Apostila Empreendedorismo
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Notas de aula da disciplina
EMPREENDEDORISMO
GE53B
Prof Gilda Maria Souza Friedlaender, Dr
Segundo semestre / 2014
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O objetivo desta Notas de Aula complementar a
bibliografia sugerida na ementa da disciplina, contribuindo para o
aluno perceber os diferentes conceitos, vises de autores das
mais diferentes profisses, atravs de dissertaes, teses,
artigos, materiais didticos de vrios cursos e instituies.
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Ministrio da Educao
UNIVERSIDADE TECNOLGICA
FEDERAL DO PARAN
Campus Curitiba
PLANO DE ENSINO
CURSO Radiologia MATRIZ
FUNDAMENTAO LEGAL
Reconhecido pelo COEPP que aprovou a matriz curricular e, se houver, resolues posteriores relativas disciplina/unidade curricular) - SA
DISCIPLINA/UNIDADE CURRICULAR
CDIGO PERODO
CARGA HORRIA (aulas)
EMPREENDEDORISMO GE 53B T81 AT AP APS AD APCC Total
30 5 35
AT: Atividades Tericas, AP: Atividades Prticas, APS: Atividades Prticas Supervisionadas, AD: Atividades a Distncia, APCC: Atividades Prticas como Componente Curricular.
PR-REQUISITO NA
EQUIVALNCIA (cdigo da(s) disciplina(s)) - SA
OBJETIVOS Propiciar ao aluno tcnicas administrativas que o habilitem como empreendedor no mercado de trabalho.
EMENTA Histrico, conceitos e caractersticas do empreendedor. Empreendedor na Organizao intraempreendedor. Inovao e criatividade. Plano de Negcio. Conceitos de custos, marketing, mercado. Proposta de projeto empreendedor (desenvolvimento do Plano de negcio).
CONTEDO PROGRAMTICO
ITEM EMENTA CONTEDO
1 Diferentes definies sobre Empreendedorismo.
Histrico e conceitos de empreendedor Caracterstica do empreendedor
2 A Importncia do empreendedor na organizao. Intraempreendedorismo
A empresa e o macroambiente / Globalizao, tecnologia, inovao, trabalho e Educao. Panorama sobre Empreendedorismo na atualidade
3 Motivao e criatividade. Conceitos de Motivao e criatividade Papel da Comunicao para as organizaes
4 Criatividade aplicada a Inovao Conceitos e aplicaes
5 Plano de Negcio
Conceito Planejamento Custos Marketing / Pesquisa de Mercado Desenvolvimento de projeto conforme PN
PROFESSORA TURMA
Gilda Maria Souza Friedlaender, Dr T81
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ANO/SEMESTRE CARGA HORRIA (aulas)
2014/2 AT AP APS AD APCC Total
34 5 39
AT: Atividades Tericas, AP: Atividades Prticas, APS: Atividades Prticas Supervisionadas, AD: Atividades a Distncia, APCC: Atividades Prticas como Componente Curricular.
REFERNCIAS
BARON, R. A.; SHANE, S.A., Empreendedorismo - Uma viso do processo.
So Paulo, Thomson Learning, 2007
CHIAVENATO, I. Administrao de empresas: uma abordagem
contingencial. 3 ed, So Paulo, Editora Makron Books, 1994.
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo - Dando asas ao esprito
empreendedor. So Paulo, Editora Saraiva, 2004
DEGEN, Ronald Jean; MELLO, lvaro Augusto. O Empreendedor:
fundamentos da iniciativa empresarial. So Paulo. McGraw-Hill, 1989
DOLABELA, F. C., Oficina do empreendedor. Cultura Editores Associados,
So Paulo, 1999
DORNELLAS, J.C.A. Empreendedorismo: transformando idias em
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DRUCKER, P. F. Inovao e esprito empreendedor (entrepreneurship):
Prticas e princpios. So Paulo: Pioneira, 1991
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HASHIMOTO, M. Esprito Empreendedor nas organizaes. So Paulo,
Editora Saraiva, 2006.
LEONE, G.S.G. Custos: planejamento, implantao e controle. 2.ed. So
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MARCONDES, R.C.; BERNARDES, Criando Empresas para o Sucesso -
Empreendedorismo na Prtica. 3 ed., So Paulo, Editora Saraiva, 2004.
MATTAR, F.N. Pesquisa de marketing. 2.ed. So Paulo: Atlas, 1994. v.1.
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SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro:
Fundo de Cultura, 1961.
WATSON, L. (Org.). Trajetrias de grandes lderes: carreira e vida de
pessoas que fizeram diferena. So Paulo: Negcio Editora, 2002.
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"De tudo ficaram trs coisas: a certeza de que
estamos comeando, a certeza de que preciso
continuar e a certeza de que podemos ser
interrompidos antes de terminar. Fazer da interrupo
um caminho novo, fazer da queda um passo de
dana, do medo uma escada, do sonho uma ponte,
da procura um encontro".
(Fernando Sabino).
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Contedo
Empreendedorismo
Intraempreendedor
Motivao
Plano de Negcio
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Empreendedorismo
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O Comportamento Humano
O comportamento humano afetado por aspectos psicolgicos, biolgicos,
sociolgicos, antropolgicos, econmicos e polticos. Assim, percebe-se a natureza
complexa do comportamento humano, que deve sempre ser avaliado de acordo
com a situao.
De acordo com a teoria hierrquica de Abraham Maslow, as necessidades
do indivduo so fisiolgicas, segurana, social, estima e auto realizao
(MASLOW, 2003).
atravs do comportamento que a pessoa d respostas a situaes,
procurando satisfazer suas necessidades.
O processo comportamental comea com a ocorrncia de um evento e
conclui com uma ao.
O comportamento humano alvo de diversas teorias da psicologia, tais
como o comportamentalismo (behaviorismo), a gestalt terapia, a psicologia
humanista, a psicologia cognitiva e a psicanlise (LONGEN, 1997).
O comportamentalismo dedica-se ao estudo do comportamento em relao
ao meio ambiente; uma abordagem que v o comportamento como reaes
observveis de forma direta, utilizando mtodos cientficos para o estudo dos
fenmenos psicolgicos.
A gestalt terapia uma tendncia terica coerente e coesa da histria
da psicologia; seus articuladores preocuparam-se em construir no s uma teoria
consistente, mas bases metodolgicas fortes, que garantisse a consistncia
terica (LONGEN,1997).
A psicanlise, criada por Freud, procura encontrar a origem de qualquer
sintoma ou comportamento, ou seja, integrar contedos do inconsciente com o
consciente. Freud afirma que o inconsciente tem papel preponderante no
comportamento da pessoa, dizendo ainda que o indivduo dominado por
processos mentais inconscientes, por desejos, medos, conflitos e fantasias
(ESTEVAN, 1986).
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Porm, todas as correntes da psicologia tm caractersticas que formam o
perfil do ser humano, baseando-se em necessidades, conhecimentos, habilidades
e valores.
Existem vrias teorias abordando as diferentes linhas diretivas para o
estudo da personalidade, entre elas a teoria psicodinmica tem fundamental
importncia na compreenso da conduta humana (DANDREA, 2000).
As pessoas, mesmo sem conhecer os fundamentos desta teoria, procuram
ter uma atitude psicodinmica quando tratam com seus semelhantes. Ou seja,
quando algum tenta compreender o comportamento de outrem, em determinada
situao, procura descobrir a motivao de suas atitudes e opinies, sentimentos e
crenas; resumindo, procura relacionar a conduta com impulsos, emoes,
pensamentos e percepes que a determinam e atua no mesmo modo na previso
de novos comportamentos (DANDREA, 2000).
Todas as atividades psquicas manifestam-se com
diversos graus de intensidade, assim, pode-se estar
pouco ou muito motivado para a obteno de
determinados fins, pode-se realizar um maior ou
menor esforo para vencer obstculos, pode-se
sentir mais ou menos intensamente amor, dio,
alegria ou tristeza e assim por diante. (DANDREA,
2000, p. 15).
Esta variao de intensidade pode tentar ser explicada pela existncia de
diferentes cargas de energia que so absorvidas pelo indivduo de maneiras
diferentes.
Sabe-se que o desenvolvimento da personalidade depende da superao
de obstculos, enfrentar dificuldades de cada etapa. O sucesso na superao de
cada obstculo prover a pessoa de mais confiana, independncia e integridade.
Todo indivduo percebe o mundo sob vrios aspectos, fazendo com que
permita pessoa uma percepo mais diversificada das vrias situaes
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ambientais. O ser humano pode exercitar e desenvolver a capacidade de
observao, compreenso e entendimento de todas as coisas, pessoas e
acontecimentos presente no dia-dia.
A Inteligncia e o conhecimento
Antigamente o pensamento lgico e abstrato estava
diretamente relacionado matemtica. O dom para a
matria, assim como para a msica, uma capacidade
que no se identifica nem com a lgica, nem com a
inteligncia, mas apenas a usa como filosofia e a
cincia (JUNG, 1972, p. 146).
A inteligncia algo difcil de mensurar; temos inteligncias diversificadas
e umas mais evidenciadas do que outras. Nossa cultura, porm, valoriza demais a
inteligncia lgico-matemtica e ser inteligente, geralmente, est associado a um
desempenho muito bom em reas ligadas a este tipo de inteligncia. Porm, o fato
de no se ter habilidades em uma determinada rea no significa que no seja
inteligente.
O interesse em pesquisar sobre a inteligncia gerou diferentes concepes
acerca da sua origem e do seu desenvolvimento nos indivduos e diferentes
investidas no sentido de defini-la. Para alguns estudiosos, a inteligncia estaria
determinada por fatores genticos, hereditrios, que uma vez estabelecidos
poderiam ser pouco modificados pelas interferncias do meio no qual o indivduo
vive. Para outros pesquisadores, ela dependeria fortemente do meio social para
desenvolver-se.
Parece, porm, cada vez mais evidente, que aquilo que chamamos
inteligncia , antes de tudo, a capacidade que a inteligncia tem de criar-se a si
prpria, capacidade que no pode ser ignorada friamente porque no se d de
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modo simples e nem apenas como resultados genticos ou individuais, mas
constitui uma histria cheia de intrigas e com muitos personagens.
