AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS: ESTRUTURA E FUNÇÕES · Estrutura dos aminoácidos R = cadeia lateral...

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Odontologia de Araçatuba Departamento de Ciências Básicas AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS: Professora Marcelle Danelon ESTRUTURA E FUNÇÕES

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita F ilho”

Faculdade de Odontologia de Araçatuba

Departamento de Ciências Básicas

AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS:

Professora Marcelle Danelon

ESTRUTURA E FUNÇÕES

Tópicos

Aminoácidos

Classificação, funções, propriedades.

Peptídeos

TÓPICOS

Proteínas

Classificação, estrutura, desnaturação, separação.

Proteínas Globulares (hemeproteínas)

Proteínas Fibrosas (αααα-queratina, colágeno, elastina)

� Biomolécula mais abundante;

� Execução de funções celulares;

Proteínas

PROTEÍNAS

� Funções estruturais e dinâmicas;

� Expressão da informação genética;

� São polímeros lineares de aminoácidos.

ESTRUTURA DOS AMINOÁCIDOS

Proteínas são formadas por 20 tipos de aminoácidos.

C = carbono alfa (α)

Estrutura dos aminoácidos

C = carbono alfa (α)

R = cadeia lateral

Lembre-se: No pH fisiológico (pH ≈ 7) os aminoácidos apresentam o grupo

carboxila desprotonado e o grupo amina protonado. Dessa man eira, no pH

fisiolólogico, os aminoácidos possuem carga que podem anul ar-se, tornando-se

neutros.

Classificação dos aminoácidos

� Apolares Distribuição homogênea de elétrons

Classificação dos aminoácidos

� Polares

de elétrons

Distribuição desigual de

elétrons

Alifáticos e apolaresAromáticos e apolares

Classificação dos aminoácidos

Classificação dos aminoácidos

Glicina Alanina Valina

Leucina Metionina Isoleucina

Fenilanina

Prolina

Triptofano

Classificação dos aminoácidos

Localização dos aminoácidos polares e apolares nas proteínas

Classificação dos aminoácidos

Localização dos aminoácidos polares e apolares nas proteínas

Cisteína

Classificação dos aminoácidos

HistidinaLisina Arginina

Histidina

Aspartato

Glutamato

Propriedade óptica dos aminoácidos

Propriedade óptica dos aminoácidos

Isômeros ópticos

Glicina

* somente L-aminoácidos são constituintes das proteínas

ópticos

Propriedades ácido-básicas dos aminoácidos

HA H+ + A-

Ácido fraco próton forma salina

Propriedades ácido-básicas dos aminoácidos

Ácido fraco próton forma salina

(base conjugada)

Ka = [H+] [A -] / [HA]

pH = pKa + log [A-]/[HA]Equação de Henderson-

Hasselbalch

Ka= Constante de dissociação dos

ácidos

GRUPOS EXPERIMENTAISPropriedades ácido-básicas dos aminoácidos

Propriedades ácido-básicas dos aminoácidos

GlicinapK2= 9,6

Glicina em solução

ácida(pH < 2,34)

Glicina em soluçãoneutra

(pH = 5,97)

Glicina em soluçãoalcalina

(pH > 9,6)

Carga líquida

+1Carga líquida

-1Carga líquida

0Forma isoelétrica

(Equivalentes)

pK1= 2,34

pI= 5,97

Proteínas Classificação

Estrutura das Proteínas

1) Composição:

a) Proteínas simples : somente aminoácidos, queratina, miosina, actina, histonas, albumina;

b) Proteínas conjugadas : aminoácidos + grupo prostético b) Proteínas conjugadas : aminoácidos + grupo prostético ligado covalentemente.

2) Forma e Solubilidade em água:

a) Proteínas globulares ;

b) Proteínas fibrosas .

Proteínas Globulares

Estrutura das Proteínas

Dímero de insulina Hexâmero de insulina

HemoglobinaInsulina

Proteínas Fibrosas

Estrutura das Proteínas

Moléculas filamentosas, compridas, insolúveis em água, função estrutural ou de

proteção. Ex: queratina, colágeno

Queratina (cabelo)

Tropocolágeno (colágeno)

Estrutura das Proteínas

Estrutura das Proteínas

Níveis estruturais das proteínas

Estrutura Primária

Estrutura das Proteínas

ligação peptídica

Estrutura Primária

Estrutura das Proteínas

Características da ligação peptídica• Caráter de dupla ligação parcial;• Rígida e planar;• Configuração trans;• Sem carga, porém polar e estão envolvidas em pontes de • Sem carga, porém polar e estão envolvidas em pontes de hidrogênio nas α-hélice e folhas β.

Ligações peptídicas

Aminoácidos

Estrutura das Proteínas

Estrutura Primária

Extremidade aminoterminal

Extremidade carboxilaterminal

� Carga elétrica nas porções terminais;

� Grupos laterais fora do eixo covalente.

Estrutura das Proteínas

Estrutura Primária

� Determina outros níveis estruturais;

� Informações sobre mecanismos de ação e sobre a ação fisiológica;

� Indica o grau de proximidade de diferentes espécies;� Indica o grau de proximidade de diferentes espécies;

� Permite a produção de peptídeos sintéticos.

Estrutura Secundária

Estrutura das Proteínas

� α-Hélice;

� Folha β-pregueada;

� β-curvaturas;

� Estrutura secundária não repetitiva;

� Estruturas supersecundárias (motivos).

