Exemplos de Simbologia de Instalações Elétricas Residenciais.
Apostila instalações elétricas residenciais parte 1
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Esta edição foi baseada nos Manuais de Instalações Elétricas Residenciais -3 volumes, 1996 © ELEKTRO / PIRELLI complementada, atualizada e
ilustrada com a revisão técnica doProf. Hilton Moreno, professor universitário e secretário da
Comissão Técnica da NBR 5410 (CB-3/ABNT).
Todos os direitos de reprodução são reservados© ELEKTRO / PIRELLI
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAISJulho de 2003
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traduzida ou comercializada total ou parcialmente
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
INSTALAÇÕESELÉTRICAS
RESIDENCIAIS
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
1
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
POTÊNCIA ELÉTRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
FATOR DE POTÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
LEVANTAMENTO DE CARGAS ELÉTRICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
TIPOS DE FORNECIMENTO E TENSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
PADRÃO DE ENTRADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
DISJUNTOR DIFERENCIAL-RESIDUAL (DR) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
INTERRUPTOR DIFERENCIAL-RESIDUAL (IDR) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
CIRCUITOS TERMINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
SIMBOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
CONDUTORES ELÉTRICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
CONDUTOR DE PROTEÇÃO (FIO TERRA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
O USO DOS DISPOSITIVOS DR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
O PLANEJAMENTO DA REDE DE ELETRODUTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
ESQUEMAS DE LIGAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
REPRESENTAÇÃO DE ELETRODUTOS E CONDUTORES NA PLANTA . . . . . . . . . . . . . . . . 83
CÁLCULO DA CORRENTE ELÉTRICA EM UM CIRCUITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
CÁLCULO DA POTÊNCIA DO CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO E DOS DISJUNTORES DOS CIRCUITOS . . . . . . . . . 91
DIMENSIONAMENTO DO DISJUNTOR APLICADO NO QUADRO DO MEDIDOR . . . . . . 98
DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
SEÇÃO DO CONDUTOR DE PROTEÇÃO (FIO TERRA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
LEVANTAMENTO DE MATERIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
O SELO DO INMETRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
2
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
APRESENTAÇÃO
A importância da eletricidade em nossas vidas é inquestionável.
Ela ilumina nossos lares, movimenta nossos eletrodomésticos, permite ofuncionamento dos aparelhos eletrônicos e aquece nosso banho.
Por outro lado, a eletricidade quando mal empregada, traz alguns perigos comoos choques, às vezes fatais, e os curto-circuitos, causadores de tantos incêndios.
A melhor forma de convivermos em harmonia com a eletricidade é conhecê-la,tirando-lhe o maior proveito, desfrutando de todo o seu conforto com a máximasegurança.
O objetivo desta publicação é o de fornecer, em linguagem simples e acessível,as informações mais importantes relativas ao que é a eletricidade, ao que é uma insta-lação elétrica, quais seus principais componentes, como dimensioná-los e escolhê-los.
Com isto, esperamos contribuir para que nossas instalações elétricas possam termelhor qualidade e se tornem mais seguras para todos nós.
Para viabilizar esta publicação, a Pirelli Energia Cabos e Sistemas S.A., a ElektroEletricidade e Serviços S.A. e o Procobre - Instituto Brasileiro do Cobre reuniramseus esforços.
A Pirelli tem concretizado ao longo dos anos vários projetos de parceria que,como este, têm por objetivo contribuir com a melhoria da qualidade das instalaçõeselétricas por meio da difusão de informações técnicas.
A Elektro, sempre preocupada com a correta utilização da energia, espera queesta iniciativa colabore com o aumento da segurança e redução dos desperdíciosenergéticos.
O Procobre, uma instituição sem fins lucrativos e voltada para a promoção docobre, esta empenhada na divulgação do correto e eficiente uso da eletricidade.
Esperamos que esta publicação seja útil e cumpra com as finalidades a quese propõe.
São Paulo, julho de 2003
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
3
Vamos começarfalando um pouco
a respeito daEletricidade.
Você já parou parapensar que
está cercado deeletricidade
por todos os lados ?
4
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Pois é !
Estamos tãoacostumadoscom ela que
nem percebemosque existe.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
5
Na realidade, a eletricidade é invisível.O que percebemos são seus efeitos, como:
LUZ
CALOR
CHOQUEELÉTRICO
e... esses efeitos são possíveis devido a:
CORRENTE ELÉTRICA TENSÃO ELÉTRICA POTÊNCIA ELÉTRICA
6
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Nos fios, existem partículasinvisíveis chamadas elétronslivres, que estão em cons-tante movimento de formadesordenada.
Para que estes elétrons livrespassem a se movimentar deforma ordenada, nos fios, énecessário ter uma força que osempurre. A esta força é dado onome de tensão elétrica (U).
Esse movimento ordenado doselétrons livres nos fios, provoca-do pela ação da tensão, formauma corrente de elétrons. Essacorrente de elétrons livres échamada de corrente elétrica (I).
Pode-se dizer então que:
TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA
É o movimentoordenado doselétrons livres nos fios.Sua unidadede medidaé o ampère (A).
