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Trabalho de Conclusão de Curso
Alguns Componentes da Biodiversidade da Lagoa da Pampulha e seu Papel como Bioindicadores
Danielle Atayde Kamei Curso de Ciências Biológicas
Belo Horizonte – MG
2010
Danielle Atayde Kamei
Trabalho de Conclusão de Curso
Alguns Componentes da Biodiversidade da Lagoa da Pampulha e seu Papel como Bioindicadores
Trabalho de conclusão de curso apresentado junto ao Curso de Ciências
Biológicas do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, como requisito
parcial para obtenção do título de licenciado.
Orientador: Adriano Pereira Paglia
Belo Horizonte – MG 2010
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................ 04
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 04
1.1 A Lagoa da Pampulha ................................................................................................. 04
1.2 Bioindicadores ............................................................................................................. 07
2 COMPONENTES DA BIODIVERSIDADE DA LAGOA DA PAMPULHA .......... 08
2.1 Mamíferos ................................................................................................................... 08
2.1.1 Capivaras .................................................................................................................... 08
2.2 Aves ............................................................................................................................ 09
2.2.1 Aves Aquáticas ........................................................................................................... 10
2.3 Peixes .......................................................................................................................... 12
2.3.1 Tilápia-do-Nilo ........................................................................................................... 13
2.4 Plâncton ...................................................................................................................... 14
2.4.1 Fitoplâncton ................................................................................................................ 14
2.4.2 Zooplâncton ................................................................................................................ 16
2.5 Macrófitas Aquáticas .................................................................................................. 17
2.6 Moluscos ..................................................................................................................... 19
3 INICIATIVAS DE RECUPERAÇÃO DA LAGOA DA PAMPULHA .................... 22
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 23
Agradecimentos
Aos meus pais e irmãos, pelo apoio,
compreensão e carinho.
Á toda minha família, base de toda minha
vida.
Aos amigos, pelo apoio e amizade.
Ao meu orientador Adriano Paglia, pela
paciência e dedicação.
Aos colegas de faculdade e professores, pelo
incentivo e aprendizado.
RESUMO
A Lagoa da Pampulha foi construída com o objetivo de amortecer as águas das enchentes,
contribuir com o abastecimento de água de Belo Horizonte, e servir como pólo de
desenvolvimento de turismo e lazer. Porém, ao longo dos anos vem sofrendo vários processos
de degradação, principalmente devido a lançamentos de esgotos domésticos e industriais, e ao
assoreamento, causado pelo aporte de sólidos em suspensão. Apesar de todos esses
problemas, são encontradas na Lagoa da Pampulha várias espécies de organismos, a maioria
delas, indicadoras de ambientes degradados. Para a recuperação deste ambiente degradado
pela ação do homem devem ser adotados novos paradigmas por parte do governo, da
sociedade organizada e dos empresários. Este trabalho buscou analisar as principais espécies
encontradas na Lagoa da Pampulha, bem como seu papel na indicação da degradação deste
ecossistema e as atitudes que estão sendo tomadas para mudança deste processo.
Palavras-chave: Lagoa da Pampulha, biodiversidade, bioindicadores, recuperação.
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – A Lagoa da Pampulha
O reservatório da Pampulha (Figura 1) foi construído em 1938 e reconstruído em
1959, após se romper em abril de 1954. Possui uma bacia hidrográfica de cerca de 100 km2
localizada nos municípios de Belo Horizonte e, principalmente, de Contagem (Pinto-Coelho,
2000). É considerado um reservatório raso, com cerca de 2,4 km2 de área inundada e volume
acumulado de cerca de 12 milhões de m3, com profundidade média ao redor de seis metros
(Macedo & Pinto-Coelho, 1997). Os principais tributários do reservatório são os córregos
Ressaca, Sarandi, Água Funda, Mergulhão, Baraúna, Água Suja/Garças, AABB e Olhos
d'Água (Pinto-Coelho, 2000).
Figura 1 – Imagem aérea da Lagoa da Pampulha.
Fonte: http://www.adrenaline.com.br/forum/geral/220791-maiores-lagos-da-terra.html
O reservatório foi construído com o objetivo de amortecer as águas das enchentes,
contribuir com o abastecimento de água da capital, principalmente da região Norte, e servir
como pólo de desenvolvimento de turismo e lazer. Atualmente, a Lagoa da Pampulha se
destaca por seu acervo cultural e arquitetônico, por sua importância turística e histórica e por
representar um dos principais cartões postais da cidade de Belo Horizonte.