Gardner (1985) demonstrou que as demais faculdades tambm so
produto de processos mentais e que no h motivo para diferenci-las do que
geralmente se considera inteligncia. Desta forma, ampliou o conceito de
inteligncia, que em sua opinio pode ser definida como "a capacidade de resolver
problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou
comunitrio".
A Teoria das Inteligncias Mltiplas, de Gardner (1985), uma alternativa
para o conceito de inteligncia como uma capacidade inata, geral e nica, que
permite aos indivduos uma performance, maior ou menor, em qualquer rea de
atuao.
Nessa teoria proposto que as habilidades humanas no so organizadas
de forma horizontal; ela prope que se pense nessas habilidades como organizadas
verticalmente, e que, ao invs de haver uma faculdade mental geral, como a
memria, talvez existam formas independentes de percepo, memria e
aprendizado, em cada rea ou domnio, com possveis semelhanas entre as
reas, mas no necessariamente uma relao direta.
Gardner identificou as inteligncias lingustica, lgico-matemtica, espacial,
musical, sinestsica, interpessoal e intrapessoal. Postula que essas competncias
intelectuais so relativamente independentes, tm sua origem e limites genticos
prprios e substratos neuroanatmicos especficos e dispem de processos
cognitivos prprios. Segundo ele, os seres humanos dispem de graus variados de
cada uma das inteligncias e maneiras diferentes com que elas se combinam e
organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas
e criar produtos. Ressalta-se que, embora estas inteligncias sejam, at certo
ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente.
Embora algumas ocupaes exemplifiquem uma inteligncia, na maioria dos casos
as ocupaes ilustram bem a necessidade de uma combinao de inteligncias.
Em sua teoria, Gardner prope que todos os indivduos, em princpio, tm
a habilidade de questionar e procurar respostas usando todas as inteligncias.
Todas as pessoas possuem, como parte de sua bagagem gentica, certas
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habilidades bsicas em todas as inteligncias, que so influenciadas tanto por
fatores genticos e neurobiolgicos quanto por condies ambientais. Cada uma
destas inteligncias tem sua forma prpria de pensamento, ou de processamento
de informaes.
A noo de cultura bsica para a Teoria das Inteligncias Mltiplas. Com
a sua definio de inteligncia como a habilidade para resolver problemas ou criar
produtos que so significativos em um ou mais ambientes culturais, Gardner sugere
que alguns talentos s se desenvolvem porque so valorizados pelo ambiente. Ele
afirma que cada cultura valoriza certos talentos, que devem ser dominados por uma
quantidade de pessoas e, depois, passados para a gerao seguinte.
As implicaes da teoria de Gardner para a educao
so claras quando se analisa a importncia dada s
diversas formas de pensamento, aos estgios de
desenvolvimento das vrias inteligncias e relao
existente entre estes estgios, a aquisio de
conhecimento e a cultura (GAMA, 2003).
No que se refere educao centrada no aluno, Gardner levanta dois
pontos importantes que sugerem a necessidade da individualizao.
O primeiro diz respeito ao fato de que, se os indivduos
tm perfis cognitivos to diferentes uns dos outros, as
escolas deveriam, ao invs de oferecer uma educao
padronizada, tentar garantir que cada um recebesse a
educao que favorecesse o seu potencial individual. O
segundo ponto levantado por Gardner igualmente
importante: enquanto na Idade Mdia um indivduo
podia pretender tomar posse de todo o saber universal,
hoje em dia essa tarefa totalmente impossvel, sendo
mesmo bastante difcil o domnio de um s campo do
saber (GAMA, 2003).
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Assim, se h a necessidade de se limitar a nfase e a variedade de
contedo, que essa limitao seja da escolha de cada um, favorecendo o perfil
intelectual individual.
Quanto ao ambiente educacional, Gardner chama a ateno para o fato de
que, embora as escolas declarem que preparam seus alunos para a vida, a vida
certamente no se limita apenas a raciocnios verbais e lgicos. Ele prope que as
escolas favoream o conhecimento de diversas disciplinas bsicas; que encorajem
seus alunos a utilizar esse conhecimento para resolver problemas e efetuar tarefas
que estejam relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem; e que
favoream o desenvolvimento de combinaes intelectuais individuais, a partir da
avaliao regular do potencial de cada um.
As implicaes sociais e educacionais que uma teoria como essa traz so
muito ricas, pois esto relacionadas com a formao de um novo cidado: mais
feliz mais competente, com maior capacidade de trabalhar em grupo, mais
equilibrado emocionalmente. Isso nos leva a considerar a relao entre uma nova
concepo de inteligncia e as exigncias sociais.
A importncia do educador nessa ocasio em que a verdade do ensino no
realmente o que o professor ensina, mas sim como ele age verdadeiramente,
estimulando o desenvolvimento do potencial intelectual do aluno (JUNG, 1972).
Todo professor deveria se fazer sempre a pergunta: eu procuro me realizar
em mim mesmo e em minha vida, da melhor maneira possvel e de acordo com
minha conscincia, em tudo o que ensino? (Jung, 1972). Pode-se considerar que
a educao pressupe a educao de si mesmo.
As emoes facilitam as decises e guiam nossa conduta, porm ao
mesmo tempo necessitam serem guiadas.
H dois tipos de conhecimento racional e emocional conectados entre
si. A mente racional domina a coerncia e a reflexo. A mente emocional est
presente quando se sabe que algo verdade mesmo sem que o racional admita o
fato. Na maior parte das vezes as duas mentes atuam harmoniosamente, mas pode
ocorrer que a emocional envolva a racional.
O ser humano constri seu prprio conhecimento do mundo em que vive;
ele procura instrumentos que auxiliem a compreender suas prprias experincias.
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Cada indivduo percebe o mundo agregando novas experincias a partir do que
havia compreendido (BROOKS e BROOKS, 1997).
Baseado nas teorias de Michel Polanyi (que desenvolveu a teoria do
conhecimento tcito no final da dcada de 1940, incio da de 50), Sveiby (1998)
acredita que o conhecimento possui quatro caractersticas:
Conhecimento tcito no pode ser descrito por meio
de palavras, ou seja, sempre se sabe mais do que se pode
expressar. O conhecimento prtico em grande parte
tcito.
Conhecimento orientado para ao constantemente
geram-se novos conhecimentos por meio de impresses
sensoriais que se recebe, substituindo os antigos. Essa
qualidade de conhecimento dinmica e refletida nos
verbos aprender, esquecer, lembrar e compreender. uma
habilidade pessoal inalienvel e intransfervel, cada pessoa
constri seu prprio conhecimento.
Conhecimento sustentado por regras est baseado em
regras que no mudam facilmente; so elas que sustentam
o processo do saber, mas tambm o restringem. So as
regras que permitem agir com rapidez e eficcia sem ter
que parar e pensar no que se est fazendo. Assim, a maior
dificuldade no est em persuadir as pessoas a aceitar
novas idias, mas em abandonar as antigas.
Conhecimento em constante mutao novos
conhecimentos sempre adquirem nuances dos
conhecimentos que j se possui. Normalmente, sabe-se
mais do que se expressa, ou seja, o resultado, o que foi
articulado e formalizado menos do que aquilo que se
sabe de modo tcito.
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A mente emocional muito mais rpida que a mente racional, o que
significa uma ao antes de qualquer reflexo analtica, caracterstica da mente
pensante, a racional. As aes que surgem da mente emocional possuem um
grande senso de certeza, que pode parecer intrigante mente racional. O rpido
modo de percepo pode sacrificar a preciso pela rapidez, pois se baseia nas
primeiras impresses.
A mente emocional nosso radar para o perigo; se ns (ou nossos
antepassados na evoluo) esperssemos que a mente racional fizesse alguns
julgamentos, poderamos no apenas estar errados mas mortos (GOLEMAN,
1995, p. 308). O que no impede que esses julgamentos podem estar errados em
algumas ocasies.
A lgica da mente emocional associativa, relaciona elementos que
significam uma realidade ou provocam um disparo de uma lembrana, como se
fosse a prpria realidade.
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Histrico do Empreendedor
O que significa o termo empreendedorismo?
uma livre traduo que se faz da palavra entrepreneurship. Designa uma
rea de grande abrangncia e trata de outros temas alm da criao de empresas:
gerao do auto emprego (trabalhador autnomo);
empreendedorismo comunitrio (como as comunidades
empreendem);
intraempreendedorismo (o empregado empreendedor);
polticas pblicas (polticas governamentais para o setor);
As realizaes do indivduo so constitudas por aes empreendedoras
de pessoas com capacidade de agir para tornar seus sonhos em realidade. Os
empreendedores tm a capacidade de combinar recursos para a realizao de
obras que visam a melhoria de uma comunidade.
Os homens primitivos quando descobriram como trabalhar com o barro e
fabricaram os primeiros utenslios de cermica, a ao empreendedora do homem
possibilitou intervir, transformar e dominar o meio ambiente, criando, inovando,
avanando sempre na busca de novos patamares de produo, de melhores nveis
de qualidade de vida.
Foi essa ao que fez a humanidade crescer, descobrir sempre algo novo.
A sociedade atual precisa muito mais de pessoas empreendedoras para continuar
fazendo descobertas para satisfazer as necessidades da comunidade.
O empreendedorismo um processo que se percebe em vrios ambientes
empresariais, provocando mudanas por inovaes.
O termo empreendedorismo teve sua origem na Frana, no incio do sculo
XVI, designando os homens envolvidos na coordenao de operaes militares.
Mais tarde, por volta de 1700, o termo comeou a ser utilizado naquele pas para
as pessoas que se associavam com proprietrios de terras e trabalhadores
assalariados. Contudo, este termo era tambm usado nessa poca para denominar
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outros aventureiros tais como construtores de pontes, empreiteiros de estradas ou
arquitetos (TONELLI, 1997).
Em 1743, Smith (apud LONGEN, 1997) caracterizou o empreendedor como
um proprietrio capitalista, um fornecedor de capital e, ao mesmo tempo, um
administrador que se interpe entre o trabalhador e o consumidor. Esse conceito
refletia uma tendncia, de sua poca, em se considerar o empreendedor como
algum que visava somente produzir dinheiro.
