aLer+ em todo o lado
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A palavra mgica
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencant-la?
a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procur-la.
Vou procur-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se no a
encontro,
no desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficar sendo
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
A palavra mgica
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencant-la?
a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procur-la.
Vou procur-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se no a
encontro,
no desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficar sendo
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
A palavra mgica
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencant-la?
a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procur-la.
Vou procur-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se no a
encontro,
no desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficar sendo
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
A palavra mgica
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencant-la?
a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procur-la.
Vou procur-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se no a
encontro,
no desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficar sendo
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
A palavra mgica
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencant-la?
a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procur-la.
Vou procur-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se no a
encontro,
no desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficar sendo
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
-
As palavras
As palavras
So como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vm, cheias de memria.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as guas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas so de luz
e so a noite.
E mesmo plidas
verdes parasos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
As palavras
As palavras
So como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vm, cheias de memria.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as guas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas so de luz
e so a noite.
E mesmo plidas
verdes parasos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
As palavras
As palavras
So como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vm, cheias de memria.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as guas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas so de luz
e so a noite.
E mesmo plidas
verdes parasos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
As palavras
As palavras
So como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vm, cheias de memria.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as guas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas so de luz
e so a noite.
E mesmo plidas
verdes parasos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
As palavras
As palavras
So como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vm, cheias de memria.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as guas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas so de luz
e so a noite.
E mesmo plidas
verdes parasos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
-
As palavras!
bom brincar com as palavras!
Construir frases coloridas de aromas
e sons!
E, com as mesmas,
Desbravar horizontes infindos de
iluso.
Horizontes que,
Mesmo se os alcanar
Nos fazem felizes,
Somente, porque nos permitido
Sonhar!
Lus Ferreira Oliveira
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
As palavras!
bom brincar com as palavras!
Construir frases coloridas de aromas
e sons!
E, com as mesmas,
Desbravar horizontes infindos de
iluso.
Horizontes que,
Mesmo se os alcanar
Nos fazem felizes,
Somente, porque nos permitido
Sonhar!
Lus Ferreira Oliveira
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
As palavras!
bom brincar com as palavras!
Construir frases coloridas de aromas
e sons!
E, com as mesmas,
Desbravar horizontes infindos de
iluso.
Horizontes que,
Mesmo se os alcanar
Nos fazem felizes,
Somente, porque nos permitido
Sonhar!
Lus Ferreira Oliveira
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
As palavras!
bom brincar com as palavras!
Construir frases coloridas de aromas
e sons!
E, com as mesmas,
Desbravar horizontes infindos de
iluso.
Horizontes que,
Mesmo se os alcanar
Nos fazem felizes,
Somente, porque nos permitido
Sonhar!
Lus Ferreira Oliveira
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
As palavras!
bom brincar com as palavras!
Construir frases coloridas de aromas
e sons!
E, com as mesmas,
Desbravar horizontes infindos de
iluso.
Horizontes que,
Mesmo se os alcanar
Nos fazem felizes,
Somente, porque nos permitido
Sonhar!
Lus Ferreira Oliveira
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
-
A palavra escrita
A que maior durao tem
a nica
com fora infinita
capaz de caminhar
nos tempos
Palavra escrita
a que maior durao tem
certo
a nica que est
mais longe
e
mais perto
Pede-me
ansioso
este corao
inquieto
e
franco
que ponha
minha saudade
expressa em
preto no branco.
Ana Bela A. Pita da Silva
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
A palavra escrita
A que maior durao tem
a nica
com fora infinita
capaz de caminhar
nos tempos
Palavra escrita
a que maior durao tem
certo
a nica que est
mais longe
e
mais perto
Pede-me
ansioso
este corao
inquieto
e
franco
que ponha
minha saudade
expressa em
preto no branco.
Ana Bela A. Pita da Silva
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
A palavra escrita
A que maior durao tem
a nica
com fora infinita
capaz de caminhar
nos tempos
Palavra escrita
a que maior durao tem
certo
a nica que est
mais longe
e
mais perto
Pede-me
ansioso
este corao
inquieto
e
franco
que ponha
minha saudade
expressa em
preto no branco.
Ana Bela A. Pita da Silva
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
A palavra escrita
A que maior durao tem
a nica
com fora infinita
capaz de caminhar
nos tempos
Palavra escrita
a que maior durao tem
certo
a nica que est
mais longe
e
mais perto
Pede-me
ansioso
este corao
inquieto
e
franco
que ponha
minha saudade
expressa em
preto no branco.
Ana Bela A. Pita da Silva
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
A palavra escrita
A que maior durao tem
a nica
com fora infinita
capaz de caminhar
nos tempos
Palavra escrita
a que maior durao tem
certo
a nica que est
mais longe
e
mais perto
Pede-me
ansioso
este corao
inquieto
e
franco
que ponha
minha saudade
expressa em
preto no branco.
Ana Bela A. Pita da Silva
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
-
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A fora das palavras
Juntei vrias letras
Escrevi um letreiro.
Acendi as brasas
que grande braseiro!
Soltei quatro berros
Armei um berreiro.
Juntando formigas
fiz um formigueiro.
Ser que com carnes se faz um carneiro?
Lusa Ducla Soares
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
-
A sopa de letras
Era uma vez um menino
que no queria comer sopa de letras.
Podiam l estar coisas bonitas escritas,
mas para ele era tudo tretas...
Podia l estar escrito COMER,
podia l estar GOIABADA,
Como ele no sabia ler,
a sopa no lhe sabia a nada.