A ocupação desordenada e os escassos investimentos em saneamento básico causaram
um processo de degradação ambiental que se instalou em sua bacia nos anos sessenta, porém
foi na década de setenta que esse processo se acentuou (Pinto-Coelho, 2001). Atualmente, os
principais problemas ambientais que atingem a lagoa são a eutrofização, o assoreamento e o
lixo doméstico.
A eutrofização é o aumento descontrolado da produção primária no ecossistema,
causado principalmente pelo aporte de nutrientes essenciais como, fósforo e nitrogênio, e por
matéria orgânica. Esse fenômeno vem ocorrendo em função do lançamento de esgotos e
acarreta conseqüências indesejáveis como: desaparecimento do oxigênio dissolvido nas
camadas mais profundas do lago; aumento das concentrações de nutrientes inorgânicos;
crescimento desordenado de plantas aquáticas e do número de microrganismos heterotróficos,
incluindo bactérias, fungos, protozoários e diversos metazoários (Figuras 2 e 3); decréscimo
da transparência da água; mortandade de peixes; e desaparecimento de diversas espécies
pouco tolerantes ao aumento da carga orgânica e de nutrientes (Pinto-Coelho, 2001).
Figura 2 - Florescimento massal de algas na Lagoa da Pampulha.
Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/pampulha/pp_trib2.htm
Figura 3 - Ave coberta de algas após mergulhar na Lagoa da Pampulha.
Fonte: http://tributariosdapampulha.blogspot.com/
O assoreamento é causado pelo aporte de sólidos em suspensão através dos tributários
e do escoamento superficial através de enxurradas (Figura 4), (Pinto-Coelho, 2000). Está
associado ao intenso e desordenado processo de ocupação do solo da bacia, com execução
constante de movimentos de terra, redução drástica da cobertura vegetal e proliferação de
bota-foras clandestinos (Trifilio & Sperling, 1996). O assoreamento foi responsável pela
perda de cerca de 50% do volume do reservatório e cerca de 40% da área do espelho d’água
(Pinto-Coelho, 2001).
Figura 4 - Deposição de sedimentos arenosos na alça esquerda do canal
Ressaca/Sarandi, nas proximidades da Toca da Raposa, área da Pampulha. Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/pampulha/pp_trib2.htm
A deposição de lixo doméstico nas encostas das favelas, nos vales dos córregos e no
lago, em geral, é outro problema que vem avolumando-se na lagoa (Figura 5). Esse lixo não
biodegradável permanece, por longos períodos, retido nos canais de acesso ao lago, na orla da
lagoa e no próprio espelho d’água, causando degradação estética do ambiente, criação de
substrato para a colonização de microrganismos patógenos, refúgios para animais e insetos
indesejáveis e emanação de odores fétidos (Pinto-Coelho, 2000).
Figura 5 - Aspecto típico da margem do reservatório da Pampulha, com acúmulo de
diversos tipos de plásticos. Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/pampulha/pp_trib2.htm
1.2 – Bioindicadores
Bioindicadores são espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja
presença, ausência, abundância e condições são indicativos biológicos de uma determinada
condição ambiental.
Os bioindicadores são utilizados na avaliação de poluentes no ambiente e sua ação nos
organismos vivos, e distinguem-se em dois grandes grupos de indicadores, os indicadores de
reação a estímulos do ambiente e os indicadores de acumulação, caracterizados pelo aumento
na concentração de poluentes em seus tecidos (Migliavacca, 2009).
Diversos organismos são utilizados na avaliação de impactos ambientais, podendo ser
de uma forma passiva, quando se procede uma avaliação dos seres que habitam a área de
estudo, ou de uma forma ativa, expondo-se no ambiente espécies previamente preparadas.
Exemplos de bioindicadores: macroinvertebrados bentônicos, peixes e comunidade
perifítica, em ambientes aquáticos (Goulart & Callisto, 2003); líquens e briófitas,
bioindicadores de poluição atmosférica (Migliavacca, 2009), e minhocas, para avaliação da
contaminação do solo (Ramos et al, 2007).
Na Lagoa da Pampulha encontramos várias espécies, ou a ausência destas, que
indicam a degradação deste ecossistema. A maioria das espécies encontradas é resistente ou
se desenvolve melhor em ambientes com altos teores de matéria orgânica e com baixas
concentrações de oxigênio.
2 – COMPONENTES DA BIODIVERSIDADE DA LAGOA DA PAMPULHA
2.1 – Mamíferos
2.1.1 – Capivaras
A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor atualmente vivo, chegando
a medir 1,30 m de comprimento e 0,50 a 0,60 m de altura, e pode pesar até 100 kg (Pereira &
Eston, 2007). São animais semi-aquáticos, herbívoros e ocupam os mais variados tipos de
ambientes, desde matas ciliares até áreas sazonalmente inundáveis (Araújo et al, 2007).
