Apontamento Açores e Madeira— Mudança na continuidade Os...

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Ano XLII • Nº 40 email: [email protected] WWW. AVOZDEPORTUGAL . COM 20 de Outubro de 2004 Paulo F. Gonçalves B.A., A.V.C. PFG Consulte-me sem compromisso!!! PFG (514) 884-0522 Seguros : > Doença grave > Hipoteca > Salário > Vida GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 4231 Boul. 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Foi montada uma investigação intensa para a desco- berta da menor, sem quaisquer resultados. Entretanto, a Polícia Judiciária ia reunindo indícios que, perante informações forne- cidas pela mãe e pelo tio João Cipriano, indicavam que a Joana havia sido assassinada pelos dois irmãos (mãe e tio da desapare- cida). Mas nunca até agora o corpo foi encontrado. Nos primeiros dias e ant es da confissão, a Leonor aparecia pe- rante as câmaras da televisão, implorando que a Joana lhe fôsse devolvida pelos raptores, numa falsa aparência de dor pouco con- vincente e suspeita. Entretanto e durante semanas a fio, têm sido feitas buscas a a terre- nos próximos da morada da pe- quenita, no canal, nos esgostos da aldeia, na lixeira da área e em todos os locais onde pudesse encontrar- Cont. na pág. 2 Açores e Madeira— Mudança na continuidade Os dois governos obtêm maiorias absolutas Tal como se previa nos últimos dias do período eleitoral nos Açores e Ma- deira, os governos foram reconduzidos para um novo mandato. As populações dos dois arquipélagos decidiram manter os mesmos gover- nantes, talvez porque acham que estão fazendo trabalho justo e capaz. Foram resultados sem grandes surpresas. Na Madeira, dirigida há 30 anos por Alberto João Jardim— o homem de todos os impropérios, que se coloca à direita de Deus como rei absoluto, já na semana passada o Diário de Notícias da Madeira anun- ciava na primeira página, uma sonda- gem que indicava a vitória do PSD com maior representação do que nas anteriores legislaturas. O presidente do governo madei- rense, eleitor número 506 da freguesia de Santa Luzia, exerceu o seu direito de voto cerca das 13 horas, na escola secundária Francisco Franco, mos- trando-se bem disposto e apenas preocupado com a possibilidade de abstencionismo. Fiel a ele próprio, aproveitou para enviar umas quantas flechas envenenadas à comunicação social — um dos seus alvos preferidos — alegando que regularmente a culpa da abstenção é dos meios da infor- mação :”Houve meios de comunicação social que, com as sondagens, fizeram tudo para que houvesse abstenção dando vitórias adquiridas, o que às vezes desmotiva as pessoas”. Ocorreu nesta secção de voto um episódio curioso. O chefe do Bloco da Esquerda e sua esposa votaram no mesmo local que Alberto Jardim sem todavia se terem cruzado. Porém, deixaram a sua filha, Joana Martins, receber o presidente do governo visto que, era a presidente da mesa de voto onde Jardim exerceu o seu dever cívico. Quando foi informado da situa- ção o chefe do governo mostrou-se satisfeito e até elogiou Joana Martins, dizendo: ”Por acaso não sabia que era esta miúda. Mas ela é simpática e bem- educada”. Ao meio da tarde a afluência média às urnas na cidade de Funchal, era de 43%. Entretanto essa afluência variava entre os 53% no Monte e 35% em S.Mar- tinho. Em Santa Luzia representava 42,4%, Santa Maria Maior 40%, Santo António 45,87% São Gonçalo 46% e São Pedro 39,2%. Uma chuva persistente que come- çou a cair na parte da tarde não parece ter arrefecido os ânimos daqueles que tinham decidido ir votar, pois conti- nuou-se a verificar afluências de votantes. As corporações de bombeiros volun- tários e municipais foram colocados ao serviço das pessoas idosas ou doentes, a fim de os transportarem aos locais de votação. Estiveram neste serviço os Bombeiros Voluntários Madeirenses a encabeçar o grupo com cerca de 30 pessoas, logo seguidos pelos Volun- tários da Ribeira Brava com dez e os Municipais de Machico com dez soldados da paz. Também os volun- tários da Câmara de Lobos, Santana, Santa Cruz e Camacha, colaboraram neste serviço de transporte. Apesar disso, a margem de absten- ções diminuiu nos Açores mas aumen- tou na Madeira. Em comparação com as eleições de 2000, as de anteontem registaram nos Açores 44,34 (47,04 em 2000) e na Madeira 39,64% (38,36 % em 2000). Os números de eleitores inscritos nas duas regiões aumentou, sendo bastante significativo na Madeira, Cont. na pág. 2 Raul Mesquita

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outubro de 2004 - Página Ano XLII • Nº 40 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 20 de Outubro de 2004

Paulo F. GonçalvesB.A., A.V.C.PFG

Consulte-me sem compromisso!!!

PFG

(514) 884-0522

Seguros :> Doença grave> Hipoteca> Salário> VidaMAÎTRE CARROSSIER

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Prop. Elvis Soares8261 BOUL. ST-LAURENT

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4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-61504231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

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ApontamentoCRIMEHEDIONDO NOCASO DA JOANA*. A. Barqueiro

Sucedem crimes nos dias quecorrem, que ultrapassam a com-preensão das pessoas e atingem olimite daquilo que se considerahumano. Está enquadrada nestaclasse o trágico desaparecimentoda pequena Joana, uma menina deoito anos que vivia na aldeia algar-via de Figueira, com o seu padras-to, a mãe e dois irmãos.

A mãe da Joana, Leonor Cipria-no, comunicou em 12 de Setem-bro às autoridades que a filhahavia desaparecido de casa, prova-velmente raptada por gente vindada Alemanha. Foi montada umainvestigação intensa para a desco-berta da menor, sem quaisquerresultados. Entretanto, a PolíciaJudiciária ia reunindo indíciosque, perante informações forne-cidas pela mãe e pelo tio JoãoCipriano, indicavam que a Joanahavia sido assassinada pelos doisirmãos (mãe e tio da desapare-cida). Mas nunca até agora ocorpo foi encontrado.

Nos primeiros dias e ant es daconfissão, a Leonor aparecia pe-rante as câmaras da televisão,implorando que a Joana lhe fôssedevolvida pelos raptores, numafalsa aparência de dor pouco con-vincente e suspeita.

Entretanto e durante semanas afio, têm sido feitas buscas a a terre-nos próximos da morada da pe-quenita, no canal, nos esgostos daaldeia, na lixeira da área e em todosos locais onde pudesse encontrar-

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Açores e Madeira— Mudança na continuidadeOs dois governos obtêm maiorias absolutas

Tal como se previa nos últimos diasdo período eleitoral nos Açores e Ma-deira, os governos foram reconduzidospara um novo mandato.

As populações dos dois arquipélagosdecidiram manter os mesmos gover-nantes, talvez porque acham que estãofazendo trabalho justo e capaz.

Foram resultados sem grandessurpresas. Na Madeira, dirigida há 30anos por Alberto João Jardim— ohomem de todos os impropérios, que secoloca à direita de Deus como reiabsoluto, já na semana passada oDiário de Notícias da Madeira anun-ciava na primeira página, uma sonda-gem que indicava a vitória do PSDcom maior representação do que nasanteriores legislaturas.

O presidente do governo madei-rense, eleitor número 506 da freguesiade Santa Luzia, exerceu o seu direitode voto cerca das 13 horas, na escolasecundária Francisco Franco, mos-trando-se bem disposto e apenaspreocupado com a possibilidade deabstencionismo. Fiel a ele próprio,aproveitou para enviar umas quantasflechas envenenadas à comunicaçãosocial — um dos seus alvos preferidos— alegando que regularmente a culpada abstenção é dos meios da infor-mação:”Houve meios de comunicaçãosocial que, com as sondagens, fizeramtudo para que houvesse abstenção dandovitórias adquiridas, o que às vezesdesmotiva as pessoas”.

Ocorreu nesta secção de voto umepisódio curioso. O chefe do Bloco daEsquerda e sua esposa votaram nomesmo local que Alberto Jardim semtodavia se terem cruzado. Porém,deixaram a sua filha, Joana Martins,receber o presidente do governo vistoque, era a presidente da mesa de votoonde Jardim exerceu o seu dever

cívico. Quando foi informado da situa-ção o chefe do governo mostrou-sesatisfeito e até elogiou Joana Martins,dizendo: ”Por acaso não sabia que eraesta miúda. Mas ela é simpática e bem-educada”.

Ao meio da tarde a afluência médiaàs urnas na cidade de Funchal, era de43%. Entretanto essa afluência variavaentre os 53% no Monte e 35% em S.Mar-tinho. Em Santa Luzia representava42,4%, Santa Maria Maior 40%, SantoAntónio 45,87% São Gonçalo 46% e SãoPedro 39,2%.

Uma chuva persistente que come-çou a cair na parte da tarde não pareceter arrefecido os ânimos daqueles quetinham decidido ir votar, pois conti-nuou-se a verificar afluências devotantes.

As corporações de bombeiros volun-tários e municipais foram colocados aoserviço das pessoas idosas ou doentes,a fim de os transportarem aos locais devotação. Estiveram neste serviço osBombeiros Voluntários Madeirensesa encabeçar o grupo com cerca de 30pessoas, logo seguidos pelos Volun-tários da Ribeira Brava com dez e osMunicipais de Machico com dezsoldados da paz. Também os volun-tários da Câmara de Lobos, Santana,Santa Cruz e Camacha, colaboraramneste serviço de transporte.

Apesar disso, a margem de absten-ções diminuiu nos Açores mas aumen-tou na Madeira. Em comparação comas eleições de 2000, as de anteontemregistaram nos Açores 44,34 (47,04 em2000) e na Madeira 39,64% (38,36 % em2000).

Os números de eleitores inscritosnas duas regiões aumentou, sendobastante significativo na Madeira,

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Raul Mesquita

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outurbo de 2004 - Página

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se o corpo da desditosa menina.O próprio tio João Ciprianoguiou a polícia a vários sítiosonde os restos mortais da Joanapoderiam encontrar-se, masem nenhum foram descober-tos. Ambos os presumíveisassassinos estão detidos emprisão preventiva, sem nuncaterem revelado o verdadeirolocal onde esconderam o corpoou os restos dele.

Surgem por último hipótesesde que o corpo da Joana poderáter sido esquartejado e dado aanimais, o que confere a esteacto criminoso um grau demalvadez macabra impossívelde classificar. Presume-se que apequenita poderá ter obser-vado actos sexuais entre os doise, como consequência, pagoucom a vida esse conhecimentoacidental de factos entre fami-liares. O que surpreende epasma é terem as autoridadesregistado a confissão do crimepelos dois irmãos e não teremconseguido, com os meios deque dispõem, que lhes revelemo destino do corpo da Joana.Para gente deste calibre, nãodeveria haver quaisquer preo-cupações de cumprimento deregras de liberdades indivi-duais , mas antes forçá-los a

CRIME HEDIONDO NO CASO DA JOANA

confessar onde esconderam ocorpo da infeliz menor, utili-zando todos os métodos depersuasão, mesmo os violentosse necessário. Que conside-ração merecem humanos capa-zes de cometerem crime tãohediondo? Os 25 anos de prisãomáxima previstos pelas leisportugueses são insuficientespara punir uma mãe e um tioque tiram a vida a uma ino-cente criança de oito anos, comtais características de desuma-nidade. O enorme dispêndiode tempo e de dinheiro pelasautoridades policiais, para des-cobrirem um facto do conheci-mento dos presumíveis assas-sinos, deveria contribuir para autilização de processos “convin-centes” para uma confissãocompleta do acontecimento,incluindo o local onde estãodepositados os restos mortaisde Joana ou como os fizeramdesaparecer de maneira maisrepugnante e insensível. APolícia Judiciária prometeu,durante a semana que corre,tornar públicos os detalhes docrime, certamente baseadosnas investigações a que proce-deu, durante mais de um mês.Basta de brincar com as autori-dades e com o povo português!

Cont. da pág.1Açores e Madeira— Mudança na continuidadeOs dois governos obtêm maiorias absolutasonde em 2000 havia 208 159nomes registados e este anoinscreveram-se 228 118, ou sejaum aumento de cerca de 20 milpessoas. Nos Açores a diferençaé mínima pois passou de 187934 em 2000 para 189 674 esteano ou seja, menos de duas milpessoas.

Os eleitores que exerceram oseu direito de voto reelegeramo governo de Alberto João Jar-dim com 44 lugares na Assem-bleia — mais três do que ante-riormente, o que fez o presi-dente afirmar “que este é umresultado histórico” do partido eque “nada será como antes”. Olíder do PS-Madeira, referiu-senos mesmos termos para deixaruma aviso”nas próximaseleições cá estaremos para adesforra”.

Nos Açores estas eleições fo-ram também benéficas para ogoverno em exercício.

Recebendo 56,96% davotação, o partido dirigido porCarlos César, obteve a maioriaabsoluta com 31 lugares naAssembleia, contra 21 para oPSD. Vítor Cruz, chefe destepartido, demitiu-se quando fo-ram conhecidos os resultadosdo escrutínio dizendo “o povo

tem sempre razão e disse de umaforma muito clara que queriaque o PS continuasse a gover-nar”. Para Carlos César, líderdos socialistas “o primeiro-ministro Santana Lopes é umdos derrotados destas eleições”.

O primeiro-ministro tinhafeito uma alocução felicitandoos chefes dos partidos em liçacom natural destaque paracom Alberto João Jardim, líderdo PSD Madeira e destacou o“combate digno” que travouVítor Cruz nos Açores e a formacomo assumiu a derrota.

Para Santana Lopes, estesresultados nos Açores e naMadeira, demonstram que “oseleitores gostaram do trabalhodos seus governos”, assim como o“valor da estabilidade”, para aseguir afirmar que servemtambém de lição a “quem põe emcausa a legitimidade do governoda República”.