Tinha no prato uma FLOR,
um NAVIO na colher,
comia coisas lindssimas
sem saber mas ele queria l sabor!
At que um amigo com todas as letras
lhe ensinou a soletrar a sopa.
E ele passou a ler a sopa toda.
E at o peixe, a carne, a sobremesa,
etc....
Manuel Antnio Pina
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A sopa de letras
Era uma vez um menino
que no queria comer sopa de letras.
Podiam l estar coisas bonitas escritas,
mas para ele era tudo tretas...
Podia l estar escrito COMER,
podia l estar GOIABADA,
Como ele no sabia ler,
a sopa no lhe sabia a nada.
Tinha no prato uma FLOR,
um NAVIO na colher,
comia coisas lindssimas
sem saber mas ele queria l sabor!
At que um amigo com todas as letras
lhe ensinou a soletrar a sopa.
E ele passou a ler a sopa toda.
E at o peixe, a carne, a sobremesa,
etc....
Manuel Antnio Pina
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A sopa de letras
Era uma vez um menino
que no queria comer sopa de letras.
Podiam l estar coisas bonitas escritas,
mas para ele era tudo tretas...
Podia l estar escrito COMER,
podia l estar GOIABADA,
Como ele no sabia ler,
a sopa no lhe sabia a nada.
Tinha no prato uma FLOR,
um NAVIO na colher,
comia coisas lindssimas
sem saber mas ele queria l sabor!
At que um amigo com todas as letras
lhe ensinou a soletrar a sopa.
E ele passou a ler a sopa toda.
E at o peixe, a carne, a sobremesa,
etc....
Manuel Antnio Pina
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A sopa de letras
Era uma vez um menino
que no queria comer sopa de letras.
Podiam l estar coisas bonitas escritas,
mas para ele era tudo tretas...
Podia l estar escrito COMER,
podia l estar GOIABADA,
Como ele no sabia ler,
a sopa no lhe sabia a nada.
Tinha no prato uma FLOR,
um NAVIO na colher,
comia coisas lindssimas
sem saber mas ele queria l sabor!
At que um amigo com todas as letras
lhe ensinou a soletrar a sopa.
E ele passou a ler a sopa toda.
E at o peixe, a carne, a sobremesa,
etc....
Manuel Antnio Pina
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A sopa de letras
Era uma vez um menino
que no queria comer sopa de letras.
Podiam l estar coisas bonitas escritas,
mas para ele era tudo tretas...
Podia l estar escrito COMER,
podia l estar GOIABADA,
Como ele no sabia ler,
a sopa no lhe sabia a nada.
Tinha no prato uma FLOR,
um NAVIO na colher,
comia coisas lindssimas
sem saber mas ele queria l sabor!
At que um amigo com todas as letras
lhe ensinou a soletrar a sopa.
E ele passou a ler a sopa toda.
E at o peixe, a carne, a sobremesa,
etc....
Manuel Antnio Pina
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
-
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
Sobre a palavra
Entre a folha branca e o gume do olhar
a boca envelhece
Sobre a palavra
a noite aproxima-se da chama
Assim se morre dizias tu
Assim se morre dizia o vento
acariciando-te a cintura
Na porosa fronteira do silncio
a mo ilumina a terra inacabada
Interminavelmente.
Eugnio de Andrade
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
-
Com fria e raiva
Com fria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois preciso saber que a palavra
sagrada
Que de longe muito longe um povo a
trouxe
E nela ps sua alma confiada.
Sophia de Mello Breyner Andresen
H palavras que nos beijam
H palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperana,
De imenso amor, de esperana louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mrmore distrado
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite mais forte,
Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Com fria e raiva
Com fria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois preciso saber que a palavra
sagrada
Que de longe muito longe um povo a
trouxe
E nela ps sua alma confiada.
Sophia de Mello Breyner Andresen
H palavras que nos beijam
H palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperana,
De imenso amor, de esperana louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mrmore distrado
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite mais forte,
Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Com fria e raiva
Com fria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois preciso saber que a palavra
sagrada
Que de longe muito longe um povo a
trouxe
E nela ps sua alma confiada.
Sophia de Mello Breyner Andresen
H palavras que nos beijam
H palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperana,
De imenso amor, de esperana louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mrmore distrado
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite mais forte,
Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Com fria e raiva
Com fria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois preciso saber que a palavra
sagrada
Que de longe muito longe um povo a
trouxe
E nela ps sua alma confiada.
Sophia de Mello Breyner Andresen
H palavras que nos beijam
H palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperana,
De imenso amor, de esperana louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mrmore distrado
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite mais forte,
Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Com fria e raiva
Com fria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois preciso saber que a palavra
sagrada
Que de longe muito longe um povo a
trouxe
E nela ps sua alma confiada.
Sophia de Mello Breyner Andresen
H palavras que nos beijam
H palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperana,
De imenso amor, de esperana louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mrmore distrado
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite mais forte,
Ao silncio dos amantes Abraados contra a morte.
Alexandre O'Neill
-
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
Palavras
Tocam-me
Como lbios,
Como beijos.
Pssaros, sedentas de ramos
E de sombra,
Pousam-me nos ombros.
A movimentos de asa,
Desenham-me ainda um corpo
-secreta arquitectura de gua,
Rasgada no vento.
Lusa Dacosta
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
Palavras
Tocam-me
Como lbios,
Como beijos.
