Amo-te, escrita
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Amo-te, escrita
Vila Nova de Famalicão
2010
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Ficha Técnica Título Amo-te, escrita Edição Câmara Municipal Vila Nova de Famalicão Casa de Camilo – Museu. Centro de Estudos Coordenação Aníbal Pinto de Castro Colaboração José Manuel Oliveira Luísa Alvim Textos redigidos no atelier “Amo-te, escrita” orientado Pedro Chagas Freitas Textos e ilustrações EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano Escola EB1/JI Louredo, turma 21, 4º ano EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano EB1 Fontelo, turma 11, 4º ano Capa EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano Vila Nova de Famalicão, 2010 Município de Vila Nova de Famalicão Casa de Camilo Avenida S. Miguel de Seide, 758 4770-631 S.Miguel de Seide [email protected] www.camilocastelobranco.org http://casadecamilo.wordpress.com
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AMO-TE, ESCRITA
EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano
EB1 Fontelo, turma 11, 4º ano
Escola EB1/JI Louredo, turma 21, 4º ano
EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano
Vila Nova de Famalicão
2010
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AS AVENTURAS DO AMOR
EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano
UMA PAIXÃO SEM FIM
EB1 Fontelo, turma 11, 4º ano
AMOR SELVAGEM
Escola EB1/JI Louredo, turma 21, 4º ano
OS PRÍNCIPES DA CALIFÓRNIA
EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano
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desenho | EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano
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As Aventuras do Amor
I capítulo
Num dia de Primavera, o menino Kaká e a menina Bloom
andavam a passear num jardim cheio de rosas vermelhas perfumadas e o
Kaká disse-lhe uma frase romântica. A Bloom, ao ouvir isto, começou a
chorar de alegria, porque finalmente o Kaká tinha percebido que ela o
amava.
Então, a Bloom, que era uma fada, transformou-se e, com as
suas asas, levou o Kaká para o seu castelo moderno, para que o seu pai e a
sua mãe dessem autorização para ela se casar com ele, mas o pai da Bloom
não concordou com a ideia, porque queria que a filha casasse com o
príncipe do reino vizinho.
Então, o rei teve um aperto no peito e resolveu haurir a filha
dos braços do seu amado Kaká.
Será que o Kaká e a Bloom conseguirão ficar juntos?
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II capítulo
Nessa tarde de Primavera, o pai da Bloom queria prender o Kaká nas
masmorras, junto de um lobo feroz, mas não conseguiu, porque ele fugiu
no seu cavalo voador, que era muito rápido.
No dia seguinte, o Kaká foi buscar a Bloom ao castelo. Levou-a para
o seu palácio das nuvens para passar mais tempo com ela e divertirem-se à
grande no País das Maravilhas.
Uma fada que passou no País das Maravilhas disse que lhes
concedia três desejos ao seu gosto e o jovem casal escolheu viver feliz, sem
maldades e com muita saúde.
Se esses desejos se realizassem eles eram o casal mais perfeito do
mundo e do universo.
De repente, apareceu o cavalo voador do Kaká e levou-os a um
jardim muito bonito.
Passado algum tempo, eles foram ao castelo do pai da Bloom ver se ele
já era amigo do Kaká.
Quando o pai da Bloom viu o Kaká e a sua amada, abraçou-os e
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ficaram todos muito amigos.
O pai da Bloom convidou-os para jantar no castelo. O jantar era
frango assado e estava delicioso mas, de repente, o frango saltou pelo ar.
Foi algo muito estranho.
III capítulo
A seguir ao jantar foram passear pela floresta e encontraram uma
caneta mágica que escrevia tudo o que se lhe dizia.
O Kaká disse à caneta para escrever uma das suas melhores frases de
amor para a sua amada Bloom.
Então, ela ficou muito contente!
O amigo do Kaká era muito engraçado, porque tinha um nariz de batata
vermelho que, sempre que se carregava nele, soltava pelo ar um espirro de
água.
O amigo trabalhava num circo muito famoso, que tinha um grupo de
jovens mágicos que faziam truques muito divertidos.
Mais tarde, o grupo de jovens mágicos ofereceu um espectáculo ao
Kaká e à Bloom.
Num dos truques, o nariz de batata do palhaço saltou e despejou a
água, inundando o chão e os amigos. Ficaram todos constipados.