Seu habitat ideal geralmente engloba um local de pastagem, um corpo d’água
permanente, que utiliza para beber, copular, regular a temperatura corporal e como via de fuga
antipredatória, além de uma área não inundável com cobertura arbustiva, para descanso
(Pereira & Eston, 2007).
As capivaras (Figura 06) são animais que vivem em grupos e se reproduzem o ano
todo. A estrutura social é formada por um macho dominante, várias fêmeas, jovens e
subadultos (Pereira & Eston, 2007). Este animal pode sobreviver em um grande espectro de
tipos de clima e de vegetação e se adaptar a diferentes alimentos e condições ambientais
sendo, portanto, mais tolerantes as alterações ambientais causadas pelo desenvolvimento
humano.
O crescimento das populações de capivaras tem sido documentado em diversos locais
do Brasil, e suas populações têm sido relacionadas a problemas de saúde pública, como a
transmissão da febre maculosa, através do carrapato estrela Amblyomma cajennensis (Pereira
& Preston, 2007).
Em Minas Gerais, a capivara pode ser encontrada em locais altamente urbanizados,
como a Lagoa da Pampulha, na capital mineira, assim como em áreas mais protegidas, como a
região da Serra do Cipó.
Ainda são escassas as informações a respeito da estrutura social desses indivíduos em
ambientes modificados pelo homem. Em tais ambientes, as capivaras podem ter seus padrões
de distribuição e abundância alterados, distorcendo sua estrutura e dinâmicas populacionais,
podendo acarretar desequilíbrios no meio ambiente (Araújo et al, 2007).
Em um estudo realizado no Parque Ecológico da Pampulha, foram observados 94
indivíduos em 2006 e 210 indivíduos em 2007. Foi constatado que este grupo de capivaras é
semelhante a grupos sociais viventes em ambientes pouco alterados, e que há uma proporção
maior de fêmeas do que de machos (harém), (Araújo et al, 2007).
Através deste estudo concluiu-se que a espécie demonstra estar adaptada às condições
existentes no Parque Ecológico da Pampulha, e mesmo com a forte alteração do ambiente e
com a aparente limitação de espaço e outros recursos, a população de capivaras apresenta
relativa estabilidade (Araújo et al, 2007).
Figura 6 - Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
Fonte: http://www.feriasbrasil.com.br/mg/belohorizonte/conjuntoarquitetonicodapampulha.cfm
2.2 – Aves
Em um estudo feito em 2004 sobre a avifauna nas imediações da lagoa da Pampulha,
em dois dias de observação, foram constatadas 61 espécies de aves. Um número relativamente
alto, se comparado a outro trabalho realizado em 1982, com duração de dez meses, que
registrou 83 espécies de aves no mesmo local (Faria et al, 2004).
Contudo, percebeu-se uma mudança das espécies encontradas que pode estar
relacionada com a crescente degradação que a lagoa vem sofrendo ao longo dos anos (Faria et
al, 2004). O aumento populacional de algumas espécies, como a Egretta thula (garça-
pequena), pode estar relacionado à grande quantidade de matéria orgânica depositada no
reservatório que atrai insetos e pequenos peixes que servem de alimento para estas aves,
encontradas nos locais com alta densidade de plantas aquáticas e onde desembocam os
córregos tributários que conduzem inúmeros resíduos até a lagoa.
2.2.1 - Aves Aquáticas
Um estudo realizado, no mês de agosto de 2007, sobre a seleção de habitats e
atividade diurna das aves aquáticas, ressaltou a importância da Lagoa da Pampulha na
manutenção de populações de espécies de aves aquáticas residentes e/ou migratórias
associadas a ambientes lacustres.
As áreas verdes no perímetro da Lagoa da Pampulha foram muito reduzidas devido ao
grande crescimento populacional e por isso a represa passou a funcionar como um “oásis”,
apresentando em seu entorno alguns refúgios para a avifauna (Pimenta et al, 2007).
O estudo demonstrou que as duas espécies de anseriformes, Dendrocygna viduata
(Figura 7) e Amazonetta brasiliensis (Figura 8), evitam áreas ausentes de macrófitas, pois
retiram destas a matéria vegetal da qual se alimentam, como sementes, raízes, folhas e frutos.
Outro fator que contribui para a presença destas espécies é a qualidade da água, preferindo
ambientes eutróficos onde está presente uma grande quantidade de matéria orgânica em
suspensão, pois apresentam, também, hábito alimentar filtrador (Pimenta et al, 2007).
