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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Ciências Contábeis
Mari Yasuoka
Monique Alberton Felisbino
ANÁLISE CUSTO/ VOLUME/ LUCRO
Medmag Indústria Metalúrgica Ltda – EPP
Lins – SP
LINS – SP
2014
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MARI YASUOKA
MONIQUE ALBERTON FELISBINO
ANÁLISE CUSTO/ VOLUME/ LUCRO
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis sob a orientação do Professor Me. Euclides Reame Júnior e orientação técnica da Professora Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva.
LINS – SP
2014
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Yasuoka, Mari; Felisbino, Monique Alberton. Análise Custo/Volume/Lucro – Medmag Indústria Metalúrgica
Ltda - EPP / Mari Yasuoka; Monique Alberton Felisbino. – – Lins, 2014.
76p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2014.
Orientadores: Euclides Reame Júnior; Heloisa Helena Rovery da Silva
1.Análise Custo/Volume/Lucro 2. Contabilidade de Custo 3.
Ponto de Equilíbrio 4. Margem de Contribuição. I Título.
CDU 658
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MARI YASUOKA
MONIQUE ALBERTON FELISBINO
ANÁLISE CUSTO/ VOLUME/ LUCRO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para
obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora:
Prof Orientador: Euclides Reame Junior
Titulação: Mestre em Engenharia de Produção.
Assinatura: ________________________________
1º Prof(a): André Ricardo Ponce dos Santos
Titulação: Doutorado em Engenharia de produção em custos pela FEAU-UNIMEP.
Assinatura: ________________________________
2º Prof(a): Ricardo Yoshio Horita
Titulação: Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de São
Carlos - SP
Assinatura: ________________________________
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MARI YASUOKA
Dedico o presente trabalho primeiramente a minha família, meu pai Massuo e
minha mãe Elza por conceder que nunca faltasse nada, ao esforço e a dedicação
priorizando sempre a educação, pelo apoio na conclusão de mais essa etapa da
minha vida. Também ao meu irmão Junior que mesmo de longe sempre me
incentivou.
Dedico também aos familiares que ajudaram nessa graduação, não medindo
esforços para que fosse possível concluí-la.
A minha companheira de grupo Monique pela determinação, mesmo nos
momentos mais difíceis e pelo esforço para que pudéssemos concluir o trabalho.
A Carolina pelo apoio nos momentos difíceis e paciência durante todo o
período do trabalho, por me motivar e me mostrar sempre que eu posso alcançar
tudo o que quero.
E por fim aos meus amigos, professores e orientadores pelo auxilio no meu
crescimento como pessoa com ensinamentos que levarei para a vida inteira. A todos
o meu muito obrigado!
MONIQUE ALBERTON FELISBINO
Dedico esse trabalho e todo o esforço e dedicação em fazê-lo primeiramente
a meus pais, Mauro Gonçalves Felisbino e Aparecida Theodoro de Mello Felisbino.
Foi pelo incentivo, paciência e por sempre acreditarem em mim, que hoje concluo
essa etapa de minha vida com êxito. Sem eles, sei que não seria metade do que
hoje sou.
Dedico também esse trabalho aos meus amigos, pela paciência e apoio no
dia-a-dia, em especial para a Mari Yasuoka, que desenvolveu comigo esse trabalho.
Enfim, dedico esse trabalho a todos os professores que contribuíram direta ou
indiretamente para a realização desse trabalho.
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos especialmente à empresa Medmag Indústria Metalúrgica Ltda –
EPP, a Meire e a Julysse, que acreditaram na seriedade desse trabalho e nos
ofereceram apoio, ajudando-nos sempre que necessário.
Agradecemos também a todos os professores que participaram desses quatro
anos de nossa formação acadêmica. Obrigada a todos por sua dedicação em
compartilhar seus conhecimentos conosco.
Agradecemos a presença e apoio de nossos orientadores, Me. Euclides
Reame Júnior e Ma. Heloísa Helena Rovery da Silva, por nos ajudar e atender,
sempre nos incentivando a fazer o melhor.
Obrigada a todos.
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RESUMO
Com a crescente competitividade existente no mercado em que as empresas estão inseridas, foi preciso que os gestores passassem a dar maior importância para a contabilidade de custos, admitindo-a não somente como uma ferramenta para o controle interno, mas também como fonte de informações bases para planejamentos estratégicos. Por esse motivo, investem cada vez mais nos serviços de profissionais que saibam identificar quais são as ferramentas adequadas para cada empresa, tendo em vista que as necessidades diferem de uma para outra. A análise custo/volume/lucro é uma dessas ferramentas indispensáveis, utilizadas para auxiliar o administrador nas tomadas de decisões em curto prazo. Através da identificação e organização de alguns dados, como: custos e despesas, fixos e variáveis, a margem de contribuição unitária e média dos produtos, é possível apurar, por meio de fórmulas, quais os pontos de equilíbrio da empresa, sendo esses: o ponto de equilíbrio financeiro, contábil e econômico. Esses indicadores permitem àqueles que fazem o planejamento da empresa visualizar com maior facilidade os custos e despesas e também identificar as quantidades mínimas de vendas que se fazem necessárias para cobrir os gastos do período e/ou atingir o lucro desejado. Com o objetivo de demonstrar o resultado obtido através dessa análise e responder a pergunta problema sobre a possibilidade dessa ferramenta auxiliar na alavancagem dos resultados operacionais da empresa, foi desenvolvido o presente trabalho na empresa Medmag Indústria Metalúrgica Ltda – EPP, onde são fabricadas as mini latas mint to be.
Palavras-chave: Análise Custo/Volume/Lucro. Contabilidade de Custo. Ponto de Equilíbrio. Margem de Contribuição.
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ABSTRACT
With the growing competition in the existing market in which firms are embedded, it was necessary for managers to begin to give greater importance to cost accounting, admitting not only as a tool for internal control, but also as a source of information bases for strategic planning. Consequently, increasingly investing in professionals know how to identify what are the right tools for each company in order to service the needs differ from one to another. The cost / volume / profit is one of those indispensable tools used to assist the administrator in decision making in the short term. By identifying and organizing some data, such as costs and expenses, fixed and variable, the unit contribution margin and average products, it is possible to determine, by means of formulas, which equilibrium points of the company, these being: the point of financial, accounting and economic balance. These indicators allow those who are planning the company to more easily view the costs and expenses and also identify the minimum amount of sales that are necessary to cover the expenses of the period and / or achieve the desired profit. Aiming to demonstrate the results obtained through this analysis and answer the question about the possibility of this problem help leverage the company's operating results tool was developed in the present work Medmag Indústria Metalúrgica Ltda - EPP, which is manufactured mini cans mint to be. Keywords: Analysis Cost / Volume / Profit. Cost Accounting. Breakeven. Contribution Margin.
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Custos e Despesas Variáveis – Produto A ............................................... 35
Quadro 2: Custo do serviço de litografia de acordo com as quantidades de cores ... 50
Quadro 3: Custo variável para a produção de 1.000 folhas dos principais clientes. . 51
Quadro 4: Simulação de venda do mês de Maio ...................................................... 52
Quadro 5: Simulação de venda do mês de junho. .................................................... 52
Quadro 6: Simulação de venda do mês de julho. ...................................................... 52
Quadro 7: Demonstrativo das receitas auferidas no mês de Maio. ........................... 53
Quadro 8: Demonstrativo das receitas auferidas no mês de Junho. ......................... 53
Quadro 9: Demonstrativo das receitas auferidas no mês de Julho. .......................... 53
Quadro 10: Demonstração da mão de obra direta de cada produto referente à
Maio. ......................................................................................................................... 54
Quadro 11: Demonstração da mão de obra direta de cada produto referente à
Junho. ....................................................................................................................... 54
Quadro 12: Demonstração da mão de obra direta de cada produto referente à
Julho. ......................................................................................................................... 54
Quadro 13: Custo da produção total de acordo com a demanda do mês. ................ 55
Quadro 14: Comissão sobre a venda de cada produto para o mês de Maio. ........... 56
Quadro 15: Comissão sobre a venda de cada produto para o mês de Junho. ......... 56
Quadro 16: Comissão sobre a venda de cada produto para o mês de Julho. ........... 56
Quadro 17: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária – Maio. ................ 57
Quadro 18: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária - Junho. ................ 57
Quadro 19: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária – Julho. ................ 57
Quadro 20: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária Média – Maio. ...... 58
10
Quadro 21: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária Média – Junho. .... 58
Quadro 22: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária Média – Julho. ..... 58
Quadro 23: Média dos custos e despesas fixas e da MCuM. ................................... 59
Quadro 24: Relação de maquinários da empresa. .................................................... 60
Quadro 25: Cálculo da depreciação mensal da empresa. ......................................... 60
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Processo em que é feito moldagem das latinhas. ...................................... 40
Figura 2: Moldagem e acabamento das latinhas mint to be. ..................................... 41
Figura 3: Final da moldagem e armazenamento em caixas das latinhas. ................. 41
Figura 4: Modelos dos tamanhos das latinhas. ......................................................... 42
Figura 5: Modelos diversificados disponíveis em estoque. ....................................... 43
Figura 6: Exemplos de utilização do produto............................................................. 43
Figura 7: Modelo do produto usado pela marca Bio Extratus. ................................... 44
Figura 8: Modelo do produto usado pela marca Muriel, linha Vita Capili. ................... 44
Figura 9: Modelo do produto usado pela marca Gold, para venda de balas
sem açúcar. ............................................................................................................... 45
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Diferenças básicas entre custeio por ordem e por processo ..................... 31
Tabela 2: Custos/Despesas fixas dos meses analisados. ......................................... 59
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LISTA DE SIGLAS
ABC – Activity Based Costing
CMV – Custo da Mercadoria Vendida
CVL – Custo/Volume/Lucro
EUA – Estados Unidos da América
EPI – Equipamento de Proteção Individual
LAJIR – Lucro Antes dos Juros e do Imposto de Renda
MC – Margem de Contribuição
MCT – Margem de contribuição total
MCuM – Margem de contribuição unitária média
PE – Ponto de Equilíbrio
PEC – Ponto de Equilíbrio Contábil
PEE – Ponto de Equilíbrio Econômico
PEF – Ponto de Equilíbrio Financeiro
PL – Patrimônio Líquido
ROB – Receita Operacional Bruta
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16
CAPITULO I – VISÃO GERAL DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ....................... 18
1 EMBASAMENTO TEÓRICO .......................................................................... 18
1.1 As várias contabilidades: financeira, gerencial e de custos ............................ 18
1.1.1 Contabilidade Financeira: voltada a atender imposições legais e requisitos
fiscais ............................................................................................................ 18
1.1.2 Contabilidade gerencial ................................................................................. 18
1.1.3 Contabilidade de custos ................................................................................. 19
1.2 A história da contabilidade de custos .............................................................. 19
1.3 Escopo da contabilidade de custos ................................................................ 21
1.4 Terminologias utilizadas em custos ................................................................ 21
1.5 Classificação dos custos ................................................................................. 22
1.5.1 Custos diretos ................................................................................................. 22
1.5.2 Custos indiretos .............................................................................................. 23
1.6 Comportamento dos custos ............................................................................ 23
1.6.1 Custo fixo ........................................................................................................ 23
1.6.2 Custos variáveis ............................................................................................. 24
1.7 Método de custeio ........................................................................................... 24
1.7.1 Custeio variável .............................................................................................. 25
1.7.2 Custeio por absorção...................................................................................... 25
1.7.3 Método de custeio baseado em atividades ..................................................... 26
1.8 Forma de custeio ............................................................................................ 26
1.8.1 Custo real ....................................................................................................... 27
1.8.1.1 Custo histórico ............................................................................................... 27