O Kaká estava com vontade de pedir um autógrafo a um dos mágicos
do circo, mas a rainha do malabarismo começou o seu truque.
IV capítulo
De repente, uma das bolas caiu no chão e saltou, bateu na cabeça de
Kaká, que era muito suave. A Bloom, ao ver isto, começou a rir-se porque
a bola bateu na testa de Kaká.
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Depois do circo, o Kaká saiu muito zangado porque a Bloom
começou a rir-se mas também estava contente porque a ela se divertiu.
Quando chegaram ao castelo, o pai de Bloom perguntou o que
tinha acontecido. O bobo, que era muito burro, disse que estava no castelo
para animar o rei. Ele fez uma palhaçada e o rei começou a rir-se. Mas não
conseguiu fazer rir a princesa.
V capítulo
Naquele momento, a Bloom e o Kaká foram ao palácio do País das
Maravilhas para falarem e namorarem.
Nessa conversa, eles falaram sobre o seu casamento e disseram que
iam casar-se no Domingo seguinte, às 10.00 h, na igreja S. Pedro. Em
seguida, começaram a fazer os convites.
Depois dos convites, eles foram visitar os pais da Bloom ao castelo.
Lá, viram os pais da Bloom desmaiados e chamaram o 112. O 112 chegou
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atrasado e, como o Kaká sabia alguns troques de medicina, salvou os pais
da Bloom.
No Domingo, como previsto, eles casaram-se. Foi um dia
inesquecível!
Passado alguns anos, já tinham sete filhos.
Um certo dia, eles foram comprar dois cachorrinhos para os seus
filhos ficarem contentes. Foram ao vizinho buscar duas casotas para os cães
ficarem confortáveis.
Quando os cães chegaram, as crianças ficaram tão contentes que até
fizeram um desenho para os pais. De seguida, foram passear os filhos e os
cães ao parque da vila. O passeio foi fantástico. Quando chegaram a casa
era de noite e os pais foram deitar os filhos.
Durante a noite, tiveram um sonho estranho: os cães entravam e
falavam claramente quando, de repente, um dos filhos caiu da cama e
começou a chorar. Então, a Bloom foi ao quarto acalmar o filho com amor
e carinho.
De manhã cedo tomaram o pequeno-almoço com alegria e deram
comida aos cães para terem energia para a corrida matinal. No parque
começaram a corrida e, quando viram uma armadilha, saltaram por cima
dela.
No fim da corrida, os cães receberam medalhas de osso e festinhas
dos donos. Quando chegaram a casa, foram descansar.
A Bloom e o Kaká viviam muito felizes com os seus filhos, no
palácio fantástico.
Todos os dias faziam coisas maravilhosas. E assim viveram felizes
para sempre.
Texto e desenhos | EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano
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desenho | EB1/JI de Avenida, Riba de Ave, turma 9, 4º ano
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Uma Paixão sem fim
I capítulo
Estava uma manhã maravilhosa, quando apareceu um Cacre no campo
de futebol.
A Côdea estava a saltar à cordinha.
Ela disse assim:
- Olá! Como te chamas?
- Eu chamo-me Cacre. E tu?
- Eu chamo–me Côdea. Queres comer uma pizza e beber um copo de
água?
- Sim, quero. Vamos para o meu jardim.
Comeram e fizeram a digestão.
Depois foram para a piscina e deram um beijo na boca.
A partir daí, começaram a namorar.
De repente, apareceu o Guarda–Braço, que era amigo deles, e disse:
- Olá! Vocês namoram?
- Sim. Vamos casar? – perguntou a Côdea ao Cacre.
- Sim, vamos casar – respondeu ele.
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Foram então para a igreja, que ficava situada à beira de uma isóbata.
Convidaram também o Guarda – Braço para ir com eles.
Será que vão casar-se? Será que vão ter filhos e netos?
II capítulo
Sim, casaram.
A Côdea ia linda, com o seu longo vestido branco, e o Cacre estava
muito elegante.
A lua–de–mel foi romântica e estavam imensamente felizes.
Um dia, numa bela tarde de Primavera, estavam a passear no jardim
quando a Côdea perguntou ao Cacre:
- Vamos fazer um piquenique?
- Sim, Côdea, boa ideia. Está um belo dia para fazermos um
piquenique!