Devido a uma mais forte den-sidade populacional, a Madeiraaumenta em cada eleição, onúmero de deputados. Poréma lei das eleições insulares serámodificada nos próximos seismeses.

Contrariamente à Madeiraque terá de fazer obras no he-miciclo do Funchal para aco-lher mais 7 deputados do que aanterior legislatura, nos Açoreso Parlamento da Horta conti-nuará a albergar 52 represen-tantes da população.

Todavia, estes sufrágios insu-lares deverão ser diferentes naseleições de 2008, segundo asdisposições finais e transitóriasda Lei da Revisão Constitu-cional, que foi publicada esteVerão.

“A revisão da Lei Eleitoralpara a Assembleia Legislativada Região Autónoma da Ma-deira terá em conta a fixação donúmero de deputados entreum mínimo de 41 e um máximode 47 e o reforço do princípio derepresentação proporcional,prevendo a lei. Se necessário,para este efeito, a criação de umcírculo regional de compen-sação”.

No respeitante aos Açores, lê-se também no mesmo diploma,a modificação do sistema elei-toral “terá em conta o reforço doprincípio da proporcionalidade,

com salvaguarda do princípio derepresentação por ilha”.

A Assembleia Nacional, a-quando da sexta revisão da LeiFundamental, decretou que acapacidade de iniciativa aonível das regras para as elei-ções, passasse para o poder re-gional, com uma condição: “De-pende da aprovação das alte-rações das referidas leis eleitorais,nos seis meses subsequentes àsprimeiras eleições regionaisrealizadas após a entrada emvigor da presente lei”.

O prazo começou a contar nodomingo.

CírculosOs círculos eleitorais aço-

rianos correspondem às ilhas.Ou seja, nove. Em relação como sistema madeirense, os cír-culos coincidem com os con-celhos. São, portanto, 11.

Logicamente, São Miguel eFunchal, são os que elegemmais deputados em cada umadas regiões autónomas, ou seja,19 e 29 respectivamente. Noextremo oposto, a ilha do Corvo,nos Açores, elege dois parla-mentares e, na Madeira, o mes-mo acontece nos concelhos dePonta do Sol, Porto Moniz,Porto Santo e São Vicente.

No caso do Parlamento aço-riano na cidade da Horta, é ailha Terceira que escolhe omaior número de deputados,colocando-se no segundo lu-gar com 10 representantes. ACâmara de Lobos e SantaCruz, com oito mandatos, equi-valem-se à RAM. Machico comseis e os três da Calheta, RibeiraBrava e Santana, completam oxadrez parlamentar madei-rense.

Nos Açores, as ilhas do Faial,Pico e São Jorge são repre-sentadas por quatro deputadoscada uma, e as das Flores,Graciosa e Santa Maria, esco-lhem cada uma três parlamen-tares.

Entretanto todos os eleitosentrarão brevemente na As-sembleia Regional, tendo Piresde Lima, líder da CDS nosAçores, reconhecido no querespeita à coligação que for-mava com o PSD, que “as coisasnão correram bem para CSD”.

No Faial, a falta de energiaeléctrica atrasou a abertura deduas secções de voto na fre-guesia da Matriz durante meiahora, o tempo que a Electri-cidade Açores regulasse a si-tuação no local.

Deslocou-se também aosAçores o presidente da Assem-bleia Nacional, Mota Amaral,que em Ponta Delgada afirmouencontrar-se ali como militantedo PSD, a fim de ajudar a can-didatura de Vítor Cruz. Esteterminou a campanha eleitoralcom uma grande festa na suacidade natal, Ribeira Grande,distribuindo bandeiras, ca-netas e “bonets”, passeando e

Cont. da pág. 1

Centenário doOratório de St.JosephO Oratório de St.Joseph,

também conhecido pelo no-me do Frère André, fez 100anos ontem, sendo o eventoassinalado pelos sons doscarrilhões de todas as igrejasde Montreal, a tocarem emuníssono às nove horas damanhã. Construído no localda pequena Capela do FrèreAndré que tinha sido inaugu-rada em 19 de Outubro de1904, passou em 1917 a umaigreja de 1000 lugares, sendoo Oratório concluído na suaactual arquitectura em 1967.

recebendo palavras de enco-rajamento dos citadinos.

Portanto, nos Açores e Ma-deira, nada se alterou.

Foi uma mudança na conti-nuidade.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outubro de 2004 - Página 3

Açores & Madeira

Adélia FerreiraAdvogada

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FERREIRA LEMPICKA Avocates

António Cunha elogia melhoriadas condições da Protecção Civil

O Governo Regional dosAçores vai continuar a melho-rar e aumentar a capacidadede resposta do sistema de Pro-tecção Civil no arquipélago,segundo realçou, em PontaDelgada, o presidente do Servi-ço de Protecção Civil e Bom-beiros dos Açores, AntónioCunha, na cerimónia de entre-ga de três novas auto-macas desocorro e dois auto-comandos acorporações de bombeiros deSão Miguel.

Na ocasião, o responsávelpela Protecção Civil açorianasublinhou que o executivo re-gional sempre teve a preo-cupação de apostar no aperfei-çoamento de todo o sistema,aumentando as condições desegurança dos açorianos. As-sim, referiu, enquanto em 1996havia um único plano de emer-gência municipal aprovado,actualmente existem 13 planosaprovados e outros 13 em fasede análise para homologação eposterior aprovação, o querepresenta um grande saltoquantitativo. Porém, advertiuAntónio Cunha, “cabe às autar-quias accionarem os respec-tivos mecanismos, de modo atestarem e corrigirem os seusplanos, para que numa situaçãode emergência real funcionemcom a máxima eficácia”.

Por outro lado, o presidentedo Serviço Regional de Protec-ção Civil afirmou que, desde1997, o Governo Regional en-tregou às corporações de bom-beiros açorianas um total de 49viaturas, investindo, para oefeito, 2,2 milhões de euros eainda mais 36 no que se refereao combate a incêndios, numinvestimento que rondou os 2,4milhões de euros.

Outra das apostas do Gover-

no Regional são as infra-estru-turas, relativamente às quais oesforço financeiro público foi daordem dos 15, 2 milhões deeuros nos últimos oito anos,bem como a implementação darede de comunicações de e-mergência do Serviço Re-gional de Protecção Civil queveio permitir ligar entre si todosos corpos de bombeiros, hos-pitais, centros de saúde e autar-quias. Tratou-se de um investi-mento de seis milhões de euros.

António Cunha aludiu, ain-da, à formação e sensibilização,áreas que considero funda-mentais, em que o esforço doexecutivo se concentrou narealização de vários cursos,acções de formação e ainda naconstrução do novo Centro deFormação de Protecção Civil eBombeiros.

A entrega destas ambu-lâncias às corporações de bom-beiros de Ponta Delgada, Ribei-ra Grande e Povoação, e deoutras sete na próxima semanaa corporações do Pico, S. Jorge,Terceira e Flores, num total de10, para além das viaturas deauto-comando, levou o res-ponsável pela Protecção Civil asalientar que os investimentosdo plano a médio prazo 2001/2004 estão concluídos. No en-tanto, António Cunha deixou agarantia de que na próximalegislatura este sector conti-nuará a ser alvo de forte investi-mento por parte do GovernoRegional dos Açores

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UA avança este ano com estudosobre crianças desprotegidas

A Universidade dos Açores(UA) vai coordenar, nos próxi-mos meses, a realização de umestudo sobre as crianças des-protegidas nas ilhas, anunciouontem o ministro da Repúblicapara o arquipélago, que suge-riu a elaboração do documen-to.

Após um encontro com oreitor da UA, o ministro daRepública para os Açores sa-lientou que os resultados doestudo, que deverão ser conhe-cidos em Junho de 2005, pre-tendem ser um instrumentopara acções concretas de inter-venção no terreno das situa-ções das crianças mal tratadas,negligenciadas, abusadas sexu-almente ou abandonadas.

Laborinho Lúcio justificou aproposta de realização do estu-do com a constatação de estassão situações sociais que “em

toda a parte devem suscitar aatenção de todos”.

Trata-se de “uma matériaque deve ser trabalhada, desdelogo, sob o ponto de vista cien-tífico”, para que “não sejamosatropelados por uma interven-ção empírica, muitas vezesmarcada por um voluntarismoque, sendo positivo na suaessência, nem sempre é bomconselheiro relativamente aosresultados”.

O reitor da UA, Avelino Me-neses, assegurou que já existeuma calendarização do pro-grama de trabalho, que estaráa cargo do Centro de EstudosSociais da universidade, emparceria com um grupo de in-vestigadores, que manterãocontactos com técnicos quetrabalham na área de apoio àcriança desprotegida.

Urbanismo custa 3,4 milhões Quatro delegações da Ma-

caronésia, num total de 100pessoas, estiveram na Regiãopara discutir dois projectosINTERREG

Dois projectos relativos aourbanismo na Macaronésia,aprovados pelo INTERREG III– B, e que até ao momentoimplicam um investimento totalde 3,4 milhões de euros, foramalvo de apresentação e discus-são, na Madeira. Tratam-se dosprojectos CARTOGRAF e GA-BITEC, dirigidos às CâmarasMunicipais dos Açores, Ma-deira, Canárias e Cabo Verde eque visam a introdução detecnologias ao nível da carto-grafia digital e implementaçãode processos administrativosadaptados a cada edilidade.

Das 28 câmaras municipaisque participam nos projectos,apenas uma é da Madeira.Assim, na Região, só a CâmaraMunicipal do Funchal irá dis-por, em 2006, de um instru-mento tecnológico que poderáter aplicações ao nível da orde-nação urbanística e agrícola,permitindo um «maior controlosobre o território insular» e,especialmente, «uma maiortransparência» ao nível da«apresentação de projectos elicenciamento ou não dos mes-mos», avançou, ao DIÁRIO, oresponsável pelos projectos,José Luís Figueiroa, à margemda conferência de imprensalevada a cabo pela AMME –

Associação Madeirense deMulheres Empresárias queanunciou a aprovação do pro-jecto FORMUMAC.

Após a implementação da-quele instrumento de carto-grafia digital ao nível do urba-nismo em 2006, as 28 câmarasmunicipais participantes dosAçores, Madeira, Canárias eCabo Verde, incluindo a CMF,bem como os munícipes, pode-rão obter toda a «informaçãoacerca de um determinadoterreno ou prédio, como a sualocalização exacta, o historial,licenças, a legislação asso-ciada», explicou José Luís Fi-gueiroa. Um munícipe queapresente um projecto à CMFpoderá «acompanhar todos ostrâmites do processo até à fasedo licenciamento», salientou.

Desta forma, «há uma maiortransparência de informação»,pois facilmente poder-se-á saberse este terreno pertence a umazona onde é permitida a cons-trução de habitação ou a umazona verde. Isto para além deser uma forma de «proteger egerir o território desde o agrí-cola ao urbano», explicou.

A jornada de trabalhos daCARTOGRAF e GABITEC de-correu na passada sexta-feira,no Hotel Madeira Palácio, ejuntou quatro delegações deCanárias, Cabo Verde, Açorese Madeira, num total de 101pessoas.

Iates gigantes de passagem Ontem, três dos 100 maiores

iates da América fizeram escalano Funchal. Dois vão ficar vá-rios dias

Três navios que constam dalista dos 100 maiores iates dosEstados Unidos da Américachegaram, ontem, ao porto doFunchal. Esta romaria de em-barcações de luxo explica-secom o fim da época de Verão noMediterrâneo e o início daépoca alta dos alugueres deiates no continente americano.Recorde-se que, há poucassemanas, outro grupo de na-vios da mesma classe passoupela Madeira, embora essasunidades não tivessem a di-mensão e o requinte dos visi-tantes de ontem.

O “Sycara III” é o maior dostrês iates, com 56,5 metros decomprimento. Concebido porum conhecido arquitecto na-val, Jon Bannenberg, esta uni-dade de casco negro foi cons-truída pelos estaleiros austra-lianos Oceanfast Yatchs, deonde saiu no ano passado. O

“Sycara III”, que está registadonas ilhas Cayman, chegou aoFunchal, ontem, às 19:00, e sóparte terça-feira.

Com 53,3 metros de com-primento, o “Kisses” tambémestá registado nas ilhas Cay-man. Atracou às 08:00 e tem asaída marcada para quinta-feira. As previsões de mautempo no mar poderão ter pesa-do na decisão de fazer umaescala mais longa. O “Cha-risma” foi construído há apenasquatro anos. Tal como o “Syca-ra III”, procede de Gibraltar esegue para Fort Lauderdale.

O terceiro visitante foi maisbreve. O “Charisma” chegouàs 12:00 e saiu logo às 17:00horas. Está registado nas Baha-mas e segue um percurso di-verso dos dois anteriores: vemdo Mónaco e dirige-se para St.Marteen. Apresenta 46,6 me-tros de comprimento e foi cons-truído em 1995. O seu aluguernas Caraíbas custa 120 mil eu-ros (24 mil contos) por semana.

Madeira: Jardim anunciaque vai reconduzir todosos elementos do governo

O presidente reeleito do exe-cutivo madeirense, AlbertoJoão Jardim, anunciou hoje queirá reconduzir todos os ele-mentos da sua equipa no Go-verno Regional para os pró-ximos quatro anos.Em notaemitida no Funchal pela presi-dência do Governo Regional,Jardim adianta que esta suadecisão será submetida à apre-ciação da comissão política re-gional do PSD/M que reúneno próximo dia 25 de Outu-bro.Apesar desta recondução,o líder madeirense eleito paraum oitavo mandato nas eleiçõeslegislativas regionais de domin-go, reconheceu a necessidadede proceder a algumas altera-

ções na orgânica do novo go-verno.Após a reunião da comis-são política do PSD madeiren-se, Jardim irá propor o elencogovernativo ao Ministro daRepública, Monteiro Diniz,devendo o novo executivo to-mar posse durante o mês deNovembro, perante a Assem-bleia Regional.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outurbo de 2004 - Página

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Schroeder em visita a Portugal

Continuamos a lembrar aosex-combatentes do UltramarPortuguês interessados nafundação duma associaçãodestinada a encontros sociais,que deverão enviar para o Jor-nal as suas coordenadas, porescrito ou por e-mail, o maistardar até o dia 10 de Dezem-bro próximo.