Richard Cantillon (1755) demonstrava a preocupao com a economia,
com a criao de novos empreendimentos e gerenciamento de negcios. Cantillon
tinha uma noo de empreendedor que se assemelha s de muitos autores
contemporneos. Ele definia o empreendedor como um inovador e como algum
que assume risco, ou seja, algum que alm de lidar com a inovao tambm
investia seu prprio recurso, correndo riscos (BRINGHENTI et al, 1999). Cantillon
possua certo dom visionrio em detectar, adivinhar, identificar elementos que j
eram lucrativos e os que poderiam vir a ser. Ele mesmo, ento, j possua tino para:
busca de oportunidades de negcios, preocupao com gerenciamento inteligente,
obteno de rendimentos otimizados para o capital investido. Na sua viso os
empreendedores eram oportunistas que corriam riscos visando lucro.
Em torno de 1803 Jean Batist Say no livro Tratado de Economia Poltica
definiu o empreendedor como o responsvel por reunir todos os fatores de
produo e descobrir no valor dos produtos a reorganizao de todo capital que ele
emprega. O mesmo autor apresentou alguns requisitos necessrios para ser
empreendedor, tais como: julgamento, perseverana e um conhecimento sobre o
mundo, assim como sobre os negcios. Deveria tambm, segundo ele, possuir a
arte da superintendncia e da administrao (DEAKINS apud TONELLI, 1997).
Somente em 1934, com a publicao da obra Teoria do Desenvolvimento
Econmico de Schumpeter, que a conotao de empreendedor adquiriu um novo
significado, sendo associado inovao. Segundo ele, a essncia do
empreendedorismo est na percepo e no aproveitamento das novas
oportunidades no mbito dos negcios tradicionais, constantemente criando novos
produtos, novos mtodos de produo e novos mercados, sobrepondo-os aos
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antigos mtodos menos eficientes e mais caros. A partir desta viso, outros autores
perceberam a necessidade de inovao e tambm fazem essa associao.
O Empreendedorismo no tempo
Vrias foram as transformaes percebidas em curto perodo de tempo,
principalmente no sculo XX, em que foram criadas invenes que revolucionaram
o estilo de vida das pessoas. Essas invenes foram frutos de inovaes, de algo
indito ou de novas formas de utilizar coisas j existentes. Por trs dessas
invenes, existem grupos de pessoas que buscam fazer acontecer, ou seja, os
empreendedores.
As consideraes acima so o ponto de partida dos pesquisadores para o
estudo das condies que levam o empreendedor ao sucesso. O ensino e
discusso sobre empreendedorismo tem se intensificado nos ltimos anos
principalmente devido ao rpido avano tecnolgico, que requer um nmero cada
vez maior de empreendedores. atravs desse entendimento que possvel
ensinar-se a algum a ser empreendedor. Por isso, o estudo do perfil de
empreendedores tema central das pesquisas e tem sido de grande valia para a
educao na rea. Os empreendedores podem ser voluntrios (que tm motivao
para empreender) ou involuntrios (que so forados a empreender por motivos
alheios sua vontade: desempregados, imigrantes etc.).
O avano tecnolgico aliado com a sofisticao da economia e dos meios
de produo e servios cria necessidade de formalizao de conhecimentos que
anteriormente bastavam os obtidos de forma emprica. Esses fatores nos levam
ao que chamado atualmente de A era do Empreendedorismo, pois so os
empreendedores que esto atualmente criando novas relaes de trabalho, novos
empregos, quebrando antigos paradigmas e gerando riqueza para a sociedade.
Dada sua importncia para o desenvolvimento da economia, o
empreendedorismo tem sido centro de polticas pblicas em diversos pases.
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Atualmente as atividades profissionais esto ligadas s particularidades
locais, porm, as solues podem surgir de qualquer local.
O crescente aumento da produtividade interfere no nvel de emprego,
provocando uma situao em que pessoas com alta qualificao, graduadas e
qualificadas permanecem desocupadas ou insatisfeitas com suas atividades. Os
empregos atuais exigem pessoas com capacidade intelectual e maiores condies
de senso crtico para tomada de decises nos momentos certos.
Conceitos de empreendedor
Ao longo do tempo, alguns conceitos administrativos predominaram, em
virtudes de contextos scio-polticos, culturais, desenvolvimento tecnolgico,
desenvolvimento e consolidao do capitalismo, entre outros.
O papel do empreendedor pode ser definido sob vrios aspectos. Para os
economistas, aquele que providencia recursos, trabalho; que introduz inovaes.
Para os psiclogos, uma pessoa dirigida por objetivos muito claros, como a
necessidade de experimentar, realizar, alcanar seus ideais.
Os economistas viam os empreendedores como detectores de
oportunidades de negcios, criadores de empreendimentos e aqueles que correm
riscos. Uma das crticas aos economistas que os mesmos no foram capazes de
criar uma cincia do comportamento dos empreendedores.
Com o passar do tempo, a dificuldade dos economistas em aceitar, dentro
da cincia econmica, modelos que no fossem quantitativos, fizeram com que
outros ramos da cincia como: sociologia, psicologia, administrao e outras, se
inseriram no contexto com o intuito de estudar o empreendedor.
No h um consenso do significado da palavra empreendedor,
considerando que, essa definio tem mudado de acordo com a poca, o pas, o
autor e o contexto do universo de estudo.
David McClelland (1961) desenvolveu uma teoria a respeito dos
empreendedores baseado em um estudo realizado em 34 pases, no qual foram
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ident if icadas as seguintes caracterst icas em um empreendedor bem
sucedido:
iniciativa e busca de oportunidades;
perseverana;
comprometimento;
busca de qualidade e eficincia;
fixao de metas e objetivos;
busca de informaes;
planejamento e monitorao sistemticos;
capacidade de persuaso e de estabelecer redes de contatos;
independncia autonomia e autocontrole;
vontade de trabalhar duro;
ter orgulho do que faz;
ser auto propulsionador;
assumir responsabilidades e desafios;
tomar decises.
Segundo McClelland apud Fillion 1998, "um empreendedor algum que
exerce controle sobre uma produo que no seja s para o seu consumo pessoal".
Aps McClelland, com o objetivo de definir o que so empreendedores e
quais suas caractersticas, os comportamentalistas praticamente dominaram por 20
anos (1960 a 1980) o campo do empreendedorismo.
Kirzner (1973) afirma que o empreendedor aquele que cria equilbrio,
encontrando uma posio clara e positiva em um ambiente de caos e turbulncia,
ou seja, identifica oportunidades na ordem presente.
Para Marshall (1985) o empreendedor algum que se aventura e assume
riscos, que rene capital e o trabalho requerido para o negcio e supervisiona seus
-
mnimos detalhes, caracterizando-se pela convivncia com o risco, a inovao e a
gerncia do negcio.
Para Drucker (1987), os empreendedores so eminentemente pessoas que
inovam. Sentencia que a inovao o instrumento especfico dos empreendedores,
o meio pelo qual eles exploram a mudana como uma oportunidade para um
negcio ou servio diferente. Empreendedorismo no nem cincia, nem arte.
uma prtica.
Segundo Demac (1990), o empreendedor tende a ser um indivduo
independente e autnomo. Sente a necessidade de ser seu prprio patro, porque
difcil submeter-se a modelos e procedimentos rgidos; tem certa averso
estrutura hierrquica. Experimenta uma grande necessidade de se realizar, isto ,
de afirmar-se, de vencer os obstculos, de romper o crculo da rotina, de alcanar
objetivos com seu prprio esforo. Por este motivo, pode se dedicar por conta
prpria a resolver um problema.
Para Fillion (1991) o empreendedor uma pessoa criativa, marcada pela
capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantm um alto nvel de
conscincia do ambiente em que vive usando-a para detectar oportunidades de
negcios.
Na viso de Amit (1993), os empreendedores podem ser definidos como
indivduos que inovam, identificam e criam oportunidades de negcios, montam e
coordenam novas combinaes de recursos, a fim de extrair os melhores benefcios
de suas inovaes.
Baty (1994), apresenta uma evoluo da concepo de empreendedor
perante a sociedade: nos anos 80, o empreendedor ainda era considerado como
uma pessoa desajustada, um luntico atrs de benefcios. Hoje, ele visto como
algum que fez uma escolha de carreira, tanto nas universidades como na
sociedade como um todo.
Para Gerber (1996), empreendedor o inovador, o grande estrategista, o
criador de novos mtodos para penetrar ou criar novos mercados; a
personalidade criativa; sempre lidando melhor com o desconhecido, perscrutando
o futuro, transformando possibilidades em probabilidades e caos em harmonia.
Para Barreto (1998), o empreendedor quem tem a habilidade de criar e constituir
-
algo a partir de muito pouco ou do quase nada. Fundamentalmente, o empreender
um ato criativo; a concentrao de energia no iniciar e continuar um
empreendimento; o desenvolver de uma organizao em oposio a observ-la,
analis-la ou descrev-la. Mas tambm a sensibilidade individual para perceber
uma oportunidade quando outros enxergam caos, contradio e confuso. o
possuir de competncias para descobrir e controlar recursos aplicando-os da forma
produtiva.
De acordo com Marins Filho (1999), em um estudo realizado nos EUA
foram definidas cinco caractersticas bsicas para um empreendedor obter sucesso
em seu negcio. Estas caractersticas so:
1. alto grau de energia: deve-se ter comprometimento e habilidade para
conseguir que as coisas sejam feitas; persistncia, para fazer as coisas
at o seu final; energia fsica e mental, iniciativa e vigor e muita fora de
vontade para levar um projeto ou um sonho at o fim;
2. pensar como empreendedor: para ter sucesso o empresrio deve
inovar atravs de ideias e caminhos; pensar ou explorar solues no-
ortodoxas; e usar a razo em termos prticos, tericos e abstratos;
3. talento no relacionamento com as pessoas: envolve a vontade e
disposio da pessoa em trabalhar com outras pessoas, aceitar
comentrios e sorrir de situaes mesmo quando as coisas vo mal.
Esta parece ser a principal caracterstica, diz o estudo;
4. habilidade em comunicao: envolve a habilidade de falar de forma
clara, sem rodeios, sem rebuscamentos e a habilidade de ouvir
realmente, escutar as pessoas, absorver e entender o que elas dizem.
