APLICACAO DO NETODO DAS TAXAS DE SBBREVIV&NCIA NA ...0 CASO ES*PECfFICO DOS ACORES NA DWDA DE...

12
APLICACAO DO NETODO DAS TAXAS DE SBBREVIV&NCIA NA DETERMINACAO Dl0 SALDO MIGRAToRIO POR IDADES 0 CASO ES*PECfFICO DOS ACORES NA DWDA DE SIESSENTA Par JOSE MANUEL ROSA NUNES Urn dos m a i m problemas c m as inforunaciks estatisticas refwentes ao fm6meno migrat6ri0, considerado leste na sua acepcbo ~de cmavimento ktermo; e intemacional, diz respito ao registo da idaide d.os intervenienks ean tal plrooesso de mobi- lidade. Nas riltimas duas &cadas d'o presenk shulo, e apenas para ol mso dos mhmenhs inbemaciornais, a qualidade da informa~80 xdwente B idade dos migrmtes teun vindo a apre- senfar-se corn m a nelhonia substantial. Anterimente a este perfodo, as referi2ncias a idades e r a relativas ao inicio da actividade laboral, a qua1 no caso por- tulgub e consequentermente para a Regibo dos A~ores, durante a segunda metade do' presente skulo h d e a oscilm entre os dez te os quatmze anm. Agravando a situacbo as informacbes respeitantes aos movi- mentos internos -entre a Regiiiol dos Acores e o resto do todo national, nbo careoem de controlo e consequentenenk de

Transcript of APLICACAO DO NETODO DAS TAXAS DE SBBREVIV&NCIA NA ...0 CASO ES*PECfFICO DOS ACORES NA DWDA DE...

  • APLICACAO DO NETODO DAS TAXAS DE SBBREVIV&NCIA

    NA DETERMINACAO Dl0 SALDO MIGRAToRIO POR IDADES

    0 CASO ES*PECfFICO DOS ACORES NA D W D A DE SIESSENTA

    Par JOSE MANUEL ROSA NUNES

    Urn dos m a i m problemas c m as inforunaciks estatisticas refwentes ao fm6meno migrat6ri0, considerado leste na sua acepcbo ~de cmavimento ktermo; e intemacional, diz respito ao registo da idaide d.os intervenienks ean tal plrooesso de mobi- lidade.

    Nas riltimas duas &cadas d'o presenk shulo, e apenas para ol mso dos mhmenhs inbemaciornais, a qualidade da informa~80 xdwente B idade dos migrmtes teun vindo a apre- senfar-se corn m a nelhonia substantial.

    Anterimente a este perfodo, as referi2ncias a idades e r a relativas ao inicio da actividade laboral, a qua1 no caso por- tulgub e consequentermente para a Regibo dos A~ores, durante a segunda metade do' presente skulo h d e a oscilm entre os dez te os quatmze anm.

    Agravando a situacbo as informacbes respeitantes aos movi- mentos internos -entre a Regiiiol dos Acores e o resto do todo national, nbo careoem de controlo e consequentenenk de

     

  • registo, dando orgem a unna bcuna na identificagZio quanti- tativa do fenbmeno migrathdo no sezl itoclo e consequentemente no que respeita Bs idades dm participantes.

    Assunindo a dificddade na quantificac50 etitrio dm mi- g r a n t ~ can origean nos Acores, considerados quer a nivel interno quer a nivel cinternacional, no periodo entre 1960 e 1970, decidiu-se proceder h an&liste quantifiaada pelo mCtodo