TENSÃO CORRENTE ELÉTRICA
É a força queimpulsiona oselétronslivres nosfios.Sua unidadede medidaé o volt (V).
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
7
Agora, para entenderpotência elétrica,
observe novamente odesenho.
A tensão elétrica faz movimentar os elétrons de formaordenada, dando origem à corrente elétrica.
Correnteelétrica
Tensãoelétrica
POTÊNCIA ELÉTRICA
É importante gravar:Para haver potência elétrica, é necessário haver:
Essa intensidade de luze calor percebida por nós(efeitos), nada mais é do quea potência elétrica que foitrasformada em potêncialuminosa (luz) e potênciatérmica (calor).
Tendo a correnteelétrica, a lâmpadase acende e se aquececom uma certaintensidade.
8
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Então, como a potência é o produto da açãoda tensão e da corrente, a sua unidade de medida
é o volt-ampère (VA).
Agora... qual é a unidade de medidada potência elétrica ?
Muitosimples !
A essa potência dá-se o nome de potência aparente.
a intensidade da tensão émedida em volts (V).
a intensidade da corrente émedida em ampère (A).
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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A potência ativa é a parcela efetivamentetransformada em:
A potência aparenteé composta por
duas parcelas:
POTÊNCIA ATIVA
POTÊNCIA REATIVA
A unidade de medida da potência ativa é o watt (W).
POTÊNCIA
MECÂNICA
POTÊNCIA
TÉRMICA
POTÊNCIA
LUMINOSA
10
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
A potência reativa é a parcela transformada em campomagnético, necessário ao funcionamento de:
REATORES
Em projetos de instalação elétricaresidencial os cálculos efetuados são
baseados na potência aparente e potênciaativa. Portanto, é importante conhecer
a relação entre elas para que se entendao que é fator de potência.
A unidade de medida da potência reativaé o volt-ampère reativo (VAr).
MOTORES TRANSFORMADORES
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
11
Sendo a potência ativa uma parcela da potênciaaparente, pode-se dizer que ela representa uma
porcentagem da potência aparente que é transformadaem potência mecânica, térmica ou luminosa.
Nos projetos elétricosresidenciais, desejando-se
saber o quanto dapotência aparente foi
transformada empotência ativa, aplica-se
os seguintes valoresde fator de potência:
A esta porcentagem dá-se o nome de fator de potência.
Quando o fator de potência é igual a 1, significa quetoda potência aparente é transformada em potência
ativa. Isto acontece nos equipamentos que só possuemresistência, tais como: chuveiro elétrico, torneira
elétrica, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico, etc.
FATOR DE POTÊNCIA
1,0
0,8
para iluminação
para tomadasde uso geral
potênciade
iluminação(aparente) =
660 VA
fator depotência
a seraplicado =
1
potência ativade
iluminação (W) =1x660 VA =
660 W
potênciade tomada
deuso geral =
7300 VA
fator depotência
a seraplicado =
0,8
potência ativade tomada de
uso geral =
0,8x7300 VA =5840 W
Exemplos
12
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Os conceitos vistos anteriormente possibilitarãoo entendimento do próximo assunto: levantamento das
potências (cargas) a serem instaladas na residência.
A previsão de carga deve obedecer às prescriçõesda NBR 5410, item 4.2.1.2
A planta a seguir serviráde exemplo para o levantamento
das potências.
O levantamento das potênciasé feito mediante uma
previsão das potências(cargas) mínimas
de iluminação e tomadasa serem instaladas,
possibilitando, assim,determinar a potência totalprevista para a instalação
elétrica residencial.
A. SERVIÇO
3,40
3,40
1,75
3,15
1,80
3,25
3,25
3,10
3,75
3,05
3,05
3,053,40
2,30
COZINHA
DORMITÓRIO 2
DORMITÓRIO 1
BANHEIRO
COPA
SALA
13
14
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
A carga de iluminação é feita em função da área docômodo da residência.
NOTA: a NBR 5410 não estabelece critérios parailuminação de áreas externas em residências, ficando
a decisão por conta do projetista e do cliente.
RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410 PARA
O LEVANTAMENTO DA CARGA DE ILUMINAÇÃO
1. Condições para se estabelecer a quantidademínima de pontos de luz.
2. Condições para se estabelecer a potênciamínima de iluminação.
prever pelo menos umponto de luz no teto,comandado por um
interruptor de parede.
arandelas no banheirodevem estar distantes,
no mínimo, 60 cmdo limite do boxe.