Chanceler veio conhecer onovo primeiro-ministro portu-guês e discutir com ele váriosassuntos de interesse europeu

O chanceler alemão, Ger-hard Schroeder, realizou terça-feira a sua primeira visita oficiala Portugal para conhecer onovo primeiro-ministro portu-guês, Pedro Santana Lopes, ediscutir com ele questões euro-peias.

Segundo um porta-voz dogoverno alemão, Thomas Steg,o objectivo principal desta visitabilateral, a primeira queSchroeder faz a Portugal desdeque se tornou chanceler, em1998, é conhecer Santana Lo-

pes e estabelecer com ele uma“estreita e intensa relação”.

No encontro dos dois chefesde governo, agendado para as12:00 no Palácio da Vila, emSintra, o chanceler alemão quistratar nomeadamente de as-suntos europeus, em especial aagenda da cimeira europeia deDezembro e as negociaçõessobre as perspectivas finan-ceiras, segundo a mesma fonte.

Schroeder tinha ainda mar-cada uma audiência em Belémcom o Presidente da Repú-blica, Jorge Sampaio, e encer-rou a sua breve passagem porPortugal com um discurso naGala do Cinquentenário da

Câmara de Comércio e Indús-tria Luso-Alemã, na antiga FIL,ao fim da tarde, onde igual-mente houve uma intervençãode Santana Lopes.

Os dois primeiros-ministrosaproveitaram a ocasião para a-bordar as relações económicasentre os dois países, que per-fazem menos de um por centodo comércio alemão com o ex-terior, mas são extremamenteimportantes para Portugal.

ADESÃO DA TURQUIA NAAGENDA DA REUNIÃO

A agenda da reunião queSchroeder teve com SantanaLopes terá sido contudo domi-nada pelos assuntos europeus,com destaque para a adesão daTurquia à União Europeia(UE) e o quadro financeiro2007- 2013, e incluiu temasinternacionais como o Iraque ea reforma das Nações Unidas.

Schroeder aproveitou aindaas suas reuniões com SantanaLopes e Jorge Sampaio paraexplicar as razões da candi-datura alemã a membro per-manente do Conselho de Segu-rança da ONU, anunciada narecente Assembleia-Geral daorganização mundial, em con-junto com o Brasil, o Japão e aÍndia. Portugal apoia a can-didatura daquele grupo depaíses, até pelas relações espe-ciais que mantém com o Brasil,o maior país da Comunidade dePaíses de Língua Portuguesa.

2º maior importadorA Alemanha é o segundo

maior importador de produtosportugueses a seguir à Espa-nha, com cerca de 20% do total,e tem importantes investimen-tos industriais no país, como aAuto-Europa, responsável por11,8% das exportações portu-guesas e por 1,9% do PIB. Deacordo com um levantamentoefectuado pela Câmara de Co-mércio e Indústria Luso-Alemã,há 800 empresas germânicasem Portugal, das quais 300 nosector industrial, que empre-gam directamente 70 mil tra-balhadores e indirectamenteoutros 70 mil. A Alemanha étambém o segundo mercadoemissor de turistas para Portu-gal.

EUROMIL discute problemas sociaismilitares e elege português para a Direcção

A Organização Europeia dasAssociações Militares (EURO-MIL), que representa cerca de500 mil homens, elegeu umsargento-mor português para asua direcção, numa reuniãoque decorre no fim-de-semanaem Budapeste.

Lima Coelho, presidente daAssociação Nacional dos Sar-gentos, que está a participarnos trabalhos, disse hoje àAgência Lusa que, por propostadas associações portuguesasdos sargentos e dos oficiais, edas associações espanholasAMARTE E CEOFAS, o sar-gento-mor português Hernâni

Balsa foi eleito para a Direcção,composta por nove membros.

É a terceira vez que um por-tuguês é eleito para o cargo. Oprimeiro foi o sargento Fer-nando Fortes, seguindo-se,mais tarde, o tenente-coronelAlpedrinha Pires.

A fonte adiantou que inte-gram a EUROMIL trinta asso-ciações de duas dezenas depaíses.

A agenda do encontro, quedecorre até domingo, destaca adiscussão das questões sociaisdos militares, em termos dedireitos de representação e departicipação em matérias que

lhes digam respeito, como asegurança no trabalho e a se-gurança social.

A reestruturação das forçasarmadas em toda a Europa eseus custos sociais para os mili-tares e suas famílias é outra dasquestões em agenda.

A participação em missõesconjuntas de militares de diver-sos países com direitos sociais eregalias diferentes está tam-bém a ser discutida, disse LimaCoelho.

O próximo encontro da EU-ROMIL está marcado paraBerlim, em Dezembro

Praga de ratos mantém encerrado jardim-de-infânciaUma praga de ratos, detec-

tada no início de Setembro,mantém encerrado o jardim-de-infância de S. Domingos.

Joaquim Neto, vereador como pelouro da Educação, adian-tou que desde o início de Se-tembro foram feitas sucessivascampanhas de desratização,suspeitando-se que a pragamais recente de ratos provenhadas imediações do Hospital deSantarém, devido a obras emcurso naquela zona.

O vereador da câmara mu-nicipal de Santarém afirmou

que foi já contactado o hospitalpara verificar a situação e, se forcaso disso, proceder também auma desratização na zona emobras.

Inicialmente suspeitou-seque a praga de ratos tivesseorigem na vala que funcionacomo esgoto a céu aberto, situa-da a umas centenas de metrosdo jardim-de-infância, mas asituação aí foi controlada comuma operação de limpeza, adi-antou.

Joaquim Neto disse ainda àLusa que, apesar de ter já um

contrato com uma empresa dedesratização, a autarquia con-tratou uma outra empresaexclusivamente para acom-panhar a situação neste jardim-de-infância, situado na vivendade uma antiga quinta perto dopopuloso bairro de S. Domin-gos.

Acrescentou que, no períododa paragem lectiva de Natal, azona envolvente, essencial-mente de mato, vai ser limpapara evitar que a situação serepita.

Portugal tem uma das taxas decobertura mais baixas da Europa

Portugal é um de três paísesda União Europeia onde ostrabalhadores mais encargostêm de suportar em caso dedoença, sendo apenas ultra-passado pela Eslováquia, revelaa última edição de Outubro daAON Consulting Eurometer.

Este estudo, que reflectegrandes diferenças entre os 25países da UE na taxa de substi-tuição do salário em situaçãode doença, refere que a com-participação do trabalhadorportuguês ascende a 37%, quan-do em países como a Dina-marca, Irlanda, Itália, Luxem-burgo e Holanda, a cobertura éde 100%.

Portugal fica apenas atrás daEslováquia, onde os encargospara o trabalhador ascendem a49%, liderando o ranking.

Segundo a Aon ConsultingEurometer, o impacto da baixamédica dos empregados, nãosó atinge os próprios empre-gados mas, na generalidadedos países, afecta também aentidade patronal.

Apenas em alguns países taiscomo Republica Checa, Estó-nia, Eslováquia e Portugal, aentidade patronal não compar-ticipa no pagamento deste be-neficio, enquanto na Holanda éo empregador que paga o be-

neficio na sua totalidade sem acomparticipação da SegurançaSocial.

Na maioria dos países, obenefício de doença é pago peloestado através do sistema deSegurança Social e um suple-mento é pago pelo empregador.Dada a variação de legislaçãode país para país, a Aon padro-nizou este estudo para um perfilpré-definido de empregado:empregado masculino na acti-vidade de serviços, com umaausência do seu local de traba-lho por um período de seismeses devido a acidente, nãorelacionado com acidente detrabalho.

Assumiu-se igualmente que aentidade patronal em cada país,aplica o princípio geral de bene-fícios em vigor no país, semlevar em linha de conta situa-ções específicas no âmbito deContratação Colectiva de Tra-balho ou Acordos particularesde Empresa.

Na maioria dos países, osempregados sofrem uma redu-ção de pagamentos entre 15% e30%. Contudo, em França, emPortugal e na Eslováquia, paí-ses onde a redução ultrapassaos 30%, os empregados deverãoprocurar adquirir um suple-

mento individual de forma afazer face a esta situação, no-meadamente através da con-tratação de um seguro ade-quado.

As entidades empregadorasdeverão também rever os seusriscos financeiros variáveis en-tre os países da UE. Empre-gadores da Áustria, Dinamar-ca, Irlanda, Luxemburgo, Mal-ta, Holanda e Reino Unido,assumem os impactos corres-pondentes a um intervalo de40% a 100% dos rendimentosdos seus empregados em situa-ção de doença. Adicionalmen-te a este custo com as situaçõesde incapacidade para o traba-lho por razões médicas, os em-pregadores assumem tambéma perda de produção inerente,sofrendo um duplo efeito nega-tivo. Nestes casos deverão osempregadores destes países,criar programas específicos porforma a ajudar os seus empre-gados a um regresso rápido aolocal de trabalho.

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quarta-feira

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outubro de 2004 - Página 5

Opinião

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A “luta” de um fanfarrãoAlberto João Jardim

Alberto João Cardoso Gon-çalves Jardim nasceu no Funchala 4 de Março de 1943. Concluiu ocurso de Direito em 1973 na Uni-versidade de Coimbra, com mé-dia de 11 valores. O curso tinhasido iniciado em Lisboa, mastransferiu-se para Coimbra de-pois de ter reprovado o primeiroano do curso. Foi co-fundadaor doPSD/Madeira e desde Março de1978 é o presidente do Governo

Regional da Madeira.Antes porém, de ser o presidente dum jardim à beira-mar

plantado, Jardim foi professor do ensino secundário, dirigentecooperativo, jornalista e Director do Jornal da Madeira, tendo apóso 25 de Abril, integrado o PSD de que foi presidente da ComissãoPolítica regional, uma das figuras de proa das reivindicaçõesautonomistas e membro de várias Comissões e Congressos daUnião Europeia relacionadas com as Regiões Periféricas da EU.

Como Presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, fazparte do Conselho do Estado, do Conselho da Defesa e do ConselhoSuperior de Segurança Interna, da República Portuguesa.

Este um resumo do seu curriculum vitae.Mas, na realidade de todos os dias, quem é de facto Alberto João

Jardim? Um provocador, um fanfarrão, um polémico, ímpar econtroverso na cena política nacional que, a nível regional aplicaregras duma democracia criticável. Não se lhe pode negar oesforço despendido para o melhoramento, de um modo geral, dascondições de vida dos madeirenses e o seu empenho em dotar ailha — a sua Ilha — de infra-estruturas modernas, funcionais eatraentes para o visitante nacional ou estrangeiro.

Mas no campo político, Alberto João Jardim é um fanfarrão, porvezes mesmo um tanto arrivista, que incomoda muita gente. Deresto, segundo ele próprio afirma, a sua filosofia é: “embirramcontigo. Então põe-nos a falar de ti. Choca-os. Provoca-os!”

E não se faz rogado para atacar todos aqueles que nãocomungam as mesmas ideias que ele. Vê fantasmas por todos oslados e como um D. Quixote insular, parte, lança em riste, contratudo e contra todos, na defesa da sua Dulcineia— o arquipélagoda Madeira. As suas arremetidas não têm medida. Tanto podeatacar os governantes de Lisboa, que são os seus alvos preferidos,como atingir qualquer colega no interior do partido, ou criticaraberta e arrogantemente o Presidente da República. Dizendo-sesempre Português genuíno para sempre, critica o PR por este nãoentender fazer modificar a Constituição, a fim que os GovernosRegionais tivessem total autonomia. Assim a modos como a versãoquebequense de um Québec independente, num Canada unido…Num recente comício eleitoral, em Porto Santo, dos muitos que fezacompanhando largas dezenas de inaugurações, algumas dasquais não têm ainda os necessários avais para poderem fun-cionar— como o caso do Aquaparque que só deve funcionar daquia um mês por aguardar certificação europeia, acusou Lisboa de“fazer Portugal uma República corporativa” onde predominam ascorporações de Justiça e Comunicação Social, nunca aceitandoque os madeirenses pudessem ter o poder “nas suas mãos”.Extravasando de fel e de fanfarronice, o dirigente regional afirmouque os sucessivos governos da República não têm tido a coragempara mudar o sistema,”mas podem contar com os madeirenses paramudar Portugal”. Como máxima de injúria não poderia encontrarmelhor… O curioso e triste ao mesmo tempo, é que todas estasacrimoniosas expressões parecem deixar o Governo Centralinsensível, permitindo a um descomedido de levianamente atacar

as instituições portuguesas e os seus representantes, eleitosdemocraticamente como ele. Manuel Alegre, o histórico socialista,considera que todos os governos, nestes últimos 28 anos, têm sido“complacentes” para com Alberto João Jardim que, na sua opinião,tem exercido o poder duma forma “que desvirtua, perverte esubverte a autonomia. E que esta, sendo uma das grandes conquistasdo 25 de Abril, é inseparável do Estado de Direito, das liberdades egarantias individuais.”

Ora são famosos os ataques de Jardim à imprensa, sobretudoaquela que não partilha com ele as mesmas vistas. A sua últimaencartada — que é uma ideia já antiga — foi a de ameaçarexpropriar o Diário de Notícias da Madeira, o jornal com maiortiragem no arquipélago, por ter noticiado a implicação demadeirenses em casos de pornografia na Internet, que a PolíciaJudiciária confirmou e foi de seguida avisada : “É melhor estarcalada, trabalhar e apresentar resultados, em vez de andar a exibir-se em jornais”. O jornal no entanto continuará a sua missão deinformar, porque órgão independente que não recebe qualquersubsídio estatal. Porém, confrontado com o facto de o PSD publicarpublicidades eleitorais no DN-M responde “não sou pateta e sei queé o jornal mais lido.”