1.8.1.2 Custo histórico corrigido ................................................................................ 27
1.8.1.3 Custo de reposição ....................................................................................... 27
1.8.2 Custo prévio .................................................................................................. 28
1.8.2.1 Custo padrão ................................................................................................. 28
1.8.2.2 Custo orçado ................................................................................................. 29
1.8.2.3 Custo estimado ............................................................................................. 29
14
1.9 Sistema de acumulação de custos ................................................................. 29
1.9.1 Sistema de acumulação por ordem ................................................................ 30
1.9.2 Sistema de acumulação por processo ............................................................ 31
1.9.3 Diferenças básicas entrei custeio por ordem e por processo ......................... 31
CAPITULO II - A ANÁLISE CUSTO x VOLUME x LUCRO ..................................... 33
2 A ANÁLISE NA EMPRESA ............................................................................ 33
2.1 Importância das informações de custos na gestão da empresa ..................... 33
2.2 Ferramentas da análise custo x volume x lucro (CVL) .................................... 33
2.2.1 Margem de contribuição (MC) ........................................................................ 34
2.2.2 Ponto de Equilíbrio (PE) ................................................................................. 35
2.2.2.1 Ponto de equilíbrio contábil (PEC) ................................................................. 35
2.2.2.2 Ponto de equilíbrio econômico (PEE) ............................................................. 36
2.2.2.3 Ponto de equilíbrio financeiro (PEF) ............................................................... 37
CAPÍTULO III – A EMPRESA ESTUDADA .............................................................. 39
3 A ORIGEM E HISTÓRIA – EH LATAS .......................................................... 39
3.1 O processo e a estrutura física ....................................................................... 39
3.2 O produto ........................................................................................................ 42
3.3 Meio ambiente ................................................................................................ 44
3.4 Clientes ........................................................................................................... 44
3.5 Estrutura organizacional ................................................................................. 45
3.6 Regime de tributação e contabilidade ............................................................. 45
3.7 Missão, visão e valores................................................................................... 46
3.7.1 Missão ............................................................................................................ 46
3.7.2 Visão .............................................................................................................. 46
3.7.3 Valores ........................................................................................................... 46
3.8 Pontos fortes ................................................................................................... 47
3.9 Pontos fracos .................................................................................................. 47
CAPÍTULO IV - RESULTADO DO ESTUDO DE CASO ........................................... 49
4 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 49
4.1 Estudo de campo ............................................................................................ 49
4.1.1 Matéria-prima ................................................................................................. 50
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4.1.2 Litografia ......................................................................................................... 50
4.1.3 Corte ............................................................................................................... 51
4.1.4 Insumos .......................................................................................................... 51
4.2 Estudo de caso ............................................................................................... 51
4.2.1 Custo mão de obra direta ............................................................................... 53
4.2.2 Identificar a margem de contribuição .............................................................. 55
4.2.3 Comissão sobre vendas ................................................................................. 55
4.3 Ponto de equilíbrio – PE ................................................................................. 56
4.3.1 Ponto de equilíbrio contábil (PEC) .................................................................. 57
4.3.2 Ponto de equilíbrio financeiro (PEF) ............................................................... 60
4.3.2.1 Depreciação .................................................................................................. 60
4.3.2.2 Cálculo do PEF ............................................................................................. 61
4.3.3 Ponto de equilíbrio econômico (PEE) ............................................................. 61
4.4 Resultados e impactos na empresa ................................................................ 61
4.5 Parecer final do estudo de casos .................................................................... 61
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............................................................................. 63
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 65
APÊNDICES ............................................................................................................. 67
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INTRODUÇÃO
Seja qual for o ramo da empresa, a contabilidade se faz presente para
proporcionar subsídios aos gestores, tornando-se imprescindível devido sua
relevância. No cenário industrial não é diferente, uma vez que reduzir o desperdício
sem comprometer a qualidade é fundamental.
Com a crescente concorrência, as organizações utilizam ferramentas
disponíveis pela contabilidade, o que lhes auxiliam no planejamento estratégico e na
tomada de decisão buscando a elevação da eficiência, racionalização dos recursos
e a maximização dos lucros.
É por meio da contabilidade de custos que é possível captar e mensurar
exatamente o valor de custo dos produtos e assim aplicar a ferramenta mais
apropriada para as diferentes necessidades gerenciais.
Dentro do planejamento, saber a quantidade que se deve produzir e vender
para não operar com prejuízo é essencial para que não haja imprevistos. Isso é
possível através da análise custo/volume/lucro.
Através do exposto, a pergunta problema que norteou a pesquisa foi:
Identificar os componentes da analise custo/volume/lucro auxiliam na alavancagem
dos resultados empresariais?
Para solucionar a pergunta problema os objetivos da pesquisa foram:
demonstrar quais os resultados na área gerencial/administrativa da empresa,
proporcionada pela análise custo/volume/lucro; identificar o ponto de equilíbrio
contábil, econômico e financeiro da empresa; demonstrar que as informações
extraídas através dessa analise podem ser utilizadas para auxiliar de forma eficiente
na gestão estratégica e também analisar os procedimentos da empresa quanto ao
controle de custos.
Surgiu então a seguinte hipótese: com a utilização sistêmica das ferramentas,
é possível observar e desenvolver melhor o controle das operações, obtendo uma
melhora nos resultados sob uma perspectiva a longo prazo.
Para demonstrar a veracidade da hipótese levantada, foi realizada uma
pesquisa de campo na empresa Medmag Industria Metalúrgica LTDA-ME, no
período de fevereiro a outubro de 2014, onde se objetivou demonstrar a análise
custo/volume/lucro.
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O presente trabalho é constituído de quatro capítulos.
Capítulo I – disponibiliza o embasamento teórico a respeito da contabilidade
de custos de modo geral.
Capítulo II – exibe o embasamento teórico a respeito da ferramenta de análise
custo-volume-lucro.
Capítulo III – descreve a evolução histórica da empresa, seus princípios,
missão, valores, sua atuação no mercado e estrutura.
Capítulo IV – apresenta a pesquisa realizada na empresa em estudo.
Por fim, apresentam-se a proposta de Intervenção e a Conclusão.
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CAPÍTULO I
VISÃO GERAL DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
1 EMBASAMENTO TEÓRICO
1.1 As várias contabilidades: financeira, gerencial e de custos.
De acordo com Bruni e Famá (2010, p.20), “a contabilidade consiste no
processo sistemático e ordenado de registrar as informações ocorridas no
patrimônio de uma entidade”.
A fim de fornecer uma gama diversificada de informações aos usuários, a
contabilidade pode tomar formas diferentes, tais como:
1.1.1 Contabilidade Financeira: voltada a atender imposições legais e requisitos
fiscais.
A contabilidade financeira preocupa-se com as leis e normas e é obrigatória para as entidades legalmente estabelecidas. Seu objetivo maior está associado ao passado, e seus atos e práticas são estabelecidos por meio de regras normativas que, muitas vezes, comprometem a tomada de decisões. (BRUNI; FAMÁ, 2010, p.21)
Ainda conforme os mesmos autores, tais regras referem-se aos princípios da
contabilidade, que norteiam práticas contábeis e também as tomadas de decisões.
Enquanto por um lado eles facilitam na prática, por outro eles dificultam o que se
relaciona a tomada de decisão e gestão da empresa, já que a contabilidade
financeira tem seu foco ao registro do que já passou, e as tomadas de decisões
dizem respeito a impactos futuros.
Padoveze (2008) cita como exemplos de demonstrativos utilizados na área
financeira: balanço patrimonial, demonstração dos resultados, demonstração das
origens e aplicações de recursos e demonstração das mutações de patrimônio
líquido.
1.1.2 Contabilidade Gerencial
19
Diante da necessidade dessa adaptação das informações contábeis, origina-
se a contabilidade gerencial. Cujo objetivo é gerar informações que auxiliam na
gestão da empresa. Dessa forma, independe de condições fiscais, o que importa é
extrair informações que auxiliaram no planejamento e base para tomada de decisão.
Genericamente, enquanto a contabilidade financeira preocupa-se com os registros do patrimônio, segundo as normas, convenções e princípios contábeis, a contabilidade gerencial preocupa-se com o processo decisorial e de tomada de decisões. (BRUNI; FAMÁ, 2010, p.22)
De acordo com Padoveze (2008), são exemplos de relatórios utilizados na
contabilidade gerencial os orçamentos, a contabilidade por responsabilidade, os
relatórios de desempenhos, relatórios de custos, relatórios especiais não rotineiros
para facilitar a tomada de decisões, entre outros.
1.1.3 Contabilidade de Custos
Seu foco está voltado a mensurar os gastos da empresa durante determinado
período. Através da contabilidade de custos é possível ter controle e tomar decisões
na área gerencial.
É o segmento da ciência contábil especializado na gestão econômica do custo e dos preços de venda dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. (PADOVEZE, 2010, p.5)
Como exemplos das práticas da contabilidade de custos têm-se os métodos
de custeio variável, por absorção, ABC, teoria das restrições, entre outras.
1.2 A história da contabilidade de custos
“Historicamente a contabilidade de custos surgiu com o advento das
empresas industriais a partir do século XVIII.” (RIBEIRO, 2009, p.13) Ainda conforme
esse autor, ela veio para atender a uma nova necessidade: atribuir custos dos
estoques de produtos fabricados pelas empresas industriais.
A prática era comum em empresas comerciais, onde apenas apurava-se o
custo da mercadoria vendida e subtraia esse valor da receita total. No entanto, para
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uma indústria, era necessário levar em consideração os custos de produção, que
fazem parte do valor da mercadoria. Houve então a necessidade de adaptar, usando
os mesmos raciocínios, para a formação de critérios de avaliação de estoque para
indústrias.
Sendo assim, o valor do estoque da produção de uma indústria, deveria
corresponder o que seria equivalente ao valor da compra das mercadorias em uma
empresa comercial. Assim, aqueles valores que eram considerados diretamente
despesa em uma empresa comercial, passaram a compor os custos de produção de
uma indústria.
Essa forma de avaliação foi fixada com o passar dos tempos por duas razões:
a) Aumento significativo no número de indústrias nos Estados Unidos (EUA)
e em alguns países europeus, também cresceu o número de acionistas e
de pessoas que tinham interesse em saber análises confiáveis sobre a
situação das empresas. Para solucionar essa necessidade, surgiu a figura
do auditor independente. Esses em suas análises acabaram fixando a
forma de avaliação de estoque das indústrias, baseando-se em princípios
como: Custo como Base de Valor, Conservadorismo (ou Prudência),
Realização, etc.
b) Método adotado pelos Fiscos da maioria dos países para mensuração e
apuração de valores do Imposto de Renda.
A princípio a contabilidade de custos foi criada para mensuração monetária do
estoque. No entanto, como consequência do distanciamento entre o administrador e
ativos da empresa, a contabilidade de custos passou a ser uma ferramenta no
gerenciamento da empresa.
Sua utilização dessa forma é usada há apenas algumas décadas, então ainda
há muito a ser explorado e desenvolvido. Levando em conta que a contabilidade de
custos foi desenvolvida afim da mensuração de estoque e não para fornecer
informações à administração, para que essa nova função seja desempenhada de
forma eficaz são necessárias algumas adaptações, tais como: saber quais valores
compõe o preço de custos de um produto, e se ele é rentável ou não. Se não estiver
sendo rentável, é necessário saber como analisar quais custos devem e podem ser
reduzidos. Desta forma o conhecimento de custos tornou-se realmente relevante
com o aumento da competitividade de mercado.