Figura 7 – Irerê (Dendrocygna viduata).
Fonte: http://www.cecgodoy.pro.br/bancodeimagens/v/reinoanimal/aves/
Figura 8 – Ananaí (Amazonetta brasiliensis).
Fonte:http://br.olhares.com/marreca- ananai_amazoneta_brasiliensis_foto2787473.html
A técnica de obtenção do alimento por coraciformes, Chloroceryle amazona (Figura
09) e Ceryle torquatus (Figura 10), implica na captura ativa da presa, através da visualização
a partir de um posto de avistamento, ou quando a ave paira no ar. Por esse motivo, essas
espécies rejeitam corpos d’água com presença de macrófitas ou com altos níveis de
eutrofização e turbidez (Pimenta et al, 2007).
Figura 09 – Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona).
Fonte: http://www.flickr.com/photos/bertrandocampos/3062613727/
Figura 10 – Martim-pesacador-grande (Ceryle torquatus).
Fonte: http://www.geocities.jp/oda230/images/tori/kawasemi.jpg
A espécie Phalacrocorax brasilianus (Figura 11), captura suas presas quando está
nadando, permitindo a ocupação de ambientes com a presença de macrófitas e ambientes de
águas abertas. Os biguás são muito sensíveis à variação na disponibilidade de alimentos
(peixes), e devido a isso o padrão encontrado na Lagoa da Pampulha sugere que eles evitem
grandes corpos d’água ausentes de macrófitas e aqueles com alto nível de eutrofização em
função da menor disponibilidade de peixes nestes ambientes, em comparação com os outros
tipos de habitats (Pimenta et al, 2007).
Figura 11 – Biguá (Phalacrocorax brasilianus). Fonte:http://scienceblogs.com/grrlscientist/2008/10/
A espécie Ardea alba (Figura 12), não nadadora, não freqüenta ambientes de grandes
profundidades e se alimenta de peixes, evitando assim áreas com alto grau de eutrofização
(Pimenta et al, 2007).
Figura 12 – Garça-branca-grande (Ardea alba).
Fonte: http://www2.stetson.edu/~pmay/emeralda/gegret.jpg
A Egretta thula (Figura 13) também fica mais restrita a menores profundidades,
porém, diferentemente da A. alba, se apresenta com freqüência em ambientes de águas
eutrofizadas e turvas, pois conta com um maior repertório de métodos de captura de presas e
um maior espectro de opções de dieta (Pimenta et al, 2007).
Figura 13 – Garça-branca-pequena (Egretta thula).
Fonte: http://www.carphunters.com/Fotoarkiv/Birds/Egretta-thula-DSC0001.jpg
2.3 - Peixes
Durante um estudo realizado em 1999 foram entrevistados 139 pescadores na Lagoa
da Pampulha em 06 dias de trabalho, e foram mensurados 1212 de peixes. Todos esses peixes
registrados em posse dos pescadores eram tilápias e a maioria pertencente à espécie
Oreochromis niloticus (Figura 14), (Álvares et al, 2000).
Em um último levantamento realizado em 2002 na Lagoa da Pampulha foram
registradas 10 espécies de peixes, sendo que 78% dos exemplares coletados foram de tilápia
do Nilo (Oreochromis niloticus) (Furtado, 2008).
2.3.1 – Tilápia-do-Nilo
A tilápia-do-nilo é originária da bacia do rio Nilo, no Leste da África, encontrando-se
amplamente disseminada nas regiões tropicais e subtropicais, e no Brasil foi introduzida em
1971 nos açudes do Nordeste difundindo-se para todo o país (Ayroza, 2009).
A introdução de espécies exóticas pode causar consequências indesejadas no
ecossistema, pois estas podem deslocar as espécies nativas através de competição por
limitação de recursos, podem ser predadoras das espécies nativas e levá-las à extinção, ou
alterar o seu hábitat a tal ponto que muitas destas espécies não conseguem subsistir (Primack
& Rodrigues, 2001).
A tilápia é um dos peixes com maior potencial para a aquicultura por diversas
características como: é precoce, de rápido crescimento, alimenta-se dos itens básicos da
cadeia trófica e aceita grande variedade de alimentos, possui capacidade fisiológica de
adaptar-se em diferentes ambientes e sistemas de produção, é resistente a doenças, densidades
de estocagem elevadas e baixos teores de oxigênio dissolvido (Ayroza, 2009).