para áreaigualou inferiora 6 m2
atribuir ummínimo de 100 VA
para áreasuperiora 6 m2
atribuir um mínimode 100 VA para os
primeiros 6 m2,acrescido de 60 VApara cada aumento
de 4 m2 inteiros.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
15
Prevendo a carga de iluminação da planta residencialutilizada para o exemplo, temos:
DependênciaDimensões Potência de iluminaçãoárea (m2) (VA)
sala A = 3,25 x 3,05 = 9,919,91m2 = 6m2 + 3,91m2
100VA|
100VA
copa A = 3,10 x 3,05 = 9,459,45m2 = 6m2 + 3,45m2
100VA|
100VA
cozinha A = 3,75 x 3,05 = 11,4311,43m2 =6m2 + 4m2 + 1,43m2
160VA| |
100VA + 60VA
dormitório 1 A = 3,25 x 3,40 = 11,0511,05m2 = 6m2 + 4m2 + 1,05m2
160VA| |
100VA + 60VA
dormitório 2 A = 3,15 x 3,40 = 10,7110,71m2 = 6m2 + 4m2 + 0,71m2
160VA| |
100VA + 60VA
banho A = 1,80 x 2,30 = 4,14 4,14m2 => 100VA 100VA
área de serviço A = 1,75 x 3,40 = 5,95 5,95m2 => 100VA 100VA
hall A = 1,80 x 1,00 = 1,80 1,80m2 => 100VA 100VA
área externa — — 100VA
16
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
NOTA: em diversas aplicações, é recomendável preveruma quantidade de tomadas de uso geral maiordo que o mínimo calculado, evitando-se, assim,o emprego de extensões e benjamins (tês) que,
além de desperdiçarem energia,podem comprometer a segurança da instalação.
RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410PARA O LEVANTAMENTO DA CARGA DE TOMADAS
1. Condições para se estabelecer a quantidade mínimade tomadas de uso geral (TUG’s).
subsolos,varandas,garagens ousotãos
cômodos oudependênciascom maisde 6m2
banheiros
cozinhas,copas,copas-cozinhas
cômodos oudependênciascom área igualou inferiora 6m2
no mínimo umatomada
no mínimo umatomada para cada5m ou fração de
perímetro,espaçadas tão
uniformementequanto possível
uma tomada paracada 3,5m ou
fração deperímetro,
independenteda área
pelo menos umatomada
no mínimo umatomada junto
ao lavatório comuma distância
mínima de 60cmdo limite do boxe
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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2. Condições para se estabelecer a potência mínimade tomadas de uso geral (TUG’s).
banheiros,cozinhas, copas,copas-cozinhas,áreas de serviço,lavanderiase locaissemelhantes
demaiscômodosoudependências
- atribuir, no mínimo,600 VA por tomada,
até 3 tomadas.
- atribuir 100 VA paraos excedentes.
- atribuir, no mínimo,100 VA por tomada.
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)
Não se destinam à ligação de equipamentos específicose nelas são sempre ligados:
aparelhos móveis ou aparelhos portáteis.
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE’S)
São destinadas à ligação de equipamentos fixose estacionários, como é o caso de:
3. Condições para se estabelecer a quantidade detomadas de uso específico (TUE’s).
A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordocom o número de aparelhos de utilização
que sabidamente vão estar fixos em uma dadaposição no ambiente.
SECADORADE ROUPA
TORNEIRAELÉTRICA
CHUVEIRO
NOTA: quando usamos o termo “tomada” de usoespecífico, não necessariamente queremos dizer que a
ligação do equipamento à instalação elétricairá utilizar uma tomada. Em alguns casos, a ligação
poderá ser feita, por exemplo, por ligação direta(emenda) de fios ou por uso de conectores.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
19
4. Condições para se estabelecer a potência detomadas de uso específico (TUE’s).
Os valores das áreas dos cômodos da planta doexemplo já estão calculados, faltando o cálculo do
perímetro onde este se fizer necessário, para seprever a quantidade mínima de tomadas.
• ou o valor da área
• ou o valor do perímetro
• ou o valor da áreae do perímetro
Para se prever a carga de tomadas é necessário,primeiramente, prever a sua quantidade.
Essa quantidade, segundo os critérios, é estabelecidaa partir do cômodo em estudo,
fazendo-se necessário ter:
Conforme o que foi visto:
Atribuir a potência nominal do equipamentoa ser alimentado.
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Obs.: (*) nesses cômodos, optou-se por instalar umaquantidade de TUG’s maior do que a quantidade mínima
calculada anteriormente.
DependênciaDimensões Quantidade mínima
Área Perímetro(m2) (m) TUG’s TUE’s
sala 9,91 3,25x2 + 3,05x2 = 12,6 5 + 5 + 2,6 —
copa 9,45 3,10x2 +3,05x2 = 12,3 3,5 + 3,5 + 3,5 + 1,8 —
cozinha 11,43 3,75x2 + 3,05x2 = 13,6 3,5 + 3,5 + 3,5 + 3,1 1 torneira elétr.1 geladeira
dormitório 1 11,05 3,25x2 + 3,40x2 = 13,3 5 + 5 + 3,3 —
dormitório 2 10,71 3,15x2 + 3,40x2 = 13,1 5 + 5 + 3,1 —
banho 4,14 1 1 chuveiro elétr.
área de serviço 5,95 2 1 máquinalavar roupa
hall 1,80 1 —
área externa — — — —
OBSERVAÇÃO
Área inferior a 6m2:não interessao perímetro
Estabelecendo a quantidade mínima de tomadasde uso geral e específico:
Prevendo as cargas de tomadas de uso geral e específico.