De acordo com Martins (2008, p. 21) “a contabilidade de custos tem duas
21
funções relevantes: o auxílio ao controle e a ajuda às tomadas de decisões”.
A Contabilidade de Custos não é aplicada ou voltada apenas para indústrias,
mas também a empresas mercantis ou de prestação de serviços.
1.3 Escopo da contabilidade de custos
É o ramo da contabilidade que apresenta informações para diversos níveis
gerenciais de uma entidade. Ela coleta, classifica e registra os dados operacionais
da empresa que podem ser tanto dados monetários como físicos.
A contabilidade de Custos trabalha dados operacionais de vários tipos: podem
ser históricos, estimados, padronizados e produzidos. Assim ela fornece
informações de custos diferentes para atender as necessidades da empresa,
podendo essas ser para uso gerencial ou contábil.
Onde se entende que as necessidades contábeis são aquelas que buscam
por informações relacionadas com os custos dos produtos e serviços, para atender
as obrigações legais e fiscais. Enquanto as necessidades gerenciais buscam por
informações dos custos dos produtos e serviços para basear as tomadas de
decisões e planejamentos estratégicos.
As duas áreas de atuação em custos são interrelacionadas, e a maior parte dos conceitos utilizados é a mesma. Contudo, as necessidades da contabilidade financeiras (contabilidade tradicional para fins de publicação de balanços, atendimento às normas comerciais e fiscais) se restringem à apuração do custo unitário dos produtos e serviços para a determinação do valor dos estoques industriais e do custo dos produtos vendidos. (PADOVEZE, 2013, p.9)
No âmbito da contabilidade de custos é importante compreender o significado
de alguns nomes ou termos utilizados em sua prática. Assim, há uma terminologia
que merece compreensão por parte dos públicos interessados no seu estudo e
prática.
1.4 Terminologias utilizadas em custos
É necessário ter conhecimento de terminologia de algumas palavras, para
que então seu uso seja feito de maneira coerente. Sendo assim de acordo com
22
Martins (2003), dão-se as seguintes definições:
Gasto: É o sacrifício financeiro cometido por uma empresa ou pessoa física,
na aquisição de qualquer produto ou serviço, onde há a entrega ou promessa de
entrega de um ativo.
Desembolso: Momento em que é realizado o pagamento por um produto ou
serviço.
Investimento: São aqueles gastos que são ativados na empresa, sejam eles
circulantes ou permanentes, onde sua vida útil lhe rendará benefícios futuros.
Despesa: Bem ou serviço utilizado para a obtenção de receita.
De acordo com Padoveze (2013, p.16) despesas são os gastos ligados à
áreas administrativas e comerciais.
Perda: O consumo de um bem ou serviço feito de forma anormal ou
involuntária.
Ex. Deterioração de estoque, incêndios, roubos, material não conforme...
Cabe aqui ressaltar que inúmeras perdas de pequeníssimo valor são, na prática, comumente consideradas dentro dos custos ou das despesas, sem sua separação; E isso é permitido devido à irrelevância do valor envolvido. No caso de montantes apreciáveis, esse tratamento não é correto. (MARTINS, 2003, p.26)
Custo: É o gasto com um bem ou serviço que será utilizado na produção de
outros bens ou serviços.
O custo é reconhecido como custo somente no momento de sua utilização ou
execução do serviço.
1.5 Classificação dos custos
De acordo com Padoveze (2008), existem duas classificações para custos.
Essa classificação relaciona-se a alguma atividade ou segmento da empresa,
determinando se são custos diretos ou indiretos.
1.5.1 Custos diretos
São os custos que incidem diretamente sobre o produto, sendo elementos
que fazem parte do produto final. São exemplos de custo direto matéria prima
23
embalagens e os salários e encargos sociais pagos aos trabalhadores que
manipulam, diretamente ou por meio de equipamento, todos os materiais e o produto
final, até sua conclusão em condições de venda...
Custos diretos são os custos que podem ser fisicamente identificados para um segmento particular sob consideração. Assim, se o que está sob consideração é uma linha de produtos, então os materiais e a mão de obra envolvidos em sua manufatura seriam ambos custos diretos. (PADOVEZE, 2008, p.326)
Em suma, são custos diretos, aqueles que estão relacionados direta e
objetivamente aos produtos finais.
1.5.2 Custos indiretos
Apesar de estar relacionados com a elaboração do produto, não são
identificados de forma direta ou objetiva com os mesmos. Sendo possível atribuir
seu custo aos produtos apenas por meio de critérios de distribuição e alocação.
Geralmente, os CIF (Custos Indiretos de Fabricação) são materiais auxiliares,
material de expediente, EPI’s para os empregados, ferramentas utilizadas no
processo fabril (industrial). (Padoveze, 2006)
1.6 Comportamentos de custos
“... saber como os custos se comportam permite aos gerentes prever os lucros quando os volumes de produção e de venda mudam. Saber como os custos se comportam é útil também para estimar custos.” (WARREN; REEVE; FESS, 2008, p.92).
Os custos podem ser classificados como variável ou fixo, dependendo do
produto ou serviço a que está se referindo, pois aqueles que variarem de acordo
com a produção da empresa são os custos variáveis, e aqueles que não sofrem
alteração com relação ao montante de venda/produção, considera-se um custo fixo.
1.6.1 Custo Fixo
São aqueles custos que não se alteram, independente do volume de
24
produção, e são gerados pela própria existência da empresa. Conhecido também
como custo do período, porque está relacionado a um determinado período do
tempo (hora, dia, semana).
Os custos fixos são aqueles que existem independentemente de haver ou não produção (ou venda), não variam em função do volume produzido (ou vendido). São constantes dentro de um intervalo de produção (ou volume de venda). (TOFOLI, 2012, p.142)
1.6.2 Custos Variáveis
Ao contrário do custo fixo, o custo variável é aquele que o valor dos recursos
consumidos se modifica conforme a variação de produção, sendo assim quanto
maior produção, maior o valor dos custos variáveis. Conhecido como custo dos
produtos, já que são relacionados diretamente a produção.
São os custos que variam de acordo com o volume de produção ocorrido na
empresa em determinado período, ou seja, os custos variáveis de acordo com as
variações do nível de produção. ( LEONE; LEONE, 2010).
1.7 Método de custeio
Método (METAHODOS) é um vocábulo de origem grega e resulta das
palavras META (resultado que se deseja atingir) e HODOS (caminho). (WERNKE,
2006)
“Custeio (costing) – representa o conjunto de procedimentos para se
determinar o custo de algum objeto.” (LEONE; LEONE, 2004, p.95)
Sendo assim, o método de custeamento define valores monetários que
devem fazer parte da apuração do custo unitário de fabricação de um produto.
É de expressiva importância para as empresas, principalmente industriais,
obterem informações do custo de cada produto para uma análise voltada para uma
ótica gerencial. Dessa forma, para identificar o custo unitário do produto é
necessário definir o método de custeio que será utilizado na empresa.
Existem diferentes visões sobre quais elementos devem ser de fatos alocados
ao produto, sendo assim, para decidir quais gastos devem ser computados na
mensuração dos custos unitários do produto deve-se observar os custos fixos e
25
variáveis, que são os elementos relacionados à variação do volume de produção.
Para isso têm-se alguns métodos principais como o Custeio Variável e Custeio por
Absorção.
Cada método de custeio proporciona uma forma diferente de mensurar o
custo individual do produto e assim, a lucratividade da empresa. Portanto é preciso
definir qual método de custeio será adotado para auxiliar no gerenciamento e nas
tomadas de decisões.
1.7.1 Custeio variável
Esse método considera apenas os custos variáveis como custo do produto.
Assim os custos fixos são debitados diretamente do resultado do período incorrido.
...no Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como consequência, custos variáveis. (MARTINS, 2003, p.142)
Cada método possui sua própria medida de lucratividade, utilizando
parâmetros de acordo com o seu princípio. Essa medida corresponde à margem de
lucratividade entre produtos. No método de custeio variável, é a margem de
contribuição que diz qual o retorno daquele produto para a empresa.
1.7.2 Custo por absorção
De acordo com Padoveze (2006, p. 175) o método de custeio por Absorção é
o método legal e fiscal que utiliza para formar o custo unitário dos produtos ou
serviços, apenas os gastos da área industrial.
É denominado custeio por absorção porque sob a sua ótica, o custo dos bens ou serviços produzidos deve absorver além, dos custos variáveis, também os custos fixos, e até - no limite - os gastos fixos de administração geral. (MARTINS; ROCHA, 2010, p.85)
O método de custeio por absorção é o que atende aos Princípios
Fundamentais da Contabilidade, principalmente o Princípio da Competência, já que
26
reconhece os custos de produção como despesas somente no momento da venda,
assim demonstrando de forma mais apropriada à confrontação da receita com a
despesa, sendo assim aceito pelo Fisco.
Em contrapartida esse método proporciona pouca informação para fins
gerenciais, uma vez que ele basicamente valoriza o estoque. Outra característica
desse método é a alocação dos custos fixos ao produto, pois há a necessidade de
utilizar critérios de rateio, tornando o valor do custo unitário do produto nem sempre
verdadeiro.
Portanto para que esse método seja menos distorcido o gestor possui um
desafio para definir qual critério de rateio será o mais adequado.
1.7.3 Método de custeio baseado em atividades
Método conhecido como ABC (Activity Based Costing) que procura diminuir
as distorções provocadas pelos rateios dos custos fixos no método de custeio por
absorção.
Podemos então definir o custo por atividades como um método de custeamento que identifica um conjunto de custos para cada evento ou transação de cada atividade na organização, que age como um direcionador de custos. Os custos indiretos são então alocados aos produtos e serviços na base do número desses eventos ou transações, que o produto ou serviço tem gerado ou consome como recurso. (PADOVEZE, 2006, p. 204).
Nesse método a apuração dos custos variável não é afetada já que é a
mesma dos dois métodos estudados anteriormente.
Como no método por absorção, o método de custeio baseado em atividades
preocupa-se com os custos indiretos ou fixos, porém diferencia-se por identificar
primeiramente os elementos causadores dos gastos de cada atividade para depois
alocá-los aos produtos.
1.8 Forma de custeio
A forma de custeio é a etapa seguinte à definição do método de custeio.
As formas de Custeio compreendem as possibilidades de
27
mensuração possíveis dos custos dos produtos ou serviços em razão dos diferentes bases monetárias e de valor existentes no ambiente
econômico e empresarial. (PADOVEZE, 2006, p. 80)
As principais formas de custeio distinguem-se em dois grupos: o custo real e
o custo prévio.
1.8.1 Custo real
Para a apuração do custo unitário no custo real, utilizam-se somente os
gastos reais, ou seja, aqueles que realmente aconteceram ou de fato acontecerão.
Existem três variações do custo real que são o Custo Histórico, Custo Histórico
Corrigido e o Custo de Reposição.
1.8.1.1 Custo histórico
No Custo Real Histórico são utilizados para o custeamento somente os dados
reais já registrados e realizados, aqueles que efetivamente aconteceram, sem
nenhuma alteração do padrão monetário. Por estar relacionado ao passado, se trata
de um custo real.
O custo histórico é o custo efetivamente incorrido para se adquirir, desenvolver ou produzir um ativo tangível ou intangível, isto é, um bem ou um serviço. Só é de fato conhecido e mensurável depois da ocorrência dos eventos (compra ou produção); por essa razão, sua mensuração está relacionada ao passado: é o custo efetivamente ocorrido, por isso é sinônimo de custo real. (MARTINS; ROCHA, 2010, p.49)
1.8.1.2 Custo histórico corrigido
De acordo com Padoveze (2013) o custo histórico corrigido é a aplicação de
um índice que tem o objetivo fazer a atualização monetária, corrigindo o valor dos
custos. Foi um índice muito utilizado em época de alta inflação, podendo ser
considerada uma forma de custeio real.