Escrever de forma clara e concisa e ter a capacidade de transmitir
confiana para as pessoas com quem se comunica;
5. conhecimento tcnico: curiosamente a ltima da lista. Envolve a
capacidade do executivo de obter e trabalhar as informaes sobre o
que faz, sobre o que vem acontecendo em seu campo de atuao,
sobre provveis mudanas nele e de preparar-se para elas. Isto requer
vontade, estudo e dedicao.
Dornelas (2001) afirma que O Empreendedor aquele que assume as
-
funes, os papis e as atividades do administrador de forma complementar a
ponto de saber utiliza-los no momento adequado para atingir seus objetivos.
Os Empreendedores so heris populares do mundo
dos negcios. Fornecem empregos, introduzem
inovaes e incentivam o crescimento econmico. No
so simplesmente provedores de mercadorias ou de
servios, mas fontes de energia que assumem riscos
inerentes em uma economia em mudana,
transformao e crescimento. (Chiavenato, 2004)
Resumindo, o empreendedor sente necessidade de se realizar, de vencer
obstculos, romper rotinas, definir e alcanar seus objetivos, quebrar paradigmas.
O empreendedor continua a aprender a respeito de possveis oportunidades e a
tomar decises moderadamente arriscadas que objetivam a inovao.
O objetivo do empreendedor o sucesso; possui controle de sua vida e de
seu negcio com uma viso holstica do mesmo; independente, toma suas
decises de acordo com a sua vontade e viso dos fatos. Ele tambm flexvel
para se adaptar s repentinas mudanas da comunidade, da sociedade e do
mercado, aprendendo com suas prprias experincias.
Embora nos estudos e pesquisas relacionados com o empreendedor hajam
muitas diferenas e disparidades a respeito das exatas definies, pode-se
perceber que h entre os estudiosos o consenso de que o empreendedor
distinguido das outras pessoas pela maneira como ele percebe a mudana e lida
com as oportunidades.
O quadro a seguir apresenta conceitos de empreendedor conforme dcada
e autor.
-
DATA
AUTOR
CARACTERSTICAS
1848
Mill Tolerncia ao risco
1917
Weber Origem da autoridade formal
1934
Schumpeter Inovao, iniciativa
1954
Sutton Busca de responsabilidade
1959
Hartman Busca de autoridade formal
1961
McClelland Corredor de risco e necessidade de realizao
1963
Davids Ambio, desejo de independncia, responsabilidade e auto confiana.
1964
Pickle Relacionamento humano, habilidade de comunicao, conhecimento tcnico.
1971
Palmer Avaliador de riscos
1971 Hornaday e
Aboud Necessidade de realizao, autonomia, agresso, poder, reconhecimento, inovao, independncia.
1973
Winter Necessidade de poder
1974
Borland Controle interno
1974
Liles Necessidade de realizao
1977
Gasse Orientado por valores pessoais
1978
Timmons Auto confiana, orientado por metas, corredor de riscos moderados, centro de controle, criatividade, inovao
1980
Sexton Energtico, ambicioso, revs positivo
1981
Welsh e White Necessidade de controle, visador de responsabilidade, auto confiana, corredor de riscos moderados
1982
Dunkelberg e Cooper
Orientado ao crescimento, profissionalizao e independncia.
Fonte: Differentianting Entrepreneurs from Small Bussiness Owners: a
conceptualization. Academy Mangement Review, n. 2, p.356, 1984 (adaptado por
Bringhenti)
-
O empreendedor pode ser estudado sob diferentes enfoques e por uma
variedade de reas de conhecimento como a psicologia, sociologia, pedagogia,
economia, administrao e outros.
Especialistas da rea comportamental, analisando as formas de pensar, as
atitudes e comportamentos que diferenciam os empreendedores, estabelecem
suas habilidades e competncias.
Assim como todo o ser humano pode ser considerado como possuidor de
quatro caractersticas que definem sua personalidade, no empreendedor se
sobressaem algumas dessas caractersticas: (PINCHOT, 1985; TONELLI, 1997;
MIRANDA, 1997; FRIEDLAENDEDR et al, 2000).
necessidade - a busca incessante por satisfao, para
realizar seu sonho;
valores - a viso que o empreendedor tem do mundo;
conhecimento - a visualizao do sonho, a intuio;
habilidade - a facilidade que o empreendedor tem de
desenvolver todo o projeto.
Necessidades
Estudos sobre empreendedorismo levaram elaborao de uma descrio
das necessidades do empreendedor que so um dficit ou a manifestao de um
desequilbrio interno do indivduo. Elas podem ser satisfeitas, frustradas
(permanecer no organismo) ou compensadas (transferidas para outro objeto). A
necessidade surge quando se rompe o estado de equilbrio do organismo,
causando um estado de tenso, insatisfao, desconforto e desequilbrio.
Destaca-se como necessidades dos empreendedores:
Aprovao: conquistar uma posio na sociedade, ser
respeitado pelos amigos, aumentar o status e o prestgio da
famlia, conquistar algo que lhe dar respeito e
reconhecimento.
-
Independncia: impor seu prprio enfoque no trabalho, obter
grande flexibilidade em sua vida profissional e familiar, ter
liberdade para criar e expressar suas ideias.
Desenvolvimento pessoal: ser inovador e estar frente do
desenvolvimento tecnolgico, transformar idias em produtos
ou servios e permanecer num estado de contnuo
aprendizado.
Segurana: sentir-se seguro em relao a fatores como
desemprego, falta de recursos para levar uma vida digna e
falta de condies para desenvolver seus potenciais.
Auto-realizao: obter realizao pessoal.
Conhecimentos
Representa aquilo que as pessoas sabem a respeito de si mesmas e sobre
o ambiente que as rodeia. O conhecimento profundamente influenciado pelo
ambiente fsico e social, pela estrutura e processos fisiolgicos e pelas
necessidades e experincias anteriores de cada ser humano.
O conhecimento do empreendedor est inserido em:
Aspectos tcnicos relacionados com o negcio: procurar
saber todas as mincias que envolvem o processo de
produo.
Experincia na rea comercial: procurar ter sempre as
atenes voltadas no sentido de satisfazer as necessidades
dos clientes, seja adaptando ou inovando.
Escolaridade: conhecimentos que se adquirem com o sistema
formal de ensino.
Experincia em empresas: obter experincia em outras
empresas, a fim de obter um conhecimento prvio de alguns
setores ou funes de sua futura empresa.
Formao complementar: aquisio de novos conhecimentos
ou atualizao dos que j possui.
-
Vivncia com situaes novas: a experincia adquirida com
situaes diferentes oferece maior capacidade de xito.
Habilidades
Habilidade a facilidade que se tem de utilizar as capacidades fsicas e
intelectuais. Manifesta-se atravs de aes executadas a partir do conhecimento
que o indivduo possui, por j ter vivido situaes similares. medida que se pratica
ou se enfrenta repetidamente uma determinada situao, a resposta que a pessoa
emite vai se incorporando ao seu sistema cognitivo.
Dentre as principais habilidades, destacam-se:
Identificao de novas oportunidades: criatividade e
capacidade para identificar uma nova oportunidade ou
necessidade (faro).
Valorao de oportunidades e pensamento criativo: mostrar
aos outros o quo importante uma determinada ideia.
Comunicao persuasiva: ser entusistico ao falar aos outros
sobre suas ideias e, principalmente, fazer com que
concordem.
Negociao: saber convencer as pessoas a respeito de suas
intenes.
Aquisio de informaes: saber como o mercado e os
clientes esto se comportando e a melhor maneira de atend-
los.
Resoluo de problemas: adaptar ou inovar a partir de uma
ideia principal a fim de que os erros sejam corrigidos.
Valores
Os valores so um conjunto de crenas, preferncias, averses,
predisposies internas e julgamentos que caracterizam a viso de mundo do
indivduo. So bsicos no estabelecimento dos aspectos culturais, que acabam
-
contribuindo para o desenvolvimento das caractersticas do indivduo. Apresentam-
se hierarquicamente diferenciados de indivduo para indivduo, em cuja hierarquia
h valores prioritrios em relao aos demais. Segundo o autor, os valores
manifestam-se nas atitudes e comportamentos dos indivduos expressando as
virtudes e defeitos que os caracterizam.
Dentre os valores, destacam-se os seguintes:
Existenciais: referem-se vida em todos os aspectos,
dimenses e nveis: sade, alimentao, etc. Por serem os
mais abrangentes, constituem-se num dos principais
referenciais na constituio da viso de mundo das pessoas.
Estticos: so os valores ligados sensibilidade, desde os
sensoriais (relacionados aos cinco sentidos) at a arte mais
requintada e suas mltiplas formas de expresso.
Intelectuais: so os valores associados ao intelecto do
indivduo, que o instrumento privilegiado da pessoa na
conquista do saber.
Morais: esto relacionados com a moralidade, sendo um
conjunto de doutrinas, princpios, normas e padres
orientadores do procedimento humano, implicando retido de
carter e honestidade.
Religiosos: so os valores ligados a atitudes religiosas, da
necessidade que o homem tem de manifestar seus mais
profundos sentimentos religiosos.
Para que servem tais conceitos, definies?
As definies e conceitos acima descritos so o ponto de partida dos
pesquisadores para o estudo das condies que levam o empreendedor ao
sucesso. atravs desse entendimento que possvel ensinar-se a algum a ser
empreendedor. Por isso, o estudo do perfil de empreendedores o tema central
das pesquisas e tem sido de grande valia para a educao na rea. Os
-
empreendedores podem ser voluntrios (que tm motivao para empreender) ou
involuntrios (que so forados a empreender por motivos alheios sua vontade:
desempregados, imigrantes etc.).
O empreendedor deve buscar as oportunidades, ter iniciativa, ser
persistente, ser comprometido com seu projeto, ser exigente, saber que enfrentar
riscos, estabelecer e procurar cumprir metas, buscar informaes e saber como
utiliz-las, saber usar a arte da comunicao e persuaso, ser independente e
autoconfiante.
Processo empreendedor
O ato de empreender est relacionado identificao, anlise e
implementao de oportunidades de negcio, tendo como foco a inovao e a
criao de valor. Isto pode ocorrer atravs da criao de novas empresas, mas
tambm ocorre em empresas j estabelecidas, organizaes com enfoque social,
entidades governamentais, etc.