DependênciaDimensões Quantidade Previsão de Carga
Área Perímetro(m2) (m) TUG’s TUE’s TUG’s TUE’s
sala 9,91 12,6 4* — 4x100VA —
copa 9,45 12,3 4 —3x600VA —1x100VA
cozinha 11,43 13,6 4 2 3x600VA 1x5000W (torneira)1x100VA 1x500W (geladeira)
dormitório 1 11,05 13,3 4* — 4x100VA —
dormitório 2 10,71 13,1 4* — 4x100VA —
banho 4,14 — 1 1 1x600VA 1x5600W (chuveiro)
área de serviço 5,95 — 2 1 2x600VA 1x1000W (máq.lavar)
hall 1,80 — 1 — 1x100VA —
área externa — — — — — —
(1 1 1) = 3
(1 1 1) = 3
(1 1 1) = 3
(1 1 1 1) = 4
(1 1 1 1) = 4
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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Reunidos todos os dados obtidos, tem-seo seguinte quadro:
DependênciaDimensões Potência de
iluminação(VA)
Quanti- Potênciadade (VA)
Discrimi- Potêncianação (W)
Área Perímetro(m2) (m)
sala 9,91 12,6 100 4 400 — —
copa 9,45 12,3 100 4 1900 — —
cozinha 11,43 13,6 160 4 1900torneira 5000
geladeira 500
dormitório 1 11,05 13,3 160 4 400 — —
dormitório 2 10,71 13,1 160 4 400 — —
banho 4,14 — 100 1 600 chuveiro 5600
área de serviço 5,95 — 100 2 1200 máq. lavar 1000
hall 1,80 — 100 1 100 — —
área externa — — 100 — — — —
TOTAL — — 1080VA — 6900VA — 12100W
Para obter a potência total da instalação,faz-se necessário: a) calcular a potência ativa;
b) somar as potências ativas.
TUG’s TUE’s
potênciaaparente
potênciaativa
22
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Cálculo dapotência ativade iluminação
e tomadasde uso geral
(TUG’s)
Em função da potência ativa total prevista paraa residência é que se determina:
o tipo de fornecimento, a tensão de alimentaçãoe o padrão de entrada.
LEVANTAMENTO DA POTÊNCIA TOTAL
Cálculoda
potênciaativatotal
Potência de iluminação1080 VA
Fator de potência a seradotado = 1,0
1080 x 1,0 = 1080 W
Potência de tomadas de usogeral (TUG’S) - 6900 VA
Fator de potência a seradotado = 0,8
6900 VA x 0,8 = 5520 W
potência ativade iluminação: 1080 Wpotência ativa
de TUG’s: 5520 Wpotência ativa
de TUE’s: 12100 W18700 W
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
23
Nas áreas de concessão da ELEKTRO, se apotência ativa total for:
TIPO DE FORNECIMENTO E TENSÃO
Fornecimento monofásico- feito a dois fios:
uma fase e um neutro- tensão de 127 V
Fornecimento bifásico- feito a três fios: duas
fases e um neutro- tensões de
127V e 220V
Fornecimento trifásico- feito a quatro fios:
três fases e um neutro- tensões de 127 V e 220 V
Até 12000 W
Acima de 12000 W até 25000 W
Acima de 25000 W até 75000 W
24
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
No exemplo, a potência ativa total foi de:
NOTA: não sendo área de concessão da ELEKTRO,o limite de fornecimento, o tipo de fornecimento e osvalores de tensão podem ser diferentes do exemplo.
Estas informações são obtidas na companhiade eletricidade de sua cidade.
18700 W
Portanto:fornecimentobifásico, pois
fica entre12000 W
e 25000 W.
Sendofornecimentobifásico
têm-sedisponíveisdois valoresde tensão:
127 V e 220 V.
Uma vez determinadoo tipo de fornecimento,
pode-se determinartambém o padrão
de entrada.
Voltando ao exemplo:
Potência ativatotal:
18700 watts
Tipo defornecimento:
bifásico.
O padrão deentrada deverá
atender aofornecimento
bifásico.
Conseqüentemente:
E... o que vem a ser padrão de entrada?
Padrão de entrada nadamais é do que o poste
com isolador deroldana, bengala, caixade medição e haste deterra, que devem estarinstalados, atendendo
às especificaçõesda norma técnica daconcessionária para
o tipo de fornecimento.
Uma vez pronto o padrão de entrada,segundo as especificações da normatécnica, compete à concessionária
fazer a sua inspeção.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
25
26
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
A norma técnica referente à instalação do padrãode entrada, bem como outras informações a esse
respeito deverão ser obtidas junto à agência local dacompanhia de eletricidade.
Estando tudocerto, a
concessionáriainstala e ligao medidor e
o ramal deserviço,
Uma vez pronto o padrão deentrada e estando ligados
o medidor e o ramal de serviço,a energia elétrica entregue pela
concessionária estará disponívelpara ser utilizada.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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Através do circuito de distribuição, essa energiaé levada do medidor até o quadro de distribuição,
também conhecido como quadro de luz.
REDE PÚBLICA DE BAIXA TENSÃO
Ramal deligação
Medidor
Circuitos terminais
Quadro dedistribuição
Circuito dedistribuição
Aterramento
28
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Ele é o centro de distribuição, pois:
O que vema ser
quadro dedistribuição?
Quadro de distribuiçãoé o centro de
distribuição de todaa instalação elétrica de
uma residência.
recebe os fios que vêm do medidor.
nele é que seencontram os
dispositivos deproteção.
