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ANO XVII • N.º 201 • PREÇO: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E 15,00 MARÇO 2016 Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra Director: Carlos Simões A voz do regionalismo — fundado em 1999 — Sede:Rua das Escolas Gerais, 82 – 1100-220 LISBOA Tel./Fax 218 861 082 – [email protected] www.casapampilhosadaserra.pt A NÃO PERDER... 3 TAÇA DE PORTUGAL DOWNHILL-2016 Pág. 3 3 LIMPAR TERRENOS FLORESTAIS JUNTO ÀS HABITAÇÕES É OBRIGATÓRIO ATÉ 15 DE ABRIL Pág. 14 3 TORNEIO FUTSAL INTER - COLETIVIDADES INICIA-SE A 9 DE ABRIL Pág. 16 Pág. 3 MUNICÍPIO APRESENTA PROGRAMA PORTUGAL 2020 ÀS COLETIVIDADES REGENERAÇÃO URBANA DA VILA ANUNCIADA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL Pág. 4 1941 2016 75 ANOS «Todas as associações regionalistas têm um papel fundamental para o desenvolvimento regional, porque são estas associações que estão próximas dos seus habitantes das suas aldeias, são elas que sabem quais são as suas necessidades» Pág. 10/11 SÓNIA LUIS PRESIDENTE DA SOCIEDADE UNIÃO E PROGRESSO DE COVANCA PAMPILHOSA DA SERRA COM DESTACADA PRESENÇA NA BTL 2016 Pág. 5 APRESENTAÇÃO DO NOVO VÍDEO PROMOCIONAL E O SEASIDE SUMMER SESSIONS 2016

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ANO XVII • N.º 201 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • MARÇO 2016

Delegação:Travessa de S. Pedro, nº 4

3320-236 Pampilhosa da SerraDirector:

Carlos Simões

A v o z d o re g i o n a l i s m o— fundado em 1999 —

Sede:Rua das Escolas Gerais, 82 – 1100-220 LISBOATel./Fax 218 861 082 – [email protected]

www.casapampilhosadaserra.pt

A NÃO PERDER...

3 TAÇA DE PORTUGAL DOWNHILL-2016 Pág. 3

3 LIMPAR TERRENOS FLORESTAIS JUNTO ÀS HABITAÇÕES É OBRIGATÓRIO ATÉ 15 DE ABRIL Pág. 14

3 TORNEIO FUTSAL INTER - COLETIVIDADES INICIA-SE A 9 DE ABRIL Pág. 16

Pág. 3

MUNICÍPIO APRESENTA PROGRAMA PORTUGAL 2020 ÀS COLETIVIDADES

REGENERAÇÃO URBANA DA VILA ANUNCIADA NA ASSEMBLEIA

MUNICIPAL

Pág. 4

19412016

75ANOS

«Todas as associações regionalistas têm um papel fundamental para o desenvolvimento regional, porque são estas associações que estão próximas dos seus habitantes das suas aldeias, são elas que sabem quais são as suas necessidades» Pág. 10/11

SÓNIA LUISPRESIDENTE DA SOCIEDADE UNIÃO

E PROGRESSO DE COVANCA

PAMPILHOSA DA SERRA COM DESTACADA PRESENÇA NA BTL 2016

Pág. 5

APRESENTAÇÃO DO NOVO VÍDEO PROMOCIONAL E O SEASIDE SUMMER SESSIONS 2016

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Jornal “Serras da Pampilhosa”

Fundado em Junho de 1999

Ficha Técnica

Presidente:José Ferreira

Director:Carlos Simões

Sub-Director:... .... ....

Redactores:António Amaro RosaAníbal PachecoJorge Ramos

Colaboradores nesta edição:

Anselmo LopesAristides B. VictorAntónio Barata LopesJoão RamosLuciano ReisManuel de Almeida Paulo AlmeidaRamos MendesZé Manuel

Paginação e Grafismo:Beta VicenteSérgio Vicente

Montagem e Impressão:Vigaprintes - Artes Gráficas, Lda.Núcleo Empresarial Quinta da Portela, n.º 38Guerreiros – 2670-379 Loures

Telefone: 219 831 849 Fax: 219 830 784E-mail: [email protected]

Propriedade:Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Sede:Rua das Escolas Gerais, n.º 82,1100-220 Lisboa

Telefone: 218 861 082

E-mail:[email protected]

Distribuição:Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 1.500 exemplares

Depósito Legal n.º 228892/05Inscrito no Instituto da Comunicação Social sob o n.º 123.552

O Estatuto Editorial está disponível para consulta em www.casapampilhosadaserra.pt

Todos os artigos são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não traduzem a opinião da Direcção do Jornal e/ou dos órgãos sociais da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

2 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Ficha de InscriçãoNome __________________________________________________________________________

Morada ________________________________________________________________________

Cód. Postal __________ - _______ _______________________________

Telef./Telemóvel ____________________

E-mail: ___________________________

Desejo receber os 12 números do Jornal “Serras da Pampilhosa”.

201__ / ____ / _______ Ass. _________________________________

Actualidade Breves

EDITORIALUma boa parte das coletivida-

des regionalistas do conce-lho de Pampilhosa da Serra

realiza as comemorações dos seus aniversários de fundação durante os primeiros quatro a cinco meses do ano. Esta tradição que se vem manten-do faz parte da atividade destas asso-ciações, sendo para algumas o único evento realizado, para além da sessão da assembleia geral ordinária.

Sabendo que há coletividades com maior atividade que outras, não deixamos de saudar todas as que se mantêm e desejar os parabéns pelos seus aniversários.

Não raras vezes se ouvem críticas a algumas direções de coletividades regionalistas pelo facto da sua ativida-de se reduzir à realização do almoço anual. Apesar de ser um facto, não menosprezamos estas iniciativas, quer se realizem na região de Lisboa, quer seja na respetiva aldeia, porque repre-sentam momentos de confraterniza-ção e convívio que muitas vezes são únicos no ano. É por vezes um dia em que os familiares e amigos se encon-tram a única vez no ano, sendo só por isso um louvável evento.

As saudades da terra natal e o desejo de estar perto sua aldeia é um senti-mento que assola os muitos pampi-lhosenses e descendentes que consti-tuem uma vasta comunidade na região da grande Lisboa, pelo que, estar no almoço da coletividade da sua aldeia é algo que está sempre na agenda de muitos deles.

Um outro evento que já vem também sendo tradição nos últi-mos anos é a presença do concelho de Pampilhosa da Serra na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL. Nesta edição de 2016 o Município pampi-lhosense marcou mais uma vez desta-cada presença, levando até à capital um pouco do território, dando a conhecer a sua riqueza natural e paisagística, divulgando assim as suas potencialida-des turísticas. Os pampilhosenses em Lisboa já se habituaram a ir até à FIL para estar um pouco na sua Pampi-lhosa da Serra visitando o seu espaço naquele certame.

Ao contrário do que se possa pensar, as coletividades regionalistas não têm como objetivo estatutário apenas a realização dos seus almoços de aniver-sário. São associações que visam essencialmente o desenvolvimento das suas aldeias, pelo que podem ter um papel importante no desenvolvi-mento do concelho como um todo. Nesse sentido, a Câmara Municipal tomou a louvável iniciativa de apre-sentar em Lisboa às coletividades, os programas de apoio comunitário no âmbito do Portugal 2020, no que diz respeito aos projetos em que as coleti-

vidades podem ser beneficiárias. Nesta reunião/jantar registámos com agrado a presença de 64 associações, o que pode revelar algum interesse por parte dos seus dirigentes em desenvolver projetos, motivados pelos apoios que podem vir usufruir.

Sendo certo que os métodos tradi-cionais de angariação de fundos da maioria das coletividades, designada-mente, a quotização, sorteios e leilões, vai tendo cada vez menos adesões e o montante recolhido é cada vez menor, o recurso aos apoios autárquicos e aos fundos comunitários, surge como únicas soluções, pelo que toda a infor-mação acerca destes programas é bem vindo.

O desaparecimento do nosso dire-tor Armindo Antunes continua a estar bem marcado no nosso pensamento e a sua ausência está em cada linha deste editorial. A genialidade de alguém que deu muito por este jornal e pelo conce-lho, foi reconhecida na Assembleia Municipal de 20 de fevereiro, com a aprovação por unanimidade de um Voto de Louvor, por proposta conjun-ta do nosso redator em Pampilhosa da Serra, Sr. José Manuel Dias Gonçalves Almeida, da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e da Associação de Combatentes de Pampilhosa da Serra. Fica assim registada e confirma-da pelos representantes dos pampi-lhosenses, as suas qualidades e grande contribuição para o desenvolvimento do concelho. Associamo-nos ainda ao Voto de Pesar também aprovado e ao minuto de silêncio em sua memória.

O Armindo Martins Antunes ficaria certamente muito feliz por saber que foi também aprovado que o Município de Pampilhosa da Serra vai construir um monumento em memória dos Combatentes no ex-Ultramar, apoian-do assim uma iniciativa da Associação de Combatentes de Pampilhosa da Serra, que também ajudou a criar.

Com as Mimosas e colorirem a paisagem, e o surgimento das primei-ras Cantarinhas e Cantarões nas encostas das nossas serras, apesar do frio já cheira a primavera quando o sol surge envergonhado atrás das nuvens. É a Pascoa que está ai.

É tempo de celebrar a vida, o amor e a esperança, pois chegamos a esta época maravilhosa que é a Páscoa! É uma época de alegria para viver em família. Mas acima de tudo, é impor-tante lembrar que a Páscoa é a celebra-ção do amor de Jesus por todos nós.

Ressureição de Jesus Cristo significa viver novamente!

Para todos os leitores desejamos uma vida feliz, com muita saúde e paz com suas famílias. Feliz Páscoa!

O DirectorCarlos Simões

EDITORIAL

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pedestres e de BTT, a autentici-dade e identidade das aldeias de xisto, a gastronomia tradicional, o artesanato, as tradições e cultura local, entre outras potencialida-des turísticas e património que o concelho tem para oferecer a quem o visita.

O Município de Pampilhosa da Serra, com o lema "Pampilhosa da Serra Inspira Natureza", e reconhe-cendo a importância estratégica deste certame, apostou forte na sua participação com a instalação do seu stand, localizado em destaque na entrada do pavilhão 2 da FIL.

Inspirado na arquitetura tradi-cional em xisto, o espaço da Pampilhosa da Serra sobressaia e agradava a todos os que por ali passavam, detendo-se para obser-var as deslumbrantes paisagens do concelho em grandes ecrãs que transportavam os visitantes para o território, associados aos sabores tradicionais proporcionados pela degustação preparada pelo Chef Flávio Silva, do Villa Pampilhosa Hotel.

Durante os dias do certame, o Município de Pampilhosa da Serra procurou cativar todos os que se deslocaram à BTL 2016 para visi-tarem o seu território, fornecendo informações sobre as possibili-dades de alojamento, bem como restaurantes e outros serviços locais, com destaque para os diver-sos agentes turísticos que operam no território. Destes, destacamos o Villa Pampilhosa Hotel, uma unidade hoteleira de excelência caraterizada pelo seu conforto e hospitalidade.

O diversificado programa desta presença da Pampilhosa da Serra na BTL, iniciou-se no dia 2, contando na abertura com a visita da senhora Diretora Regional da Agricultura e Pescas do Centro, Adelina Martins. Na inauguração oficial do stand esteve presente o Presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, que, em visita pormenorizada, se inteirou das reais potencialida-des deste concelho de montanha do interior centro, acompanha-do por Jaime Soares ex-autarca e presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses e o presidente do município de Mealhada. A receber estas ilustres visitas estiveram os autarcas pampilhosenses, lidera-dos pelo Presidente do Municí-pio, José Brito, acompanhado pelo vice-presidente Jorge Custódio e vereadores Alexandra Tomé, João Alves e Carlos Alegre e ainda os presidentes das juntas de freguesia do concelho, para além de vários empresários e representantes de

Como palco privilegia-do para a divulgação do concelho de Pampilho-

sa da Serra, nada melhor que a Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL 2016, considerado o maior evento de turismo a nível nacional e um

dos melhores a nível internacional, certame que contou mais uma vez com forte presença do Município de Pampilhosa da Serra.

Este evento, realizado nos dias 2 a 6 de março, na FIL - Feira Inter-nacional de Lisboa, contou com a presença dos mais conceituados operadores turísticos nacionais e

internacionais, sendo bastante visi-tado por profissionais da área turís-tica e potenciais turistas, sendo esta edição de 2016 a mais visitada dos últimos anos, com uma subida de público de 6% relativamente à edição anterior, contando, segun-

do a organização, com mais de 77 mil visitantes.

A divulgação do concelho de Pampilhosa da Serra esteve em destaque na capital do país para divulgar a sua riqueza natural e paisagística, as praias fluviais galar-doadas pela sua excelente qualida-de, a singularidade dos percursos

PAMPILHOSA DA SERRA COM DESTACADA PRESENÇA NA BTL 2016

coletividades e associações pampi-lhosenses. Na ocasião o presidente José Brito deu as boas vindas a todos e salientou que a riqueza natural e as grandes potenciali-dades de desenvolvimento do concelho através do turismo de natureza, são uma realidade que justifica cada vez mais uma aposta forte do seu município. Por sua vez, Pedro Machado considerou que a Pampilhosa da Serra mere-

ce, de facto, uma atenção espe-cial pelas suas especificidades e um território onde as apostas no turismo são de apoiar e incentivar. Disse ser o turismo um fator de convergência de territórios e de pessoas, sendo o caso pampilho-sense uma mais valia para toda a região centro, considerando que é a melhor região do país a nível turístico.

Seguiu-se um brinde entre todas as individualidades ao sucesso da presença de Pampilhosa da Serra e, conforme programado, tarde prosseguiu com a degustação de chocolates com sabores regionais (mel, serpão e castanha), pelo Chef Flávio Silva, do Villa Pampi-lhosa Hotel.

Sucesso também com a inicia-tiva “Selfie Spot”, com a disponi-bilização de um espaço no stand decorado a preceito para tirar uma

selfie e habilitar-se a um fim-de-se-mana para duas pessoas com tudo incluído. Nos ecrãs instalados no local foi posteriormente projeta-do o novo vídeo promocional do concelho de Pampilhosa da Serra. Naquele momento, pelo que nos foi dado observar, o espaço de exposição pampilhosense era um dos mais visitados do certame.

O primeiro dia terminou com um jantar de trabalho promovido

pelo Município num restauran-te da cidade, com a presença de todos os membros do executivo, os presidentes de junta de fregue-sia, algumas entidades e ilustres individualidades ligadas ao conce-lho, e representantes do movi-mento associativo pampilhosen-se, contando-se 64 coletividades presentes. O objetivo foi a apresen-tação do programa de apoio comu-nitário Portugal 2020, nos aspetos em que as coletividades podem ser beneficiarias e apresentar candida-turas no âmbito desse programa.

Neste jantar foi ainda apresen-tado a nova plataforma de inter-net do Município e o novo vídeo promocional intitulado Ruralida-de de Excelência.

Nos dias seguintes, o espaço da Pampilhosa da Serra na BTL conti-nuou a ter grande afluência de visi-tantes durante todos os dias, prin-cipalmente no sábado, dia 5, com a presença da DJ Joana Perez e outros DJ´s nacionais, que promo-veram a 3ª edição do Festival de Verão - Seaside Sunset Sessions'16, a realizar na vila, nos dias 12 a 21 em agosto de 2016.

Quem passou pelo pavilhão 2 da FIL durante os dias da BTL, não ficou certamente indiferen-te à presença da Pampilhosa da Serra e ao seu espaço, transmitindo imagem cativante que despertará a vontade de visitar aquele território que inspira natureza.

Carlos Simões

“SERRAS DA PAMPILHOSA”O NOSSO JORNAL

Como nos anos anteriores o Município de Pampilhosa da Serra apostou no

turismo, com presença na B.T.L. 2016 em Lisboa, onde teve um stand sendo decerto um dos mais visitados.

Conforme notícia neste jornal, dia 2 de Março convidou todas as coletividades do concelho para uma reunião informativa, onde compareceram 64 associações e vários ilustres convidados, seguindo-se um jantar.

No uso da palavra, o presidente José Brito cumprimentou e agradeceu a presença de todos, não esquecendo como é seu costume de agradecer a presença da comunicação social, salientando a importância que tem na divulgação dos eventos e outras notícias e artigos relativos ao concelho.

Registámos com agrado que, referindo-se a este jornal, José Brito disse - “O Serras da Pampilhosa é o nosso Jornal”. Destas palavras interpretamos que o município reconhece o contributo do jornal para o concelho, como sendo algo feito por pampilhosenses para servir a comunidade.

De facto, o jornal SERRAS já conta com 17 anos de existência, sendo o de maior longevidade no concelho e irá certamente continuar. Já é um jornal com alguma implantação, que apesar de sua mão-de-obra gratuita feito por amadores, tem elevados custos de impressão e correio, tendo

vindo a acumular saldo negativo. Conforme relatório e contas da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, em 2015 deu cerca de 6.000,00 euros de prejuízo, só não sendo mais elevado devido ao precioso apoio do município.

Mas se todos nós, comerciantes, particulares e instituições, os que pudessem, dessemos um pouco, não era preciso muito, podíamos ter um jornal forte e sem prejuízos, deixando de ser só publicado mensalmente, podendo até tornar-se quinzenal, ou até talvez semanal, o que daria origem a ter um profissional, criando assim mais um posto de trabalho, e para além disso, contribuir assim para uma maior e melhor divulgação do concelho.

Para além de ser necessário os atuais assinantes manterem em dia o pagamento, é necessário também ter mais assinantes. A população do concelho e a ele ligada é numerosa, embora radicada noutros locais. Se todos os que têm possibilidades dessem um pouco colaborando com uma assinatura anual, podíamos ter um jornal mais forte e levar bem longe, país e estrangeiro, o que se passa em nosso concelho. É certamente agradável para os pampilhosenses que vivem longe, ter notícias da sua terra e da sua região.

Com a certeza que seria bom para todos, aqui fica o apelo.

Zé Manel

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 3

Vai decorrer no dia 26 de março de 2016 o habi-tual percurso pedestre

PR4-PPS. É no Caminho do Xisto de

Janeiro de Baixo que a Páscoa ganha mais significado.

Vislumbre as encantadoras paisagens serpenteadas pelo Rio Zêzere e as cristas rochosas clas-sificadas em Rede de Património Mundial.

Trata-se de um percurso que percorre toda a zona envolven-te desta aldeia do xisto, aldeia que fica situada nas margens do Rio Zêzere, num cenário natu-ral, onde é possível observar as encantadoras paisagens e as majestosas cristas quartzíticas, classificadas pela UNESCO e inseridas no Geoparque Natur-tejo.

PROGRAMA09H00 – Receção e distri-

buição do reforço alimentar, com animação dos Bombos de Dornelas do Zêzere ( Junto o Bar da Praia Fluvial de Janeiro de Baixo).

09H30 – Início do Percurso PR4-PPS

12H30 – Almoço no Parque de Merendas de Santo Cristo, junto à Praia Fluvial de Janeiro de Baixo

Animação musical durante a tarde com o artista local Sérgio Gonçalves.

Inscrições:Junta de Freguesia de Janeiro

de Baixo934 089 535 / 235 512 191 /

932 669 365

Câmara Municipal de Pampi-lhosa da Serra

235 590 335

Custo: 6 Páscoas

PÁSCOA É EM JANEIRO

O Município de Pampilhosa da Serra organiza mais um evento à escala nacional.

A Vila de Pampilhosa da Serra vai receber nos próximos dias 2 e 3 de abril a Taça de Portugal Downhill DHI 2016, prova inscrita no calendário da UCI.

Uma prova organizada pelo Município de Pampilhosa da

TAÇA DE PORTUGAL DOWNHILL-2016

Serra e pela Bike Associação de Desporto e Aventura (B.A.D.A), sob o lema “Pampilhosa da Serra Inspira Natureza”, que conta ainda com alguns parceiros, entre os quais o Villa Pampilhosa Hotel, os Bombeiros Voluntários locais, a Federação Portuguesa de Ciclismo e o Clube de BTT "Os Cremalheiras Empenados".

Pampilhosa da Serra prepara-se assim para viver mais um grande momento desportivo, numa pista com um elevado índice de dificuldade e de espetacularidade, onde são esperados alguns dos melhores pilotos nacionais e internacionais.

Programa Previsto:Dia 02 de abril de

2016 (sábado) das 9h00 às 18h00 - Treinos

Dia 03 de abril de 2016 (domingo): 11h00 - Qualificação; 14h00- Final

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Actualidade Actualidade

No passado dia 20 de Fevereiro, reali-zou-se mais uma Assembleia Muni-cipal. Eram 9h quando o digníssimo

Presidente da Assembleia, Sr. Prof. José Ramos Mendes que coadjuvado pelos seus secretários deu início aos trabalhos.

O Prof. José Ramos Mendes iniciou a sessão com os cumprimentos e saudações a todos, agradecendo os votos de melhoras que por várias formas tinha sido objecto após a inter-venção cirúrgica a que tinha sido sujeito. Agra-deceu ainda ao 1º secretário seu substituto legal e teceu elogios ao seu bom trabalho.

