Adm.Fin. e Orçamentária II 1 ORÇAMENTO EMPRESARIAL Prof. Leopoldino Vieira Neto .
Transcript of Adm.Fin. e Orçamentária II 1 ORÇAMENTO EMPRESARIAL Prof. Leopoldino Vieira Neto .
Adm.Fin. e Orçamentária II 1
ORÇAMENTO EMPRESARIAL
Prof. Leopoldino Vieira Netohttp://www.leovine.com.br
Adm.Fin. e Orçamentária II 2
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA DA EMPRESADA EMPRESA
GESTÃO EMPRESARIAL
PLANEJAMENTO
COMANDO
ORGANIZAÇÃOCONTROLE
COORDENAÇÃO
Adm.Fin. e Orçamentária II 3
A FUNÇÃO PLANEJAMENTO
“O planejamento consiste em estabelecer com antecedência as ações a serem executadas dentro de cenários e condições preestabelecidos, estimando os recursos a serem utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir os objetivos fixados” (HOJI, 2000, p. 359)
Adm.Fin. e Orçamentária II 4
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
“é o processo de estimar a quantia necessária de financiamento para continuar as operações de uma companhia e de decidir quando e como a necessidade de fundos seria financiada.” (Groppelli & Nikbakht)
Adm.Fin. e Orçamentária II 5
Finalidade do Planejamento Financeiro: Desenvolver processos, mecanismos e
atitudes que tornem possível:Avaliar as implicações futuras de decisões
presentes, em função dos objetivos da organização;
A tomada de decisões no futuro, de modo mais rápido e eficiente.
Adm.Fin. e Orçamentária II 6
Premissas para o Planejamento Financeiro Fixação de objetivos gerais da empresa
(estratégicos). Determinação dos objetivos de cada setor da
empresa, em função dos objetivos gerais (ou estratégicos).
Estabelecimento de um sistema de informações, que permita avaliar a execução dos planos em confronto com as previsões.
Adm.Fin. e Orçamentária II 7
NÍVEIS DE DECISÃO E NÍVEIS DE DECISÃO E TIPOS DE PLANEJAMENTOTIPOS DE PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
TÁTICO
OPERACIONAL
DecisõesEstratégicas
PlanejamentoEstratégico
DecisõesTáticas
PlanejamentoTático
DecisõesOperacionais
PlanejamentoOperacional
Adm.Fin. e Orçamentária II 8
EXEMPLOS DOS TIPOS DE EXEMPLOS DOS TIPOS DE PLANEJAMENTOPLANEJAMENTO
NÍVEL T I P O
Estratégico PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Tático Planejamento
De Mercado
Planejamento
Financeiro
Planejamento
De Produção
Planejamento
RH.
Planejamento
Organizac.
Operacional Plano de lançamento de novos produtos
Plano de promoção
Plano de vendas
Plano de Pesquisas de Mercado
Plano de investimento em AP
Plano de Fluxo de Caixa
Demonstrações Contábeis Projetadas
Plano de capacidade de produção
Plano de controle da qualidade
Plano de estoques
Plano de utilização da MOB.
Plano de recrutamento e seleção
Plano de treinamento
Plano de cargos e sal.
Plano de sucessões
Plano de diretor de sistemas
Plano de estrutura organizacional
Plano de rotinas adm.
Plano de informações gerenciais
Adm.Fin. e Orçamentária II 9
Planejamento Financeiro de Longo Prazo (Estratégico):
Em geral, cobrem um período de 2 a 10 anos. Normalmente não são explícitos em números. Planos financeiros integrados ao processo de
produção e marketing para orientar a empresa a alcançar seus objetivos estratégicos.
Empresas que estão sujeitas a elevados graus de incerteza operacional adotam horizontes mais curtos (risco operacional).
Adm.Fin. e Orçamentária II 10
Planejamento Financeiro de Curto Prazo: Representa a expressão formal, em termos
quantitativos, das metas empresariais para um período específico (normalmente 1 ano).