  • APLICACAO D O MfiTODO DAS TAXAS DE SOBREVIVENCIA

    QUADRO 1

    TABUA DE MORTALIDADE MASCULJNA. 1960-70

    Idade

    0-1 1-4 5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80 +

    ndx

    2 583 1 393 388 307 357 669 964

    1 209 1 584 2 029 3 109 4 487 7 042 9 402 12 796 17 251 18 746 15 917

    Na ptrimeira co'liuna (qx) b;dica-se a probabilidade de que uan iadividw da a&&> que se moontre vivo no inicio do periodo, venha a fdecer antes de atingir o fim do intemraIo de idade; a segunda coluna (lx) represents o nbnero de bdi- vidruos vivos no inicioi do htervalo de idades assumin'do urn determinado valor do madix~ Mcial; ( d x ) q r e s e n t a o nfxmero de individuos que norrer6o dwante o periodo correspondente ao interval0 de idades mde se encontram; (nLx) e (Tx) repre- sentam respectivamente o n b a o de pessoas-ano que estargo vivas no intrevalo de idade indicado e o total vivo a partir

    Milne se pode considerar ter este tipo de anmse adquirido um cargcter cientifico dada a utiliza~io de populagks e cjbitos por gnrpos et5rios.

  • JOSS MANUEL ROSA NUNES

    QUAIERO 2

    TABUA DE NORTALIDAJX FEMININA. 1960-70

    do inicio ldesse hkwvalo; fiaaZznente (ex) rqresenta a espe- ransa de vida, assmnida toonno o n6mero de anos de vida que se e s b a uun individuo venba a viver a ipartk de determinada idade ou ao nascer.

    A s duas prrincipais ilacc6es que se podem olbter da am&e d a it*- lde mwdade &it?:

    1 .O - 0 s vd'mes de (qx) para ambos os sexos S%(Y sdativa- memte altos nas idades hfmior~es a urn anoi vindo posterimente a diminuir a% atingir um minim0 no gccupo etArio entre os 10-14 anos, crescendo gasterior- imente nas idades mais avancadas; a nivel de sexos esties valores s5o pxoporcionalmente mais significa- rtivos para o sexo tnasculino do que para o f e e n o ,

  • APLICACHO DO BBTODO DAS TAXAS DE SOBREVIVENCIA

    confirmando as diferen~as dos niveis de mortalidade por idades segundo os sex=;

    2." - De igual m d o o valor da esperanca de vida se apre- senta mais favmhvel para o sex0 feminine (70.6) do que para o sexo rnasculinos (65.6), confirmando igual- m a t e a diferenca de espmanga de vida que existe segumdo o sexo.

    Ap6s a elab'oraciio das gbuas de martalidade e corn vista a determinar o valor dm saldos migrathios pcrr idades e sexos, utilizou-se urn ml6todo indirect0 baseado nos valores intercensitttrios da popda~iio no period0 de 1960 e 1970.

    Asaim, e para dl6m da distribuicfio da popcula@io nos dais censos consecutivos, considexou-se igiualmente o n~maro de naldos vivos no perioldo e ,as taxas de sobrrevivh5a previa- mente calculadas a pasrtir das fibuas de mortalidade.

    Gte anhtodo indirect01 consiste fundmatalmente na esti- mativa do saldo migrati,rio atrav6s da medida das esthativas feitas pel0 &todo .

    Embra lmuito rw~~llidarnente o m&t& de estimakiva do saldo migxath-io C o que a segulir se aprsenta:

    M2 = (Ia - &), = Pa/s - P (a - t)

    Ia 6 o nlimero de e a r a n t e s corn idade a;

    Ea 6 o nh,rnea-o ?die imigrantes corm idade a;

  • JOSE MANUEL ROSA NUNES

    Pa 6 a populac5o residente coan idade a, no Wimo censo;

    P (a - t) 6 a populac5o resideate com idade a menos t, rderente ao prirneko rmenseaxneruto po23lulscional;

    s 6 a taxa de sobreviv&cia olbtida a par& da thbua de mortalidade, para ca'da grupo ethirio.

    A taxa de sabwvivQncia resultante da thbaa de mortalidade C o resultado de valmes representando o n h e r o de pessoas-ano vividos em cada idade cdz) e o nheirol de individuos vivos no inicio de cada intervalo de idades (lx).

