Adolescência, Prevenção e Risco Prof Dra Maria Ignez Saito Unidade de Adolescentes ICr – HC...
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Adolescência, Adolescência, Prevenção e Prevenção e
RiscoRisco
Adolescência, Adolescência, Prevenção e Prevenção e
RiscoRisco
Prof Dra Maria Ignez SaitoUnidade de AdolescentesICr – HC FMUSP
Conceito de AdolescênciaConceito de Adolescência
A adolescência, desde o início do século
XIX, é reconhecida como período crítico
da existência humana, fundamental para
a construção do sujeito definitivo
Definição de AdolescênciaDefinição de Adolescência• Não nasce com o homem, sendo produto da
reflexão de várias ciências e áreas do conhecimento como a Sociologia, a Antropologia, o Direito, a Medicina...
• Para a Medicina a adolescência é definida como um período de transição biopsicossocial que ocorre entre a infância e a adultícia, caracterizado, principalmente, pela transformação, o que lhe confere maior vulnerabilidade e risco
Conceito de Risco
• Tradicionalmente, a epidemiologia usava o conceito de risco
essencialmente do ponto de vista biomédico. Mais
recentemente, no entanto, este conceito tem se estendido
para o ambiente social e para o comportamento. Essa
consideração é importante especialmente quando se
estudam problemas relacionados à adolescência,
principalmente na esfera comportamental
Outro aspecto a ser
ressaltado é a possibilidade
do encadeamento dos fatores
de risco. Por exemplo, no
caso da gravidez na
adolescência: ela é fator de
risco para prematuridade que
é fator de risco para
mortalidade perinatal.
Conceito de Prevenção
• Ao conceito de risco acoplou-se a idéia de fator de proteção, ou seja, aquele ou aqueles ligados à prevenção, enfoque relevante para a assistência integral à saúde do adolescente
Fatores de Risco
• Individuais
• Ambientais
Puberty Edvard Munch
Síndrome da Adolescência Normal
busca da identidade tendência grupal necessidade de
intelectualizar e fantasiar crises religiosas vivência temporal singular evolução sexual atitude social reivindicatória separação progressiva dos pais constantes flutuações do humor
e do ânimo
The world’s most beautiful dolls
The Editors of “Dolls” Magazine, 1994
The world’s most beautiful dolls
The Editors of “Dolls” Magazine, 1994
Senso Senso de de invulnerabilidade.invulnerabilidade.
... a turma.... a turma.
A exclusão do grupo
Constantes flutuações no humor e Constantes flutuações no humor e estado de ânimo.estado de ânimo.
SEXUALIDADE - ADOLESCÊNCIASEXUALIDADE - ADOLESCÊNCIA
Fonte: Eisentein, E. e Souza, R.P. – “Situações de Risco à
Saúde de crianças e adolescentes” – Editora
Vozes, 1993.
Fonte: Eisentein, E. e Souza, R.P. – “Situações de Risco à
Saúde de crianças e adolescentes” – Editora
Vozes, 1993.
Desejo de gravidez - difícil de
mensurar por ser
freqüentemente inconsciente
Desejo de gravidez - difícil de
mensurar por ser
freqüentemente inconsciente
Corpo preparado para
reprodução
Psico-emocional
despreparado
Corpo preparado para
reprodução
Psico-emocional
despreparado
Grupos de referênciaGrupos de referênciaGrupos de referênciaGrupos de referência
FamíliaFamília EscolaEscola SaúdeSaúde MídiaMídia ComunidadeComunidade
FamíliaFamília EscolaEscola SaúdeSaúde MídiaMídia ComunidadeComunidade
Família
• Família nuclear – nem sempre a mais adequada. Faz,
muitas vezes parte do apego ao passado projetado de
maneira saudosista no futuro
• Família contemporânea – reconhece o ser humano como
tal. Relações de afeto, diálogo, respeito e compromisso
• Família – transmissão de valores
• Família nuclear – nem sempre a mais adequada. Faz,
muitas vezes parte do apego ao passado projetado de
maneira saudosista no futuro
• Família contemporânea – reconhece o ser humano como
tal. Relações de afeto, diálogo, respeito e compromisso
• Família – transmissão de valores
FamíliaFamíliaFamíliaFamília
• Família estruturada e desestruturadaFamília estruturada e desestruturada
• Família uniparentalFamília uniparental
• Antecedentes familiares de gravidez na adolescênciaAntecedentes familiares de gravidez na adolescência
• Moradia fora da famíliaMoradia fora da família
• Abuso sexual na famíliaAbuso sexual na família
• Família estruturada e desestruturadaFamília estruturada e desestruturada
• Família uniparentalFamília uniparental
• Antecedentes familiares de gravidez na adolescênciaAntecedentes familiares de gravidez na adolescência
• Moradia fora da famíliaMoradia fora da família
• Abuso sexual na famíliaAbuso sexual na família
A dimensão da A dimensão da
proposta da família, proposta da família,
para o novo milênio para o novo milênio
deve estar direcionada deve estar direcionada
para a construção de para a construção de
seres pensantes, seres pensantes,
críticos, com críticos, com
instrumentos capazes instrumentos capazes
de melhorar o projeto de melhorar o projeto
social.social.