O empreendedor aquele que detecta uma oportunidade e cria um
negcio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.
Os aspectos referentes ao empreendedor, so encontrados em qualquer
definio de empreendedorismo:
iniciativa para criar um novo negcio e paixo pelo que faz;
utiliza os recursos disponveis de forma criativa transformando o
ambiente social e econmico onde vive;
aceita assumir riscos e a possibilidade de fracassar.
Quando se fala em inovao, a semente do processo empreendedor,
remete-se naturalmente ao termo de inovao tecnolgica como o principal
diferencial do desenvolvimento econmico global.
-
Assim, quanto mais empreendedores uma sociedade tiver e quanto maior
for o valor dado a eles, maior ser a quantidade de jovens que tendero a imit-los,
incutindo na cultura da sociedade o esprito, as caractersticas peculiares do
empreendedor.
Figura 1 - Principais traos de comportamento empreendedor Fonte: MAXIMIANO, Antnio C. A. Administrao para empreendedores: fundamentos da criao e da gesto de novos negcios. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009, 3 edio.
Os solucionadores, em grande parte, sero aqueles buscadores de
oportunidades, aqueles que destroem e constroem de maneira diferente, inovadora
e criativa (esses quesitos so os mesmos j observados h dcadas passadas).
A produtividade do profissional tpico crescer imensamente, atravs de
seus sistemas informatizados de apoio em rede mundial.
O que se tem confirmado que as culturas, as necessidades e os hbitos
de uma regio determinam os comportamentos. Assim, os empreendedores locais
geralmente refletem a cultura de suas comunidades.
No ambiente globalizado, da infoera, ocorrer uma razo de mudana e
todas as informaes e novidades estaro disponveis quase que
instantaneamente e em mbito mundial.
-
O aumento de produtividade fatalmente afetar o nvel de emprego, como
j est afetando, gerando uma grande massa de pessoas altamente instrudas,
graduadas e qualificadas, porm desocupadas e certamente insatisfeitas.
Novos empregos gerados exigiro pessoas de maior nvel intelectual e
maior discernimento para que possam tomar as decises no instante adequado.
Esta a diferena entre o empreendedor do passado e do presente.
Dele se espera todas caractersticas possveis elencadas por economistas,
engenheiros, comportamentalistas, etc., associadas velocidade de pensamento e
ao que a sociedade atual exige.
Atualmente pode-se observar que as organizaes esto substituindo o
ttulo de gerente por lder de equipe, facilitador, empreendedor ou
intraempreendedor.
-
Identificando um empreendedor
Fernando Dolabela*
Um indivduo torna dinmico o seu potencial empreendedor atravs da
representao que faz da realidade e das relaes que acredita poder estabelecer
com o mundo. Todos nascemos empreendedores, mas preciso libertar o
empreendedor que existe dentro de ns, aprisionado por obstculos culturais.
Um empreendedor se conhece pela ao. Aps sonhar e deixar-se dominar
pela emoo do seu sonho, o empreendedor mergulha no mundo, no mundo como
ele v, em busca de oportunidade para transformar o seu sonho em realidade. A
primeira ao do empreendedor diz respeito identificao de oportunidades. Ao
identificar uma oportunidade congruente com o seu ego, o empreendedor mostra a
sua cara. Ao transforma-la em realidade, o empreendedor se faz.
Identificar oportunidades a primeira competncia do empreendedor. Ao
contrrio do que se pensa, a oportunidade no cai nas cabeas das pessoas, como
um presente dos cus. Identific-la um trabalho que exige sensibilidade, energia,
pesquisa, testes, possvel somente para quem conhece profundamente o setor em
que vai atuar.
A oportunidade uma forma de olhar. Ela est dentro das pessoas e no
fora delas.
Por que, em nossa cultura, o desenvolvimento da capacidade de identificar
oportunidades no faz parte do aprendizado formal?
A criao de oportunidades vista como uma tarefa dos responsveis
pelas macro polticas, principalmente as econmicas, materializadas atravs da
criao de condies que levem ao aumento da capacidade produtiva, gerando-se
oportunidades de trabalho, emprego e negcios. A dinmica do modelo baseado
no emprego baseia-se em transformar oportunidades de negcios identificadas e
aproveitadas por poucos (empreendedores) em empregos para muitos. A demanda
principal por competncia tcnica, responsabilidade a cargo do sistema
educacional. Neste paradigma produtivo, habilidades lgicas e conhecimentos
tcnicos so requisitos para os melhores empregos. Elites procuram as
-
universidades, o pessoal do cho de fbrica tentar se qualificar atravs dos cursos
profissionalizantes. O saber tcnico, alm de instrumento de produo, tem a
funo de gerar e preservar posies sociais. No passado, por vrias razes, os
mundos da produo e da educao no Brasil mantiveram uma relao cliente-
fornecedor baseada exclusivamente na formao de tcnicos. No de tecnologia,
mesmo porque essa geralmente vinha de fora, muitas vezes com restries.
Na diviso de tarefas daquele mundo fortemente estruturado, o
conhecimento no era necessariamente comprometido com a sua aplicao para
gerao de valor para a sociedade. Segregados, colocados frequentemente em
campos opostos, conhecimento e prtica empresarial eram operados por atores de
difcil dilogo que se isolavam nos respectivos mbitos de sua atuao e
hegemonia.
No passado, conhecimentos e negcios, academia e empresa eram
culturalmente mantidos distncia. Nesse mundo a identificao de oportunidades
de negcios no precisava ser tema da educao.
Em consequncia, um personagem com papel crucial foi mantido fora do
palco educacional. O seu script: transformar conhecimentos em riqueza ou em valor
para a sociedade. O seu know-how: identificar oportunidades e transform-las em
empreendimento de sucesso. O seu nome: empreendedor, o protagonista dos
novos tempos. Este o perfil do trabalhador moderno.
A industrializao aproveitou a dicotomia entre razo e emoo proposta
em outras esferas e a estendeu magistralmente ao cho de fbrica, encampando
ideologicamente a ruptura entre emoo e trabalho, como se isto fosse possvel. A
relao predominantemente tcnica entre a produo e o ser humano, definiu, no
passado, a estratgia educacional de gerao de competncias para a economia,
que funcionou bem enquanto o modelo teve flego. As universidades
preocupavam-se (e ainda, errando de sculo, persistem) em formar competncia
tcnica em condies de ser absorvida pelo "mercado empregador", este sim,
responsvel pela identificao de oportunidades.
Isto talvez explique os motivos pelos quais a capacidade de identificar
oportunidades no faa parte nossa educao formal bsica, nem nos processos
-
educacionais informais, a cargo da famlia e dos grupos sociais, respeitadas a
excees estatisticamente registradas.
Explica tambm porque a habilidade empreendedora em uma sociedade
cuja preparao profissional dirigida para o emprego seja vista como dom de uma
minoria, quando, de fato, uma competncia que pode ser desenvolvida como
outra qualquer.
O que mudou? Na era da economia do conhecimento, somos obrigados a
entender que a emoo no se dissocia da vida e por isto nada acontece sua
revelia, muito menos o trabalho. Por que? Porque quando o homem feito mquina,
a emoo estorvo. Mas quando chamado a atuar enquanto ser humano,
utilizando a sua criatividade, rebeldia e inteligncia, principais insumos produtivos
da nossa era, o corao volta a ser essencial.
Fernando Dolabela consultor e educador na rea de empreendedorismo, autor
dos livros O Segredo de Lusa e Pedagogia Empreendedora e de vrios programas
educacionais no Brasil. Homepage: www.dolabela.com.br.
-
Intraempreendedor
-
Empreendedor na organizao o intraempreendedor
O empreendedor inserido numa organizao denominado
intraempreendedor.
Macrae (1976) escreveu na revista The economist ... as corporaes
dinmicas do futuro deveriam estar buscando modelos alternativos de competio
com elas prprias. Em 1982, revendo suas palavras, sugeriu que as empresas no
deveriam, mais pagar seus funcionrios pela freqncia ao trabalho e sim pelo
trabalho realizado: pela produo.
Aproveitando essas palavras, Gifford e Elizabeth Pinchott desenvolveram
seus conceitos de empreendedor interno da empresa: o intraempreendedor.
Pinchott (1985) considera o intraempreendedorismo como a possibilidade
que os empregados possuem de empreender dentro de suas prprias empresas
onde trabalham. Ou seja, intraempreendedores so todos os sonhadores que
realizam.
Para Guilhon e Rocha (1999) o intraempreendedorismo pode ocorrer em
funo do mercado em que a empresa se insere, ou decorrente de algum plano
econmico, estratgico voltado para a inovao. O intraempreendedor tem a
necessidade de estar comprometido com o projeto, que foi idealizado por ele.
O intraempreendedorismo torna-se necessrio diante da constatao de
que possvel, e importante, haver empreendedores dentro das organizaes para
que ocorra o desenvolvimento das mesmas. A idia consiste em combinar as
vantagens do uso das estruturas e recursos de uma organizao com as
caractersticas de independncia e criatividade de um projeto.
Emanuel Leite, apud Uriarte, (2000) afirma que no se deveria gastar tempo
nem dinheiro com discusses sobre o fim dos empregos, e sim com a formao de
XXI empreendedores, pessoas capazes de criar seus prprios empregos. O
empreendedor enfrenta o desafio de ser o prprio criador de seu posto de trabalho,
sendo a resposta ao emprego para toda a vida.
-
Texto referente aos intraempreendedores, parte da dissertao de
mestrado de Luiz Ricardo Uriarte, Identificao do Perfil
Intraempreendedor, do Programa de Ps Graduao em Engenharia
de Produo PPGEP da Universidade Federal de Santa Catarina
UFSC, no ano de 2000.
2.2.7 Intraempreendedores
Diversos autores, como Bruce (1976) j mencionado, tm uma classificao
menos rgida, incluindo como empreendedores empregados de empresas que so,
s vezes, denominados intraempreendedores.
O termo intraempreendedor (traduo do Ingls - intrapreneur) foi cunhado
por Gifford Pinchot (1989) para designar o empreendedor interno. So aqueles
que, a partir de uma ideia, e recebendo a liberdade, incentivo e recursos da
empresa onde trabalham, dedicam-se entusiasticamente em transform-la em um
produto de sucesso. No necessrio deixar a empresa onde trabalha, como faria
o empreendedor, para vivenciar as emoes, riscos e gratificaes de uma ideia
transformada em realidade.