    Assim a fbrmula para a deteminac50 da itaxa de sobrevi- vQncia sera dada pm:

    Para o conjunto de hdividuos com idades Weadores a cinco anos 'e entre 5-9 anos utilizou-se a s seguintes f6mulas de cillculo :

    A estimativa final dos saldos migrat6dos por sexo e idade, para a acohort~ no periodo enbe 1960-70, utilizando o mCtodo da taxa de sobreviv&ncia, 6 o que se apresenta nos quadros 3 a 6 do presente trabalho.

  • QUADRO 3

    TAXAS DE SOBREVIVBNCIA

    Idades

    0 5 6-9

    10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 6969 70-74 75 +

    ESIMATIVA DO SALDO MIGRATdRIO MASCULINO

    Idades 1 Censos I Forward Reverse

  • QUADRO 5

    ESTLMATIVA DO SRLDO MIGRATdRIO FEMININO

    Idades I Censos Forward -- 18 628 - 2933 22 373 - 6 303 19594 - 4 609 17 492 - 4 802 16 092 - 5 607 13 874 - 5 534 12 329 - 4 459 11 746 - 3 426 11 179 - 3 019 10624 - 2 874 9 309 - 1839 8 674 - 1 939 7 929 - 1 139 5883 - 248 4 103 2 6 792 - 1 137

    Reverse

    Idade Masculine

  • APLICACAO DO BJXTODO DAS TAXAS DE SOBREVIVENCIA

    Atrav6s da a d i s e da esttimativa das itaxas srnigratbrias por sex0 cobkidas para o periods 6 f A d verificarl da enorme selectividade do be06rneno no que sespeita ao sex0 e pfinci- palanenk Bs hdades do6 participantes.

    De certo m d o e na globalidade as idades a% aos 35 anos sgo as mais atingidas pel01 fendmeno, send01 o sexo mas&o aquele que apresenta taxas imais elevadas (fact0 facilmente comprovado pel0 desenho I& curva, a q u d se apresentarB quanda desenhada corn uima assirnetria positiva para ambos os sexm).

    Para ha1 ngo 6 de estnanhar 0 facto da emigragzo agorkna ser do tipa faaniliar e ~oorn taxas de fixaggo m pais de recep~go bastante elevadas, dada a descontinuidaide ~geogdfica existente entre a Regigo dm A~oees e as zonas kadicionais de recwiio.

    De salientar que para aunibos. os sexos 0s valores da taxa de nigraciio atingem o seu mhlLimo no gupo corn idades com- preendidas entre os 25 e 29 anos.

    22 no entanto de realcar que para o sex0 faminino os valores da taxa migratbria se aprwentam ean geral mais elevadas que paxa ,o sexo maeculino nas idades co1121)1reen&das entre os 20-34 anos, fada em parte resultante do fendmeno de reunificagiio familiar a ~que se assistiu corm especial e d h e ldwmte a dkcada de sessenta e qule contribuiu em lmga escala para os valores elevados de saidas da Regi5o.

  • JOSE MANUEL ROSA NUNES

    BOGUE, Donald 1965. Principles of Demography. New York, John Willey and Sons.

    DUNCAN, Otis D. 1975. Zntrodu&ion to Structuml Equation Models. Academic Press,

    New York.

    FIE;NBERG, Strnphen E. 1980. The Analysis of Cross Classified C&gorial Data. MJ!l' Press,

    Cambridge.

    HAINUSKEK, Eric and J. Jackson 1977. Statistic01 Methods for Social Scientists. Acad. Press. New York.

    MJLLER, A. R. 1.964. Net Zntercensd Migration to Large Urban Areas of the United

    States. Report n." 4, Universtiy of Pennsylvanis, Population Studies Center.

    SHRYOCK, Jr., Siegel J. 1976. The Methods and Materials of Demography. Academic Press,

    New York.

  • CIENCIAS GEOLOGICAS