O período antes da ordem do dia consistiu na aprovação por unanimidade da acta e leitu-ra do expediente, do qual se salienta; Ofício Presidente da Junta Freguesia de Pessegueiro a justificar a ausência por motivos de saúde; Ofício IGF dar conhecimento da auditoria ao Município; Ofício Associação Combatentes, saudação e informar da sua constituição; 2 jornais “A Voz das Misericórdias”.

Informou que tinha dado entrada um ofício por parte do deputado José Manuel Dias Gonçalves Almeida, ao qual se tinham associa-do a Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e a recém formada Associação de Combaten-tes de Pampilhosa da Serra, que propunha um voto de louvor e de pesar pelo recente falecimento do sr. Armindo Martins Antunes, Director do Jornal "Serras da Pampilhosa". A proposta descreveu as suas qualidades huma-nas, profissionais e regionalistas e foi aprovada por unanimidade, com um minuto de silêncio.

O digníssimo Presidente da Câmara, Sr. José Brito usou então da palavra, para cumprimen-tar todos os presentes e desejar as melhoras do Presidente da Assembleia Municipal. Disse então que o Município se associava a tudo o que era dito na proposta e complementou classificando o Sr. Armindo de um devota-do trabalhador, um regionalista, um amigo de Pampilhosa da Serra. Continuou para dizer

que o Concelho de Pampilhosa da Serra recen-temente tinha ficado mais pobre pois que em pouco tempo tinha perdido dois relevantes pampilhosenses. Lembrou a Assembleia de outro pampilhosense, o Sr. Rui Vicente, refe-rindo a morte repentina e prematura de um grande amigo da sua terra - Malhada do Rei - para o qual também deixou palavras de senti-mento e de agradecimento pelo que fez pela sua terra, e por consequência pelo Concelho de Pampilhosa da Serra.

Na continuação da sua intervenção, infor-mou a assembleia sobre os processos jurídi-cos em curso. Assim: -campo de futebol sem alterações; -processo PINWELLS, existe um relatório com pedido de indemnização pela sua deslocalização. Sobre este foi feita avaliação e foi requerida uma segunda perícia, antes da audiência final; A decorrer na normalidade estão as seguintes acções: -Compartes Soei-rinho (plantação de eucaliptos); -baldios de Fajão e Castanheira; -Compartes Porto Casta-nheiro; Finalmente e relativamente à Antena CIRESP o Município conseguiu que fosse pago à Freguesia de Fajão todos os valores desde o início da sua instalação não autorizada.

Foi com prazer que informou toda a assem-bleia que foram liquidados todos os emprésti-mos, pelo que no momento o Município não tem dívidas.

O Exmo. Sr. José Brito teceu considerações elogiosas pela forma como o Concelho de Pampilhosa da Serra se ia fazer representar na BTL, sob a responsabilidade do Vice Presi-dente, Eng. Jorge Custódio. Informou ainda que o Município tem intenção de reunir com

todas as colectividades para dar a conhecer um conjunto importante de oportunidades que no seu entender as colectividades podem usufruir.

Continuou para informar a assembleia que no momento presente já está em funciona-mento o “MY DOC”, algo que permite aligeirar muito do expediente do Município, e mais importante ainda irá permitir uma relação muito próxima entre os Munícipes e os servi-ços do Município, uma vez que de agora em diante os Munícipes pode consultar via inter-net os processos sem terem de se deslocar, garantindo assim melhor comodidade e celeri-dade tão preciosos para todos.

Antes de terminar informou toda a assem-bleia que o novo Centro de Saúde está pronto, quer em termos de mobiliário, quer em termos de pessoal, falta no entanto acertar a mudança em definitivo.

A terminar a sua intervenção deixou uma vez mais os seus sentimentos pelo falecimento dos pampilhosenses Armindo Antunes e Rui Vicente.

Foi então dada a palavra aos deputados. Usou da palavra o deputado César Oliveira, que cumprimentou e desejou bom ano a todos os presentes na Assembleia Municipal, e de seguida propôs-se fazer um balanço do ano transacto, tendo como ponto de partida o plano de actividades. Disse que segundo esse mesmo plano os seus eixos eram a Acção social; educação; turismo, todos eles com o objectivo de promover o bem estar dos Pampi-lhosenses assim como ser uma resposta directa aos seus problemas.

Disse que na sua opinião o balanço final foi francamente positivo, uma que o Município na pessoa do seu responsável máximo, sr. José brito, tem como imagem de marca a qualidade, a aposta na imagem do concelho, algo que facilmente se comprova, por exemplo, na cria-ção e aposta no conceito “Inspira”. Referiu-se ao evento “Pampilhosa Inspira Natal” e clas-

sificou a organização de perfeita, algo que era sem dúvida motivo de orgulho. O facto de ter feito a diferença nos detalhes, e que dava para perceber que tinha conseguido juntar todas as forças do Concelho, por forma a que todas elas colaborassem no acontecimento com enorme empenho e significativa grandeza.

A terminar deixou votos que a inspiração continue, uma vez que com isso o Concelho de Pampilhosa da Serra, continuará a crescer e ser um motivo de orgulho para todos.

O Deputado António Caetano, cumpri-mentou todos os presentes, e de seguida congratulou-se pelas melhoras do Presidente da Assembleia Municipal. Disse que concorda-va em absoluto com as palavras do orador ante-rior. Antes de terminar a sua intervenção referiu que sabia que as Minas da Panasqueira tinham sido readquiridas pelos anteriores proprietários e que isso era um pormenor, que faria toda a diferença, uma vez que os actuais proprietários tinham intenção de alterar o “modo operandi”, sendo que o lado mais visível, está a ser o ence-tar novamente os contactos para contratar os trabalhadores anteriormente dispensados. Isso por si só era motivo de esperança que melhores dias se avizinham para os pampilhosenses que trabalhavam nas Minas da Panasqueira.

Foi então o momento de se entrar no período da ordem do dia, foi dada a palavra ao Município na pessoa do Exmo. Sr. Presi-dente da Câmara, José Brito. Começou a sua intervenção para dizer que ficou sensibilizado pelas palavras ditas anteriormente. No entanto realçou que o mérito é de todos, Freguesias, Instituições, Pampilhosenses. Esse mesmo

REGENERAÇÃO URBANA DA VILA ANUNCIADA NA ASSEMBLEIA MUNICIPALmérito é fruto de um árduo trabalho conjunto entre todos. No caso do evento “Pampilhosa Inspira Natal” disse que esta foi a segunda vez e é para continuar, senão melhor pelo menos igual. Até porque a TVI já manifestou interesse em voltar, e sobre o mesmo disse que também ele não encontrava palavras para expressar o orgulho que sentia na forma como o evento tinha decorrido.

Iniciou-se então o esclarecimento das obras mais importantes que estão em curso. O presidente deu a informação que as obras de rectificação e alargamento da estrada Muni-cipal Camba - Ceiroco decorriam em bom ritmo; Iniciou-se a rectificação e alargamento da estrada Portela do Fojo - Vilar; Reposição de pavimento em Malhada do Rei; Limpeza de bermas e estradas nas Freguesias Pessegueiro e Fajão - Vidual; Novo arruamento e acesso à antiga escola primária de Porto da Balsa; Novo arruamento e muro de consolidação em Dornelas do Zêzere; Selagem da estrada Pescanseco - Alto de Fajão.

No que diz respeito à cultura, também o executivo apresentou um conjunto de impor-tantes iniciativas, das quais se realça, “Pampi-lhosa Inspira Natal”. Este evento conseguiu bater o recorde nacional de audiências o que é bem demonstrativo do seu sucesso. Destaca-se ainda o evento “Carnaval e Enterro do Entru-do”, o qual encheu as ruas da vila com cente-nas de foliões, e contou com a participação das Juntas de Freguesias, comunidade escolar, associações, grupos informais e cidadãos da comunidade local. Transmitiu os parabéns ao Grupo de Teatro e aos responsáveis pelo corte-jo de crianças, e de uma forma geral a todos os que colaboraram.

Merece inteiro e justo destaque a aposta feita pelo Município no ciclo de teatro “Mise en Scène” que contou com a participação do Grupo Cultural e Recreativo de Pampilhosa da Serra com a peça “Um Morto Bem Vivo”, que foi um comprovado sucesso para além das peças “Pai Natal Orquestra” e “Pelintras...Mas Felizes”. Ainda à a destacar a iniciativa “Seniores ao Teatro” que consiste em promover a vinda de idosos ao teatro.

Ainda nas actividades culturais, referiu o enorme êxito que foi a exposição “315 Anos de Musica, 315 de História”, exposição levada a cabo pelo “nosso” Grupo Musical Fraterni-dade Pampilhosense. Informou ainda, que o Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense tinha levado a cabo o Concerto de Natal e que o mesmo teve como resultado um enorme êxito.

No que às tecnologias de informação e comunicação diz respeito, salienta-se o seguin-te: Espaço Internet e Informática Sénior.

Já na Educação foram várias as iniciativas promovidas pelo Município, tais como: Dia Nacional do Pijama; Oferta de Presentes de Natal à comunidade educativa; Coaching com os professores do 1º ciclo; EPIS; Ludoteca.

Nas Actividades radicais e desporto, desta-ca-se: Acções Trilhos Rur@l_idades; CSI-Cor-po, Saúde e Imagem; Actividade Desportiva; Ginástica Sénior; Fit & Fun Kids.

Foi com visível amargura que informou a digníssima assembleia que o Programa Esco-lhas tinha chegado ao fim no nosso Concelho. Este programa ao longo dos três anos de execu-ção, envolveu 361 crianças/jovens, 134 famí-lias, 250 elementos da comunidade e realizou 7076 sessões.

Antes de terminar informou a assembleia que o Município irá levar a cabo a construção do monumento em memória dos Pampilho-senses que faleceram no ex-ultramar.

Terminada que foi a apresentação, o Depu-tado César de Oliveira, interviu para perguntar se relativamente ao “Programa Escolhas” era possível fazer e dar a conhecer um balanço global do mesmo. Questionou o Município se existiam alternativas que contrariassem o fim do mesmo.

O Sr. Presidente, Sr José Brito respondeu para dizer que tinha esperança que sim, e que nesse sentido foram encetados contactos. Infor-mou no entanto que a decisão foi recentemente alterada ao âmbito das actividades, e inclusive à forma e ao rigor de julgar que terem sido alterados, o que influenciou significativamente a classificação obtida pelo Município. Apro-veitou aliás para lamentar profundamente essa mesma classificação. Salientou o muito traba-

lho desenvolvido e afirmou que brevemente a Dra. Alexandra iria dar conhecimento e visibi-lidade ao trabalho efectuado ao longo dos três últimos anos.

O Deputado Jorge Pires, cumprimentou todos os presentes, e uma vez que se tratava da primeira sessão do ano, desejou bom ano para todos. Focou o centro de saúde e referiu que a sua construção se deve ao sr. Presidente, lançando o repto de que o novo centro de saúde tivesse o nome “José Brito” (sugestão).

Na resposta o digníssimo presidente agra-deceu mas rejeitou liminarmente tal sugestão e disse que enquanto estiver nas funções não aceita tal distinção, uma vez que no seu enten-der apenas cumpre com o seu dever enquanto responsável e representante máximo de todos os Pampilhosenses.

Foi então à votação a ajuda de 50 mil euros à Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra, para que a mesma pudesse adquirir terrenos e um armazém, para dessa forma prestar um melhor serviço aos seus fregueses. A proposta foi aprovada por maioria, existindo apenas uma abstenção, do presidente da Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra.

A terminar elucidou a assembleia sobre a Área de Regeneração Urbana da Vila, sendo que o que a proposta e limitação está em apre-ço, mas que incidirá principalmente na parte mais antiga da vila, e que tendo em conta o apoio do quadro comunitário. O Municí-pio tinha intenção de requalificar os edifícios: Mercado Municipal; Casa do Dr. Afonso; Esta-leiros Antigos; Cabecinho; Parque Autocarava-nas. O Sr. Presidente, Sr. José Brito informou a Assembleia que o programa comunitário ofere-ce incentivos para requalificação dos seus bens residenciais e apelou aos proprietários para aproveitarem esta oportunidade.

Em relação aos subsídios que a Câmara atribuiu, destacam-se: Associação Empresarial e Serviços de Pampilhosa da Serra, 18.000 euros; Associação dos Bombeiros Voluntá-rios de Pampilhosa da Serra, 20.000 euros; Projecto Trilhos Ruralidades, de que a Asso-ciação é gestora, 8.000 euros; Grupo Frater-nidade Musical Pampilhosense (compra de um instrumento), 2.900 euros; Associação de Combatentes, 1000 euros; Grupo Cultural e Recreativo de Pampilhosa da Serra, 9.000 euros; BIKE-Associação de Desporto Aventu-ra, 9.950 euros.

Seguiu-se a tomada de posse do Conse-lho Municipal de Segurança de Pampilhosa da Serra, o qual é assim constituído:

Presidente da Câmara Municipal de Pampi-lhosa da Serra, José Alberto Pacheco Brito Dias; Vice-presidente da Câmara. Eng. Jorge Alves Custódio; Presidente da Assembleia Municipal, Prof: José Ramos Mendes; Presi-dente da Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra, Nuno Miguel Marques Nunes Almeida; Representante do Ministério Público, Procu-radora-Adjunta, Dra. Sabina de Jesus Pereira Santos; Representante da Guarda Nacional Republicana; Comandante dos Bombeiros Voluntários, Marco Alexandre Duarte Alegre; Representante dos Serviços de Protecção Civil, Eng. Sandra Sofia Miguel Chora Custódio; Representante da Administração Regional de Saúde do Centro, Dr. António Queimadela Batista; Representante da Santa Casa da Mise-ricórdia, João Custódio dos Santos; Represen-tante da Associação Empresarial e de Serviços de Pampilhosa da Serra, João dos Santos Alves; Representante da Escola Básica e Secundária Escalada de Pampilhosa da Serra, Dr. Ricardo Ferreira da Silva; Representante da Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere,

Manuel Gonçalves Isidoro; Representante da Assembleia Municipal, António Luís Pereira Caetano; e Representante da Cáritas Dioce-sana de Coimbra, Dra. Mariana Goes Pinhei-ro Figueiredo; e Representante das Juntas de Freguesia, Eng. Anabela Martins, eleita por voto secreto e que teve a totalidade dos votos.

No Período Aberto ao Público, interviu o deputado António Caetano, para reforçar as reticências que sentia relativamente ao facto de o “Programa Escolhas” ter terminado, uma vez que ficou demonstrado que a Pampilhosa foi prejudicada, quis manifestar o total desagrado, quando um projecto passou de bom a mau por outros interesses menos transparentes.

Interviu de seguida o primeiro secretário João Santos Neves, que iniciou a sua interven-ção cumprimentando todos os presentes, para logo de seguida dizer que a mesma era na quali-dade de Munícipe, disse que tinha intenção de contratar uma técnica, mas que quando contac-tou os serviços municipais para concorrer ao auxílio que o Municipio dá nestes casos, foi informado de desconhecimento sobre o assun-to por parte destes. Mas estando ele informado conseguiu mais tarde obter a informação que desejava. Chamando a atenção que tal pode não acontecer com um munícipe menos bem informado, e que no seu entender o Municí-pio tinha de ter em atenção estes pequenos detalhes para assim prestar um melhor serviço a todos. Referiu que por vezes os colaborado-res e responsáveis na limpeza da vila, não o fazem com a assiduidade que lhe parecia ideal, uma vez que por vezes passa algum tempo até regressarem a um local. Terminou para dizer que subscrevia por inteiro as palavras do depu-tado César Oliveira.

Na resposta a esta intervenção o Presidente anotou os alertas e salientou que o Município tem sempre o objectivo de melhorar a aposta na limpeza das ruas, pelo que iria informar--se e agir em conformidade com esse mesmo objectivo.

Deu a conhecer um novo programa de incentivo e auxílio e desafiou as Comissões de Melhoramentos a aproveitarem esta importan-te iniciativa.

Lançou repto, para todos estarem presentes na BTL, que seria inaugurada no próximo dia 2, convidando todos os Presidentes de Junta e Membros da Assembleia Municipal a estarem presentes. Informou uma vez mais que era intenção do Município promover uma reunião, com 2 elementos por colectividade e comuni-cação social, tendo como objectivo principal a apresentação de diversos programas e incenti-vos levados a cabo pelo Município.

Terminou para agradecer toda a colaboração e para dizer que cada vez mais sente força para continuar a trabalhar na resolução dos proble-mas dos Pampilhosenses.

Terminou a sessão o digníssimo presidente da mesa, Prof. José Ramos Mendes, desta-cando que a mesma encerrava em harmonia, como sempre, e agradeceu a disponibilidade, empenho e interesse nos assuntos e no pensar nas soluções, por parte de todos os Membros da Assembleia. Deixou uma palavra ao invo-car quem trabalhou na comunicação social no “Correio da Serra”, e lembrou um nome, a sra. Otília (mãe do Deputado Jorge pires). Associou-se a tudo o que foi dito e até aos silên-cios, dizendo “pois que há silêncios que falam”. Agradeceu a todos e desejou bom regresso a todos os presentes.

Paulo Almeida

Como visão para a Pampi-lhosa da Serra, foi apresen-tado que num horizonte

temporal até 2020, “O concelho deverá afirmar-se como um territó-rio de baixa densidade sustentável que valoriza as suas especificidades e recursos naturais como mais-valias competitivas”.

Aproveitando a presença em Lisboa para participação na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL 2016, no dia 2 de março, o Município de Pampilhosa da Serra convidou as coletividades e associações representantes da vasta comunidade pampilhosense radi-cada na região da capital, para um Jantar/Reunião de trabalho, realizado no restaurante Caravela de Ouro, em Algés.

O propósito desta reunião foi a apresentação do Programa Portu-gal 2020 às coletividades e restantes entidades do concelho, que apesar de radicados fora do território de Pampi-lhosa da Serra, podem vir a desen-volver projetos nas suas aldeias que possam ser apoiadas no âmbito destes programas de apoio.

Estiveram presentes todos os membros do executivo camarário, os presidentes de junta de freguesia e algumas entidades e individualidades ligadas ao concelho, designadamente, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Juiz Conselheiro António Henriques Gaspar, e o seu chefe de gabinete Juiz Desembargador Luís Lameiras. Estiveram ainda o Doutor José Brás, vice-presidente da Associa-ção de Juristas de Pampilhosa da Serra e membro da Sociedade Portuguesa de Criminologia, figuras do desporto como Aurélio Pereira, Carlos Perei-ra, António Fernandes (campeão de xadrez) e Dr. António Gaspar (fisio-terapeuta da seleção), os empresários António Robalo (Pollux), Carlos Teixeira (Seaside), Rui Olivença (Villa Pampilhosa e Marcolux), Paulo Fernandes da ADXTUR e outros ilus-tres convidados, sendo a sala maio-ritariamente composta por repre-sentantes do movimento associativo pampilhosense, contando-se 64 cole-tividades presentes.

Neste jantar de trabalho, após as boas vindas apresentadas pelo vice--presidente Engº Jorge Custódio a todos os presentes, a autarquia atra-vés da empresa de assessoria Socie-dade Portuguesa de Inovação – SPI, fez a apresentação dos programas de financiamento no âmbito do Portu-gal 2020, no que pode ser aplicável a atividade das coletividades, podendo constituir oportunidades de projetos a realizar no concelho de Pampilhosa da Serra.

A apresentação foi dividida em quatro partes, sendo que na primei-ra foram evidenciados os principais desafios do concelho. Como visão para a Pampilhosa da Serra, num hori-zonte temporal até 2020, foi definido que “O concelho deverá afirmar-se como um território de baixa densidade susten-tável que valoriza as suas especificida-des e recursos naturais como mais-valias competitivas”. Como principais carac-terísticas e desafios, foram identifica-dos ao nível da população, a tendência para o envelhecimento e diminuição populacional. Ao nível do emprego, a falta de atividades económicas gera-doras de emprego, existindo contu-do uma variedade de produtos locais

com potencial de exploração. No que diz respeito à qualidade de vida, salienta-se a diversidade e qualidade da rede de equipamentos de ensino, desporto e cultura e o elevado poten-cial turístico e interesse paisagístico.

Na segunda parte da apresentação foi descrita a estrutura operacional do Portugal 2020 e os seus programas. Do Programa Operacional Inclu-são Social e Emprego – POISE, que tem como enquadramento o reforço da integração das pessoas em risco de pobreza e o combate à exclusão social, foram destacadas as priorida-des de investimento em que as cole-tividades são beneficiárias, que são: A integração sustentável dos jovens no mercado de trabalho; a adaptação à mudança dos trabalhadores, empre-sas e empresários; a inclusão ativa, inclusivamente com vista a promover oportunidades iguais e a participação ativa e melhorar a empregabilidade; e a melhoria do acesso a serviços sustentáveis, de grande qualidade

e a preços comportáveis, incluindo cuidados de saúde e serviço sociais de interesse geral.