A dimensão da A dimensão da
proposta da família, proposta da família,
para o novo milênio para o novo milênio
deve estar direcionada deve estar direcionada
para a construção de para a construção de
seres pensantes, seres pensantes,
críticos, com críticos, com
instrumentos capazes instrumentos capazes
de melhorar o projeto de melhorar o projeto
social.social.
A ESCOLA E O CRESCER:A ESCOLA E O CRESCER:APRENDIZADO DA AUTONOMIAAPRENDIZADO DA AUTONOMIA
• Educar para o crescimento Educar para o crescimento • Educar para assumir a incerteza;Educar para assumir a incerteza;• Educar para gozar a vida;Educar para gozar a vida;• Educar para a significação;Educar para a significação;• Educar para a expressão;Educar para a expressão;• Educar para a convivência;Educar para a convivência;• Educar para o amor;Educar para o amor;• Educar para se apropriar da história Educar para se apropriar da história
e da cultura. e da cultura.
Escola: A nova PropostaEscola: A nova Proposta
• O que se defende é “a absoluta necessidade de acelerarmos o ritmo de mudança dentro das instituições de ensino, visando acompanhar uma nova realidade social já estabelecida” (Ryon Braga)
• Para que se tenha a proposição final que o mundo será melhor com uma educação permanente, de qualidade e acessível a todos o maior desafio “está no compromisso que a escola terá que assumir em relação a resultados; a escola, finalmente, se tornará responsável” (Peter Drucker)
• Não imaginar o outro como conteúdo vazio a ser Não imaginar o outro como conteúdo vazio a ser preenchido com valores daquele que orienta.preenchido com valores daquele que orienta.
• Lembrar que educadores e ducandos têm valores, Lembrar que educadores e ducandos têm valores, história de vida e propostas diferentes inclusive história de vida e propostas diferentes inclusive em relação ao exercício da sexualidadeem relação ao exercício da sexualidade
• Abandonar critérios morais de julgamento Abandonar critérios morais de julgamento substituindo-os por outros de proteção ao substituindo-os por outros de proteção ao indivíduo a sua saúde e projeto de vidaindivíduo a sua saúde e projeto de vida
• Não imaginar o outro como conteúdo vazio a ser Não imaginar o outro como conteúdo vazio a ser preenchido com valores daquele que orienta.preenchido com valores daquele que orienta.
• Lembrar que educadores e ducandos têm valores, Lembrar que educadores e ducandos têm valores, história de vida e propostas diferentes inclusive história de vida e propostas diferentes inclusive em relação ao exercício da sexualidadeem relação ao exercício da sexualidade
• Abandonar critérios morais de julgamento Abandonar critérios morais de julgamento substituindo-os por outros de proteção ao substituindo-os por outros de proteção ao indivíduo a sua saúde e projeto de vidaindivíduo a sua saúde e projeto de vida
Fator EconômicoFator EconômicoFator EconômicoFator Econômico
• O fator econômico é fruto direto das políticas governamentais
• O condicionante econômico - renda -funciona como desencadeante limitante ao acesso à informação, educação, bens, serviços e principalmente a realização do projeto de vida
• É conhecida a relação entre pobreza e doença e entre saúde e produção, considerando a saúde dentro de uma concepção macroeconômica intersetorial e política
• O fator econômico é fruto direto das políticas governamentais
• O condicionante econômico - renda -funciona como desencadeante limitante ao acesso à informação, educação, bens, serviços e principalmente a realização do projeto de vida
• É conhecida a relação entre pobreza e doença e entre saúde e produção, considerando a saúde dentro de uma concepção macroeconômica intersetorial e política
•O homem não é só um meio da O homem não é só um meio da economia mas sim o seu fim e economia mas sim o seu fim e sua razão de sersua razão de ser
•O sucesso do crescimento do O sucesso do crescimento do homem está condicionado e homem está condicionado e condiciona o crescimento da condiciona o crescimento da naçãonação
““Já é consenso que o desenvolvimento humano Já é consenso que o desenvolvimento humano
deva ser o centro de qualquer outro processo de deva ser o centro de qualquer outro processo de
desenvolvimento e que o desenvolvimento desenvolvimento e que o desenvolvimento
econômico não melhora automaticamente o econômico não melhora automaticamente o
desenvolvimento humano.”desenvolvimento humano.”
