Análise Financeira Das Empresas - 12ª Edição
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5/20/2018 Anlise Financeira Das Empresas - 12 Edio
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AnliseFinanceira
dasEmpresas
jos pereira da silva
AMBIENTE DA ANLISE FINANCEIRA
DEMONSTRAES CONTBEIS BRASILEIRAS
ANLISE FINANCEIRA DAS EMPRESAS
ANLISE DO CAPITAL DE GIRO
FLUXO DE CAIXA E PROJEES FINANCEIRAS
ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA
12 aEdioAtualizada conforme
novas regrascontbeis
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5/20/2018 Anlise Financeira Das Empresas - 12 Edio
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JOS PEREIRA DA SILVA
ANLISE FINANCEIRA
DAS EMPRESAS
12 edio
Manual do Mestre
SO PAULO
EDITORA ATLAS S.A. 2013
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SUMRIO
Manual do Professor ................................................................................................................................................... 3
Amplitude da anlise inanceira ............................................................................................................................ 5A empresa e sua estrutura de informaes ...................................................................................................... 8
Normas sobre demonstraes contbeis ........................................................................................................ 10
Principais demonstraes contbeis ................................................................................................................ 13
Componentes do balano ...................................................................................................................................... 16
Componentes da demonstrao do resultado .............................................................................................. 29
O valor do dinheiro e as demonstraes inanceiras ................................................................................. 32
Padronizao das demonstraes inanceiras .............................................................................................. 36
Iniciando a anlise inanceira .............................................................................................................................. 40
Anlise da lucratividade e desempenho .......................................................................................................... 46
Anlise dos ciclos inanceiro e operacional ................................................................................................... 50
Anlise da estrutura de capitais e solvncia .................................................................................................. 53
Anlise da liquidez e capacidade de pagamento ......................................................................................... 57
Anlise de indicadores de mercado de capitais ........................................................................................... 61
Concluso e elaborao do relatrio ................................................................................................................ 63
ndices-padres ......................................................................................................................................................... 66
Anlise discriminante e rating ............................................................................................................................. 70
Iniciao ao capital de giro .................................................................................................................................... 73
Investimento operacional em giro (IOG) ......................................................................................................... 78
Dimensionamento e tendncia do IOG ............................................................................................................. 83
Fluxo de caixa .............................................................................................................................................................. 87
Projeo de demonstraes inanceiras .......................................................................................................... 97
Alavancagem operacional ................................................................................................................................... 103
Alavancagem inanceira e total ......................................................................................................................... 111
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 3
Manual do Professor
Respostas s questes do nal do captulo
Material de uso exclusivo do professor
Prezado Colega Professor,
Tenho a satisfao de apresentar-lhe o MANUAL DO PROFESSOR, que so as respostas s
questes apresentadas no inal de cada um dos captulos da dcima segunda edio de Anlise
Financeira das Empresas (ATLAS). O livro composto de 25 captulos, cujo contedo est atualizado e
harmonizado com as novas prticas contbeis introduzidas pelas Leis nos11.638/08 e 11.941/09.
Material para o professor
Visando facilitar a atividade dos colegas, esto disponibilizados no siteda Editora, para os
professores que adotam o livro, tanto os slides, quanto os exerccios propostos nos inais dos ca-
ptulos, devidamente resolvidos.
Consideraes sobre as respostas apresentadas:
De uma forma geral, o contedo de cada captulo suiciente para possibilitar ao estudante
responder s respectivas questes.
As respostas visam ao auxlio dos professores, focando os pontos essenciais sobre os assun-
tos. O professor, na conduo do grupo de alunos que vai dar o tom em termos de profun-
didade nas respostas. Conforme o que tenha trabalhado em classe ou o que pretenda no
processo, o professor dever graduar as respostas, adicionando ou simpliicando aquilo que
consta neste material de uso exclusivo do colega.
Estamos classiicando cada uma das questes como fcil (F), diiculdade mdia (M) e diicul-
dade acima da mdia (D), como uma tentativa de graduar o grau de complexidade de cada
questo. Confesso, que de uma forma geral, as questes so de diiculdade mdia. Por outro
lado, o escalonamento do grau de diiculdade muito subjetivo e pode depender inclusive da
expectativa do professor para a resposta do aluno.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 4
Contedo do livro
Parte I Ambiente da Anlise Financeira
1. Amplitude da anlise inanceira
2. A empresa e sua estrutura de informaes
Parte II Demonstraes Contbeis
3. Normas sobre demonstraes contbeis
4. Principais demonstraes contbeis
5. Componentes do balano
6. Componentes da demonstrao do resultado
Parte III Anlise Financeira das Empresas
7. O valor do dinheiro e as demonstraes inanceiras
8. Padronizao das demonstraes inanceiras
9. Iniciando a anlise inanceira
10. Anlise da lucratividade e desempenho
11. Anlise dos ciclos inanceiro e operacional
12. Anlise da estrutura de capitais e solvncia
13. Anlise da liquidez e capacidade de pagamento
14. Anlise de indicadores de mercado de capitais15. Concluso e elaborao do relatrio
16. ndices-padro
17. Anlise discriminante e rating
18. ndices de rotao aprofundamento
Parte IV Anlise do Capital de Giro
19. Iniciao ao capital de giro
20. Investimento operacional em giro (IOG)21. Dimensionamento e tendncia do IOG
Parte V Fluxo de Caixa e Projees Financeiras
22. Fluxo de caixa
23. Projees de demonstraes inanceiras
Parte VI Alavancagem Operacional e Financeira
24. Alavancagem operacional
25. Alavancagem inanceira e totalAbrao e obrigado,
Jos Pereira da [email protected]
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected] -
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 5
Captulo 1Amplitude da anlise inanceira
Respostas s questes do nal do captulo
Material de uso exclusivo do professor
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Questes para resoluo e discusso
1. O que voc entende por anlise inanceira de empresas? Complemente o conceito, descre-
vendo as principais fases que envolvem um processo de anlise de empresas (M).
Resposta:
Resumidamente, podemos dizer que a anlise inanceira de uma empresa consiste num
exame minucioso dos dados inanceiros disponveis sobre a empresa, bem como das condiesendgenas e exgenas que afetam inanceiramente a empresa. A anlise inanceira de uma em-
presa envolve basicamente as seguintes atividades:
Coletar Conferir Preparar Processar Analisar Concluir
2. Em sua opinio, a anlise inanceira de empresas deve compreender o exame de outros
dados e informaes alm das demonstraes inanceiras? Justiique e, em caso positivo,
mencione quais so esses dados e informaes adicionais (F).
Resposta:
A anlise inanceira no pode ser limitada apenas aos indicadores de natureza inanceira,
pois h uma srie de fatores no inanceiros que causam impacto na sade inanceira da empre-
sa, como, por exemplo:
O que faz a empresa?
Quem so os proprietrios, quem tem o poder de mando?
Quem so os administradores?
Que padro de tecnologia apresenta?
Quais os planos de investimento e suas fontes de inanciamento?
A empresa lucrativa e prspera?
slida ou corre o risco de quebrar em pouco tempo?
Qual seu grau de endividamento e a qualidade de sua dvida?
Que tipo de pblico consome seus produtos?
Quem so seus principais concorrentes?
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A empresa to forte quanto seus concorrentes?
Qual a tendncia da empresa de potencialidade de gerao de valor?
3. Relacione a anlise inanceira de empresas com as seguintes disciplinas: contabilidade,administrao inanceira, economia, direito e estatstica (M).
Resposta:
Contabilidade a contabilidade tida como a linguagem dos negcios e est muito relacio-
nada com a anlise inanceira. As demonstraes contbeis fornecidas pela contabilidade cons-
tituem importante grupo de informaes que ser examinado no processo de anlise inanceira.
Administrao inanceira a contabilidade um grande banco de dados que supre o ad-
ministrador inanceiro com informaes para a tomada de deciso, porm no toma decises.Normalmente, as informaes contbeis so organizadas de modo a atender s necessidades da
administrao da empresa. Por outro lado, a anlise inanceira tambm usa as informaes con-
tbeis para auxiliar os usurios externos em tomadas de deciso de crdito e de investimento,
entre outras possveis.
Economia a economia pode ser vista em duas dimenses. A microeconomia e a macroe-
conomia. A microeconomia relaciona-se diretamente com as empresas e com os indivduos, co-
brindo conceitos relacionados ao comportamento do consumidor, aos nveis timos de vendas,
deciso de investimento, ao risco e maximizao do lucro, entre outros. A macroeconomiaabrange o ambiente global, ou seja, tanto nacional quanto internacional.
Direito as empresas esto submetidas a um forte processo de normatizao por meio das
legislaes, principalmente nas reas comercial, tributria e societria, entre outras. importan-
te para o analista o entendimento das normas legais, para a consecuo de seu trabalho.
Estatstica a estatstica tem prestado sua contribuio administrao inanceira, nos
modelos de avaliao de risco e na estimativa de retornos. Conceitos que vo desde valor espe-
rado, desvio padro, varincia e correlaes at os modelos de preciicao de ativos (CAPM
capital asset pricing model) so exemplos de uso da estatstica na administrao inanceira. Nocampo da anlise inanceira, inclusive na anlise de crdito, os modelos de previso de insolvn-
cia, de classiicao de risco (rating)e de credit scoring, so exemplo de utilizao de recursos
estatsticos como anlise discriminante, regresso logstica, modelos bayesianos e redes neurais.
4. Comente a diferena entre maximizao do lucro e maximizao da riqueza (M).
Resposta:
Maximizao da riqueza: o objetivo da administrao inanceira a maximizao da ri-
queza do acionista.
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Maximizao do lucro: viso mais restrita; enfoque de curto prazo, que pode ser pre-
judicial no longo prazo. Exemplo da busca do aumento do lucro pelo corte de gastos em pes-
quisa e desenvolvimento.