Deve-se, atualmente, apoiar pessoas com ideias inovadoras e iniciativa
(empreendedores e intraempreendedores), porque elas so agentes de
mudana e esperana para o futuro. A experincia mostra que as empresas bem-
sucedidas so aquelas que iniciaram mudanas em tecnologia, marketing ou
organizao e conseguiram manter uma liderana em mudanas em relao aos
concorrentes.
Portanto, os empreendedores so necessrios no somente para iniciar
novos empreendimentos em pequena escala, mas tambm para dar vida s
empresas existentes, em especial as grandes.
A inovao quase nunca ocorre em uma corporao sem que haja um
indivduo ou um pequeno grupo apaixonadamente dedicado a faz-la acontecer.
-
O problema que os empreendedores e as grandes empresas no parecem
se dar bem juntos, embora devessem necessitar um do outro. O empreendedor,
muitas vezes, necessita dos recursos de uma grande empresa para testar suas
ideias. Porm, gosta de ser seu prprio patro e a organizao de uma grande
empresa costuma dar pouco espao para a independncia.
A soluo para esse problema de relaes pode estar no surgimento dessa
nova classe de empreendedores, os intraempreendedores.
Alm do fato do empreendedor ser um indivduo que abre um negcio
prprio, entra no mercado como empresrio e criador de empregos e o
intraempreendedor ser um empreendedor trabalhando para algum, existem
apenas tnues diferenas entre eles, quando existem.
O intraempreendedorismo um sistema revolucionrio para
acelerar as inovaes dentro de grandes empresas, atravs
de um uso melhor dos seus talentos empreendedores. Os
intraempreendedores so os integradores que combinam os
talentos dos tcnicos e dos elementos de marketing,
estabelecendo novos produtos, processos e servios.
(Pinchot III, 1989).
Os intraempreendedores so todos os sonhadores que realizam; aqueles
que assumem a responsabilidade pela criao de inovaes de qualquer espcie
dentro de uma organizao. O intraempreendedor pode ser o criador ou o inventor,
mas sempre o sonhador que concebe como transformar uma ideia em uma
realidade lucrativa (Pinchot III, 1989).
2.2.8 Mandamentos do Intraempreendedor
Os 10 mandamentos do intraempreendedor (Pinchot III, 1989):
V para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido
Evite quaisquer ordens que visem interromper seu sonho
-
Execute qualquer tarefa necessria a fazer seu projeto funcionar,
a despeito de sua descrio de cargo
Encontre pessoas para ajud-lo
Siga sua intuio a respeito das pessoas que escolher e trabalhe
somente com as melhores
Trabalhe de forma clandestina o mximo que puder a publicidade
aciona o mecanismo de imunidade da corporao
Nunca aposte em uma corrida, a menos que esteja correndo nela
Lembre-se de que mais fcil pedir perdo do que pedir
permisso
Seja leal s suas metas, mas realista quanto s maneiras de
ating-las
Honre seus patrocinadores
Se algum lhe dissesse que mais de 50% do pessoal de vendas no tem
perfil intraempreendedor (Vras, 1999), voc acharia engraado ou estranho. Mas
a mais pura verdade, demonstrada cientificamente pela Thomas International,
empresa que atua em mais de quarenta pases e tem mais de trinta mil clientes. A
organizao, comandada no Brasil por Jorge Fernandes de Matos, aplica
ferramentas de anlise de perfil pessoal, identificao do perfil comportamental do
cargo e metodologias de desenvolvimento profissional. O sistema identifica o que
a pessoa tem de melhor, como pode dar o melhor de si e crescer, ao contrrio de
mtodos que destacam aspectos negativos e no so direcionados para
mudanas, destaca Jorge, diretor da Thomas e da Dimenso Consultoria &
Educao (apud Vras, 1999).
-
Empreendedores Internos
http://www.santanacontabil.com.br/bol_novembro.php3 = 06/01/03
BOLETIM DO EMPRESRIO >> Novembro / 2002
Para ser um empreendedor, voc no precisa necessariamente montar o
seu prprio negcio ou abandonar o emprego. Voc pode ser um "empreendedor
interno" ou um "intraempreendedor".
Dentro do conceito de empreendedorismo, h espao para a manifestao
de caractersticas empreendedoras na prpria empresa, ainda que na condio de
funcionrio ou colaborador.
O conceito de empreendedor est relacionado diretamente a um conjunto de
palavras-chave. Contar com funcionrios com comportamento empreendedor um
ponto forte que representa vantagem competitiva nos negcios.
Tais palavras-chave resumem-se, por exemplo, iniciativa, capacidade de
assumir riscos, inovao, persistncia, aceitao s mudanas, confiana, senso
de urgncia para aproveitar as oportunidades, percepo ativa da movimentao
do mercado, desejo de evoluir, gana de vencer transformando ideias em realidade
e disposio para trabalhar com comprometimento, dentre tantas outras.
O empreendedor interno no limita seu trabalho disponibilidade de
recursos e s oscilaes do mercado, mas, sim, associa-o viso, ao desejo efetivo
de transformar ideias em realidade e ao descontentamento com o "velho".
Ele usa toda sua imaginao, toda sua criatividade, depositando confiana
naquilo que faz. O empreendedor interno arregaa as mangas, no poupa esforos
e vai ao encontro dos desafios, objetivando v-los transformados em resultados.
Mesmo diante dos fracassos e dos erros, o empreendedor interno no
desiste de seus planos e passa todos os dias por um processo de aprendizagem,
predominando, neles, uma caracterstica tipicamente brasileira: "levanta, sacode a
poeira, e d a volta por cima".
-
O empreendedor interno aquele que dispe de todas estas caractersticas
e agrega-as na empresa onde trabalha, colaborando para transform-la e mant-la
em plena sintonia com as mudanas externas.
Assim o empreendedor interno. Dispe de todas estas caractersticas e
agrega-as na empresa onde trabalha, colaborando para transformar e mant-la em
plena sintonia com as mudanas dos novos tempos.
Todavia, um empreendedor interno necessita trabalhar numa empresa que
oferea um ambiente com condies adequadas para operao de suas aes. Do
contrrio, ele vai se sentir deslocado, sem espao e sem clima para manifestar seu
trabalho, principalmente quando tiver que conviver com os sobreviventes da
mudana que ele mesmo prope.
Numa situao destas, certamente o caminho mais propenso tende ser a
sua sada da empresa, resultando numa nova oportunidade de trabalho, onde ele
possa identificar as caractersticas empreendedoras desejadas.
Portanto, identifique entre seus colaboradores aqueles que apontam um
comportamento empreendedor dentro do conjunto das caractersticas
apresentadas.
Observe seus hbitos, prticas e valores. Depois, faa com que trabalhem
ainda mais de forma integrada, a fim de multiplicarem suas caractersticas aos
demais integrantes da equipe de trabalho, de forma a contar com uma verdadeira
equipe de empreendedores internos.
No caminho desta orientao faz sentido um pensamento de Fernando
Dolabela, uma das maiores referncias de Empreendedorismo no Brasil: "se voc
ensina uma pessoa a trabalhar para outras, voc a alimenta por um ano; mas, se
voc a estimula a ser empreendedor, voc a alimenta, e a outras, durante toda a
vida".
Considere, ainda, a ideia de que empreendedores internos tambm podem
ser criados; nem sempre eles nascem feitos, derrube este mito. Hoje, um bom
nmero de empresas buscam formatar a composio do quadro de suas equipes
com empreendedores internos. Por que voc tambm no faz o mesmo?
-
A tendncia de que cada vez mais aumente esta realidade, reduzindo o
espao para aqueles funcionrios que no se sensibilizam pela adoo de uma
nova postura profissional e que, durante toda a sua passagem pela empresa,
participaram de sua histria apenas como agentes passivos, deixando de agregar
atividades diferentes em seu trabalho, contribuindo muito pouco ou quase nada
para o processo de revitalizao da prpria empresa.
Um ambiente conhecido como Nova Economia j pura realidade. A
diferena no mais quantitativa quando se discute informaes, mas sim como
ela usada.
Da mesma forma, exige-se um repensar do conceito que voc tem de sua
empresa, principalmente de micro, pequenas e mdias empresas. Os
empreendedores internos podero auxili-lo nesta caminhada!
-
A PERSONALIDADE E O COMPORTAMENTO INTRAEMPREENDEDOR
Shirley Piccolo Vieira
Cada pessoa possui um padro nico de caractersticas psicolgicas,
estvel ao longo de tempo, permitindo a identificao - a personalidade.
A personalidade se revela na integrao do indivduo com seu meio
ambiente e caracteriza a maneira de agir, pensar, sentir e ser de cada pessoa. A
personalidade modificvel por fatores externos e internos, sendo que ao interagir
com o meio sofre influncia dele, que pode favorecer ou impedir o ajustamento do
indivduo.
O comportamento do indivduo resultado da interao das suas
caractersticas de personalidade com o ambiente externo.
Segundo Porter apud CHIAVENATO(1998) o ser humano possui
importantes caractersticas que muito influenciam no seu comportamento:
pr-ativo, seu comportamento voltado para a satisfao de suas
necessidades e alcance de seus objetivos; social, buscando manter nos
grupos sua identidade e seu bem-estar psicolgicos; tem diferentes
necessidades, o que o individualiza perante os demais; capaz de perceber
situaes, selecionando os dados que esto disponveis e os avaliando; ele
pensa e escolhe, seu comportamento proposital e cognitivamente ativo.
O comportamento humano afetado por aspectos psicolgicos, biolgicos,
sociolgicos, antropolgicos, econmicos e polticos. Desta forma percebe-se a
natureza complexa do comportamento humano, que deve sempre ser avaliado de
acordo com a situao.
A personalidade empreendedora, conforme comentado por Robbins
(2000), delineada por trs fatores: a motivao intrnseca movida pela alta
necessidade de realizao, a autoconfiana responsvel pela elevada crena de
que o indivduo quem controla sua prpria vida e a disposio para correr riscos
moderados.