Acerca do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência No Uso de Recursos – POSEUR, foi informa-do que tem como objetivo implemen-tar um modelo de desenvolvimento com menor consumo de recursos naturais e energéticos, e ao mesmo tempo gerar novas oportunidades de emprego, de criação de riqueza e de reforço do conhecimento. Neste programa foi destacada como prio-ridade de investimento para as cole-tividades, a promoção da eficiência energética e da utilização de energias renováveis.

No que concerne ao Programa de Desenvolvimento Rural – PDR 2014-2020, foram os presentes informa-dos que tem como principio, apoiar o setor agroflorestal e a produção de bens transacionáveis, dirigido a agen-tes diretamente envolvidos na cria-ção de valor, assente numa eficiente gestão dos recursos. As medidas em que coletividades são beneficiárias, são: O apoio á prevenção contra agen-tes bióticos e abióticos; Florestação

de terras agrícolas e não agrícolas; Instalação de sistemas agroflorestais; Restabelecimento da floresta afeta-da por agentes bióticos, abióticos ou acontecimentos catastróficos (p.e. pragas, doenças, invasão por plantas exóticas, incêndios florestais); Melho-ria da resiliência do valor ambiental e do valor económico das florestas.

Na terceira parte foram apresenta-dos os apoios municipais com inte-resse para as coletividades e possíveis investimentos destas. Destes destaca-mos: Nas zonas industriais disponi-bilização de lotes de terreno a 0,01€/m2 e disponibilização de pavilhões para arrendamento; Redução no Imposto Municipal Sobre Imóveis; Incentivo à criação de emprego pelas associações com sede no concelho, através da atribuição de um subsídio não reembolsável de 5.000 €, por cada posto de trabalho criado; O Apoio à Natalidade a conceder às famílias pelo nascimento de cada filho (1.500€ para o primeiro e segundo filho, e de

5.000€ a partir do terceiro filho, valor em vales de compras no concelho); Oferta de manuais escolares do 1º ao 12º ano; Bolsas de estudo para alunos que ingressem no ensino superior; Prémio para o melhor aluno de cada ano; Programa Conversa de Avós para promoção do envelhecimento ativo nas freguesias, com Informática Sénior, Ginástica Sénior e Alfabetiza-ção; e Benefícios fiscais para imóveis na Área de Intervenção Urbana de Pampilhosa da Serra.

Na última parte, foi apresentado

o Projeto CLDS-3G “Pampilho-sa Ativa”, em execução no concelho desde 4 de janeiro deste ano, que tem como finalidade. “Promover a inclu-são social dos cidadãos através de ações a executar em parceria, por forma a combater a pobreza persistente e a exclu-são social, num território que se assume como alvo de alguma vulnerabilidade no que se refere a nível de desemprego e envelhecimento”. Como eixo de interven-ção com interesse para as coletividades salientou-se o “Eixo 3 – Capacitação da comunidade e das instituições”, que na sua ação 16, prevê a criação ou revitalização das associações e fomen-tar o associativismo local, durante os próximos 3 anos através das seguintes atividades:

• Promover ações no âmbito do Programa Portugal 2020;

• Criação de equipa de apoio técni-co às coletividades para a elaboração de planos de ação, candidaturas e atividades;

• Revitalização de um autocarro (cedido pelo Município) para a dina-mização de atividades com jovens, com o objetivo de diminuir compor-tamentos de risco;

• Criação de uma base de dados relativamente ás Coletividades e Associações concelhias;

• Revitalização da Associação de Pais e da Associação Juvenil Trilhos Com_Sentido.

Neste jantar de trabalho, foi já dado o primeiro passo com a distribuição de questionários para recolha de dados das coletividades e associações presentes, a ser enviado para o projeto que tem sede no Edifício Monsenhor Nunes Pereira, na vila.

Pelo Engº Nuno Bandeira foi apresentado de seguida a nova pági-na de internet do Município, com nova tecnologia denominada Mynet Serviços Online. Informou tratar-se de uma plataforma que permitirá a prestação de serviços digitais, e cujo objetivo é contribuir para a desburo-cratização e aproximação dos serviços aos munícipes, disponível em www.cm-pampilhosadaserra.pt .

Antes de se iniciar a refeição, foi ainda feita a apresentação oficial do novo vídeo promocional do conce-lho de Pampilhosa da Serra, intitula-do Ruralidade de Excelência, contando com a participação de muitos ilustres pampilhosenses presentes na sala. Um vídeo bem concebido sendo do agra-do de todos provocando forte aplauso na sala..

José Brito usou da palavra e lançou o repto às coletividades para “agarra-rem” as oportunidades que os progra-mas apresentados podem proporcio-nar, referindo que este novo quadro de apoio não tem como objetivo prin-cipal os apoios para obras e construção de infraestruturas. Referiu que agora chegou a hora de apostar na floresta e no turismo, sendo a maior aposta para o futuro a criação de emprego e fixação de pessoas. Incentivou as cole-tividades a apostarem mais no imate-rial, preservar e valorizar o que existe e criar emprego nas aldeias. Lembrou que existe um Gabinete Florestal que pode dar apoio a projetos, tal como um Gabinete de apoio ao empresá-rio. Afirmou que “o tempo do dinheiro para grandes obras já lá vai, temos que apostar nas pessoas e na riqueza que temos, e tudo fazer para ajudar a popu-lação através da criação de postos de trabalho”. Rematou reforçando a ideia que as coletividades têm um papel importante na criação de emprego, disponibilizando o município para colaborar com o movimento associa-tivo, lançando o desafio para que as coletividades se unam em projetos conjuntos, sendo que neste aspeto a Casa do Concelho pode ter um papel importante.

Encerrou a sua intervenção o presi-dente do município, José Brito, salien-tando a importância crescente do concelho de Pampilhosa da Serra no contexto nacional. Considerou que a aposta realizada pela autarquia na promoção do turismo no concelho através da BTL 2016, não deveria ser considerada como apenas uma despe-sa do município, mas sim ser encarada como um investimento, do qual se espera retorno futuro para o desen-volvimento do concelho. Deixou um agradecimento a todos os presentes pela presença e a todos os que partici-param e colaboraram na realização do novo vídeo promocional de Pampi-lhosa da Serra.

Após as intervenções seguiu-se um agradável jantar, com a sala repleta de pampilhosenses, sendo também uma oportunidade para rever conterrâ-neos e amigos, que ali estavam juntos movidos pelo desenvolvimento da sua terra.

Carlos Simões

MUNICÍPIO APRESENTA PROGRAMA PORTUGAL 2020 ÀS COLETIVIDADES

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 54 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Page 4: ANO XVII • N.º 201 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO ... · concelho tem para oferecer a quem o visita. O Município de Pampilhosa da ... inteirou das reais potencialida- ... incluído.

Regionalismo Regionalismo

Segundo os organizadores, este ano atingiu número recorde de participação o almoço

de convívio da Sociedade União e Progresso (SUPC), comemorando os 48 anos de fundação, realizado no dia 6 de Março de 2016, no salão da Quinta Valenciana, em Fernão Ferro.

Para cantar os parabéns a esta coletividade regionalista daquela bonita aldeia pampilhosense da freguesia de Fajão-Vidual, no coração do Alto Ceira, e participar neste dia de festa, disseram presente cerca de 170 covanquenses e amigos, motivados também pelo convívio e reencontro com familiares e amigos.

O encontro estava marcado para as 12:30 horas, com um buffet de entradas e aperitivos servidos num salão amplo, bem decorado e renovado. No almoço que se seguiu, pudemos ver a presidir à mesa de honra o Presidente da Assembleia Geral da coletividade em festa, Alfredo Luís, ladeado

por vice presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e esposa, por Eugénio Costa em representação da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura Recreio e Desporto (CPCCRD), Sónia Luís, presidente da direção, Carlos Simões, diretor do Jornal Serras da Pampilhosa, António Lopes Machado diretor do jornal “A Comarca de Arganil”, Isaura Fernandes pela Liga de Fajão, e pelos elementos da direção da SUPC, Marco Luís, José Simões, João Francisco, Cátia Francisco, Paula Camba e Ricardo Cunha do conselho fiscal.

Para além das entidades atrás referidas, foram várias as coletividades congéneres que se fizeram representar, nomeadamente das aldeias de Vale Derradeiro, Camba, Castanheira da Serra, Ceiroco, Ponte de Fajão, Fajão,

Gralhas, Porto da Balsa, Vale Serrão e Sobral de Baixo.

Após o almoço foi apresentada pelo presidente Alfredo Luís mensagem de boas vindas, agradeceu a presença de todos, em especial às entidades e coletividades ali representadas.

De seguida, em nome da coletividade anfitriã, dirigiu-se a todos os presentes a presidente da direção, Sónia Luís, que iniciou a sua intervenção com vários agradecimentos, nomeadamente à imprensa regional, casa concelhia, Liga de Fajão e a todas as coletividades ali representadas. Mostrou-se orgulhosa e feliz por ver a sala cheia, o que era sinal inequívoco do amor que muitas pessoas t~em pela sua terra. Informou que na próxima assembleia geral a realizar dia 26 de março, irá haver lugar á eleição de novos corpos gerentes, apelando para que apresentem listas. Disse estar naquela função para ajudar a Covanca porque a aldeia

merece, destacando e agradecendo a presença da delegação que veio de Covanca com 10 elementos e a todos os ajudaram na organização e que ofereceram prendas para o leilão que se iria seguir.

Após esta intervenção a presidente chamou para junto da mesa de honra os associados fundadores para receberem uma salva e Diploma alusivo, sendo assim reconhecidos publicamente pela sua entrega à coletividade e ao engrandecimento da sua aldeia. Os associados chamados por ordem alfabética foram: Belmiro Francisco, César Francisco Pereira Simão, José Pereira Simões, José Marques João, Manuel Francisco de Jesus, Maria do Céu Paulo Francisco de Jesus, Maria de Lurdes Pereira Brás e Natália Pereira Simão, tendo todos sido fortemente ovacionados.

Como sinal de reconhecimento

aos associados mais antigos a coletividade decidiu pela primeira vez atribuir emblemas e diplomas aos associados com mais de 25 anos, tendo sido nesta comemoração agraciados os 30 associados mais antigos.

Seguidamente usou da palavra Isaura Fernandes, em representação da Liga de Fajão, que após os cumprimentos aos membros da mesa lembrou a perda de Armindo Antunes que ali esteve no ano anterior com a sua esposa. Deu os parabéns à coletividade pelo aniversário e pela sala cheia de amigos, enalteceu a coragem e capacidade de trabalho de Sónia Luís, esperando que ela continue à liderar a direção no próximo mandato. Lembrou ainda o grande regionalista Herculano Paulo para quem pediu uma salva de palmas. Terminou anunciando o almoço de aniversário do Grupo Unidos e Progresso de Gralhas, no dia 3 de abril, na Universidade Lusófona, e uma realização de sucesso do regionalismo, convidando todos para o 11º Encontro Convívio das Coletividades Fajaenses e Amigas, que se realizará em Fajão, no dia 12 de junho, um Domingo em fim-de-semana grande. Disse ainda ser intenção de algumas coletividades realizar um almoço de homenagem a Carlos simões no dia 29 de maio, em Lisboa.

Várias coletividades ali representadas quiseram também associar-se à festa e transmitir de viva voz o apoio à congénere aniversariante. Assim, todos salientaram a notável história e obra realizada pela SUPC desde a sua fundação e deixaram mensagens de incentivo e apoio. Intervieram Arménio Ramos por Ponte de Fajão, António Almeida por Ceiroco, João Pedro por Castanheira da Serra, Luís Barata pela coletividade de Camba que deixou mensagem de incentivo à presidente Sónia e apresentou os cumprimentos de Vale Derradeiro e José Adrião por Porto da Balsa, e tendo este ultimo evocado os grandes melhoramentos em Covanca e os grandes leilões que traduziam a grande união existente. Em Porto da Balsa disse estar a ser recuperada a velha escola, pedindo o apoio de todos para fazer face á avultada despesa. Convidou para o almoço da sua aldeia a realizar dia 8 de maio, também na Universidade Lusófona.

Marco Almeida, na qualidade de associado apresentou os cumprimentos dos valederradeirenses. Salientou também a coragem da presidente e

o esforço dedicado à coletividade, prescindindo de parte do seu tempo e da sua vida, ato de deve ser reconhecido por todos, assim como o apoio dos seus colegas de direção. A terminar incentivou a direção a continuar e salientou o facto de ali estarem 170 pessoas, o que na sua opinião era um grande sinal de vitalidade. Pediu apoio para a Sónia e união de todos, porque essa união é importante em aldeias tão pequenas.

Pela Confederação de Coletividades, Eugénio Costa deixou os agradecimentos e parabéns em nome da instituição. Para os homenageados deixou mensagem de elogio e reconhecimento, assim como um forte incentivo à direção.

Pela Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, o seu vice presidente António Barata Lopes, saudou a SUPC e desejou os parabéns e os maiores sucessos. Agradeceu o convite á sua instituição e colocou-a ao dispor para apoio. Disse que a Casa está em ano de comemorar os seus 75 anos, tendo vários eventos previstos, desde logo o torneio de futsal inter-coletividades que se vai realizar em abril e maio. Convidou todos a participar nestas comemorações. Manifestou o seu voto de louvor a Armindo Antunes que nos deixou um exemplo de valor e de trabalho, especialmente no jornal Serras da Pampilhosa, sendo agora substituído por Carlos Simões a quem desejou o maior sucesso. Disponibilizou ainda o grupo etnográfico da Casa concelhia, quer seja o rancho folclórico, quer seja o grupo de concertinas Os Serranitos ou o grupo de Bombos. Encerrou com um Viva à Pampilhosa da Serra.

Sandra Gonçalves pediu a palavra para, em nome dos jovens de Covanca, enaltecer o trabalho da direção e as suas realizações durante o mandato, em especial á presidente Sónia, que foi surpreendida naquele

momento com a entrada do seu Bolo de Aniversário na sala, com todos a cantar os parabéns pelos seu aniversário completado no dia anterior.

Também José Simões, interveio em nome dos sócios fundadores para dar os parabéns à direção pelo trabalho realizado, e dar um agradecimento especial à delegação que veio da aldeia.

A encerrar este período de discursos interveio o presidente da assembleia geral Alfredo Luís, que se desdobrou em agradecimentos pelas mensagens ali deixadas pelos oradores anteriores. Destacou o trabalho dos associados fundadores e todos os que foram distinguidos. Agradeceu a presença de Lopes Machado do jornal “A Comarca de Arganil”, e também prestou a sua homenagem a Armindo Antunes, diretor do jornal “Serras da Pampilhosa” que faleceu deixando a marca de um homem sempre pronto para ajudar, desejando que esteja a descansar em paz. Para o novo diretor Carlos Simões teve palavras de incentivo e de reconhecimento das suas qualidades. Também elogiou Isaura Fernandes a quem classificou de “Professora do Regionalismo” e alguém que nunca vira a cara à luta. Prosseguiu a sua intervenção para apelar à presença dos associados na próxima assembleia geral, onde as eleições são importantes para a continuidade da coletividade. Disse que todos têm direitos e deveres, pelo que devem participar e apresentar listas. “A Covanca merece o melhor e, por ela, temos que dar tudo” , disse Alfredo Luís a encerrar.

Pela voz de José Gonçalves, realizou-se um grande leilão de excelentes ofertas, onde estavam iguarias vindas de Covanca. Foram angariados preciosos fundos para fazer face aos melhoramentos na aldeia, alcançando-se preciosa quantia.

Logo de seguida entrou no salão o Grupo de Concertinas “Os Serranitos”, da Casa do concelho, que brindaram os presentes com extraordinária atuação, proporcionando animado baile à moda da nossa terra.

No final da tarde chegou o momento de cantar os parabéns e apagar as velas dos 48 anos da coletividade, e partir um delicioso bolo, selado com um brinde e desejos de muitos anos de atividade e sucesso.

Carlos Simões

RECONHECIMENTO AOS FUNDADORES DA SOCIEDADE UNIÃO E PROGRESSO DE COVANCARealizou-se no domingo, dia

28 de fevereiro de 2016, pelas 13:00 horas, na Quinta do

Barco, em Alverca, a comemoração do 48º aniversário da União e Progresso de Vale Derradeiro (Cabril).

Mantendo a tradição, a direção desta coletividade reúne anualmen-te os associados, familiares e amigos num grande almoço de convívio para comemorar o aniversário da funda-ção, contando este ano com a presen-ça de cerca de centena e meia de pessoas.

Na mesa de honra esteve a presi-dir Carlos Simões, na qualidade de presidente da assembleia geral, sendo acompanhado por José Ferreira, presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, por João Niza da Confederação Portuguesa de Coletividades, por Anabela Martins, presidente da Junta de Freguesia de Cabril e sua filha, por António Lopes Machado, diretor do jornal A Comarca de Arganil e por José Fran-cisco, sócio fundador e presidente do conselho fiscal.

Foram muitas as coletividades congéneres ali representadas, fruto da simpatia que os valederradeirenses espalham pela região. Assim, além das instituições já referidas, registá-mos a presença das coletividades de Ponte de Fajão, Fajão, Castanheira da Serra, Covanca, Camba, Ceiro-co, Gralhas, Porto da Balsa, Sobral Bendito e Janeiro de Baixo.

Como é habitual nestes eventos, várias pessoas tiveram oportunidade de transmitir o seu apreço pela colec-tividade em festa, iniciando o perío-do de intervenções o presidente da assembleia-geral, Carlos Simões, que deu as boas vindas a todos, passando de imediato a palavra ao presidente da direção da coletividade anfitriã, Sérgio Trindade.

O presidente começou por cumpri-mentar os membros da mesa de honra, os representantes das coletivi-dades congéneres e todos os presen-tes, agradecendo a presença naquele momento festivo. Leu de seguida algumas cartas enviadas por insti-tuições e personalidades convidadas que transmitiram os parabéns à colec-tividade e votos de muitos sucessos.

Lembrou de seguida o trajeto e obra da União e Progresso de Vale Derradeiro ao longo dos 48 anos, afirmando que na mesma sempre militaram grandes regionalistas que se destacaram pela sua dedicação, humildade, perseverança e muito trabalho. Deu exemplo do que conse-guiram construir e hoje existe em Vale Derradeiro, designadamente, a estrada que liga a aldeia à Estrada Rolão – Fajão, a estrada que liga aos Ribeiros, a eletrificação, a constru-ção da Capela, a instalação de rede de água canalizada ao domicílio, o primeiro tanque de rega, a Casa

de Convívio e o atual tanque de combate a incêndios. Disse ser sua convicção que em Vale Derradeiro, os Homens e Mulheres sempre traba-lharam arduamente e discretamente em prol da sua terra, com o coração e mente aberta, sempre em nome do melhoramento da sua aldeia. Disse que da sua parte, tudo fará pelo desenvolvimento de Vale Derradeiro, seguindo os ensinamentos dos seus antepassados, colocando sempre em primeiro lugar o interesse coletivo da aldeia.

Continuou Sérgio Trindade, agradecendo em nome de todos os valederradeirenses o apoio dado pela Junta de Freguesia do Cabril e, pela sua presidente Engª Anabela Martins, pelo trabalho desenvolvido não só pela aldeia, mas também pela maneira como alterou o rumo que a Freguesia do Cabril levava. Deixou também um sentido agradecimento ao Município de Pampilhosa da Serra pela ajuda e disponibilidade do seu presidente José Brito e dos restantes vereadores.

.Anunciou e convidou os presentes para o já tradicional Encontro das Coletividades Fajaenses/Vidualenses e Amigas, a ter lugar no dia 11 de Junho 2016, em Fajão no recinto da Nª. Srª da Guia, sendo este ano a 11ª edição, mantendo como único objetivo a promoção do convívio e o reforço dos laços de amizade entre as aldeias da região.

Seguidamente foi agraciado com o Diploma de Sócio Benemérito o Sr. Alfredo Gonçalves de Almeida. Nas palavras do presidente, aquela era uma merecida e singela home-nagem pública, a alguém que é um cidadão solidário e generoso, amante da sua região natal. Disse ser alguém que estava sempre disponível para estender a mão, compreendendo como ninguém a importância de, no momento certo, ter uma atenção, um gesto que faz a diferença, sendo certamente um amante do progresso das nossas serras. O associado distin-guido, após receber o diploma das mãos do presidente da mesa, dirigiu algumas palavras de agradecimento à direção e o aplauso dos presentes.

A encerrar a sua intervenção Sérgio Trindade evocou a memória de Aires Fernandes Almeida e de Armindo Antunes, como duas figuras que nos deixaram recentemente, deixando muita saudade como exemplos de dedicação ao regionalismo.

Dada a palavra às coletividades, iniciou a congénere de Covanca, que pela voz de José Simões, deu os parabéns aos valederradeirenses pelo aniversário e por ali terem uma boa moldura humana. Deixou mensa-gem de apelo à união entre todos os valederradeirenses, agradecendo de seguida a simpatia com que foi surpreendido momentos antes pela

direção e pelos presentes, no seu dia de anos, com a oferta de um bolo de aniversário, tendo toda a sala cantado os parabéns.