1.8.1.3 Custo de reposição
28
São os custos que irão acontecer para repor um ativo. Como é um dado
conhecido, que de fato irá acontecer é uma variação do Custo Real.
O conceito aplica-se aos ativos em geral (estoque de matérias-primas, de produtos acabados, veículo, máquinas, equipamentos, edifícios etc.), mas costuma ser mais usado, nas empresas, em relação a matérias-primas e mercadorias para revenda. (MARTINS; ROCHA, 2010, p.50)
É um método muito utilizado para fins gerenciais de formação de preço, pois
os preços de vendas consequentemente são para vendas futuras, sendo esse valor
o suficiente para cobrir os custos da fabricação.
1.8.2 Custo prévio
Em contrapartida ao Custo Real que utiliza valores reais, no prévio é possível
calcular o custo unitário do produto utilizando dados futuros, desejado ou esperado,
sendo possível obter antecipadamente os custos.
Os objetivos da utilização de valores que não sejam reais centram-se em diversas necessidades gerencias, tais como orçamentos, determinação de metas de redução de custos, cálculos estimados para decisões de cunho rápido etc. (PADOVEZE, 2013, p.76)
As variações do custo prévio são: custo padrão, custo orçado e custo
estimado.
1.8.2.1 Custo padrão
A palavra padrão significa, entre outras coisas, base de comparação. Em gestão e mensuração de custos, custo padrão é um custo base, estabelecido para ser comparado, depois, ao custo real (custo histórico). (MARTINS; ROCHA, 2010, p. 51)
Independente da utilização do método de custeio direto ou por absorção, a
empresa pode fazer uso do custo padrão para incorporar metas a serem
alcançadas.
“... O custo padrão é custo que deveria ter acontecido; logo, o custo padrão é predeterminado, ou seja, planejado e projetado antes de o produto ser produzido ou de o serviço ser executado. É uma meta a
29
ser atingida.” (MARTINS; ROCHA, 2010, p. 51)
Por sua característica de medida planejada torna-se possível realizar a
comparação com os custos reais, tornando referencia para o controle de custos que
deve ser próximo ao real.
1.8.2.2 Custo orçado
No custo orçado são utilizados os dados que constam no orçamento da
empresa para calcular o custo unitário e se trata de um custo que deverá ser
próximo ao real. Como é realizado com os dados do orçamento, esse custo deve ser
alcançado, porém não necessariamente irá acontecer, devido às divergências que
acontecerão entre o real e o orçamento.
1.8.2.3 Custo estimado
No custo estimado utilizam-se as projeções de custos passados baseando-se
para os custos futuros.
... são apurações de custos unitários de produtos e serviços utilizando dados aproximados para fazer frente a decisões de cunho rápido, tais como orçamento de prestação de serviços, vendas urgentes de novos produtos e componentes etc. (PADOVEZE, 2013, p.76)
1.9 Sistema de acumulação de custos
A expressão sistema de acumulação de custos diz respeito à definição da “entidade” que a empresa considera mais relevante custear antes de chegar ao custo dos produtos e das unidades produzidas, tendo em vista as características do seu sistema de produção, suas práticas de venda e seu modelo de gestão. (MARTINS; ROCHA, 2010, p.46)
O sistema de acumulação de custos consiste na forma como os custos são
acumulados e apropriados aos produtos.
Há dois tipos de sistemas básicos de acumulação dos custos, o sistema de
custeamento por ordem de produção e o sistema de custeamento por processo.
30
Uma opção para a acumulação dos dados de custos é a contabilização por atividades que a empresa mantém, antes da acumulação por produtos. Outra opção é a acumulação dos dados considerando as características de cada insumo, em relação ao tempo e às variáveis que geram esses custos. (PADOVEZE, 2008, p.313)
Ambos os sistemas produzem informações para determinar a rentabilidade. A
diferença entre eles é o objeto do custeio. No por ordem de produção o objetivo é
determinar o custo do produto, já no sistema de processo é o custo dos processos
de fabricação. Pode-se utilizar, dependendo dos resultados que se queira produzir,
tanto o critério de custeio por absorção ou critério de custeio variável para qualquer
sistema de acumulação de custos.
1.9.1 Sistema de acumulação por ordem
O sistema de custo por ordem de produção tem como característica acumular
os custos separadamente, de acordo com a ordem de que ocorre a fabricação do
produto.
Esse sistema de acumulação de custo tem como características básicas a
identificação da produção de produtos diferentes e de lotes de produtos durante o
processo fabril. Outra característica é que o total dos custos de fabricação só é
fechado quando o processo chega ao seu término. Se for necessário pode levantar
os custos em qualquer etapa e, além disso, o custeamento por ordem de produção é
realizada em empresas cuja produção é continua.
Normalmente, o sistema de acumulação por ordem é utilizado por empresas que fabricam produtos por encomenda ou prestam serviços personalizados. Quando se recebe a encomenda, abre-se a ordem autorizando a produção. (PADOVEZE, 2013, p.77)
Utilizando esse sistema a empresa apresenta como vantagens a identificação
do lucro dos produtos logo após o processo de fabricação e é possível o controle
dos custos sem fazer inventários dispendiosos e demorados.
Entretanto esse sistema também apresenta desvantagens que são as
despesas burocráticas elevadas, os custos acumulados são custos históricos, que
devem ser mantidos com os atuais e por fim só é possível conhecer os custos reais
de produção ao final de todo processo.
31
1.9.2 Sistema de acumulação por processo
Já no sistema de acumulação de custos por processo o objetivo é determinar
os custos e as despesas relacionadas ao processo de produção. Os custos
acumulados no processo de fabricação são divididos pela produção obtendo o custo
unitário médio.
Esse sistema tem como referencial a acumulação por setor da empresa, por onde passam os materiais e os componentes e são executados os processos de transformação dos materiais em produtos finais. Dessa maneira, esse sistema de acumulação armazena os dados de custos por atividades e por departamentos, que trabalham os materiais e realizam os serviços necessários para estruturar os produtos finais. (PADOVEZE, 2003, p.83)
Esse sistema de acumulação por processo é utilizado nas empresas que
possuem um processo de fabricação de produtos semelhantes e contínuo, sendo
assim durante o período que o produto é produzido, tal sistema é dividido em
períodos mensais, assim a cada mês de produção os custos são acumulados. O
total mensal de cada processo é dividido pelas unidades produzidas conhecendo
assim o custo unitário de cada processo de produção.
1.9.3 Diferenças básicas entre custeio por ordem e por processo
Para melhor visualização das diferenças existentes nas características dos
sistemas de acumulação, Padoveze (2008) elaborou a tabela 1.
Tabela 1: Diferenças básicas entre custeio por ordem e por processo.
(continua)
QUANTO AO: SISTEMA
POR ORDEM POR PROCESSO
a) produto fabricado produtos heterogêneos Produtos homogêneos
b) processo de produção Interminente contínuo
c) tempo de produção Produção mais demorada
por unidade de produto
Produção mais rápida por
unidade de produto
d) volume de produção pequenos volumes grandes volumes
32
(conclusão)
QUANTO AO: SISTEMA
POR ORDEM POR PROCESSO
e) forma de controlar a
produção
através das ordens através do processo
(depto, centro de custos
f) momento da apuração do
custo da produção
no encerramento da
ordem
no final do período
definido como de
apuração de custos
g) cálculo do custo unitário custo total da ordem
dividido pelas unidades
produzidas nas mesmas
custo do processo divido
pelas unidades produzidas
e equivalentes no
processo no final do
período
Fonte: PADOVEZES, 2008, p.322.
33
CAPÍTULO II
A ANÁLISE CUSTO x VOLUME x LUCRO
2 A ANÁLISE NA EMPRESA
2.1 Importância das informações de custos na gestão da empresa
A contabilidade de custos pode ser usada para fins legais, fiscais e
gerenciais, entretanto é geralmente utilizada no controle gerencial, já que as
informações que podem ser extraídas através dela suprem significativamente as
necessidades dos gestores para as tomadas de decisões. (PADOVEZE, 2003)
Dessa forma, é essencial que se saiba fazer o melhor uso das ferramentas de
análises de custos, para que se tenha melhor aproveitamento das informações.
2.2 Ferramentas da Análise custo x volume x lucro (CVL)
A análise custo/volume/lucro é um conjunto de formulações e cálculos
matemáticos utilizados para o planejamento da empresa, é também conhecida como
a Análise CVL. Pode-se afirmar que a Análise CVL é um modelo que possibilita
prever o impacto, no resultado do período ou no projetado, de alterações ocorridas
(ou previstas) no volume vendido, nos preços de vendas vigente e nos valores de
custos e despesas (quer sejam fixos, quer variáveis).
De acordo com Wernke (2004) a Análise CVL responde questões
relacionadas ao que acontecerá com o resultado da empresa em situações de:
a) Aumento ou diminuição do preço de compra de insumos (como matérias-
primas) por parte dos fornecedores ou de terceiros (fretes pagos na
aquisição de materiais);
b) Diminuição ou aumento nas despesas variáveis de venda, como alterações
nas alíquotas de tributos ou nas comissões incidentes sobre as vendas;
c) Redução ou aumento de custos e despesas fixas, por decisão da empresa
com relação a gastos com folha de pagamentos, material de expediente,
energia elétrica, telefone etc.;
34
d) Diminuição ou aumento do volume de vendas, por expansão ou retração de
mercadorias ou segmentos;
e) Redução ou majoração dos preços de venda, por opção voluntária da
empresa ou forçada pela concorrência.
Em sua composição a Análise CVL apresenta os conceitos de margem de
contribuição, ponto de equilíbrio e alavancagem operacional.
2.2.1 Margem de contribuição (MC)
A margem de contribuição (MC) é formulação matemática que expressa a
diferença entre o preço de venda unitário deduzidos os custos e despesas variáveis
relacionados ao produto, ou seja, é o valor que sobra de cada unidade vendida que
deve ser suficiente para cobrir os custos e despesas fixas, além disso, proporcionar
o lucro.
O estudo da MC auxilia a empresa nas decisões de curto prazo. Além disso,
possibilita análises objetivando a redução dos custos, bem como políticas de
incremento de quantidade de vendas e redução dos preços unitários de vendas dos
produtos ou mercadorias. (WERNKE, 2004)
Por ser uma ferramenta de decisão, deverá ser criteriosamente analisada,
uma vez que apresentando um valor numérico superior ao das despesas e custos
fixos juntos, será benéfica para a empresa. Se a mesma for reduzida, deverá a
empresa ter condições de produzir e vender quantidades expressivas para que o
produto seja rentável.
Por outro lado, se a MC for negativa, consequentemente como as receitas
serão menores que os gastos variáveis e a empresa não conseguir reverter a
situação, será melhor tomar a decisão de abortar ou postergar continuidade de
produtos ou serviços.
Padoveze (2013, p.295) demonstra um exemplo de apuração da margem de
contribuição de um produto:
Custos e Despesas Variáveis – Produto A $
Matéria
-prima e materiais diretos 460,00
Materiais indiretos variáveis 36,00
35
Mão de obra direta 200,00
Comissões – 12% de R$ 1.700,00 (preço de venda unitário) 204,00
Total custo variável 900,00
Quadro 1: Custos e Despesas Variáveis – Produto A
Produto A
Preço de venda unitário R$ 1.700,00 100%
Custo variável unitário R$ 900,00 52,94%
Margem de contribuição unitária R$ 800,00 47,06% Fonte: PADOVEZE, 2013, p. 295.