Na prática é o Orçamento Empresarial, composto por: Orçamento de Vendas Orçamento de produção Orçamento dos custos de produção Orçamento das despesas operacionais Orçamento de investimentos Orçamento de caixa
Adm.Fin. e Orçamentária II 11
Sistema Orçamentário (fonte: Sobanski, 1994, p.19)
Adm.Fin. e Orçamentária II 12
SISTEMA ORÇAMENTÁRIO Definição de Moreira:
conjunto de planos e políticas que, formalmente estabelecidos em valores financeiros, permite à administração conhecer os resultados operacionais da empresa e executar os acompanhamentos para que esses resultados sejam alcançados e os possíveis desvios analisados, avaliados e corrigidos.
Adm.Fin. e Orçamentária II 13
Vantagens do Sistema Orçamentário Introduz o hábito do exame prévio e minucioso de
informações antes da TD. Contribui para TD mais rápidas e acertadas (eficiência
e efetividade). Estimula a participação de todos os membros da
administração na fixação dos objetivos. Exige quantificação das previsões. Facilita a delegação de poderes. Exige informações contábeis confiáveis. Permite identificar áreas eficientes e deficientes. Permite a utilização eficaz dos recursos disponíveis.
Adm.Fin. e Orçamentária II 14
Limitações do Sistema Orçamentário Baseia-se em estimativas. Deve ser continuamente monitorado e adaptado às
circunstâncias. Nem todas as empresas possuem recursos para
implementar um sistema adequado. Atrasos na emissão dos dados comprometem as ações
corretivas. As dificuldades de ajustes geram desconfianças em
relação ao resultado projetado. É apenas uma ferramenta de apoio a decisão, não
podendo tomar o lugar da administração.
Adm.Fin. e Orçamentária II 15
FUNÇÃO CONTROLEFUNÇÃO CONTROLE
Compreende a aferição do desempenho (em relação a um padrão) e a correção dos desvios que assegure a consecução de objetivos, de acordo com o plano da empresa.
Adm.Fin. e Orçamentária II 16
ATIVIDADES DA FUNÇÃO ATIVIDADES DA FUNÇÃO CONTROLECONTROLE
Medir o realizado Comparar o realizado
com o planejado Analisar os desvios
significativos Adotar medidas corretivas Avaliar a efetividade das
providências tomadas Registrar essas
informações, para aperfeiçoar o processo de planejamento.
Adm.Fin. e Orçamentária II 17
SISTEMA DE PLANEJAMENTO E SISTEMA DE PLANEJAMENTO E CONTROLECONTROLE
PLANO ESTRATÉGICO
PLANO OPERACIONAL
ORÇAMENTO
EXECUÇÃO
RESULTADOS OBTIDOS
ANÁLISE DOS DESVIOS
MEDIDAS CORRETIVAS
ComponentesFísicos
ComponentesFinanceiros
PLANEJAMENTO
CONTROLE
Adm.Fin. e Orçamentária II 18
Princípios Fundamentais do Planejamento e Controle Orçamentário Envolvimento administrativo. Adaptação organizacional. Orientação para objetivos. Comunicação integral. Expectativas realistas. Contabilidade por áreas de responsabilidade. Oportunidade. Aplicação flexível. Reconhecimento do esforço individual e do grupo. Acompanhamento.
Orçamento
Adm.Fin. e Orçamentária II 19
Para Prever é necessário dados... Dados externos: referem-se à economia
Crescimento da população Comportamento do PIB (crescimento ou retração), Políticas econômicas Comércio com exterior Mercado concorrente (produtos substitutos) Mercado consumidor
Dados internos: referem-se à empresa Informações contábeis Estatísticas internas Capacidade produtiva e produtividade Políticas de preços Perspectivas de investimentos internos
Adm.Fin. e Orçamentária II 20
Os dados internos e externos... Inseridos em modelos e técnicas de previsão
proporcionam a possibilidade de previsão das vendas, da receita e da produção.
A partir do nível de produção, estima-se os recursos necessários (gastos – despesas, custos, investimentos, desembolsos).
Então pode-se projetar a variação do patrimônio da empresa.