-
Para que o comportamento empreendedor possa ter lugar
importante ento que personalidade empreendedora esteja aliado um ambiente
apoiador. Aspectos tais como uma cultura que valorize o alcance do sucesso
pessoal e que possua uma tolerncia maior ao fracasso proporcionam pessoa
que possui uma personalidade empreendedora uma maior possibilidade de
colocar em prtica suas ideias.
O comportamento intraempreendedor pode ser favorecido na
organizao desde que esta esteja empenhada em proporcionar aos seus
trabalhadores um ambiente que permita que as pessoas exeram sua criatividade
com a maior liberdade possvel. Para isto necessrio: Sensibilizar os altos
executivos, Ter um executivo que defenda o processo, Ter estruturas para valorizar
a criatividade (grupos, prmios, etc.), Manter a comunicao aberta, Envolver a
rea de RH, Desenvolver a aceitao de mudanas, Encorajar novas idias,
Permitir maior integrao, Tolerar erros, Definir objetivos claros e oferecer liberdade
para alcan-los, Reconhecer os esforos individuais e coletivos.
Uma Cultura Organizacional flexvel, aberta s inovaes, no
capaz de fazer com que um trabalhador se torne um intraempreendedor, mas pode
abrir os caminhos necessrios para que os indivduos que possuam uma
personalidade empreendedora encontrem na sua organizao um ambiente que
considere sua maneira de enxergar o mundo como um diferencial poderoso.
BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 5 ed. So Paulo: Atlas, 1998.
KAPLAN, Harold I.. Compndio de Psiquiatria: Cincias do Comportamento e
Psiquiatria Clnica. 7 ed. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.
POPCORN, Faith. O Relatrio Popcorn. 11 ed. - So Paulo: Publifolha, 1999.
ROBBINS, Stephen. Administrao: mudanas e Perspectivas. So Paulo: Saraiva,
2000.
VERGARA, Sylvia Constant. Gesto de Pessoas. So Paulo: Atlas, 1998.
WAGNER III, John et al.. Comportamento Organizacional - Criando Vantagem
Competitiva. So Paulo: Saraiva, 1999.
-
O Que Empregabilidade?
Carlos Hilsdorf
http://www.webartigos.com/artigos/o-que-e-empregabilidade/10014/ = Acesso em
07/10/2014
Empregabilidade um tema extremamente dinmico e a lista de pr-
requisitos necessrios para ser desejado pelo mercado cresce continuamente. As
chamadas competncias essenciais vo se tornando mais amplas e mais
complexas medida que o tempo passa.
H algum tempo o capital intelectual era uma vantagem competitiva por
excelncia. Hoje, sem a presena do capital emocional e do capital tico, apenas
para citar duas concepes vigentes, apenas o capital intelectual no garante a
contratao e permanncia no mercado de trabalho.
Quanto mais aumenta o nvel da competitividade e, porque no dizer, a
histeria corporativa, mais as questes relativas capacidade de enfrentar e
conviver com altos nveis de presso tornam-se evidentes. Conviver
cotidianamente com este nvel de presso no requer apenas intelecto relevante,
mas, condies fsicas e mentais pra l de saudveis. As maiores causas de
afastamentos a partir do nvel gerencial se devem a transtornos psicolgicos,
muitos deles potencializados pelo estresse negativo oriundo dos nveis crescentes
de presso e da falta de uma disciplina que permita crescimento na carreira
associado qualidade de vida. Sim, isso possvel!
O conceito de empregabilidade extremamente simples, resume-se nas
respostas s seguintes perguntas:
1. Quanto a sua bagagem pessoal e profissional interessante para o
mercado? 2. Que "diferenciais nobres" voc possui quando comparado a outros
profissionais com uma formao e trajetria parecidas com a sua?3. Quais as
razes que justificam o desejo de uma empresa em ter voc como parte do capital
estratgico/competitivo da organizao?4. O quanto a sua histria de vida e de
carreira falam mais alto que seu currculo.
Ou seja, quando voc pensa nas pessoas que detm o poder de contrat-lo
voc tem que pensar: Afinal por que elas se importariam?
-
Voc no vale apenas o quanto sabe, mas vale o quanto "". Uma pessoa
de grande competncia tcnica cujas qualidades morais e ticas no sejam
comprovveis j no interessa a uma organizao lcida.
Ser digno de confiana um pr-requisito fundamental que sobrepe o
desejo por desafios e a capacidade de trabalhar sobre presso.
Seus diferenciais nobres so aqueles que esto to associados ao seu ser,
e que se tornam difceis de serem copiados por seus pares: sua personalidade, seu
carter e o seu comportamento esto entre elas. Diferenciais pobres so facilmente
copiados. Diferenciais nobres so os verdadeiros diferenciais!
Os cases que voc ajudou a escrever e que so anteriores busca atual por
emprego falam mais alto que seu currculo. Mesmo que voc esteja saindo da
universidade, cases que voc tenha construdo enquanto graduando ou ps-
graduando, testemunhos de professores que tenham respeito por seu potencial,
tudo isto conta a seu favor. Somos uma sociedade relacional, quem conhece voc
e o que estas pessoas pensam a seu respeito de enorme importncia!
Por isso, no despreze o seu marketing pessoal, estou falando
verdadeiramente de marketing pessoal, no de agir como um "marketeiro barato",
destes que pretendem enganar o mundo com uma genialidade que ningum a no
ser sua prpria vaidade consegue perceber.
Se voc tem valor, o mundo precisa ser informado deste valor, at porque
os "indivduos marketeiros" j citados estaro sempre divulgando um valor que no
possuem e roubando oportunidades dos competentes omissos. Por isso, voc, que
uma pessoa de valor, deve e merece ser reconhecido e as ferramentas de
marketing tambm existem para trabalhar em favor da verdade e da tica!
Quanto maiores forem as suas condies de manter a mente aberta para
transitar com qualidade por ambientes multiculturais e colaborar na elaborao de
cases em cada ambiente que voc frequenta, maior a sua empregabilidade!
O mundo demanda por profissionais competentes, ticos, determinados e
com viso de futuro. Nenhuma competncia acima da mdia ser desprezada se
no o for primeiro por quem a possui.
-
Automotivao significa acreditar em seus motivos para agir e, com base
nesta certeza, cativar a confiana e as oportunidades que dependem daqueles que
tm poder de deciso.
Sua empregabilidade depende da sua capacidade de gesto da sua prpria
vida e carreira. E diferenciais, devem por definio, ser DIFERENTES!
Gere impacto, torne-se merecedor de ser lembrado e desejado pelo
mercado.
Empregabilidade uma questo de uma excelente bagagem e um timo
marketing pessoal.
Voc deve buscar ser to bom que at seus concorrentes tenham que admitir
em silncio: Este cara demais! Esta garota impossvel!
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Carlos Hilsdorf Considerado pelo mercado empresarial um dos 10 melhores
palestrantes do Brasil. Economista, Ps-Graduado em Marketing pela FGV,
consultor e pesquisador do comportamento humano. Palestrante do Congresso
Mundial de Administrao (Alemanha) e do Frum Internacional de Administrao
(Mxico). Autor do best seller Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5
melhores obras do gnero. Presena constante nos principais Congressos e Fruns
de Administrao, RH, Liderana, Marketing e Vendas do pas e da Amrica Latina.
Referncia nacional em desenvolvimento humano.www.carloshilsdorf.com.br
-
Transforme-se de empregada a empresria de sucesso
http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI3498002-EI4790,00-
Transformese+de+empregada+a+empresaria+de+sucesso.html = Acesso em
07/10/2014
No dicionrio da lngua portuguesa Houaiss, empreender significa realizar
ou decidir realizar uma tarefa difcil e trabalhosa. Comear um negcio no fcil
mesmo, mas tambm no impossvel. O segredo est em muita pesquisa e em
um bom planejamento.
A boa notcia que no h restries para comear a pensar no seu
negcio. Engana-se quem pensa que empreendedorismo apenas caso de
talento nato. Essa atitude pode ser estimulada de diversas maneiras, seja na
famlia ou at mesmo na empresa. E em qualquer idade.
" preciso despertar o interesse na pessoa e que ela tenha espao para que
consiga criar seu projeto", afirma Vera Volpato, empresria e professora de
marketing e empreendedorismo social do Senac SP.
"Pode ser desenvolvido e estimulado j nas crianas", afirma Sylvio Araujo
Gomide, diretor do Comit de Jovens Empreendedores da Fiesp (Federao das
Indstrias do Estado de So Paulo). Ele d um exemplo bsico: os pais param
para abastecer o carro num posto de gasolina lotado. Se tivessem esprito
empreendedor comentariam o fato, perguntando se por causa do bom
atendimento, se a escolha do ponto foi fundamental. Isso j vai despertando essa
viso diferenciada, que depois pode ser aprimorada, principalmente com o
trabalho.
Duas caractersticas, no entanto, so fundamentais: ter paixo pelo negcio e ter
esprito batalhador para superar os momentos difceis.
Hora de colocar as mos obra
O primeiro passo planejar a execuo do negcio. Para isso, preciso conhecer
-
muito bem as caractersticas, particularidades e desafios do ramo escolhido.
Noventa por cento das empresas fecham antes de completar o primeiro ano no
Brasil. "Muitas foram criadas a partir de grandes ideias, mas sem embasamento
em pesquisas", diz Sylvio Gomide.
E melhor se esse conhecimento no for apenas terico. "Ganha-se bases mais
slidas trabalhando em uma empresa do ramo", afirma Vera. A empresa na qual
se trabalha no s pode ser um campo de experimentao como tambm um
futuro cliente. "Muitos empregados tornam-se prestadores de servio qualificados,
pois j conhecem quais as principais necessidades do cliente. Ou seja, o
funcionrio acaba no deixando a companhia de fato", explica a professora do
Senac.
Foi o que aconteceu com as empresrias Marcelle Comi e Fernanda Lancelloti.
H cinco anos abriram a Dreams Arquitetura de Ideias, empresa especializada em
criar e produzir gifts (brindes) corporativos e promocionais. Hoje so prestadoras
de servio da agncia onde trabalhavam. Foi l que surgiu a ideia de ter um
negcio prprio. "Vimos que havia uma demanda enorme que no era atendida",
diz Marcelle.