2.2.2 Ponto de Equilíbrio (PE)
Dubois, Kulpa e Souza (2008) descrevem que a partir do conhecimento da
totalidade dos gastos para a fabricação dos produtos e com isso a definição da
formação dos preços de venda, a empresa poderá saber qual a quantidade de
produtos que deverá ser vendida para começar a obter lucro.
Entende-se que no momento em que a empresa vende os produtos
fabricados e obtém receita, e assim possibilita que os custos referentes à produção
sejam pagos até chegar a um determinado nível ou parâmetro numérico em que não
haja mais prejuízo, encontra-se o ponto de equilíbrio (PE).
O PE é a identificação quantitativa do volume de produção e venda a qual se
faz necessário para obter um resultado equivalente aos valores referentes a custos e
despesas fixas e variáveis. Ele representa o nível de vendas em que a empresa
opera sem lucro ou prejuízo. Ou seja, a identificação do número de unidades
vendidas no PE é o suficiente para a empresa pagar seus custos fixos, sem gerar
lucro. (WERNKE, 2004)
Há três diferentes definições de ponto de equilíbrio: o contábil, econômico e o
financeiro que serão estudados mais profundamente no decorrer deste trabalho.
2.2.2.1 Ponto de equilíbrio contábil (PEC)
No PEC, ou ponto de equilíbrio em quantidade, determina-se o nível de
operação em que as receitas se igualam as despesas, ou seja, quando o nível de
operação é o suficiente para cobrir todos os custos e despesas operacionais, como
36
também avaliar a rentabilidade da empresa em diversos níveis de vendas.
Essa análise exige que se dívida, na estrutura de custos e despesas da empresa, todos os custos e despesas em fixos e variáveis e tem por finalidade determinar o ponto em que as operações das empresas se equilibram. Em outras palavras, determinar o momento em que as receitas de igualam aos custos, num determinado nível de produção. (TOFOLI, 2012, p.142)
A fórmula que determina o PEC é apresentada por Padoveze (2013, p. 298):
Ponto de equilibro em quantidade = Custos fixos totais
Margem de contribuição unitária
Exemplo:
Ponto de equilibro em quantidade = R$ 560.000,00 = 700 unidades
R$ 800,00
A empresa apresenta um ponto de equilíbrio contábil de 700 unidades, ou
seja, a empresa deverá vender aproximadamente essa quantidade para não ter nem
lucro e nem prejuízo.
Quando a empresa trabalha com um mix variado de produtos é necessário
calcular a margem de contribuição unitária média. Para isso a empresa deve
apresentar custos fixos comuns, sendo eles geralmente energia elétrica e salários
administrativos comerciais.
2.2.2.2 Ponto de equilíbrio econômico (PEE)
No ponto de equilíbrio econômico planeja-se o percentual de lucro que se
deseja alcançar, ou seja, quanto que a empresa deve vender para cobrir os custos e
despesas fixas e ainda assim gerar o lucro desejado.
O gestor, ao planejar as atividades, estabelece o percentual de lucro que almeja alcançar. Assim, conhecendo o percentual desejado, para se buscar o valor em reais utiliza o Ponto de Equilíbrio Econômico que informa quanto a empresa deve vender para cobrir os custos e despesas fixas e gerar aquele lucro de % estabelecido. (TOFOLI, 2012, p 149)
O PEE é demonstrado por Wernke (2001, p. 52) pela seguinte fórmula:
PEE = Custos fixos + Lucro desejado
37
Margem de contribuição
Obs. Subentende-se que nos custos fixos, estão também inclusas as
despesas fixas.
Exemplo:
Considerando uma empresa que vendeu 100 unidades do produto, obtendo
uma receita de R$ 10.000,00, com o preço de venda de R$ 100,00 e custos
variáveis unitários R$ 60,00, além dos custos e despesas fixas do período de R$
4.000,00, houve uma depreciação do período de R$ 1.000,00 e planejando um lucro
de R$ 15.000,00. A empresa deverá pagar de empréstimo ao Banco um valor de R$
600,00.
Aplicando a fórmula do PE obteve-se o seguinte resultado:
PEE= 4.000 + 15.000 = 475 unidades
40
Portando para que a empresa consiga obter o lucro desejado de R$ 15.000 é
necessário que se venda 475 unidades do produto.
2.2.2.3 Ponto de equilíbrio financeiro (PEF)
No ponto de equilíbrio financeiro não se considera a depreciação nos custos
fixos e outros valores que não representam desembolsos financeiros.
Portanto calcula-se o nível de atividade necessário para cobrir os custos e
despesas variáveis, os custos e despesas fixas e outras dívidas que devem ser
pagas no período, exceto a depreciação. A depreciação é excluída porque é um
custo não desembolsável, isto é, não há a saída física do numerário e sim apenas
um cálculo contábil.
Dessa forma, o nível de atividade determinado como ponto de equilíbrio financeiro é suficiente para cobrir todos os custos e despesas variáveis, exceto os custos que não significam saídas de recursos($) da empresa (a depreciação), e ainda saldar as dividas do período. (WERNKE, 2004, p. 52)
Sendo assim, a fórmula para o ponto de equilíbrio financeiro, segundo
Wernke (2001, p. 52):
PEF = custos fixos – depreciação + dívidas do período
38
Margem de contribuição unitária
Obs. Os custos fixos citados na fórmula, incluem também as despesas fixas
do período.
Utilizando os mesmos dados do exemplo anterior, aplicam-se as informações
na fórmula do PEF e obtém-se o seguinte resultado:
PEF = 4.000 – 1.000 + 600 = 90 unidades
40
Por somente considerar os movimentos de caixa do período, o ponto de
Equilíbrio Financeiro é mais adequado para a área gerencial, principalmente quanto
à tomada de decisão. No exemplo a empresa deverá vender 90 unidades do produto
para cobrir todos os custos variáveis, exceto os não desembolsáveis, normalmente
as depreciações.
39
CAPÍTULO III
A EMPRESA ESTUDADA
3 A ORIGEM E HISTÓRIA – EH LATAS
A empresa Medmag Indústria Metalúrgica LTDA – EPP, situada na R. José
Silvério do Nascimento, n. 161, Galpão II, Lins – SP, teve sua origem através da
Apex Precision Indústria Metalúrgica LTDA – EPP, que por sua vez teve início em
Caraguatatuba, interior de São Paulo.
Em 2011, com o apoio da prefeitura, o proprietário estabeleceu a empresa
em Lins e trouxe consigo uma carteira de clientes. A rotina na indústria não foi
alterada, porém com a mudança ampliou-se o horizonte para a empresa, a ponto de
enxergar-se um novo ramo para atuar.
Em março de 2011, notou-se oportunidade de mercado em investir na
produção das latas tipo mint to be (um trocadinho que foi criado pelas empresas de
balas de hortelã “mint” a partir da expressão em inglês meant to be, que tem o
sentido “feito um para o outro”), a fim de atender clientes de grandes indústrias
alimentícias e de cosméticos.
Na metade de 2012 resolveu aumentar o mercado de atuação, buscando
inovar e atender a clientes interessados na utilização dessas latinhas para brindes e
personalização. Decidiu-se abrir a “Eh Latas – Ideias Redondas”, a fim de ter maior
destaque e nome próprio, cujo objetivo é sempre atender melhor os mais variados
tipos de clientes, oferecendo um produto com ótimo acabamento e durabilidade.
3.1 O processo e a estrutura física
Seu principal fornecedor é a Companhia Siderúrgica Nacional - CSN do Rio
de Janeiro, que lhes vende o aço em bobina. Essa bobina é encaminhada para duas
empresas que fornecem o serviço de litografia, sendo elas Metalúrgica Mococa,
situada na cidade de Mococa – SP, e Real Steel, situada na cidade de Barra Mansa
- RJ. A litografia compreende o processo onde são cortadas as chapas e
estampados os rótulos dos clientes. Esse material volta para empresa em folhas já
40
estampadas, onde então é feito o processo de corte, moldagem e acabamento das
mesmas.
A empresa conta com uma equipe de quatro profissionais para a parte
operacional, sendo eles três operadores de máquinas e um mecânico. A estrutura
física da empresa é um galpão de 240m², onde estão instaladas as 5 máquinas, que
são: 3 prensas, 1 cordoneira e 1 tesouras. As caixas com o armazenamento de sua
produção ficam nesse galpão por pouco tempo, enquanto aguardam o carregamento
para serem destinadas aos clientes.
A Eh Latas organiza sua produção por encomenda, comprometendo-se a
atender seus clientes com prazos determinados, tendo ciência de que sua produção
por hora é de 3 caixas com 1000 (mil) latinhas cada caixa.
Sabendo de sua logística e tendo conhecimento dos custos, a Eh Latas se
compromete com o pagamento do frete para os clientes do estado de São Paulo.
As figuras 1, 2 e 3, ilustram um pouco da linha de produção:
Figura 1: Processo em que é feito moldagem das latinhas.
Fonte: Eh Latas, 2014.
41
Figura 2: Moldagem e acabamento das latinhas mint to be.
Fonte: Eh Latas,2014.
Figura 3: Final da moldagem e armazenamento em caixas das latinhas.
Fonte: Eh Latas, 2014
42
3.2 O produto
As latinhas produzidas são conhecidas como mint to be (figura 4), possuem o
formato redondo e variam em seu tamanho, de 7x2cm e 5x1cm, e cores disponíveis,
branca, lilás, azul e azul turquesa.
Figura 4: Modelos dos tamanhos das latinhas.
Fonte: Eh Latas, 2014.
As únicas latinhas que mantém em estoque, são as com estampas
personalizadas. Elaboradas e produzidas em um lote expressivo, com 72 estampas
diferentes e divertidas, disponíveis para atender aqueles que buscam diversificar na
lembrancinha.
O foco atualmente da empresa está na utilização de seu produto de forma
artesanal, a fim de agradar os clientes que se interessam em utilizar em
lembrancinhas, seja de batizado, casamento, formatura, aniversário, etc.
Alguns exemplos da utilização do produto fornecido pela empresa e
transformado com a criatividade dos próprios clientes:
43
Figura 5: Modelos diversificados disponíveis em estoque.
Fonte: Eh Latas, 2014.
Figura 6: Exemplos de utilização do produto.
Fonte: Eh Latas, 2013.
44
3.3 Meio ambiente
Existe uma grande preocupação com o meio ambiente. Sendo assim, seus
produtos são produzidos através do aço, material que ao entrar em contato com o
solo, torna-se minério de ferro, o que não causa prejuízo algum à natureza.
3.4 Clientes
Atualmente a Eh Latas trabalha com seus produtos feitos sob encomendas.
Dentre sua carteira de clientes, destacam-se os seguintes:
Figura 7: Modelo do produto usado pela marca Bio Extratus.
Fonte: Bio Extratus Cosmect Natural Ltda, 2014.
Figura 8: Modelo do produto usado pela marca Muriel, linha Vita Capili.
Fonte: Muriel Indústria e Comércio Ltda, 2014.
45
Figura 9: Modelo do produto usado pela marca Gold, para venda de balas sem açúcar.
Fonte: Gold Nutrition Industria e Comércio Ltda, 2014.
3.5 Estrutura organizacional
A empresa apresenta uma estrutura organizacional simples e bem distribuída
do tipo funcional (apêndice I). Em sua base operacional encontram-se os quatro
operadores de máquina e o mecânico. O administrativo da empresa é feito por um
colaborador, enquanto o marketing é preparado por uma empresa de consultoria
terceirizada.
3.6 Regime de tributação e contabilidade
O serviço de contabilidade é realizado por um escritório da cidade de Lins.
Sendo assim, a empresa terceiriza essa função para que possa cuidar melhor da
parte administrativa e operacional.