““Já é consenso que o desenvolvimento humano Já é consenso que o desenvolvimento humano
deva ser o centro de qualquer outro processo de deva ser o centro de qualquer outro processo de
desenvolvimento e que o desenvolvimento desenvolvimento e que o desenvolvimento
econômico não melhora automaticamente o econômico não melhora automaticamente o
desenvolvimento humano.”desenvolvimento humano.”
CONFERÊNCIA MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOSCONFERÊNCIA MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOSTAILÂNDIA - 1990TAILÂNDIA - 1990
CONFERÊNCIA MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOSCONFERÊNCIA MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOSTAILÂNDIA - 1990TAILÂNDIA - 1990
Fator culturalFator culturalFator culturalFator cultural
““Cultura são todas as manifestações de vida de um Cultura são todas as manifestações de vida de um
povo, com seu modo de pensar agir e sentir”. Esta povo, com seu modo de pensar agir e sentir”. Esta
definição abrangente inclui a língua, as tradições, o definição abrangente inclui a língua, as tradições, o
conhecimento, a ética, a moral de cada conhecimento, a ética, a moral de cada
agrupamento social.agrupamento social.
““Cultura são todas as manifestações de vida de um Cultura são todas as manifestações de vida de um
povo, com seu modo de pensar agir e sentir”. Esta povo, com seu modo de pensar agir e sentir”. Esta
definição abrangente inclui a língua, as tradições, o definição abrangente inclui a língua, as tradições, o
conhecimento, a ética, a moral de cada conhecimento, a ética, a moral de cada
agrupamento social.agrupamento social.
A cultura nomeia o papel e o lugar dos adolescentes nas A cultura nomeia o papel e o lugar dos adolescentes nas diferentes sociedades.diferentes sociedades.
A adolescência, que o ocidente inventou, se caracteriza pela A adolescência, que o ocidente inventou, se caracteriza pela grande duração, indeterminação, grande carga de conflitos e grande duração, indeterminação, grande carga de conflitos e
grosseira assincronia entre a maturidade sexual e a grosseira assincronia entre a maturidade sexual e a maturidade social.maturidade social.
A cultura nomeia o papel e o lugar dos adolescentes nas A cultura nomeia o papel e o lugar dos adolescentes nas diferentes sociedades.diferentes sociedades.
A adolescência, que o ocidente inventou, se caracteriza pela A adolescência, que o ocidente inventou, se caracteriza pela grande duração, indeterminação, grande carga de conflitos e grande duração, indeterminação, grande carga de conflitos e
grosseira assincronia entre a maturidade sexual e a grosseira assincronia entre a maturidade sexual e a maturidade social.maturidade social.
O adolescente geralmente é julgado O adolescente geralmente é julgado através dos preconceitos e esteriótipos através dos preconceitos e esteriótipos pelos adultos desta cultura que vêem pelos adultos desta cultura que vêem
os jovens como irresponsáveis. os jovens como irresponsáveis.
O adolescente geralmente é julgado O adolescente geralmente é julgado através dos preconceitos e esteriótipos através dos preconceitos e esteriótipos pelos adultos desta cultura que vêem pelos adultos desta cultura que vêem
os jovens como irresponsáveis. os jovens como irresponsáveis.