De ele disse um dia Vicente Jorge Silva, ex-director do jornalPúblico e actual deputado do PS:”Num Estado democrático nor-mal, Alberto João Jardim já não estaria no lugar que ocupa. Nomínimo, seria aberto um inquérito para saber se está em condiçõespsíquicas de cumprir o seu mandato”

Entretanto, fiel a ele próprio, Alberto João Jardim foi desferindodurante a campanha oficial, os seus habituais ataques a Lisboa,acabando por concluir que o Estado “está dominado por uma máfiaorganizada”.

Os últimos dias foram todavia enegrecidos pela prisão doPresidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol e de dois técnicosda mesma autarquia, acusados pela Judiciária de corrupção. Areacção de Jardim foi imediata. Deixando flutuar uma dúvida de“complot” político, pediu um inquérito à actuação da Judiciária.“Quem faz asneiras, se for provado que fez, será castigado porque,insisto, não estou para ver o meu trabalho manchado por tolices”,sublinhou o líder madeirense. “Mas se se provar que foi uma cabalapolítica, alguém vai ser castigado por ter montado a cabala política”,garantiu Jardim.

Por seu lado, o líder socialista da Madeira, Jacinto Serrão, disseser necessário acabar com “as teias de interesses na região” e criticouo facto do presidente do governo regional dizer desconhecer dacorrupção na região:”ou anda a dormir ou anda a enganar aspessoas”, acusou.

O último acto eleitoralista foi feito com a inauguração do túnelentre a Ribeira Brava e a Tábua, com mais de três quilómetros decomprimento, tornando-se o mais comprido do país mas contra oqual, se levantam algumas vozes dos expropriados ainda não pagospelo Governo regional, mesmo se os montantes estabelecidos nasnegociações efectuadas, já foram acordados há largos meses.

O líder madeirense, não deixa, porém, ninguém indiferente.Amigos ou inimigos.

Sabe ter muitos inimigos e pensa (e aqui eu penso o mesmo) que“todo o tipo que não tem inimigos, é uma merda” (sic). Ele própriodiz dar-lhe gozo e sentir-se importante por saber que há gente quelhe tem ódio.

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim, foi reeleito pela oitavavez consecutiva. É um recorde.

Se eleito democraticamente ele se comporta como um ditador,é porque qualquer coisa não está certa na democracia.

A “luta” vai continuar afirmou ele há dias.Sim, por mais quatro anos, continuará a “luta” de um fanfarrão.

As escutas da operação do “Apito Dourado”Tráfico de influências e corrupção

O Ministério Público (MP)tenciona deduzir acusação con-tra Valentim Loureiro até ao finaldeste ano. Em causa estão 18crimes de corrupção desportivaactiva sob a forma de cumplici-dade, quatro crimes de tráfico deinfluências e um crime de corrup-ção passiva. Na imprensa escrita,no último fim-de-semana, lia-se:“Loureiro prometeu empreitadado Metro do Porto a um emprei-teiro em troca de um milhão deeuros” (...).

É mais uma revelação da enor-me influência que o “Major” tem

na sociedade portuguesa. O procurador-adjunto do MP, CarlosTeixeira, considera que “o arguido é uma pessoa que exerce realinfluência política e desportiva sobre as pessoas sobre as quais sedispôs a abusar da influência”, que advinha dos cargos queexerceu ou exercia. Convém recordar aos leitores que ValentimLoureiro foi, antes de ser suspenso, presidente da Liga Portuguesade Futebol, presidente do Conselho de Administração do Metrodo Porto, presidente da Câmara de Gondomar e exercia muitainfluência a nível político entre membros do PSD. No documento,entregue pelo procurador-adjunto, Carlos Teixeira, àcomunicação social, é revelado que “o arguido Valentim Loureirose dispôs a atribuir ao empresário Joaquim Camilo futuras obras,nomeadamente no Metro do Porto, com o intuito de o convencera adiantar um cheque ao Boavista Futebol Clube para pagamentode salários aos jogadores”. Segundo as conversas interceptadaspela Polícia Judiciária (PJ), o valor do cheque ascendeu a ummilhão de euros e foi alvo de uma conversa posterior, tambémescutada entre o presidente da Liga e o seu filho João Loureiro (oactual presidente do Boavista FC) em que o major “vangloriou-se” da forma como conseguiu convencer o empreiteiro. Este casoconsubstancia, segundo o MP, a alegada prática do crime decorrupção passiva por parte de Valentim Loureiro.

Existem outros crimes de tráfico de influências de que o “Ma-jor” também é suspeito. Apenas damos mais um exemplo: é olicenciamento de construção de uma casa de Sousa Cintra empleno Parque Nacional do Sudoeste Algarvio. A construção foiposteriormente embargada pela Câmara Municipal de Vila doBispo.

Mais uma vez, segundo o MP, “Valentim Loureiro aceitouabusar da influência sobre o secretário de Estado doOrdenamento do Território” e referiu a “um membro do Governo,no ‘caso Sousa Cintra’, para contornar a lei numa situação delicenciamento de construção que não era obtido por não estaremsatisfeitos determinados requisitos legais”. A identidade dosecretário de estado em causa não é revelada mas sabe-se que foiainda no Governo de Durão Barroso. Quanto à vantagem patrimo-nial concedida por Sousa Cintra, o MP acredita que a mesma setraduziu no pagamento de 250 mil euros à Liga de Clubes, lideradapelo “Major”, no âmbito de um contrato de publicidade. De acordocom o MP, Valentim conseguiu que Cintra “aceitasse pagar 150mil euros em produto (água e cerveja)”. O produto acabou por serdistribuído pelos clubes de futebol da Superliga e da Liga deHonra.

Mas o tráfico de influências políticas, corrupção e os negóciosdos milhões parece não ter fim. A semana passada o presidente daCâmara da Amadora, Joaquim Raposo, foi também ele alvo de umaextensa busca da PJ que revistou e apreendeu diversadocumentação no seu gabinete. Em causa estão “negóciosimobiliários ilegais”.

Zangam-se as comadres, descobre-se a verdade. Jorge Silvério,um dos maiores construtores do concelho, é amigo pessoal dopresidente da Câmara. Em entrevista a um jornal, a mulher deSilvério, agora divorciada do marido, denunciou a estreita relaçãoentre o poder autárquico e o sector da construção: “Malas comdinheiro, ‘tráfico de influências’, compra de favores, MarinaSilvério garante ter visto de tudo. Lembra-se de o marido (JorgeSilvério) ter pago umas férias em Cancún ao presidente da Câmarada Amadora e à respectiva família.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outurbo de 2004 - Página 6

VáriaNoite de Fados no Oriental…

Natércia Rodrigues

No passado sábado dia 9 deOutubro, realizou-se uma Noitede Fados no Clube OrientalPortuguês de Montreal. O Clu-be está dentro das comemo-rações dos 25 anos e os balõesassim o confirmavam. Estava-seem ambiente muito especial, àluz de velas para se dar início à

noite de fados. Estando-se lon-ge de Portugal e de uma gran-de parte da família, natural-mente gostamos muito de ou-vir música portuguesa e tam-bém o fado...para matar sau-dades. Os dedilhadores foramJosé João na guitarra e Fran-cisco Valadas na viola e quepara além de tocarem divina-mente, também cantaram.

Surgiu então Carlos Rodri-gues como um meteoro no

circuito do Fado. O Carlos, quedurante este verão passou porvários palcos em Portugal,sempre com muito sucesso,interpretou-nos alguns núme-ros, com uma voz amadurecidae sólida.

Cristina Rodrigues é uma vozpromissora do fado, recebendo

cada vez mais convites paraespectáculos na nossa comu-nidade. A Cristina insufla naalma do fado, a sua própriaalma. Tem uma voz e sensi-bilidade diferente a explodirnum céu estrelado.

Não há fado novo, mas novasfadistas, outras formas reno-vadas mas sempre ancoradasna saudade. Nivéria Tomé,surpreendeu a audiência eenriqueceu este serão ao cantar

alguns fados, mas que todosadoraram sobretudo “Nem àsParedes Confesso”.

Nos últimos anos, sem que oidioma do fado tenha sido varri-do por algum tufão, sente-serealmente que sopra uma ara-gem nova e podemos observarisso em Marta Raposo. É sem-pre uma presença fantástica,um bocadinho de mistério,uma grande embaixatriz donosso fado.

Herlander, cantor um tantoou quanto afastado do meioartístico, gosta no entanto denos surpreender uma vez poroutra.

O Clube Oriental Portuguêsde Montreal, sempre pôs muitafé e entusiasmo em todos osseus projectos e eventos e tenhoa certeza que se encontramfelizes com o resultado final deum tão esmerado serão.

AS BEATASMaria Calisto

Ninguém está livre das máslínguas que andam pelas nos-sas ruas a criticar os jovens, aspessoas, sem sequer olhar parasi mesmo. Estão sempre à espe-ra de uma ocasião para atacar;criticam os colaboradores dojornal, os artigos, até a missãodo jornal (que nem conhe-cem). Tudo isto para vos dizerque há poucos dias atrás rece-bemos uma carta de uma lei-tora um pouco ofensiva, masque nos deixou indiferente.Esta leitora que alguns artigoscomentam, deveria ter vergo-nha do que escreveu. Comosomos delicados não daremos onome dela, porque além de terutilizado um nome falso sabe-mos quem foi. Ela deveria tervergonha de criticar quemcolabora para a comunidadesem pedir nada. Pelo menosestamos tentando dar maisvisibilidade à nossa comu-nidade, tentamos guardar umaherança para as gerações futu-ras. Não somos jornalistas, mastentamos fazer o nosso melhor,não precisamos de ter um di-ploma de psicologia, de política,nem sequer precisamos traba-lhar em laboratórios estudandoas atitudes interpessoais, parapodermos falar dos problemasda vida, da política, de festas, doamor, das doenças etc, etc.

Basta só ter inteligência lógica,saber fazer boas pesquisas,compreender o que se passa ànossa volta, para podermosfalar, escrever sobre o tema.Pessoalmente, quando escrevopara o jornal tento o melhorpossível de escrever algo do diaa dia como a família, um amorperdido, um casamento falha-do, etc. Mesmo se sei que nemtodos os leitores lerão os meusartigos, sinto-me feliz de saberque pelo menos algumas pes-soas vão fazê-lo e vão gostar. Oque escrevo não é copiado detextos religiosos, nem de outroslivros, tudo vem de mim. Gostode escrever a minha opinião, asminhas ideias e não as dosoutros. Estou muito orgulhosado nosso jornal, dos artigos dosmeus colegas e dos meus, por-que o que faz o nosso sucesso étodas as nossas ideias dife-rentes, os nossos interessesreunidos em 20 páginas. Dofundo do coração espero que osjovens colaboradores do jor-nal(incluindo eu mesmo) se-jam um exemplo para os maisjovens da comunidade, porquea JUVENTUDE é o futuro danossa comunidade. Aproveito aoportunidade para agradecerao senhor Eduíno Martins poracreditar em mim, nos jovens epor nos dar a oportunidade de

nos exprimir sobre vários te-mas no seu jornal. Obrigadasenhor Martins! Que se a beataque tenta dar má reputação aojornal, a mim e aos meus cole-gas, se se acha mais competenteque nós, seja bem-vinda para anossa equipa, mas que não sejapara falar de ninguém. Infeliz-mente não podemos gostar detodas as pessoas (se não o presi-dente Bush não poderia fazerguerra) mas pelo menos, pode-mos, quando temos dignidade,manter respeito por essas pes-soas. Queridas beatas,paremde falar mal dos outros e falemde si. Peço desculpa a quemeste artigo ofendeu, mas àsvezes não temos escolha e de-vemos pôr certas pessoas noseu lugar. Algumas pessoasquerem saber quem é a MariaCalisto? Pois a Maria Calisto éuma jovem açoriana de 22 anosque termina os seus estudosem “intervention en loisir” esteano e que reside em Montrealhá 14 anos. Faz parte da equipaportuguesa do domingo naRadio Centre-Ville e está muitoorgulhosa de escrever para oJornal da comunidade. Algunsdo meus ídolos são Mike Ribei-ro, Marco Paulo, Marc Dennis,o humorista Luís Melo e osPanteras. Estou pensando ca-sar daqui a cinco anos, depoisde terminar meus estudos nauniversidade.

À margem do congresso para a abolição da pena demorte, recentemente realizado em Montreal

Joviano Vaz

Como se sabe, teve lugarrecentemente em Montreal oSegundo Congresso Mundialpara a abolição da pena demorte. Nesse Congresso, umgrande número de advogadosexpuseram as dificuldades nadefesa dos condenados à mortee lançaram a ideia de que umcentro de solidariedade inter-nacional entre advogados sejaconstituído.

Parlamentares de vários paí-ses estiveram também pre-sentes no Congresso e mani-festaram-se de maneira par-ticular sobre a maneira de in-fluenciar os seus países a estaquestão.

Os deputados e senadoresque assistiram ao Congressoforam: Serge Joyal, senador;Laurier Lapierre, senador; Ber-nard Patry, deputado liberal;Alex MsDonugh, deputadaneo-democrática; Jean-PierreCharboneau, antigo presiden-te da Assembleia Nacional edeputado pequista; DanielTurp, deputado pequista.

Os abolicionistas americanosdispuseram também de uma tri-buna para informarem os con-gressistas, sobre a situação realda pena de morte nos EstadosUnidos.

Por outro lado, a OrquestraSinfónica de Montreal, apre-sentou um concerto dedicadoao Congresso.

Os participantes no Congres-so debruçaram-se sobretudosobre o caso da China, onde seefectuam por ano 15 000 exe-cuções.

Para uma grande parte doscongressistas, os Jogos Olím-picos de Pequim em 2008, serãouma ocasião específica impor-tante de exercer pressões.

Note-se que na China exis-tem 68 causas que podem levarà pena de morte. Deste nú-mero fazem parte o roubo, afraude, o tráfico de drogas, odelito de opinião ou mesmo ofacto de matar um panda.

