do púbis; músculo
pectíneo, com origem na linha pectínea do púbis; adutor longo, fixando-se na
extremidade superior se prende no corpo do púbis; adutor curto insere-se também
no corpo do púbis; adutor magno com fixação proximal no ramo inferior do púbis e
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ramo do ísquio; porção longa bíceps da coxa com fixação no túber isquiático; o
músculo semitendíneo, com fixação proximal no túber isquiático; e o músculo
semimembranáceo também com fixação proximal no túber isquiático.
COMPONENTES ARTICULARES DA PELVE
Uma articulação é o local onde ocorre a união entre dois ou mais ossos,
independente do grau de movimento permitido por essa junção. Assim, a articulação
da pelve tem de ser capaz de receber e transmitir pressões, mantendo a postura
ereta e o equilíbrio; portanto, é rígida, resistente e estável.
Figura 15. Pelve
Os ligamentos que promovem a união dos ossos da pelve podem ser separados da
seguinte forma: aqueles que propiciam a união entre o sacro e o ílio (articulação
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sacroilíaca), o sacro ao ísquio, sacro ao cóccix (juntura sacrococcígea), a articulação
dos dois ossos púbicos e, ainda, a articulação da coluna vertebral com a pelve, o
ligamento iliolombar (Figura 15).
ARTICULAÇÃO SACROILÍACA
A articulação sacroilíaca é uma cartilagem hialina que se encontra entre as faces
auriculares (em forma de orelha) do sacro e do ílio. A superfície de cada osso é
recoberta por uma fina lâmina de cartilagem, cuja espessura é maior no sacro que
no ílio, sendo que essa lâmina apresenta irregularidades que se encaixam, unindo-
as. A mobilidade dessa articulação é limitada, isso se deve a sua função de
transmitir o peso de boa parte do corpo ao quadril, que irá ser transmitido à próxima
estrutura dependendo da posição na qual a pessoa se encontra. Dentre os
ligamentos que formam essa articulação tem-se: ligamento sacroilíaco ventral,
ligamento sacroilíaco dorsal e ligamento interósseo (Figura 16).
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Figura 16. Pelve
O ligamento sacroilíaco ventral, ou sacroilíaco anterior, compõem-se de vários feixes
que unem a face anterolateral do sacro à borda da face auricular do ílio e ao sulco
pré-auricular. O ligamento sacroilíaco dorsal, também denominado sacroilíaco
posterior, encontra-se em uma depressão profunda entre sacro e o ílio, sendo a
principal via de união entre os ossos.
O ligamento sacroilíaco posterior curto, porção superior do ligamento sacroilíaco
dorsal, possui orientação quase horizontal, indo do primeiro e segundo tubérculos
transversos da face dorsal do sacro à tuberosidade do ílio. Já a porção inferior, ou
ligamento sacroilíaco posterior longo, segue obliquamente, com origem na
extremidade no terceiro tubérculo transverso da face dorsal do sacro e na espinha
ilíaca póstero-superior, sendo este o local de união ao ligamento sacrotuberal.
Os ligamentos sacroilíacos interósseos localizam-se profundamente entre as
tuberosidades do sacro e do ílio.
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LIGAMENTO SACROISQUIÁTICO
A união entre o sacro e o ísquio é fornecida pelos ligamentos sacrotuberal e
ligamento sacroespinhal. O ligamento sacrotuberal, denominado também de
sacroisquiático maior ou posterior segue da espinha ilíaca posteroinferior e da borda
inferolateral do sacro e do cóccix e se insere na borda interna da tuberosidade do
ísquio. A porção inferior desse ligamento tem ligação contínua com o tendão de
origem do músculo bíceps femoral. A parte posterior desse ligamento forma o início
do glúteo máximo, e sua borda superior delimita o forame isquiático maior e menor
posteriormente. Passam pelo ligamento sacrotuberal o nervo coccígeo e o ramo
coccígeo da artéria glútea inferior.
O ligamento sacroespinhal, ou ligamento sacroisquiático menor constitui-se de uma
fina lâmina triangular que se fixa nas bordas laterais do sacro e do cóccix, local a
partir do qual as suas fibras se unem com as da face intrapélvica do ligamento
sacrotuberal e seu ápice vai fixar-se na espinha isquiática. Tem relação anterior com
o músculo coccígeo, estando unido a ele. Delimita os forames isquiáticos, maior e
menor, com sua borda posterior e inferior respectivamente.
ARTICULAÇÃO SACROCOCCÍGEA
A articulação entre o sacro e o cóccix é de mobilidade limitada e ocorre entre a face
oval do ápice do sacro e a base do cóccix. Os meios de união que fazem parte
dessa articulação são: os ligamentos sacrococcígeo ventral, dorsal e lateral,
ligamentos interarticulares e um disco de fibrocartilagem interposta.
O ligamento sacrococcígeo ventral é formado de fibras desiguais que passam da
face ventral do sacro para a face ventral do cóccix, unindo-se ao tecido ósseo. O
sacrococcígeo dorsal tem início na borda do orifício distal do canal sacral e tem
inserção na face dorsal do cóccix, sendo separado em uma porção profunda curta e
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uma parte superficial longa, completando a parte distal do canal sacral. O ligamento
intertransverso, ou sacrococcígeo lateral, propicia a união entre o processo
transverso do cóccix e o ângulo ínferolateral do sacro.
Os ligamentos interarticulares ocorrem entre os cornos dos dois ossos, sendo feixes
finos de cartilagem.