Pssaros, sedentas de ramos
E de sombra,
Pousam-me nos ombros.
A movimentos de asa,
Desenham-me ainda um corpo
-secreta arquitectura de gua,
Rasgada no vento.
Lusa Dacosta
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
Palavras
Tocam-me
Como lbios,
Como beijos.
Pssaros, sedentas de ramos
E de sombra,
Pousam-me nos ombros.
A movimentos de asa,
Desenham-me ainda um corpo
-secreta arquitectura de gua,
Rasgada no vento.
Lusa Dacosta
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
Palavras
Tocam-me
Como lbios,
Como beijos.
Pssaros, sedentas de ramos
E de sombra,
Pousam-me nos ombros.
A movimentos de asa,
Desenham-me ainda um corpo
-secreta arquitectura de gua,
Rasgada no vento.
Lusa Dacosta
A palavra
J no quero dicionrios
consultados em vo.
Quero s a palavra
que nunca estar neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivssemos
todos em comunho,
mudos,
saboreando-a.
Carlos Drummond de Andrade
Palavras
Tocam-me
Como lbios,
Como beijos.
Pssaros, sedentas de ramos
E de sombra,
Pousam-me nos ombros.
A movimentos de asa,
Desenham-me ainda um corpo
-secreta arquitectura de gua,
Rasgada no vento.
Lusa Dacosta
-
Conserto a palavra com todos os
sentidos em silncio
Restauro-a
Dou-lhe um som para que ela fale por
dentro
Ilumino-a
Ela um candeeiro sobre a minha mesa
Reunida numa forma comparada
lmpada
A um zumbido calado
momentaneamente em exame
Ela no se come como as palavras
inteiras
Mas devora-se a si mesma e restauro-a
A partir do vmito
Volto devagar a coloc-la na fome
Perco-a e recupero-a como o tempo da
tristeza
Como um homem nadando para trs
E sou uma energia para ela
E ilumino-a.
Daniel Faria
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
Conserto a palavra com todos os
sentidos em silncio
Restauro-a
Dou-lhe um som para que ela fale por
dentro
Ilumino-a
Ela um candeeiro sobre a minha mesa
Reunida numa forma comparada
lmpada
A um zumbido calado
momentaneamente em exame
Ela no se come como as palavras
inteiras
Mas devora-se a si mesma e restauro-a
A partir do vmito
Volto devagar a coloc-la na fome
Perco-a e recupero-a como o tempo da
tristeza
Como um homem nadando para trs
E sou uma energia para ela
E ilumino-a.
Daniel Faria
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
a palavra com todos os sentidos em
silncio
Restauro-a
Dou-lhe um som para que ela fale por
dentro
Ilumino-a
Ela um candeeiro sobre a minha mesa
Reunida numa forma comparada
lmpada
A um zumbido calado
momentaneamente em exame
Ela no se come como as palavras
inteiras
Mas devora-se a si mesma e restauro-a
A partir do vmito
Volto devagar a coloc-la na fome
Perco-a e recupero-a como o tempo da
tristeza
Como um homem nadando para trs
E sou uma energia para ela
E ilumino-a.
Daniel Faria
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
Conserto a palavra com todos os
sentidos em silncio
Restauro-a
Dou-lhe um som para que ela fale por
dentro
Ilumino-a
Ela um candeeiro sobre a minha mesa
Reunida numa forma comparada
lmpada
A um zumbido calado
momentaneamente em exame
Ela no se come como as palavras
inteiras
Mas devora-se a si mesma e restauro-a
A partir do vmito
Volto devagar a coloc-la na fome
Perco-a e recupero-a como o tempo da
tristeza
Como um homem nadando para trs
E sou uma energia para ela
E ilumino-a.
Daniel Faria
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
Conserto a palavra com todos os
sentidos em silncio
Restauro-a
Dou-lhe um som para que ela fale por
dentro
Ilumino-a
Ela um candeeiro sobre a minha mesa
Reunida numa forma comparada
lmpada
A um zumbido calado
momentaneamente em exame
Ela no se come como as palavras
inteiras
Mas devora-se a si mesma e restauro-a
A partir do vmito
Volto devagar a coloc-la na fome
Perco-a e recupero-a como o tempo da
tristeza
Como um homem nadando para trs
E sou uma energia para ela
E ilumino-a.
Daniel Faria
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
-
Como escrevo
No escrevo
a minha poesia
com palavras estudadas
Se o fizesse
outras palavras
teriam de ser
inventadas
Escrevo
Brincando com as ideias
com as verdades
e
como muita imaginao
derramada.
Ana Bela A. Pita Silva
Silncio
Quando a ternura
parece j do seu ofcio fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegao segura,
que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silncio fascinadas.
Eugnio de Andrade
Como escrevo
No escrevo
a minha poesia
com palavras estudadas
Se o fizesse
outras palavras
teriam de ser
inventadas
Escrevo
Brincando com as ideias
com as verdades
e
como muita imaginao
derramada.
Ana Bela A. Pita Silva
Silncio
Quando a ternura
parece j do seu ofcio fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegao segura,
que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silncio fascinadas.
Eugnio de Andrade
Como escrevo
No escrevo
a minha poesia
com palavras estudadas
Se o fizesse
outras palavras
teriam de ser
inventadas
Escrevo
Brincando com as ideias
com as verdades
e
como muita imaginao
derramada.
Ana Bela A. Pita Silva
Silncio
Quando a ternura
parece j do seu ofcio fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegao segura,
que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silncio fascinadas.