CIRCUITO 5 (TUE)Tomada de uso
específico(ex. torneira elétrica)
CIRCUITO 6 (TUE)Tomada de uso
específico(ex. chuveiro elétrico)
CIRCUITO 4 (TUG’s)Tomadas de
uso geral
dele é que partem os circuitos terminaisque vão alimentar diretamente as
lâmpadas, tomadas e aparelhos elétricos.
CIRCUITO 2Iluminação de
serviço
CIRCUITO 3 (TUG’s)Tomadas de
uso geral
CIRCUITO 1Iluminação
social
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
29
O quadro de distribuição deve estar localizado:
em lugar defácil acesso
e o maispróximo possível
do medidor
Através dos desenhos a seguir, você poderá enxergar oscomponentes e as ligações feitas no quadro de distribuição.
Isto é feito para se evitar gastosdesnecessários com os fios do circuitode distribuição, que são os mais grossosde toda a instalação e, portanto, os mais caros.
30
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Este é um exemplo de quadro de distribuiçãopara fornecimento bifásico.
ProteçãoFase
Neutro
Disjuntordiferencialresidual geral
Disjuntoresdos circuitos
terminaismonofásicos.
Barramentode interligação
das fases
Um dos dispositivos de proteção que se encontra noquadro de distribuição é o disjuntor termomagnético.
Vamos falar um pouco a seu respeito.
Barramento de neutro.Faz a ligação dos fiosneutros dos circuitos
terminais com o neutrodo circuito de
distribuição, devendo serisolado eletricamente
da caixa do QD.
Disjuntoresdos circuitos
terminais bifásicos.Recebem a fase do
disjuntor gerale distribuem para
os circuitosterminais.
Barramentode proteção.Deve ser ligadoeletricamenteà caixa do QD.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
31
Disjuntores termomagnéticos são dispositivos que:
oferecem proteção aosfios do circuito Desligando-o
automaticamentequando da ocorrênciade uma sobrecorrenteprovocada por umcurto-circuitoou sobrecarga.
Operando-o comoum interruptor,secciona somente ocircuito necessárionuma eventualmanutenção.
permitemmanobra manual
Os disjuntores termomagnéticos têm a mesmafunção que as chaves fusíveis. Entretanto:
O fusível se queimanecessitando ser trocado
O disjuntor desliga-senecessitando religá-lo
No quadro de distribuição, encontra-se também:- o disjuntor diferencial residual ou, então,
- o interruptor diferencial residual.
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL
É um dispositivo constituído de um disjuntortermomagnético acoplado a um outro
dispositivo: o diferencial residual.Sendo assim, ele conjuga as duas funções:
Pode-se dizer então que:
Disjuntor diferencial residual é um dispositivo que protege:- os fios do circuito contra sobrecarga e curto-circuito e;
- as pessoas contra choques elétricos.
a do disjuntortermomagnético
a do dispositivodiferencial residual
protege as pessoascontra choqueselétricos provocadospor contatos diretose indiretos
protege os fios docircuito contra
sobrecarga ecurto-circuito
e
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
33
É um dispositivo composto de um interruptor acopladoa um outro dispositivo: o diferencial residual.
Pode-se dizer então que:
Interruptor diferencial residual é um dispositivo que:liga e desliga, manualmente, o circuito e
protege as pessoas contra choques elétricos.
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL
a do interruptor
a do dispositivo diferencialresidual (interno)
que liga e desliga,manualmente,
o circuito
que protege as pessoascontra choques elétricosprovocados por contatos
diretos e indiretos
Sendo assim, ele conjuga duas funções:
34
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Os dispositivos vistos anteriormente têm em comumo dispositivo diferencial residual (DR).
proteger as pessoas contrachoques elétricos provocados por
contato direto e indireto
Contatoindireto
Sua função é:
Contatodireto
É o contato acidental,seja por falha deisolamento, por rupturaou remoção indevidade partes isolantes:ou, então, por atitudeimprudente de uma pessoacom uma parte elétricanormalmenteenergizada (parte viva).
É o contato entre umapessoa e uma partemetálica de uma instalaçãoou componente, normal-mente sem tensão, mas quepode ficar energizadapor falha de isolamentoou por uma falha interna.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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A seguir, serão apresentados:
• tipos de disjuntores termomagnéticos;• tipos de disjuntores DR de alta sensibilidade;• tipo de interruptor DR de alta sensibilidade.
Os tipos de disjuntores termomagnéticos existentes nomercado são: monopolares, bipolares e tripolares.
NOTA: os disjuntores termomagnéticos somente devemser ligados aos condutores fase dos circuitos.
TIPOS DE DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS
TripolarBipolar
Monopolar
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Os tipos mais usuais de disjuntores residuais de altasensibilidade (no máximo 30mA) existentes no mercado são:
TIPOS DE DISJUNTORES DIFERENCIAIS RESIDUAIS
NOTA: interruptores DR devem ser utilizados noscircuitos em conjunto com dispositivos a sobrecorrente(disjuntor ou fusível), colocados antes do interruptor DR.
Bipolar Tetrapolar
NOTA: os disjuntores DR devem ser ligadosaos condutores fase e neutro dos circuitos, sendo que
o neutro não pode ser aterrado após o DR.