Adm.Fin. e Orçamentária II 21
GASTOSENVOLVIDOS
(recursos)
Esquema
DADOS EXTERNOS
DADOS INTERNOS
NÍVEL DEPRODUÇÃO
PREVISÃODE VENDAS
MUTAÇÃOPATRIMONIAL
ATIVO
PASSIVO
PATRIM.LÍQUIDO
TÉCNICAS DEPREVISÃO
QuantitativasQualitativas
Adm.Fin. e Orçamentária II 22
ALGUMAS TÉCNICAS DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA Quantitativas
• Média simples• Média móvel (com
ajuste de TxCxS)• Regressão linear
Qualitativas• Pesquisa de Mercado• Projeção de cenários • Painel de consenso• Brainstorming• Analogia• Teoria da catástrofe
* Leia o Texto sobre Técnicas de Previsão – Apêndice C – Autor: Sobanski, 1994.
Adm.Fin. e Orçamentária II 23
Exemplo da Técnica de Regressão Linear
TAREFA: a partir de uma série temporal aleatória, de no mínimo 10 dados, desenhe a linha de tendência e a fórmula da reta de tendência. Utilize uma planilha eletrônica.
Adm.Fin. e Orçamentária II 24
ORÇAMENTO DE VENDASÉ normalmente pelo orçamento de vendas que se inicia a elaboração do Orçamento.
Adm.Fin. e Orçamentária II 25
Condicionantes Básicos do Orçamento de Vendas
Variáveis do mercado consumidorVariáveis de produçãoVariáveis de mercado fornecedorVariáveis de trabalhoVariáveis de recursos financeiro
RESTRIÇÕESINTERNAS E EXTERNAS
.
OBJETIVOS DE MKTCONVERGEM AOS OBJ. GERAIS DA EMPRESA
POLÍTICAS DE MKTPreçoProdutoPromoçãoPontos de Distribuição
Adm.Fin. e Orçamentária II 26
Restrições no Orçamento de Vendas Restrições Internas
• Capacidade produtiva insuficiente
• Estrutura adm.inadequada
• Pessoal interno inabilitado
• Insuficiência de capital de giro
Restrições Externas• Política de comércio
exterior desfavorável• Política monetária
(crédito e taxa de juros) desfavorável
• Mercado fornecedor precário
• Restrição de mão-de-obra externa
Adm.Fin. e Orçamentária II 27
Pesquisa com 389 empresas revela os métodos e técnicas de Previsão de Vendas mais utilizados na prática (Fonte: Welsch, 1996, p. 112-113)
Adm.Fin. e Orçamentária II 28
Técnicas de Previsão de Vendas utilizados
Adm.Fin. e Orçamentária II 29
Métodos e Técnicas de Previsão de Vendas mais utilizados
Adm.Fin. e Orçamentária II 30
Orçamento de ProduçãoDepois que sabemos quanto é nossa estimativa de venda, poderemos calcular quanto deveremos produzir.
Adm.Fin. e Orçamentária II 31
Fluxo de Vendas, Produção e Estoque (fonte: Sobanski, 1994, p. 30)
SENTIDO DOS INSUMOS
SUB-SISTEMA
Adm.Fin. e Orçamentária II 32
Tipos de Processos Produtitivos:
Produção constante:- Maior custo de estocagem;- Pouca flexibilidade em vendas;- Otimização dos ativos fixos;- Minimização do o regime extraordinário de trabalho;- Gestão facilitada do fluxo de materiais.
Produção variável:- Maior custo de manutenção dos equipamentos;- Maior custo da mão-de-obra;- Adm. de materiais complexa;- Níveis de estoque menores. Baixo custo -de estocagem.- Flexibilidade de vendas.
Adm.Fin. e Orçamentária II 33
O Plano de Produção requer o conhecimento: Do Plano de Vendas Das características de armazenamento dos
materiais Da Economia de escala do processo Da capacidade ótima e máxima de produção Da duração e etapas do processo produtivo Dos Lotes econômicos de produção Da utilização da MOB direta
Adm.Fin. e Orçamentária II 34
ORÇAMENTO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
Adm.Fin. e Orçamentária II 35
Orçamento de Matérias-Primas e Compras MP são bens adquiridos que, no processo
industrial, por transformação ou por montagem, integram-se nos produtos acabados.
Custos relacionados à MP: Custo do Material adquirido Despesas relativas ao processo de compra Despesas relativas à manutenção dos estoques Despesas decorrentes da falta de estoques
Adm.Fin. e Orçamentária II 36
Etapas para o Cálculo do Custo das MP Obter a quantidade de produtos a fabricar no
período a orçar; Multiplicá-la pela quantidade padrão de
consumo de MP por unidade de produto, obtendo a quantidade total de MP a consumir;
Multiblicar o resultado pelo custo médio unitário previsto para o período, obtendo o custo total da MP consumida.
