África de todos nós
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CEI JULIO MOREIRAÁFRICA DE TODOS NÓS –
RELIGIOSIDADE E CULTURA
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OBJETIVOS1 Refletir sobre a alteridade e o respeito às
diferenças, reconhecendo o direito a liberdade de expressão religiosa do outro.
2 Conhecer a espiritualidade presente nas tradições religiosas, identificando-as como métodos e práticas de relação com o sagrado.
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CONTEÚDOS• Alteridade:• - A valorização de si mesmo e do outro.• - As pessoas e suas diferentes crenças.• - a diversidade das opções religiosas.• - Valores éticos que aproximam as pessoas de diferentes religiões.• Espiritualidade.• - As práticas religiosas no cotidiano das pessoas.• - Espiritualidade presente nas tradições religiosas.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOVerificar se o estudante:
- Reconhece o outro, vivenciando o respeito às diferenças religiosas no convívio social.
Verificar se o estudante:
- Reconhece a espiritualidade presente nas tradições religiosas, analisando-as enquanto métodos para relacionar-se com o sagrado.
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Sequencia DIDÁTICA1º pesquisa:Foi sugerido aos alunos que, com o auxílio dos netbooks
(projeto UCA), fizessem uma pesquisa sobre a África: cultura, língua, localização, etc.
2º utilizando os dados coletados:Após a pesquisa, as crianças usaram os dados
coletados para observar a presença de características da cultura africana dentro de nossa sociedade.
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3º observando imagens:As crianças recolheram (de diferentes fontes) imagens
sobre a cultura africana no Brasil e fizeram observações a fim de distinguir o que era cultural e o que era religioso.
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4º filme:Assistimos ao filme “Kiriku e a feiticeira” – animação.
O filme mostra como, possivelmente, viveria (antigamente) uma comunidade na África.
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5º documentário:Candomblé – religião de resistência.O documentário é curto e, nos mostra parte do
fenômeno religioso afro-brasileiro com linguagem simples.
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6º leitura:O mito de nascimento de um rioO texto lido, apresenta de forma mitológica, o nascimento de
um rio segundo a tradição candomblecista. Durante o texto aparecem diferentes orixás e suas representações na natureza.
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O nascimento de um rio
Na África contou-se a seguinte história, escutem bem meus amigos, nela há muita sabedoria. Muita gente acredita que a água brota da terra, mas não vê o que acontece antes disso. Preparem-se, que agora vou lhes contar tudo:
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Primeiro o nosso Deus, OLORUM, utilizando o calor do sol, aquece as águas dos lagos e oceanos. Então, o belo
OXUMARÉ, com seu arco-íris, leva todo esse vapor que emana das águas aquecidas para as nuvens.
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XANGÔ, com sua força, anuncia, por meio de seu trovão que a
impetuosa IANSÃ está juntando as nuvens com seu vento
mágico, que ela faz surgir toda vez que balança suas saias.
Quando as nuvens estão todas arrumadas, XANGÔ lança sobre a terra o EDUM-ARÁ, uma pedra de raio. Desse modo ele avisa à terra, conhecida como ODUDUA,
que prepare seu ventre, pois a chuva virá em breve
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Agora a grande maravilha está para acontecer: a chuva cai, reunindo em si todas essas forças, e tão grandiosa e plena ela é, que alimenta a terra e todos os seus seres. ODUDUA acolhe toda a água da chuva, e
então, em seu interior, se forma um enorme lago cheio de energia, cheio de AXÉ.
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O parto aconte e ODUDUA dá à luz o rio, OXUM, que, brotando de seu interior, desliza por toda a terra, nutrindo-a, refrescando-a e levando
a todos os seres a possibilidade da vida.Depois de um certo
tempo, tudo isso acontecerá novamente, e assim será por todos
os tempos...
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7º produção de maquetes:As maquetes foram construídas de forma coletiva
(uma por turma) com desenhos produzidos pelas crianças.
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8º leitura:
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O livro conta a história de dois meninos que, devido ao preconceito da mãe de um deles, precisam deixar de ser amigos.
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9º produção de fios de contas
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10º palestra:Um dos alunos, Bruno, se dispôs a trazer seus fios de contas e sua
faixa de Ogum para mostrar aos colegas e explicar mais sobre sua religião.
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MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS- Netbooks com acesso à internet;- Textos, gráficos e fotos;- Filme de animação;- Documentário;- Contas;- Barbante;- Papel cartão, cartolina, tesoura, cola, lápis de cor, etc.
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RESULTADOSAs crianças e suas famílias passaram a conhecer
e respeitar mais as religiões de matriz africana. Grande parte do preconceito se deve à ignorância e, este trabalho trouxe luz à toda a comunidade escolar.
Fizemos, ao final da sequencia didática, uma exposição com os materiais produzidos e usados nas aulas:
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Para minha surpresa, no dia em que montava a exposição, o pintor (que fazia reparos na escola) ficou me observando e, depois, pediu que eu explicasse como foram as aulas e como as crianças receberam este conteúdo. Ele é umbandista e sofre muito preconceito por isso.
Uma coisa interessante a se colocar é que, antes da sequencia didática, apenas uma família havia colocado na entrevista (realizada no início do ano) que era candomblecista. Ao término do trabalho cinco famílias já assumiram sua religião pois viram que não é necessário esconder.
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REFERÊNCIASPREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Plano curricular: Diretrizes para as escolas municipais. Curitiba, 1977.
_________. Políticas de educação para o município de Curitiba. Curitiba, 1983 (digitado)
BRASIL. Diretrizes curriculares de ensino religioso. Curitiba: Secretaria de Estado de Educação,
2006.
Kirikú e a feiticeira [gravação de vídeo] / direção Michel Ocelot. -- [Paris] : IMOVISION, 2001. -- 1 vídeo-disco (71 min.) : son., color. ; 4 3/4 pol.
Candomblé, religião de resistência. http://www.youtube.com/watch?v=BZE4zKyGXaE&hd=1
ANTONIO, Luiz. Minhas contas. São Paulo, CosacNaify, 2008.
http://www.youtube.com/watch?v=jLP18s6x8_khttp://www.inzotumbansi.orghttp://quatrocantosdomundo.wordpress.com/2012/05/27/as-lendas-da-baobab-africa/Alteridade, culturas & tradições - atividades do Ensino Religioso para o Ensino Fundamentalhttp://www.mundoislamico.comhttp://romarioevangelista.blogspot.com.br
http://www.pessegadoro.com/2013/10/deuses-africanos-retratados-em-incrivel.html
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“ Se Deus é um só em todas as r e l ig i õ es ,
por que as pessoas s e preocupam com o j e i to
c om que os outros amam esse Deus? ( . . . )
T odo mundo t em o d i r e i t o de t er a sua r e l ig ião . De usar um cruc if ixo , um quipá ,
um turbante , um manto co l o r ido ou f i o s
de contas . ” Lu iz Antonio