TIPO DE INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL
Um tipo de interruptordiferencial residual
de alta sensibilidade(no máximo 30 mA)
existente no mercadoé o tetrapolar
(figura ao lado), existindoainda o bipolar.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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Os dispositivos vistos são empregados na proteção doscircuitos elétricos. Mas... o que vem a ser circuito elétrico?
Ramal deligação(2F + N) Circuito de distribuição
(2F + N + PE)
Ramal deentrada
Vai parao quadro dedistribuição
CIRCUITO ELÉTRICO
CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO
Liga o quadro do medidor ao quadro de distribuição.
Em uma instalação elétricaresidencial, encontramos
dois tipos de circuito:o de distribuição
e os circuitos terminais.
É o conjunto deequipamentos e fios,
ligados ao mesmodispositivo de proteção.
Rede pública debaixa tensãoPonto de
derivação
Caixa demedição
Medidor
Origem dainstalação
Ponto deentrega
Terminal deaterramentoprincipal
Dispositivo geral decomando e proteção
Condutor de aterramento
Eletrodo de aterramento
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Partem do quadro de distribuição e alimentamdiretamente lâmpadas, tomadas de uso geral
e tomadas de uso específico.
CIRCUITOS TERMINAIS
Disjuntordiferencial
residual geral
NeutroProteção
(PE)
(2F+N+PE)
Quadro dedistribuição
(F + N + PE)
(2F + PE)
(F + N + PE)
(2F + PE)
(F + N + PE)
(F + N + PE)
Fases
NOTA: em todos os exemplos a seguir, será admitido que atensão entre FASE e NEUTRO é 127V e entre FASES é 220V.
Consulte as tensões oferecidas em sua região
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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Exemplo de circuitos terminais protegidos pordisjuntores termomagnéticos:
CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO (FN)
CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO EXTERNA (FN)
Exemplos de circuitos terminais protegidospor disjuntores DR:
Barramentode proteção
DisjuntorDR
FaseNeutro
(*) (*)
Disjuntormonopolar
* se possível, ligar o condutor de proteção (terra) à carcaça da luminária.
Retorno
Fase
Neutro Proteção
Retorno
Barramentode proteção
Disjuntor diferencialresidual bipolar
Barramentode neutro
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
CIRCUITO DE TOMADAS DE USO GERAL (FN)
FaseNeutro ProteçãoBarramento
de proteção
Disjuntor diferencialresidual bipolar
Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores DR:
CIRCUITO DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO (FN)
FaseNeutro ProteçãoBarramento
deproteção
Disjuntor diferencialresidual bipolar
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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CIRCUITO DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO (FF)
FaseFase Proteção
Barramentode
proteção
FaseNeutro Proteção
Barramentode proteção
Interruptor DR
Exemplos de circuitos protegidos por interruptores DR:
CIRCUITO DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO (FN)
Disjuntortermomagnético
Disjuntor diferencial residual bipolar
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
FaseFase Proteção
Barramentode proteção
CIRCUITO DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO (FF)
Disjuntortermomagnético
Interruptor DR
Exemplode circuito
de distribuiçãobifásico
outrifásico
protegido pordisjuntor
termomagnético:
Ligaçãobifásica ou
trifásica
Fases
Neutro
Disjuntor ouinterruptor DR
tetrapolar
Proteção
Quadro dedistribuição
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
43
Neutro Proteção(PE)
Quadro dedistribuição
(F + N + PE)
(2F + PE)
(F + N + PE)
(2F + PE)
(F + N + PE)
(F + N + PE)
Fases
A divisão da instalação elétricaem circuitos terminais segue critérios
estabelecidos pela NBR 5410,apresentados em seguida.
A instalação elétrica de uma residência deveser dividida em circuitos terminais.
Isso facilita a manutenção e reduz a interferência.
44
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
CRITÉRIOS ESTABELECIDOS PELA NBR 5410
Além desses critérios, o projetista considera também asdificuldades referentes à execução da instalação.
Para que isto não ocorra, uma boa recomendação é,nos circuitos de iluminação e tomadas de uso geral,
limitar a corrente a 10 A, ou seja, 1270 VA em127 V ou 2200 VA em 220 V.
• prever circuitos de iluminaçãoseparados dos circuitos detomadas de uso geral (TUG’s).
• prever circuitos independentes,exclusivos para cadaequipamento com correntenominal superior a 10 A.Por exemplo, equipamentosligados em 127 V compotências acima de 1270 VA(127 V x 10 A) devem ter umcircuito exclusivo para si.
Se os circuitosficarem muito
carregados, os fiosadequados para suasligações irão resultarnuma seção nominal
(bitola) muito grande,dificultando:
• a instalação dos fiosnos eletrodutos;
• as ligações terminais(interruptores etomadas).
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
45
Aplicando os critérios no exemplo em questão (tabela dapág. 22), deverá haver, no mínimo, quatro circuitos terminais:
• um para iluminação;• um para tomadas de uso geral;• dois para tomadas de uso específico
(chuveiro e torneira elétrica).