A forma de tributação aplicada à empresa é o Lucro Presumido, que a partir
do ano calendário de 2014 teve seu limite de Receita Operacional Bruta (ROB)
alterado, passando de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) para R$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões)
O Regulamento do Imposto de Renda (RIR) do ano de 1999, em seus artigos
518, 519 e 521, dispõe de informações sobre o cálculo da ROB.
Para efeito da verificação do limite, considera-se como receita bruta total o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o
46
preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia, acrescidos das demais receitas, tais como, rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa e variável), receita de locação de imóveis, descontos ativos, variações monetárias ativas, juros recebidos como remuneração do capital próprio etc e dos ganhos de capital. (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2014)
Como determina a RIR/99, art. 516, §5º, o imposto de renda com base no
lucro presumido é determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados em
31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário.
3.7 Missão, visão e valores
A missão, visão e valores de uma empresa é desenvolvida afim de servir
como objetivo, mantendo o foco da organização sobre aquilo que se almeja pro
futuro da empresa. A Eh Latas define sua missão, visão e valor da seguinte maneira.
3.7.1 Missão
Fabricar e desenvolver embalagens metálicas com qualidade superior,
visando menor impacto ao meio ambiente, em busca de soluções atraentes e
práticas para seus clientes, sempre valorizando os talentos humanos da empresa.
3.7.2 Visão
Ser referência na fabricação de latas de aço para todo o Brasil e Exterior, com
o aumento do mix de produtos oferecidos, utilizando inovação no design e na
fabricação das latas.
3.7.3 Valores
a) trabalhando de forma justa, se adequando à diversas situações do
mercado e cumprindo os prazos, leis e regulamentações estabelecidas.
b) valorização das pessoas - Envolvendo os colaboradores nos processos e
ações, ouvir suas sugestões de melhoria do processo produtivo e
47
colocando em prática as ações que forem possíveis dentro das
necessidades da empresa.
c) participação - Realizando treinamentos comportamentais, através de
dinâmicas e trabalhos em grupos.
d) responsabilidade social e ambiental - Separando materiais recicláveis,
descartando corretamente os fluídos, plantando árvores frutíferas e que
faça sombras, conscientizando os colaboradores a realizar a reciclagem
em suas casas.
e) planejamento - Fazendo o equilíbrio entre produção, comercial e financeiro,
analisando estrategicamente os objetivos e metas para um crescimento
concreto, sustentável e contínuo.
f) qualidade - Produzindo com qualidade, controlando cada processo,
treinando os envolvidos, criando parceiros estratégicos para garantir a
pontualidade no atendimento ao cliente e respeitando as especificações
previamente estabelecidas.
g) competência - Buscando parcerias com fornecedores qualificados e com
preços competitivos, revendo os processos de produção e investindo em
mão-de-obra qualificada.
3.8 Pontos fortes
Os pontos fortes de uma empresa definem-se por aquilo que influencia
positivamente a empresa tanto interna quanto externamente. Sendo assim,
identificam-se os seguintes pontos fortes:
a) pontualidade com o prazo de entrega com seus clientes;
b) domínio e especialização de seus funcionários sobre os equipamentos e
materiais;
c) frete gratuito aos clientes do estado de São Paulo:
d) busca por novidades e novas criações;
e) produto oferecido não é comum no mercado.
3.9 Pontos fracos
Enquanto isso, os pontos fracos são aqueles que de alguma forma podem ser
48
um inconveniente no dia a dia da empresa, pontos que podem ser melhorados ou
melhor aproveitados através de estudo e análise:
a) localização da empresa em um bairro não muito movimentado;
b) não trabalhar com estoque, o que impede atender em urgência a algum
cliente:
c) capacidade produtiva limitada;
Os diferenciais e a preocupação em inovar a atender cada vez melhor seus
clientes, tornam a Eh Latas uma empresa jovem, porém objetiva e com grande
potencial de crescimento.
49
CAPÍTULO IV
RESULTADO DO ESTUDO DE CASO
4 INTRODUÇÃO
O objetivo do estudo de caso foi demonstrar quais observações foram feitas
para que fosse aplicada a análise custo/volume/lucro na empresa Eh Latas, situada
na cidade de Lins, durante o período de fevereiro a outubro de 2014.
Foram utilizados os seguintes métodos de pesquisa:
Estudo de caso: utilizado para analisar os elementos usados na análise
custo/volume/lucro.
Método de observação sistemática: utilizado para observar, analisar e
acompanhar os procedimentos aplicados a análise custo/volume/lucro, bem como os
resultados e sua utilização para o gerenciamento da empresa, como suporte para
desenvolvimento do estudo de caso.
Método Histórico: Utilizado para observar os dados referentes às alterações
no histórico de custos e quantidades produzidas e vendidas, a fim de dar suporte
para o estudo de casos.
As técnicas utilizadas para obter as informações, foram as seguintes:
Roteiro de estudo de caso (Apêndice A)
Roteiro de observações sistemática (Apêndice B)
Roteiro de histórico da empresa (Apêndice C)
Roteiro de entrevista para o administrador (Apêndice D)
4.1 Estudo de campo
Para chegar aos elementos utilizados pela análise custo/volume/lucro, é
necessário entender das atividades desenvolvidas na empresa, ou seja, os
procedimentos, custos e despesas ocorridos no período analisado.
A administração da Eh Latas utiliza uma planilha (Apêndice E), onde constam
a discriminação e valores da matéria-prima, embalagens e acabamento.
50
4.1.1 Matéria-prima
Para a fabricação das latas, a empresa utiliza como matéria-prima apenas o
aço inoxidável. O mesmo é adquirido de um único fornecedor, situado no estado do
Rio de Janeiro.
O custo do aço utilizado na produção da latinha é de R$ 2,19 (dois reais e
dezenove centavos) o quilo. Em média o peso da folha utilizada na produção da
tampa é de 1,14kg (um quilo e quatorze gramas) e do fundo é de 1,24kg (um quilo e
vinte e quatro gramas). Sendo assim, o custo unitário dessas folhas usadas para a
produção de 72 (setenta e duas) latinhas é de aproximadamente R$ 5,20 (cinco
reais e vinte centavos).
Folha para tampa: 1,14kg x R$ 2,19kg = R$ 2,50
Folha para fundo: 1,24kg x R$ 2,19kg = R$ 2,72
A quantidade mínima para a compra desse material é de 1.000 folhas, o que
corresponde a uma produção de 72.000 latas, com o custo de R$ 5.200,00 (cinco mil
e duzentos reais).
4.1.2 Litografia
A litografia compreende o processo onde é estampada a arte de cada
empresa. Os valores para esse processo variam de acordo com a quantidade e
escolha das cores utilizadas pelos clientes.
O quadro 2 demonstra a quantidade de cores usadas na litografia das latas de
alguns clientes e o valor do custo desse serviço para cada 1.000 (mil) folhas, sendo
essa a produção mínima exigida para encomenda.
Quadro 2: Custo do serviço de litografia de acordo com as quantidades de cores.
Marcas Quantidade de Cores Custo p/ 1.000 folhas
Lata Branca 1 R$ 900,00
Fundo Gold/ Fundo Bio Extratus 2 R$ 1.500,00
Fundo Muriel/ Tampa Neez 3 R$ 1.100,00
Fundo Neez 4 R$ 1.890,00
Tampa Gold 5 R$ 1.200,00
Tampa Muriel 6 R$ 2.100,00 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
51
4.1.3 Corte
O corte é o terceiro processo da lata, sendo o seu custo de R$ 135,00 (cento
e trinta e cinco reais) para mil folhas de aço usada na tampa e R$ 147,00 (cento e
quarenta e sete reais) para o fundo. Com a produção mínima, o custo dessa etapa é
de R$ 282,00 (duzentos e oitenta e dois reais).
Calcula-se que 3% do aço usado é perdido durante o processo de corte da
tampa e do fundo. Desses resíduos, 16,15% é vendido como sucata. Sendo assim, a
perda total, já calculada a venda da sucata, é de R$ 130,81 (cento e trinta reais e
oitenta e um reais).
Custo do aço: R$ 5.200 x 3% perda = 156,00
3% perda: 156,00 x 16,15% sucata: R$ 25,19
Perda: R$ 156,00 – Sucata: R$ 25,19 = R$ 130,81 Perda Total.
4.1.4 Insumos
Os insumos da empresa compreendem a utilização de caixas de papelão, fita
e etiqueta adesiva. O montante desses produtos é em média de R$ 378,72
(trezentos e setenta e oito reais e setenta e dois centavos) para a produção mínima
(quadro 3).
Quadro 3: Custo variável para a produção de 1.000 folhas dos principais clientes.
Custo para produção 1000 folhas
Descrição Bio Extratus GOLD Neez Muriel
Aço Tampa R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 R$ 2.500,00
Aço Fundo R$ 2.700,00 R$ 2.700,00 R$ 2.700,00 R$ 2.700,00
Corte Tampa R$ 135,00 R$ 135,00 R$ 135,00 R$ 135,00
Corte Fundo R$ 147,00 R$ 147,00 R$ 147,00 R$ 147,00
Litografia Tampa R$ 1.500,00 R$ 1.200,00 R$ 1.100,00 R$ 2.100,00
Litografia Fundo R$ - R$ 1.500,00 R$ 1.890,00 R$ 1.100,00
Insumos R$ 378,72 R$ 378,72 R$ 378,72 R$ 378,72
Custo Total R$ 7.360,72 R$ 8.560,72 R$ 8.850,72 R$ 9.060,72 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
4.2 Estudo de caso
Para desenvolver o trabalho, foi feita uma análise na empresa com a
52
simulação de venda no mês de maio, junho e julho de 2014. Os valores trabalhados
são fictícios, o que não compromete o desenvolvimento da análise dos dados e as
considerações com relação à pergunta problema.
A Eh Latas trabalha com produção sob encomendas. Sendo assim, para os
meses de maio, junho e julho (quadros 4, 5, 6), foram simuladas encomendas de
quatro de seus principais clientes. Tendo como base essa demanda, foi aplicado o
método de custeio variável, a fim identificar a margem de contribuição dos produtos.
Quadro 4: Simulação de venda do mês de Maio
Vendas – Maio
Marca Folhas (un) Produção Latas (un)
Muriel 1.100 79.200
Neez 1.150 82.800
Gold 1.050 75.600
Bio Extratus 1.200 86.400
Produção Total 324.000 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
.
Quadro 5: Simulação de venda do mês de junho.
Vendas – Junho
Marca Folhas (un) Produção Latas (un)
Muriel 1.000 72.000
Neez 1.000 72.000
Gold 1.000 72.000
Bio Extratus 1.000 72.000
Produção Total 288.000 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 6: Simulação de venda do mês de julho.
Vendas – Julho
Marca Folhas (un) Produção Latas (un)
Muriel 1.000 72.000
Neez 1.050 75.600
Gold 1.000 72.000
Bio Extratus 1.100 79.200
Produção Total 298.800 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Para a definição do preço de venda das latinhas, a empresa considerou o
53
valor aceito pelo mercado desde que ele seja suficiente para cobrir seus custos.
Sendo assim, estipulou-se que o preço para caixa com 1.000 (mil) latas é de
R$200,00 (duzentos reais).
Quadro 7: Demonstrativo das receitas auferidas no mês de Maio.
Receitas sobre vendas – MAIO
Marca Produção Latas (un) R$
Muriel 79.200 R$ 15.840,00
Neez 82.800 R$ 16.560,00
Gold 75.600 R$ 15.120,00
Bio Extratus 86.400 R$ 17.280,00
Receita Total R$ 64.800,00 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 8: Demonstrativo das receitas auferidas no mês de Junho.
