Uso de esterco de elefante para adubo Fundação Aga Khan (Moçambique) J. Dambiro.
adubo fosfatado
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7/24/2019 adubo fosfatado
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Aplicao de superfosfato simples em superfcie no arroz
Zacareli Massuquini(1)
; Daniel Bennemann Frasson(1)
; Suzana Pereira de Melo(2)
1Acadmicos do curso de Agronomia, UNEMAT, CampusUniversitrio de Tangar da Serra, e-mail:[email protected] ;
2Professora Depto de Agronomia, UNEMAT, Campus Universitrio de
Tangar da Serra, e-mail: [email protected]
RESUMO: O fsforo (P) um macronutriente limitante de altas produtividades nasreas de Cerrado devido a baixa disponibilidade nesses solos. Em funo distoobjetivou-se testar doses de Superfosfato Simples aplicadas superficialmente nacultura do arroz (Oriza sativa) cultivado no Cerrado. O experimento foi instalado nomunicpio de Tangar da Serra-MT utilizando a cultivar de arroz Primavera. Odelineamento experimental utilizado foi o em blocos casualizados, com 5tratamentos e 4 repeties, totalizando vinte parcelas, cada uma com rea total de15 m2 (5x3 m). Os tratamentos foram cinco doses de P 2O5, em kg ha
-1: 0; 80; 160;240 e 320. Em todos os tratamentos foram adicionados 40 kg ha -1 de nitrognio (N)dividido em duas aplicaes de cobertura de 20 kg ha -1 cada. As variveis
analisadas foram: Nmero de pancula, massa seca e P acumulado. Os resultadosmostram diferena significativa para todas as variveis analisadas em funo dasdoses de P aplicadas.
Palavras-chave: adubao, fsforo, Cerrado
INTRODUO
Produzido e consumido em todos os continentes, o arroz destaca -se pelovolume de produo e rea de cultivo, sendo considerada a cultura alimentcia demaior importncia econmica para vrios pases em desenvolvimento. O cereal
alimento bsico de cerca de 2,4 bilhes de pessoas, fornecendo 27% da dietacalrica e 20% da protena consumida no mu ndo. Atualmente a cultura com maiorpotencial de aumento de produo e, possivelmente, de combate fome no mundo.Em decorrncia, desempenha papel estratgico na soluo de questes desegurana alimentar (EMBRAPA, 2007)
No entanto, a maioria dos solos agricultveis do mundo so pobres em P,num total de aproximadamente 5,7 bilhes de hectares. No Brasil, particularmentena regio do Cerrado, cerca de 90% das anlises qumicas de amostras de solosapresentaram teor de P disponvel (Mehlich -1) inferior a 2 mg dm-3(BALIGAR et al.2001). Sua baixa disponibilidade, associada mobilidade restrita no solo tornam -sefatores limitantes ao desenvolvimento do arroz, pois mais de 90 % do P entra emcontato com as razes via difuso.
Segundo ISHIZUKA e TANAKA (1960) a deficincia de P provoca diminuiona altura de plantas, enquanto que h prolongamento de razes, embora compequena produo de massa. A falta de P tambm altera profundamente a produode folhas, colmos, panculas, nmero e peso de gros.
Objetivou-se avaliar a influncia da adubao fosfatada, utilizando oSuperfosfato Simples como fonte, aplicado no solo superficialmente, para a culturado arroz cultivado em solo de Cerrado.
MATERIAL E MTODOS
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O experimento foi instalado no dia 17 de outubro de 2008, no stio SantoAntonio, situado na estrada So Jos km 07, no municpio de Tangar da Serra -MT. A cultura implantada foi o arroz, e a variedade utilizada foi a Primavera. Adotou -se delineamento experimental em blocos casualizados, com 5 tratamento s e 4repeties, totalizando vinte parcelas com 15 m 2(5x3 m) de rea total cada uma. Os
tratamentos foram (kg ha-1
de P2O5): 0; 80; 160; 240 e 320. A adubao de coberturafoi de 40 kg ha -1de N dividido em duas aplicaes de 20 kg ha -1, utilizando a uriacomo fonte. O solo, inicialmente, apresentava as seguintes caractersticas qumicas:pH em CaCl2 = 5,5; M.O. = 40,3 g kg
-1; P = 0,4 mg dm-3; S = 9,8 mg dm-3; K = 0,44cmolcdm
-3; Ca = 8,3 cmolcdm-3; Mg = 2,2 cmolcdm
-3; Al = 0,0 mg dm-3; H+Al = 2,5cmolcdm
-3; V% = 10,9; CTC pH7 = 13,5; B = 1,25 mg dm-3; Cu = 21,1 mg dm-3; Fe =186,4 mg dm-3e Zn = 8,74 mg dm-3; e fsicas: 190 g kg -1de areia, 230 g kg -1de siltee 580 g kg-1de argila.