José João pela coletividade de Camba, salientou a ligação antiga que a sua aldeia tem com os vale-derradeirenses, António Almeida por Ceiroco, Arménio Ramos pela Ponte de Fajão e Lourdes Maia por Porto da Balsa, alinharam pelo mesmo diapasão na mensagem de parabéns e palavras de elogio e incentivo à cole-tividade aniversariante.

Pela Liga de Fajão interveio Isaura Fernandes, que, após os cumprimen-tos aos membros da mesa e coletivi-dades, afirmou ser Vale Derradeiro um aldeia pequena mas grande nas pessoas e com grandes regionalistas. Agradeceu o apoio dado à sua Liga por alguns deles. Considerou ser importante o intercâmbio mantido pela coletividade em festa, mobili-zando sempre grande número de elementos para participar em eventos de outras coletividades.

Isaura Fernandes lembrou ainda o falecido diretor do Serras, Armindo Antunes, notando-se ali a sua falta. Terminou lançando o desafio às cole-tividades presentes para se realizar uma homenagem ao diretor atual, Carlos Simões.

A este propósito, interveio de seguida Ana Simões, que após para-benizar a coletividade e seus asso-ciados pelo aniversário, evocou a palavra “União” que consta da sua

bandeira, para incentivar os valeder-radeirenses a praticar essa mesma união. Mostrou-se muito agradada e sensibilizada por terem cantado os parabéns ao seu pai José Simões, sendo que toda a família estava ali presente também em união, fazendo todo o sentido juntarem-se naque-le dia, naquele local. Em resposta a Isaura Fernandes, disse que Carlos Simões, seu irmão abdicou de parte da sua vida em prol do regionalismo, seguindo os passos do seu pai, tendo assim a sua vida condicionada, sendo importante saber parar.

De seguida Marco Almeida usou da palavra começando por afirmar ser uma pessoa honesta, verdadeira e direta, considerando muito justa a distinção a Alfredo Almeida pela contribuição que deu para a cons-trução do tanque de combate a incêndios na aldeia. Deu também os parabéns a José Simões pelo aniver-sário e também por ser um grande regionalista.

Referindo-se ao momento atual da coletividade, Marco Almeida disse que para além de ser importante lembrar os antepassados, é também igualmente importante lembrar os que fazem muito pela aldeia no presente, como era o caso de Paulo

Almeida. Testemunhou que o seu trabalho continua a ser realizado em prol da aldeia e por isso deveria ser lembrado e respeitado. Pediu um aplauso para todos os que trabalham pela sua terra. A terminar incentivou a direção e deixou um abraço amigo da congénere de Janeiro de Baixo.

O associado fundador Abel Carlos de Almeida, depois de saudar os presentes apresentou os cumpri-mentos da família M. Batista e de António Catraia. Evocou a histó-ria da coletividade, concretamente melhoramentos como foram a cons-trução de pontões sobre a ribeira, e a construção da Capela, sendo nessa época muito difícil angariar financia-mento valendo a grande união entre todos. Salientou o exemplo do sócio benemérito Alfredo Almeida, e disse outros haver como Paulo Almeida que patrocinou a vinda de rancho

folclórico em alguns convívios ante-riores.

Pela Confederação Portuguesa de Coletividades, João Niza transmi-tiu as felicitações da entidade que representava, salientando de seguida a importância do movimento asso-ciativo para o desenvolvimento das regiões e bem estar das populações. Disse ter ficado curioso para conhe-cer Vale Derradeiro e a Pampilhosa da Serra. Como agradecimento da simpatia com que foi ali acolhido deixou lembrança da Confederação.

José Ferreira deixou mensagem de parabéns em nome da Casa conce-lhia, felicitando a mesa e a presidente da junta de freguesia de Cabril. Refe-riu-se à importância do regionalismo ao longo do tempo, passando os diri-gentes por grandes sacríficos na luta pelo desenvolvimento das aldeias com os melhoramentos essenciais, sendo que atualmente as facilidades são maiores para o que contribuem muito os novos meios de comunica-ção e informação. Considerou que todos devem fazer um esforço para dignificar o regionalismo e a gran-de obra do passado. Referindo se a Casa, lembrou também a partida do diretor do Serras, como um bom amigo e incentivador para que fosse

o atual presidente. Informou que tinha já sido nomeado em reunião de direção, Carlos Simões como o novo diretor do jornal, tecendo algumas considerações elogiosas a seu respei-to. Terminou apelando á participação de todos nas comemorações dos 75 anos da Casa do Concelho e nos eventos a realizar, sendo o próximo o Torneio de Futsal Inter-coletividades.

Vinda de Cabril onde deixou um cenário de manto branco de neve, a presidente de junta Anabela Martins interveio para agradecer as palavras e o esforço da coletividade para o desenvolvimento da sua aldeia, da freguesia e do concelho. Manifestou a disponibilidade da junta e de si própria para apoiar a coletividade na sua atividade. Deu os parabéns e desejou muitos mais anos de exis-tência,

A finalizar Carlos Simões apre-sentou os cumprimentos a todos os presentes e deu os parabéns à colec-tividade pelo aniversário e atividade em prol do desenvolvimento da sua aldeia e sua região, considerou a UP de Vale Derradeiro, como uma das coletividades mais ativas no meio regionalista pampilhosense. Abor-dou o problema do despovoamento da região, sendo aquela aldeia um exemplo da falta de pessoas. “Temos que repensar os objetivos do regiona-lismo e adaptar e canalizar os nossos esforços para os problemas da atuali-dade.” disse Carlos Simões. Reforçou a importância da UNIÃO de todos os valederradeirenses, estando dispo-nível para promover essa união, na medida em que todos são importan-tes e necessários.

Disse ser para si uma honra ter sido eleito para presidente da assembleia geral, que, apesar de não ser da aldeia, a servirá o melhor que puder.

Terminou apelando para a partici-pação no leilão e chamou à atenção para o espetáculo que se com a atua-ção do Grupo de Concertinas “Os Serranitos”, seguindo-se o bolo de aniversário no final da tarde.

Pela voz de Arménio Ramos e depois Carlos Simões, realizou-se um bem animado e produtivo leilão, e de seguida todos puderam dançar com música tradicional da Pampilhosa da Serra., com “Os Serranitos” a terem uma atuação de grande nível.

A festa terminou após cantar os parabéns à coletividade e a José Simões, o estourar do champanhe e partir o bolo de aniversário.

Os nossos votos de muitos anos cheios de sucessos e que Vale Derra-deiro continue e ser uma aldeia onde perdure a união, e se goste de viver e visitar.

Carlos Simões

VALE DERRADEIRO COMEMOROU 48 ANOS DA SUA UNIÃO

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Actualidade Opinião

Foi no passado dia 13 de Março, que a Comissão de Melhoramentos da Foz do

Ribeiro, levou a cabo as comemorações do seu trigésimo sétimo aniversário. O palco escolhido foi as instalações da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra em Lisboa, e num dia ensolarado de inverno teve então lugar mais um simpático evento, este bem no coração de Lisboa. Contando com perto de 80 convivas que com muita simpatia e alegria foram chegando, e desde logo trazendo consigo boas memórias e outras tantas histórias que aqui e ali se iam ouvindo, e quase sempre acompanhadas de umas fortes gargalhadas.

Cerca das 13h e após a chegada da Presidente da Junta de Freguesia do Cabril, Eng. Anabela Martins, teve então início o almoço que consistiu num saborosíssimo cozido à portuguesa. A Mesa de Honra era constituída pela já referida Presidente da Junta de Freguesia de Cabril, Eng. Anabela Martins e sua filha Daniela, Presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra Sr. José Ferreira, Presidente da Direcção da Colectividade em festa, Sr. Henrique Nunes, da RDP Sr. Jaime Carvalho, Luís Martins esposo da Presidente da Junta de Freguesia do Cabril e ainda alguns membros directivos da colectividade em festa.

Logo após o almoço foram todos presenteados com o novo vídeo de promoção ao Concelho de Pampilhosa da Serra, que amiúde conquistou todos na sala, até porque nele participam várias pessoas da Freguesia do Cabril e um natural da Foz do Ribeiro (o que deixou a todos orgulhosos), refiro-

me ao Sr. António Gaspar (durante muitos anos fisioterapeuta da Selecção Nacional de Futebol).

Após esse bonito momento foi então tempo para se ouvirem algumas palavras, e para o efeito começou o Presidente da Direcção Sr. Henrique Barata Nunes, que iniciou por cumprimentar e agradecer a todos a sua presença, em especial a da Presidente da Junta de Freguesia de Cabril e do Presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra. Continuou para dizer que a direcção tinha recebido resposta ao convite endereçado ao Exmo. Sr. Presidente da Câmara, Sr. José Brito, nele era transmitido que por afazeres anteriormente assumidos não lhe era possível estar presente, enviando contudo sinceros votos de que as comemorações de mais um aniversário corressem bem e assim associando-se às mesmas. Juntamente enviou também carta para informar a direcção de dois dos principais eventos que vão ter lugar em Pampilhosa da Serra, referindo-se ao festival de gastronomia e festas do Concelho, que irão ocorrer entre os dias 12 a 15 de Agosto, e o já muito famoso Festival Sunset SEASIDE que irá ocorrer nos dias 19 a 20 de Agosto, e para o qual convidava e desafiava todos a estarem presentes.

Em seguida o Sr. Presidente da Direcção, disse que considerava por demais importante evocar a memória dos que já partiram, e para tal pediu que fosse por todos respeitado um minuto de silêncio.

Após esse emotivo momento, informou que logo em seguida se iria realizar o leilão, e que também iria ter

lugar a Assembleia Geral Ordinária onde era intenção que se aprovasse o Relatório e Contas. Assinalou que os Corpos Gerentes já eleitos em Dezembro iriam então tomar posse nesse mesmo momento.

Terminou a sua intervenção dizendo que a força da comissão é a força dos seus associados e uma vez mais agradeceu a presença e apoio de todos.

Foi então a vez de intervir o Presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, Sr. José Ferreira. Também iniciou a sua intervenção cumprimentando todos e agradecendo o convite de que a Casa do Concelho tinha sido alvo. Continuou para saudar todos por mais um aniversário, congratulando-se por os directores da colectividade em festa terem decidido fazê-lo nas instalações da Casa Concelhia, algo que para ele era motivo para redobrada satisfação.

Salientou que no corrente ano a Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra festejava os seus 75 anos, e referiu um pouco da sua história, nomeadamente que tinha sido fundada em 1941, numas instalações no Intendente, tendo mais tarde sido mudada para a Rua da Fé, e que finalmente nos últimos anos se tinha fixado nas actuais instalações. Foi com visível orgulho que falou no importantíssimo trabalho dos que lhe antecederam, quando com visão e muito esforço lutaram para que as actuais instalações fossem propriedade própria, evitando assim que ocorressem preocupações de desmedidos aumentos de rendas que a ocorrerem obrigariam a nova procura de instalações e dando o exemplo de tantas colectividades por esse nosso país que se vêem a braços com essse mesmo problema.

Falou que é com enorme prazer que as referidas instalações estão à disposição de todos para que aí realizem os seus eventos, e a terminar informou todos os presentes que no próximo domingo, dia 20, se irá realizar o almoço de aniversário do Rancho Folclórico da Casa do Concelho e que o Almoço da Casa do Concelho se irá realizar no dia 5 de Junho. Desde logo convidou todos a estarem presentes, deixou os seus votos para que a colectividade em

festa e seus directores continuem as suas actividades e com isso ajudem a desenvolver o “nosso” Concelho.

Por último foi a vez de usar a palavra a Presidente da Junta de Freguesia de Cabril, Eng. Anabela Martins. A Presidente da Junta iniciou o seu discurso para cumprimentar todos e comentar as imagens que tinham sido projectadas momentos antes,

salientado que a Freguesia do Cabril tinha uma contribuição bem vincada nas mesmas, quer com figuras públicas e bem conhecidas da Freguesia do Cabril, quer com algumas magníficas paisagens. Referiu que todos contribuímos e somos importantes para a promoção do Concelho de Pampilhosa da Serra, convidando todos a visitarem o Concelho.

Continuou para dizer que já tinha falado com os dirigentes da colectividade e agendado algumas acções que eram necessárias em Foz do Ribeiro. Mostrou disponibilidade particular e como responsável da Junta de Freguesia para falar com os mordomos e assim ajudar na realização

das festas de Foz do Ribeiro que ocorrerão no segundo fim de semana de Julho. E como não podia deixar de ser desde logo convidou a todos para estarem presentes nas mesmas.

A terminar agradeceu ao associado sr. Pedro a ajuda que presta à Junta com a sua colaboração, inclusive na participação e troca de ideias sempre com o objectivo de melhorar a

Freguesia do Cabril.Teve então lugar o animado e

participado leilão que foi efectuado pelo sr. Américo, e no final deste houve ainda lugar ao sorteio de prémios, cujos felizes contempladas foram D. Fernanda (1ª prémio) e D. Teresa (2º prémio).

Quanto a mim, agradeço a forma simpática como fui recebido e deixo desde já votos para continuação de bom trabalho à digna direcção da Comissão de Melhoramentos da Foz do Ribeiro.

Manuel de Almeida

Actualidade Regionalismo

Realizou-se na passada semana em Pampilhosa da Serra, dias 4,5 e 6 de março, a 1º Edição

Tour of Portugal. Um evento promo-vido pelo Portugal Offroad com o apoio do Município de Pampilhosa da Serra, que contou com a presença de cinquenta participantes de nacio-nalidade inglesa.

Tratou-se de uma prova de navega-ção com a duração de três dias, onde os participantes tiveram a oportuni-dade de percorrer os principais cami-

nhos rurais deste Concelho, ao longo de cerca de 400 km de terra batida.

Esta prova contou com a participa-ção de vários pilotos internacionais entre os quais Mário Patrão, vencedor da classe maratona no último dakar, Bruno Martins, campeão nacional de UTV e a inglesa Patsi Quick partici-pante finalista em 12 Dakares .

Ao longo deste evento os parti-cipante ficaram alojados no Villa Pampilhosa Hotel e tiveram ainda a oportunidade de saborear algumas

das iguarias de excelência que este concelho tem para oferecer.

A cerimónia de encerramento e entrega de prémios das diversas cate-gorias contou com a presença do Senhor Presidente da Câmara Muni-cipal de Pampilhosa da Serra, José Brito.

A organização faz um balanço muito positivo desta 1º edição Tour of Portugal, ficando patente a vontade de dar continuidade à mesma.

O primeiro Festival de Cami-nhadas chega a Pampilhosa da Serra nos dias 22, 23 e

24 de abril e traz três dias de muita animação com percursos pedestres temáticos, música, workshops, gastro-nomia serrana e a certeza de encon-

trar uma ruralidade de excelência. Percursos pedestres temáticos – “

Flora e Fauna na aldeia de xisto de Fajão”, a “Rota Villa Pampilhosa” e a grande novidade “Walking dead na aldeia de Pessegueiro” - Workshops/Sessões de Esclarecimento sobre

Turismo de Natureza e Rural, Primeiros Socor-ros, Nutricionismo e Construção de Bastões de Caminhada e Degustação de Gastronomia Serrana, são apenas algumas, entre muitas outras maravilhas que poderá desfrutar ao longo deste festival.

Marque já na sua agen-da e esteja atento ao site – www.cm-pampilhosa-daserra.pt – e ao facebook - www.facebook.com/camaramunicipaldapam-pilhosadaserra - do Muni-cípio onde, será lançado brevemente o programa completo e os procedi-mentos para as inscrições.

Não percam esta opor-tunidade.

A abordagem dos temas da internet mais segura e da segurança digital culminou

em Pampilhosa da Serra no dia 14 de março.

Na sequência do repto lançado pela Direção-Geral da Educação, respon-sável nacional pela comemoração do “Dia da Internet Mais Segura”, o Município de Pampilhosa da Serra aderiu à iniciativa através da dinami-zação de várias atividades.

Com o objetivo de sensibilizar para questões relacionadas com a Segu-rança Digital, foram promovidas nos dias 24 e 25 de fevereiro várias ativi-dades junto das crianças do 1º CEB do Centro Educativo de Dornelas do Zêzere e das crianças e jovens do ATL/COJ da Cáritas Diocesana de Coimbra, em Pampilhosa da Serra.

Na semana de 29 de fevereiro a 4 de março, a comunidade sénior que frequenta as aulas de Informática nas

Freguesias, trabalhou o tema da Segu-rança na Internet, tendo a oportu-nidade de refletir sobre um assunto cada vez mais pertinente na sociedade atual.

A adesão do Município a esta inicia-tiva teve também uma sessão dirigi-da às crianças do 1º CEB da Escola Básica e Secundária Escalada, Pampi-lhosa da Serra, no âmbito das Atividades de Enriqueci-mento Curricular.

1º EDIÇÃO TOUR OF PORTUGALWALKING WEEKEND

DIA DA INTERNET MAIS SEGURA

FOZ DO RIBEIRO COMEMORA O 37º ANIVERSÁRIO

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 11

Entrevista SÓNIA LUIS,

PRESIDENTE DA SOCIEDADE UNIÃO E PROGRESSO DE COVANCA«O nosso principal objetivo foi centrado na união da aldeia que infelizmente se foi perdendo ao logo dos tempos. É um objetivo que não está cumprido, embora possa

dizer que hoje está melhor do que esteve antes de abraçarmos este projeto»Sónia Luís pertence a um grupo cada vez mais numeroso de mulheres dirigentes no movimento associativo pampilhosense, mostrando nesta

entrevista ser uma acérrima defensora do desenvolvimento da aldeia de onde é oriunda. Para a nossa entrevistada a melhoria da qualidade de vida da população de Covanca é uma luta à qual se entrega de corpo e alma, colocando os objetivos da sua direção no mesmo plano da sua vida pessoal.

Sónia Luís demonstra ser uma “mulher de armas” que conduz com mão firme a sua equipa por forma atingir os objetivos a que se propõe, trabalhando com orgulho, faz da União o seu principal lema. Carlos Simões

Serras da Pampilhosa – Como caracteriza o grupo que hoje dirige os destinos da Sociedade União e Progresso de Covanca (SUPC)? Teve dificuldades para encontrar elementos para formar este grupo?

Sónia Luís – É um grupo magnifico foram pessoas que se disponibilizaram desde do primeiro dia e que teve como principal objetivo não deixar cair o que foi criado pelas gerações que nos antecederam e que fundaram a SUPC, bem como a manutenção das tradições que vêm de gerações em gerações e que consideramos como padrões fundamentais para a formação cultural e cívica dos nossos filhos. Quanto às dificuldades, há sempre resistências iniciais em assumir um compromisso efetivo. Todos nós temos as nossas vidas profissionais e pouco tempo para as nossas famílias, mas o amor pela nossa aldeia e o apoio da nossa família direta, sem o qual não seria possível assumir uma dedicação tão efetiva, acaba por deixar que tudo se consiga conjugar.

Serras da Pampilhosa – Em que estado é que atual Direção da SUPC encontrou a associação?

Sónia Luís – Infelizmente esta Direção encontrou a SUPC apenas com uma comissão de gestão. Sabemos que é muito difícil para uma Direção chegar ao fim do seu mandato e não existirem novas listas de candidatura. A produtividade, quando estamos à frente duma direção durante anos e anos, muitas das vezes sem sentir o retorno do esforço, acaba por ser desmotivante e é imperativo que se pare um pouco e entrem novas

ideias e novas motivações, para que a aldeia possa beneficiar das valências de todos nós e de tudo o que temos para dar.

Serras da Pampilhosa – Que realizações têm sido levadas a cabo pela associação? Que balanço faz da gestão efetuada pela vossa equipa diretiva?

Sónia Luís – Fizemos tudo o que podíamos ter feito nesta fase, fomos eleitos em setembro de 2014, ou seja, tivemos 2015 em pleno. Realizámos o almoço comemorativo do 47.º aniversário que foi um êxito, estiveram presentes cerca de 160 pessoas. Fizemos um convívio em Covanca, na Páscoa, que foi igualmente um êxito e onde estiveram presentes associados, familiares e amigos de outras aldeias vizinhas. Realizámos a nossa festa anual de Agosto em Covanca. A realização desta festa foi um orgulho para todos os covanquenses. Recebemos artistas de renome nacional e fomos falados positivamente em todo o concelho. Eu, como presidente da Direção, nunca senti a Covanca tão unida e feliz. As famílias estavam juntas, todas as casas tinham pessoas. Foi uma grande alegria para todos os covanqueses. O balanço só pode ser positivo, o lema da nossa aldeia é a união e isso foi conseguido.

Serras da Pampilhosa – Quantos associados tem a comissão atualmente? A cobrança de quotas é eficaz ou essa não é uma prioridade?

Sónia Luís – Atualmente temos 254 associados. A cobrança de quotas por vezes não é eficaz, porque não existem contactos dos associados atualizados e não

temos como os contactar para receber as mesmas. É um aspeto a melhorar e sobre o qual vamos fazer incidir os nossos esforços. A SUPC, como qualquer organização sem fins lucrativos sobrevive de ajudas, donativos e quotizações. E por esse motivo será uma das nossas prioridades conseguir efetuar cobranças eficazmente.