5. Estabelea a diferena entre contabilidade e administrao inanceira, quanto ao reco-
nhecimento das despesas e receitas e quanto tomada de deciso (M).
Resposta:
Reconhecimento das despesas e receitas A contabilidade fundamenta seus registros no
princpio contbil chamado regime de competncia, enquanto a administrao inanceira est
voltada para um regime de caixa, ou seja, para entradas e sadas de dinheiro. O analista inancei-
ro trabalha com as demonstraes contbeis, analisa o lucro da empresa apurado de acordo com
o regime de competncia e, ao mesmo tempo, faz uso intenso da anlise de luxo de caixa.
Tomada de deciso A administrao inanceira vale-se dos dados e informaes da
contabilidade para subsidiar suas decises de investimento, de inanciamento e de distribui-
o de dividendos.
6. O que um analista inanceiro de empresas? De que modo a preocupao com o binmio
risco/retorno est relacionada com a funo do analista (M)?
Resposta:
Analista inanceiro o proissional que desenvolve a anlise de uma empresa. O binmio
risco e retornose refere anlise de alternativas de investimentos. Antes de investir seu dinheiro,
o investidor precisa saber qual o retorno esperado daquela aplicao, isto , quanto ter de lucro
no perodo. Ao mesmo tempo, necessrio que o investidor saiba qual o risco apresentado pelo
respectivo investimento. Quanto maior for o risco, maior ser o retorno exigido pelo investidor,
de modo que, medida que o risco vai aumentando, o investidor vai exigindo retorno em propor-
es superiores ao prprio crescimento do risco.
Sendo a funo do analista inanceiro a de analisar empresas, ao considerar alternativas de
investimento, esse dever levar em conta o binmio risco e retorno.
7. Como voc relaciona a atividade do analista com a informao (F)?
Resposta:
O instrumento de trabalho do analista a informao. Quanto melhor a qualidade da infor-
mao, mais eicaz ser o trabalho do analista.
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Captulo 2A empresa e sua estrutura de informaes
Respostas s questes do nal do captulo
Material de uso exclusivo do professor
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Questes para resoluo e discusso
1. Como voc situa a empresa em face das necessidades humanas (M)?
Resposta:
A empresa desempenha importante papel econmico e social no mundo moderno, tendo a
funo de coordenar os chamados fatores da produo para obteno de bens e servios desti-
nados satisfao das necessidades humanas.
2. O que sistema de informao gerencial? Que tipo de informaes necessrio e quais as
fontes de fornecimento dessas informaes? (M)
Resposta:
O Sistema de Informao Gerencial (SIG) consiste na ordenao das informaes necess-
rias para o gerenciamento dos negcios atuais e para os planos futuros. So necessrias infor-maes sobre o mercado de atuao da empresa, informaes inanceiras, bem com expectativas
sobre juros e poltica cambial, para citar poucos exemplos. As principais fontes de informao
compreendem o sistema contbil, os estudos desenvolvidos internamente, a empresa e demais
veculos de informaes utilizveis
3. O que um sistema de informaes contbeis e qual sua utilidade para a empresa, para
os usurios externos e, especialmente, para o analista externo (M)?
Resposta:
O sistema de informaes contbeis gera as demonstraes contbeis, que normalmente so
divulgadas para o conhecimento do pblico interessado, principalmente analistas, credores e in-
vestidores, entre outros. Os demais instrumentos de carter eminentemente gerencial destinam-se
a subsidiar a alta administrao no processo de planejamento, organizao, controle e direo.
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4. Mencione os principais usurios das informaes contbeis, destacando o principal uso
que cada um dos usurios far das informaes (M).
Resposta:
A administrao da empresa informaes para avaliar os resultados de sua gesto.
Acionistas e proprietrios informaes para aferir risco eperformance.
Investidores e analistas informaes para tomar decises sobre a compra de aes,
ttulos ou participao em carteiras de investimentos.
Bancos e instituies inanceiras informaes para fornecer emprstimos e inanciar bens.
Fornecedores e clientes informaes para avaliar o risco de crdito de seus clientes.
Governo, arrecadadores e reguladores oiciais informaes para promover regulao,
normatizao e iscalizao das atividades de um segmento ou de uma atividade.
Sindicatos e associaes de classe informaes para desenvolver estudos e estatsticas
sobre as caractersticas e o desempenho dos respectivos segmentos de atuao.
Auditorias informaes para emitir pareceres independentes sobre as empresas
que examinam.
5. Mencione as principais limitaes das informaes extradas das demonstraes inan-
ceiras. D alternativas para que o analista possa superar ou amenizar tais limitaes (F).
Resposta:
Limitaes:
O lado no expresso em valores monetrios.
Defasagem da informao.
Veracidade das informaes contbeis.
Resistncia em prestar informaes.
Alternativas: Visitas s empresas.
Uso de informaes intermedirias.
Argumentar com a empresa sobre a importncia das informaes.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 10
Captulo 3Normas sobre demonstraes contbeis
Respostas s questes do nal do captulo
Material de uso exclusivo do professor
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Questes para resoluo e discusso
1. O que diferencia um empresrio de uma sociedade (M)?
Resposta:
O empresrio aquele que exerce proissionalmente atividade econmica organizada, para
produo ou circulao de bens ou servios, sendo obrigatria sua inscrio no Registro Pblico
de Empresas Mercantis.
A sociedade pode ser empresria ou sociedade simples. A sociedade empresria aquela
que tem por objeto o exerccio da atividade prpria de empresrio, sujeita a inscrio no Registro
Pblico de Empresas Mercantis. Por outro lado, a sociedade simples dever requerer sua inscri-
o no Registro Civil de Pessoas Jurdicas do local de sua sede.
2. Qual a diferena fundamental entre uma sociedade simples e uma sociedade empresria (M)?
Resposta:
A sociedade pode ser empresria ou sociedade simples. A sociedade empresria aquela
que tem por objeto o exerccio da atividade prpria de empresrio, sujeita a inscrio no Registro
Pblico de Empresas Mercantis. Por outro lado, a sociedade simples dever requerer sua inscri-
o no Registro Civil de Pessoas Jurdicas do local de sua sede.
3. Estabelea comparao entre uma sociedade limitada e uma sociedade annima (F).
Resposta:
As sociedades limitadas tem seu capital social dividido em quotas iguais ou desiguais, ca-
bendo uma ou diversas a cada scio. Em princpio, cada scio responde pelas quotas de capital
que subscreveu e, no caso de falncia, tambm pela totalidade do capital no integralizado.
As sociedades annimastem seu capital social dividido em aes e a responsabilidade do
acionista limitada ao valor das aes que subscreveu. Compreendem as grandes empresas, quepodem ter seu capital aberto ou fechado.
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4. Especiique o que uma sociedade annima de capital aberto e de capital fechado (F).
Resposta:
As empresas de capital aberto tm suas aes negociadas nas Bolsas de Valores. Esse tipo
de sociedade tem uma srie de obrigaes de divulgar informaes destinadas ao mercado de
capitais. Os tipos de aes mais comuns nas sociedades annimas so as aes preferenciais, que
privilegiam o recebimento de dividendos, e as aes ordinrias, que, normalmente, do direito a
voto nas Assembleias realizadas pela empresa.
As sociedades annimas de capital fechado no tm suas aes negociadas em Bolsas de
Valores e, geralmente, tm menos obrigao de divulgar informaes.
5. Especiique quais as demonstraes contbeis obrigatrias segundo a Lei n 6.404/76 ealteraes (D).
Resposta:
A nova redao do art. 177 da Lei n 6.404/76 destaca a necessidade de as demonstraes
inanceiras das companhias abertas observarem as regras expedidas pela Comisso de Valores
Mobilirios CVM ( 3), bem como deine que as normas a serem expedidas pela CVM devero
ser elaboradas em consonncia com os padres internacionais de contabilidade adotados nos
principais mercados imobilirios ( 5). Seguem as demonstraes obrigatrias:
I balano patrimonial;
II demonstrao das mutaes do patrimnio lquido;
III demonstrao do resultado do exerccio;
IV demonstrao dos luxos de caixa; e
V se companhia aberta, demonstrao do valor adicionado.
6. Sobre os PCGAs, relacione os Pressupostos Bsicos, as Caractersticas Qualitativas das De-
monstraes Contbeis e as Limitaes na Relevncia e na Coniabilidade das Informaes (D).
Resposta:
O novo conjunto de Princpios Contabis Geralmente Aceitos (PCGAs), est estruturado em
trs blocos ou grupos, a saber:
Pressupostos Bsicos so os dois pilares que do sustentao nova estrutura da con-
tabilidade para gerar as informaes.
Caractersticas Qualitativas das Demonstraes Contbeis se posicionam de formaintegrada e se completam de forma harmnica. So quatro as caractersticas: Compreensibilida-
de, Relevncia, Coniabilidade e Comparabilidade.
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Limitaes na Relevncia e na Coniabilidade da Informao Compreendem trs
princpios (se assim podemos chamar): tempestividade; equilbrio entre custo e benecio;
equilbrio entre as caratersticas qualitativas.
7. D os conceitos de cada uma das expresses a seguir (D):
Resposta:
Continuidade pressuposto de que a empresa deve ser vista como uma entidade que
continuar em atividade.
Regime de Competncia pressuposto de que as demonstraes contbeis reletem a si-
tuao patrimonial da empresa mostrando seus direitos, e suas obrigaes, patrimnio lquido
e o efetivo resultado do perodo, independente dos respectivos recebimentos ou pagamentos. Compreensibilidade condio bsica de utilidade da informao e requer do usurio
das demonstraes inanceiras certo conhecimento de negcios para um adequado uso das
informaes.
Relevncia foca a informao contbil naquilo que seja importante para a tomada de
deciso pelo seu usurio.