Adm.Fin. e Orçamentária II 37
Orçamento de Compra da MP
A compra da MP depende da quantidade de Estoque Inicial que se tem no período a orçar e a quantidade de Estoque Final que se pretende deixar ao final do período a orçar.
Obedece a fórmula básica do Estoque: EF = EI + Entradas – Saídas Compras = EF – EI + Saídas p/ Produção
Adm.Fin. e Orçamentária II 38
Orçamento de Mão-de-Obra Direta (MOD) Compõem MOD todos os trabalhadores
relacionados na atividade fim da empresa. Numa indústria, inclui os supervisores dos operários, o pessoal do almoxarifado, da manutenção, e do planejamento e controle da produção.
Normalmente é considerado um custo variável, dada a alta correlação entre o tempo de MOD e o volume de produção.
Adm.Fin. e Orçamentária II 39
Cálculo do Custo da MOD Remuneração Líquida da MOD:
Horas de MOD X Salário/Hora
Custo Total da MOD: Remuneração Líquida + Encargos + DSR
Encargos: INSS, FGTS, 1/3 Férias, 13° Sal., seguros, planos de saúde, subsídios de refeição etc.
DSR = Descanso Semanal Remunerado
Adm.Fin. e Orçamentária II 40
Orçamentos das Despesas do Edifícil Despesas do Edifício são normalmente
consideradas como Custos Indiretos de Fabricação (CIF) e/ou despesas administrativas.
São normalmente FIXOS. Exemplos:
Salários e encargos das chefias Depreciações Ar condicionado, água e esgoto Despesas de conservação predial (zeladoria)
Adm.Fin. e Orçamentária II 41
Orçamento dos CIF Custos indiretos são aqueles que não podem ser
classificados como mão-de-obra direta ou matéria prima (ou seja, não têm relação direta com o nível de produção).
Podem ser FIXOS, VARIÁVEIS OU SEMIVARIÁVEIS.
Exemplos: Mão-de-obra indireta normalmente FIXO Materiais indiretos normalmente VARIÁVEL Manutenção normalmente SEMIVARIÁVEL Energia elétrica normalmente SEMIVARIÁVEL Depreciação normalmente FIXO Seguros normalmente FIXO
Adm.Fin. e Orçamentária II 42
Orçamento das Despesas Administrativas e Comerciais Despesas são sacrifícios financeiros (das áreas administrativa
e comercial) para obtenção de receita.
Também podem ser FIXAS, VARIÁVEIS OU SEMIVARIÁVEIS.
Exemplos: Despesas de Marketing normalmente FIXO Salários/encargos Adm. e de vendas FIXO e SEMIVARIÁVEL Telefone e comunicação normalmente FIXO Depreciação normalmente FIXO Material de expediente SEMIVARIÁVEL Transporte SEMIVARIÁVEL
Adm.Fin. e Orçamentária II 43
Orçamento de Caixa e Disponibilidades A projeção do Fluxo de Caixa é uma atividade
indispensável para a grande maioria das instituições.
A projeção do Fluxo de Caixa permite: Visualizar a provável posição financeira da empresa e as
possíveis insuficiências ou excessos de caixa.
Avaliar com antecedência alternativas de solução para
insuficiências de caixa
Identificar a melhor opção de aplicação de recursos excedentes.
Embasar a política de pagamentos e recebimentos da empresa.
Adm.Fin. e Orçamentária II 44
Métodos para o Orçamento do Fluxo de Caixa Método dos recebimentos e pagamentos.
É o método mais detalhado, recomendado para projeções de curto prazo.
Baseia-se nos orçamentos parciais, ajustado às datas em que as transações se converterão em dinheiro (caixa).
Método do resultado ajustado Recomendado para projeções superiores a um ano. Parte-se do resultado líquido projetado (lucro líquido) ajustando-
o por despesas e custos que não representam desembolso (depreciação) e por desembolsos ou ingressos que não são registrados no resultado econômico (DRE).
Adm.Fin. e Orçamentária II 45
Método Recebimentos e Pagamentos DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - CIA. PRESTADORA DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA.