Serras da Pampilhosa – As instalações da SUPC na aldeia têm conhecido vida própria e de forma regular?

Sónia Luís – Neste momento o bar da Casa de Convívio em Covanca abre diariamente para os habitantes e quem nos visita poderá tomar uma bebida, almoçar ou jantar, sendo uma mais-valia para a nossa aldeia. Temos também um apartamento na nossa Casa do Convívio pronta a albergar quem nos visita.

Serras da Pampilhosa – Têm página na internet? Quando surgiu? Considera importante para a associação?

Sónia Luís – Sim temos uma página no Facebook. Esta surgiu há alguns anos atrás criada como uma página pessoal através de um nosso associado. Em 2014 existiu a necessidade de criar uma página oficial da SUPC. Esta página é muito importante. Tem sido fundamental na divulgação da nossa atividade, tem amizades por quase todo o mundo, onde as pessoas ficam deslumbradas pelas nossas paisagens, cultura e tradições. Podem ainda ver muitas fotografias, ficam a saber as atividades a decorrer, os eventos e as notícias da nossa aldeia.

Serras da Pampilhosa – Que projetos tencionam realizar num futuro a curto e médio prazo?

Sónia Luís – Quando iniciámos o nosso mandato apresentámos um plano de trabalho para dois mandatos, ou seja, para quatro anos. As próximas eleições serão em Março. Se continuarmos, certamente que seguiremos o plano de trabalho apresentado, como reabilitar a escola primária de forma existir um local onde as pessoas poderão pernoitar e aproveitar as nossas belas paisagens, e reconstruir o nosso poço do calço, onde todos poderão aproveitar o nosso

maravilhoso rio. Existem muitos projetos para realizar, mas estão condicionadas às verbas/apoios que poderemos receber.

Serras da Pampilhosa – Têm recebido algum apoio com vista à realização dos vossos projetos?

Sónia Luís – Sim, por parte da Junta de Freguesia Fajão-Vidual, Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra e de algumas empresas como a Delta Cafés, Seaside, Dyrup, sem nunca esquecer dos nossos associados e amigos, pois sem a sua colaboração nada seria possível.

Serras da Pampilhosa – Têm parcerias com outras instituições?

Sónia Luís – Sim temos, com a Casa de Concelho da

Pampilhosa da Serra, em Lisboa, e a Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto

Serras da Pampilhosa – Quais têm sido as maiores dificuldades sentidas pela SUPC?

Sónia Luís – As maiores dificuldades sentidas a nível socioeconómico e

dependente do poder local são fundamentalmente as acessibilidades da população aos serviços públicos. A maioria dos residentes em Covanca não tem veículo próprio de forma a deslocar-se ao médico, finanças, segurança social, correios, farmácia e outros. Sendo a maioria das pessoas reformadas e com reformas baixas, elas por vezes não têm meios financeiros para o fazer. Por outro lado, estão dependentes da “boa vontade” a troco de algum valor. Covanca é a última aldeia do concelho de Pampilhosa da Serra, mas é uma das aldeias com mais população. Pensamos que seria uma mais-valia para todo o concelho um autocarro a percorrer a serra

e levar as pessoas junto dos serviços mencionados. A nível exclusivamente local, as nossas dificuldades centram-se na união da aldeia. É difícil agradar a toda a gente. O nosso principal objetivo foi centrado na união da aldeia que infelizmente se foi perdendo ao logo dos tempos. É um objetivo que não está cumprido,

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Entrevista

embora possa dizer que hoje está melhor do que esteve antes de abraçarmos este projeto.

Serras da Pampilhosa – E quais são as vossas prioridades para o futuro?

Sónia Luís – As nossas prioridades são sempre as pessoas. O bem-estar de quem vive na aldeia e a criação de condições para que as novas gerações não esqueçam as suas raízes. Assumimos como lema o bem-estar de todos os covanquenses, não deixando cair no esquecimento todo o trabalho realizado pelas anteriores direções, bem como as tradições e valores que nos foram incutidas pelos nossos avós e pais. E são estes valores e tradições que temos que transmitir aos nossos filhos, de forma a darem continuidade do nosso trabalho.

Serras da Pampilhosa – Em que medida considera a ação das associações regionalistas importante para o desenvolvimento da região? Como antevê o futuro do regionalismo?

Sónia Luís – Todas as associa-ções regionalistas têm um papel fundamental para o desenvolvi-mento regional, porque são estas associações que estão próximas dos seus habitantes das suas aldeias, são elas que sabem quais são as suas necessidades. E como todos sabemos, estas associações juntas têm poder junto das autar-quias locais. O nosso trabalho é de continuidade: a transmissão de tradições e valores às novas

gerações, para que um dia sejam elas orgulhosamente a prosse-guir o nosso caminho. Eu estou a seguir um caminho que o meu pai já fez, mas não sou a primeira nem a única. Muitos outros o fizeram antes de mim e espero que muitos outros o venham a fazer depois. Para além disso, as associações cada vez mais têm como competências a proximi-dade ao povo, deixando o alerta para o que são as responsabilida-des das autarquias locais.

Serras da Pampilhosa – Em que medida a Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra poderia ajudar a SUPC?

Sónia Luís – A Casa de Conce-lho de Pampilhosa da Serra tem sido uma mais-valia para todas as associações do conce-lho, quer a nível de atividades lúdicas, quer como publica-ções regionais e mesmo como ajuda administrativa. Em minha opinião, seria muito útil que a Casa de Concelho de Pampi-lhosa da Serra proporcionasse uma reunião mensal em Lisboa com um representante da Câma-ra Municipal da Pampilhosa da Serra e/ou da junta de freguesia e com as associações, de forma a auscultar as suas necessidades. E porquê em Lisboa? Porque é onde reside a maior parte dos dirigentes associativos, tornando estas reuniões mais frequentadas e consequentemente dinamiza-doras e produtivas a nível global para todo o concelho de Pampi-lhosa da Serra, trocando sinergias e aprendizagem.

«Pensamos que seria uma mais-valia para todo o concelho um autocarro a percorrer a serra e levar as pessoas junto dos serviços»

PERFILSÓNIA MARINA PEREIRA LUÍS, nasceu a 5 de março de 1976 em Lisboa, sendo filha de Alfredo Luiz (natural de Covanca) e de Teresa de Jesus Pereira Luís (natural de Covanca). É casada e mãe de dois filhos. Possui um Mestrado em Serviço Social e trabalha na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

1968 Fundação da colectividade1970 Concedido Alvará pelo Governo Civil de LisboaAprovação dos EstatutosEscritura de constituição1971 Abertura de estrada para a Covan-caConstrução e arranjo do arruamento principal1972 Inicio dos pedidos e contactos oficiais com a Companhia Eléctrica das Beiras e com a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, para instalação da Rede de Electricidade em Covanca.Inicio do estudo, e contactos com as autarquias para construção dos arrua-mentos de Covanca.1973 Beneficiação da Rede de Abasteci-mento de Água.1976 Pedido à Câmara Municipal a construção da estrada Barragem do Alto Ceira –Malhada Chã.Inicio da instalação da Rede Eléctrica de Alta Tensão.1977 Inauguração da Rede de Electrici-dade em Covanca.Abertura do concurso para construção dos arruamentos em Covanca.1978-79 Construção da estrada Covan-ca – Vilar.Efectuado novo pedido para construção da estrada da Barragem do Alto Ceira a Covanca.Construção de arruamentos e Adro da Capela.1980 Melhoramentos na Rede de Abas-tecimento Público de Água.Inicio das diligências para a construção de um Cemitério.Inicio do estudo e formalização do pedi-do à Câmara Municipal, para a constru-ção da Ponte da Cascalheira (acesso ao concelho de Arganil).1981 Inicio do estudo para calcetamen-to das ruas.Efectuado um peditório pela popula-ção para a construção de uma Casa de Convívio.1982 Aprovado em Assembleia Geral a alteração dos estatutos.1983 Aprovada a criação da Secção Desportiva.Pedido orçamento para calcetamento das ruas da aldeia.1986 Abertura do concurso para cons-trução da Casa de Convívio.1987-90 Construção e Inauguração da Casa de Convívio de Covanca, com Bar, Salão de Festas, Posto Médico, Sala da Direcção, residência da professora, sala de reuniões e sala de jogos. 1991 Melhoramentos nos arruamentos e na Poça Longa.

1992 Criação da Secção Desportiva e Cultural.1993-95 Construção de novo reserva-tório de água e reforço da captação.1996 Pedido de alcatroamento da estra-da da Barragem – Covanca.Efectuada terraplanagem do terreno para o Recinto Polidesportivo.Melhoramento de caminhos e arrua-mentos.1997 Construção de furos de captação de água para rede pública.Construção do Cemitério de Covanca.1998 Apresentação de projecto do Poli-desportivo.Construção de nova Capela.1999 1º Lugar no Torneio Inter Aldeias em futebol de 5.Pedido á Câmara Municipal de Pampi-lhosa da Serra, diligências no sentido de se realizarem consultas por um Médico em Covanca.A Câmara Municipal entregou à colecti-vidade o edifício da antiga escola primá-ria.Inauguração do alcatroamento das estra-das de acesso a Covanca e região do Alto Ceira.Apresentação de um projecto para uma pousada, “Casa Abrigo” , no edifício da antiga escola.2000 1º lugar no torneio Inter Aldeias em futebol de 11.2º lugar no torneio Inter Aldeias em futebol de 5 (veteranos).Levantamento topográfico do local do Recinto Polidesportivo.Participação no arranjo da zona de pic-nic na Barragem do Alto Ceira.Entrega da exploração da rede de abas-tecimento público de água à Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra.Melhoramentos no Campo de Futebol do Cabeço do Vilar.2001 Assinatura da escritura do terreno do Recinto Polidesportivo.Melhoramentos e aquisição de equipa-mentos de hotelaria e outros para a Casa de Convívio.Abertura de novos caminhos para propriedades e para o Rio Ceira.Criação de uma página na Internet.2002 Reconstrução do reservatório de água da rede pública e reforço da capta-ção.Construção e melhoramento de cami-nhos e escadarias na aldeia de Covanca.Alargamento da estrada e pontão junto à Barroca.Nova terraplanagem do terreno do Recinto Polidesportivo.Reconstrução de três pontões.Construção da Ponte do Chão da Obra.

2003 Apresentação e aprovação em AG do projeto da “Casa das Azinheiras” para turismo rural.Acção de alfabetização de idosos em Covanca.2004 Apresentação do projeto do Recinto polidesportivoAprovação de novos estatutosColaboração com a Câmara Municipal na construção do Saneamento Básico e ETARColaboração com a Câmara Municipal na construção da Rede de Abastecimen-to de águas2005 Aprovação do Regulamento InternoInstalação e funcionamento de Posto Médico com visita periódica de médicoInauguração do Recinto polidesportivo e Recinto de festasEntrega da candidatura a declaração de Instituição de Utilidade pública2006 Recuperação de infraestruturas danificadas pelas cheias2007 Construção de casas de banho no Recinto de festas2008 Início do processo de remoção de ruínas de casas velhas no centro da aldeia2009 SUPC declarada Instituição de Utilidade Pública;Início da remoção das ruínas no centro da aldeia para construção de zona de lazerAcolhimento do 4.º Encontro Convívio das Coletividades Fajaenses e Amigas2010 Construção da Piscina de Covan-ca2011 Conclusão das obras da Piscina, Balneários e áreas circundantes;Entrada em funcionamento da Internet Wireless em Covanca2012 Conclusão do largo de Santa Barbara no centro da aldeia;Conclusão do Heliporto do Alto CeiraInstalação de antena rede móvel Voda-fone 3G2014 Manutenção da Casa de Convívio de Covanca e sua Reabertura 2015 Manutenção do PolidesportivoManutenção da “Casa da Professora”

Contactos:Sede: Casa de Convívio de Covanca, Rua António Paulo de Jesus, Covanca, 3320-079 Pampilhosa da SerraDelegação: Rua das Escolas Gerais, 82 -1100 -220 LisboaCorreio eletrónico: [email protected]/ Sítio na Internet: www.facebook.com/supcovanca.

HISTORIAL DA SOCIEDADE UNIÃO E PROGRESSO DA COVANCA

Assembleia - GeralPresidente: Alfredo LuizVice – Presidente: Carlos SimõesSecretário: Paula Nunes

DireçãoPresidente: Sónia LuísVice-Presidente: Marco LuísTesoureiro: João Francisco2.º Secretário: Paula Camba

1.º Vogal: José Pereira Simões2.º Vogal: Cátia Francisco

Delegado da Direção em CovancaJosé Gonçalves

Conselho FiscalPresidente: Ricardo CunhaSecretário: Fernando SilvaRelator: Ana Rita Luís

CORPOS SOCIAIS DA SOCIEDADE UNIÃO E PROGRESSO DA COVANCA

Nos termos do Capitulo IV, Secção II, alínea b), nº 2 do artigo 22º, e nº 1 do artigo

23º do Compromisso da Santa Casa de Misericórdia de Pampilhosa da Serra, convoco a Assembleia-geral para reunião ordinária a realizar no dia 05 do mês de Abril, pelas 18h30m, na SALA DE CONVÍVIO DA MISERICÓRDIA (ERPI Lar – Sede), sita na Rua Rangel de Lima, nº 104, com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS1. Tomar conhecimento da Ata

nº4/2015 da Assembleia-geral, sessão ordinária de 30 de Novembro de 2015;

2. Apreciação, discussão e aprovação

do Relatório de Atividades e Contas do Exercício do ano económico de dois mil e quinze e Parecer do Órgão de Fiscalização;

3. Atribuição do Titulo de Benemérito da Irmandade da Misericórdia ao Irmão Senhor Rui Manuel Almeida Cortês Olivença, conforme estipulado no artigo 38º, nº 1 do Compromisso;

4. Ratificação da deliberação da Assembleia-geral anterior, para autorização da venda do artigo rústico nº 12388;

5. Tratar de quaisquer outros assuntos de interesse para a Instituição.

Se á hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados

com direito a voto, a Assembleia-geral funcionará, em segunda convocatória, meia hora mais tarde com qualquer número de sócios presentes.

Agradece-se a presença de todos os Irmãos, não só para participarem nos trabalhos da Assembleia, mas também para que tomem conhecimento, quer da evolução da instituição, bem como dos seus atuais problemas.

Pampilhosa da Serra, 01 de março de 2016

O Presidente da Assembleia Geral João Manuel de Matos Ramos

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE PAMPILHOSA DA SERRACONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

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12 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 13

Regionalismo Opinião

Já vai para muito tempo que mantenho o hábito de registar tudo o que me parece que pode vir a ter interesse

literário. Registo episódios que me despertam a atenção, anedotas pouco comuns, ou outras pequenas historietas que em princípio não interessam a mais ninguém.

Nos meus apontamentos constam várias anedotas tradicionais que fui ouvindo aos meus pais e avós, e sempre tive um carinho especial por elas. Também fui registando certas tradições e ocorrências de outros tempos, sem saber muito bem o que fazer com elas.

Por outro lado, recorrentemente ao evocar certos episódios da minha infância em Vale Serrão - como acontece às vezes nas conversas entre amigos - fui ouvindo a sugestão de escrever algo sobre isso. Contudo, nunca levei esses comentários a sério; a razão é simples, não tenho gosto ou curiosidade por literatura de pendor autobiográfico, nem entendo que o meu caso particular possa ter qualquer interesse para os leitores.

Numa outra vertente também sou um estudioso dos vários tipos de cognição, e dentro desses temas interesso-me especialmente pela memória.

Em paralelo, e sem ter a intenção de escrever já um romance como O Vale da Tentação - mas sabendo que numa altura qualquer o escreveria - fui ensaiando um tipo de composição que pudesse simular o processo de codificação e recuperação de memórias praticado pelos contadores de histórias tradicionais.

Então, mais ou menos há dois anos, cruzei-me com um conto de origem romena relacionado com a confecção de papas de milho. A fim de não levantar véus sobre o conteúdo do livro, não o vou reproduzir agora! Refiro apenas que entendi que o seu tema poderia servir como o eixo em torno do qual giraria toda a acção do romance.

Depois tratou-se de inventar as personagens e os lugares da acção; pretendi que fosse tudo ficcionado porque sabia que quanto à verosimilhança na caracterização dos ambientes, isso estava eu em condições de garantir. Os leitores mais atentos e conhecedores não deixarão de reconhecer pequenas descrições e episódios que evocam a nossa terra.

Sei que vou ser objecto de muitas críticas, ou porque não fui exaustivo, ou porque deturpei um episódio ou outro, ou ainda porque exagerei este ou aquele pormenor. Mas a literatura não é nem Antropologia, nem História, e a liberdade criativa tem de ser um imperativo inegociável. Por outro lado, um romance ou tem uma intenção de universalidade, ou a sua qualidade está comprometida. Sendo assim, o autor está sempre perante a tarefa de partir de um mundo para

criar outro igualmente possível, mas de natureza virtual.

O Vale da Tentação foi escrito numa linguagem extremamente despojada, a razão é a seguinte: O leitor tem de se concentrar na reconstrução sequenciada da narrativa, não lhe é dada a possibilidade de adoptar uma atitude passiva.

Estou ciente que nem todas as personagens serão do agrado geral, algumas gerarão desconforto ou mesmo repulsa. Mas não é essa a função da arte? Gerar a perplexidade e a inquietação; enfim aquele estado de alma que nos faz olhar para as coisas por outras perspectivas? Por outro lado, certamente ninguém estaria interessado em ler duzentas páginas plenas de previsibilidade e rotina. Algum excesso as personagens têm de ter, ou então não pertenceriam ao reino da arte!

Nesta primeira nota devo referir que tive muitos apoios para poder publicar este trabalho, de entre eles destaco a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra que através da Exma. Senhora Vereadora da Cultura Alexandra Tomé, e do Exmo. Sr. Presidente José Brito. Desde a primeira hora têm estado comigo dando-me um apoio com o qual eu não contava, mas que por isso mesmo tem sido muito encorajador. Para eles o meu incondicional bem haja.

O livro é, a exemplo do primeiro, editado pelas Edições Parsifal e distribuído pelo Clube do Autor. A partir do dia 14 de Abril estará em todas as livrarias, e aí começa realmente a sua vida. Ora, para além de apoios institucionais, tem de se dizer que não há autores sem leitores. É por isso que desde já agradeço a quem tiver a amabilidade de o ler que me ajude na tarefa de o divulgar. A melhor publicidade é a que vai da boca para o ouvido, olhos nos olhos, e esse é o único caminho que me interessa percorrer.

António Lopes

António Lopes, nasceu em 1964 na aldeia de Vale Serrão, concelho de Pampilhosa da Serra,.

Em 1970, a sua família muda-se para Lisboa. Após a licenciatura em Filosofia pela Universidade Católica, inicia uma carreira de docência.

Em 2003, a constante vontade de aprender fá-lo regressar à universidade, para estudar processos cognitivos e as suas dinâmicas evolucionárias na área dos valores. O resultado é um mestrado em Filosofia Social e Política, pela Universidade Nova de Lisboa.

Atualmente é professor de Filosofia no ensino secundário. O livro “Como se fosse a última vez “ foi a sua primeira obra.

A PROPÓSITO DA PUBLICAÇÃO DO MEU PRÓXIMO LIVRO, O VALE DA TENTAÇÃO

Núcleo Empresarial Quinta da Portela - Pavilhão 382670-541 Loures

Tel: 219 831 849 Email: [email protected]

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IMPRIMIMOS AS SUAS IDEIAS

Numa época em que o país se continua a debater, sabe-se lá até quando, com graves

problemas de natureza económica e financeira que afectam as famílias e, de modo sensível, a gestão do poder local, designadamente em concelhos como o nosso, é necessária disciplina na gestão dos recursos e rigor na seriação dos projectos considerados prioritários, tendo sempre por meta, para além da satisfação das necessidades da população, o crescimento e a afirmação do município nas mais diversas áreas. E tudo se tornou mais difícil com a aplicação da Lei dos Compromissos que, face ao endividamento de muitas câmaras, que não a nossa, veio determinar novas regras tendentes a restringir a acção das autarquias no capítulo da assunção de despesas.

É o que me parece transparecer do Orçamento e das Grandes Opções do Plano para 2016, dois importantes documentos que constituem a base da administração municipal para o corrente ano e que já mereceram a aprovação da Assembleia Municipal no exercício das atribuições que a lei lhe confere. Trata-se de documentos norteados por um conjunto de princípios básicos que é necessário ter em conta e que, no fundamental, se ajustam a objectivos que têm a ver com a qualidade de vida dos munícipes, designadamente no que respeita à coesão social, à economia, emprego, cultura e desenvolvimento.

Uma comparação destes documentos orçamentais com os dos anos recentes deixa perceber a continuidade da dinâmica e do esforço que o executivo tem vindo a fazer para conseguir uma situação financeira mais favorável e equilibrada. Mas continua a persistir a ocorrência de alguns factores externos de sinal negativo que escapam ao seu controlo, tais como o agravamento do fenómeno da diminuição da população e a crise social e financeira que faz redobrar os esforços no sentido da compatibilização dos recursos com as necessidades de desenvolvimento.