Coniabilidade associada qualidade da informao contbil, para que essa informa-
o seja um elo entre a empresa e os interessados em suas informaes.
Comparabilidade refere-se ao uso da informao numa viso evolutiva da empresa,
visando identiicao de tendncias; anlise de sua evoluo histrica.
Tempestividade associada ideia de que as informaes das demonstraes contbeis
devem atender aos seus usurios com a rapidez necessria, mantida a sua coniabilidade.
Equilbrio entre custo e benecio associada ideia de que o benecio da informao
deve ser superior ao seu custo.
Equilbrio entre as Caractersticas Qualitativas princpio (ou uma restrio) associado
ideia de que uma caracterstica qualitativa das demonstraes contbeis no deve prevalecerem excesso, comparativamente a outra ou as outras, uma vez que todas elas carregam sua l-
gica e razo de ser.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 13
Captulo 4Principais demonstraes contbeis
Respostas s questes do nal do captulo
Material de uso exclusivo do professor
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Questes para resoluo e discusso
1. O que voc entende por Relatrio Anual (Annual Report) e qual a utilidade deste documen-
to para um analista (M)?
Resposta:
Relatrio que contm as demonstraes contbeis e informaes institucionais da empre-
sa, representando um canal de comunicao da empresa com diversos usurios internos e ex-
ternos. As empresas conscientes de seus papis no relacionamento com acionistas, investidores,
credores, fornecedores, clientes, governos e empregados tm procurado cada vez mais municiar
esses interessados com informaes que sejam facilitadoras de suas tomadas de decises.
2. Com relao publicao de demonstraes inanceiras, comente sobre as exigncias de-
correntes de (F):
Exerccios abrangidos.Para as sociedades annimas, as demonstraes inanceiras so publicadas de forma com-
parativa, isto , as relativas ao ltimo e ao penltimo exerccios sociais, objetivando permitir a
seus usurios a comparao da situao da empresa nos dois exerccios (Lei n 6.404/76, art.
176, 1).
Empresas abrangidas.
So abrangidos a empresa controladora e o consolidado, conforme regras:
Nos casos em que a companhia tenha mais de 30% de seu patrimnio lquido representa-
do por investimentos em controladas, conforme art. 249 da Lei n 6.404/76.
Na existncia de grupos de sociedades, conforme deinido nos arts. 265 a 267 da Lei
n 6.404/76. Conforme o art. 275 dessa lei, o grupo de sociedades publicar, alm das demons-
traes inanceiras referentes a cada uma das companhias que o compem, demonstraes
consolidadas, compreendendo todas as sociedades do grupo.
Frequncia da divulgao.
As empresas elaboram suas demonstraes anualmente. Nos casos das empresas de capital
aberto, isto , com aes negociadas em bolsas de valores, tais empresas divulgam tambm de-monstraes semestrais e informaes trimestrais (ITR).
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3. O que voc entende por balano patrimonial e como sua estrutura legal em termos de
agrupamento das contas (M)?
Resposta:
O balano retrata a posio patrimonial da empresa em determinado momento, composta
por bens, direitos e obrigaes. O ativo mostra onde a empresa aplicou os recursos, ou seja, os
bens e direitos que possui. O passivo e o patrimnio lquido mostram de onde vieram os recur-
sos, isto , os recursos provenientes de terceiros e os prprios. Os recursos prprios podem ser
originrios de capital colocado na empresa pelos scios ou de lucro gerado pela empresa.
Agrupamentos: Ativo: AC + ANC; Passivo + PL = PC + PNC + PL
4. Diga o que representa uma demonstrao do resultado e faa um esquema demonstrando
a disposio das receitas, dos custos e das despesas, bem como intercalando os vrios con-
ceitos de lucro que aparecem nesse demonstrativo (M).
Resposta:
A demonstrao do resultado do exerccio acumula as receitas, os custos e as despesas de
uma entidade durante o exerccio social, visando obter o seu resultado no perodo. Segue a es-
trutura bsica:
Demonstrao do Resultado do Exerccio
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
() Vendas canceladas
() Abatimentos sobre vendas
() Impostos sobre vendas
RECEITA OPERACIONAL LQUIDA
() Custo dos produtos, mercadorias ou servios vendidos
LUCRO BRUTO
() Despesas com vendas
() Despesas administrativas
() Despesas gerais
() Outras despesas e receitas operacionais
RESULTADO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA
(+/) Resultado de equivalncia patrimonial
RESULTADOS ANTES DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS
(+/) Despesas e receitas fnanceiras
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
(+) Despesas com tributos sobre os lucros
() ParticipaesLUCRO LQUIDO DO EXERCCIO
LUCRO LQUIDO POR AO
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5. Descreva a utilidade da Demonstrao das mutaes do patrimnio lquido (M).
Resposta:
A demonstrao das mutaes do patrimnio lquido (DMPL) mostra os acrscimos ao PL
da empresa decorrentes do lucro gerado pela mesma, bem como dos investimentos efetuados
pelos scios. Demonstra tambm os decrscimos decorrentes de distribuio de dividendos ou
mesmo de prejuzo gerado pela empresa, por exemplo. Logo, a DMPL relete as mudanas ocor-
ridas no PL entre o incio e o im de um exerccio social.
6. O que voc entende por Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC)? Faa um comentrio
sobre a utilidade dessa pea contbil (M).
Resposta:A DFC um relatrio que mostra a variao de caixa e equivalentes de caixa (disponibilida-
des) entre dois perodos. Detalha o caixa gerado pelas operaes da empresa, o caixa decorrente
das atividades de investimento e o caixa decorrente das atividades de inanciamento. Permite
identiicarmos a capacidade operacional de gerao de caixa da empresa, assim como as deci-
ses estratgicas de investimento e de inanciamento adotadas pela direo.
7. Descreva o que o Parecer dos auditores e qual sua utilidade para um analista (M).
Resposta:
As demonstraes inanceiras das companhias abertas so obrigatoriamente auditadas por
auditores independentes, registrados na Comisso de Valores Mobilirios, conforme o 3do
art. 177 da Lei n 6.404/76. Da, o parecer dos auditores integrar as demonstraes publicadas,
constituindo-se num importante instrumento para o analista. conveniente que toda anlise de
uma empresa inclua a leitura do parecer dos auditores.
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Captulo 5Componentes do balano
Respostas s questes do inal do captuloMaterial de uso exclusivo do professor
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Questes para resoluo e discusso
1. O que voc entende por ativo? Mencione os grupos que compem o ativo (M).
Resposta:
Um ativo uma aplicao de recurso em bens ou direitos com potencial para gerar bene-
cios futuros para a empresa. No balano, o ativo representa o conjunto de bens e direitos da
empresa, caracterizando as aplicaes dos recursos. O ativo composto de dois grandes grupos:
Ativo circulante:disponibilidades, direitos realizveis no exerccio social subsequente e
despesas do exerccio seguinte.
Ativo no circulante:realizvel a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangvel.
2. D o conceito de ativo circulante e mencione pelo menos duas contas que podem compor
cada um dos principais subgrupos que o compem (M).
Resposta:
O ativo circulante compreende as disponibilidades (caixa e bancos), os direitos realizveis
no exerccio social subsequente (duplicatas a receber e estoques, por exemplo), bem como a apli-
cao de recursos em despesas do exerccio seguinte.
3. Quando uma aplicao inanceira pode ser considerada uma disponibilidade (F)?
Resposta:
As aplicaes inanceiras de liquidez imediata so aquelas que facilmente so convertidas
em dinheiro e, desse modo, so consideradas como disponibilidades. As chamadas aplicaes
em open market, over nighte fundos que possibilitem resgate imediato so exemplos. O saldo
dessa conta deve corresponder ao valor das aplicaes feitas pela empresa, mais os acrscimos
relativos atualizao monetria e aos ganhos incorridos at a data do balano. Em decorrncia
do chamado princpio contbil da competncia dos exerccios, a empresa atualiza o valor das
aplicaes e reconhece tais acrscimos como receita do perodo. Eventuais perdas, tambm de-
vem ser reconhecidas.
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4. O que voc entende por proviso para devedores duvidosos? Como constituda uma pro-
viso para devedores duvidosos (M)?
Resposta:
A Proviso para devedores duvidosos (PDD) uma estimativa, relativa s perdas provveis
com os recebveis de clientes (duplicatas a receber). Por se tratar de uma estimativa de perda, a
PDD no um clculo preciso.
A constituio da PDD pode ser feita por critrios como:
a. identiicao das contas com problemas mais evidentes, como aquelas relacionadas s empre -
sas em processo de falncia;
b. uso da relao histrica de perdas com clientes que compram a prazo;
c. uso de modelagem matemtica para estimar as perdas com clientes a partir de critrios de rating
de crdito, como no caso dos bancos.
A conta de proviso para devedores duvidosos redutora de duplicatas a receber e no
dedutvel para ins de tributao do lucro.
5. Como so avaliados os estoques nas empresas (F)?
Resposta:
Os estoques so avaliados pela regra custo ou valor de mercado, dos dois o menor, como de-
corrncia do princpio contbil da Prudncia. O custo por sua vez, calculado segundo o critrio
UEPS ou a mdia ponderada.
6. O que so despesas do exerccio seguinte? D exemplos (F).
Resposta:
Despesas do exerccio seguinte so despesas antecipadas, que podem j terem sido pagas,
mas que se referem ao exerccio seguinte, em relao ao balano patrimonial. Como exemplo de
despesas do exerccio seguinte, podemos citar um prmio de seguro, cuja aplice tenha o prazo
de um ano e tenha sido contratada em 1-7-20X1. Quando a empresa encerrar o balano em 31-
12-20X1 ter direito a cobertura de seguro pelo prazo de mais seis meses, devendo, dessa forma,
registrar o valor dessa despesa ainda no incorrida como despesa do exerccio seguinte, ou seja,
do ano de 20X2. Por outro lado, as parcelas do referido prmio, relativas aos meses de julho/20X1
a dezembro/20X1, sero contabilizadas como despesas do exerccio de 20X1, em conformidade
com o chamado regime de competncia contbil dos exerccios. Despesas do exerccio seguinteno representam bens com existncia sica. So exemplos de despesas do exerccio seguinte, ou
despesas antecipadas:
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 18
Prmio de seguros.