• ADOLESCÊNCIA• SEXO• DROGAS• ROCK AND ROLL
• ADOLESCÊNCIA• SEXO• DROGAS• ROCK AND ROLL
““Não vejo esperança para o futuro do Não vejo esperança para o futuro do nosso povo se ele depender da nosso povo se ele depender da frívola mocidade de hoje, pois todos frívola mocidade de hoje, pois todos os jovens são indizivelmente frívolos. os jovens são indizivelmente frívolos. Quando eu era menino, ensinavam-Quando eu era menino, ensinavam-nos a ser discretos e a respeitar o nos a ser discretos e a respeitar o mais velhos, mas os moços de hoje mais velhos, mas os moços de hoje são excessivamente sabidos e não são excessivamente sabidos e não toleram restrições.”toleram restrições.”
HesíodoHesíodoVIII ªC.VIII ªC.
MÍDIAMÍDIA
Distribuição do Tempo dos AdolescentesDistribuição do Tempo dos Adolescentes
EscolaEscola -- 11.000 horas instrução formal (Ginásio)11.000 horas instrução formal (Ginásio)
TVTV -- 15.000 horas assistindo à TV (mesmo período)15.000 horas assistindo à TV (mesmo período)
Convívio com paisConvívio com pais -- 12 horas semanais12 horas semanais TVTV -- 23 a 24 horas por semana23 a 24 horas por semana
Fonte: Strasburger V, EUA, 1989.Fonte: Strasburger V, EUA, 1989.
MÍDIA / ADOLESCÊNCIAMÍDIA / ADOLESCÊNCIA
• A imagem pública atual dos A imagem pública atual dos adolescentes não os favorece e portanto adolescentes não os favorece e portanto não é surpresa que a visão do público não é surpresa que a visão do público sobre o adolescente seja hostil (Garland sobre o adolescente seja hostil (Garland e Zigler)e Zigler)
• Rewen Feursten “Os jovens vivem no Rewen Feursten “Os jovens vivem no mundo sem passado; não tem história e mundo sem passado; não tem história e em seu futuro não há projetos de vidaem seu futuro não há projetos de vida
• A imagem pública atual dos A imagem pública atual dos adolescentes não os favorece e portanto adolescentes não os favorece e portanto não é surpresa que a visão do público não é surpresa que a visão do público sobre o adolescente seja hostil (Garland sobre o adolescente seja hostil (Garland e Zigler)e Zigler)
• Rewen Feursten “Os jovens vivem no Rewen Feursten “Os jovens vivem no mundo sem passado; não tem história e mundo sem passado; não tem história e em seu futuro não há projetos de vidaem seu futuro não há projetos de vida
O caminho das realizações deve ser sustentado
por todos os grupos de referência que constituem
a sociedade contemporânea. Na verdade deve-se
exortar os jovens a se manterem intocados pelas
frustrações dos que percorreram a estrada sem
sucesso. Eles não devem resvalar frente aos
modelos de não realização que podem estar
presentes na vida dos adultos.
Indivíduo Indivíduo Comunidade/Sociedade Comunidade/Sociedade
Associação para Associação para presença de riscopresença de risco
“Nada se resolve vitimizando ou culpabilizando os adolescentes”
A adolescência é uma das fases da vida mais afetada pela violência
A violência é a principal causa da mortalidade e morbidade na adolescência
Adolescentes não são apenas vítimas mas também autores agentes originais ou intermediários de todas as formas de violência
Conceito de violênciaConceito de violência
“A humanização da violência implica em sua elaboração, direcionamento, simbolização, imbricação nos contextos das relações estabelecidas pelo homem, podendo ser favorecida até pelas transformações sócio-culturais.”
A violência é geralmente mostrada como fato terminal isolado sendo esquecida a história individual e ou coletiva que levou a esta resultante, envolvendo desde o plano familiar até o político-social.
“A humanização da violência implica em sua elaboração, direcionamento, simbolização, imbricação nos contextos das relações estabelecidas pelo homem, podendo ser favorecida até pelas transformações sócio-culturais.”
A violência é geralmente mostrada como fato terminal isolado sendo esquecida a história individual e ou coletiva que levou a esta resultante, envolvendo desde o plano familiar até o político-social.