Mas a verdade é que o nosso município, embora afectado por tais contrariedades, continua na linha duma política prudencial tanto no que respeita à previsão das receitas para 2016 como no rigor da aplicação dos dinheiros públicos de modo a ir ao encontro das necessidades mais prementes dos munícipes. Em tal perspectiva, são de salientar algumas medidas de natureza financeira que perseguem esse objectivo, tais como

a decisão de fixar as taxas do IMI, um imposto que não cessa de aumentar em grande número de concelhos, no limite mínimo estabelecido pelo Código do Imposto Municipal sobre Imóveis e a redução das taxas máximas do imposto concernente aos imóveis destinados a habitação própria e permanente, medida esta que irá abranger parte significativa dos agregados familiares.

Sabendo-se que um Orçamento, como a própria designação sugere, não é um mero exercício de natureza previsional das receitas e das despesas a arrecadar ou a despender, na medida em que se reveste de muita importância como garante da transparência da gestão autárquica, habilitando o executivo a dar resposta adequada aos problemas a enfrentar no decurso do ano a que diz respeito.

Em termos gerais, o Orçamento/2016 mostra que as receitas correntes, que vinham diminuindo desde 2010 e que se acentuou em 2013, retomam a partir daí uma trajectória positiva. Tomando por base de cálculo o ano de 2013, a sua evolução mostra um crescimento de 11,2% em 2014, de 11,3% em 2015 e em 2016 essa tendência sobe para 11,9%, uma sequência de indicadores que vão confirmando um comportamento positivo. Pelo contrário, as receitas de capital apresentam uma evolução negativa desde 2011, o que terá fundamentalmente a ver com a crise e a redução dos quadros comunitários. De facto, nos últimos 4 anos esta variação de sinal negativo assume contornos preocupantes, na medida em que têm implicações directas na redução da capacidade de investimento do município. Fazendo a comparação dos valores desta rubrica com o ano de 2013, nota-se que em 2014 as receitas de capital baixaram 40,3%, em 2015 diminuíram 62,0% e a previsão para este ano mostra uma quebra de 70,5% em relação à base considerada.

No capítulo das despesas, estamos perante um certo equilíbrio nos dados relativos ao período de 2013 a 2016, embora com ligeiras quebras em 2014 e 2015 mas com uma evolução positiva em 2016, ano em que as despesas correntes superam os valores verificados em 2013 em 3,8%. Já no que se refere às despesas de capital, a sua trajectória é negativa desde 2010, com maior incidência a partir de 2011, mantendo essa quebra nos anos seguintes em evidente sintonia com a quebra das receitas de capital relativas ao mesmo período.

Uma breve análise das G r a n d e s Opções do Plano (GOP) para 2016 revela que o objectivo “ f u n ç õ e s s o c i a i s ” absorve uma considerável fatia da verba global, o que mostra uma linha de continuidade nas preocupações do executivo neste importante sector, em que se destacam os programas de acção social, protecção do meio ambiente e conservação da natureza, bem como as áreas da cultura e do desporto, recreio e lazer. Os programas dedicados à satisfação de necessidades básicas da população como o saneamento e o abastecimento de água não são esquecidos nos projectos previstos para o corrente ano, mas em volume crescentemente menos expressivo em virtude de estes sectores terem já atingido um grau de execução que coloca o concelho no número daqueles que mais progrediram nesta matéria.

No programa das “funções económicas”, nas GOP para 2016 destaca-se a construção e beneficiação de arruamentos em diversas povoações, merecendo especial realce pela sua importância e esforço financeiro que envolve, o projecto de reabilitação do mercado municipal. Igualmente, o que é de saudar, o programa do turismo é contemplado com diversos projectos ligados a este importante sector de modo a dar continuidade ao esforço de criar condições com o objectivo da promoção externa do concelho num domínio que se afigura vital para o seu desenvolvimento.

A terminar estas considerações, parece poder concluir-se que o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2016 reflectem a preocupação social do executivo camarário, elegendo esta área como uma das bandeiras da sua acção e que se encontra apostado em continuar a desenvolver o concelho de modo a que os pampilhosenses possam desfrutar de melhores condições de vida, tanto através de acções de apoio aos jovens e à maternidade como de ajuda a combater a solidão dos idosos dinamizando actividades adequadas à sua idade e anseios.

Aníbal Pacheco

ORÇAMENTO & PLANO/2016- UM PROJECTO DE CONTINUIDADE

Vai realizar-se no próximo dia 24 de Abril de 2016 o almo-ço de convívio comemora-

tivo dos 60 anos da fundação da coletividade, na Casa de Convívio, em Vale Serrão.

A ementa vai ser o tradicional cozido á portuguesa, e promete ser uma tarde de alegre convívio entre os que quiserem e puderem estar presentes.

As festividades começarão com missa na nossa capela pelas 11.00 horas celebrada pelo Pároco de Pampilhosa da Serra.

Pelas 13.00h terá início o nosso almoço, que á semelhança de anos anteriores, constituí o ponto alto da celebração e fraterno convívio entre Valserensenses, convidados e visitantes.

Haverá lugar durante o almoço a uma cerimónia de homenagem a três ilustres sócios da nossa coletivi-dade, sendo eles o Sr. Américo Bara-ta Lopes, o Sr. José Lopes Pereira, e um terceiro que será surpresa.

Como também, apesar do ambiente de festa, é necessário também algum trabalho teremos

pelas 17.00 horas a Assembleia Geral da coletividade onde serão analisadas as contas do ano transa-to, orçamento para o corrente ano e discutidos assuntos de interesse geral para a nossa terra e para o regionalismo serrano.

Mas o programa não acaba aqui, continuaremos a confortar os nossos estômagos com um deli-cioso caldo verde feito com couve das nossas Serras, com acompanha-mento de febras de porco. Apesar de o tempo ser de crise queremos que os presentes saiam de estômago

e espirito confortados.Como não poderia deixar de

ser, e as celebrações não ficariam completas, teremos a actuação de artistas das nossas Serras não havendo ainda programa definido.

Como podem verificar é um programa que promete um dia em cheio, basta que compareçam e que se façam acompanhar de familiares e amigos. Prometemos um dia de diversão, convívio e animação.

Podem inscrever-se para os seguintes endereços ou telefones, até dia 20 de abril:

Barata Lopes: 91 877 60 66 / 96 895 01 06 ou [email protected]

Pedro Pereira: 93 909 10 14 ou [email protected]

Fernando Santos: 96 309 00 05 ou [email protected]

Élia Rocha: 93 3506958 ou [email protected]

Cristina Gonçalves: 96 606 49 23 ou [email protected]

Coletividade: [email protected]

António Barata Lopes

ALMOÇO E ASSEMBLEIA GERAL DA UNIÃO PROGRESSIVA DE VALE SERRÃO

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14 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Regionalismo Actualidade Cultura Opinião

Foi com profunda consternação que recebi a notícia do falecimento

do director do nosso Jornal, Armindo Antunes, homem íntegro dotado de qualidades de carácter e cidadania ímpares e um pampilhosense dinâmico, atento e dedicado às causas do nosso concelho e suas instituições e lídimo lutador pelo seu progresso e condições de bem estar das suas gentes. Prova disso são os vários cargos que exerceu na vertente do Regionalismo, especificamente nos órgãos sociais da Casa do Concelho, em Lisboa, com destaque para as funções de Director do nosso jornal “Serras da Pampilhosa”, cargo que exerceu até a morte o vir agora arrebatar, quando ainda muito havia a esperar de si. Prova disso é também todo o seu esforço e contributo no desenvolvimento e modernização da sua aldeia natal, Póvoa da Raposeira da freguesia de Unhais-O-Velho. Prova disso é ainda todo o seu labor nas várias instituições que serviu quer como dirigente quer como simples associado. Já neste período de doença que o viria a vitimar, ainda teve força e entusiasmo para participar em actividades culturais promovidas pela Autarquia, com quem sempre colaborou e manteve relações amistosas, e para encabeçar a constituição da novel Associação dos Combatentes do Ultramar naturais do nosso concelho, uma homenagem a todos os jovens pampilhosenses que, no tempo da Guerra Colonial, expuseram as suas vidas pela Pátria, alguns dos quais vindo mesmo a perdê-las. Foi sócio fundador, tinha destinado o cargo de Presidente, mas infelizmente já não chegou a tomar posse.

O Armindo era um verdadeiro lutador na plena acepção da palavra. Lutou por causas nobres e lutou até à exaustão pela própria vida.

Mas o Armindo era também um amigo de peito para todos os seus amigos, no número dos quais me incluo. Conhecemo-nos no início da década de sessenta, quando assumi a paroquialidade da freguesia de Unhais-o-Velho e logo se estabeleceu uma relação de sincera amizade entre nós e sua família, sem esquecer o seu irmão João, então ainda miúdo, para mim o Joãozito, infelizmente também ele já falecido há anos, ainda muito

novo. Pouco tempo depois, o Armindo partiu para o Ultramar onde cumpriu o serviço militar e por lá ficou até regressar às origens. Mantivemos contacto através de correspondência particular, ainda que rara, mas sobretudo através do jornal do concelho “Correio da Serra” entretanto criado. Fiz parte da equipa fundadora chefiada pelo então Arcipreste da Pampilhosa, o saudoso Padre Carlos Borges das Neves e fui chefe de redacção, aí mantendo uma crónica com o título de “Ditos e Factos”.Um dos leitores assíduos era o Armindo que muitas vezes me enviava comentários amistosos ditados pela sua amizade. Estes “Ditos e Factos” foram a génese dos que agora escrevo para o nosso “Serras”. O Armindo o exigiu num dos nossos encontros: - “tem que começar a escrever uns “Ditos e Factos” para o nosso jornal “Serras da Pampilhosa”. Aceitei o desafio. Um pedido de um amigo é uma ordem. Muita pena tenho de ele já não os ler a partir de agora. Continuam connosco a sua memória, o seu exemplo e o seu espírito de lutador. A mim, pessoalmente, marcaram-me esse espírito, essa força e essa esperança de vencer. Ele compreendeu que todos somos aprendizes da dor, que ela é a grande mestra da vida e que só o sofrimento poderá dizer da nossa grandeza de alma e do valor do nosso coração. Por isso, lutou e não tombou como um derrotado. Partiu como um vencedor, apesar do calvário que foram para si particularmente estes dois últimos anos de vida.

Pelo que foi, por tudo o que fez de bom na vida ao serviço dos seus concidadãos bem merece uma justa homenagem, pelo menos na sua terra natal.

A minha aqui fica nestas singelas mas sinceras linhas. Descansa em paz, Armindo.

Ao mesmo tempo quero que elas sejam também uma presença amiga junto da Lisete, sua viúva, dos filhos, netos e demais familiares, a cuja dor me associo e a quem envio as mais sentidas condolências.

Ramos Mendes

DITOS E FACTOSCULTURA POPULAR AGRICULTURA/AZEITE

Dia 10 de Abril de 2016 - 13:00 hNo Grupo Sportivo AdicenseRua de São Pedro, 20-20A – Lisboa

Alfama – junto ao Museu do FadoVem conviver e confraternizar

connosco neste grande diaPreço: 15,00€ (não sócios) –

13,50€ (sócios com quotas em dia) Crianças: Grátis (até aos 5 anos) –

50% (dos 5 aos 10)Inscrições até dia 31 de março para: Carlos Espirito Santo – 934 262 878 ou

Michael Marques - 936 162 765

ASSEMBLEIA GERAL – CONVOCATÓRIA –Assembleia Geral da Liga de

Melhoramentos de Janeiro de Baixo, que terá lugar no mesmo dia pelas 15:00 horas, com a seguinte ordem

de trabalhos:1. Apreciação, discussão e votação

do Relatório e Contas da Direção, relativo ao ano de 2015, e apresenta-ção do Parecer do Conselho Fiscal;

2. Apresentação e discussão de qualquer assunto de interesse para a coletividade, bem como para o desenvolvimento e qualidade de vida da população da Freguesia de Janeiro de Baixo e da região.

Não havendo, à hora marcada número suficiente de associados a Assembleia geral poder funcionar, esta terá lugar meia hora depois, com qualquer número de associados e com a mesma ordem de trabalhos.

A Liga de Melhoramentos de Janeiro de Baixo

ALMOÇO E ASSEMBLEIA GERAL DA LIGA DE MELHORAMENTOS DE

JANEIRO DE BAIXO

EVENTOS DE COLETIVIDADES REGIONALISTAS PAMPILHOSENSES

É habitualmente durante o primeiro semestre de cada ano que as coletividades regionalistas reali-zam as suas assembleias gerais, os seus almoços

de aniversário e outros eventos, principalmente na região da grande Lisboa. Assim, até ao momento chegou ao nosso conhecimento o agendamento dos seguintes eventos:

25 março – Liga de Melhoramentos da Póvoa da Raposeira – 8:30 h, Torneio de Sueca, Almoço e Lanche na Casa de Convívio;

25 março – Comissão de Melhoramentos do Esteiro – Assembleia Geral – 17 horas, na Casa de Convívio de Esteiro;

25, 26 e 27 março – Comissão de Melhoramentos da Póvoa – Festa de Páscoa na Aldeia – Convívio, espetáculo, animação, Noites da TV Póvoa e Grupo Geração 3.

26 março - Liga Melhoramentos Aldeia Fundeira – 13 horas, almoço de convívio e à tarde a atuação dos grupos de concertinas “Os Serranitos” e “Concertinas da Corredoura”;

26 março - Comissão Associativa de Melhora-mentos de Camba – 12:30 horas – Almoço de Conví-vio de Páscoa, na Casa de Convívio de Camba;

26 março – Comissão de Melhoramentos de Ceiroquinho – 13:00 horas -. Almoço de anual - restaurante “O Pascoal”, em Fajão.

26 março - Sociedade União e Progresso de Covanca – 12:30h – Almoço de Convívio de Páscoa em Covanca; 15:00 horas - Assembleia Geral – na Casa de Convívio de Covanca;

26 março – Comissão de Melhoramentos de Esteiro – 17 horas – Lanche de Convívio e baile abri-lhantado pelo agrupamento musical “Sons do Zêzere” de Dornelas do Zêzere;

26 março - União Progressiva de Machio de Baixo – 13:00 h – Almoço de Páscoa e Inauguração da reno-vada Casa Recreativa de Machio de Baixo;

26 março - Comissão de Melhoramentos de Aldeia do Meio – Festa-Bailarico de Páscoa na aldeia, 22:00 horas;

02 abril – Início do Torneio de Futsal Inter-filiadas da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, a reali-zar em Lisboa, em recinto a designar;

03 abril – Grupo Unidos e Progresso de Gralhas – Assembleia geral – 9:30 horas – e Almoço de aniver-

sário – 12:30 h – Cantina da Universidade Lusófona, Campo Grande, Lisboa;

10 abril – Feriado Municipal de Pampilhosa da Serra

10 abril – III Encontro de Concertinas da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, 15:00 horas

10 abril – Liga de Melhoramentos de Janeiro de Baixo – Almoço Anual – 13:00 horas, no Grupo Sportivo Adicense, em Alfama. Assembleia Geral no mesmo local, 15:00 horas.

17 abril – Sociedade Recreativa e Progresso Ceiro-quense (Ceiroco – Fajão) – Almoço de aniversário, no restaurante Cordeiro, em Corroios;

24 abril - União Progressiva de Vale Serrão – Comemoração dos 60 anos de fundação: 11:00h -Missa, 13:00 h - Almoço de Convívio, 17:00 h – Assembleia Geral, seguido de convívio com caldo verde, febras e música para dançar.

8 maio - Comissão Associativa de Melhoramentos de Porto da Balsa – 12:30 h – Almoço de Convívio, na cantina da Universidade Lusófona, Lisboa;

15 maio - Comissão de Melhoramentos de Casta-nheira da Serra – 12:30 h – Almoço de aniversário, na cantina da Universidade Lusófona, Lisboa, atuação do grupo “Os Serranitos;

29 maio – Almoço de Homenagem a Carlos Simões, 12:30 h, na Quinta Valenciana, Fernão Ferro;

01 junho - Comemorações dos 75 anos de funda-ção da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra;

05 junho - Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra – 12:30 h – Almoço comemorativo do 75º aniversário da Casa e do 17º Aniversário do Jornal “Serras da Pampilhosa”, na sede, Alfama, Lisboa;

12 junho - 11º Encontro Convívio de Coleti-vidades Fajaenses e amigas – 12:00 h – no recinto de festas de Nª. Srª. da Guia, em Fajão.

Outros eventos de outras coletividades se realizarão durante 2016, que serão divulgados após receção dessa informação (enviar por email para [email protected]).

Não faltem. A vossa participação é a motiva-ção para que o associativismo regionalista seja cada vez mais forte e interventivo. Apoiem o movimento regionalista.

Carlos Simões

Nota de Abertura

É minha inten-ção com esta coluna, intitu-lada «Cultura Popular» ter a

oportunidade de publicar no Serras da Pampilhosa artigos sobre tradi-ções e costumes populares, que têm por objecto o estudo da cultura das nossas comunidades e dos seus aspectos fundamentais, integrados no quadro da temática etnográfica, que passarão por sectores vários da abor-dagem, como a ergologia, tecnologia, costumes sociais e profissionais, usos e costumes, crença popular, literatura popular, alimentação e ciência popu-lar, entre outros.

Nesses artigos sigo uma metodo-logia, baseada numa perspectiva de etnografia passiva, ramo que não alte-ra em nada a evolução da vida de uma comunidade, apenas pretendendo retratar o balanço da sua vida cultural, no sentido da sua prática e memória nos enriquecer a todos.

Por outro lado cada artigo será destinado a uma temática precisa, onde tomarei a liberdade de integrar a forma de Narradores. Imaginemos o autor desta coluna um Etnógrafo que está a fazer um Levantamento Enográfico, por várias zonas do País, para além do concelho de Pampilho-sa da Serra. Cada Narrador descre-ve essa actividade, de acordo com a memória colectiva que recebeu da sua localidade de origem, embora não a identifique aqui.

Os relatos são baseados em estudos de casos verídicos, de acordo com a Disciplina e/ou Módulo de Enogra-fia que tenho lecionado em várias Universidades Séniores e Cursos de Formação Profissional.

TEMA: O AZEITE

Primeiro NarradorComeça a apanha da azeitona,

muitas vezes de forma comunitária, saindo em grupo em direcção aos olivais. O grupo, por vezes cantava e tocava o buzio. Era um trabalho difí-cil, com chuva e frio, principalmente porque a maioria dos olivais se situa-vam em encostas muito acentuadas.

Quando chegavam, e se estava muito frio, precisavam de fazer uma fogueira para se aquecerem e come-çarem a trabalhar. As mulheres esten-diam os panos debaixo das oliveiras e os homens subiam às oliveiras, através de escadas ou subiam por si nas partes mais baixas.

As mulheres apanhavam a azeitona que ia caindo, juntando-a e limpan-do-a de folhas o melhor que podiam.

Quando terminavam uma oliveira passavam à seguinte, repetindo-se o ritual. Ao fim do dia ensacavam a azeitona e regressavam.

Junto ao lagar havia umas “tulhas”, numeradas onde iam colocar a azei-tona até chegar a sua vez de ser moída no lagar.

Antes de a levarem ainda tinham que a limpar, ou seja retirar-lhe as folhas o mais possível. A melhor maneira era atirá-las ao ar para as folhas voarem. Nesses tempos os terrenos eram todos aproveitados e escolhidos para plantar o que acha-vam mais apropriado. Nos terrenos

mais planos plantavam-se os cereais.Agricultores com sabedoria!

Segundo NarradorO azeite provém da azeitona, que é

o fruto da oliveira.Pelo fim do outono/princípio do

inverno, a azeitona é colhida (atual-mente por meios mecânicos), no entanto vou descrever o modo como se processava, nos tempos da minha meninice, ou seja manualmente.

Porque a quantidade de oliveiras de cada família não era muito grande, ajudavam-se uns aos outros. Juntan-do-se em grupos, entre familiares ou os amigos, que eram mais próximos e cada dia colhiam, manualmente, a azeitona de um dos elementos, até acabar, passando depois para o próxi-mo e assim sucessivamente, até ao último do grupo.

Quando chegavam ao olival, faziam uma fogueira, para se aquecer e cozi-nharem as refeições. Assavam chou-riças e morcelas e comiam com pão, bebendo vinho, da sua produção.

Subindo a altas escadas de madei-ra, que encostavam às oliveiras, de maneira a terem segurança, ripavam as azeitonas que caiam sobre panos, toldos, que antes tinham sido esten-didos debaixo da oliveira, de modo a que a azeitona fosse o menos possível para a terra.

Destes toldos era escolhida, por mulheres, alguma da melhor azeitona (a mais grossa e mais sã) para ser trata-da e conservada, e assim fazer parte da alimentação das famílias durante o ano.

Escolhida e limpa de folhas, (para o que se utilizava o vento) a restante era ensacada, para depois seguir para o lagar.

Estes “ranchos” de homens e mulheres, apesar do muito frio que se faz sentir nessa época do ano, anda-vam sempre contentes, cantando ao desafio entre todos e contando anedotas. Divertiam-se muito!