Quando iam preparar as coisas, apareceu o Guarda – Braço, que disse:
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- Vocês vão fazer um piquenique?
- Sim, vamos! Também queres vir?
- Claro, mas vocês não se importam?
- Claro que não! Anda connosco!
- Precisam de alguma coisa? É que eu vou ali ao supermercado. Tenho
de comprar algumas coisas para amanhã e posso trazer qualquer coisa
apetitosa.
- Não, obrigada. Já temos tudo preparado. É só ir buscar as coisas a
minha casa, que é já aqui ao lado.
Antes que a Côdea começasse a andar, o Guarda – Braço teve uma
ideia:
- Porque é que não vamos ver antes o pôr-do-sol?
- Sim, que boa ideia, Guarda-Braço!
- Sim, é uma óptima ideia. Mas então e o piquenique?
- Deixa lá, Cacre, fazemos noutro dia, e a sós…
Então lá foram todos contentes.
Será que vão gostar de ver o pôr-do-sol?
III capítulo
Foi muito bonito. Adoraram e ficaram ainda mais amigos.
Passado alguns anos, a Côdea e o Cacre tiveram quatro gémeos: dois
meninos e duas meninas.
Um dos meninos era traquina e o outro calmo. As duas meninas eram
sossegadas.
Um dia, toda a família foi passear de navio. Todos comeram e
beberam muito.
Quando chegaram a casa, a Côdea olhou para o Cacre e perguntou:
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- Ó marido, o que tens? Não estás bem! Vamos lavar a tua cara porque
parece que estás muito embriagado.
Alguns minutos depois, o Cacre começou a sentir-se melhor e disse:
- Foi muito estranho isto!
- Sim, foi! Porque estavas assim? – indagou ela.
- Não sei. Mas agora já estou bem – retorquiu ele.
- Que bom! Agora vamos conversar e brincar com os nossos filhos –
sugeriu a Côdea.
- Boa ideia – respondeu o Cacre. – Vamos!
E assim ficaram o resto da noite: muito felizes e em família
IV capítulo
Algum tempo mais tarde, o Guarda-Braço encontrou uma velha amiga,
chamada Mudança, e perguntou-lhe:
-Olá, tudo bem?
-Sim, há quanto tempo não te via – respondeu ela.
- É verdade!
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De seguida, o Guarda – Braço levou a amiga a sua casa e começaram a
subir a escada. A Mudança caiu ao chão e magoou-se no joelho.
Quando se curou, o Cacre, a Côdea, o Guarda-Braço e a Mudança
foram até a uma praia lindíssima, onde comeram um saboroso gelado de
morango e cantaram algumas músicas.
O Jorge, que tinha uma loja junto à praia, estava lá sossegado quando
ouviu um tiro e foi a correr ver. O que teria acontecido?
Era a Côdea que se tinha suicidado, porque queria ser cantora famosa
em Portugal.
Ela era bonita, muito formosa.
Será que se tinha mesmo suicidado?
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V capítulo
Naquele momento, todos foram ver o que tinha acontecido e
começaram a chorar.
Era mesmo a Côdea que se tinha suicidado.
No dia seguinte, aconteceu o funeral, onde toda a gente chorou
muito.
Depois do funeral, foram para casa do Cacre. Para acalmarem, a
Mudança fez um chá para todos.
No final do chá, foram embora, deixando os pais da Côdea a
chorarem imenso.
A Mudança também estava a chorar bastante, com saudades da sua
amiga.
No dia seguinte, acalmaram–se e comeram novamente em casa do
Cacre.
Foram depois dar uma volta pela praia e viram um simpático
golfinho, que estava a salvar um menino de morrer afogado.
Eles ficaram espantados. Nunca tinham visto nada assim!
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Começou a ficar tarde e foram para casa do Guarda-Braço, onde
começaram todos a cantar…
Esqueceram por momentos a morte da Côdea.
Até que, de repente, aconteceu o impensável. A Côdea ressuscitou e
disse ao Cacre:
- Amo-te e nunca te irei abandonar.
Ele ficou emocionado, chorou muito e perguntou:
- Prometes?
- Sim, prometo – assegurou ela.
Abraçaram-se com força.
A partir daquele instante, foram felizes para sempre, os dois juntinhos
e com os seus amigos Guarda-Braço e Mudança sempre por perto.