Eugnio de Andrade
Como escrevo
No escrevo
a minha poesia
com palavras estudadas
Se o fizesse
outras palavras
teriam de ser
inventadas
Escrevo
Brincando com as ideias
com as verdades
e
como muita imaginao
derramada.
Ana Bela A. Pita Silva
Silncio
Quando a ternura
parece j do seu ofcio fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegao segura,
que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silncio fascinadas.
Eugnio de Andrade
Como escrevo
No escrevo
a minha poesia
com palavras estudadas
Se o fizesse
outras palavras
teriam de ser
inventadas
Escrevo
Brincando com as ideias
com as verdades
e
como muita imaginao
derramada.
Ana Bela A. Pita Silva
Silncio
Quando a ternura
parece j do seu ofcio fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegao segura,
que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silncio fascinadas.
Eugnio de Andrade
-
O poeta
O poeta no gosta de palavras:
escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem inveno.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a pgina de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a nica veia que lhe di
aquela que ele no sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o cho.
Cada palavra um vidro em que se
corta.
O poeta no quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
Mia Couto
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
O poeta
O poeta no gosta de palavras:
escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem inveno.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a pgina de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a nica veia que lhe di
aquela que ele no sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o cho.
Cada palavra um vidro em que se
corta.
O poeta no quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
Mia Couto
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
O poeta
O poeta no gosta de palavras:
escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem inveno.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a pgina de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a nica veia que lhe di
aquela que ele no sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o cho.
Cada palavra um vidro em que se
corta.
O poeta no quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
Mia Couto
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
O poeta
O poeta no gosta de palavras:
escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem inveno.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a pgina de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a nica veia que lhe di
aquela que ele no sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o cho.
Cada palavra um vidro em que se
corta.
O poeta no quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
Mia Couto
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
O poeta
O poeta no gosta de palavras:
escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem inveno.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a pgina de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a nica veia que lhe di
aquela que ele no sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o cho.
Cada palavra um vidro em que se
corta.
O poeta no quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
Mia Couto
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
-
Procuro em ti as palavras
com msica e corao por dentro
O olhar que sobe s prolas
do orvalho
quando Maio acontece
Ou ento o sortilgio do silncio
que esmaga em brancura
o voo livre das gaivotas
O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,
levado boca em ardor
de barcos na vertigem do cais
do poema que falo, efmero clice de chuva,
cristal tecido de eternidade
ao encontro das mos
Artur Coimbra
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos
principiam.
Joaquim Pessoa
Procuro em ti as palavras
com msica e corao por dentro
O olhar que sobe s prolas
do orvalho
quando Maio acontece
Ou ento o sortilgio do silncio
que esmaga em brancura
o voo livre das gaivotas
O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,
levado boca em ardor
de barcos na vertigem do cais
do poema que falo, efmero clice de chuva,
cristal tecido de eternidade
ao encontro das mos
Artur Coimbra
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos
principiam.
Joaquim Pessoa
Procuro em ti as palavras
com msica e corao por dentro
O olhar que sobe s prolas
do orvalho
quando Maio acontece
Ou ento o sortilgio do silncio
que esmaga em brancura
o voo livre das gaivotas
O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,
levado boca em ardor
de barcos na vertigem do cais
do poema que falo, efmero clice de chuva,
cristal tecido de eternidade
ao encontro das mos
Artur Coimbra
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos
principiam.
Joaquim Pessoa
Procuro em ti as palavras
com msica e corao por dentro
O olhar que sobe s prolas
do orvalho
quando Maio acontece
Ou ento o sortilgio do silncio
que esmaga em brancura
o voo livre das gaivotas
O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,
levado boca em ardor
de barcos na vertigem do cais
do poema que falo, efmero clice de chuva,
cristal tecido de eternidade
ao encontro das mos
Artur Coimbra
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos
principiam.
Joaquim Pessoa
Procuro em ti as palavras
com msica e corao por dentro
O olhar que sobe s prolas
do orvalho
quando Maio acontece
Ou ento o sortilgio do silncio
que esmaga em brancura
o voo livre das gaivotas
O cheiro ondulante do mar escreve-se em ti,
levado boca em ardor
de barcos na vertigem do cais
do poema que falo, efmero clice de chuva,
cristal tecido de eternidade
ao encontro das mos
Artur Coimbra
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos
principiam.
Joaquim Pessoa
-
Palavras
No gastemos
palavras inteis
Nenhum de ns
tem necessidade
de atrs delas
se escudar
Empreguemos s
as palavras
que nos possam
acariciar
Ana Bela A. Pita Silva
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
Palavras
No gastemos
palavras inteis
Nenhum de ns
tem necessidade
de atrs delas
se escudar
Empreguemos s
as palavras
que nos possam
acariciar
Ana Bela A. Pita Silva
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
Palavras
No gastemos
palavras inteis
Nenhum de ns
tem necessidade
de atrs delas
se escudar
Empreguemos s
as palavras
que nos possam
acariciar
Ana Bela A. Pita Silva
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
Palavras
No gastemos
palavras inteis
Nenhum de ns
tem necessidade
de atrs delas
se escudar
Empreguemos s
as palavras
que nos possam
acariciar
Ana Bela A. Pita Silva
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
Palavras
No gastemos
palavras inteis
Nenhum de ns
tem necessidade
de atrs delas
se escudar
Empreguemos s
as palavras
que nos possam
acariciar
Ana Bela A. Pita Silva
De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos
e canta
o xtase do dia.