À margem do Congresso, oTeatro Maisonneuve e o OfícioNacional do Filme Canada,apresentaram documentáriose filmes de ficção sobre o temada pena de morte.

A actriz francesa CatherineDeneuve veio a Montreal porocasião do Congresso, paratestemunhar publicamente asua oposição à pena capital.

Em conferência de imprensaafirmou ela que os presidentesdos países sofrem influênciaspara que nada mude, mas oimportante é sensibilizar aspessoas.

Após o fim do congresso,cerca de 2000 mil pessoas par-ticiparam numa marcha a favorda abolição.

Os organizadores da marchadenunciaram os países quemantêm ainda a pena de mor-te, como os Estados Unidos e aChina.

Mesmo o Canadánão está aoabrigo do seu restabelecimen-to. Salientemos que por entreas execuções mais célebres daHistória deve mencionar-se ocaso do filósofo Sócrates queteve de beber cicuta, por impie-dade e corrupção juvenil.

Como se sabe o Canada abo-liu a pena de morte há vinte ecinco anos mas existe presen-temente uma certa percen-tagem de canadianos que de-sejariam vê-la restabelecida.

É que no princípio das colo-nizações francesa e britânica,existia a pena de morte nestepaís. Era utilizado o enforca-mento.

O Partido Conservador doCanadá continua favorável àpena de morte. Mas o PartidoNeo-Democrata, o Bloco Que-bequense e o Partido Liberalsão contra.

Note-se que 80 países nomundo aboliram a pena demorte, entre os quais Portugal.

Os cinco países seguintesque executam ainda prisio-neiros por crimes cometidosquando eles tinham menos dedezoito anos são: Arábia Sau-dita, Estados Unidos, Irão,Nigéria e República Demo-crática do Congo.

Os países onde as execuçõessão mais numerosas são: Chi-na, Irão, Estados Unidos e Viet-nam.

Note-se a terminar que oPrimeiro Congresso mundialcontra a pena de morte tevelugar em Estrasburgo em Ju-nho de 2001. Foi ele que levouà criação da Coligação contra aPena de Morte e à instauraçãoa 10 de Outubro de cada ano doDia Mundial contra a Pena deMorte.

Se os abolicionistas têm aindaum grande caminho a percor-rer, o tempo acabará por lhesdar razão e a pena de morteacabará por desaparecer daface da terra.

É apenas um questão de tem-po.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outubro de 2004 - Página 7

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O Bebé do Ano 2004Continuamos a publicação de alguns dos nossos “leitores do

futuro”. Entretanto continuamos a incentivar os nossos “leitoresdo presente”, para que nos enviem as fotografias dos seus bebésnascidos no ano 2004, acompanhadas dos respectivos nomes,datas de nascimento, nomes dos pais e número do telefone, para:Concurso Bebé 2004, A Voz de Portugal, 4231 boul. St-Laurent,Montréal, Qc H2W 1Z4.

No mês de Janeiro 2005, efectuaremos um sorteio entre todasas “carinhas bonitas” que até lá tenhamos recebido.

Para mais informações contactem-nos pelo tel. (514)284-1813,de Segunda a Sexta, das 09h00 às 17h00.

Miguel Nunes MassaNasceu: 8 de Junho 2004Mãe: Fátima NunesPai: Wilson Massa

Marta Raposo, uma das mais bonitas vozes na nossacomunidade. Actuação no restaurante Cantinho numas dasNoites de Fado.

Anedotas

Susana SequeiraAs luzes da fantasia Três crianças da nossa

comunidade falam do Outono

Uma saída para fazer emfamília ou em grupos de amigospara se divertirem e apreciar aarte de outras culturas.

No jardim botânico, nestesúltimos anos, têm feito expo-sições com lanternas chinesasno jardim de China variando ostemas. Este ano o tema é LeTemple du ciel (o templo docéu), tendo lanternas sobre aàgua com o feitio dum templo epelos caminhos, dando um pou-co de magia durante a noite.As lanternas têm vários feitios,elas são feitas artesanalmenteem Shangai e são de seda.

O tema não foi escolhido porazar. Em efeito, na China anti-

ga era um símbolo de culturadivina e o templo ligava o céu ea terra. As populações destasterras davam muita impor-tância às divinadades e elasfaziam imensas festas paraagradecer as boas colheitasque os deuses lhes traziam.Este ano, o jardim botânicotambém tem uma exposiçãosobre a cultura do arroz. Comoeste ano foi decretado pelaONU o ano internacional do

arroz, portanto a significação dotema para as lanternas tomaum certo senso.

A exposição está presente-mente a ter lugar no jardimbotânico no Jardin de Chine

(Jardim da China) até ao 31 deOutubro, estando aberta todosos dias até às 9:00 da noite. Paradescobrir uma cultura dife-rente e ouvir melodias chinesastocadas com um erhú (violino

com duas cordas) da Quarta-feira ao Domingo. A tarificaçaoé de $11,75 para um adulto e de$ 6,00 para uma criança de 5 a17 anos. Um desconto é feitosobre os estudantes com cartaescolar.

Para festejar o Outono dumanova maneira, eu aconselho-vos esta exposiçao que irá es-pantar de alegria grandes epequenos.

O Outono chega pelo meio de mês de Setembro e acabapoucos dias antes do Natal. O Outono é uma belíssima estaçãopor causa das sua cores suaves, do friozinho que chegadevagarinho.

Durante o Outono, as folhas de cor amarelas, vermelhas,laranjas começam a cair com o sopro de vento que passa. Édurante essa estação que tem lugar uma festa para pequenose grandes que se chama Halloween.Também durante oOutono começa-se a pensar mais no Natal.

Em Portugal, no Outono, vêem-se as andorinhas pousadasnos fios telefónicos, chilrearem todas contentes, pois elasjuntam-se em grupos para seguirem para países mais quentese só voltam na Primavera. Em outros países (Canadá) uma partedas aves também fazem a mesma coisa. No Outono recolhe-seos últimos legumes, as castanhas e as maçãs nas macieiras.

Stéphanie Sequeira - 13 anos

Eu gosto do Outono porque as folhas mudam de cor e caem.Eu brinco muito com elas e o meu cão esconde-se e eu jogomuito com ele. Mesmo se o Verão foi-se embora, o fresco estáe podemos brincar mais tempo sem ter muito calor. Tambémgosto do Outono porque o Halloween vem a caminho e eu gostoporque vou receber muitos bombons e vou me mascarar emmonstro.

Steven Primavera - 8anos

Eu gosto do Outono porque as folhas mudam de muitas corese caem fazendo montanhas e eu ajudo os meus pais a apanhá--las. Quando vou para a escola tem muitas folhas e eu doupontapés nelas para vê-las voar outra véz com o vento frio. Euvou brincar na rua com o meu irmão e os meus amigos depoisda escola. E também gosto do Outono porque eu sei que o Hal-loween está a chegar e que o Natal vem aí e que vou ter prendas.

Sabrina Maria Primavera - 6 anos(Recolhdo da sua expressão oral)

Sabem como é que os alentejanos andam de bicicleta?mãos na guiaderapés na pidaleracú na sentaderacornos n’azinhera

Sabem como é que se distingue um pirata alentejano no meiode vários piratas?O pirata alentejano é o que tem pala nos dois olhos.

Por que é que o Alentejo é um deserto?É para os camelos dos Lisboetas fazerem a travessia para oAlgarve.

Por que é que os Alentejanos gostam de tomar a bica na casade banho?Para tomarem a bica com cheirinho.

O que é que os Alentejanos esperam depois da seca?Que as vacas deêm leite em pó.

Por que é que os Alentejanos agora vivem em casas redondas?Para os filhos não poderem mijar nos cantos.

Por que é que os Alentejanos leêm os jornais nas esquinas?É para o vento lhes mudar as folhas.

Estavam dois alentejanos debaixo de uma azinheira. Um delestrazia um porco ao colo e andava a dar-lhe bolota. Passam doissenhores e veêm aquele quadro e dizem para o Alentejano:- Então não era melhor derrubar a bolota e o porco comia nochão?Nisto vira-se o Alentejano para o outro e diz-lhe:- Ó compadre devem ser engenheiros!!!

No Alentejo andava um rebanho junto à linha férrea. Apareceum comboio e mata quatro ovelhas. O patrão manda chamar opastor e pergunta-lhe como tinha sido. Resposta do pastor:- O patrão e tivemos muita sorte, porque se o comboio viesseatravessado matava-as todas.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outurbo de 2004 - Página 8

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Restaurante Solmar: Aí estãoSabores, sons e cores do Outono!

Texto e fotos de António VallacorbaNo Restaurante Solmar, teve

início na quinta-feira transacta,14 do corrente, a 32ª edição doFestival do Outono de Portugalem Montréal, uma iniciativacom a qual muito se tem distin-guido ao longo dos anos aquelacatedral da nossa restauração,ao mesmo tempo prestigiandoas suas tradições lusas e a pró-pria comunidade.

Simultaneamente, a organi-zação está a comemorar a passa-gem do 25º aniversário dapresença deste restaurante nabaixa citadina.

Este festival, relativamenteparticipado na sua aberturaoficial pelo público em geral epela maioria dos orgãos dacomunicação social comuni-tária, contou ainda com a hon-rosa presença do novo Cônsul-

Geral de Portugal nesta cidade,o dr. Carlos Oliveira, e esposa.

Já lá vão alguns anos desde a

nossa última visita ao Solmar,que se orgulha de ser o pri-meiro restaurante portuguêsnesta cidade e agora com umaspecto mais vistoso devido aobras de renovação. No en-tanto, nada se perdeu com apassagem dos anos, mas con-

tinuando a manter a alta quali-

dade dos seus serviços na artede bem cozinhar, de bem rece-ber e de melhor entreter –factores que lhe consagram aidoneidade que se lhe reco-nhece.

Nesta noite, estiveram nacozinha os mestres-cozinheirosJoão Vieira e Dinis Brito, en-quanto o serviço às mesas foida responsabilidade de José S.Semedo, Manuel Melgar eKevin Paiva, sob a orientaçãode David Dias e naquilo que foium atendimento impecável, apar da excelente confecção,qualidade e apresentação dospratos servidos.

Conforme nos explicou DavidDias, foi preparada uma emen-ta especial para a presentetemporada, privilegiando, nassopas, o gaspacho, caldo verdeou crème de camarão; paraentradas: mexilhões à portu-guesa, salada à Solmar, chou-riço assado, lulas assadas ousardinhas assadas; e, comoprato principal, a variada esco-lha entre salmão à portuguesa,camarão à Madeira, perna depato, nispo de borrego, javaliem vinho tinto, bacalhau à Brásou bacalhau assado.

A par da filosofia empresarialde David Dias em manter bemviva esta presença lusa no seioda sociedade em que se insere,justapôs-se à gastronomia aparticularidade do entrete-nimento, bem exemplificadonos seus artistas privativos, oprof. Carlos Ferreira, à viola e ao

piano, José João, na voz e àguitarra, e a graciosa LúciaBelo, em grande forma, cantan-do e encantando com a varie-dade das suas interpretaçõesdo fado castiço, fado-canção e,até, na canção imortalizada porEdith Piaff, “La Vie em Rose. E,se por um lado, o José João ébem a voz do Ribatejo, MestreCarlos Ferreira personifica omelhor que se reconhece noshábeis “malabaristas” das te-clas. Não surpreendeu, pois,que a nosso pedido, tivessedado a melhor das rendições àcélebre melodia para piano,“Rhapsody In Blue”, de Geor-ge Gershwin.

Dizíamos que o Solmar está arealizar este 32º Festival doOutono e a celebrar simul-taneamente o seu 25º aniver-sário. E, naturalmente, muitosde vós questionar-se-ão sobre

tal diversidade de datas.Sucede, porém, que o Sol-

mar, primeiramente estabe-lecido no Blvd. St-Laurent, em1972, já realizava este festivalali, continuando-o depois novelho Montréal, para onde semudou em 1979, perfazendo-seassim e portanto, 25 anos na-quele novo lugar

Num outro – mais um! – ali-ciante para quem se deslocarao Solmar, é o de ficar habi-litado a ganhar uma viagem aPortugal com a Agência Algar-ve, assim como jantar paraduas pessoas no Solmar e umoutro jantar, igualmente paraduas pessoas, na Sauvagine.

Parabéns a David Dias, comvotos de contínuo sucesso e delonga vida pessoal e institu-cional

Festa da PoesiaRealizou-se no sábado passa-

do a anunciada Festa da Poesiaque contou no seu programacom declamações feitas porJoaquim Eusébio e José Mar-ques da Silva, para além dasvozes de Lucia e Ashley Belo,acompanhadas por ManuelTravassos e António Melo.

Do espectáculo que se se-guiu ao jantar, actuaram aindaum italiano, Vincenzo, Joe Pugacom algumas canções e foi feitauma homenagem a duas ma-mãs da comunidade portu-guesa.

Seguiu-se animado baile peloconjunto Reflex.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outubro de 2004 - Página 9

Casa dos Açores: Já com 26 anosMas sempre jovem e nobre nos propósitos

Fotos e texto de António Vallacorba

Um jantar-dançante assazelegante e muito participado, aque assistiu o dr. Carlos Oli-veira, novo Cônsul-Geral de

Portugal em Montréal, e espo-sa, marcou da melhor maneira,sábado passado, a auspiciosapassagem do 26º aniversário dafundação da Casa dos Açoresdo Quebeque (Caçorbec).

Presentes, também, na mesade honra a acompanhar aquelenosso diplomata e o presidenteda Caçorbec, Damião Sousa,estiveram dois dos fundadoresdesta simpática colectividade,Tadeu Rocha e Carlos Salda-nha.

Sob os auspícios da Comis-são Arte e Cultura, de queDamião Sousa, Natércia Rodri-gues e Cipriano Tavares são osseus elementos mais visíveis,este acontecimento teve ponto

marcante na diversidade doseu interessante programafestivo, para o qual NatérciaRodrigues, na abertura oficial

do mesmo, proferiu algumaspalavras de saudação e sobre osdiversos aspectos culturais eafectivos desta instituição.