Aluguis pagos antecipadamente.
Assinaturas de peridicos.
Comisses e prmios pagos antecipadamente. Taxas associativas.
Outros pagamentos com caractersticas semelhantes.
7. Conceitue o realizvel a longo prazo e mencione alguns itens que possam compor esse grupo (M).
Resposta:
Segundo o inciso II do art. 179 da Lei n 6.404/76, no realizvel a longo prazo so classiicados:
os direitos realizveis aps o trmino do exerccio seguinte, assim como os derivados de
vendas, adiantamentos ou emprstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acio-
nistas ou participantes no lucro da companhia, que no constiturem negcios usuais na explora-
o do objeto da companhia.
Quanto s contas que compem o realizvel a longo prazo, com exceo do disponvel, as
demais rubricas classiicadas no ativo circulante que tiverem prazo de realizao aps o trmino
do exerccio seguinte ao do balano, ou seja, demorarem mais de um ano para serem recebidas,
tero suas classiicaes no realizvel a longo prazo.
Conforme o texto legal, tambm sero classiicados no realizvel a longo prazo, indepen-
dente de seu vencimento, direitos de vendas, adiantamentos ou emprstimos a sociedades co-
ligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia que no
constiturem negcios usuais na explorao do objeto da companhia.
8. Conceitue o ativo no circulante e cada um dos subgrupos que o compem (D).
Resposta:
O ativo no circulante compreende o ativo realizvel a longo prazo, investimentos, imobili-
zado e o intangvel.
Realizvel a longo prazo
os direitos realizveis aps o trmino do exerccio seguinte, assim como os derivados de
vendas, adiantamentos ou emprstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acio-
nistas ou participantes no lucro da companhia, que no constiturem negcios usuais na explora-o do objeto da companhia.
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Investimentos
Conforme o art. 179 (III), da Lei n 6.404/76, so classiicados em investimentos as parti-
cipaes permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza no classiicados
no ativo circulante, e que no se destinem manuteno da atividade da companhia ou da em-
presa.
Imobilizado
Conforme o item IV do art. 179 da Lei n 6.404 (Redao dada pela Lei n11.638, de 2007),
no ativo imobilizado so classiicados os direitos que tenham por objeto bens corpreos desti-
nados manuteno das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa inali-
dade, inclusive os decorrentes de operaes que transiram companhia os benecios, riscos e
controle desses bens.
Intangvel
O intangvel parte do ativo no circulante e compreende os direitos que tenham por ob-
jeto bens incorpreos destinados manuteno da companhia ou exercidos com essa inalidade,
inclusive o fundo de comrcio adquirido.
Anteriormente s modiicaes introduzidas pela Lei n 11.638/07 e pela Lei n 11.941/09,
havia um subgrupo chamado diferido, que compreendia os itens intangveis, decorrentes de
gastos que iriam contribuir para gerar receita no futuro. Com as mudanas contbeis visando
convergncia para os padres internacionais de contabilidade, foi eliminado o diferido. Tambm
desapareceu o grupo que era denominado de ativo permanente e compreendia os tpicos deinvestimentos, imobilizado e o diferido.
9. Cite algumas razes para uma empresa participar do capital de outra e diga como tais
participaes sero classiicadas no ativo da empresa investidora (M).
Resposta:
A participao de uma empresa no capital social de outra empresa (com inteno de per-manecer) deve ser contabilizada como investimento. Entre as razes para uma empresa par-
ticipar no capital de outra, podemos citar: (i) busca de diversiicao de atividade, (ii) a verti-
calizao de seu processo produtivo e comercial, e a (iii) busca da garantia de suprimento de
matrias-primas.
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10. Descreva os dois critrios de avaliao de participaes societrias, ou seja, participa-
o em outras empresas.
Resposta:
Mtodos de avaliao dos investimentos
A forma como a empresa avalia as participaes em outras empresas varia de acordo com
a natureza da participao, sendo dois os critrios de avaliao:
i. Pelo custo de aquisio, deduzido de proviso para perdas, quando for o caso, esse tipo
de avaliao para os casos de investimento em outras sociedades, desde que essas outras
sociedades no sejam coligadas ou controladas, incluindo os casos de controle conjunto e in-
direto, ou seja, casos de que o controle de uma sociedade seja feito atravs de outra sociedade
controlada. No caso do custo de aquisio, toma-se por base o preo integralizado na subs-
crio das aes ou das quotas, ou o valor pago a terceiros pelas aes ou quotas da empresa
investida. Demais gastos para formalizao, corretagens e legalizao integram o valor do in-vestimento.
ii. Pelo mtodo de equivalncia patrimonial , quando as participaes em outras empre-
sas atenderem s condies especiicadas no CPC 18. O mtodo de equivalncia patrimonial
reconhece a participao da investidora no lucro ou no prejuzo da controlada ou da coligada
(quando a investidora tiver 20% ou mais do capital da investida).
Suponhamos que a empresa 'A' detinha 30% do capital da empresa 'B', que o patrimnio-
lquido de 'B' seja $ 1.000.000,00 no incio do ano de 20X4. Logo a conta de Investimentos (ativo
no circulante) de 'A' ter o valor de $ 300.000,00, ou seja, 30% do patrimnio lquido de 'B', na
mesma data. Suponhamos ainda que durante o exerccio de 20X4 a empresa 'B' tenha um lucro
lquido de $ 250.000,00. O Quadro 5.2 explicita os dados do exemplo.
Quadro 5.2 - Exemplo de equivalncia patrimonial
Investidora 'A' Investida 'B'
Em 01-01-20X4 - Investimento de 'A' em'B' de $300.000,00
'A' tem 30%de 'B'
Patrimnio lquido de 'B' $ 1.000.000,00
Equivalncia patrimonial de $ 75.000,00que corresponde a 30% do lucro de 'B'durante 20X4
'A' tem 30%do resultadode 'B'
Lucro de 'B' durante 20X4, $250.000,00
Valor do investimento de 'A' em 'B' em31-12-20X4, $ 375.000,00
Patrimnio lquido de 'B' em31/12/20X4, $ 1.250.000,00
11. Cite as principais caractersticas dos bens que devem ser classiicados como ativo imobilizado.
Resposta:
As principais caractersticas dos bens integrantes do imobilizado, so:
a) bens destinados atividade da empresa;
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b) bens no destinados venda;
c) vida til relativamente longa (pelo menos, mais de um ano);
d) valor material.
12. Deina as seguintes expresses: (i) valor recupervel de um ativo; (ii) valor contbil de
um ativo; (iii) valor em uso; e (iv) valor lquido de venda.
Valor recupervelde um ativo ou de uma unidade geradora de caixa o maior valor entre o va-
lor lquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
Valor contbil o valor pelo qual um ativo est reconhecido no balano depois da deduo de
toda respectiva depreciao, amortizao ou exausto acumulada e proviso para perdas.
Valor em uso o valor presente de luxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso
de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
Valor lquido de venda o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade gera-
dora de caixa em transaes em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas,
menos as despesas estimadas de venda.
13. Explique o que voc entende por Teste de Impairment.
Resposta:
As regras contbeis deinem que ser necessrio fazer uma veriicao (no mnimo anual)
para saber se o valor do ativo reconhecido na contabilidade est acima de seu valor recuper-
vel; se isto estiver ocorrendo, a contabilidade dever reconhecer a perda por desvalorizao, de
forma que a contabilidade possa representar mais adequadamente o valor econmico do bem. Oteste de recuperabilidade do ativo (Impairment1) utilizado para que nenhum ativo permanea
contabilizado por valor superior ao seu valor recupervel.
Segundo a Resoluo CFC n 1.110/07, para avaliar se o ativo sofreu desvalorizao, a en-
tidade deve veriicar no mnimo, algumas fontes externas e internas. Nas fontes externas: (a)
diminuio sensvel do valor do bem no mercado, acima do que seria esperado; (b) mudanas
tecnolgicas, de mercado ou legais; (c) as taxas de retorno exigidas sobre o investimento aumen-
taram provocando efeito na taxa de desconto a ser utilizada sobre o valor do ativo; (d) valor con-
tbil do patrimnio lquido da entidade maior que o valor de suas aes. Nas fontes internas:(a) evidncia de obsolescncia ou dano sico do ativo; (b) mudanas signiicativas tornando o
1 Impairmentem Ingls signiica prejuzo, dano, perda, diminuio. Na realidade, o Teste deImpairment visa identiicar aperda com o ativo.
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ativo inativo, planos para descontinuidade ou reestruturao de operao, plano para baixa do
ativo (antes da data inicialmente esperada), reavaliao da vida til do bem; (e) evidncia de que
o desempenho econmico do ativo ou ser pior do que o esperado.
14. Deina Ativo Intangvel
Resposta:
O intangvel parte do ativo no circulante e compreende os direitos que tenham por ob-
jeto bens incorpreos destinados manuteno da companhia ou exercidos com essa inalidade,
inclusive o fundo de comrcio adquirido, conforme a Lei 6.404/76, artigo 179, item VI.
Segundo o Pronunciamento Tcnico CPC n 04, Ativo intangvel um ativo no monetrio
identiicvel sem substncia sica." Ainda segundo o referido CPC, o ativo intangvel deve satisfazer
as condies de ser identiicvel, controlvel e capaz de gerar benecios econmicos futuros.