Eugnio de Andrade
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
-
Havia
uma palavra
no escuro.
Minscula. Ignorada.
Martelava no escuro.
Martelava
no cho da gua.
Do fundo do tempo,
martelava.
contra o muro.
Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.
de Matria Solar.
Eugnio de Andrade
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
Havia
uma palavra
no escuro.
Minscula. Ignorada.
Martelava no escuro.
Martelava
no cho da gua.
Do fundo do tempo,
martelava.
contra o muro.
Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.
de Matria Solar.
Eugnio de Andrade
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
Havia
uma palavra
no escuro.
Minscula. Ignorada.
Martelava no escuro.
Martelava
no cho da gua.
Do fundo do tempo,
martelava.
contra o muro.
Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.
de Matria Solar.
Eugnio de Andrade
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
Havia
uma palavra
no escuro.
Minscula. Ignorada.
Martelava no escuro.
Martelava
no cho da gua.
Do fundo do tempo,
martelava.
contra o muro.
Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.
de Matria Solar.
Eugnio de Andrade
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
Havia
uma palavra
no escuro.
Minscula. Ignorada.
Martelava no escuro.
Martelava
no cho da gua.
Do fundo do tempo,
martelava.
contra o muro.
Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.
de Matria Solar.
Eugnio de Andrade
Quando sinto, penso
Severo narro. Quanto sinto, penso.
Palavras so ideias.
Mrmuro, o rio passa, e o que no
passa,
Que nosso, no do rio.
Assim quisesse o verso: meu e alheio
E por mim mesmo lido.
Ricardo Reis
-
O sal da lngua
Escuta, escuta: tenho ainda
uma coisa a dizer.
No importante, eu sei, no vai
salvar o mundo, no mudar
a vida de ningum - mas quem
hoje capaz de salvar o mundo
ou apenas mudar o sentido
da vida de algum?
Escuta-me, no te demoro.
coisa pouca, como a chuvinha
que vem vindo devagar.
So trs, quatro palavras, pouco
mais. Palavras que te quero confiar,
para que no se extinga o seu lume,
o seu lume breve.
Palavras que muito amei,
que talvez ame ainda.
Elas so a casa, o sal da lngua.
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
O sal da lngua
Escuta, escuta: tenho ainda
uma coisa a dizer.
No importante, eu sei, no vai
salvar o mundo, no mudar
a vida de ningum - mas quem
hoje capaz de salvar o mundo
ou apenas mudar o sentido
da vida de algum?
Escuta-me, no te demoro.
coisa pouca, como a chuvinha
que vem vindo devagar.
So trs, quatro palavras, pouco
mais. Palavras que te quero confiar,
para que no se extinga o seu lume,
o seu lume breve.
Palavras que muito amei,
que talvez ame ainda.
Elas so a casa, o sal da lngua.
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
O sal da lngua
Escuta, escuta: tenho ainda
uma coisa a dizer.
No importante, eu sei, no vai
salvar o mundo, no mudar
a vida de ningum - mas quem
hoje capaz de salvar o mundo
ou apenas mudar o sentido
da vida de algum?
Escuta-me, no te demoro.
coisa pouca, como a chuvinha
que vem vindo devagar.
So trs, quatro palavras, pouco
mais. Palavras que te quero confiar,
para que no se extinga o seu lume,
o seu lume breve.
Palavras que muito amei,
que talvez ame ainda.
Elas so a casa, o sal da lngua.
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
O sal da lngua
Escuta, escuta: tenho ainda
uma coisa a dizer.
No importante, eu sei, no vai
salvar o mundo, no mudar
a vida de ningum - mas quem
hoje capaz de salvar o mundo
ou apenas mudar o sentido
da vida de algum?
Escuta-me, no te demoro.
coisa pouca, como a chuvinha
que vem vindo devagar.
So trs, quatro palavras, pouco
mais. Palavras que te quero confiar,
para que no se extinga o seu lume,
o seu lume breve.
Palavras que muito amei,
que talvez ame ainda.
Elas so a casa, o sal da lngua.
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
O sal da lngua
Escuta, escuta: tenho ainda
uma coisa a dizer.
No importante, eu sei, no vai
salvar o mundo, no mudar
a vida de ningum - mas quem
hoje capaz de salvar o mundo
ou apenas mudar o sentido
da vida de algum?
Escuta-me, no te demoro.
coisa pouca, como a chuvinha
que vem vindo devagar.
So trs, quatro palavras, pouco
mais. Palavras que te quero confiar,
para que no se extinga o seu lume,
o seu lume breve.
Palavras que muito amei,
que talvez ame ainda.
Elas so a casa, o sal da lngua.
S paciente; espera
que a palavra amadurea
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a merea.
Eugnio de Andrade
-
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um
sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.
Joaquim Pessoa
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um
sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.
Joaquim Pessoa
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um
sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.
Joaquim Pessoa
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um
sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.
Joaquim Pessoa
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes
Por cima das palavras
Desenho a curva da tua boca. Um
sino.
Por cima das palavras j dia.
A voz persegue o animal difcil
Que caminha o dia, a passo.
Esta parede de vidros enlouquece
Como uma selva. Uma paragem de
autocarro.
Na tua mo a coragem a arma
necessria.
O amor so trs lmpadas. Os dedos principiam.
Joaquim Pessoa
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta! Teresa Guedes
-
Ter um Pai! Um corao
Que apenas amor encerra,
ver Deus, no mundo vil,
ter os cus c na terra !
Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeio,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladro ;
Talvez maior, sendo infame
O filho que desprezado
Pelo mundo ; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraado !
Ter um Pai ! Um santo orgulho
Pr corao que lhe quer
Um orgulho que no cabe
Num corao de mulher !
Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O corao que me deste
Pai bondoso leal !
Ter um Pai ! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum cu todo encanto !
Ter um Pai ! Os rfozinhos
No conhecem este amor !
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca
Ter um Pai! Um corao
Que apenas amor encerra,
ver Deus, no mundo vil,
ter os cus c na terra !
Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeio,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladro ;
Talvez maior, sendo infame
O filho que desprezado
Pelo mundo ; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraado !
Ter um Pai ! Um santo orgulho
Pr corao que lhe quer
Um orgulho que no cabe
Num corao de mulher !
Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O corao que me deste
Pai bondoso leal !
Ter um Pai ! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum cu todo encanto !
Ter um Pai ! Os rfozinhos
No conhecem este amor !
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca
Ter um Pai! Um corao
Que apenas amor encerra,
ver Deus, no mundo vil,
ter os cus c na terra !
Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeio,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladro ;
Talvez maior, sendo infame
O filho que desprezado
Pelo mundo ; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraado !
Ter um Pai ! Um santo orgulho
Pr corao que lhe quer
Um orgulho que no cabe
Num corao de mulher !
Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O corao que me deste
Pai bondoso leal !
Ter um Pai ! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum cu todo encanto !
Ter um Pai ! Os rfozinhos
No conhecem este amor !
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca
Ter um Pai! Um corao
Que apenas amor encerra,
ver Deus, no mundo vil,
ter os cus c na terra !
Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeio,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladro ;
Talvez maior, sendo infame
O filho que desprezado
Pelo mundo ; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraado !
Ter um Pai ! Um santo orgulho
Pr corao que lhe quer
Um orgulho que no cabe
Num corao de mulher !
Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O corao que me deste
Pai bondoso leal !
Ter um Pai ! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum cu todo encanto !
Ter um Pai ! Os rfozinhos
No conhecem este amor !
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca
Ter um Pai! Um corao
Que apenas amor encerra,
ver Deus, no mundo vil,
ter os cus c na terra !
Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeio,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladro ;
Talvez maior, sendo infame
O filho que desprezado
Pelo mundo ; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraado !
Ter um Pai ! Um santo orgulho
Pr corao que lhe quer
Um orgulho que no cabe
Num corao de mulher !
Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O corao que me deste
Pai bondoso leal !
Ter um Pai ! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum cu todo encanto !
Ter um Pai ! Os rfozinhos
No conhecem este amor !
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor ! Florbela Espanca
-
J tocou!
No recreio j no estou
porque j tocou.
Faces a suar e as nossas bocas
de palavras a rebentar.
Elas seguem-nos, submissas,
para ao nosso lado aguardar
o tradicional: Calou!
E contrariadas, acatam tudo isso
porque porque..
olha, porque j tocou!
Teresa Guedes
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta!
Teresa Guedes
J tocou!
No recreio j no estou
porque j tocou.
Faces a suar e as nossas bocas
de palavras a rebentar.
Elas seguem-nos, submissas,
para ao nosso lado aguardar
o tradicional: Calou!
E contrariadas, acatam tudo isso
porque porque..
olha, porque j tocou!
Teresa Guedes
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta!
Teresa Guedes
J tocou!
No recreio j no estou
porque j tocou.
Faces a suar e as nossas bocas
de palavras a rebentar.
Elas seguem-nos, submissas,
para ao nosso lado aguardar
o tradicional: Calou!
E contrariadas, acatam tudo isso
porque porque..
olha, porque j tocou!
Teresa Guedes
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta!
Teresa Guedes
J tocou!
No recreio j no estou
porque j tocou.
Faces a suar e as nossas bocas
de palavras a rebentar.
Elas seguem-nos, submissas,
para ao nosso lado aguardar
o tradicional: Calou!
E contrariadas, acatam tudo isso
porque porque..
olha, porque j tocou!
Teresa Guedes
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta!
Teresa Guedes
J tocou!
No recreio j no estou
porque j tocou.
Faces a suar e as nossas bocas
de palavras a rebentar.
Elas seguem-nos, submissas,
para ao nosso lado aguardar
o tradicional: Calou!
E contrariadas, acatam tudo isso
porque porque..
olha, porque j tocou!
Teresa Guedes
O dom das palavras
Escrevo a palavra girafa
e tu esticas o pescoo.
Escrevo a palavra cachecol
e tu enroscas-te como um caracol
Escrevo a palavra gripe
e tremes debaixo do lenol
Escrevo a palavra porta
e tu sais a correr deste poema
que te pareceu coisa bem torta!
Teresa Guedes
-
Avionar
No esteja na Lua
desa Terra.
E o menino a replicar:
No me chega esta terra.
Seja realista, terra a terra.
Mas eu sou do tipo ar, ar.
E os olhos do menino
j eram bales quando a professora
lhe ordenou que sasse.
Despediu-se da colega e disse:
Conto estrelas em ti.
Ao sair, deixou na mesa da
professora
o mais bonito avio de papel
que se possa imaginar.
Era uma prenda desesperada
de um menino triste
por no a poder contagiar.
Na sala, um silncio ficou suspenso
por palavras que tambm quiseram
voar.
Teresa Guedes
Avionar
No esteja na Lua
desa Terra.