Conceito de Violência
Precisa integrar os seguintes aspectos:
Considerar a violência como realidade e atividade humana Caracterizar a violência como processo Fazer a diferenciação entre violência e acidente Lembrar o contraste paroxal entre o caráter consciente da violência e a
baixa consciência social sobre o problema Não levar em conta apenas critérios estatísticos numéricos Julgar com muito cuidado critérios que envolvem gravidade Ter em mente a negligência como forma de violência Enfocar a adolescência seguindo a visão do binômio risco/vulnerabilidade
Causas Externas
Dentre as causas de mortalidade na adolescência,
destacam-se aquelas denominadas de causas externas,
onde os componentes ligados direta ou indiretamente à
violência permanecem presentes, violência essa
traduzida nas suas várias formas, desde a negligência, a
violência psicológica até a auto-violência e os acidentes.
Cabe ressaltar que por vezes é muito tênue a linha que
pode separar a violência do acidente
Dentre as causas de mortalidade na adolescência,
destacam-se aquelas denominadas de causas externas,
onde os componentes ligados direta ou indiretamente à
violência permanecem presentes, violência essa
traduzida nas suas várias formas, desde a negligência, a
violência psicológica até a auto-violência e os acidentes.
Cabe ressaltar que por vezes é muito tênue a linha que
pode separar a violência do acidente
Violência doméstica - Definição“é uma violência interpessoal e intersubjetiva;
é um abuso do poder disciplinar e coercitivo dos pais ou responsáveis;
é um processo que pode se prolongar por meses até anos;
é um processo de completa objetalização da vítima, reduzindo-a à condição de objeto de maus-tratos;
é uma forma de violação dos direitos essenciais da criança e do adolescente enquanto pessoa sendo, portanto, uma negação de valores humanos fundamentais como a vida, a liberdade, a segurança;
Tem na família sua ecologia privilegiada. Como esta pertence à esfera do privado, a violência doméstica acaba se revestindo da tradicional característica de sigilo”.
Azevedo, 1990
“O jovem, pela sua própria condição desempenha
simultaneamente o papel de vítima e testemunha das
atrocidades cometidas pelo adulto contra todas as
manifestações de sua experiência
Geraldo Semenzato
Sociologo
Mídia como EducadorMídia como EducadorMídia como EducadorMídia como Educador
GRAVIDEZGRAVIDEZNA ADOLESCÊNCIANA ADOLESCÊNCIA
AAAA DDDD OOOO LLLL EEEE SSSS CCCC ÊÊÊÊ NNNN CCCC IIII AAAAIIIIDDDDAAAADDDDAAAA
AAAAIIIINNNN
CCCCIIIITTTTÉÉÉÉ
E D U C A Ç Ã O S E X U A LE D U C A Ç Ã O S E X U A LE D U C A Ç Ã O S E X U A LE D U C A Ç Ã O S E X U A LS A Ú D ES A Ú D ES A Ú D ES A Ú D E
Código de Código de Ética Ética
MédicaMédica
Código de Código de Ética Ética
MédicaMédica
Capítulo IXSegredo Médico
...Artigo 103 - É vedado ao médico:
Revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente.
Capítulo IXSegredo Médico
...Artigo 103 - É vedado ao médico:
Revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente.
Publicado no D.O.U. de 26/01/83Publicado no D.O.U. de 26/01/83
PrivacidadePrivacidade
A privacidade é o direito que o adolescente possui independentemente da idade de ser atendido sozinho, em um espaço privado de consulta- Mantida também durante o exame físico- Não é sinônimo de escondido- Sinônimo de crescimento e responsabilidade
A privacidade é o direito que o adolescente possui independentemente da idade de ser atendido sozinho, em um espaço privado de consulta- Mantida também durante o exame físico- Não é sinônimo de escondido- Sinônimo de crescimento e responsabilidade
ConfidencialidadeConfidencialidade
Confidencialidade é definida como um acordo entre o profissional de saúde e o cliente, no qual as informações discutidas durante e depois da consulta ou entrevista, não podem ser passadas a seus pais e/ou responsáveis sem a permissão explícita do adolescente.
A confidencialidade apoia-se em regras da bioética médica através de princípios morais e de autonomia.
Confidencialidade é definida como um acordo entre o profissional de saúde e o cliente, no qual as informações discutidas durante e depois da consulta ou entrevista, não podem ser passadas a seus pais e/ou responsáveis sem a permissão explícita do adolescente.
A confidencialidade apoia-se em regras da bioética médica através de princípios morais e de autonomia.