Ao fim do dia, as sacas de azeitona eram transportadas em carros de bois para casa dos proprietários e quando acabasse a colheita, iam para os lagares onde era moída em mós de pedra, por um aparelho de rosca, que era mano-brado por uma junta de bois, tal a força necessária para o esmagamento.

A massa obtida era espalhada por umas placas de juta (as ceiras) e espre-mida, para retirar o azeite que era encaminhado para as caldeiras de água a ferver, sendo depois separado o azeite, que segundo o grau de matu-ração da azeitona e do tempo em que esteve em tulha, dava um grau de acidez mais, ou menos elevado.

Nas ceiras ficavam os caroços e as cascas moídas. Era o bagaço que servia para alimentar os porcos, etc.

A operação a seguir era a medição do azeite correspondente a cada um.

Vinha um homem do lagar chamar a minha avó, para assistir à medição e se calhava em época de eu estar a passar uns dias com ela, pedia-lhe para me levar, porque para além de eu gostar de ver toda aquela azáfama, já ia a contar com o “petisco”…

Levávamos fatias de pão centeio que encostadas às portas das caldei-ras, ficavam umas torradas maravilho-sas, que depois eram regadas com o azeite, tirado diretamente da caldeira. As chamadas tibornas, que eram um manjar dos deuses. Eram partilhadas

com o pessoal do lagar. O pagamento do trabalho do lagar

era feito com azeite, que depois o proprietário do lagar vendia.

Não havia pagamento ao pessoal da colheita e apanha, pois que se pagava com o trabalho em comum.

Normalmente as filhoses do Natal, já eram fritas em azeite novo e as bata-tas com o bacalhau da ceia de Natal temperadas com ele, para o que se usavam as almotolias.

Algumas pessoas ainda usavam o azeite para iluminar as casas, tendo candeias, para esse efeito.

Embora tenha nascido e vivido numa vila, sempre gostei da vida da aldeia e por isso, sempre que tinha férias, pedia aos meus pais para me deixarem ir para junto da minha avó. É da aldeia e da convivência com as suas gentes, que guardo boas memó-rias, como acima descrevo.

Terceiro NarradorNa minha terra e arredores há

muitos olivais. Daí produzir-se muita azeitona.

Passo a explicar o processo desde a apanha até chegar ao azeite.

Em Novembro os donos dos olivais contratam ranchos ali das redondezas para a apanha da azeitona. De manhã cedo vão os carros de bois com o pessoal e os preparativos que são os toldos, as sacas, as varas e os cestos. Ao chegarem ao olival as mulheres esten-dem os toldos em volta das oliveiras e os homens começam a varejar a azeitona para cima dos toldos. Depois enchem-se as sacas para se porem no carro de bois à tarde. Depois da azei-tona estar apanhada vai para o lagar.

Chegada a azeitona ao lagar começa a azáfama de a transformar em azeite. Leva muitas voltas. Tiram-se as folhas. A azeitona é lavada, indo para uma prensa onde é pisada. O líquido corre para cima dumas ceras que são pren-sadas; corre para um tanque onde leva mais voltas e depois é que vai para as talhas grandes. Depois de todo este processo os donos vão buscar o azeite que lhes pertence.

Também há a cura da azeitona para comida. Depois de bem escolhida, umas azeitonas são retalhadas ou inteiras, outras são pisadas. Depois são escaldadas duas vezes. Ficam a seguir em água fria algum tempo para largarem o ácido que amarga muito. Passado esse tempo finaliza-se com um tempero que é sal, louro, erva que se apanha no campo e há quem ponha rodelas de laranjas e estão prontas para irem à mesa.

Agora vou falar sobre o que se apro-veita do caroço e a pel da azeitona, isto é, transforma-se o que se chama, baga-ço que serve para alimentar os porcos.

As oliveiras todos os anos são desramadas para darem boa azeitona. Há várias qualidades de oliveiras no nosso país. Há muitas oliveiras cente-nárias. Hoje as oliveiras até adornam as nossas rotundas.

Quarto NarradorÉ Novembro e a azeitona está pron-

ta para ser apanhada. Debaixo das oliveiras, estendem-se

os panos. Os homens com varas de madeira, batem nos ramos, a azeitona cai, as mulheres com as mãos “enga-danhadas” com o frio, apanham-na e ensacam, mas, antes limpam-nas das folhas.

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 15

Em áreas de floresta vulneráveis a incêndios florestais, é comum encon-trarmos habitações isoladas ou em

pequenos aglomerados populacionais, como é o caso de muitas aldeias no concelho de Pampilhosa da Serra.

Conforme podemos constatar no terri-

tório do concelho e da região, existe uma proporção significativa de proprietários dessas habitações que nem sempre atuam de forma preventiva para proteger a sua habita-ção, nem tão pouco cumprem o estipulado na lei, relativamente ao controlo do coberto vegetal que ocupa o terreno em redor da sua habitação, e a carga de combustível lenhoso que lhe está associado.

Segundo a Autoridade Nacional das Florestas ( ANF, 2011), o não cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 15.º do Decre-to-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro, contri-bui para agravar a vulnerabilidade dos seus bens e haveres ao fogo, assim como implica a sujeição ao pagamento de avultadas coimas.

Este Decreto-Lei estipula que é obrigató-rio proceder à gestão de combustíveis numa faixa mínima de 50 metros à volta das edifi-cações ou instalações (habitações, estaleiros, armazéns, oficinas, fábricas ou outros equi-pamentos) inseridas nos espaços rurais. Esta faixa é medida a partir da alvenaria exterior da edificação.

São obrigados a fazer a gestão de combus-tíveis nesta faixa, todos os proprietários, arrendatários, usufrutuários e entidades que detenham terrenos inseridos nestas áreas.

Em caso de incumprimento, a câmara municipal notifica as entidades responsáveis pelos trabalhos. Verificado esse incumpri-mento, a câmara municipal poderá ainda realizar os trabalhos de gestão de combus-tível, com a faculdade de se ressarcir, desen-cadeando os mecanismos necessários ao ressarcimento da despesa efetuada.

De acordo com a mesma legislação, é obrigatório por parte da entidade respon-sável da rede viária (estradas e caminhos), providenciar a limpeza de uma faixa lateral não inferior a 10 metros, sendo aconselhá-vel manter essa faixa no acesso particular à edificação.

No caso dos aglomerados populacionais (aldeias), esta faixa de proteção estende--se até pelo menos 100 metros, devendo a sua limpeza ser realizada até ao dia 15 de Abril de cada ano. No caso do concelho de Pampilhosa da Serra, o Plano Municipal de

Defesa da Floresta Contra Incêndios, apro-vado em 2008, define a instalação desta faixa de proteção em redor das aldeias, nomeada-mente das habitações, estaleiros, armazéns, oficinas, parques e polígonos, aterros sani-tários, parques de campismo, equipamentos de recreio ou outras edificações inseridas em

áreas florestais.São também obrigados a fazer a gestão de

combustíveis nesta faixa, todos os proprie-tários, arrendatários, usufrutuários e entida-des que detenham terrenos inseridos nestas áreas.

Verificando-se, até ao dia 15 de Abril de cada ano, o incumprimento desta obrigação, compete à câmara municipal a realização dos trabalhos de gestão de combustível, com a faculdade de se ressarcir, desencadeando os mecanismos necessários ao ressarcimen-to da despesa efetuada, podendo, median-te protocolo, delegar esta competência nas juntas de freguesia.

Os proprietários e outros produtores florestais são obrigados a facultar os necessá-rios acessos às entida-des responsáveis pelos trabalhos de gestão de combustível, sendo essa intervenção precedida de aviso a afixar no local dos trabalhos, num prazo não inferior a 10 dias.

Os incumprimentos do previsto no referido decreto-lei constituem contraordenações puní-veis com coima, de 140 a 5.000 euros, no caso de pessoa singular, e de 800 a 60.000 euros, no caso de pessoas coletivas.

Se possui edifícios em áreas florestais ou com ela confinantes, limpe o terreno em redor para sua segurança e dos seus bens, evitando ainda sanções desnecessárias.

Para mais esclarecimentos consultar a legislação, e o Manual de Gestão de Combus-tíveis para proteção de edificações, disponível em http://www.icnf.pt/portal/agir/boapra-tic/resource/doc/dfci/man-gest-combu

• A limpeza e manutenção da faixa de gestão de combustíveis (ANF, 2011)

Para se conhecer melhor as obrigações legais para limpeza dos terrenos, deverá ser consultado o anexo ao Decreto-Lei 17/2009 de 14 de Janeiro. Mas, regra geral, aplicam-se

os seguintes pressupostos:1.º - O coberto arbóreo deve sempre que

possível ter copas que se distanciem entre si pelo menos 4 m e ter a base das copas à altu-ra mínima de 4 m. Em árvores com altura inferior a 8 m a desramação deverá ser até metade da sua altura;

2.º - Deverá ser construída uma zona pavimentada de 1 a 2 m de largura, em torno da edificação;

3.º - Nos 10 m adjacentes à edificação (até 20 m nas situações de maior declive) deverá ser criada uma faixa desprovida de combus-tível, constituindo uma faixa de interrupção de combustível. Esta faixa poderá ter, exce-cionalmente, alguns exemplares arbóreos ou arbustivos isolados, desde que estejam a mais de 5 m da edificação, sejam regados e pertençam a espécies pouco inflamáveis e não estabeleçam continuidade horizontal e vertical de combustível;

4.º - Esta faixa de 10 m deverá estar livre de quaisquer outras acumulações de matéria combustível, como lenha, madeira, etc.

5.º - Durante o período crítico só é permi-tido o empilhamento de produtos resul-tantes de corte ou extração (estilha, rola-ria, madeira, cortiça e resina) desde que seja salvaguardada uma Faixa de Gestão de Combustíveis (FGC) de 50 m em seu redor. Nesta FGC os primeiros 10 m não podem conter vegetação;

6.º - Deverão ser removidas as ervas secas, folhas mortas, caruma dos pinheiros e ramos que se encontram no chão, na cobertura dos edifícios, caleiras, algerozes e passadiços de madeira;

7.º - Os combustíveis arbustivos não deverão exceder 2.000 m3 por hectare na presença de copado arbóreo, devendo ser garantida a descontinuidade horizontal dos combustíveis ao longo dos 50 m da FGC;

8º - Manter afastado da habitação produ-tos altamente inflamáveis (a mais de 50 metros) ou em compartimento isolado;

9º - Ao longo da estrada de acesso parti-cular a uma edificação deverá ser feita uma FGC superior a 10 m para cada um dos lados. Assim, em caso de incêndio florestal, a edificação, bem como as pessoas que nela permanecem, estarão mais protegidas pois a FGC permite não só um acesso mais eficaz dos veículos de combate, bem como uma possibilidade de fuga de emergência mais segura a partir da edificação.

10º - Após a criação da FGC deve assegu-rar a sua manutenção para manter a sua habi-tação protegida. A regularidade da limpeza da faixa vai depender do desenvolvimento da vegetação.

Carlos Simões

Bibliografia:ANF (2011).Gestão de Combustíveis para Proteção

de Edificações - Manual. Lisboa. ANF- Autoridade Florestal Nacional, Direção Nacional para a Defesa da Floresta. 2ª ed., 48 pp.

CMPS (2008). Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Pampilhosa da Serra. Plano de Acção. Pampilhosa da Serra: Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

Diário da República, 1.ª série, nº 9, de 14 de Janeiro de 2009. Decreto-Lei n.º 17/2009, Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios. Acedido em 9 de março de 2016. Disponível em http://dre.pt/pdf1s/2009/01/00900/0027300295.pdf

LIMPAR TERRENOS FLORESTAIS JUNTO ÀS HABITAÇÕES É OBRIGATÓRIO ATÉ 15 DE ABRIL

Fazem fogueiras, para se aquece-rem e, assam peixe do rio, ou sopas de peixe com pão.

No final da tarde, vai-se pela linha do comboio, as sacas vão assim num carro de mão que desliza no carril do comboio a caminho do lagar.

O meu avô, Lagareiro, no Inverno, recebe as azeitonas que vão chegan-do e mete-as em talhas, identificadas com números. Lá dentro as máqui-nas trabalham, as ceiras deixam sair o suco das azeitonas, ficando lá dentro o bagaço.

Ao lado, a fogueira aquece as tuba-gens e aquece o pão para molhar com azeite, a conhecida tiborna. Chegam as férias escolares do Natal. Lá vou eu com um cesto de verga, levar o almoço: sopa de feijão com couve, para regar com o azeite novo e comer com sardinha ou bacalhau assado nas brasas… Que cheirinho!!!

No final da época encerra-se o Lagar até ao próximo ano.

Hoje o Lagar é Museu.

Luciano Reis

Page 9: ANO XVII • N.º 201 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO ... · concelho tem para oferecer a quem o visita. O Município de Pampilhosa da ... inteirou das reais potencialida- ... incluído.

Opinião CulturaA PENSAR NA PAMPILHOSA DA SERRA

28. TURISMO

Nestas minhas reflexões tenho procurado sugerir algumas ideias que possam contribuir para o desenvolvi-mento do concelho da Pampilhosa da Serra, defendendo iniciativas empre-sariais, associativas e particulares que se conjuguem com as ações que já são desenvolvidas no terreno, sobretudo pelo Município, que tem consegui-do criar parcerias e envolver alguns empresários e figuras de destaque numa colaboração assinalável.

Mas se tivesse que eleger um atividade ancora, certamente que o TURISMO estaria na primeira linha das minhas escolhas.

Realizou-se recentemente mais uma Bolsa de Turismo de Lisboa, onde a Pampilhosa da Serra teve de novo uma representação excecional, que nos deve orgulhar. O Município está de parabéns, mas para que os resultados sejam ainda melhores é

muito importante que cada um de nós pense no que pode fazer para dar o seu contributo.

As potencialidades são enormes e recordo as apresentações que foram feitas no 2.º Congresso Pampilhosen-se (em 2005) e o estudo da Universi-dade Lusófona que já então apontava um conjunto de ações, nos seguintes domínios:

• Diversificação da oferta turística.• Criação de unidades hoteleiras e

de empreendimentos turísticos.• Equipamentos, serviços e ativida-

des de apoio ao turismo.A construção do Villa Pampilhosa

Hotel veio, sem dúvida, aumentar a qualidade da oferta turística e criar condições para levar ao concelho visitantes com mais poder económi-co. Nunca é demais saudar a famí-lia Olivença, pelo investimento e dedicação que têm colocado nesta infraestrutura. Mas tenho pena que ainda não tenham aparecido um conjunto de iniciativas empresariais, com envolvimento financeiro muito menor e que poderiam:

a) Por um lado, gerar atividades ocupacionais para os utentes do Hotel, criando programas alternati-

vos que os façam permanecer mais tempo no território;

b) Por outro lado, aproveitar exata-mente esses clientes potenciais para desenvolver o seu próprio negócio.

A área da restauração, a começar pela própria vila da Pampilhosa da Serra, deve encarar o Hotel como um parceiro que lhes traz mais cliente e nunca como um concorrente.

A animação turística, que pode ser desenvolvida, desde uma pessoa a trabalhar por conta própria (por exemplo, com uma carrinha de trans-porte de turistas para lhes mostrar o concelho, com um veículo todo o terreno para lhes mostrar os locais mais incríveis que não se veem da estrada nacional, ou com um peque-no barco na albufeira do Cabril), até uma pequena ou média empresa que organize programas de um dia que gerem nos clientes a vontade de voltar ou recomendar essa experiência aos amigos e conhecidos.

As aldeias de xisto de Fajão e Janei-ro de Baixo e os percursos pedestres já existentes, são bons exemplos a repro-duzir noutros locais do território. Mas é importante, e penso que urgente, criar mais oferta e eventualmente diferente. O potencial dos nossos rios, o ar puro e o contacto com a nature-za serrana e os eventos gastronómi-cos que as associações regionalistas sabem organizar, mas que precisam de ser transformados em rotinas, para grupos de dimensão variada, podem transformar-se em atividades econo-micamente sustentáveis e geradoras de emprego.

O desporto é outra componente fundamental para atrair turistas. O ideal seria voltarmos a ter o Rali de Portugal ou conseguir a passagem da Volta a Portugal em Bicicleta pelo nosso território. Sabemos que não é fácil, mas acredito que ainda tere-mos eventos com essa dimensão. Mas enquanto isso não acontece é impor-tante continuar a levar ao território as provas de BTT e outras que têm gera-do dinâmicas interessantes. Uma pala-vra de reconhecimento para o nosso campeão de xadrez que também tem contribuído para a dar a conhecer

a Pampilhosa da Serra, com o evento que aí tem tido lugar.

Já em tempos tive um sonho, que infelizmen-te não consegui concretizar e que passava pela transformação de uma Comissão de Iniciativas Turísticas (que chegou a ser criada em 2004) num projeto empresarial focado nas aldeias da margem direita do Zêzere ao longo da barragem do Cabril, de cuja apresentação destaco as seguin-tes ideias força:

- Criação de uma Rota Turística, que poderia ser alargada às restan-tes zonas do concelho (Fajão, Santa Luzia, Janeiro de Baixo, etc.);

- Potenciar o património natural (beleza paisagística do Vale do Zêze-re);

- Valorizar o património arquitetó-nico e revitalizar a gastronomia local;

- Incentivar atividades e produtos endógenos de interesse turístico;

- Promover as tradições musicais e culturais;

- Desenvolver a experiência e a qualidade na organização de eventos;

- Potenciar e dinamizar as infraes-truturas coletivas existentes nas várias localidades (muitas delas fechada na maior parte do ano);

- Motivar e formar recursos huma-nos (acrescentaria agora “, atraindo profissionais interessados em enfren-tar novos desafios”);

- Apoiar iniciativas privadas e cole-tivas de interesse turístico (a Casa da Professora, em Maria Gomes foi um exemplo com algum sucesso);

- Seguir os melhores exemplos de qualidade e dimensão (os passeios de barco, o golfe e a hotelaria eram alvos motivadores).

Não existe um único modelo de desenvolvimento possível, mas pare-ce-me que é muito importante incen-tivar a criação de empresas vocacio-nadas para a atividade turística, que apostem na qualidade e inovação, procurando ganhar dimensão, através de parcerias com operadores turís-ticos e empresas similares de outras regiões do país e dos espaços econó-micos em que Portugal se integra (União Europeia, Países Lusófonos, etc.).

É preciso acreditar e seguir o exem-plo dos empresários e outros pampi-lhosenses de sucesso, que nas suas áreas de atuação souberam conquis-tar o prestígio que já tem ajudado a Pampilhosa da Serra, quando são identificados com as suas origens. Sem menosprezo para todos os outros, dou como exemplos o Tony Carreira e o Acácio Teixeira (Seaside).

Mais uma vez, termino sem querer tirar conclusões, já que o meu objeti-vo é tão-somente provocar reflexões e motivar quem seja capaz e tenha vontade de ajudar construir um futu-ro risonho para o concelho da Pampi-lhosa da Serra.

Até á próxima.

Anselmo Lopes

Breve nota: Por lapso, no texto anterior (sobre “Memórias do Regio-nalismo”) apareceu escrito que conheci o amigo Armindo Antunes em 2014, mas de facto o que queria escrever era Setembro de 2004.

seu habitat nativo que não ultrapas-sa os 70 anos. O seu crescimento é rápido na fase juvenil, podendo ser superior a 1 - 1,5 metros de altura por ano, estão adaptados a habitats com climas temperados com preci-pitação média anual entre os 600 e os 1000 mm, tendo boa tolerância ao frio e ao gelo, com rebentos que sobrevivem a temperaturas até -7,5° C.

Características potenciadoras de invasão de ecossistemas

Características comuns das espé-cies exóticas invasoras são a repro-dução e crescimento rápido, alta capacidade de disseminação, capaci-dade de se adaptar fisiologicamente às novas condições, capacidade de sobreviver numa grande variedade de disponibilidade de nutrientes numa ampla gama de condições ambientais. A invasão de ecossis-temas por espécies exóticas, surge devido ao facto de estas não terem predadores naturais e concorrentes, tal como tinham no seu ambiente nativo que normalmente controla-vam a sua população.

Podemos afirmar a capacidade de invasão que a Mimosa possui se deve a diversos atributos biológi-cos que podemos dividir em quatro categorias principais: capacidade de tirar vantagens das perturbações; plasticidade fenotípica; reprodução vegetativa; e alelopatia.

As perturbações dos ecossiste-mas podem ser de diferentes tipos e intensidades. São exemplos a inter-venção humana na movimentação de solos na abertura de estradas ou aceiros, o fogo, ou perturbações naturais como derrocadas ou cheias, são comuns e generalizadas na maio-ria dos ecossistemas, tal como se verifica em Pampilhosa da Serra, constatando-se que os locais não perturbados são menos vulneráveis à invasão, pelo que, existe a possibi-lidade de as espécies invasoras tira-rem vantagem das perturbações nos habitats para os invadir. Além disso, a Mimosa depende muito do revol-vimento do solo, que favorece o seu estabelecimento e brotamento. Por outro lado, as acácias precisam de fogo para germinar e se disseminar.