Texto e desenhos | EB1 Fontelo, Calendário, Turma 11, 4º ano
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desenho | EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano
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Amor Selvagem
I capítulo
No dia dezanove, fazia muita chuva e um leão pegou num guarda-
chuva e fez-se à estrada. A meio do caminho encontrou uma égua que o
deixou de boca aberta.
A égua era nativa da Serra da Estrela. O leão disse que era nativo de
França da cidade de Paris.
O leão ofereceu-lhe um anel de ouro e fizeram uma grande festa que
causou uma grande fumaça.
Ao ir para casa o leão pegou na pata da égua e deu-lhe um beijo.
A égua perguntou-lhe se sentia alguma coisa por ela.
O que será que o leão respondeu?
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II capítulo
O leão disse que sim. Como ele tinha uma grande paixão pela égua,
desmaiou nos seus braços. A égua apercebeu-se de que o leão estava
doente. Ela levou-o para casa e ele pensou num texto e escreveu-o.
Era um dia bonito, o leão continuava na cama doente.
A égua estava a morrer de saudades do leão e marcou o número 760-
300-303. O telemóvel estava a tocar.
O leão estava paralítico e não conseguia chegar ao telemóvel.
Nesse mesmo instante a égua ficou muito preocupada, foi à casa do
amante e viu que ele estava paralítico. A égua, quando o viu, começou a
gritar e chamou o 112.
O 112 chegou nesse mesmo instante e a égua foi com ele para o
hospital.
Lá, o médico cão disse à égua que ele tinha de ter muitos cuidados
médicos e tomar muitos remédios
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As enfermeiras deram-lhe uma injecção para adormecer. O leão não
conseguia adormecer, porque só pensava na sua amada.
A égua foi-se embora e o leão começou a chorar.
Uns dias mais tarde o leão chegou a casa dela sentado numa cadeira
de rodas.
III capítulo
Eu amo-te.
Uns meses depois o leão deixou a sua cadeira de rodas e guardou-a
no armário.
O leão foi, então, convidado a participar na Praça da Alegria e aí
encontrou uma rapariga elegante, pela qual sentiu uma atracção. O leão
pensou que a rapariga era humana e não era um animal.
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A rapariga foi a casa do leão tomar um chá e durante o chá o leão
disse que ela era humana, e não podia namorar com ela e tinha que procurar
outro humano.
A rapariga conhecia um poeta e tentou conquistá-lo.
No dia 6 de Novembro ele foi a casa da rapariga e perguntou-lhe se
ela gostava dele e ela respondeu que sim, mas precisava de mais algum
tempo para pensar. O poeta era muito amoroso e deu-lhe esse tempo.
Agora que o tempo acabou o poeta foi a casa da rapariga perguntar
se já tinha tomado alguma decisão.
A rapariga disse que sim e que já podiam namorar.
O poeta deu-lhe o seu número do telemóvel que era: 760585858
Um dia o poeta ligou-lhe a convidá-la para jantar.
Durante o jantar ele pediu-a em casamento. Ela ficou sem palavras e
disse que sim.
Quando estavam a caminho da igreja o poeta queria fazer xixi.
Tiveram de parar o carro para o noivo fazer as suas necessidades.
Os convidados estavam fartos de esperar.
O poeta tinha o cabelo todo despenteado e a sua mulher perguntou:
- Foste ao cabeleireiro?
Ele respondeu:
- Não, nem o cabelo penteei.
IV capítulo
Os filhos do leão cresceram e desenvolveram a sua profissão.
A Susana era médica, a Sónia era modelo, a Márcia era cabeleireira,
a Alexandra era escritora e o Alexandre era um bom futebolista, jogava no
Futebol Clube do Porto.
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Todos se casaram e construíram as suas casas na selva. Foram felizes
e contentes para sempre.
Entretanto encontraram a sua mãe a trabalhar na costura. A égua
tinha os melhores tecidos da selva, eram as folhas mais verdes e
encantadoras.
V capítulo
Naquele momento, a égua estava a coser e sem querer rasgou o
vestido. A égua, ao rasgar picou-se na agulha começou a sangrar muito e
teve de ir hospital. Quando a égua chegou ao hospital, o médico cão meteu-
lhe rapidamente um penso. Ela ficou muito triste e teve de contratar outra
costureira. Passado alguns dias ela encontrou uma. O costureira era muito
desajeitada e picou - a com uma agulha no coração . Ela desmaiou e foi
para o hospital. De repente ela morreu.