O dr. Carlos Oliveira, na suaprimeira visita a esta casa, e oDamião Sousa, foram outrosdos oradores, tendo o primeirose congratulado com a passa-gem desta efeméride e o se-gundo se referido a algumasdas dificuldades que a Caçor-bec atravessou durante o cor-rente ano

Ainda na altura, foi com imen-sa satisfação que o presidenteda Caçorbec anunciou parabreve a concretização do pro-jecto do “Centro de um Dia”,dimensionado para as pessoasda terceira idade da nossacomunidade em geral e dossócios desta colectividade emparticular.

Laura Cordeiro, secretária ehistórica responsável pela cozi-nha, e a sua equipa, voltaram adistinguir-se na confecção doagradável jantar, como aliás,era esperado por todos em

geral e no seguimento da reve-rência que têm por ela nodesempenho de tão nobre acti-vidade.

Por outro lado, teve ainda afelicidade de ganhar uma pin-

tura, de natureza morta, daautoria da sra. Teresa Labão,que a ofereceu à Caçorbecpara o sorteio duma rifa.

E, numa escolha muito acer-tada para, ao menos neste dia,se reflectir sobre a mística dasilhas açorianas, Natércia Rodri-gues e Cipriano Tavares, entreas demais actividades culturaisa que se dedicaram nessa noite,incluiram no panfleto come-morativo deste jantar festivoum citação do escritor açoria-no, Manuel da Câmara, que aseguir transcrevemos:

Para que entre o mundovelho e o mundo novo existisseuma traço vivo de união floridae cantante, palpitando, res-cendente e luminosa à flor daságuas, é que parece, surgiramos Açores.

“Se não saíram do fundo domar, caíram do céu”.

No demais, o serão estevebastante animado. Os jovensChristine Arruda e Mike Me-deiros constituiram uma sur-

presa muito agradável, com-plementando da melhor ma-neira as actuações do grupo“Recordações” e do RanchoFolclórico Ilhas de Encanto,ambos ligados à colectividadeaniversariante.

O baile, assaz concorrido, foi

abrilhantado pela discoteca L.M. Disco (Fernando Vinagre),em substituição de J. F. NightProductions, devido a motivosde saúde de um familiar do JeffGouveia.

Finalmente, chamamos àatenção dos sócios da Caçorbecpara a Assembleia Geral Ordi-nária que se realizará no dia 7de Novembro próximo, tendoem vista as eleições para oConselho de Administração epara o Conselho Fiscal e deDeontologia.

Como sugeriu Damião Sousa“…necessitamos de novosmembros nesta direcção e denovas ideias, de modo que estaCasa dos Açores possa pro-gredir (…), mantendo-se decabeça bem erguida, semprede pé e continuando a divulgaro nome dos Açores bem alto”.

Felicitamos os dirigentes ecolaboradores da Caçorbecpor este bem passado serãocomemorativo da interessanteefeméride, ao mesmo tempodesejando as maiores prospe-ridades institucionais e pes-soais.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outurbo de 2004 - Página

Vária1 0

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

EconomiaPortugal é o 24º país mais

competitivo do mundo, dizFEM

Portugal ocupa o 24º lugarentre os países mais competitivosdo mundo, indica o relatóriosobre a Competitividade Global2004-2005 elaborado pelo FórumEconómico Mundial (FEM) edivulgado esta quarta-feira.

Em relação ao último rank-ing, Portugal subiu uma posi-ção, ultrapassando o Luxem-burgo, Coreia do Sul e Malta.No entanto, Portugal foi supe-rado pelos Emirados ÁrabesUnidos, que não eram contem-plados no anterior relatório, epelo Chile. Entre os países euro-peus, Portugal ocupa o 13ºposto.

O estudo baseia-se em inqué-ritos a mais de 8.700 empre-sários de 104 economias dife-rentes.

A lista é liderada pela Fin-lândia, seguida dos EUA e Sué-cia, países que mantêm as posi-ções em relação ao ano passado.O 104º e último posto é ocupadopelo Chade

Entre os países da Comu-nidade dos Países de LínguaPortuguesa (CPLP), Angolasitua-se na 103ª posição, Mo-çambique está no 92º posto e oBrasil ocupa o 57º lugar. CaboVerde, São Tomé e Príncipe,Guiné-Bissau e Timor não cons-tam da lista.

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)Carta da Semana: 9 de Ouros, que significa Prudência.Amor: Preste mais atenção ao que se passa em seu redor.Saúde: Proteja-se de correntes de ar.Dinheiro: Aconselhe-se acerca dos novos planos deinvestimento financeiro.

Número da Sorte: 73Números da Semana: 5, 16, 18, 26, 34, 44

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)Carta da Semana: 6 de Ouros, que significa Generosidade.Amor: Um acto de grande generosidade poderá comovê-lo.Saúde: Controle a sua tensão arterial.Dinheiro: Nunca é tarde para investir na sua formaçãoacadémica.

Número da Sorte: 70Números da Semana: 1, 8, 15, 19, 22, 45

GÉMEOS (21 de Maio - 22 de Junho)Carta da Semana: Valete de Espadas, que significa Vigilante e Atento.

Amor: Uma amiga muito especial necessitará da sua ajuda.Saúde: Nesta fase, siga à risca as recomendações do seumédico.Dinheiro: A sua situação financeira tenderá a melhorar.Número da Sorte: 61Números da Semana: 6, 9, 36, 39, 44, 47

CARANGUEJO (23 de Junho - 22 de Julho)Carta da Semana: 5 de Ouros, que significa Perda/ Falha.Amor: Não descarregue nos outros as suas inquietações.Saúde: Poderá vir a sofrer de tendinites.Dinheiro: O seu esforço profissional será recompensado.Número da Sorte: 69

Números da Semana: 11, 22, 27, 29, 40, 45

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)Carta da Semana: 10 de Copas, que significa Felicidade.Amor: Está prevista uma semana marcada por momentos degrande paixão.Saúde: Não seja pessimista, vencerá todos os obstáculosque se atravessem na sua vida.

Dinheiro: As poupanças que fez assegurar-lhe-ão um bom nível de vida.Número da Sorte: 46Números da Semana: 8, 17, 25, 29, 33, 44

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)Carta da Semana: Ás de Copas, que significa Principio doAmor, Grande Alegria.Amor: Faça uma surpresa à sua cara-metade.Saúde: Não fume quando estão outras pessoas ao pé de si.Dinheiro: O seu chefe poderá chamá-lo a atenção devido aos

objectivos que tem que cumprir.Número da Sorte: 37Números da Semana: 5, 9, 16, 29, 32, 41

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)Carta da Semana: 2 de Paus, que significa Perda deOportunidades.Amor: Dê mais atenção aos conselhos dos seus amigos.Saúde: Cuide da sua aparência.Dinheiro: A sua competência estará em causa esta semana.

Esteja atento para intervir no momento certo.Número da Sorte: 24Números da Semana: 9, 17, 24, 31, 38, 42.

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)Carta da Semana: 9 de Espadas, que significa MauPressentimento, Angústia.Amor: O afastamento físico entre si e a pessoa amada poderácausar grande sofrimento.Saúde: Cuidado com as picadas de insectos.

Dinheiro: Um amigo convidá-lo-á para integrar um negócio que se revelarámuito lucrativo.Número da Sorte: 59Números da Semana: 6, 11, 14, 36, 46, 49

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)Carta da Semana: O Imperador, que significa Concretização.Amor: Relação feliz e duradoira com a sua companheira detoda a vida.Saúde: Aconselhe-se com o seu médico assistente sobre oscuidados que deve ter nesta fase da sua vida.

Dinheiro: Afaste-se de pessoas interesseiras e invejosas.Número da Sorte: 4 Números da Semana: 1, 22, 29, 36, 42, 47

CAPRICÓRNIO (22 de Dezembro - 19 de Janeiro)Carta da Semana: A Torre, que significa ConvicçõesErradas, Colapso.Amor: Poderá envolver-se numa forte discussão com umgrande amigo.Saúde: Vá com maior regularidade ao médico.

Dinheiro: Não influencie as ideias dos outros. Permita que cada um,pondere por si.Número da Sorte: 16 Números da Semana: 6, 8, 19, 24, 36, 44

AQUÁRIO (20 de Janeiro - 18 de Fevereiro)Carta da Semana: 7 de Paus, que significa Discussão,Negociação Difícil.Amor: Os desentendimentos existentes entre si e a suaesposa terminarão dentro de pouco tempo.Saúde: O inchaço nos pés poderão incomodá-lo ao longo de

toda a semana.Dinheiro: Pondere bem antes de tomar qualquer decisão a nívelfinanceiro. Número da Sorte: 29Números da Semana: 4, 19, 25, 29, 30, 41

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)Carta da Semana: Rei de Paus, que significa Força,Coragem e Justiça.Amor: Siga a sua intuição, pois sabe exactamente o que quere o que não quer da vida.Saúde: Coma mais lacticínios.

Dinheiro: Situação muito instável a nível profissional.Número da Sorte: 36Números da Semana: 7, 11, 24, 39, 40, 49

Laval em efervescênciaA Direcção da Associação

Portuguesa de Laval prima porpossuir as qualidades do adjec-tivo “sage” que em portuguêsse traduz por: prudente, con-cordata ajuizada, modesta,honesta. Isto porém não im-pede que do seu seio, sem ala-ridos ou fantasias, saiam inicia-tivas dignificantes e que agra-dam a todos quantos a elasaderem.

O trabalho bem pensado,calculado e bem planificado dá,normalmente, bons resultados.

Este ano, depois de váriasactividades que foram rea-lizadas pelo actual corpo direc-tivo — e das quais tencionamosfalar mais pormenorizadamen-te em próxima entrevista quemarcamos com a presidenteManuela Raposo Del Bianco,

temos conhecimento de que aAssociação lavalense se encon-tra em avançada preparaçãodo programa destinado à noitede S.Silvestre, que contará comexcelente bufete quente e frio,bufete da meia-noite e garrafade champanhe em cada mesa,acompanhando esta passagemdo ano a boa música da Orques-tra Simplicity.

Daí, portanto, que o dinamis-mo e animação seja de lei, nocírculo dos dirigentes, embala-dos por um sucesso que seantecipa para o final de Dezem-bro. Em conversa amena sou-bemos que só aceitarão marca-ções até ao dia 15 de Dezembropróximo e que, naturalmente,não serão vendidos bilhetes àporta. Os interessados poderãodesde já contactar os telefonesda área 450: 681-4303, 688-9962,978-9923 e 687-3369.

Mês para a consciencializaçãodo Cancro do Seio

Use sua fita cor-de-rosa, emostre sua solidariedade e seuapoio.

O mês de Outubro é o “Mêspara a consciencialização docancro do seio”. É dedicada aconsciencializar as dificulda-des deste tipo de cancro, espe-cialmente a importância dadetecção rápida.

Durante o mês nacional da

consciência do cancro do seio,é reconhecido o progresso queestá sendo feito para curar estadoença, que rouba assim a mui-tas mulheres a sua saúde e, emmuitos casos, as suas vidas.

Este ano, prevê-se que203.000 mulheres americanas(estimadas) serão diagnosti-cadas com cancro de seio, equase 40.000 morrerão. Em-

bora nós façamos grandes pas-sos na compreensão desta do-ença, muito falta para avançara prevenção, a detecção adian-tada, e o tratamento eficaz.

Exames regulares são a ma-neira mais eficaz para detectaro cancro em seus estágios maisadiantados e mais tratáveis.Para mulheres de 40 e mais,mamogramas todos os 1 a 2anos podem reduzir o risco demorrer do cancro de peito.

Para impedir o cancro do seio,devemos aumentar a consciên-cia sobre as causas de risco. Aidade e os factores genéticosaumentam o risco do cancro depeito. E os investigadores estãoexplorando agora como a dietae os factores hormonais sãoligados às causas possíveis.Esta vontade da informaçãoajuda as mulheres e a seusdoutores a fazer escolhas infor-madas do cuidado da sua saú-de.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outubro de 2004 - Página 1 1

Um nome de muitos

Continuação na próxima edição

Significados dos nomesDDafne: grego: “loureiro”.Daisy: anglo-saxão: “olho do dia, isto é, sol, semelhante amargarida”.Dália: norueguês: “do vale”.Dalton: inglês: “aldeia do vale”.Damião: latim: “homem do povo”.Daniel: hebraico: “deus é meu juiz, Deus determina, julga”.Feminino: Daniela.Danilo: escandinavo: “o dinamarquês”. Feminino: Danila.Dário: grego: “o que segura”. Feminino: Dária.David: hebraico: “o amado, querido”. Variantes: Davi, Dávide,Deivide, Daivide.Débora: hebraico: “abelha”.Délia: grego: “a visível, da ilha de Delos”. Um dos nomes da deusaArtêmis.Denilson: forma inglesa de filho de Denis.Denis: forma francesa de Dionísio.Denise: francês: “adepta a Dionísio”.Diana: latim: “a brilhante, a divina, deusa da caça”.Diná, Dina: hebraico: “a inocente, a absolvida, a julgada”.Diniz: o mesmo que Dionísio.Diogo: latim: “instruído”. Variante: Diego.Dionísio: grego: “o consagrado a Baco, deus do vinho”.Dirce: grego: “fonte, turvar a água”.Dirceu: grego: “fonte”.Dolores: espanhol: “dor, dores”.Domingos: latim: “nascido no domingo, dia consagrado aoSenhor”.Donário: latim: “dádiva, presente”. Feminino: Donária.Douglas: escocês: “do rio preto, rio de águas turvas”.Dourival: português: “do vale dourado”. Variante: Dorival.Dulce: latim: “doce, suave, agradável”.