Mas, tendo em vista as questões de ordem prática,optou-se no exemplo em dividir:
Com relação aos circuitos de tomadas de uso específico,permanecem os 2 circuitos independentes:
OS CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO EM 2:
Social Serviço
saladormitório 1dormitório 2
banheirohall
copacozinha
área de serviçoárea externa
saladormitório 1dormitório 2
banheirohall
cozinha
Chuveiro elétrico Torneira elétrica
copa área deserviço
OS CIRCUITOS DE TOMADAS DE USO GERAL EM 4:
Social Serviço
Serviço Serviço
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Essa divisão dos circuitos, bem como suas respectivascargas, estão indicados na tabela a seguir:
CircuitoTensão
(V)Local
Corrente(A)
nº decircuitos
agrupados
Seção doscondutores
(mm2)nº de Correntepólos nominal
Tipo
ProteçãoPotência
Quantidade x Totalpotência (VA) (VA)
nº Tipo
Sala 1 x 100
Ilum.Dorm. 1 1 x 160
1social
127 Dorm. 2 1 x 160 620Banheiro 1 x 100Hall 1 x 100Copa 1 x 100
Ilum.Cozinha 1 x 160
2serviço
127 A. serviço 1 x 100 460A. externa 1 x 100
Sala 4 x 1003 TUG’s 127 Dorm. 1 4 x 100 900
Hall 1 x 100
4 TUG’s 127Banheiro 1 x 600
1000Dorm. 2 4 x 100
5 TUG’s 127 Copa 2 x 600 1200
6 TUG’s 127 Copa1 x 100
7001 x 600
7 TUG’s 127 Cozinha 2 x 600 1200
TUG’s1 x 100
8+TUE’s
127 Cozinha 1 x 600 12001 x 500
9 TUG’s 127 A. serviço 2 x 600 1200
10 TUE’s 127 A. serviço 1 x 1000 1000
11 TUE’s 220 Chuveiro 1 x 5600 5600
12 TUE’s 220 Torneira 1 x 5000 5000
Quadro de
Distribuição 220distribuiçãoQuadro demedidor
estes campos serão preenchidosno momento oportuno
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
47
Como o tipo de fornecimento determinado parao exemplo em questão é bifásico, têm-se duas fases e
um neutro alimentando o quadro de distribuição.
Sendo assim, neste projeto foram adotados osseguintes critérios:
Uma vez dividida a instalação elétricaem circuitos, deve-se marcar, na planta,
o número correspondente a cadaponto de luz e tomadas.
No caso do exemplo, a instalação ficoucom 1 circuito de distribuição
e 12 circuitos terminais que estãoapresentados na planta a seguir.
Foram ligados na menortensão, entre fase eneutro (127 V).
OS CIRCUITOS DEILUMINAÇÃO E TOMADASDE USO GERAL (TUG’S)
Foram ligados na maiortensão, entre fase efase (220 V).
OS CIRCUITOS DE TOMADASDE USO ESPECÍFICO (TUE’S)
COM CORRENTE MAIORQUE 10 A
Quanto ao circuito de distribuição,deve-se sempre considerar a maior tensão (fase-fase)
quando este for bifásico ou trifásico. No caso, a tensãodo circuito de distribuição é 220 V.
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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SIMBOLOGIA GRÁFICA
SÍMBOLO
Sabendo as quantidades de pontos de luz,tomadas e o tipo de fornecimento,
o projetista pode dar início ao desenho doprojeto elétrico na planta residencial,
utilizando-se de uma simbologia gráfica.
Neste fascículo, a simbologia apresentada é ausualmente empregada pelos projetistas.
Como ainda não existe um acordo comum a respeitodelas, o projetista pode adotar uma simbologia própria
identificando-a no projeto, através de uma legenda.
Para os exemplos que aparecem neste Manual,será utilizada a simbologia apresentada a seguir.
Quadro dedistribuição
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Ponto de luz no teto
100 - potência de iluminação2 - número do circuitoa - comando
SÍMBOLOS
Tomada baixa monofásicacom terra
Tomada baixa bifásicacom terra
SÍMBOLO
Ponto de luz na parede
SÍMBOLO
100
2 a
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Interruptorsimples
Caixa de saída altamonofásica com terra
Caixa de saída alta bifásicacom terra
SÍMBOLOS
Tomada média monofásicacom terra
Tomada média bifásicacom terra
SÍMBOLOS
SÍMBOLO
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
SÍMBOLO
Interruptorparalelo
SÍMBOLO
Campainha
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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SÍMBOLO
Botão de campainha
SÍMBOLO
Eletroduto embutidona laje
SÍMBOLO
Eletroduto embutidona parede
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
SÍMBOLO
Eletroduto embutidono piso
SÍMBOLO
Fio fase
SÍMBOLO
Fio neutro(necessariamente azul claro)
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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SÍMBOLO
Fio de retorno
SÍMBOLO Condutor de proteção(fio terra necessariamenteverde ou verde-amarelo)
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
CONDUTORES ELÉTRICOS
O termo condutor elétrico é usado para designar um produto destinado a transportar corrente (energia) elétrica,sendo que os fios e os cabos elétricos são os tipos maiscomuns de condutores. O cobre é o metal mais utilizadona fabricação de condutores elétricos para instalaçõesresidenciais, comerciais e industriais.
