Aorta torácica
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Aorta torácica e seus ramos22/03/2012
MR3 ROBERTO CORRÊA
Aorta torácica
Divide-se em: • Ascendente;
• Arco;• Descendente.
Principais ramos:• Parietais;• Viscerais.
Artéria vertebral esquerda: até 6,6%.
Anomalias congênitas
Modalidade de escolha: TCMD
Técnica: com reconstruções multiplanares e tridimensionais usando colimação fina (0,5 a
2,5mm) imagens de alta qualidade e confiáveis.
Artéria subclávia direita aberrante
Anomalia mais frequente (0,5% da população);Origem na porção posterior do arco aórtico;
Cruza o mediastino da esquerda para a direita em trajeto oblíquo, posterior à traqueia e esôfago;
Dilatação em sua origem em 60% dos casos: (divertículo de Kommerell);
Associação com alterações dos troncos supra-aórticos (mais comum: origem comum das carótidas
em 48%).
Aneurisma artéria subclávia aberrante
Arco aórtico à direita
Ocorre em 1 a 2 % da população;Opacidade paratraqueal à direita com desvio da
traqueia;Troncos supra-aórticos emergem de forma
simétrica, com o tronco braquicefálico esquerdo;Pode estar associado à tetralogia de Fallot;
(CIV, estenose pulmonar, hipertrofia do VD e alteração de posição da aorta).
Duplicação do arco aórtico
Anomalia rara em que os arcos aórticos envolvem a traqueia e o esôfago como um anel;
Os arcos unem-se posteriormente para formar a aorta descendente;
Um dos arcos costuma ser menor, podendo ser rudimentar;
Pode ser assintomático; ou causar disfagia, estridor ou pneumonia.
Arco aórtico cervical
Coarctação da aorta
Doença congênita obstrutiva luminal em que ocorre estreitamento focal no segmento descendente
proximal, usualmente na região do ducto arterioso;Associação com outras anomalias congênitas;
A obstrução determina a formação de uma rede de colaterais que surgem de ramos das subclávias;
Caracteriza-se por hipertensão, com diferença de pulsos e ausculta de HAS;
Coarctação da aorta
Imagem: Erosões bilaterais nos bordos inferiores das
costelas;Aumento do arco aórtico em PA formando um 3
invertido;A angiotomo multislice demonstra o segmento
estenosado e as vias de circulação colateral. Não é útil para visibilzar o gradiente aórtico ou pequenas
malformações cardíacas. Sensibilidade: 73% axial e 100% RMP e VR.
Coarctação da aorta
A aortografia permite a mensuração do gradiente por meio da coarctação e malformações cardíacas
adicionais;Pseudocoarctação: condição congênita em que há
alongamento e kinking do arco aórtico. No entanto, não há obstrução e circulação colateral.
Angiotomo usado no acompanhamento pós-operatório.
ECG gated T1 Gradiente Eco oblíquo
T1 com gadolínio
TCMD com reconstrução sagital
Pseudocoarctação
Síndrome displásica da aorta média
Não tem causa conhecida;Apresenta-se na segunda década de vida;
Estreitamento difuso da aorta em seu curso toracoabdominal, determinando hipertensão e
fraqueza ou ausência de pulsos femorais;Pode acometer vasos viscerais;
TCMD determina a extensão e localização da estenose no terço médio da aorta, o acometimento
de vasos viscerais e a presença de circulação colateral.
Arco aórtico bovino: até ¼ população
Arterites
Aneurisma micótico;Aneurisma sifilítico;
Aortite em doenças imunológicas;-- Takayasu;
-- Behçet;-- Células gigantes;
-- Panarterite nodosa.