Para que o ativo intangvel seja identiicvel, deve ser separvel e possvel de ser vendido,
transferido, licenciado, alugado ou trocado, ao mesmo tempo em que deve resultar de direitos
contratuais ou outros direitos legais.
O ativo intangvel pode ser adquirido pela empresa separadamente ou em uma combinao
de negcios. Quando o ativo intangvel for adquirido separadamente, sua avaliao feita pelo
seu custo de aquisio mais os gastos necessrios para seu funcionamento e registro. Quandoadquirido em uma combinao de negcios, deve ser mensurado pelo seu valor justo.
15 . Deina Fundo de Comrcio,goodwill.
Resposta:
O chamado Fundo de comrcio (Goodwill) representa um valor pago a maior, por uma par-
ticipao societria, em decorrncia de uma expectativa de rentabilidade futura. Diferentementedos demais ativos intangveis, o fundo de comrcio um ativo no identiicvel. o valor que ex-
cede o valor justo pago pelo patrimnio lquido de uma empresa. Numa aquisio (combinao
de negcios) h (a) ativos tangveis identiicveis (e passivos assumidos), bem como (b) ativos
intangveis identiicveis, que devem ser avaliados por seus valores justos. Do valor pago, o que
exceder aos itens mencionados (a + b), ser ogoodwill.
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16. Qual a diferena entre depreciao, amortizao e exausto? (M)
Resposta:
A Lei n 6.404/76, em seu art. 183, trata dos critrios de avaliao do ativo das empresas,
destacando que a diminuio de valor dos elementos do ativo imobilizado ser registrada perio-
dicamente nas contas de:
Depreciao:quando corresponder perda do valor dos direitos que tm por objeto bens
sicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ao da natureza ou obsolescncia.
Amortizao:quando corresponder perda do valor do capital aplicado na aquisio de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existncia ou exerccio
de durao limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilizao por prazo legal ou contratualmente
limitado.
Exausto:quando corresponder perda do valor decorrente de sua explorao, de direitos
cujo objeto sejam recursos minerais ou lorestais, ou bens aplicados nessa explorao.
17. Cite e explique quatro mtodos de depreciao (M).
Resposta:
Os bens tangveis, que esto sujeitos ao desgaste ou deteriorao, pelo uso ou pelo trans-
correr do tempo, devem ser depreciados. Os principais mtodos de depreciao so:
Mtodo da linha reta:pelo mtodo da linha reta, que o mais utilizado, com base em
uma expectativa de vida til do bem, estabelecido um percentual anual ixo para depreciao.
Tomando o exemplo de um veculo com vida til esperada de cinco anos, sua taxa de deprecia-
o ser de 20% ao ano.
Mtodo de Matheson ou taxa constante:pelo mtodo de Matheson, aplicada uma taxa
constante de depreciao sobre o valor residual, isto , sobre o custo menos a depreciao
acumulada. Observe que, enquanto o mtodo da linha reta mantm uma taxa constante sobre o
valor-base, o mtodo de Matheson aplica o percentual sobre o valor residual, fazendo com quea depreciao seja maior nos primeiros anos de vida do bem.
Mtodo de Cole ou soma dos dgitos:por esse mtodo, tambm suposto que a depre-
ciao maior nos primeiros anos de vida do bem, sendo a taxa aplicada a uma frao cujo
denominador a soma dos algarismos (dgitos) sequenciais correspondentes aos anos de vida
til do bem. Supondo um veculo, com cinco anos de vida til estimada, teramos a soma dos
nmeros sequenciais de 1 a 5 (1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15), resultando no denominador igual a 15.
O numerador composto pelos perodos de vida restantes no incio de cada perodo, isto ,
para um veculo com vida prevista de cinco anos, no incio do primeiro ano seu perodo de vidarestante de cinco anos; no incio do segundo ano, seu perodo de vida restante seria de quatro
anos, isto , o segundo ano que est iniciando, mais trs anos.
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Assim, temos:
1 2 3 4 5
5/15 4/15 3/15 2/15 1/15
Observe que a soma das fraes relativas aos cinco anos igual a um, isto , corresponde a
100%, que a totalidade do valor do bem a ser depreciado.
Mtodo das unidades produzidas:esse mtodo leva em considerao a capacidade esti-
mada de unidades a serem produzidas durante a vida til do bem. Portanto, a depreciao refe-
rente a determinado perodo representada por um nmero decorrente da diviso do nmero
de unidades produzidas naquele perodo, pelo nmero total de unidades a serem produzidas
durante o perodo de vida til do bem. Critrio anlogo pode ser adotado quando a capacidade
produtiva estimada em horas de trabalho, em vez de unidades produzidas.
18. Em sua opinio, a taxa de depreciao a mesma para qualquer tipo de bem que compe
o imobilizado, independente do tipo de bem e do nmero de turnos em que os bens sejam
utilizados na produo? Explique (F).
Resposta:
A taxa de depreciao no pode ser a mesma para todos os bens, devido s vidas teis dos
mesmos serem diferentes. Logo, a determinao da taxa de depreciao decorre da vida til es-timada e do valor recupervel do bem ao inal de sua permanncia na empresa. Exemplo, a taxa
de depreciao de um veculo diferente da taxa de depreciao de um imvel
19. D o conceito de ativo diferido e diga qual a diferena entre ativo diferido e despesas do
exerccio seguinte (F).
Resposta:O ativo diferido deixou de existir com a MP 449/08 (Lei n 11.941/08). Era parte do antigo
ativo permanente. Abrigava as aplicaes de recursos em despesas que iriam contribuir para a
formao de resultados de mais de um exerccio social, compreendendo itens intangveis. Sua
amortizao ocorreria durante o perodo em que estivesse contribuindo para a formao do re-
sultado da empresa. Gastos pr-operacionais eram exemplos de ativo diferido.
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20. Suponha que, em 1-6-20X1, uma empresa tenha obtido um inanciamento de $
3.000.000,00 em um banco, para ser pago em dez parcelas iguais e trimestrais, com seis
meses de carncia para pagamento da primeira parcela. Como aparecer classiicada essa
dvida no balano da empresa devedora em 31-12-20X1 (M)?
Seguem dados / datas principais:
data da contrao do inanciamento: 01-06-20X1;
prazo de carncia de seis meses para primeira prestao: 01-12-20X1; Logo em 31-12-X1,
restam nove parcelas a serem pagas trimestralmente;
parcelas vencveis no prximo ano de 20X2: 01-03-X2; 01-06-20X2; 01-09-20X2 e 01-12-
20X2. Total de quatro prestaes a serem pagas em 20X2;
demais parcelas, no total de cinco, sero classiicadas como passivo no circulante. Cada
uma das parcelas do passivo no circulante, um ano antes do vencimento, ser transferida parao passivo circulante;
o valor do inanciamento no afeta a classiicao do mesmo no passivo circulante ou no
no circulante.
21. Qual a diferena entre capital social, capital a integralizar e capital integralizado? (F)
Resposta
Capital social
O capital social o capital subscrito pelos scios ou acionistas e corresponde ao valor que
consta no contrato social da sociedade limitada ou no estatuto da sociedade annima, por exem-
plo. O capital de uma empresa pode ser representado por aes, no caso das sociedades anni-
mas, ou por quotas quando se trata de uma sociedade limitada. Desse modo, inicialmente, os
acionistas ou scios subscrevem determinada quantidade de aes ou quotas, conforme o caso,
para integralizao imediata ou a posterior. Na subscrio, o acionista ou o scio assume o com-promisso perante a prpria empresa de participar de seu capital social, adquirindo determinada
quantidade de suas aes ou de suas quotas. Cada ao ou cada quota tem um valor unitrio
previamente determinado.
Capital integralizado
O capital integralizado aquela parte do capital que o acionista ou o scio j colocou na em-
presa. A integralizao do capital ocorre quando o scio ou o acionista efetua o pagamento em-
presa pelas aes ou pelas quotas que havia subscrito. A integralizao pode ocorrer em dinheiro
ou em bens. Aps a constituio da empresa e integralizao inicial do capital, podero ocorreraumentos de capital decorrentes de novos aportes de capital, de incorporaes de lucros.
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Capital a integralizar
A conta de capital a integralizar representa as parcelas de capital que foram subscritas
pelos acionistas ou proprietrios da empresa e que ainda no foram integralizadas. uma conta
redutora do capital subscrito.
22. O que reserva? Qual a diferena entre reserva de capital, reserva de lucro e reserva de
reavaliao? (F)
De modo geral, as reservas constituem-se numa espcie de reforo ao capital social. Temos
as reservas de capital e as de lucro:
Reservas de capital
O gio, isto , a contribuio do subscritor de aes que ultrapassar o valor nominal e a
parte do preo de emisso das aes sem valor nominal que ultrapassar a importncia destina-
da formao de capital social deve ser classiicada como reserva de capital (art. 182, da Lei n
6.404/76 modiicada).
Reservas de lucros
As reservas de lucros, conforme sugere o prprio nome, so constitudas a partir do lucro
da empresa. Entre elas destacamos:
** Reserva legal: do lucro lquido do exerccio, 5% so aplicados para a constituio da
reserva legal, que no poder exceder 20% do capital social. A companhia poder, ainda, deixar
de constituir a reserva legal no exerccio em que o saldo dessa reserva, acrescido das reservas
de capital, exceder 30% do capital social. A reserva legal poder ser utilizada somente para com-
pensao de prejuzo e para aumento de capital social.
** Reservas estatutrias:o estatuto da sociedade annima poder criar reservas, desde
que, para cada uma delas, indique a inalidade, estabelea a percentagem do lucro que ser des-
tinada a sua constituio e ixe limite mximo para tais reservas. So exemplos de reservas esta-tutrias: as constitudas para fazer face aos planos de expanso, para pagamento de dividendos
ou para resgate de partes beneicirias.