Outros desafios
Mas isso s o comeo. Alm do conhecimento tcnico, preciso saber lidar
com o mercado, formar e treinar equipe, conhecer o pblico-alvo, cuidar da
administrao e dos trmites burocrticos.
Mesmo com tudo redondo - finanas, planejamento, equipe -, ainda falta um
elemento fundamental: estabilidade emocional para orquestrar todos esses
elementos e, principalmente, manter a equipe de trabalho motivada. Nisso as
mulheres tm vantagem. "Acreditam muito mais que iro ser bem-sucedidas,
aceitam os desafios mais facilmente do que os homens", afirma Vera.
Comprovao
Isso pode ser comprovado pela histria da Dreams. No comeo, o desafio foi
-
divulgar uma empresa que atuava num segmento novo e no ter cases no
portflio para ajudar a fechar negcios. E para vencer essa etapa, as empresrias
trabalharam no risco. "Fazamos todo o projeto, prestvamos consultoria, sem ter
nenhuma garantia de que o cliente iria fechar conosco. Com o passar do tempo,
decidimos valorizar a empresa e hoje cobramos pela consultoria e criao dos
projetos. O cliente pode fazer ou no a produo conosco", conta Marcelle.
O resultado? Uma carteira de clientes como Lufthansa, Visa Electron, Telecine,
Nokia, Alianz, alm de agncias de promoo e propaganda como Loducca,
Talent, Ogilvy, Samurai, entre outras. No ano passado, a Dreams foi uma das 10
empresas finalistas no 2 Prmio Empreendedor de Sucesso, promovido pelo
Centro de Empreendedorismo e Novos Negcios da Fundao Getlio Vargas.
Principais passos para ter seu prprio negcio
- Pesquise o setor no qual pretende atuar. E no se baseie apenas na
concorrncia. "Seja inovador, pois possvel ter sucesso mesmo em reas que
julgamos estar repletas", afirma Sylvio.
- Estude o segmento a fundo e todos os aspectos necessrios boa
administrao de uma empresa. errado pensar que o negcio dar certo
apenas com esforo, se voc trabalhar das 8h s 22h, por exemplo. "No se deve
decidir abrir uma loja s porque conhece uma que existe h 30 anos", diz Vera.
- Comece com os ps no cho. Trace planos que sejam viveis.
- O negcio, em qualquer rea que seja, deve ter bagagem social e ambiental.
"No papo da moda. Empresas com esse perfil so mais bem vistas. Se no
estiver ligado a esses setores, o negcio no ir sobreviver a longo prazo", diz o
diretor do CJE da Fiesp.
- Empreender no significa fazer tudo sozinha. possvel contar com as
informaes e conselhos de empresas de consultoria, que organizam um plano de
ao, verificam se o negcio vivel antes de se iniciar, listam os pontos
positivos e negativos, prevem o tempo de retorno e identificam o pblico-alvo e
-
os principais concorrentes.
- Mesmo em negcios que necessitam de baixo capital de investimento,
necessrio contar com capital de giro, o que pode multiplicar os gastos iniciais.
Durante seis meses no se pode contar com os rendimentos do negcio. Todo o
lucro deve ser reinvestido como capital de giro. As despesas particulares no
podem em hiptese alguma ser pagas com o dinheiro do empreendimento. Isso
muito importante para garantir o futuro do investidor, principalmente quando se
est investindo dinheiro proveniente de aposentadoria ou resciso de contratos de
trabalho.
-
O NO j est garantido
Gasto Reis
S M A R T 3 0 O BOLETIM DO EMPREENDEDOR
Edio 170 - Ano IV Nmero 39 - 30 Setembro 2002
Neste ltimo sbado de setembro corrente, um amigo me fez uma
proposta para desenvolver um projeto que ia bem alm de nosso interesse
individual. Em relao instituio a que deveria ser apresentado, arrematou
dizendo: O no j est garantido. Dei uma boa risada, pois me dei conta naquele
momento da importncia de agir para que as coisas aconteam. Quem no faz
nada tem garantido um belo no a suas pretenses.
H poucos dias, li no para-choque de um caminho a frase Velocidade
controlada por buracos. A interpretao mais imediata que se mantinha dentro
dos limites permitidos devido ao risco representado pelos buracos. Tambm podia
ser uma crtica s condies precrias das estradas. Ou ainda, que andaria mais
rpido se no fossem os buracos. A dose de sabedoria vinha de saber contornar,
literalmente, as dificuldades encontradas pelo caminho. Em qualquer das
alternativas, ele acabava andando mais devagar, mas continuava a se mexer, a ir
em frente. Sem essa de no garantido em relao a chegar aonde pretendia. Alm
do mais, ir mais rpido bem poderia ser a garantia de antecipar aquela entrevista
com So Pedro. Ou de chegar a outro local no desejado...
Nessa questo do no garantido, o que mais impressiona como certas
restries podem permanecer, mesmo quando as circunstncias so outras.
Demnios que continuam a nos infernizar a alma e a vida prtica aps a sesso de
exorcismo. Uma experincia com macacos que chegou ao meu conhecimento
recentemente ilustra a perfeio esse tipo de situao.
No centro de uma jaula com cinco macacos, cientistas puseram uma
escada com um cacho de banana no topo. Sempre que um macaco resolvia subir
a escada para pegar as bananas, os quatro que permaneciam no cho levavam um
jato de gua fria. A repetio desse processo fez com que os demais enchessem
de pancadas o macaco que tivesse a ousadia de subir a escada em direo ao seu
sonho. Aps certo tempo, nenhum macaco subia mais a escada. Em seguida, os
-
cientistas substituram um dos cinco macacos por um novo macaco que
desconhecia os estranhos hbitos do grupo. Quando o novo macaco tentou subir a
escada, os demais caram de pau nele. Aps algumas surras, ele j tinha pegado
o esprito da coisa. Um segundo macaco foi substitudo e repetiu-se a mesma cena
de surras e acomodao lei do porrete do grupo. Vale mencionar que o primeiro
macaco participou animadamente da sesso de porrada no segundo macaco
substitudo. E assim por diante at que o ltimo macaco veterano do grupo inicial
foi substitudo sem causar maiores alteraes quanto s reaes do grupo.
Curiosamente, desde o primeiro macaco substitudo, o jato de gua fria havia sido
suspenso, mas nem por isso era menos efetivo.
Caso fosse possvel perguntar a algum integrante da nova gerao de
macacos por que batiam em quem tentasse subir a escada em direo s bananas,
a resposta seria do tipo: No sei, mas as coisas sempre funcionaram dessa forma
por aqui... O no j estava garantido mesmo.
A lio que fica dessa histria dupla. A primeira nos perguntar, de vez
em quando, por que continuamos batendo (sem esquecer de passar essa histria
aos amigos)? A outra, menos bvia, nos perguntar por que continuamos a nos
bater em relao a sonhos nossos longamente acalentados, mesmo sem termos
recebido jatos de gua fria na jaula dos macacos? Nossa capacidade de direcionar
a ducha de gua fria contra nossos sonhos sempre impressiona. E a razo menos
esotrica do que se possa pensar primeira vista no dedicamos tempo suficiente
para transformar nosso sonho em realidade. O critrio para saber se voc vai
chegar l muito simples. Se voc no estiver dedicando tempo ou dinheiro (ou
ambos) ao seu sonho, voc quase que certamente ter que enfrentar o pesadelo
de no v-lo realizado.
No h nada mais triste do que ser integrante do bloco do no garantido.
Definitivamente, esse no o bloco do empreendedor. Nem mesmo nos dias de
carnaval.
CITAO: Triste poca! mais fcil desintegrar um tomo do que um
preconceito. Albert Einstein.
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Motivao
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A motivao e o empreendedor
Segundo Maslow, o comportamento humano motivado pela insatisfao
de suas necessidades. Maslow, tambm, afirma que cada indivduo atualiza-se por
si mesmo, buscando seus prprios objetivos, desta maneira cada um capaz de
alcanar nveis de satisfao atravs de uma aprendizagem que acarreta a
motivao para o desenvolvimento do indivduo.
Vrios so os conceitos de motivao, mas h um consenso de que
motivao um estado interno ou uma condio - descrita como uma
necessidade, um desejo ou um querer que provoca determinados
comportamentos do indivduo e estimula sua persistncia. A motivao
importante, pois ela est envolvida em todas as respostas individuais, ou seja,
influencia no comportamento humano.
As teorias sobre motivao so muitas, porm todas tm um fundamento
bsico que a satisfao das necessidades do indivduo (HUITT, 2003).
Tanto que Huitt (2003) e Alberton (2002) colocam que a dvida fica em
quanto a motivao pode alterar o comportamento do ser humano, o quanto ele
pode ser modificado em razo da motivao. O conceito de comportamento
muito complexo, porm, estudos tambm demonstram que o meio ambiente, a
percepo, a memria, o desenvolvimento cognitivo, o emocional, a
personalidade podem ter influncia pela motivao.
Deve ficar claro que emoo no motivao. Emoo o resultado da
interao entre o indivduo e algum estmulo externo (HUITT, 2003).
Todo comportamento humano tem um motivo, uma causa, uma
coerncia interna (ALBERTON, 2002). A motivao o que faz as pessoas
agirem, e, normalmente provocadas pela necessidade de cada indivduo. Sabe-
se que a necessidade surge quando se rompe o estado de equilbrio do
organismo, podendo causar tenso, insatisfao e desconforto.
Considera-se que a motivao individual, dependendo das
experincias de cada pessoa, provoca estmulos internos suprindo suas
-
necessidades, a fim de chegar aos seus desejos, muitas vezes enfrentando e
superando desafios (HUITT, 2003).
A motivao primordial para que as pessoas desenvolvam suas
tarefas, principalmente na sociedade atual, onde h grandes competies. a
motivao que transforma um ser humano em empreendedor.
A motivao est diretamente relacionada a dinmica do
comportamento do ser humano, ento motivar significa estimular a fazer algo
ou buscar um objetivo, ou seja, motivao suprir as necessidades de cada
um.
A palavra Motivao vem do latim movere, e significa mover. De acordo
com o Dicionrio Aurlio Online, o significado de Motivao o seguinte:
s.f. Ato ou efeito de motivar. &151; Palavra
popularmente usada para explicar por que as
pessoas agem de uma determinada maneira. Em
psicologia e nas outras cincias do
comportamento,