Aneurisma micótico
Conceito: dilatação aneurismática acompanhada de infecção não-sifilítica da parede da aorta;
Principais agentes: Streptococcus, Staphylococcus, Pneumococcus, Salmonela e Gonococcus;
Propensão pela aorta ascendente, em proximidade a regiões acometidas por endocardite. A TB pode envolver a aorta por contiguidade a partir de LND
ou da coluna;
Aneurisma micótico
Menos comuns que os aneurismas ateroscleróticos, mas expandem-se mais rapidamente e, sem
tratamento, mais propensos à ruptura;TC: tendência a serem saculares, excêntricos, com
contornos irregulares e sem calcificações;Gás na gordura periaórtica, ou, mais raramente, na
parede, na ausência de manipulação cirúrgica prévia, sugere a natureza infecciosa do aneurisma.
Aneurisma Sifilítico
Atualmente raros em função do tratamento eficaz;Comprometimento cardiovascular em até 12% dos
pacientes não tratados;Latência de 10-30 anos;
Aortite sifilítica causa destruição de fibras musculares da camada média, levando à dilatação
aórtica e formação de aneurisma;Mais comum na ascendente e no arco (34% cada);
Alto risco de ruptura: mortalidade 40%.
Aortite sifilítica
Arterite de Takayasu
Afeta mulheres asiáticas jovens em especial;Relação mulher:homem de 10:1;
Acomete a aorta torácica e seus ramos e a artéria pulmonar;
A estenose a obstrução são características dessa doenças, entretanto aneurismas não são raros;
Acometimento insidioso;Sintomas iniciais são vagos e inespecíficos.
Arterite de Takayasu
Laboratório: Aumento de marcadores de atividade inflamatória;
A redução espontânea ou secundária ao tratamento com corticoides da espessura da aorta corresponde
à queda da atividade inflamatória;Fases mais tardias da doença: estenoses;
Locais mais comuns de estenose: a descendente, a aorta abdominal, subclávias, carótidas comuns e
renais.
Arterite de Takayasu: imagemRX tórax contorno ondulado da aorta
descendente com indentações e dilatação do arco aórtico;
TC e RM espessamento da parede, geralmente concêntrico, da aorta e de outros ramos; estenoses
e dilataçãoes. Padrão de anel duplo
Anel interno hipocaptante: edema da íntima;Anel exteno hipercaptante: inflamação ativa da
média ou adventícia.
Estenose e dilatação subclávia esquerda
Mulher de 24 aos: óbito por arterite de Takayasu
Doença de Behçet
Desordem inflamatória multissistêmica crônica de etiologia desconhecida;
Caracteriza-se por ulcerações orais e genitais
recorrentes e sintomas oculares(uveíte e vasculite retiniana), podendo acompanhar-se de
manifestações na pele, SNC, TGI, pulmão e sistema cardiovascular;
Doença de Behçet
Complicações cardiovasculares: 20-40%;Consistem em oclusão venosa ou arterial e
formação de aneurismas;A manifestação arterial pode envolver a aorta e
seus ramos principais, assim como as artérias pulmonares, sendo o aneurisma a sua forma
principal de apresentação (65%);A oclusão ocorre em 35%.
Panarterite nodosa
Forma rara de vasculite caracterizada pelo acometimento de artérias de pequeno e médio
calibres;Acomete qualquer órgão com predileção por rins,
coração e fígado;Observam-se aneurismas saculares de 1 a 5 mm que
podem ser detectados pela TCMD;As estenoses e irregularidades luminais típicas
acometendo as pequenas artérias são muito difícieis de serem detectadas pela angiotomografia;
Múltiplos infartos corticais renais podem ser vistos.
Arterite de grandes células
Sinonímia: arterite temporal ou granulomatosa;Etiologia desconhecida;
Acomete indivíduos acima de 50 anos;Mais frequente em mulheres;
Atinge qualquer artéria, mais frequentemente as artérias supra-aórticas, especialmente a temporal.
Costuma poupar as carótidas.
Arterite de grandes células
As características tomográficas não podem ser diferenciadas das encontradas na arterite de
Takayasu, no entanto o envolvimento de artérias raramente acometidas por essa última sugere o
diagnóstico;•Manifesta-se de forma simétrica, com ausência de
alterações ateroscleróticas que justifiquem a redução do calibre vascular;
• Espessamento e dilatação da aorta.
Arterite de grandes células
Marfan