A perturbação do habitat pode resultar na desagregação física da superfície do solo e na exposição do solo à luz e a maiores oscilações de temperatura, o que aumenta a disponibilidade de alguns nutrien-tes. Esta disponibilidade pode favo-recer espécies de rápido crescimento como a Mimosa e promover a sua dominância, conduzindo à invasão. Por outro lado, a perturbação do habitat pode conduzir à exclusão das espécies nativas durante longos períodos de tempo, condicionando os mecanismos naturais de regene-ração. A perturbação pode ainda interferir com os bancos de semen-tes de Mimosa que persistem no

É um elemento recente na paisagem de Pampilhosa da Serra a deslumbrante bele-

za das Mimosas em flor, que nos primeiros meses do ano dão colori-do as encostas e vales desta região serrana do interior do país.

Os pampilhosenses e os visitantes do território do concelho assistem aparentemente indiferentes a esta “invasão de colorido amarelo” que, por causar agradável sensação, parece ser tolerada pelas populações, embora esta espécie exótica provoque graves impactos ecológicos e socioeconó-micos.

O artigo publicado na edição ante-rior acerca desta temática abordou a origem australiana desta espécie e a sua introdução fora do seu habitat natural, designadamente na Euro-pa e em particular no nosso país e região, bem como a forma como vem aumentando a área ocupada.

Nesta edição continuamos a abor-dar esta problemática, apresentan-do a caracterização desta espécie, e os fatores que potenciam a invasão dos ecossistemas, com a consequen-te diminuição da biodiversidade e degradação de paisagens como as do concelho de Pampilhosa da Serra.

Caracterização da Espécie A Acacia é o maior género da

subfamília Mimosoideae e o segundo maior da família Fabaceae (Legumi-nosae) e inclui cerca de 1.200 espé-cies de árvores e arbustos

O nome de Acacia tem origem no grego akakia, que significa pontiagu-do ou espinho, porque muitas espé-cies deste género são espinhosas. Na Austrália, as espécies deste género são comumente conhecidas como wattles, e por todo mundo são mais conhecidas como acácias ou mimo-sas.

Segundo Paiva (1999), a descri-ção da Mimosa, de nome científico Acacia dealbata, foi publicada em 1822 pelo botânico alemão Hein-rich Friederich Link, possivelmen-te a partir de uma planta cultivada. A Acacia dealbatta Link. pode ser caracterizada como um arbusto ou árvore de pequeno porte e tronco ereto, geralmente com 12 a 15 m de altura, podendo excecionalmente atingir 30 m, com folhagem perene e copa cónica ou arredondada.

Apresenta rebentos foliares bran-cos, cremes ou dourados, aveluda-dos, e folhas herbáceas bipinuladas de cor verde-azulada ou prateada, recompostas, com 10-26 pares de pínulas, por sua vez com 20-50 pares de folíolos. As flores são pentâme-ras, amarelo-douradas, perfumadas, reunidas em capítulos de 5 a 6 mm de diâmetro. Os frutos são vagens castanho-avermelhadas, com 5 a 8 cm de comprimento, que contêm as sementes que se libertam para o solo após maturação.

Os espécimes de Acacia dealbata (mimosa) têm uma longevidade no

MIMOSA – A INVASORA DE ENGANADORA BELEZA IIsolo ao longo de um período dila-tado de tempo, o que pode expli-car o repentino aparecimento de uma população invasora após uma perturbação, como por exemplo após um incêndio florestal, situação infelizmente recorrente no concelho de Pampilhosa da Serra.

A Mimosa é altamente resiliente a incêndios florestais. O sucesso da sua regeneração é potenciado após um incêndio florestal, quer por via da germinação das sementes, quer por multiplicação vegetativa, sendo uma das primeiras espécies a surgir após um episódio de fogo, visto que facilita a germinação das sementes de casca dura. A sua presença mantém--se no tempo com um importante banco de sementes no solo, onde aguarda o ciclo seguinte de pertur-bação e regeneração.

Esta espécie tem ainda a capaci-dade para alterar o seu crescimento e desenvolvimento, em resposta a alterações no ambiente. Ao alterar parâmetros fisiológicos em resposta às condições ambientais, as Mimo-

sas são capazes de se adaptar a uma variedade de ambientes e, assim, utilizar uma gama mais ampla de habitats. As alterações climáticas globais podem estar a reforçar o seu potencial invasor, aumentando assim as áreas suscetíveis à coloni-zação.

Para além da reprodução por sementes, a expansão de Mimosa, é potenciada pelo fato de possuir um sistema radicular (raízes) com capa-cidade de brotamento, o que resulta na formação de lançamentos aéreos a certa distância da planta original e a capacidade de se reproduzir vege-tativamente através da formação de rebrotamentos que surgem da touça ou da raiz depois de ser efetuado um corte ou dano, dando à planta uma alta capacidade para resistir a maioria dos tipos de controlo mecâ-nico. A sua invasão rápida de novos ambientes pode ser facilitada pela grande capacidade de crescimento por reprodução vegetativa.

A reprodução poderá ainda ser por via seminal, pela produção eleva-da de sementes que se acumulam no solo, permanecendo viáveis duran-te muitos anos. As sementes são dispersas por animais, sobretudo por pássaros e formigas, por vezes por ventos fortes, o que leva à formação de focos de invasão dispersos e afas-tados das áreas invadidas. Contu-do, a maioria acumula-se debaixo da copa da árvore onde se formam bancos de sementes numerosos. As sementes podem permanecer viáveis no solo durante muito tempo havendo uma estimativa que aponta para um período de viabilidade que pode atingir 300 a 400 anos.

No solo, a Mimosa tem também

efeitos alelopáticos, definidos como a interação negativa de uma planta sobre outra, através da libertação de compostos químicos no ambiente, permitindo assim à Mimosa tornar--se invasora bem-sucedida.

A floração da Mimosa parece estar relacionada com um aumento de capacidade fitotóxica, que coincide no tempo com a época de germi-nação de sementes de outras espé-cies do sub-bosque nativo, o que aumenta o seu caráter alelopático. As substâncias fitotóxicas são libertadas pelas folhas e flores, são dissolvidas e arrastadas para o solo pela água da chuva que interceta as flores da plan-ta, particularmente as que se encon-tram caídas e em decomposição à superfície do solo.

Podemos destacar que a Mimosa possui como principais característi-cas potenciadoras de invasão, o seu desenvolvimento preferencial é em ecossistemas localizados em terre-nos frescos dos vales, solos silicio-sos, zonas montanhosas, margens de cursos de água e de vias de comu-

nicação, tornando-se potencialmen-te invasora em terrenos alterados, principalmente após os incêndios florestais, por ausência de inimigos e espécies competidoras naturais.

A invasão dos ecossistemas por plantas exóticas lenhosas em áreas

rurais do interior como é o conce-lho de Pampilhosa da Serra, são uma consequência das transforma-ções socioeconómicas que levaram ao despovoamento e ao abandono das terras agrícolas e florestais. Este abandono provocou um considerá-vel aumento da biomassa combus-tível no ecossistema, devido à redu-ção de pastoreio e recolha de lenha, levando ao aumento do número e dimensão dos incêndios florestais, sendo esta uma perturbação que potenciou a invasão por espécies como a Mimosa.

Na próxima edição faremos uma descrição dos impactos ecológicos e socioeconómicos que decorrem da invasão de ecossistemas vulneráveis como os que existem no território do concelho de Pampilhosa da Serra.

Por: Carlos Simões1

Fotos do autor

_______________1 Geógrafo. Licenciado em Geografia e Desenvolvi-

mento pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias; Mestre em Gestão do Território, especia-lização em Recursos Naturais e Ambiente, pela Facul-dade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Bibliografia:Fernandes, M. (2008) Recuperação Ecológica

de Áreas Invadidas por Acacia dealbata Link no Vale do Rio Gerês: Um Trabalho de Sísifo? Disser-tação de Mestrado, UTAD, Vila Real.

Marchante, H., Morais, M., Freitas, H. & Marchante, E. (2014). Guia prático para a iden-tificação de Plantas Invasoras em Portugal. Coim-bra: Imprensa da Universidade de Coimbra. 207 pp.

Marchante, E. (2007). Invasion of Portuguese coastal dunes by Acacia longifolia : impacts on soil ecology. Tese de doutoramento. Universidade de Coimbra.

Paiva, J. (1999). Acacia Mill. In: S. Castrovie-jo (coord.) Flora Iberica. Plantas Vasculares de la Península Ibérica e Islas Baleares. Vol. VII (I), Leguminosae. pp. 11-25. Madrid: Real Jardín Botánico.

Simões, Carlos (2015). A Degradação da paisagem e a sua perceção após invasão pela espé-cie Acacia dealbata Link. O caso da Região do Alto Ceira. Dissertação de Mestrado. Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

LIMPEZA DAS RIBEIRAS E A PESCA DESPORTIVA. QUE FUTURO?

Há já vários anos que, acompa-nhado por um grupo de três amigos também de origem

serrana, faço os possíveis para, no dia um de março, data de abertura da pesca desportiva à truta, pegar no equipamento de pesca e rumar ao encontro dos cursos de água da nossa Serra. Um hábito que se vai mantendo, ano após ano, apesar das limitações físicas que a marcha do tempo nos impõe, atendendo ao meio hostil que temos que enfrentar, consti-tuído por correntes de água, vegetação densa, penhascos escorregadios e açudes escarpados.

O que nos move não é a quantidade de exemplares capturados, o que só muito raramente acontece, mas essencialmente usufruir do convívio com velhos amigos como o são as serranias, os rios, as ribeiras e os riachos. Talvez uma forma singu-lar de contrariar a agitação citadina com que somos confrontados a cada dia. Pena é que os acessos, repletos de vegetação selvagem, se vão tornando cada dia mais inacessíveis, dificultando a passagem dos pescadores e obstruindo o habitat dos salmonídeos. Sem uma ação de limpeza constante, a natureza daninha vai cres-cendo descontroladamente, tornando-se mais notória à medida que as aldeias serranas se vão despovoando.

Este ano não foi exceção. Bem cedo, há hora combinada partimos com destino inicial ao rio Ceira, seguindo posterior-mente ao encontro de outros locais mais próximo da vila da Pampilhosa, tentando tanto quanto possível fugir às zonas de pesca concessionada, para as quais não estávamos documentados. Por via disso, avançámos para uma zona de pesca livre que se situa a montante da ribeira do Carrimá, seguindo em direção à nascente: Cavaleiros, Casal Novo, Mata e Ponte de Fajão. Durante este percurso, que iniciá-mos por volta das sete horas e sob um frio de rachar comprovado no enorme manto de geada que cobria de branco todo o vale do Ceira, movimentámo-nos com algu-ma dificuldade, devido à proliferação de acácias e salgueiros que, à semelhança das zonas concessionadas, vão invadindo não só as margens como também as linhas de água. Não capturámos qualquer exem-plar, mas convivemos de perto com três lontras, por sinal bem alimentadas, que indiferentes à nossa presença passavam à lupa o leito do rio em busca da refeição.

Cruzámo-nos ainda com um pescador do nosso escalão etário, impelido para aquelas andanças por motivo idêntico ao nosso e que nos chamou a atenção para a ausência de pescadores que, em anos anteriores, eram habituais na abertura da pesca.

Não se trata de uma questão de rebel-dia contra as concessões de pesca. Longe disso. Apenas discordamos da sua imple-mentação porque ainda não encontrá-mos nenhuma vantagem neste tipo de regimes. Nem para os desportistas, nem para o ambiente, nem tão pouco para as espécies. A menos que se façam repovoa-mentos e se limpem as ribeiras, tanto nos lotes destinados à pesca, como nas zonas de abrigo ou desova, as concessões não terão, em nossa opinião, qualquer mais--valia. Até lá, que nos perdoem os conces-sionários e simpatizantes deste sistema, mas nós só destacamos burocracia a que se juntam mais licenças para além das exigidas pelo ICNF. O que afasta, como antes era costume, praticantes vindos de localidades distantes, da prática despor-tiva e do convívio nos estabelecimentos comerciais.

Aproveitando o dia solarengo que entretanto ia temperando o ar gélido que soprava de nordeste, seguimos em direção à Pampilhosa da Serra, mais propriamen-te com destino às ribeiras de Pescanseco, a seguir Praçais, depois Carvalho e por fim Pessegueiro. Todas elas apresentavam um excelente caudal para a prática de pesca desportiva à truta. Mas, lamentavel-mente, salvo pequenas extensões junto às praias fluviais, a vegetação vai assumindo proporções quase impenetráveis que não possibilitam minimamente o acesso às margens das ribeiras e muito menos aos seus leitos.

Apesar da adversidade com que nos confrontámos e que revela uma deser-tificação galopante, regressámos a casa com o sentimento de um dia de salutar convívio com a natureza rude e agreste. Sem esquecer o excelente almoço que é, nas atuais circunstâncias, um dos melho-res motivos para visitar a nossa Serra. Mas, ainda assim, cientes de que estará próximo o tempo de arrumar o material de pesca, como o vêm fazendo muitos pescadores com quem nos cruzávamos noutras temporadas.

Aristides B. Victor

16 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 17

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DesportoRancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra

uma grande penalidade, Ratana foi chamado a converter mas Pantanal respondeu com mais uma bela defe-sa. A equipa serrana não desmorali-zou com o penalti desperdiçado nem com o guarda-redes adversário que parecia estar em tarde inspirada. Prova disso foi, aos 63m, o excelente passe de Ricky que deixou Ratana isolado e, desta feita, o jogador serrano não desperdiçou nem Pantanal foi capaz de impedir o golo pampilhosense. A vantagem da equipa de Pampilhosa da Serra foi dilatada pouco depois, aos 67m, com Ricky a cavalgar desde da linha lateral, entrar na grande área e fazer, com tranquilidade, o 3-1 para a sua equipa. Com vantagem de dois golos o Pampilhosense tentou controlar o adversário, adversário esse que arriscou tudo no ataque e come-çar a dar algum trabalho a João Pedro através de um futebol mais direto. Os da casa vão mesmo conseguir reduzir o marcador para a diferença mínima, aos 81m, depois de um pontapé de canto, um cabeceamento à trave e, no meio da confusão, o recém-entrado Luís Rodrigues a empurrar para o fundo das redes. Este lance deu maior alento ao Lagares da Beira, que até final ainda dispôs de uma ocasião de perigo, na sequência de um livre a que, de novo, Luís Rodrigues surgiu a cabecear valendo João Pedro a efetuar uma boa intervenção. Mas até final o Pampilhosense não deixou fugir os três pontos.

O Pampilhosense entrou bem e marcou cedo, mas depois deixou que o Lagares da Beira impusesse o seu ritmo conseguindo chegar a igualda-de, resultado com que se chegou ao intervalo. A segunda parte foi dife-rente, o Pampilhosense entrou forte, impos o seu jogo, e chegou a uma vantagem de dois golos de forma

natural. Depois tentou controlar um Lagares da Beira que nunca se deu por vencido.

Apesar de o jogo ter momentos de difícil análise, o trio de arbitragem teve um trabalho positivo.

Resultados:Carapinheirense 2-0 Vigor Moci-dadeCova Gala 1-1 União FCFebres 0-5 SourenseOs Águias 1-3 EirensePenelense 2-0 PoiaresVinha da Rainha 3-3 Condeixa

RICKY FOI O MOTOR DE UMA VITÓRIA JUSTALAGARES DA BEIRA 2 - 3 PAMPILHOSENSE22ª Jornada da Divisão de Honra AF CoimbraComplexo Desportivo de Lagares da BeiraAssistência: cerca de 100 especta-doresÁrbitro: Renato Carvalho Assistentes: Diogo Santos e António HenriquezAo intervalo: 1-1

Pampilhosense: João Pedro, Tava-res (Galego 45m), Carlos Lima, Carapau, Rabeca, David Gonçal-ves, Gravata, Flávio Salgado, Ricky, Ratana (David Lopes 70m) e Vala-da (Figueiredo 92m).

Suplentes não utilizados: Folhas, Nuno Batista, Cristiano e Ricardo Almeida

Treinador: Carlos Alegre

Lagares da Beira: Pantanal, André, Paulo Lopes, Rola, Diogo (Couti-nho 71m), Hugo, Pedro Batista, Nuno Cunha, João Costa (Luís Rodrigues 80m), João Paulo e Gírio.

Suplentes não utilizados: Bruno, João Campos e José Vitorino.

Treinador: João Bernardo

Ação disciplinar:Amarelos: Rabeca 58m e David Lopes 82m (Pampilhosense); Nuno Cunha 61m e Paulo Lopes 57m e 90m (Lagares da Beira)Amarelos por acumulação: Paulo Lopes 90m (Lagares da Beira).

Golos: Ricky 13m e 67m e Rata-na 63m (Pampilhosense); Nuno Cunha 21m e Luís Rodrigues 81m (Lagares da Beira).

O Pampilhosense queria em Lagares da Beira conquistar o primeiro triunfo fora da segun-da volta, isto depois da excelente campanha realizada na primeira metade do campeonato na condi-ção de visitante. Com os três pontos amealhados a equipa serra-na subiria algumas posições e fica-ria mais confortável na tabela. Do outro lado estava um Lagares da Beira em posição difícil na tabela, mas sem perder em casa há quatro

jornadas, o que fazia acreditar a equipa de que a manutenção ainda seria possível. Para atingir esse objetivo os três pontos deste jogo eram fundamentais.

A equipa do Pampilhosense entrou bem no encontro ao impor o seu jogo e, resultado disso, aos 13m chegou à vantagem no marcador depois de Ratana servir Ricky e este, com um remate cruzado, a bater Pantanal. Mas a partir daqui o Pampilhosense baixou as guardas, e o Lagares da Beira não se fez rogado para tomar as rédeas do desafio. E foi sem gran-de surpresa que, ao 21m, a equipa da casa chegou a igualdade, depois de um cruzamento da esquerda de Hugo com Nuno Coelho a concluir ao segundo poste. O Pampilhosen-se ainda tentou reagir, no minuto seguinte, com Valada a cruzar e Ricky a chegar ligeiramente atrasado para a emenda. Mas era o Lagares da Beira a criar as melhores ocasiões e, aos 32m, o segundo golo esta próximo de acontecer. Na sequência de um pontapé de canto Gravata a salvou a sua equipa sobre a linha de golo! Antes dos final do primeiro tempo, aos 42m, nova jogada de perigo para a baliza de João Pedro, através de um ataque rápido com Hugo a entrar na grande área, pela esquerda, mas rematar ao lado desperdiçando uma boa ocasião para o Lagares da Beira.

A segunda parte foi cheia de inci-dências e momentos de perigo juntos das balizas, primeiramente na de Pantanal. A equipa pampilhosense entrou forte, com outra cara, e isso ficou bem patente logo na bola de saída com Ratana a cruzar da esquer-da e Valada a cabecear para Panta-nal executar uma grande defesa. Aos 50m foi Galego a receber um passe em profundi-dade e, sozinho na esquerda, a rematar por cima. Pouco depois, aos 58m, Flávio Salgado cobra um livre direto mas Pantanal volta a estar em evidência com uma boa intervenção. A pressão serrana era tal que, aos 61m, vai forçar o Lagares da Beira a cometer

INFANTISPAMPILHOSENSE 3 - 1 AC. GÂNDARAS17ª Jornada Campeonato de Infantis Série A AFC

Resultados:Lousanense 3-2 Poiares

Oliv. Hospital 1-2 TabuenseGóis 1-6 NogueirenseAtl. Arganil 1-3 COJA

Pampilhosense 3-1 Ac. Gândaras

Próxima Jornada:Ac. Gândaras – Oliv. HospitalPoiares – TourizenseNogueirense – LousanenseCOJA – GóisTabuense – Atl. Arganil

Classificação:

JUVENISPAMPILHOSENSE 2 - 3 AROUCE PRAIA17ª Jornada Campeonato de Juvenis Série A AFC

Resultados:Oliv. Hospital 0-3 Poiares

Pampilhosense 2-3 Arouce PraiaTabuense 1-0 Tourizense

Góis 0-3 NogueirenseCOJA 6-0 Atl. Arganil

Lousanense 17-0 Mirandense

Próxima Jornada:Lousanense – Oliv. HospitalArouce Praia – PoiaresTourizense – PampilhosenseNogueirense – TabuenseAtl. Arganil – GóisMirandense – COJA

Classificação:Classificação:

Lagares da Beira 2-3 PampilhosenseAnçã FC 2-2 Académica OAF B

Próxima Jornada:Académica OAF B – Carapinhei-renseVigor Mocidade – Cova GalaUnião FC – Febres

Sourense – Os ÁguiasEirense – PenelensePoiares – Vinha da RainhaCondeixa – Lagares da BeiraPampilhosense – Ançã FC

Jorge Ramos

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 19

DIALFABRICO DE PASTELARIA E PADARIA PARA REVENDA

35 anos ao serviço dos clientesGerência de Paulo Simão

RUA SABINO DE SOUSA Nº 5 – A/B1900-370 LISBOA

TELEFONES 218132523/218128086

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