Esse peixe pode, em períodos de escassez de alimento, comer detritos de fundo, larvas
de peixes e alevinos da própria espécie e de outras (Álvares, 2000), e tem grande capacidade
de adaptação a lagos poluídos, por sobreviver em condições com baixas concentrações de
oxigênio, e sua presença na Lagoa da Pampulha indica a degradação do meio.
A tilápia tem o hábito de revolver o fundo dos lagos para buscar alimentos e pôr ovos,
levando para a coluna d’água elementos nocivos, como o fósforo, antes sedimentados. Esse
hábito provoca a turvação da água e o aumento da quantidade de nutrientes na represa,
tornado o meio propício às algas (Furtado, 2008).
Outro fator que preocupa os pesquisadores é a rápida reprodução das tilápias. As
tilápias se acasalam antes de atingir tamanho adequado para o mercado e os jovens peixes,
gerados pelas tilápias, competem pelos escassos recursos de alimento e oxigênio e,
consequentemente, perturbam o crescimento de todos os peixes do sistema (Faria et al, 2004).
Figura 14 – Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus)
Fonte: http://www.fishbase.us/images/thumbnails/jpg/tn_Ornil_m2.jpg 2.4 – Plâncton
2.4.1 - Fitoplâncton
O fitoplâncton é constituído por um grande número de espécies de algas com formas e
estratégias de vida diferentes (Giani & Leonardo, 1988), que são capazes de ocupar todos os
meios que lhes ofereçam luz e umidade suficientes e, assim, são encontradas em águas doces,
na água do mar, sobre os solos úmidos e até mesmo sobre a neve (Vidotti & Rollemberg,
2004).
Algumas espécies de algas são utilizadas na avaliação da qualidade da água e na
recuperação de sistemas aquáticos, em especial quanto à presença de íons metálicos e de
alguns compostos orgânicos. Alterações no sistema aquático podem causar mudanças na
composição da comunidade de algas, nas taxas de produtividade, na biomassa e na química da
água, e tanto a inibição como a estimulação do crescimento desses organismos, são
igualmente indesejáveis, pois qualquer alteração na produtividade das algas ou na composição
da comunidade pode ameaçar todo o equilíbrio do ecossistema (Vidotti & Rollemberg, 2004).
As algas podem causar problemas de odor e sabor na água de distribuição, dificultando
o processo de tratamento e potencializando o surgimento de espécies que possam gerar
compostos tóxicos na água.
Um estudo realizado na Lagoa da Pampulha, entre abril de 2000 e abril de 2001,
mostrou que o fitoplâncton da represa foi amplamente dominado por pequenas algas
clorofíceas e fitoflagelados das divisões euglenófita e pirrófita (Pinto-Coelho, 2001).
Os organismos mais importantes, em termos de densidade, dentre as clorofíceas, foram
Chlorella vulgaris (Figura 15), Dictyosphaerium pulchellum, Monoraphidium spp,
Kirchneriella obesa e Scendesmus ecornis (Figura 16). Na divisão das euglenas, o organismo
mais abundante dentro do grupo foi Trachelomonas, enquanto que no grupo das pirrófitas
destacaram-se 03 espécies de Cryptomonas: C. brasiliensis, C. curvata e C. erosa. Dentre as
cianobactérias, a espécie mais abundante foi Merismopoedia (Figura 17), (Pinto-Coelho,
2001). As cianobactérias são organismos tolerantes a águas poluídas e algumas espécies
podem produzir toxinas, o que pode comprometer a qualidade da água e inibir o
estabelecimento de outras algas.
Figura 15 - Chlorella vulgaris
Fonte: http://www.bae.uky.edu/Biofuels/Algae/photo_gallery/photo_gallery.htm
Figura 16 - Scenedesmus sp. Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/comunidades/Lagoa/Pagina%20inicial.htm
Figura 17 - Merismopedia sp.
Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/comunidades/Lagoa/Pagina%20inicial.htm
Em outro estudo, realizado em 2004, no mesmo local, encontrou-se com mais
freqüência cianobactérias como, Merismopedia sp., Microcystis sp. (Figura 18), além de
muitas cianobactérias filamentosas, como Anabaena sp. (Figura 19) e Aphanizomenon sp.
(Figura 20), (Faria et al, 2004).
Através destes resultados constata-se que o fitoplâncton encontrado na represa é
caracterizado pela presença de algas típicas de lugares poluídos por matéria orgânica sendo, a
maioria das espécies, abundantes e encontradiças em águas hipertróficas tais como lagoas de
estabilização ou ambientes altamente contaminados por esgotos e efluentes de indústrias
alimentícias (Pinto-Coelho, 2001).
Figura 18 - Microcystis sp.
Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/comunidades/Lagoa/Pagina%20inicial.htm
Figura 19 - Anabaena sp.
Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/comunidades/Lagoa/Pagina%20inicial.htm
Figura 20 - Aphanizomenon sp.
Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/comunidades/Lagoa/Pagina%20inicial.htm
2.4.2 - Zooplâncton
O zooplâncton é formado por grupos de invertebrado aquáticos que possuem
sensibilidade ambiental, e respondem a impactos através da alteração na sua quantidade ou na
composição e diversidade da comunidade. O zooplâncton funciona como um elo importante
nas cadeias alimentares, alimentando-se de fitoplâncton, detritos, bactérias e servindo de
alimento para peixes e outros invertebrados planctônicos (Souza & Sperling, 2005).
Em estudo realizado, durante junho de 2000 a abril de 2001, constatou-se que o
zooplâncton do reservatório da Pampulha foi dominado por uma comunidade de extrema
simplicidade estrutural, dominado basicamente por pequenos microcustáceos ciclopóides. As
espécies Thermocyclops decipiens (Figura 21), outros organismos como o cladócero Moina e
o rotífero Brachionus calyciflorus foram ocasionalmente importantes (Pinto-Coelho, 2001).
Figura 21 - Thermocyclops decipiens coletado no reservatório da Pampulha em 1996.
Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/atlas/copepod.htm
A comunidade zooplânctônica foi caracterizada por organismos de pequeno porte,
sendo um forte indício do possível efeito de predação por invertebrados e vertebrados sobre
essa comunidade (Pinto-Coelho, 2001). O aumento da turbidez, de origem orgânica, e a
consequente piora da água, ocorre devido á ineficiência desses organismos de pequeno porte,
em filtrar algas planctônicas. Essa escassez de zooplâncton explica em parte a grande
abundância de algas relativamente pequenas e palatáveis tais como pequenas algas verdes e
fitoflagelados no fitoplâncton (Pinto-Coelho, 2001).
Em outro estudo, realizado em 2004, no reservatório da Pampulha, foi notada a
presença da espécie Daphnia sp. (Figura 22). Embora em baixa abundância, essa presença
pode indicar que a qualidade da água encontra-se um pouco melhor que nos anos passados,
uma vez que essas espécies não conseguem sobreviver em águas muito poluídas (Faria et al,
2004).
Figura 22 - Daphnia sp.
Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/comunidades/Lagoa/Pagina%20inicial.htm
2.5 – Macrófitas Aquáticas
As macrófitas aquáticas são utilizadas como bioindicadoras da qualidade da água em
ambientes lóticos e lênticos, porém é necessário ter conhecimento prévio de suas
características, bem como das condições que limitam sua ocorrência e crescimento, da
proliferação e manejo da espécie utilizada (Lima et al, 2003). As plantas aquáticas são
utilizadas em reservatórios com o objetivo de remover, degradar ou isolar substâncias tóxicas
do ambiente, pois absorvem nutrientes dissolvidos na água, contudo a capacidade de absorção
varia de uma espécie para outra.
Em estudo realizado na represa da Pampulha em 2004, constatou-se que a riqueza de
macrófitas encontrada foi considerada baixa comparada a ambientes não modificados pelo
homem (Faria et al, 2004). Foram identificadas seis espécies (Tabela 1) e as mais comuns
foram Eichornea crassipes (aguapé) (Figura 23) e Polygonun cf. ferrugineum (Figura 24).
A espécie Eichornea crassipes é uma planta suculenta, com raízes longas, que é capaz
de absorver metais pesados e duplicar sua massa em até duas semanas, causando problemas
de crescimento excessivo em reservatórios (Lima et al, 2003). A velocidade de crescimento e
reprodução do aguapé está diretamente relacionada à disponibilidade de nutrientes e às
condições de temperatura e luminosidade, preferindo ambientes com temperaturas mais altas
(Lima et al, 2003).
Figura 23 - Aguapé (Eichornea crassipes)
Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/comunidades/Site%20Orla/Macrofitas/
Figura 24 - Erva-de-bico (Polygonum sp.)
Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/comunidades/Site%20Orla/Macrofitas/
O aumento da quantidade de nutrientes na coluna d’água, ocasionado pelo despejo de
resíduos orgânicos na lagoa, resulta em um maior crescimento da biomassa de macrófitas
aquáticas flutuantes. Para as macrófitas submersas, esta relação é inversa, uma vez que um
maior desenvolvimento do fitoplâncton e da comunidade de macrófitas flutuantes limitam a
entrada de luz e, portanto, o crescimento das macrófitas submersas (Faria et al, 2004).