Receitas sobre vendas – JUNHO
Marca Produção Latas (un) R$
Muriel 72.000 R$ 14.400,00
Neez 72.000 R$ 14.400,00
Gold 72.000 R$ 14.400,00
Bio Extratus 72.000 R$ 14.400,00
Receita Total R$ 57.600,00 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 9: Demonstrativo das receitas auferidas no mês de Julho.
Receitas sobre vendas – JULHO
Marca Produção Latas (un) R$
Muriel 72.000 R$ 14.400,00
Neez 75.600 R$ 15.120,00
Gold 72.000 R$ 14.400,00
Bio Extratus 79.200 R$ 15.840,00
Receita Total R$ 59.760,00 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
4.2.1 Custo mão de obra direta
Compreende-se como mão de obra direta aquela que tem relação direta com
o produto elaborado.
O principal elemento identificador da mão de obra direta é a
54
possibilidade de mensurar os esforços de cada trabalhador, seja em processos diretos envolvendo o produto, seja em processos envolvendo os equipamentos de transformação dos materiais em produtos finais. (PADOVEZE, 2013, p.44)
Para mensurar a utilização da mão de obra direta, podem-se utilizar vários
critérios, sendo os principais pela quantidade de tempo (dias, horas, minutos ou
segundos), pela manipulação da matéria prima ou pela produção.
No caso da Eh Latas, a mão de obra direta é formada pelos salários de 3
operadores de máquina e 1 mecânico. O critério de mensuração utilizado é
embasado na quantidade produzida, ou seja, a quantidade de produção de cada
produto determina o percentual que incidirá a mão de obra direta.
Quadro 10: Demonstração da mão de obra direta de cada produto referente à Maio.
MOD p/ produção de 324.000 latinhas
Marca Produção Latas (un) MOD %
Muriel 79.200 R$ 866,16 24%
Neez 82.800 R$ 905,53 26%
Gold 75.600 R$ 826,79 23%
Bio Extratus 86.400 R$ 944,90 27%
TOTAL MOD R$ 3.543,38 100% Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 11: Demonstração da mão de obra direta de cada produto referente à Junho.
MOD p/ produção de 288.000 latinhas
Marca Produção Latas (un) MOD %
Muriel 72.000 R$ 885,85 25%
Neez 72.000 R$ 885,85 25%
Gold 72.000 R$ 885,85 25%
Bio Extratus 72.000 R$ 885,85 25%
TOTAL MOD R$ 3.543,38 100% Fonte: Elaborado pelas autoras,2014.
Quadro 12: Demonstração da mão de obra direta de cada produto referente à Julho.
(continua)
MOD p/ produção de 298.800 latinhas
Marca Produção Latas (un) MOD %
Muriel 72.000 R$ 853,83 24%
Neez 75.600 R$ 896,52 25%
55
(conclusão)
MOD p/ produção de 298.800 latinhas
Marca Produção Latas (un) MOD %
Gold 72.000 R$ 853,83 24%
Bio Extratus 79.200 R$ 939,21 27%
TOTAL MOD R$ 3.543,38 100% Fonte: Elaborado pelas autoras.
4.2.2 Identificar a margem de contribuição
Para apurar a margem de contribuição de um produto, é necessário identificar
quais são os custos e despesas variáveis na produção. Após identificados esses
valores subtraem-se da receita operacional bruta. O valor alcançado deve ser
suficiente para cobrir dos custos e despesas fixas e ainda proporcionar um resultado
positivo, além de possibilitar análises com o objetivo de reduzir os custos.
O quadro 3 (p. 51) demonstra os custos variáveis de cada produto. Como os
clientes utilizam cores diferentes na litografia das latas, os custos para cada marca
oscilam.
De acordo com a demanda solicitada para cada marca, o quadro 13
demonstra o total dos custos fixos de cada produto durante o período analisado.
Quadro 13: Custo da produção total de acordo com a demanda do mês.
Total dos Custos
MARCA Maio Junho Julho
Produção (un)
R$ Produção
(un) R$
Produção (un)
R$
Bio Extratus 86.400 9.777,77 72.000 8.246,57 79.200 9.036,00
Neez 82.800 11.083,86 72.000 9.736,57 75.600 10.189,77
Gold 75.600 9.815,54 72.000 9.446,57 72.000 9.414,55
Muriel 79.200 10.832,95 72.000 9.946,57 72.000 9.914,55
TOTAIS 324.000 41.510,12 288.000 37.376,28 298.800 38.554,87 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
4.2.3 Comissão sobre vendas
Comissão sobre venda é uma gratificação paga além do salário. A comissão
representa uma percentagem proporcional à quantidade vendida de caixa.
Os quadros 14, 15 e 16, descrevem os cálculos das comissões:
56
Quadro 14: Comissão sobre a venda de cada produto para o mês de Maio.
Comissão s/ vendas 5%
Marca Vendas Comissão
Muriel R$ 15.840,00 R$ 792,00
Neez R$ 16.560,00 R$ 828,00
Gold R$ 15.120,00 R$ 756,00
Bio Extratus R$ 17.280,00 R$ 864,00
TOTAL COMISSÃO SOBRE VENDAS R$ 3.240,00 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 15: Comissão sobre a venda de cada produto para o mês de Junho.
Comissão s/ vendas 5%
Marca Vendas Comissão
Muriel R$ 14.400,00 R$ 720,00
Neez R$ 14.400,00 R$ 720,00
Gold R$ 14.400,00 R$ 720,00
Bio Extratus R$ 14.400,00 R$ 720,00
TOTAL COMISSÃO SOBRE VENDAS R$ 2.880,00 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 16: Comissão sobre a venda de cada produto para o mês de Julho.
Comissão s/ vendas 5%
Marca Vendas Comissão
Muriel R$ 14.400,00 R$ 720,00
Neez R$ 15.120,00 R$ 756,00
Gold R$ 14.400,00 R$ 720,00
Bio Extratus R$ 15.840,00 R$ 792,00
TOTAL COMISSÃO SOBRE VENDAS R$ 2.988,00 Fonte: Elaborado pelas autoras.
Após a identificação dessas informações é possível elaborar três
demonstrações (Apêndice F, G e H) identificando a margem de contribuição de cada
um dos produtos, de acordo com a produção simulada para cada mês.
4.3 Ponto de equilíbrio (PE)
Identificar o PE em uma empresa é essencial, pois indica qual a quantidade
mínima que se deve operar para que não haja lucro nem prejuízo. No caso da
empresa com produção por encomendada, que é o caso da Eh Latas, saber qual o
57
PE é fundamental para que o administrador tenha controle sobre os pedidos do mês
e se são suficiente para que a empresa não tenha resultados negativos.
4.3.1 Ponto de equilíbrio contábil (PEC)
O PEC é aquele que determina qual a quantidade mínima a ser produzida e
vendida, a fim de cobrir todos os custos e despesas, não obtendo lucro ou prejuízo.
Quando a indústria opera com a produção de apenas um produto, calcula-se
o PE através da margem de contribuição unitária. Porém, quando é desenvolvido um
mix de produtos, é necessário apurar a margem de contribuição unitária média. Seu
cálculo é feito da maneira demonstrada nos quadros 17, 18 e 19.
Quadro 17: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária – Maio.
PRODUTOS QTD % MCT MCu
MURIEL 79.200 24% R$ 4.215,05 R$ 0,05
NEEZ 82.800 26% R$ 4.648,14 R$ 0,06
GOLD 75.600 23% R$ 4.548,46 R$ 0,06
BIO EXTRATUS 86.400 27% R$ 6.638,23 R$ 0,08
TOTAL PRODUÇÃO 324.000 100%
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 18: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária - Junho.
PRODUTOS QTD % MCT MCu
MURIEL 72000 25% R$ 3.733,44 R$ 0,05
NEEZ 72000 25% R$ 3.943,44 R$ 0,05
GOLD 72000 25% R$ 4.233,44 R$ 0,06
BIO EXTRATUS 72000 25% R$ 5.433,44 R$ 0,08
TOTAL PRODUÇÃO 288000 100%
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 19: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária – Julho.
PRODUTOS QTD % MCT MCu
MURIEL 72.000 24% R$ 3.765,45 R$ 0,05
NEEZ 75.600 25% R$ 4.174,23 R$ 0,06
GOLD 72.000 24% R$ 4.265,45 R$ 0,06
BIO EXTRATUS 79.200 27% R$ 6.012,00 R$ 0,08
TOTAL PRODUÇÃO 298.800 100%
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
58
MCT = Margem de contribuição total.
MCuM = Margem de contribuição unitária média.
Quadro 20: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária Média – Maio.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO MÉDIA
CALCULA-SE: MCu X % Participação = MCuM
MURIEL R$ 0,05 X 24% R$ 0,01
NEEZ R$ 0,06 X 26% R$ 0,01
GOLD R$ 0,06 X 23% R$ 0,01
BIO EXTRATUS R$ 0,08 X 27% R$ 0,02
TOTAL R$ 0,06
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 21: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária Média – Junho.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO MÉDIA
CALCULA-SE: MCu X % Participação = MCuM
MURIEL R$ 0,05 X 25% R$ 0,01
NEEZ R$ 0,05 X 25% R$ 0,01
GOLD R$ 0,06 X 25% R$ 0,01
BIO EXTRATUS R$ 0,08 X 25% R$ 0,02
TOTAL R$ 0,06
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Quadro 22: Demonstração da Margem de Contribuição Unitária Média – Julho.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO MÉDIA
CALCULA-SE: MCu X % Participação = MCuM
MURIEL R$ 0,05 X 24% R$ 0,01
NEEZ R$ 0,06 X 25% R$ 0,01
GOLD R$ 0,06 X 24% R$ 0,01
BIO EXTRATUS R$ 0,08 X 27% R$ 0,02
TOTAL R$ 0,06 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Ao identificar o ponto de equilíbrio pela margem de contribuição unitária média,
identifica-se qual é a margem de contribuição que em média a empresa tem com a
venda de seus produtos. Verifica-se que essa margem não é um valor fixo ou
preciso, já que a mesma pode alterar de um período para o outro, dependendo da
quantidade que produzir/ vender de cada produto, como demonstrado.
A tabela 1 demonstra quais são os custos e despesas fixas dos meses
59
analisados:
Tabela 1: Custos/Despesas fixas dos meses analisados.
Custos e Despesas Fixas
Descrição Maio Junho Julho
Água R$ 310,25 R$ 178,20 R$ 200,00
Energia Elétrica R$ 721,30 R$ 540,70 R$ 600,00
Telefone/Internet R$ 540,65 R$ 439,45 R$ 500,00
Segurança R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00
Fretes R$ 2.750,80 R$ 2.127,75 R$ 2.376,55
Mão de Obra (escritório) R$ 5.700,00 R$ 5.700,00 R$ 5.700,00
Financiamento LP maquinário R$ 6.715,42 R$ 6.715,42 R$ 6.715,42
Depreciação (mensal) R$ 6.116,67 R$ 6.116,67 R$ 6.116,67
Total R$ 22.955,09 R$ 21.918,19 R$ 22.308,64 Fonte: Elaborada pelas autoras.
Com as informações extraídas da tabela 1 e quadros 20, 21 e 22
demonstrados anteriormente, é possível fazer o cálculo do PEC, pois essa utiliza a
média dos custos e despesas fixas do período e a média a margem de contribuição
unitária média.
Quadro 23: Média dos custos e despesas fixas e da MCuM.