Um fio é um condutor sólido, maciço, provido deisolação, usado diretamente como condutor de energiaelétrica. Por sua vez, a palavra cabo é utilizada quandoum conjunto de fios é reunido para formar um condutorelétrico.
Dependendo do número de fios que compõe um caboe do diâmetro de cada um deles, um condutor apresentadiferentes graus de flexibilidade. A norma brasileira NBRNM280 define algumas classes de flexibilidade para oscondutores elétricos, a saber:
são aqueles condutoressólidos (fios), os quaisapresentam baixo grau
de flexibilidade duranteo seu manuseio.
são aqueles condutores formadospor vários fios (cabos), sendo que,quanto mais alta a classe, maiora flexibilidade do cabo durante
o manuseio.
Classes 2, 4, 5 e 6Classe 1
E qual a importância da flexibilidade de um condutornas instalações elétricas residenciais ?
Geralmente, nas instalações residenciais, os condutoressão enfiados no interior de eletrodutos e passam porcurvas e caixas de passagem até chegar ao seu destinofinal, que é, quase sempre, uma caixa de ligação5 x 10 cm ou 10 x 10 cm instalada nas paredes ou umacaixa octogonal situada no teto ou forro.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Além disso, em muitas ocasiões, há vários condutores dediferentes circuitos no interior do mesmo eledroduto, oque torna o trabalho de enfiação mais difícil ainda.
Nestas situações, a experiência internacional vemcomprovando há muitos anos que o uso de cabosflexíveis, com classe 5, no mínimo, reduz significativa-mente o esforço de enfiação dos condutores noseletrodutos, facilitando também a eventual retirada dosmesmos.
Da mesma forma, nos últimos anostambém os profissionais brasileirostêm utilizado cada vez mais oscabos flexíveis nas instalaçõeselétricas em geral e nas residenciaisem particular.
Fios sólidos
Cabosflexíveis
57
58
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
O conceito básico da proteção contrachoques é o de que os elétrons devemser “desviados” da pessoa. Sabendo-se que um fio de cobre éum milhão de vezes melhor condutor doque o corpo humano, fica evidente que,se oferecermos aos elétrons doiscaminhos para eles circularem,sendo um o corpo e o outro umfio, a enorme maioria deles irácircular pelo último,minimizando os efeitos dochoque na pessoa. Esse fiopelo qual irão circular oselétrons que “escapam” dosaparelhos é chamado de fio terra.
CONDUTOR DE PROTEÇÃO - PE (FIO TERRA)
Sendo assim, como podemos fazer para evitaros choques elétricos ?
Dentro de todos os aparelhoselétricos existem elétrons quequerem “fugir” do interior
dos condutores. Como o corpohumano é capaz de conduzireletricidade, se uma pessoa encostarnesses equipamentos, ela estará
sujeita a levar um choque,que nada mais é do que asensação desagradávelprovocada pela passagemdos elétrons pelo corpo.
É preciso lembrar quecorrentes elétricas de
apenas 0,05 ampère já podemprovocar graves danos ao organismo !
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
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Como a função do fio terra é “recolher” elétrons“fugitivos”, nada tendo a ver com o funcionamento
propriamente dito do aparelho, muitas vezes as pessoasesquecem de sua importância para a segurança.
É como em um automóvel: é possível fazê-lo funcionare nos transportar até o local desejado, sem o uso do
cinto de segurança. No entanto, é sabido que os riscosrelativos à segurança em caso de acidente aumentam
em muito sem o seu uso.
COMO INSTALAR O FIO TERRA
A figura abaixo indica a maneira mais simplesde instalar o fio terra em uma residência.
Observe que a bitola do fio terra deve estar conformea tabela da página 102. Pode-se utilizar um único fio
terra por eletroduto, interligando vários aparelhose tomadas. Por norma, a cor do fio terra é obrigatoria-
mente verde/amarela ou somente verde.
60
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS
Nem todos os aparelhos elétricos precisam de fio terra.Isso ocorre quando eles são construídos de tal
forma que a quantidade de elétrons “fugitivos” estejadentro de limites aceitáveis.
Nesses casos, para a sua ligação, é preciso apenas levaraté eles dois fios (fase e neutro ou fase e fase), que sãoligados diretamente, através de conectores apropriados
ou por meio de tomadas de dois pólos (figura 2).
Por outro lado, há vários aparelhos que vêm com o fioterra incorporado, seja fazendo parte do cabo de ligação
do aparelho, seja separado dele.
Nessa situação, é preciso utilizar uma tomada com trêspólos (fase-neutro-terra ou fase-fase-terra) compatível
com o tipo de plugue do aparelho, conforme a figura 1ou uma tomada com dois pólos, ligando o fio terra do
aparelho diretamente ao fio terra da instalação (figura 3).
Como uma instalação deve estar preparada para receberqualquer tipo de aparelho elétrico, conclui-se que,
conforme prescreve a norma brasileirade instalações elétricas NBR 5410,
todos os circuitos deiluminação, tomadas
de uso geral etambém os que
servem aaparelhos específicos
(como chuveiros,ar condicionados,
microondas, lavaroupas, etc.)
devem possuiro fio terra.
OS APARELHOS E AS TOMADAS
Fig. 1
Fig. 2Fig. 3