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Na verdade, ela não tinha morrido porque os médicos trocaram os
processos. Os filhos ficaram muito contentes e, a seguir, para celebrar,
organizaram uma festa que causou uma grande euforia. Nessa festa havia
muitos convidados da selva e até humanos. Na festa havia champanhe e
frutos exóticos. Toda a gente gostou da festa e os humanos agradeceram
por os convidarem e cada um levou uma fruta exótica.
No dia seguinte, de manhã a égua ficou ainda melhor e resolveu
fazer vestidos para as filhas todas e para o Alexandre comprou uma bola do
Porto. Seus filhos ficaram contentes e todos fizeram um grande ramo de
rosas encantadoras.
Ela gostou tanto do ramo, que até chorou de emoção. A égua ficou
agradecida pelo gesto dos filhos. Os filhos adoraram as suas prendas.
Quando chegou a hora do almoço a mãe fez a sua comida preferida.
Durante o almoço combinaram ir à terra Natal do seu pai que ainda
não conheciam.
No dia 23 de Março foram à Torre Eiffel e jantaram no restaurante
melhor de França.
E assim ficaram felizes para sempre.
Textos e desenhos | EB1/JI Louredo, Turma 21, 4º ano
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Desenho | EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano
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Os Príncipes da Califórnia
I capítulo
Era uma vez uma linda princesa que vivia no coração da florida
Califórnia. Certo dia apareceu um jovem e belo príncipe que estava
desventurado porque não tinha ainda encontrado uma generosa princesa
para o seu reino, tão bela como aquela. Depois de a conhecer, não aguentou
com o imenso amor que tinha por ela e, um dia, decidiu mandar-lhe uma
perfumada carta de amor que dizia:
-Generosa princesa, eu fico ao longo de todo o dia a pensar em ti! És
tão bela, princesa!
Sem esperar resposta decidiu entrar no palácio dourado e viu-a a
tomar banho na piscina oval, em fato de banho guarnecido de pérolas. A
água estava a uma temperatura muito elevada porque o sol incidia sobre
ela. A evaporação fazia-se rapidamente. A encantadora princesa Ana Lúcia
Leonor…
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II capítulo
…. Saiu da piscina e foi secar-se. Beijou o príncipe, chamado
Roberto, que a amava loucamente. Passaram algum tempo a conversar.
Algum tempo depois, o príncipe Roberto ia a caminho da
monumental casa dos pais quando sofreu um aparatoso acidente.
Os médicos telefonaram para a bela princesa e disseram:
- Princesa… O príncipe Roberto está em estado de coma.
A linda princesa ficou muito assustada e desmaiou com o profundo
desgosto.
-Oh! ...- exclamou o pai dela.
Pegou na triste princesa e levou-a rapidamente para o Hospital do
Principado. Ao ser observada pelos médicos, informaram-na de que não era
nada de grave. Quis aproximar-se do seu Roberto.
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As equipas de médicos que vigiavam o príncipe deram-lhe vários
medicamentos fortes. O seu estado de saúde foi melhorando lentamente.
Um beijo apaixonado da princesa Ana Lúcia Leonor provocou algo
estranho: o estado físico e psicológico do príncipe Roberto melhorou.
Conseguiu levantar-se estonteado e abraçou a princesa.
A história ainda não acabou.
Saíram os dois do Hospital e foram para o palácio da princesa.
Sentarem-se à sombra dos jardins floridos e perfumados.
Conversaram durante um longo tempo. Decidiram anunciar aos pais
a vontade de se casarem. Com o consentimento e a ajuda deles, prepararam
a boda. A princesa casaria de branco, com um majestoso ramo de rosas
brancas perfumadas, e o príncipe Roberto de preto, com uma rosa branca
na lapela do casaco. Eles estavam ansiosos por esse grande dia.
III capítulo
30
A estilista, que estava a ajudar a bela princesa, ajustou e deu os
últimos retoques no vestido sumptuoso que ela iria vestir. No dia seguinte
seria o seu maravilhoso casamento.