Período Maio Junho Julho Total Média
R$ R$ R$ R$ R$
Custos e Despesas Fixas 22.955,09 21.918,19 22.308,64 67.181,92 22.393,97
McUm 0,06 0,06 0,06 0,18 0,06 Fonte: Elaborada pelas autoras.
PEC = Custo e Despesas Fixas / MCuM
PEC = R$ 22.393,97
R$ 0,06
PEC= 373.232 unidades
O resultado da PEC indica a quantidade referencial de produtos que se deve
produzir e vender para que as receitas se igualem a custos fixos e despesas fixas do
período.
4.3.2 Ponto de equilíbrio financeiro (PEF)
60
O PEF é aquele onde não são consideradas as depreciações e outros valores
que não representam os desembolsos físicos de numerário.
Para calcular a depreciação do período, é necessário identificar quais são os
ativos imobilizados da empresa e qual a taxa percentual aplicada a eles.
4.3.2.1 Depreciação
Na Eh Latas, existem cinco tipos de máquinas, sendo elas três prensas, 1
tesoura e 1 cortadeira. No quadro 24 apresentam-se os valores de compra desses
equipamentos.
Quadro 24: Relação de maquinários da empresa.
Quantidade de máquinas Valor unitário Valor Total
3 Prensas R$ 95.000,00 R$ 285.000,00
1 Tesoura R$ 45.000,00 R$ 45.000,00
1 Cordoneira R$ 37.000,00 R$ 37.000,00 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
Entende-se como depreciação a diminuição do valor do bem provocada pelo
desgaste por uso, ação da natureza ou obsolescência normal, e ocorre a partir do
momento que o bem é colocado em uso. Para o cálculo da depreciação, segue-se a
lei nº. 11.638/2007, em que se define um padrão para a depreciação aplicada ao
maquinário, deprecia-se em 20% a.a.
Quadro 25: Cálculo da depreciação mensal da empresa.
Quantidade de máquinas Valor Total Depreciação a.a. Depreciação a.m
3 Prensas R$ 285.000,00 R$ 57.000,00 R$ 4.750,00
1 Tesoura R$ 45.000,00 R$ 9.000,00 R$ 750,00
1 Cordoneira R$ 37.000,00 R$ 7.400,00 R$ 616,67
Despesa com depreciação total ao mês R$ 6.116,67 Fonte: Elaborado pelas autoras, 2014.
4.3.2.2 Cálculo do PEF
A fórmula para o cálculo do PEF é formada pelos custos/despesas fixas do
período, mais as dívidas, exceto a depreciação, divido pela margem de contribuição
61
unitária média (no caso de indústria com produtos com margem de contribuição
distintas).
PEF = Custos e Despesas Fixas – Depreciação + Dividas do período / MCuM
PEF = R$ 22.393,97 - 6.116,67/ 0,06
PEF = R$ 16.277,30
R$ 0,06
PEF= 271.288 unidades
4.3.3 Ponto de equilíbrio econômico (PEE)
No PEE é considerado o lucro que a empresa deseja alcançar que
normalmente é o valor de retorno sobre o capital aplicado.
Na Eh Latas foi investido um Capital social de R$100.000,00. Estima-se que
os sócios esperam que a empresa lhes dê retorno aproximado de 20% ao ano.
Sendo assim o cálculo do PEE é o apresentado a seguir:
PEE = CF + Lucro desejado / MCuM
PEE = R$ 22.393,97 + R$1.700,00/ 0,06
PEE = R$ 24.093,97
0,06
PEE = 401.566 unidades
4.4 Resultados e impactos na empresa
A partir dos pontos de equilíbrios identificados pelas análises, é possível que
o gestor use-os para basear suas projeções de vendas de acordo com as
necessidades da empresa.
Porém, é necessário que o gestor faça esse tipo de análise periodicamente,
mantendo sempre os números atualizados, para que dessa forma consiga obter
sempre resultados mais próximos da realidade.
4.5 Parecer final do estudo de caso
Ressaltando que a empresa teve suas atividades iniciadas há pouco mais de
um ano, é compreensível que não tenham sido colocadas em práticas todas as
62
ferramentas e talvez não se tenha identificado ainda quais são as análises que
fornecem informações de maior utilidade à empresa. Porém, é importante que desde
já seja habitual a utilização de ferramentas de custeio e análise de seus resultados,
pois são estes que servem de subsídio em suas tomadas de decisões e sucesso nos
seus objetivos.
63
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Ao aplicar a análise CVL, é possível obter informações de custos que
aprimoram a base para os planejamentos estratégicos da empresa, auxiliando ao
administrador ou gestor no controle de suas vendas, atentando-os dos valores
mínimos necessários para equilibro econômico e financeiro do período ou para
alcançar determinado percentual de lucro.
Sendo assim, após realizar a análise à empresa Eh Latas, propõe-se que a
mesma:
a) Faça uso de uma planilha onde especifique seus custos e despesas
ocorridas durante o mês;
b) Aplique habitualmente a análise CVL, conforme demonstrado no capítulo
IV, afim de que essas informações passem a fazer rotina da parte
gerencial/administrativa.
64
CONCLUSÃO
Após analisar os resultados obtidos pela pesquisa realizada na empresa
Medmag Indústria Metalúrgica Ltda – EPP, conclui-se que os dados extraídos pela
analise são relevantes para basear os planejamentos a curto prazo.
Para alcançar uma elevação nos resultados da empresa, é necessário
organizar o seu controle dos gastos e analisar essas informações para elaborar o
planejamento, buscando o crescimento da empresa.
Para alcançar a alavancagem é necessário primeiro que o administrador faça uma
análise na empresa e identifique quais são as ferramentas adequadas, para então
aplicá-las e extrair o máximo de informações possíveis, que serão utilizadas no
planejamento estratégico.
No caso da Eh Latas, por ser uma empresa com vendas sob encomenda, é
essencial que tenha conhecimento de quais são as quantidades mínimas de
produção e venda que se fazem necessárias para que possa cobrir seus custos e
despesas do período. O gestor precisa ter conhecimento de quantas unidades
mínimas de venda são necessárias para que suas vendas supram os valores gastos
nas atividades operacionais da empresa e também aqueles necessários do período.
Como foi demonstrado estudo de caso, a CVL é uma ferramenta utilizada
para determinar os pontos de equilíbrio econômico, financeiro e contábil, que
demonstram, de acordo com sua finalidade, quais são as quantidades mínimas de
vendas necessárias.
Sendo assim, conclui-se que a aplicação dessa análise na empresa é de
grande importância para o planejamento estratégico, mas independe dela a
alavancagem operacional dos resultados.
65
REFERÊNCIAS
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66
PADOVEZE, C. L. Contabilidade de Custos: Teoria, Prática, Integração com Sistemas de Informações (ERP). São Paulo: Cengage Learning, 2013. ______. Curso básico gerencial de custos. 2 ed. São Paulo: Cergage, 2006. ______. Curso básico gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2008. RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2009. TOFOLI, I. Administração Financeira Empresarial. Lins: Raízes, 2012. WERNKE, R. Gestão de custos: Uma abordagem prática. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2004. ______. Gestão de custos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2001. WARREN, C. S.; REEVE, J. M.; FESS, P. E. Contabilidade Gerencial. 2 ed. São Paulo: Thomson, 2008.
67
APÊNDICES
68
APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso
1 INTRODUÇÃO
O objetivo do estudo de caso será realizar a análise custo/volume/lucro na
empresa Medmag Indústria Metalúrgica Ltda – ME, onde serão aplicadas as
ferramentas de identificação de ponto de equilíbrio, margem de contribuição e
alavancagem operacional.
1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado
a) Descrição dos processos e métodos utilizados para a elaboração da análise
custo/volume/lucro na empresa; e
b) Entrevista com o administrador.
1.2 Discussão
Será realizada uma comparação por meio da pesquisa, entre a teoria e a
prática utilizada na empresa.
1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificações de
procedimentos
69
APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Razão Social: ...............................................................................................
CNPJ: ..........................................................................................................
Cidade:.................................................... Estado: .......................................
Atividade Econômica: ..................................................................................
2 ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1 Produção da empresa;
2 Custo do produto; e
3 Análise da quantidade vendida
70
APÊNDICE C – Roteiro histórico da empresa
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Razão Social: ...............................................................................................
CNPJ: .........................................................................................................
Cidade:.................................................... Estado: .......................................
Atividade Econômica: .................................................................................
Início das atividades: ...................................................................................
Porte: ...........................................................................................................
Número de Funcionário: ..............................................................................
2 ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1 Origem da empresa
2 Expansão do plano de negócio
3 Preocupação com o meio ambiente
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APÊNDICE D – Roteiro de entrevista para o administrador
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome: ...........................................................................................................
Idade: ..........................................................................................................
Formação :....................................................................................................
PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1 Em sua opinião, qual a importância da contabilidade para uma empresa?
2 O que você entende por custos?
3 Em sua opinião, qual o nível de importância da contabilidade de custos na
empresa?
4 Um controle eficiente dos custos de uma empresa pode tornar-se uma
vantagem competitiva para a mesma?
5 Como você julga a rentabilidade de um produto de sua empresa? Qual é o
mais rentável?
72
APÊNDICE E – PLANILHA UTILIZADA NA EH LATAS
Planilha Calculo Custo APEX
Aço Kg R$ 2,19
Peso da Folha Und. Custo Unit. Custo MI
latas
Custo Aço Tampa 1,14 fl R$ 2,49 R$ 34,54
Custo Aço Fundo 1,24 fl R$ 2,71 R$ 37,61
Corte Tampa 1,14 fl R$ 0,13 R$ 1,87
Corte Fundo 1,24 fl R$ 0,15 R$ 2,04
Frete Lito Tampa 1,14 fl R$ 0,29 R$ 4,00
Frete Lito Fundo 1,24 fl R$ 0,31 R$ 4,35
Embalagem Fator de
Consumo Und. Custo
unitário Custo MI
latas Caixa Papelão
Tampa 1,22 pç R$ 1,50 R$ 1,83 Caixa Papelão
Fundo 1,22 pç R$ 3,60 R$ 4,39
Saco Plástico 1,22 pç R$ 0,35 R$ 0,43
Abraçadeira plástica 1,22 pç R$ 0,60 R$ 0,73
Fita Gomada 0,05 pç R$ 2,90 R$ 0,13
Etiqueta Adesiva 1,22 pç R$ 0,03 R$ 0,04
Palete Tampa 0,03 pç R$ - R$ -
Palete Fundo 0,05 pç R$ - R$ -
Filme strecth Tampa 0,02 pç R$ - R$ -
Filme strecth Fundo 0,03 pç R$ - R$ -
Alcoól e DL9 0,05 pç R$ 5,00 R$ 0,23 Perdas
Tampa/Fundo 3%
R$ 3,40
Venda Sucata 1,75 R$ 0,20 R$
(0,35)
Custo Material Tampa sem Lito (MI/latas) R$ 46,84
Custo Material Fundo sem Lito (MI/latas) R$ 53,00
Custo Lito MI Folhas MI Latas
Lata Branca
R$ 900,00 R$ 12,50
4 cores Neez antigo fundo Neez Novo
R$ 1.890,00 R$ 26,25
2 cores (fundo Gold e bio extratus)
R$ 1.500,00 R$ 20,83 5 cores (tampa
Gold)
R$ 1.200,00 R$ 16,67 6 cores (tampa
muriel)
R$ 2.100,00 R$ 29,17
3 cores (fundo Muriel) tampa Neez nova R$ 1.100,00 R$ 15,28
Fonte: Eh Latas, 2014.
73
APÊNDICE F – MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL
74
75
APÊNDICE G – MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL
76
APÊNDICE H – MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL
77
APÊNDICE I – ORGANOGRAMA DA EMPRESA
78