E o menino a replicar:
No me chega esta terra.
Seja realista, terra a terra.
Mas eu sou do tipo ar, ar.
E os olhos do menino
j eram bales quando a professora
lhe ordenou que sasse.
Despediu-se da colega e disse:
Conto estrelas em ti.
Ao sair, deixou na mesa da
professora
o mais bonito avio de papel
que se possa imaginar.
Era uma prenda desesperada
de um menino triste
por no a poder contagiar.
Na sala, um silncio ficou suspenso
por palavras que tambm quiseram
voar.
Teresa Guedes
Avionar
No esteja na Lua
desa Terra.
E o menino a replicar:
No me chega esta terra.
Seja realista, terra a terra.
Mas eu sou do tipo ar, ar.
E os olhos do menino
j eram bales quando a professora
lhe ordenou que sasse.
Despediu-se da colega e disse:
Conto estrelas em ti.
Ao sair, deixou na mesa da
professora
o mais bonito avio de papel
que se possa imaginar.
Era uma prenda desesperada
de um menino triste
por no a poder contagiar.
Na sala, um silncio ficou suspenso
por palavras que tambm quiseram
voar.
Teresa Guedes
Avionar
No esteja na Lua
desa Terra.
E o menino a replicar:
No me chega esta terra.
Seja realista, terra a terra.
Mas eu sou do tipo ar, ar.
E os olhos do menino
j eram bales quando a professora
lhe ordenou que sasse.
Despediu-se da colega e disse:
Conto estrelas em ti.
Ao sair, deixou na mesa da
professora
o mais bonito avio de papel
que se possa imaginar.
Era uma prenda desesperada
de um menino triste
por no a poder contagiar.
Na sala, um silncio ficou suspenso
por palavras que tambm quiseram
voar.
Teresa Guedes
Avionar
No esteja na Lua
desa Terra.
E o menino a replicar:
No me chega esta terra.
Seja realista, terra a terra.
Mas eu sou do tipo ar, ar.
E os olhos do menino
j eram bales quando a professora
lhe ordenou que sasse.
Despediu-se da colega e disse:
Conto estrelas em ti.
Ao sair, deixou na mesa da
professora
o mais bonito avio de papel
que se possa imaginar.
Era uma prenda desesperada
de um menino triste
por no a poder contagiar.
Na sala, um silncio ficou suspenso
por palavras que tambm quiseram
voar.
Teresa Guedes
-
Dia do Pai
s vezes o meu Pai viaja
Diz adeus e vai embora.
Ou ento vai para o trabalho
Eu sei que ele no demora.
Mas inventei um barquinho
Todo feito de saudade.
Navega devagarinho
E chega a qualquer cidade.
E, neste dia de alegria,
Para o Pai, no meu barquinho,
Eu ponho um grande beijo
Um abrao e um carinho.
Maria Mazzetti
um dia iluminado
pela ternura de quem ama
em cada filho o futuro
como se fosse uma chama
que no pode apagar,
seja o vento, seja a chuva,
seja o tormento do mar.
um dia carinhoso
com uma histria para contar
que s acaba noite
quando nos vamos deitar,
ao colo do nosso pai
com uma cano de embalar.
Jos Jorge Letria
Dia do Pai
s vezes o meu Pai viaja
Diz adeus e vai embora.
Ou ento vai para o trabalho
Eu sei que ele no demora.
Mas inventei um barquinho
Todo feito de saudade.
Navega devagarinho
E chega a qualquer cidade.
E, neste dia de alegria,
Para o Pai, no meu barquinho,
Eu ponho um grande beijo
Um abrao e um carinho.
Maria Mazzetti
um dia iluminado
pela ternura de quem ama
em cada filho o futuro
como se fosse uma chama
que no pode apagar,
seja o vento, seja a chuva,
seja o tormento do mar.
um dia carinhoso
com uma histria para contar
que s acaba noite
quando nos vamos deitar,
ao colo do nosso pai
com uma cano de embalar.
Jos Jorge Letria
Dia do Pai
s vezes o meu Pai viaja
Diz adeus e vai embora.
Ou ento vai para o trabalho
Eu sei que ele no demora.
Mas inventei um barquinho
Todo feito de saudade.
Navega devagarinho
E chega a qualquer cidade.
E, neste dia de alegria,
Para o Pai, no meu barquinho,
Eu ponho um grande beijo
Um abrao e um carinho.
Maria Mazzetti
um dia iluminado
pela ternura de quem ama
em cada filho o futuro
como se fosse uma chama
que no pode apagar,
seja o vento, seja a chuva,
seja o tormento do mar.
um dia carinhoso
com uma histria para contar
que s acaba noite
quando nos vamos deitar,
ao colo do nosso pai
com uma cano de embalar.
Jos Jorge Letria
Dia do Pai
s vezes o meu Pai viaja
Diz adeus e vai embora.
Ou ento vai para o trabalho
Eu sei que ele no demora.
Mas inventei um barquinho
Todo feito de saudade.
Navega devagarinho
E chega a qualquer cidade.
E, neste dia de alegria,
Para o Pai, no meu barquinho,
Eu ponho um grande beijo
Um abrao e um carinho.
Maria Mazzetti
um dia iluminado
pela ternura de quem ama
em cada filho o futuro
como se fosse uma chama
que no pode apagar,
seja o vento, seja a chuva,
seja o tormento do mar.
um dia carinhoso
com uma histria para contar
que s acaba noite
quando nos vamos deitar,
ao colo do nosso pai
com uma cano de embalar.