** Reservas para contingncias: so constitudas com a inalidade de compensar em exer-
ccios futuros a diminuio do lucro decorrente de perda julgada provvel e cujo valor possa ser
estimado. Tal reserva ser revertida no exerccio em que deixem de existir as razes que justii-
caram sua constituio.
** Reservas de lucros a realizar:considerando que o lucro que aparece na demonstrao
de resultados apurado com base no regime de competncia do exerccio, a reserva de lucrosa realizar tem como principal inalidade evitar a distribuio de dividendos relativos aos lucros
no realizados inanceiramente.
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23. Indique, na coluna Grupo da tabela das contas do balancete da Cia. Boa Sorte, um dos
nmeros a seguir, conforme o grupo a que a respectiva conta pertena (F).
1. Ativo circulante.
2. Realizvel a longo prazo.
3. Ativo imobilizado.
4. Passivo circulante.
5. Passivo no circulante.
6. Patrimnio lquido.
7. Receitas.
8. Despesas ou custos.
Contas da Cia. Boa Sorte:
Item Grupo Contas ValoresPassivo
circulanteResultado
A 3 Equipamentos 14.500
B 8 Despesa de aluguel 20.000 (20.000)
C 7 Vendas 100.000 100.000
D 8 Despesa de salrio 24.000 (24.000)
E 3 Veculos 7.900
F 6 Capital 50.000
G 4 Fornecedores 15.000 15.000
H 1 Clientes 11.000
I 1 Mercadorias 20.000
J 4 Salrios a pagar 2.000 2.000
K 1 Bancos conta movi-mento
20.000
L 4 Bancos conta em-prstimos 13.000 13.000
M 8 Custo das mercado-rias vendidas
50.000(50.000)
N 5 Ttulos a pagar (lon-go prazo) 12.000
O 1 Despesas antecipa-das de seguros 6.000
P 7 Receita de juros 200 200
Q 6 Prejuzos acumula-dos
15.000
R 8 Despesas diversas 3.000 (3.000)
30.000 3.200
Nota: As contas patrimoniais que so de longo prazo esto identiicadas.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 28
As questes de nmero 24 e 25 tambm sero baseadas nos dados da Cia. Boa Sorte. Assinale
para cada uma delas a alternativa correta (M).
24. O lucro ou prejuzo lquido do perodo foi de:
a. (2.800).
b. 50.000.
c. 3.200 (conforme demonstrado na tabela anterior).
d. 3.000.
e. Nenhuma das alternativas anteriores.
25. O valor do Passivo Circulante :
a. 30.000 (conforme demonstrado na tabela anterior).
b. 42.000.
c. 17.000.
d. Nenhuma das alternativas anteriores.
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Captulo 6Componentes da demonstrao do resultado
Respostas s questes do nal do captulo
Material de uso exclusivo do professor
------------------------------------------
Questes para resoluo e discusso
1. Explique a diferena entre receita operacional bruta e receita operacional lquida. Partin-
do da receita operacional bruta em direo receita operacional lquida, detalhe cada uma
das rubricas constantes desse trajeto (F).
Resposta:
Receita operacional bruta o faturamento bruto da empresa em um determinado perodo.
Receita operacional lquida a receita bruta, menos as devolues, os abatimentos e os impostos
incidentes sobre vendas.
Receita operacional bruta
() Vendas canceladas
() Abatimentos sobre vendas
() Impostos sobre vendas
= Receita operacional lquida
2. Quais os componentes principais para determinao do custo dos produtos vendidos por
uma empresa industrial (M)?
Resposta:
O custo dos produtos vendidos (CPV) a denominao utilizada no caso de empresas in-
dustriais. Uma empresa industrial compra as matrias-primas, transforma-as em bens destina-dos ao consumo da populao, ou mesmo em mquinas e equipamentos destinados produo
de outros bens. O clculo do custo dos produtos vendidos envolve tcnicas e conceitos de con-
tabilidade de custos mais abrangentes. Conceitualmente, o custo de fabricao de um produto
compreende todos os gastos necessrios obteno desse produto. Em resumo, temos:
Custo deProduo =
Matria-prima+
Componentes+
Mo de obraDireta +
Custos Indiretos deFabricao
O agrupamento dos itens do custo de produo exige da empresa uma estrutura contbil
que permita identiicar a quantidade de matria-prima, os componentes e a mo de obra direta
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 30
que vai em cada produto. Ao mesmo tempo, necessrio que os custos indiretos de fabricao
sejam imputados ao produto por meio de critrios de rateio.
3. Qual a diferena entre controle permanente e controle peridico dos estoques? Explique
como se calcula o CMV em cada um deles (M).
Resposta:
O custo das mercadorias vendidas (CMV) utilizado no caso de empresas comerciais, ha-
vendo duas formas bsicas para seu clculo. A primeira refere-se s empresas que no dispem
de um controle permanente de seus estoques e que, ao inal de cada perodo, procedem ao le-
vantamento sico das quantidades de mercadorias existentes. Neste caso, o clculo do CMV oseguinte:
Custo dasMercadorias
Vendidas= Estoque Inicial + Compras Estoque Final
Para as empresas que mantm controle permanente de seus estoques, registrando todas as
entradas e sadas de mercadorias, a obteno do CMV ocorre diretamente pelos registros cont-
beis, servindo eventual contagem sica apenas para veriicao da eicincia dos controles.
Cabe ainda lembrar que o mtodo utilizado pela empresa para avaliar os estoques afetar:
(a) o valor do custo do produto vendido (CPV) na indstria, e (b) o custo da mercadoria vendida
(CMV), no comrcio. Consequentemente, em ambos os casos o lucro ser afetado. Os mtodos
utilizados para avaliao dos estoques so os tradicionais PEPS, UEPS ou a mdia mvel.
4. No caso de uma empresa industrial que utiliza um microcomputador, a depreciao desse
equipamento ser uma despesa ou um custo (F)? Explique.
Resposta:
A depreciao do microcomputador, utilizado por uma empresa industrial, ser considera-
da custo de produo se o referido equipamento for utilizado em atividade ligada fbrica (pro-
duo). Caso o equipamento seja utilizado na rea administrativa, sua depreciao ser tratada
como despesa administrativa. Se for utilizado na rea de vendas, sua depreciao ser tratada
como despesas de vendas.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 31
5. Qual a diferena entre despesas operacionais e despesas no operacionais?
Resposta:
So consideradas despesas operacionais, aqueles gastos necessrios s operaes da em-
presa, tais como as despesas de administrao e as de vendas. Em tese, so despesas no opera-
cionais, aquelas que tiverem um carter de eventualidade e no estejam relacionadas diretamen-
te com as atividades da empresa. Destaque-se que a nova estrutura contbil no adota o conceito
de despesas e receitas no operacionais, deinindo seu agrupamento em outras despesas e
receitas. Para ins de anlise inanceira, avaliao de empresas e tomada de deciso, as despe-
sas e as receitas devem ser tratadas como operacionais quando forem recorrentes. Desse modo,
nos casos em que a rubrica de outras despesas e receitas operacionais apresentarem valores
relevantes ser necessrio uma adequada investigao por parte do analista para conirmar seu
carter de operacionalidade.
6. Calcule as vendas nominais do perodo, as vendas em dlar e em moeda de poder aquisi-
tivo constante utilizando o dlar. Para isto, suponha que as vendas so efetuadas no ltimo
dia de cada ms e que o valor do dlar, em cada um dos dias em que as vendas foram feitas,
seja o que est no quadro a seguir (M):
Data davenda
Valor davenda $
Cotaodo dlar
Vendasem US$
Vendas em moeda
de poder aquisitivoconstante
30-1-X1 1.500,00 100 15
28-2-X1 1.440,00 120 12
31-3-X1 2.700,00 150 18
Total 5.640,00 45 6.750
As vendas nominais do perodo foram de $ $ 5.640, que a soma das vendas nominais por seus
valores histricos. As vendas em dlar correspondem a US$ 45, que a soma das vendas mensais
convertidas para dlar. As vendas em moeda de poder aquisitivo constante somam $ 6.750, quecorresponde a US$ 45, cotados a $ 150 no inal do perodo.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 32
Captulo 7O valor do dinheiro e as demonstraes inanceiras
Respostas s questes do nal do captulo
Material de uso exclusivo do professor
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Questes para resoluo e discusso
1. Tomando como base os seguintes dados no dia 1-1-20X5: Caixa $ 1.000; Imobilizado $
2.000; Capital social $ 3.000. Suponha, para ins de exerccio, que: (a) Esta Empresa Hipo-
ttica no efetuou nenhuma operao de compra e venda, nem pagou nenhuma despesa
durante o exerccio de 20X5 e (b) A variao da UMC (unidade monetria de correo) no
perodo foi de 38% (D). Pede-se:
Levantar o balano de abertura.
Ativo Passivo + Patrimnio Lquido
Ativo circulanteCaixaSoma do ativo circu-lante
Ativo no circulanteImobilizado ImveisSoma do imobilizado
1.000,001.000,00
2.000,002.000,00
Passivo circulante
Patrimnio lquidoCapital socialSoma do patr. lquido
3.000,003.000,00
Total do ativo 3.000,00 Total do passivo + PL 3.000,00
Abrir os razonetes (T).
Efetuar os lanamentos relativos correo monetria do ativo permanente e do patrimnio lquido.
Caixa Ativo fxo Dbito Crdito Dbito Crdito
1.000 2.000
760 2.760
Capital Resultado CMDbito Crdito Dbito Crdito
3.000 1.140 760 ( 1)
1.140 (2) 380
4.140 Elaborar a demonstrao do resultado do perodo.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 33
DREVendas 0CMV 0Lucro bruto 0
Despesas operacionais 0Resultado CM 380Lucro lquido 380
Levantar o balano referente a 31-12-20X5.