CONTAS Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Saldo Inicial - 6.250,00 - 4.580,00 10.580,00
Fluxo Operacional 2.200,00 (3.580,00) 4.580,00 6.000,00 3.100,00
Entradas: 4.000,00 3.620,00 13.180,00 14.000,00 13.300,00
Vendas a vista 4.000,00 - 4.800,00 10.000,00 10.000,00
Vendas a prazo - 3.620,00 8.380,00 4.000,00 3.300,00
Saídas: 1.800,00 7.200,00 8.600,00 8.000,00 10.200,00
Salários operacionais (limpeza) 1.800,00 4.200,00 6.100,00 1.700,00 6.000,00
Salários Adm. - 1.400,00 2.500,00 2.500,00 2.000,00
Materiais de limpeza - - - 3.000,00 2.000,00
Materiais de expediente - 1.600,00 - 800,00 200,00
Fluxo Não operacional 4.050,00 (2.670,00) - - (560,00)
(+) Integralização de Capital 4.500,00 - - - -
(-) Compra de máquina limpeza 450,00 50,00 - - -
(-) Dividendos - 2.620,00 - - 560,00
Saldo Final de Caixa 6.250,00 - 4.580,00 10.580,00 13.120,00
Adm.Fin. e Orçamentária II 46
Método do Resultado Ajustado1. Saldo Inicial das Disponibilidades (CX/BCOS)
2. Lucro (Resultado) Líquido Projetado
3. Adições ao Lucro Líquido
Depreciação
Venda de ativos permanentes
Redução de devedores
Redução de estoques
Aumento de credores
Aumento de capital
Sub-total:
4. Deduções do Lucro Líquido
Pagamentos antecipados
Compra de ativos permanentes
Aumento de devedores
Aumento de estoques
Redução de credores
Dividendos pagos
Sub-total:
5. Saldo Final das Disponibilidades (1+2+3-4)
Adm.Fin. e Orçamentária II 47
ORÇAMENTO PÚBLICO
Adm.Fin. e Orçamentária II 48
Setor Privado X Setor Público
A distinção básica entre o setor privado e o setor público é que:
Na empresa privada, a administração pode agir como bem entender, desde que não infrinja leis.
Na entidade pública, a administração somente poderá agir mediante lei que autorize a ação.
Adm.Fin. e Orçamentária II 49
O que é Orçamento Público? É uma lei que exprime em termos financeiros a
alocação dos recursos públicos. Esta lei autoriza a aplicação do dinheiro público.
Nesta lei, são estimadas as receitas e fixadas as despesas para o período seguinte.
É um instrumento de planejamento do Estado, que espelha decisões políticas e estabelece ações prioritárias, em face a escassez dos recursos públicos.
Adm.Fin. e Orçamentária II 50
O Orçamento Público obedece: Constituição Federal de 1988
Capítulo II – Das Finanças Públicas Seção II – Dos Orçamentos
Artigos 165, 166, 167, 168 e 169
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I – o plano plurianualII – as diretrizes orçamentáriasIII – os orçamentos anuais”
Lei 4.320 de 17/03/1964 “Art. 1°. Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5°, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.”
Adm.Fin. e Orçamentária II 51
Lei 4.320/64Título I – DA LEI DO ORÇAMENTOCapítulo II – Disposições GeraisArt. 2° A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.§ 1° Integrarão a Lei do Orçamento:I – sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do governo;II – quadro demonstrativo da receita e despesa segundo as categorias econômicas na forma do Anexo n. 1;III – quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;IV – quadro das dotações por órgãos do Governo e da administração.§ 2° Acompanharão a Lei do Orçamento: I – quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;II – quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos n. 6 a 9;III – quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização de obras e de prestação de serviços.
Adm.Fin. e Orçamentária II 52
Princípios do Orçamento Público Princípio da Unidade
Cada entidade de direito público deve possuir apenas um orçamento.
Princípio da Universalidade Deve incorporar TODAS as receitas e despesas.
Princípio da Anualidade (ou Periodicidade) Estabelece um período limitado para as
estimativas de receitas e fixação de despesas.
Adm.Fin. e Orçamentária II 53
Planejamento Público Lei do Plano Plurianual (PPA)
No PPA são estabelecidos os grandes objetivos e metas do governo, especialmente no que tange as despesas de capital e outras delas decorrentes para programas de duração continuada. Vigência: 4 anos.