Para a avaliao da massa seca e acmulo de P na planta utilizou-se 1m, asplantas foram cortadas rente ao solo e levadas estufa de circulao forada de ara 65C at peso constante. Para a varivel nmero de panculas a rea til foi de8m. Foram contadas todas as panculas da rea til . Para avaliar o acmulo de P
na planta, foram coletadas 20 folhas bandeira totalmente formadas, no perodo deperfilhamento da cultura. As mesmas foram levadas estufa de circulao foradade ar a 65C por 72 horas, sendo posteriormente trituradas e enviadas aolaboratrio.
Os dados obtidos foram submetidos anlise varincia mediante significnciado teste F. Para os dados que apresentaram diferenas significativas aplic ou-seanlise de regresso. As anlises de varincia e de regresso foram realizadas como auxlio do programa estatstico SISVAR (FERREIRA 2003).
RESULTADOS E DISCUSSO
A Figura 1 mostra a massa seca da parte are a, a qual atingiu valor mximo
de 416 g m-2 na dose de 223 kg ha -1 de P2O5. Estudos realizados por FAGERIA(2001) com adubao fosfatada na cultura do arroz em terras altas do cerradomostrou produo mdia de massa seca de 634 g m -2. O P um dos nutrientesmais importantes para o aumento de massa seca do arroz cultivado em terras altas(FAGERIA, 1991).
O nmero de panculas variou de forma linear em f uno das doses de Paplicadas (Figura 2). Dentro do intervalo das doses de P testadas o nmero depanculas em 8 m2 variou de 1.135 (tratamento controle) a 1.746 (320 kg ha-1 deP2O5).
O acmulo de P na parte rea do arroz, varivel usada como indicador dedeficincia ou suficincia de nutriente na planta, passou de 1,22 kg ha-1na ausnciade P para 2,22 kg ha-1 na dose de 183,33 kg ha-1 P
2O
5, sendo essa a dose
responsvel pelo ponto mximo de acmulo de P na parte area. Em trabalhosrealizados por FAGERIA (2001) em terras altas do cerrado, obteve 3 kg ha -1de Pacumulado, em relao a uma produo de matria seca de 6.343 kg ha -1.
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Y=246,52 + 1,5182X - 0,0034X2
R2 = 0,99
200
250
300
350
400
450
0 80 160 240 320
MassaSeca(gm
-2
Doses de P2O5, kg ha-1
Figura 1Massa seca (g m-2) da parte rea do arroz em funo das doses de P2O5 aplicadassuperficialmente no solo.
Y = 1135,15 + 1,911XR =0,79
900
1000
1100
1200
1300
1400
1500
1600
1700
1800
0 80 160 240 320
Npanculasdareatil
Doses P2O5, kg ha-1
Figura 2Nmero de panculas do arroz em 8 m2 em funo das doses de P2O
5aplicadas
superficialmente no solo.
Y = 1,2007 + 0,0113X- 0,00003X2
R2 = 0,99
1
1,2
1,4
1,6
1,8
2
2,2
2,4
0 80 160 240 320
Pacumuladokgha
-
Dose P2O5, kg ha-1
Figura 3Fsforo acumulado (g m -2) na massa seca da parte rea do arroz em funo das doses de P2O5aplicadas superficialmente no solo
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CONCLUSO
O uso do P, aplicado superficialmente no solo, na adubao do arroz noCerrado mostrou resultados satisfatrios nas variveis analisadas .
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BALIGAR, V.C.; FAGERIA, N.K.; HE, Z.L. Nutrient use efficiency in plants .Communications in soil science and plant analysis. New york. v.32, p.921-950, 2001.
EMBRAPA. Adubao e calagem para o arroz irrigado no Rio Grande do Sul .Circular tcnica 62. Pelotas RS, 2007.
FAGERIA, N.K. Resposta de cultivares de arroz a fertilizante fosfatado em
latossolo vermelho-escuro do Brasil central. Revista Brasileira de Cincia doSolo, Campinas, v.15, p.63-67, 1991.
FAGERIA, N.K Resposta do arroz de terras altas, feijo, milho e soja saturao por base em solo de cerrado.Revista Brasileira de Engenharia Agrcolae Ambiental, Campina Grande, v.5, p.416 -424, 2001.
FERREIRA, D.F. SISVAR: Sistema de anlise de varincia . Verso 4.6. Lavras:UFLA/DEX, 2003.
ISHIZUKA, Y. e TANAKA, A. Journal Science Soil and Manure , Japan, 31(10):491-94.1962.