Tabela 1 – Espécies de macrófitas flutuantes encontradas na represa da Pampulha
Família Espécie Nome Popular Grupo Ecológico Araceae Indeterminada - Emersa
Polygonaceae Polygonum cf. ferrugineum Erva-de-bicho Emersa
Po lygonum sp. Erva-de-bicho Emersa
Pontederiaceae Eichornea crassipes Aguapé Flutuante
Typhaceae Typha sp. Taboa Emersa
Indeterminada Indeterminada - Emersa
Fonte: Faria et al. (2004).
2.6 – Moluscos
O número e a riqueza de espécies de caramujos aquáticos têm aumentado na lagoa da
Pampulha ao longo dos últimos anos, principalmente com a introdução de algumas espécies
exóticas (Pinto-Coelho, 2000).
Em um levantamento realizado durante quatro meses na lagoa da Pampulha, nos anos
2000 e 2001, foram coletados 9077 moluscos vivos (Tabela 2) e as espécies mais freqüentes
foram, Melanoides tuberculata (88,8%), Pomacea cf. haustrum (6,1%) e Biomphalaria sp.
(2,8%), (Pinto-Coelho, 2001).
Tabela 2 – Total de moluscos vivos coletados na Lagoa da Pampulha em 2000/2001
Espécies Total Vivos Melanoides tuberculata 8057 Pomacea cf. haustrum 556
Biomphalaria tenagophila 170
Biomphalaria straminea 80
cf. Physa 158
cf. Lymnaea 41
Drepanotrema spp 13
Pisidium 02
Total 9077
Fonte: Modificado de: Pinto-Coelho (2001).
O gastrópode Melanoides tuberculata (Figura 25) é uma espécie nativa do leste da
África, sudeste da Ásia e, atualmente, está presente em grande parte das áreas tropicais e
subtropicais do Novo Mundo, devido às introduções biológicas que foram iniciadas no século
passado como parte de programas de controle biológico do hospedeiro intermediário da
esquistossomose (Saska & Rocha, 2005).
O M. tuberculata é uma espécie muito tolerante e prolífica. Possui grande capacidade
migratória e fácil adaptação, tornando-se bem estabelecida em todos os tipos de substrato e
em diversos corpos de água com diferentes graus de trofia e poluição, incluindo desde
ambientes oligotróficos até hipereutróficos (Suriani et al, 2007).
No Brasil, esta espécie foi registrada pela primeira vez em 1967, na cidade de Santos,
São Paulo, e desde então, já foi registrada em Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e
Espírito Santo (Suriani et al, 2007). Não existe ainda, no Brasil, nenhuma ligação sua com
transmissão de doenças humanas (Pinto-Coelho, 2001).
A espécie Pomacea cf. haustrum (Figura 26) também foi encontrada em abundância
em toda orla da lagoa. É um molusco comum neste tipo de habitat e já foram realizados vários
ensaios para sua utilização no controle de Biomphalaria (Pinto-Coelho, 2001).
Alguns pesquisadores questionam a validade do uso desses animais no controle
biológico de planorbídeos, ressaltando que a ingestão de ovos e de bionfalárias jovens ocorre
em conseqüência do hábito alimentar voraz desses animais e não devido a um processo
seletivo (Vidigal et al, 2005).
As duas espécies do gênero Biomphalaria encontradas na lagoa foram B. tenagophila
e B. straminea (Figura 27). Todos os moluscos vivos foram pesquisados quanto à infecção por
cercárias de Shistossoma mansoni, e não foi encontrado nenhum eliminando estas cercárias
(Pinto-Coelho, 2001).
Os caramujos do gênero Biomphalaria são hospedeiros intermediários do parasita
Schistossoma mansoni. Esses moluscos vivem em água doce, parada ou com fraca correnteza.
No Brasil, as principais espécies capazes de se infestar com as larvas do Schistossoma
mansoni são três: a Biomphalaria glabrata, Biomphalaria tenagophila e Biomphalaria
straminea (Borges et al, 2008).
B. glabrata é a principal espécie hospedeira do S. mansoni, sendo a mais suscetível à
penetração das larvas do trematódeo, pois a mesma pode ser infectada com todas as linhagens
geográficas (Borges et al, 2008).
A espécie B. tenagophila não está sujeita a infestação por qualquer linhagem de larvas,
pois apresenta o fenômeno da adaptação da cepa ao parasito à linhagem local do caramujo. A
espécie B. straminea, assim como a B. tenagophila, possui uma notável dependência entre as
linhagens geográficas do parasita e a cepas locais ((Borges et al, 2008).