SEGREDO MÉDICO
• Atividade Sexual• DST• Experimentação de
drogas
SEGREDO MÉDICO
• Gravidez• HIV / AIDS• Drogadição• Recusa a uso de
medicamento• Tendência suicida• Tendência homicida
Sempre que se fala em
privacidade e em
confidencialidade se fala em
ética, mas não em lei.
Estatuto da Estatuto da Criança e do Criança e do AdolescenteAdolescente
Lei 8069
13 de julho de 1990
“Em 1999 a ONU realizou um processo de revisão do programa (CAIRO + 5) avançando nos direitos dos jovens. Na revisão do documento deixou de ser incluído os direitos dos pais em todas as referencias aos adolescentes garantindo os direitos dos adolescentes à privacidade, sigilo, ao consentimento informado, à educação sexual, inclusive no currículo escolar, à informação e assistência à saúde reprodutiva”.
“Em 1999 a ONU realizou um processo de revisão do programa (CAIRO + 5) avançando nos direitos dos jovens. Na revisão do documento deixou de ser incluído os direitos dos pais em todas as referencias aos adolescentes garantindo os direitos dos adolescentes à privacidade, sigilo, ao consentimento informado, à educação sexual, inclusive no currículo escolar, à informação e assistência à saúde reprodutiva”.
“o respeito da autonomia da criança e do adolescente,
o que implica para este último em privacidade e
confidencialidade, “faz com que esses indivíduos
passem de objeto a sujeito de direito”.
Fórum 2002 Adolescência, Contracepção e Ética
Unidade de Adolescentes do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas – FMUSP
Organização do evento e elaboração do relatório final
Maria Ignez Saito & Marta Miranda Leal
•O adolescente tem direito à educação sexual, ao acesso de informação sobre contracepção, à confidencialidade e sigilo sobre sua atividade sexual e sobre a prescrição de métodos anticoncepcionais, respeitadas as ressalvas do Art. 103, Código de Ética Médica. O profissional que assim se conduz não fere nenhum preceito ético não devendo temer nenhuma penalidade legal
• Em relação ao temor da prescrição de anticoncepcionais para menores de 14 anos (violência presumida de estupro) a presunção de estupro deixa de existir, frente à informação que o profissional possui de sua não ocorrência, devendo ser consideradas todas as medidas cabíveis para melhor proteção da saúde do adolescente (ECA), o que retira qualquer possibilidade de penalidade legal
A Educação Sexual deverá contemplar
Educação Sexual
Cecília Cardinal de MartínSexualidad Humana - OPAS-OMS, 1990
• Deve ser:– Uma educação mais para o ser do que para o
ter e o fazer– Uma educação para formação da
auto-consciência e dos valores internos
– Uma educação para a troca– Uma educação para o amor– Uma educação para a liberdade– Uma educaçào para a vida passada, presente
e futura
• Deve ser:– Uma educação mais para o ser do que para o
ter e o fazer– Uma educação para formação da
auto-consciência e dos valores internos
– Uma educação para a troca– Uma educação para o amor– Uma educação para a liberdade– Uma educaçào para a vida passada, presente
e futura
• É possível acreditar-se que o projeto de vida só termina com a morte
• Segundo a visão de Baldivieso e Perotto o homem é estruturalmente um ser inacabado, uma tarefa em aberto que nunca se concluirá, porque por mais que ele tenha realizado, há sempre a possibilidade de maiores realizações
• A adolescência é sem dúvida o momento, por excelência, da abertura do grande leque de opções da vida, no qual as fantasias deveram ser abandonadas se estiverem fora da realidade para a execução do projeto, mas nunca os sonhos
Criança era outro...Criança era outro...
Naquele em que me tornei Naquele em que me tornei
Cresci e esqueci.Cresci e esqueci.
Tenho de meu, agora,Tenho de meu, agora,
um silêncio, uma leium silêncio, uma lei
Ganhei ou perdi?Ganhei ou perdi?
Fernando Fernando PessoaPessoa
Criança era outro...Criança era outro...
Naquele em que me tornei Naquele em que me tornei
Cresci e esqueci.Cresci e esqueci.
Tenho de meu, agora,Tenho de meu, agora,
um silêncio, uma leium silêncio, uma lei
Ganhei ou perdi?Ganhei ou perdi?
Fernando Fernando PessoaPessoa