EÉder: basco: “belo”.Edgar: germânico: “próspero, defensor da propriedade”.Edilson: de Wilson, Vilson.Edite: anglo-saxão: “rico presente, combate pelas riquesas”.Variante: Edith.Edmar: teutônico: “ilustre pelos bens, riquesas”. Feminino:Edmara.Edmilson: justaposição de Edmundo e Wilson.Edmundo: anglo-saxão: “próspero protetor, defensor dos bens,riquezas”.Edna: hebraico: “a que conhece o segredo da juventude,rejuvenescimento”.Edson: forma inglesa de filho de Eduardo, Edmundo.Eduardo: anglo-saxão: “guarda das riquezas”.Elaine: forma francesa de Helena. Variante: Elane.Eleonor: arabe: “meu Deus é luz”, galês: “luz”. Variante: Eleonora.Eli: hebraico: “o altíssimo, o elevado”. Variante: Ely.Eliana: grego, latim: “bela como o sol, beleza resplandecente”.Variante: Eliane.Elisa: fenício, cartaginês: “contente, alegre”. Variantes: Eliza,Elise.Elisabete: hebraico: “consagrada a Deus, consagrada de Deus”.Variante: Elizabete, Elisabet, Elizabeth, Lisabete...Elisângela: justaposição de Elí e Ângela.Eliseu: hebraico: “meu Deus é salvação”.Elói: francês: “o eleito”.Eloisa: derivado de Luísa, filha ou descendente de Luísa.Variantes: Eloise, Eloiza, Eloize.Elvira: latim: “loura, branca”.Elvis: norueguês: “sábio, erudito”.Elza: teutônico: “virgem das águas e dos cisnes”.Emanuel: hebraico: “Deus conosco”.Emerson: teutônico: “governador industrioso”.Emília: gótico: “aquela que é trabalhadora, ativa”. Variante:Amália.Erasmo: grego: “amável, digno de respeito, simpático”.Erick: escandinavo: “poderoso como uma águia”. Variante: Eric,Érico.Erica: forma feminina de Érico, que é o mesmo que Erick.Ernesto: teutônico: “lutador decidido, dedicado”.Esperança: latim: “nome de uma deusa romana, irmã do Sono”.Estéfano: grego, latim: “coroa, diadema, o coroado”. Variante:Estéfani.Ester: hebraico: “estrela”.Euclides: grego: “famoso, glorioso”.Eugênio: grego: “de bom nascimento, de estirpe ilustre”.Feminino: Eugênia.Euler: teutônico: “oleiro”.Eva: hebraico: “vivente, vida, a raiz da vida, mãe da humanidade”.Evandro: grego: “homem bom, homem corajoso e valente”.Everton: teutônico: “que protege a lei, ou pela lei”.

FFabiana: filha, descendente de Fábio(a), ou feminino de Fabiano.Fabiano: latim: “fava que esta crescendo, feijão que cresce”.Fábio: latim: “fava, que planta fava, feijão”. Feminino: Fábia.Fabíola: latim: “contadora de conto, fábula.

Família RoseiraIntroduçãoEra tradição afirmar-se a

existência de apenas uma fa-mília Roseira em Portugal, oque não é verdade, pois sabe-mos hoje que existem pelo me-nos 3 origens distintas (uma noDouro, outra em Trás-os-Mon-tes, e uma terceira na BeiraBaixa), todas elas surgidas emmeados do século XIX, umséculo reconhecidamente pro-lífico no aparecimento e mo-dificação de apelidos em muitasfamílias portuguesas.

Apresentamos a família Ro-seira com origem na região doDouro, onde esse apelido come-çou a ser utilizado por volta de1830. Apesar da humildade das

suas origens, é uma famílianumerosa e com uma históriamuito interessante, tendo al-guns dos seus membros atin-gido posições de relevo local,regional, e mesmo nacional, emvárias épocas da história portu-guesa dos últimos 150 anos.

A genealogia destes Roseiraencontrava-se já razoavelmen-te bem delineada, fruto dapesquisa de D. Maria LucindaRoseira Abrunhosa (recente-mente falecida), a cuja memó-ria se dedica esta página. Opapel do autor deste estudo temsido tão só o de aprofundar eactualizar todo o trabalho ante-riormente realizado.

A origem do nome Roseira ébem clara neste caso: AntónioRodrigues e Umbelina Lopesviveram na Casa da Roseira em

Covas do Douro, freguesia doconcelho de Sabrosa. Os seusfilhos passaram a ser conhe-

cidos como os “da Roseira” ou,mais simplesmente, os “Ro-seira”.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outurbo de 2004 - Página 1 2

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ASSOCIAÇÕES E CLUBESAss. Angolana de Montreal 313-6465Associação N. S. de Fátima(Chomedey, Laval) 681-0612Associação Portuguesado Canadá 844-2269Associação Portuguesado Espírito Santo 254-4647Associação Portuguesade Lasalle 366-6305Associação Portuguesade Ste-Thérèse 435-0301Caixa de Economiados Portugueses 842-8077Casa dos Açores do Quebeque 388-4129Centro de Ajuda à Família 982-0804Centro Português de Referência 842-8045Centro Comunitário do Espírito Santo 353-1550Clube Oriental Português de Montreal 342-4373Clube Portugal de Montreal 844-1406Grupo Folclórico Campinosdo Ribatejo 353-3577Rancho Folclórico Verde Minho 768-7634Ass.Port.West Island 684-0857Português de Montreal 739-9322Sporting Clube de Montreal 499-9420Sport Montreal e Benfica 273-4389

IGREJASIgreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

RÁDIO E TELEVISÃORádio Centre-Ville 495-2597Rádio CFMB 483-2362Radio Clube Portugal 849-9901

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Necrologia†

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Conversa com JesusConverse com Jesus todos os dias. Meu Jesus, em Vós depositei

toda a minha confiança. Vós sabeis de tudo. Pai e Senhor doUniverso, sois o Rei dos Reis. Vós que fizeste o paralítico andar,o morto ressuscitar, o leproso sarar, Vós que vedes as minhaslágrimas, bem sabeis, Divino Amigo, como preciso de alcançarde Vós esta grande graça (pede-se a graça com fé). A minhaconversa Convosco, Mestre, dá-me ânimo e alegria para viver.Só de Vós espero com fé e confiança (pede-se a graça com fé)que com esta conversa que terei Convosco durante 9 dias eualcance esta graça que Vos peço com fé. Com gratidão,publicarei esta oração para outros que precisem de Vós,aprendam a ter fé e confiança na Vossa misericórdia. Iluminaios meus passos, assim como iluminais todos os dias o amanhecer.E como testemunho da vossa conversa, digo Jesus, tenhoconfiança em Vós e mais aumentarei a minha fé, pelas graçasalcançadas. Favor obtido.

M.G.C.

António Pacheco Almeida1932 - 2004

Faleceu em Montreal, com 72 anosde idade, no dia 14 de Outubro de2004, o Sr. António Pacheco Almeida,natural de Horta, Faial, Açores.

Esposo da já falecida Sra. D. MariaSerpa, deixa na dor seu filho António(Maria Helena Barbosa), sua filha Maria(Albert Kelly), seus netos Maria Eu-genia, Maria Hercilia, Derek James,Cristina, Kevin e Jessica, suas irmãsFernanda e Rosa (Augusto da Ponte),

sobrinhos e sobrinhas, assim comooutros familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

Margarida de Fontes1974 - 2004

Faleceu numa grande tranquilidade, emPointe Claire, com 30 anos de idade, no dia12 de Outubro de 2004, a Sra. D. Margaridade Fontes.

Deixa na dor seu esposo, o Sr. FrankTrozzo, seus pais Palmira e José de Fontes,naturais de Vila Franca do Campo, SãoMiguel, Açores, seus irmãos e irmãs Tony,Luis, José, Maria, Elizabeth, e seus conju-gues respectivos. Também deixa de luto seussogros, Maria e Amadeo Trozzo, sobrinhose sobrinhas, assim como outros familiares,amigos e a muito amada Lexi.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

Eduino Martins

O funeral teve lugar no dia 16 de Outubro de 2004, após missa decorpo presente, pelas 10h00, na missão Santa Cruz, seguindo depoiso cortejo fúnebre para o cemitério Notre-Dame des Neiges, onde foia sepultar.

A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecer a todasas pessoas as muitas provas de carinho e amizade que lhe foram dadaspor ocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todasaquelas que, por qualquer forma, lhe tenham manifestado o seusentimento de pesar por tão infausto acontecimento. A todos umsincero Obrigado e Bem-Hajam.

Pedro Alves

O funeral teve lugar no dia 15 de Outubro de 2004, após missa decorpo presente, pelas 14h00, na Basílica St-Patrick, seguindo depoiso cortejo fúnebre para o cemitério Notre-Dame des Neiges, onde foia sepultar, no mausoléu Marguerite D’Youville.

A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecer a todasas pessoas as muitas provas de carinho e amizade que lhe foram dadaspor ocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todasaquelas que, por qualquer forma, lhe tenham manifestado o seusentimento de pesar por tão infausto acontecimento. A todos umsincero Obrigado e Bem-Hajam.

Eduino MartinsO funeral teve lugar ontem, 19 de Outubro de 2004, após missa de

corpo presente, pelas 11h00, na Igreja St-Vincent Ferrier, seguindodepois o cortejo fúnebre para o Mausoléu St-Martin, em Laval, ondefoi a sepultar, em cripta.

A família vem por este meio, agradecer a todas as pessoas que sedignaram a tomar parte nas cerimónias fúnebres ou que, de qualquerforma, se lhes associaram na dor. A todos um sincero Obrigado e Bem-Hajam.

AGRADECIMENTOMe. Eduardo Dias e sua filha Sophia, muito

sensibilizados, vêm por este meio, agradecer a todasas pessoas as muitas provas de carinho e amizadeque lhe foram dadas, no momento difícil que foi ofalecimento da sua estimada e adorada esposa e mãe,Elvira Casolino, falecida no dia 25 de Junho de 2004,bem como a todas aquelas que, por qualquer forma,lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesarpor tão infausto acontecimento. A todos um sincero Obrigado e Bem-Hajam.

José Vieira1919 - 2004

Faleceu em Montreal, com 85 anos de idade, nodia 16 de Outubro de 2004, o Sr. José Vieira, natu-ral de Rabo de Peixe, São Miguel, Açores. Deixa nador sua esposa, a Sra. D. Maria José Cabral, seusfilho(a)s Maria de Jesus (José Andrade), José Jr.(Beatriz Vieira), Alice (Agostinho Andrade), Eduardo(Adelaide Moniz), Maria José (António Gouveia) eLurdes (António Estrela), seus netos Gilberto, Nelia, José, Alice,Alberto, Odete, Nelia, José Carlos, Denny, Jennifer, Rodney, Kevin,Eddy, Lisa Maria, Kyle, Jeffrey, Ahasly, Christopher e Kyle, e seusconjugues respectivos, seus bisnetos Shane, Yusawa, Laya, Kimberly,Brandon, Tamara, Natasha, Felicia, Kyla, Erick, Chelse, Bailey,Daniel, Samuel, Tristan, Mercedes, Andrew, Alessia e Briana,cunhado(a)s e sobrinho(a)s, assim como outros familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outubro de 2004 - Página 1 3

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Sport Montreal e BenficaBaile de Halloween

Este popular clube português realizará no próximo sábado,23 de Outubro, pelas 19h30, o seu tradicional serão do Dia doSócio. O suculento jantar com carne de porco à alentejana,será animado pelo Conjunto Joe & Duarte e DJ Ex-Men.Haverá também bons petiscos e bebidas frescas. Venha passaruma noite agradável com a família benfiquista. As entradassão gratuitas para os sócios, 20 águias para não-sócios e ascrianças de 6 aos 12 anos, contribuirão com 10 águias.Anuncia também este simpático clube, para o dia 30, às 21horas, o baile de Halloween, animado pelo Disco Mobil Memo-ries. A entrada é livre e haverá prémios para os melhoresmascarados. Venham portanto em grande número, festejarnuma noite que promete ser divertida e com bom ambiente.

A Associação Portuguesa do Espirito Santo para come-morar o seu 21º Aniversário, organiza um jantar, no próximosábado dia 6 de Novembro, às 20h00 no 6024, rua Hochelagaem Montreal.Adultos $25.00, crianças até aos 12 anos$15.00.A Animação está a cargo do Agrupamento MusicalSom 2000.Para reservas e informações, contacte aAssociação pelo telefone (514) 254-4647 ou (514) 354-7276.

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Filarmónica Divino EspíritoSanto Laval - Festa de Outono

A Filarmónica Divino Espírito Santo Laval organiza umjantar dançante, no próximo sábado, 23 de Outubro, pelas19h00, na missão Santa Cruz, 60 Rachel Oeste, em Montreal.A noite será animada pelo conjunto Carabana, vindodirectamente de Gatineau. Entrada: Adultos: 25 músicos,crianças dos 5 aos 12 anos: 15 músicos.

Para reservas, contacte: João Aguilar: 450.629.5228,Manuel Dias: 450.628.1134, Durval Farias: 450.681.6506, LuisPacheco: 514.281.0039, ou José Balbino: 514.389.6860

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Festa do OutonoA Filarmónica do Divino Espírito Santo de Laval realiza no

próximo sábado dia 23 a Festa de Outono, no salão do CentroComunitário de Santa Cruz, às 19 hrs., com jantar e música paradançar pelo Conjunto Carabana vindo de Gatineau.

Lar de Santa MariaComissão das Festas de Peniche organiza no sábado 8 de

Novembro, o seu tradicional jantar de beneficência para o Larde Santa Maria, no salão da Igreja de Santa Cruz, pelas 19horas.A noite será abrilhantada pelo Conjunto Exagone ehaverão algumas surpresas.