Estrutura Secundária

Estrutura das Proteínas

� 3,6 resíduos de aminoácidos;

Ligações de Hidrogênio;

α-Hélice

� Ligações de Hidrogênio;

� Cadeias laterais dos aminoácidos;

� Orientação para a direita ou esquerda.

Estrutura Secundária

Estrutura das Proteínas

Folha β-pregueada

Grupos R projetados para cima e para baixo da folha pregueada.

β-pregueada paralela β-pregueada anti-paralela

Pontes de Hidrogênio

Estrutura Secundária

Estrutura das Proteínas

β-curvaturas

Segmentos da cadeia polipeptídica que fazem a dobradura ou revertem a

direção da cadeia.direção da cadeia.

Estrutura secundária não repetitiva

Restante da cadeia que não apresenta estrutura repetitiva como a α-hélice ou folha β → formam alças ou espirais não

regulares.

Estruturas Supersecundárias (Motivos)

Estrutura das Proteínas

Arranjos ou agrupamentos de estruturas secundárias adjacentes, próximas umas das outras, encontrados com frequência nas pro teínas.

Todo αdobradodobrado

α e βenovelado

Estrutura Terciária

Estrutura das Proteínas

Dobramento final da cadeia polipeptídica por interação de

regiões com estrutura regular (α-hélice ou em folha β-

pregueada) ou de regiões sem estrutura definida.

Estabilizada por:

•Pontes dissulfeto•Pontes de hidrogênio•Ligações iônicas•Interações hidrofóbicas•interações de van der Waals

Mioglobina

Estrutura das Proteínas

Estrutura Terciária

� Segmentos distantes da estrutura primária podem aproximar-se e interagir por intermédio de ligações não-covalentes;

� Estabilizada pela formação de pontes dissulfeto (-S-S-);

� Pode apresentar regiões diferenciadas denominadas domínios.

Estrutura das Proteínas

Estrutura TerciáriaForças que estabilizam a Estrutura Terciária

Dissociado por agentes redutores

Estrutura das Proteínas

Estrutura TerciáriaForças que estabilizam a Estrutura Terciária

Estrutura das Proteínas

Estrutura Quaternária

� Associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas;

� Mantidas por Ligações não-covalentes;

� As subunidades que constituem uma proteína podem ser iguais ou diferentes;

Nem toda proteína tem estrutura quaternária.� Nem toda proteína tem estrutura quaternária.

Estrutura das Proteínas

Estrutura Nativa X Desnaturada

� Exposição a solventes orgânicos;

� Alterações de pH ou temperatura;

� A perda da conformação nativa converte a proteína numa cadeia polipeptídica flexível com estrutura tridimensional alterada;

� Agentes desnaturantes.

Estrutura das Proteínas

Estrutura Nativa X Desnaturada

AGENTE DESNATURANTE

AGENTE DESNATURANTE

Conformação Nativa(funcional)

Proteína Desnaturada(não funcional)

Conformação Nativa(funcional)

Proteína Desnaturada(não funcional)

Rompimento das ligações Covalentes

Estrutura das Proteínas

Estrutura Nativa X Desnaturada

AGENTE DESNATURANTE

Remoção do agente

desnaturanteAGENTE

DESNATURANTE

Remoção do agente

desnaturante

Conformação Nativa(funcional)

Proteína Desnaturada(não funcional)

Conformação Nativa(funcional)

Conformação Nativa(funcional)

Proteína Desnaturada(não funcional)

Conformação Nativa(funcional)

A desnaturação de uma proteína é reversível

A seqüência de aminoácidos de uma proteína que define sua estrutura tridimensional

Estrutura Nativa X Desnaturada

Estrutura das Proteínas

Degradada : ruptura das ligações covalentes que mantêm os aminoácidos unidos promovendo a integridade da cadeia .

Conformação Nativa(funcional)

Proteína Desnaturada(não funcional)

AGENTE DESNATURANTE

Conformação Nativa(funcional)

Proteína Desnaturada(não funcional)

AGENTE DESNATURANTE

E Degradada

Desnaturação X Degradação

Estrutura das Proteínas

Desnaturação Degradação

Rompimento de ligaçõesnão-covalentes.

Rompimento de ligações covalentes

Proteína desnaturada, não funcional. Proteína degradada, não funcional

Processo reversível Processo irreversível

Dobramento Protéico

Estrutura das Proteínas

Ocorre um processo de ensaio e erro de ensaio e erro várias vezes → conformação de

mais baixo estado energético, mais

estável.

Dobramento Inadequado de Proteínas

Estrutura das Proteínas

Dobramento incorreto → marcadas e degradadas dentro da célula;

→ formação de agregados que se acumulam, principalme nte → formação de agregados que se acumulam, principalme nte durante o envelhecimento.

Amiloidoses

Doença de Alzheimer

Doença do Príon

Bibliografia

David L. Nelson & Michael M. Cox, Lehninger Principles of Biochemistry , 4th edition.

- Capítulo 3 “Amino-acids, Peptides and Proteins”.

- Capítulo 4 “The Three Dimensional Structure of Proteins”

Anita Marzzoco & Bayardo B. Torres, Bioquímica Básica , 3° edição. Capítulo 2

“Aminoácidos e proteínas”.

Champe, P.C.; Harvey, R.ª; Ferier, D.R. Bioquímica Ilustrada , traduzido por Carla Dalmaz. 3ª Ed., ARTMED, 2008.