BP Inicial FinalATIVOCaixa 1.000 1.000Ativo fxo 2.000 2.760Ativo total 3.000 3.760PATR. LQUIDOCapital 3.000 3.000CM do capital 1.140Prejuzo (RCM) 380PL total 3000 3760
Interpretar o signiicado do saldo devedor de correo monetria e a posio geral da em-
presa ao inal do perodo.
O saldo devedor de correo monetria expressa o valor da perda de 38% sobre o ativo mo-
netrio caixa. Note que ativo ixo est protegido contra os efeitos da inlao. O valor do patri-mnio lquido inicial de $ 3.000, considerando uma inlao de 38%, aps sua correo deveria
ser de $ 4.140, ao invs de $ 3.760.
2. Com base nos dados da questo anterior, elabore um grico para o item que voc julgar
que seja o ativo monetrio e outro para o ativo no monetrio. Explique qual dos ativos
estava protegido contra a inlao e qual estava exposto aos efeitos corrosivos da perda de
poder aquisitivo da moeda (M).
0
200
400
600
800
1000
1200
INICIAL FINAL
Ativo monetrio
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 34
Ativo monetrio (caixa) est exposto aos efeitos da inlao. Esse tipo de ativo acarreta per-
da para empresa em decorrncia da reduo do poder de compra da moeda. A linha pontilhada
representa o valor nominal do ativo, enquanto que a linha cheia representa o valor real, que o
poder de compra da moeda.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
INICIAL FINAL
Ativo no monetrio
Ativo no monetrio (imobilizado) est protegido dos efeitos da inlao. Este tipo de ativo
no acarreta perda para a empresa em decorrncia da reduo do poder de compra da moeda. A
linha pontilhada representa o valor nominal, enquanto que a linha cheia representa o valor real
do ativo.
3. Quanto classiicao do balano em itens monetrios e no monetrios, escolha a alter-
nativa mais completa e correta (M):
a. Duplicatas a receber um item no monetrio, pois a empresa inclui no preo de venda os encargos
relativos ao prazo que concede ao cliente para pagamento.
b. Ativos monetrios so aqueles que esto protegidos contra os efeitos da inlao, como, por
exemplo, estoques e equipamentos.
c. Passivos monetrios so aqueles que esto expostos aos efeitos da inlao. Sobre os
passivos monetrios h um ganho com a inlao.
d. Ativo no monetrio tem seu valor nominal constante ao longo do tempo, enquanto seu valor
real aumenta no decorrer do tempo.
e. As alternativas (c) e (d) esto corretas.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 35
4. Supondo que as vendas nominais e o valor da UMC, em cada um dos meses do primeiro
semestre do ano de 20X5, sejam os seguintes (M):
Meses Vendas Valor da UMC
janeiro 1.353,40 0,6767fevereiro 1.624,08 0,6767maro 1.786,49 0,6767abril 1.765,25 0,7061maio 2.118,30 0,7061
junho 1.927,65 0,7061
Considerando que as vendas sejam a vista, calcular a receita operacional de vendas por
valores histricos e em moeda de poder aquisitivo constante. Comparar os resultados obtidos e
comentar a contribuio trazida pelo critrio da moeda de poder aquisitivo constante num con-texto de baixa inlao.
Resposta:
As vendas por valores histricos foram de $ 10.575,17, que a soma das vendas men-
sais, por seus valores nominais. As vendas em moeda de poder aquisitivo constante foram de $
10.782,15. Por esse critrio, transformamos as vendas mensais em UMC, acumulamos a quanti-
dade de vendas em UMC e multiplicamos o total de UMC pelo valor da UMC do inal do perodo.
Da, 15.270 UMCs, vezes $ 0,7061, igual a $ 10.782,15.
Meses Vendas Valor da UMC Vendas em UMC
janeiro 1.353,40 0,6767 2.000,00fevereiro 1.624,08 0,6767 2.400,00maro 1.786,49 0,6767 2.640,00abril 1.765,25 0,7061 2.500,00maio 2.118,30 0,7061 3.000,00
junho 1.927,65 0,7061 2.730,00
10.575,17 15.270,00 10.782,15(*)
(*) Vendas em moeda de poder aquisitivo constante.
No caso de uma inlao baixa, o efeito da correo no foi algo material.,
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Captulo 8Padronizao das demonstraes inanceiras
Respostas s questes do nal do captulo
Material de uso exclusivo do professor
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Questes para resoluo e discusso
1. O que voc entende por padronizao das demonstraes contbeis (M)?
Resposta:
A padronizao das demonstraes contbeis para ins de anlise tem por inalidade levar
as peas contbeis a um padro de apresentao que atenda s diretrizes tcnicas internas da
instituio ou do proissional independente que esteja desenvolvendo a anlise para atender adeterminada inalidade, como uma deciso de investimentos ou deciso de crdito, entre outros
objetivos.
O processo de padronizao orientado pelo objetivo da anlise:
a. O objetivo da anlise: crdito, investimento, fuses, incorporaes e anlise de concorrncia,
entre outros usos.
b. No caso de anlise para crdito: anlise para pequenos, mdios ou grandes negcios, para cur-
to, mdio ou longo prazos.
c. No caso de anlise de investimentos: anlise para grandes ou pequenos investimentos. Para
investimentos especulativos ou para aplicaes permanentes efetivamente.
2. Se as demonstraes contbeis das empresas so elaboradas de conformidade com os PC-
GAs e com as normas da legislao comercial e tributria, entre outras, quais os motivos pe-
los quais o analista precisar proceder reclassiicao ou padronizao dos nmeros (M)?
Resposta:
A padronizao das demonstraes contbeis visa organizar as rubricas das demonstra-
es de acordo com os mtodos ou processos internos, que leve a um formato visual facilitador
da anlise comparativa dos exerccios sociais, com a reclassiicao das informaes divulgadas
pela empresa, para permitir uma homogeneizao de acordo com os critrios internos e com os
objetivos da anlise. So feitos alguns ajustes, como a transferncia para o passivo circulante do
valor das duplicatas descontadas, que so divulgadas pela empresa como um item redutor de
duplicatas a receber, por exemplo.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 37
3. Comente a seguinte airmativa: A padronizao das demonstraes contbeis um pro-
cesso necessrio para que o analista obtenha os indicadores e relatrios de que precisa
para recomendar uma tomada de deciso. Logo, se todos os analistas procedem reclassi-
icao das demonstraes contbeis, as mesmas j deveriam ser publicadas de modo a no
precisarem de reclassiicao (M).
Resposta:
As demonstraes contbeis elaboradas pelas empresas cumprem vrias inalidades, como
o pblico interno, os analistas de crdito, os analistas de investimentos, os credores, os investi-
dores, os fornecedores e os clientes, entre outros usurios. Cada um desses pblicos poder dar
tratamento diferente quando da reclassiicao, segundo seu prprio interesse. Com aprimora-
mento das prticas contbeis, o processo de padronizao ica cada vez mais facilitado. Adicio-
nalmente, bom lembrar que as reas tcnicas de anlise inanceira recebem demonstraes de
empresas de todos os portes e tambm de nveis de qualidade tcnica no homogneos. Especial-mente as demonstraes de pequenas empresas, muitas vezes no demonstram um rigor tcnico
em sua elaborao.
4. Justiique a razo da reclassiicao de duplicatas descontadas que vem nas demonstra-
es contbeis publicadas como redutora de duplicatas a receber e que grande parte dos
analistas as reclassiica para o passivo circulante (M).
Resposta:
So duas as razes principais para reclassiicao de duplicatas descontadas para o passivo
circulante: (i) a primeira que o desconto de duplicatas caracteriza uma necessidade de recursos
inanceiros de curto prazo e, portanto, essa condio precisa ser reletida para o usurio da an-
lise, e (ii) a segunda condio que na operao de desconto o cedente do ttulo avalista da
operao e se responsabiliza pelo cumprimento da obrigao, caso o sacado no pague a mesma
no vencimento.
5. Preencha o quadro a seguir, comparando os dados publicados com os reclassiicados, re-
lativos Cia. Pneus Fortes em 20X3. Em seguida explique o que provocou a diferena entre
os dois em cada um dos itens do quadro (D).
Itens bsicos Publicados Padronizados
Ativo circulante 205.998 220.188
Realizvel a longo prazo 119.045 119.045
Investimentos 166.151 166.151
Imobilizado 171.039 171.039
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Intangvel 1.296 1.296
Ativo total 663.529 677.719
Passivo circulante 196.603 210.793
Passivo no circulante 125.952 125.952
Patrimnio lquido 340.974 340.974
Passivo total + Patrimnio lquido 663.529 677.719
Receita lquida 744.088 744.088
Custo dos produtos vendidos 520.360 489.680
Depreciao includa no custo 30.680
Lucro bruto operacional 233.728 233.728
Despesas com vendas 85.320 83.880
Despesas gerais e administrativas 42.827 43.674Honorrios da administrao -847
Despesas prov. p/ devedores duvidosos 1.440
Outras receitas e despesas 282
Lucro operacional I 94.452 94.734
Receitas fnanceiras
Despesas fnanceiras 3.557 3.557
Lucro operacional II 91.177Resultado de equivalncia patrimonial 27.381 27.381
Lucro operacional
Lucro operacional III 118.558
Resultado no operacional 282
Lucro antes do IR e CS 118.276 118.276
Proviso para IR e CS 16.127 16.127
Lucro lquido 102.149 102.149
Dados Publicados trazidos dos Quadros 4.2 (BP) e 4.4 (DRE)
Dados padronizados trazidos dos Quadros 9.1 (BP) e 9.3 (DRE)
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Identiicao e anlise das diferenas entre as informaes publicadas e as padronizadas:
Item Publicado Padronizado Diferena Motivo
Ativo circulante 205.998 220.188 14.190 Duplicatas descontadas (*)
Ativo total 663.529 677.719 14.190 Idem
Passivo circulante 196.603 210.792 14.190 Idem
CPV 520.360 489.680 30.680 Depreciao includa no cus-to
Desp. vendas 85.320 83.880 1.440 Proviso para devedores du-vidosos
Desp. administrati-vas 42.827 43.674 847 Honorrios da diretoria
Lucro operacional 94.452 94.734 282 Despesas no operacionais
(*) No balano publicado pela empresa (Quadro 4.2), consta no ativo circulante a conta sa-
ques descontados como redutora de clientes, no valor de $ 14.190, em 20X3. O desconto de uma
duplicata (venda no mercado interno) assim como um saque descontado (venda externa),
so operaes inanceiras que caracterizam uma antecipao de um recebvel. Devem, para ins
de anlise, ser reclassiicados para o passivo circulante.