Era Inverno. Os dias estavam pequenos e frios. Caía uma chuva
miudinha.
A princesa Ana Lúcia Leonor e o príncipe Roberto estavam um
pouco assustados porque pensavam que a chuva iria estragar o seu esperado
casamento.
No dia da cerimónia, nasceu um sol maravilhoso e, à volta da igreja,
havia muitos e belos arranjos de flores.
Os príncipes começaram a caminhar pela passadeira branca que os
conduzia ao altar.
A alegria era muita em todos os convidados.
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Enquanto decorreu a cerimónia, suspensa em duas centenárias
magnólias floridas, uma aranha teceu uma enorme teia em forma de
coração.
À saída da igreja, todos ficaram espantados com aquela maravilha da
natureza. Quiseram aliar-se à festa e atiraram pétalas brancas quando os
noivos saíram.
Foram para o palácio confraternizar. O cozinheiro apresentou um
maravilhoso banquete que estava a ser muito apreciado por todos.
Alguns meninos foram jogar futebol para os espaços amplos dos
jardins. De repente, a bola caiu sobre o telhado da estufa de flores que a
princesa tanto estimava. Chamaram um mordomo.
IV capítulo
32
O mordomo José chegou com a escada de madeira. Aconselhou a
não voltarem a provocar este descuido, pois podiam estragar as flores mais
apreciadas pela princesa.
A noite avançava. Os convidados partiram para suas casas após uma
longa e bonita folia.
A princesa e o príncipe estavam muito felizes.
Chegou a Primavera.
Os príncipes desejavam muito um filho.
Um dia, ao entrar na estufa de flores preferidas, a princesa sentiu-se
um pouco incomodada.
Foi chamado um médico amigo que anunciou a esperada novidade.
Uma dupla novidade: a princesa estava grávida de gémeos.
A barriga da princesa crescia dia após dia. O enxoval era escolhido e
o quarto dos bebés era preparado com emoção. Tinham passado oito meses.
Joel e Tiago eram muito esperados por todos os habitantes do reino.
Chegou a hora de nascerem.
V capítulo
33
Naquele momento, ouviu-se finalmente o choro dos bebés. Os lindos
gémeos vieram ao mundo. A bela princesa e o príncipe Roberto estavam
muito contentes.
Quase um ano depois, num quente dia de Verão, foi o baptizado dos
pequenos príncipes. A multidão aproximou-se da igreja, onde os sinos
repicavam à festa, para os conhecer. Misturavam-se os risos, as palmas, as
conversas animadas, o choro das crianças, …
Seguiu-se um longo e saboroso banquete com familiares e amigos.
No dia seguinte, depois da sesta, quiseram os príncipes levar os
filhos até à praia. A princesa ficou espantada porque a maré -baixa e as
águas calmas e límpidas deixaram sobre o extenso areal muitas conchas e
beijinhos.
Apanhou-os, como quando era criança, e lembrou-se de tantas
brincadeiras que fazia na areia dourada, com algumas meninas da sua
idade.
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Os filhos estavam entusiasmados a fazer castelos de areia com o pai
e depois ficaram com a ama a acabar as construções. A princesa Ana Lúcia
Leonor e o príncipe Roberto foram comer um gelado à esplanada. Estava
delicioso!
Os gémeos estavam cansados. Todos voltaram para o palácio. Depois
de um banho e de uma equilibrada refeição, foram dormir. Durante a noite
acordaram e começaram a chorar. A ama Carla sossegou-os com carinhos e
deu-lhes o peluche perdido entre os lençóis bordados.
Na tarde seguinte, o passeio foi nos jardins do palácio. Maravilhados
com os canteiros dos amores-perfeitos, cortavam uns, pisavam outros,
cheiravam, …
Eram brincadeiras sem fim.
Assim cresciam os principezinhos Joel e Tiago.
Passaram-se Primaveras, … Invernos, …. Anos.
Sempre sob o olhar atento da princesa Ana Lúcia Leonor e do
príncipe Roberto e orientados por responsáveis amas e educadores,
tornaram-se adultos educados e muito instruídos. Preocupavam-se com os
problemas da natureza, queriam resolver as situações de aflição das
pessoas, …
Eles eram a esperança de um mundo melhor.
Textos e desenhos | EBI de Gondifelos, turma 4.1, 4º ano
35
FIM