O primeiro relato sobre a ocorrência destes planorbídeos hospedeiros intermediários
de S. mansoni no interior da lagoa da Pampulha foi em 1938. Nesta ocasião foram coletados
42 exemplares de Biomphalaria glabrata e 2,4% eliminavam cercárias de S. mansoni
(Carvalho et al, 1985).
Nas décadas de 50 e 60, medidas de controle específico foram tomadas desde que os
caramujos elegeram a lagoa da Pampulha como habitat preferencial. Após um vigoroso e
controlado controle biológico, feito através de tilápias e de um molusco predador – Marisa
cornuarietis, a situação apresentou melhoras significativas (Ennes, 1998).
Figura 25 - Melanoides tuberculata
Fonte: http://www.akvaristika.org/forum/uploads/mikki/images/dn13433-1_480.jpg
Figura 26 - Pomacea haustrum
Fonte: http://www.applesnail.net/content/photographs/pomacea_haustrum_walk1.jpg
Figura 27: Conchas de B. tenagophila acima, e conchas de B. straminea abaixo.
Fonte: http://tq.educ.ar/tq03013/caracoles.htm
3 – INICIATIVAS DE RECUPERAÇÃO DA LAGOA DA PAMPULHA
Dada a complexidade da atual situação ambiental, a Prefeitura de Belo Horizonte e
outros órgãos vêm realizando, nos últimos anos, importantes ações mitigadoras no sentido de
recuperar a bacia da Pampulha.
Algumas ações como, dragagem parcial, retirada de aguapés, educação ambiental,
controle de vetores, monitoramento da qualidade das águas e a construção da estação de
tratamento de águas, dos córregos Sarandi e Ressaca, já foram realizadas com o objetivo de
diminuir a degradação da lagoa.
Em 1994, a prefeitura de Belo Horizonte lançou o plano diretor "Programa Pampulha",
visando a melhoria da condição ambiental da Bacia da Pampulha, que contemplava vários
tipos de programas contra o assoreamento, contaminação do esgoto, sistema de
monitoramento e outros.
Um desses programas é o PROPAM - Programa de Recuperação e Desenvolvimento
Ambiental da Bacia da Pampulha - que tem como frente de ativação o saneamento da bacia, a
recuperação da lagoa e a gestão ambiental. A ampliação da coleta de esgoto e urbanização de
vilas e favelas são algumas das ações que já foram implantadas por esse programa, e a
revitalização da orla da lagoa e a construção do Parque Ecológico são exemplos de ações que
foram promovidas.
Outro programa que tem o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte é o Projeto
Pampulha Limpa, iniciado em 2003 e criado por iniciativa própria de alunos da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), (Guimarães et al, 2005). O Projeto Pampulha Limpa visa à
sensibilização, conscientização e mobilização da população quanto aos problemas, ambientais
e sociais, gerados pelo lixo na Lagoa da Pampulha (Guimarães et al, 2005). Sua ação
primordial é a limpeza simbólica anual da orla da Lagoa da Pampulha e nascentes
pertencentes à sua bacia, através da remoção de resíduos sólidos, tais como garrafas, latas,
plástico, linhas de anzol, etc. As atividades são realizadas com crianças (alunos de escolas da
região da Bacia da Lagoa da Pampulha), pois essas funcionam como disseminadores de
informação atingindo e transformando os hábitos de suas famílias.
Em 2003 o peso total do lixo coletado e classificado, pelo Pampulha Limpa, nas quatro
nascentes foi de 254,4 kg, e em 2005, foi recolhida cerca de 1,5 tonelada de lixo (Guimarães
et al, 2005). Os dados obtidos mostraram que boa parte do lixo encontrado na Lagoa da
Pampulha foi constituída de plástico e apontam também para a falta de consciência ecológica
da população (Guimarães et al, 2005).
4 – CONCLUSÃO
Apesar de todos os processos de degradação que a Lagoa da Pampulha vem sofrendo
desde sua inauguração, ainda encontramos uma grande variedade de espécies neste
ecossistema.
Porém, a maioria das espécies encontrada indica a degradação deste meio através,
principalmente, dos seus hábitos alimentares e tolerância a águas com altos teores de matéria
orgânica e baixa concentração de oxigênio. É com o intuito de mudar este quadro que vários
programas de recuperação já foram criados, alguns com resultados significativos e outros,
nem tanto.
É necessário que haja uma maior conscientização e mobilização da população, pois
nota-se que parte do lixo é lançada pelos próprios frequentadores da lagoa, e não cabe
somente às autoridades tomar alguma atitude.
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