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outurbo de 2004 - Página 1 4

Portugal-Rússia, 7-1:

Supremo prazerde ver Portugal do 8 ao... 7-1

A acção endiabrada da duplaDeco-Ronaldo desmoronou aestratégia defensiva de umaequipa “certinha”... de menos

O Portugal do “oitenta” querenasceu do “oito” no Liech-tenstein, há apenas quatrodias, é um regalo para quemaprecia bom futebol. Com joga-dores nucleares inspirados -destaque para Deco e CristianoRonaldo - torna-se fácil paraScolari contornar as estratégiasadversárias, mesmo as de equi-pas como a Rússia que, semjogadores de grande craveira,consegue disfarçar as insu-ficiências com uma organizaçãosimples e - parecia, parecia -eficaz.

Partindo de um deslize doárbitro, que foi mal auxiliado (abandeira subiu e... desceu semrazão), Portugal chegou à van-tagem a meio da primeira parte.Já era justificada. A superio-ridade assentava numa entre-

ga total de todos, a ponto dehaver um desnível impres-sionante na recuperação dabola, se bem que os russos, naspoucas vezes que a tinham emposse, respondessem com con-

tra-ataques apoiados e lineares,ainda que com poucas uni-

dades.CriativosUltrapassando bem o menor

rendimento de algumas uni-dades - Paulo Ferreira nunca seadaptou à esquerda - com aimpetuosidade e virtuosismo deCristiano Ronaldo e a magia deDeco, Portugal assumiu quasepor completo o controlo dasoperações. A inusitada agres-

sividade de Simão era umapoderosa ajuda para manter a

Desporto

Programação local:Rádio Club Montreal

2ª feira19h: Entrevistas20h: A voz da diápora açoriana21h: Recitação do Terço

E muita música portuguesa para todos os gostos e idades

4ª feira11h: Notícias locais16h15: Informação do transito19h: Fora de jogo (com linha aberta)21h: Recitação do terço

5ª feira11h30-12h: Natureza e saúde em sua casa16h15: Previsão tempo19h-20h: A caminho da palavra (rep.)20h: Recitação do terço

6ª feiras11h: Noticias locais Previsão do tempo16h15: Informação do trânsito18h:6ª feira a noite (João Mesquita)

Domingos8h30-9:30: Missa em Directo18h30-20h00: Discos pedidos20h00: Na rota das Ilhas

3ª feira11h: A caminho da palavra Prog. do Pe. José Maria Cardoso12h45: Previsão do tempo16h15: Informação do transito19h: Ajuda a familia20h: Recitação do Terço

Sábados19h- Sol e toiros20h- Recitação do terço

A única rádio 24hem português

bola sempre no meio camporusso.

O clássico 4x4x2 do desoladoGeorgy Yartsev era curto pararesolver todos os problemas,pois o jovem “mustang” madei-rense alternava de flanco parafazer estragos irreparáveis econtava com o brasileiro paracomplementar os desequilí-brios ofensivos, ganhando am-bos sistematicamente nos due-los, muitos deles em sequênciasestonteantes.

CoxoA elevada produção ofensiva

só não teve expressão (ainda!)maior e mais cedo porque a alaesquerda - por culpa de PauloFerreira - esteve a milhas dacontrária, onde Miguel era umaespécie de alavanca para oataque.

ArtilhariaSe o controlo e circulação

rápida da bola somados aovirtuosismo estiveram na basedo triunfo, foi o surpreendenteacerto e potência no remateque justificaram a festejadagoleada que inverteu a lógica(natural teria sido golear oLiechtenstein e empatar com aRússia).

Depois do 2-0, foi ver os “mís-seis” de longo alcance de Deco,Ronaldo, Simão e Petit (2)atingirem a baliza do deses-perado Malafeev. A segurançaem Alvalade foi apertada masnão detectou estas poderosasmunições que custaram o car-go ao seleccionador russo ereconquistaram para a Selec-ção (e Scolari) a simpatia dos

1º Liedson Sporting2º Antchouet Belenenses3º WesleyPenafiel4º McCarthy F.C. Porto5º Zé Manel Boavista6º Bibishkov Marítimo7º Simão Benfica8º Tomás Sp. Braga9º McPhee Beira Mar10º Zé Rui V. Setúbal

4443333333

Melhormercadores

portugueses que gostam defutebol, vibram e sabem

aplaudir as boas exibições; e, éclaro, também sabem vaiar osdescalabros.

ÁrbitroKIROS VASSARAS (2). Ac-

tuação medíocre do juiz grego,o único que não viu a grandepenalidade de Anyukov sobreCristiano Ronaldo (14', com 0-0). O seu mérito esteve no capí-tulo disciplinar. As três vezesque mostrou o amarelo, longono início da segunda parte fo-ram providenciais para evitar atentação russa de travar oscriativos lusitanos à margemda lei. Ah, e não viu o fora-de-jogo no primeiro golo...

Abramovich entre muitosconvidados

Roman Abramovich, acom-

panhado da mulher, foi umespectador atento do jogo e

abandonou o estádio com arsereno. Foi apenas um dos“VIP” e a ele juntaram-se polí-ticos, entre os quais HermínioLoureiro; isto para além dejogadores e empresários. Tino-co de Faria (Benfica) tambémlá esteve.

Hino cortadoNo decorrer da transmissão

de ontem, RTP “impediu”, umavez mais, os seus telespecta-dores ouvirem o Hino Nacional,a fim de cumprirem compro-missos comerciais. Como resul-tado, quem não esteve no está-dio foi brindado apenas com aparte final: “Contra os canhõesmarchar marchar.”

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outubro de 2004 - Página 1 5

DesportoMAIS PORTO NA 1ª PARTE;SÓ BENFICA NA 2ª E UMAARBITRAGEM DESASTROSA

Benfica-FC Porto, 0-1:Começou tão Benni e acaboutão mal...

Não há volta a dar: o resul-tado do clássico fica ligado àarbitragem. Um “penalty”,ainda vá lá. Agora, não ver abola entrar na baliza, é de-mais!

Foi pena. O clássico, mesmosem ter sido muito bem jogado,cumpriu não apenas as con-dições de segurança que per-mitiram a sua realização (em-bora, subitamente e à última dahora, ainda tivessem subsistidodúvidas que levaram o jogo acomeçar com uns minutos deatraso) mas também os requi-sitos de espectáculo subja-centes a um duelo desta di-mensão.

DecisivoInfelizmente, porém, as som-

bras negras que pairaram sobreo jogo ganharam, de repente, aforma do árbitro e aquilo queestava a ser um espectáculoempolgante e intenso trans-formou-se numa triste demons-tração do que há de pior nonosso futebol. Olegário Ben-querença, o árbitro, que atéesteve muito bem até ao inter-valo, cometeu uma série deerros graves na 2ª parte quecustaram a derrota ao Benfica.Uma carga de Seitaridis sobreKaradas (2') deveria ter sidopunida com “penalty” e não foi;uma mão de Ricardo Costa(75') na área poderia ter sidocastigada com novo “penalty”;um “estoiro” de Petit (80') aoqual Baía correspondeu comgrande... “frango” levou a bolaa entrar na baliza e, portanto,deveria ter sido sancionado orespectivo golo. Contra factosnão há argumentos. E assimOlegário deixou a sua marca noclássico. A pior possível.

Começou BenniFoi pena, de facto. Até por-

que o jogo começou bem. Oumelhor, começou muito Benni.

O FC Porto (com Carlos Albertoem vez de Quaresma, talvezpara que se rasgassem outrasopções no ataque) aproveitou ofacto de o Benfica defendermuito recuado e “saltou” para omeio-campo adversário, le-vando com a bola todas as suasunidades com tendência ofen-siva. Era questão de saber se oFC Porto tinha capacidade parafurar as linhas encarnadas que,como Trapattoni gosta, jogam

muito próximas umas das ou-tras. Mas desta vez chegaram-se demasiado à sua área, o quefoi um convite ao talento de Di-ego e companhia. O FC Portonão precisou, no entanto, deentrar na área para fazer o golo.Uma “bomba” de McCarthyresultou num golo fantástico ecedo transformou o cenário dojogo.

Mais azulE pronto. Aos 10' o FC Porto

ganhava e Trapattoni tinha demexer na equipa. O treinadoritaliano ainda esperou que oslances de bola parada resolves-sem alguma coisa (dois livresde Petit e uma cabeçada deGeovanni na sequência de umcanto) não chegaram para dargolo e com Sokota na bancadalá entrou o esforçado giganteKaradas.

Mas o FC Porto jogava me-lhor. Diego era um espectáculoe o dragão impunha a sua lei.Curiosamente, o maior balançoofensivo do FC Porto reabriuuma porta de esperança aoBenfica e por ela tentaramentrar Simão e Karadas em

dois lançamentos de contra-ataque. Nada feito, porém.

Só vermelhoO dragão mandão da 1ª parte

não se viu na 2ª. Fernándezficou preocupado com a expul-são de Pepe e só muito tardevoltou a dar força ao seu meio-campo. Era previsível que oBenfica “caísse” sobre o adver-sário, mas não foi muito naturalque essa pressão durasse 45'.

Figuras de proa,na retaguarda

Raúl MesquitaEste é um convite a todos os

dirigentes de organismos portu-gueses de Montreal.

Se como eu, pensam quetemos entre o povo anónimo,gentes que são importantespilares nas organizações ondelabutam, benevolamente, semtambores nem fanfarras, humil-des mas eficazes, merecendopor isso serem louvados pelotrabalho que executam na som-bra, então, façam-nos conhecê-los e com a vossa colaboração,poderemos distingui-los nestaspáginas e, anualmente, estabe-lecer um júri que poderá nome-ar o Benévolo do Ano, atribuin-do-lhe a distinção que sejadeterminada.Idealmente essadistinção, seria feita no dia dePortugal, em pleno Parque dePortugal, e entregue pelo presi-dente de organismo nomeadopor sorteio.Para isso, os textosindicando a identificação e asrazões da escolha da direcçãoda colectividade, deverão darentrada, gradualmente, nestejornal o mais breve possível eaté a data final 25 de Maio 2005.Contamos convosco?

ComentáriosBenfica

«Merecíamos o empate» (Trapattoni)O treinador do Benfica defende que o Benfica merecia o empate

e não sair derrotado do confronto com o FC Porto (1-0). Trapattonirefere ainda que a sua equipa acusou a pressão deste jogo,principalmente na primeira parte.

«O FC Porto jogou muito bem no primeiro tempo e creio que nasegunda parte fomos nós que estivemos melhor», disse Trapattoni,que não gostou da arbitragem de Olegário Benquerença: «Eu nãovi os lances, mas disseram-me que a bola estava dentro da baliza.Depois aconteceram mais duas situações polémicas, com o penaltysobre Karadas. Ainda assim julgo que nós merecíamos o empate.»

Em relação ao facto do Benfica falhar nos jogos decisivos,Trapattoni confirma que é uma realidade, mas essa situação estaa evoluir para melhor, tal como foi visível na etapa complementar:«Creio que hoje sentimos um pouco a responsabilidade deste jogo.No primeiro tempo isso foi muito claro, mas estou confiante quevamos superar esta situação e no segundo tempo provamos issomesmo.»

«Isto é um escândalo!» (José Veiga)O administrador da SAD do Benfica, José Veiga, ficou

irritadíssimo com a actuação do árbitro, tendo culpado OlegárioBenquerença pela derrota sofrida frente ao FC Porto (1-0).

«Foi uma vergonha e um roubo. Portanto toda a gente viu queo FC Porto foi dominado praticamente durante os 90 minuto. OBenfica teve uma prestação fantástica, depois existiu um goloanulado e duas grandes penalidades por marcar. Isto é umescândalo, num jogo deste calibre as pessoas mereciam outro tipode espectáculo», realçou José Veiga.

Dez contra dez, o Benfica arru-mou-se melhor com Simão apegar no jogo e Petit sempre aempurrar a equipa para a áreado FC Porto. O dragão encos-tou-se às cordas e por lá ficou. Asofrer e a suportar o assédiosem conceder grandes oportu-nidades (a melhor surgiu numcabeceamento de Zahovic). Noentanto, não tivesse Olegáriosido acometido por um súbitoataque de cegueira e o Benficateria conseguido pelo menos oempate. Agora, só um ponto ossepara.

ÁrbitroOlegário Benquerença (0).

Esteve quase brilhante du-

rante a 1ª parte mas... que raiode bicho lhe mordeu ao inter-valo? No 2º tempo foi um desas-tre com influência directa noresultado. Nas expulsões deNuno Gomes e Pepe foi radicalmas agiu em conformidade. Oque se passou na área do FCPorto é que ficou sem castigo:um “penalty” (pelo menos) eum golo que só ele e o assis-tente não viram.

F.C. Porto

«Sabia que podíamos vir a Lisboa vencer» (Fernandez)O técnico do FC Porto ficou satisfeito com a resposta

demonstrada pelos seus jogadores em campo e por ter asseguradoa vitória no reduto do Benfica (1-0).

«Hoje jogámos muito bem. Depois, na segunda parte, a expulsãode Pepe acabou por provocar muitas adaptações na minhaequipa», revelou Fernandez, que estava muito satisfeito com oresultado de hoje: «é claro que estou feliz e contente com o triunfo,porque ganhamos mais três pontos. Acima de tudo acredito nosmeus adeptos, jogadores, no meu trabalho e sabia que podíamosvir a Lisboa vencer.»

«Somos capazes de lutar contra todas as adversidades»(Costinha)

O médio do FC Porto ficou satisfeito por ter obtido a vitória nocampo do Benfica, por 1-0, e destacou todo trabalho da sua equipapara sair vitoriosa.

“Era um jogo complicado frente a uma grande equipa, mas pensoque o FC Porto hoje demonstrou ser uma equipa capaz de lutar con-tra todas as adversidades”, assegurou Costinha, que ainda abordoua arbitragem e admitiu que o árbitro pode ter falhado em algumlance, tal como sucede em todos os jogos: «Nós também já fomosprejudicados por diversas vezes, mas é possível que o árbitro tenhaerrado, em todo caso penso que a vitória é justíssima.»

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A VOZ DE PORTUGAL, 20 de Outurbo de 2004 - Página 1 6