O disco de fribrocartilagem está situado na região de contato entre o sacro e cóccix,
sendo estruturas finas com a porção central sendo mais consistentes. Na gravidez,
principalmente, tem alta mobilidade, apresentando uma membrana sonovial.
SÍNFISE PÚBICA
A sínfise púbica (Figura 18) é formada por um disco interpúbico fibrocartilaginoso e
ligamentos, levemente móvel, que une os dois ossos púbicos. Assim, essa
articulação é composta por: ligamento púbico superior, ligamento púbico arqueado e
disco interpúbico.
O ligamento púbico superior liga superiormente o corpo do púbis e disco interpúbico
e expande-se lateralmente até os tubérculos púbicos.
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Figura 18. Sinfise púbica
O ligamento púbico arqueado, ou ligamento púbico inferior, é um espesso feixe de
fibras que une, pelos ramos inferiores, ao disco fibrocartilaginoso, os ossos púbicos
entre si, formando o ápice do arco púbico.
O disco interpúbico é uma lâmina fibrocartilagínea entre os ossos púbicos que une
as faces opostas desses ossos, com espessura variável para cada indivíduo. Cada
face contém uma fina lâmina de cartilagem hialina que a recobre.
ARTICULAÇÃO LOMBOSSACRAL
O ligamento iliolombar tem como função promover a união da pelve e da coluna
vertebral. O ligamento iliolombar tem início no processo transverso da quinta
vértebra lombar e insere-se na pelve por dois feixes, um inferior e outro superior. O
feixe inferior vai da base do sacro e se une ao ligamento sacroilíaco ventral; já o
feixe superior vai da crista ilíaca imediatamente adiante da articulação sacroilíaca, e
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está em continuidade com a fáscia toracolombar. Tem relação anterior com o
músculo psoas maior, na porção posterior com os músculos do sulco vertebral e na
margem superior relaciona-se com o músculo quadrado lombar.
INERVAÇÃO DA PELVE
A principal inervação da pelve ocorre por meio dos nervos espinhais sacrais, nervos
coccígeos e por fibras nervosas autonômicas. O entrelaçamento dessas
ramificações nervosas formam plexos, que dão origem há vários outros nervos.
Dentre os nervos somáticos com origem no plexo sacral encontram-se o nervo
pudendo, isquiático, glúteo superior e inferior, com a maioria saindo da pelve pelo
forame isquiático menor.
O nervo pudendo é proveniente dos nervos espinhais L4- S3, sendo o principal
responsável por transmitir as sensações dos órgãos genitais externos, inervando a
pele e os músculos do períneo.
O maior nervo do corpo humano é o isquiático, derivado dos nervos espinhais L4-
S3, responsável por nutrir a porção posterior do membro inferior.
O nervo glúteo superior supre o músculo tensor da fáscia lata, os músculos glúteos
médio e mínimo. É formado pelos ramos anteriores de L4-S1. Já o nervo glúteo
inferior tem origem dos ramos dos nervos espinhais de L5-S2, e é responsável por
suprir o músculo glúteo máximo.
O plexo coccígeo é derivado dos ramos de S4-S5 e também é formado pelos nervos
coccígeos, suprindo o músculo isquiococcígeo, parte do músculo levantador do
ânus, articulação sacrococcígea e uma pequena parte de pele entre o cóccix e ânus.
O sistema autônomo pélvico possui quatro vias de comunicação com a pelve, sendo
eles: os troncos simpáticos sacrais, cujos nervos autônomos proporcionam
inervação simpática para os membros inferiores; plexos periarteriais promovem
inervação simpática com função de movimento vascular das artérias ováricas, retais
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superiores e ilíacas internas; plexos hipogástricos, constituem uma inervação
aferente simpática, principalmente das vísceras pélvicas; e, por último, os nervos
esplâncnicos pélvicos, cuja rede de fibras parassimpáticas inerva as vísceras
pélvicas, cólon descendente e sigmoide, atuando no esvaziamento retal; e promove
a ereção dos órgãos genitais externos. Por último, há as fibras aferentes viscerais,
responsáveis por conduzir sensações de dor das vísceras pélvicas e abdominais,
com exceção da parte distal do cólon sigmoide e reto, até os nervos espinhais S2-
S4.
VASCULARIZAÇÃO DA PELVE
O suprimento sanguíneo arterial da pelve ocorre por meio de várias artérias que se
comunicam por ramos comunicantes (anastomoses). A pelve menor tem maior
irrigação através da artéria ilíaca interna, que provém da bifurcação da artéria ilíaca
comum, em interna e externa, ao nível de L5 e S1.
A drenagem do sangue, circulação venosa, das vísceras pélvicas acontece pelas
veias ilíacas internas, retal superior, mesentérica superior, pelas veias sacrais
laterais, sacral mediana parietal, veia retal superior, veias ilíacas comuns, veia cava
inferior, veias iliolombares e veias glúteas superiores, com comunicação entre si e
com os plexos do canal vertebral. No entanto, a principal via de drenagem do
sangue é por meio das veias ilíacas internas e, na mulher, ainda estão presentes as
veias ováricas.
A drenagem linfática da pelve se dá por linfonodos com uma variação grande tanto
em quantidade, quanto em tamanho e localização, os quais incluem os linfonodos
ilíacos externos, internos e comuns e linfonodos sacrais, cuja denominação se deve
aos vasos com os quais estão ligados. Possuem comunicação intensa e, de modo
geral, tendem a acompanhar a circulação venosa.
REFERÊNCIA:
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