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Captulo 9Iniciando a anlise inanceira
Respostas s questes do nal do captulo
Material de uso exclusivo do professor
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Questes para resoluo e discusso
1. D o conceito de capital operacional lquido, destaque sua composio e sua utilidade con-
ceitual. Por que ele exclui as participaes em outras empresas (investimentos) e as aplicaes
inanceiras (D)?
Resposta:
Os ativos operacionais so aqueles utilizados pela empresa para consecuo de suas ati-vidades operacionais propriamente ditas, compreendendo a aplicao de recursos de carter
permanente na capacidade de produo instalada (equipamentos, mquinas e outros itens ne-
cessrios) e no capital de giro. Destaque-se que devero ser subtrados os valores relativos s
contas operacionais do passivo circulante. Utilizando os nmeros da Cia. Pneus Fortes (Quadro
9.1, do livro texto), calculamos o ativo operacional lquido (AOL).
H duas formas principais para calcular o AOL:
a. Partindo do conceito de investimento operacional em feira (IOG)AOL = IOG + Caixa + Ativos no circulantes operacionais (vide quadro 3.2 - livro texto).
b. Partindo do conceito de capital de giro operacional liquido (CGOL)
AOL = CGOL + Ativos no circulantes operacionais [nota = CGOL = IOG + Caixa.
a. Clculo do COL (usando IOG)
Ativo circulante cclico (ACC) 20X2 20X3
a Duplicatas a receber lquidas 104.186 92.912
b Estoques 67.087 73.659
c Outros valores a Receber 21.065 33.978
d (a+b+c) Ativo circulante cclico 192.338 200.549
e Passivo circulante cclico (PCC) 20X2 20X3
f Fornecedores 44.292 53.199
g Salrios e encargos sociais 35.141 31.761
h Impostos e taxas 25.933 33.078
i (f+g+h) Passivo circulante cclico 105.366 118.038j (d i) Investimento Operacional em Giro 86.972 82.511
k Caixa operacional 5.380 5.495
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l (j + k)IOG+ Caixa operacional = CGOL 92.352 88.006
m Ativo imobilizado 154.094 171.039
n Ativo intangvel 4 1.296
o (m+n) Soma imobilizado + intangvel 154.098 172.335
p (l+o) Ativo operacional lquido 246.450 260.341
b. Clculo a partir do ativo operacional
Ativo operacional (AO) 20X2 20X3
a Caixa operacional 5.380 5.495
b Duplicatas a receber lquidas 104.186 92.912
c Estoques 67.087 73.659
d Outros valores a Receber 21.065 33.978e (a+b+c+d) Ativo circulante operacional 197.718 206.044
f Ativo imobilizado 154.094 171.039
g Ativo intangvel 4 1.296
h (f+g) Soma imobilizado + intangvel 154.098 172.335
i (e+h) Ativo operacional 351.816 378.379j Passivo circulante operacional (PCO)
k Fornecedores 44.292 53.199
l Salrios e encargos sociais 35.141 31.761
m Impostos e taxas 25.933 33.078
n (k+l+m) Passivo circulante cclico 105.366 118.038
o (i n) Ativo operacional lquido (AOL) 246.450 260.341
2. Descreva sobre a utilidade e limitaes do EBITDA como instrumento de anlise (M).
Resposta:
O EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) o lucro antes
dos juros, impostos, depreciao e amortizao. Dada a sua simplicidade, o EBITDA tem sido
bastante utilizado, como mltiplo para avaliao de empresa, ou mesmo como base para remu-
nerao varivel de gestores em algumas empresas. um indicador com limitao tcnica, espe-
cialmente para decises de crdito, devido no considerar o endividamento da empresa, que
um relevante fator de risco. No devemos confundir o EBTDA com o conceito de luxo de caixa,
pois so dois conceitos diferentes.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 42
3. Compare o EBITDA com o NOPAT e destaque se um deles melhor. Justiique (M).
Resposta:
Conforme j comentado na questo anterior, o EBITDA um conceito de relativa fragilida-
de. Por outro lado, o NOPAT (Net Operating Proit After Taxes) lucro operacional lquido aps os
impostos. No conceito operacional relativo NOPAT, considera-se o resultado efetivamente opera-
cional gerado pela empresa, sem os efeitos das despesas e receitas inanceiras. O NOPAT a base
para medir a capacidade de gerao de valor, mediante a incluso do valor do custo de capital.
Destaque-se que o NOPAT tambm no uma medida de risco, mas de gerao de resultado ope-
racional.
4. Deina EVA e diferencie do lucro contbil. (D)
Resposta:
O EVA o NOPAT menos o custo de capital. uma medida que visa avaliar se a empresa est
gerando riqueza (gerando valor) em suas atividades operacionais, aps computar o custo mdio
ponderado de capital (WACC). Por outro lado, o lucro contbil considera o resultado operacional
e outros itens de natureza no operacional, como o resultado de equivalncia patrimonial. O
lucro contbil considera as despesas e as receitas inanceiras, enquanto que o EVA considera o
custo ponderado de capital, que inclui o custo do capital prprio e o custo de capital de terceiros.
O Eva uma medida mais acurada de medio de resultado, mas no deve ser entendido como
um substituto do lucro lquido, uma vez que so conceitos com inalidade e usos diferentes.
5. D os conceitos de anlise horizontal e vertical (F).
Resposta:
A anlise vertical da DRE mostra a representatividade de cada um dos itens de custos e
despesas em relao receita operacional lquida, em cada exerccio social. Isto nos possibilita
avaliar a evoluo percentual de cada item ao longo de um perodo e, desse modo, sabermosquais os itens que tiveram maior interferncia nas modiicaes ocorridas no resultado e no
desempenho da empresa. No balano patrimonial, cada um dos itens do ativo, do passivo e do pa-
trimnio lquido comparado com o ativo total para ter-se uma ideia de sua representatividade.
Adicionalmente, a anlise horizontal possibilita identiicarmos a evoluo dos itens da DRE, bem
como a comparao do comportamento de cada um dos itens em relao evoluo das vendas.
No BP tambm possibilita a anlise evolutiva de cada item a partir de um ano que sirva de base.
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 43
6. Quanto anlise vertical, podemos airmar (M):
a. A anlise vertical menos informativa que a anlise horizontal e s podemos utilizar anlise
vertical no balano patrimonial.
b. A anlise vertical possibilita a identiicao do crescimento real do ativo devido poltica de
verticalizao da produo ao longo do tempo.
c. A anlise vertical possibilita identiicar a representatividade de um item em relao a
um referencial. No balano patrimonial, esse referencial normalmente o valor do ativo,
enquanto na demonstrao do resultado a receita lquida de vendas.
d. A anlise vertical muito conlitante com a anlise horizontal e devido a esse fato convm s
usar anlise horizontal para calcular a evoluo das vendas. Para os demais itens da demons-
trao do resultado e do balano patrimonial devemos usar anlise vertical.
7. Cite e explique trs mtodos para atualizarmos os valores das receitas nominais de ven-
das, para avaliarmos suas variaes reais (D).
Resposta:
Podemos utilizar, por exemplo:
a. Aplicar um ndice adequado de correo para cada um dos perodos anteriores, para trazer o
valor das vendas de cada um dos perodos a valor do ltimo perodo.
Quadro 9.12 Variao da receita de vendas.
Variao da receita de vendas Variao em20X2 em relaoa 20X1
Variaoem 20X3em relaoa 20X1
a) Receita de vendas de 20X1 22.120,30 22.120,30
b) Variao do dlar de 20X1 para 20X2 289,44%
c) Variao do dlar de 20X1 para 20X3 1.160,14%
d) Correo da receita de vendas de 20X1 para 20X2e 20X3
64.025,00 256.626,45
e) Receita de vendas de 20X1 corrigidas para 20X2 86.145,30
f) Receita de vendas de 20X1 corrigidas para 20X3 278.746,75g) Receita de vendas de 20X2 73.266,90
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5/20/2018 Anlise Financeira Das Empresas - 12 Edio
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Anlise Financeira das Empresas | Jos Pereira da Silva 44
h) Receita de vendas de 20X3 234.190,00
i) Variao da receita de vendas em 20X2 e 20X3 emrelao a 20X1
14,95%
15,98%
b. Transformar as vendas em uma moeda forte nas datas de suas ocorrncias, acumular o mon-tante de moedas fortes e multiplicar pela cotao da moeda forte no inal do perodo, conforme
quadro a seguir:
Quadro 9.15 Correo da receita nominal de vendas.
Itens 20X1 20X2 20X3
Receita de vendas nominais = (a) 22.120,30 73.266,90 234.190,00
Dlar mdio = (b) 184,34 610,56 1.951,58
Receita de vendas em dlar = (c) c= (a:b) 120,00 120,00 120,00
Dlar fnal = (d) 3.184,00 3.184,00 3.184,00
Receita de vendas em moeda de fnal d