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Esta lei prioriza as metas definidas no PPA e orienta a Lei do
Orçamento. Vigência: 1 ano.
Lei Orçamentária Anual (LOA) A LOA é a lei que autoriza a aplicação dos recursos públicos
nos itens de despesas previamente orçados. Ela é definida com base na LDO, que por sua vez decorre do PPA. Vigência: 1 ano.
Adm.Fin. e Orçamentária II 54
CICLO ORÇAMENTÁRIO
Início de MANDATO 1° ano
Fim deMANDATO2° ano 3° ano
PPA (gestão passada)
PPA (gestão atual): Grandes obejetivos e metas do governo.
LDO:Prioriza as ações do executivo.Indica as despesas de capital e orienta a LOA.
LOA:Esta é a lei do Orçamento propriamente. A LOA autoriza a execução das despesas.
Adm.Fin. e Orçamentária II 55
Classificações Orçamentárias As classificações orçamentárias são
necessárias e importantes para: padronizar informações facilitar formulação de programas de governo determinar responsabilidades pela gestão do
dinheiro público possibilitar análise de efeitos econômicos nas
atividades governamentais
Classificações mais importantes: Classificação por Categoria Econômica Classificação Funcional Programática
Adm.Fin. e Orçamentária II 56
Classificação por Categoria EconômicaRECEITAS CORRENTES DESPESAS CORRENTES
Receita Tributária•Impostos•Taxas•Contribuições de Melhoria
Receita de ContribuiçõesReceita AgropecuáriaReceita IndustrialReceita de ServiçosTransferências CorrentesOutras Receitas Correntes
Pessoal e Encargos•Vencimentos / Vantagens / Diárias•Inativos / Pensionistas / S.Família •Outros Benefícios Assistenciais
Juros e Encargos da Dívida•Juros sobre a Dívida•Outros Encargos Financeiros
Outras Despesas Correntes•Material de Consumo•Serviços de Consultoria•Outros Serviços de Terceiros
RECEITAS DE CAPITAL DESPESAS DE CAPITAL
Operações de CréditosAlienação de BensAmortização de EmpréstimosTransferências de CapitaisOutras Receitas de Capital
Investimentos•Obras / Material Permanente
Inversões Financeiras•Aquisição de Imóveis
Amortização da Dívida•Pagamento de Dívidas
Adm.Fin. e Orçamentária II 57
Classificação Funcional Programática Esta classificação permite a vinculação das dotações
orçamentárias aos objetivos de governo. As funções de governo são desdobradas em programas,
organicamente articulados com outras funções de governo, que, através de projetos e/ou atividades, visam alcançar os grandes objetivos do governo.
Em resumo: Funções: são as áreas de atuação do Governo. Programas e Subprogramas: são meios e instrumentos de
ações para o cumprimento das funções de governo. Projetos e Atividades: são as ações que viabilizam os
objetivos Projetos operações limitadas no tempo (ex. construção de ponte) Atividades operações contínuas e permanentes (ex. pessoal)
Adm.Fin. e Orçamentária II 58
Funções de Governo
01 Legislativa 02 Judiciária 03 Essencial à Justiça 04 Administração 05 Defesa Nacional 06 Segurança Pública 07 Relações Exteriores 08 Assistência Social 09 Previdência Social 10 Saúde 11 Trabalho 12 Educação 13 Cultura 14 Direitos da Cidadania
15 Urbanismo 16 Habitação 17 Saneamento 18 Gestão Ambiental 19 Ciência e Tecnologia 20 Agricultura 21 Organização Agrária 22 Indústria 23 Comércio e Serviços 24 Comunicações 25 Energia 26 Transporte 27 Desporto e Lazer 28 Encargos Especiais
Adm.Fin. e Orçamentária II 59
Exemplo da Classificação Funcional Programática
FUNÇÃO PROGRAMAS SUBPROGRAMAS PROJETO
ATIVIDADE
SANEAMENTO
Saneamento
Básico Rural
Saneamento
Básico
Urbano
Abastecimento de Água
Sistema de Esgoto
Saneamento Geral
Projeto:Construção da estação de tratamento de esgoto em Fpolis
Atividade:Pessoal da CASAN envolvido na obra