Jos Jorge Letria
Dia do Pai
s vezes o meu Pai viaja
Diz adeus e vai embora.
Ou ento vai para o trabalho
Eu sei que ele no demora.
Mas inventei um barquinho
Todo feito de saudade.
Navega devagarinho
E chega a qualquer cidade.
E, neste dia de alegria,
Para o Pai, no meu barquinho,
Eu ponho um grande beijo
Um abrao e um carinho.
Maria Mazzetti
um dia iluminado
pela ternura de quem ama
em cada filho o futuro
como se fosse uma chama
que no pode apagar,
seja o vento, seja a chuva,
seja o tormento do mar.
um dia carinhoso
com uma histria para contar
que s acaba noite
quando nos vamos deitar,
ao colo do nosso pai
com uma cano de embalar.
Jos Jorge Letria
-
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Os livros tambm respiram,
e o ar que lhes enche as pginas
tem o aroma intenso das viagens
que eles nos convidam a fazer,
sempre espera que a magia
daquilo que nos contam
possa realmente acontecer.
Jos Jorge Letria
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Os livros tambm respiram,
e o ar que lhes enche as pginas
tem o aroma intenso das viagens
que eles nos convidam a fazer,
sempre espera que a magia
daquilo que nos contam
possa realmente acontecer.
Jos Jorge Letria
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Os livros tambm respiram,
e o ar que lhes enche as pginas
tem o aroma intenso das viagens
que eles nos convidam a fazer,
sempre espera que a magia
daquilo que nos contam
possa realmente acontecer.
Jos Jorge Letria
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Os livros tambm respiram,
e o ar que lhes enche as pginas
tem o aroma intenso das viagens
que eles nos convidam a fazer,
sempre espera que a magia
daquilo que nos contam
possa realmente acontecer.
Jos Jorge Letria
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Os livros tambm respiram,
e o ar que lhes enche as pginas
tem o aroma intenso das viagens
que eles nos convidam a fazer,
sempre espera que a magia
daquilo que nos contam
possa realmente acontecer.
Jos Jorge Letria
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
-
Apanha-me tambm um poeta
Um aluno perguntou-me um dia:
-Poeta um homem que est a poer?
... Que sabia eu responder
quele olhar jovem e inquieto
que perguntava?
Poeta criana adormecida
que as palavras acordam.
Poeta pode escrev-las
ou no as escrever nunca.
No poer.
Mas sempre Poeta.
No sei o que respondi.
Ele sorriu.
Eu sorri.
Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Jos Jorge Letria
Apanha-me tambm um poeta
Um aluno perguntou-me um dia:
-Poeta um homem que est a poer?
... Que sabia eu responder
quele olhar jovem e inquieto
que perguntava?
Poeta criana adormecida
que as palavras acordam.
Poeta pode escrev-las
ou no as escrever nunca.
No poer.
Mas sempre Poeta.
No sei o que respondi.
Ele sorriu.
Eu sorri.
Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Jos Jorge Letria
Apanha-me tambm um poeta
Um aluno perguntou-me um dia:
-Poeta um homem que est a poer?
... Que sabia eu responder
quele olhar jovem e inquieto
que perguntava?
Poeta criana adormecida
que as palavras acordam.
Poeta pode escrev-las
ou no as escrever nunca.
No poer.
Mas sempre Poeta.
No sei o que respondi.
Ele sorriu.
Eu sorri.
Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Jos Jorge Letria
Apanha-me tambm um poeta
Um aluno perguntou-me um dia:
-Poeta um homem que est a poer?
... Que sabia eu responder
quele olhar jovem e inquieto
que perguntava?
Poeta criana adormecida
que as palavras acordam.
Poeta pode escrev-las
ou no as escrever nunca.
No poer.
Mas sempre Poeta.
No sei o que respondi.
Ele sorriu.
Eu sorri.
Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Jos Jorge Letria
Apanha-me tambm um poeta
Um aluno perguntou-me um dia:
-Poeta um homem que est a poer?
... Que sabia eu responder
quele olhar jovem e inquieto
que perguntava?
Poeta criana adormecida
que as palavras acordam.
Poeta pode escrev-las
ou no as escrever nunca.
No poer.
Mas sempre Poeta.
No sei o que respondi.
Ele sorriu.
Eu sorri.
Ele entendeu. Matilde Rosa Arajo
Ler, doce ler
Os livros so casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrirem de par em par
as paisagens e as imagens
para eles, lendo, poderem sonhar.
Jos Jorge Letria
-
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
A um caador de borboletas
Por entre os sonhos da idade
enquanto a memria voar,
sabemos que a eternidade
coisa de ir e voltar.
Tal e qual como a Poesia,
diz-me onde apanhas as flores
e as borboletas que o dia
recolhe nas suas cores.
E se entre as papoilas sabes
correr que nem uma seta,
no fiques s onde cabes:
Apanha tambm um poeta!
Lusa Ducla Soares
Quase nada
O amor
uma ave a tremer
nas mos de uma criana.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhs mais limpas
no tm voz.
Eugnio de Andrade
A um caador de borboletas
Por entre os sonhos da idade
enquanto a memria voar,
sabemos que a eternidade
coisa de ir e voltar.
Tal e qual como a Poesia,
diz-me onde apanhas as flores
e as borboletas que o dia
recolhe nas suas cores.
E se entre as papoilas sabes
correr que nem uma seta,
no fiques s onde cabes:
Apanha tambm um poeta!