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ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIAPrograma de Pós-Graduação em Estudos Literários – PROGEL/UEFS
CURSO CASTRO ALVES 2014IX COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA
COORDENAÇÃO:
ALEILTON FONSECA
PROGRAMAÇÃO E RESUMOS
Salvador-Bahia, outubro de 2014
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ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIAPrograma de Pós-Graduação em Estudos Literários – PROGEL/UEFS
CURSO CASTRO ALVES 2014IX COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA
21 a 23 de outubro de 2014
PROGRAMAÇÃO
Dia 21/10 – terça-feira: 14h30 – Sessões de comunicações sobre temas, autores e obras da literatura baiana 16h30 – Homenagem ao centenário de Jacinta Passos Conferência: Jacinta Passos, cem anos de poesia Conferencista: Janaína Amado Coordenação: Aramis Ribeiro Costa 17h30 – A poesia na Bahia: experiências, vivências e escritas Depoimento dos poetas Myriam Fraga e José Carlos Capinan Coordenação: Luís Antonio Cajazeira Ramos Dia 22/10 – quarta-feira: 14h30 – Sessões de comunicações sobre temas, autores e obras da literatura baiana 16h30 – O conto na Bahia: experiências, vivências e escritas Depoimento dos contistas Gláucia Lemos e Ordep Serra Coordenação: Rosana Ribeiro Patricio Dia 23/10 – quinta-feira: 14h30 – Sessões de comunicações sobre temas, autores e obras da literatura baiana 16h30 – O romance na Bahia: experiências, vivências e escritas Depoimento dos ficcionistas Carlos Ribeiro e Adelice Souza Coordenação: Antônia Torreão Herrera 17h30 – O poeta Castro Alves: entrelaçando cenas de amor Palestrante: Evelina de Carvalho Sá Hoisel Coordenação: Aleilton Fonseca 18h00 – Apresentação musical: Lançamento do CD Tupynanjazz Sergio di Ramos (voz e violão) e Victtor Marx Carinhanha (percussão)
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PROGRAMAÇÃO DAS SESSÕES DE COMUNICAÇÕES
SESSÃO 1Dia 21/10 - terça-feira - 14h30
Auditório Magalhães NetoCoordenação: João Evangelista do Nascimento Neto (UNEB)
14h30- CENAS LITERÁRIAS ALAGOINHENSES: ENTRE PROSAS E POESIAS Maria José de Oliveira Santos (UNEB)
14h45 - PUBLICAÇÕES DE TEXTOS LITERÁRIOS EM PERIÓDICOS ALAGOINHENSES DE FINAL DO SÉCULO XIX E SÉCULO XX: PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO DE ESCRITORAS LOCAIS Sirleide Albuquerque de Oliveira (UNEB/FAPESB) Orientadora: Maria José de Oliveira Santos (UNEB) 15h00 - XILOGRAVURA E ILUSTRAÇÃO DE LAMPIÃO NO CORDEL DE MAXADO NORDESTINO: IMAGENS CONTEMPORANEAS Roberto dos Reis Cruz (UEFS)
15h15 - AS MÚLTIPLAS VOZES DO TEXTO: LEITURAS E REPRESENTAÇÕES AUTORAIS NA ESCRITA DE ALEILTON FONSECA Maria David Santos (UEFS/UNEB)
15h30 - ENIGMAS DA CIDADE: AS (IM) POSSIBILIDADES DE DIZER NA POESIA DE MYRIAM FRAGA Veronica Almeida Trindade (UEFS)
15h45 - QUANDO NASCE UM MITO: DIÁLOGO ENTRE O SORRISO DA ESTRELA, DE ALEILTON FONSECA, E A MENINA DE LÁ, DE GUIMARÃES ROSA João Evangelista do Nascimento Neto (UNEB)
16h00 - JAMES AMADO E O CHAMADO DO MAR: DO DESCONFORTO EXISTENCIAL E DA INTERDIÇÃO DE UM RETORNO Benedito Veiga (UEFS)
SESSÃO 2Dia 21/10 - terça-feira – 14h30
Auditório Pedro CalmonCoordenação: Vitor Hugo F. Martins (UNEB)
14h30 - CASTRO ALVES EM CENA Carlos Alberto de Souza Medeiros Filho (UFBA/IC) Orientadora: Evelina de Carvalho Sá Hoisel (UFBA/CNPq)
14h45 - LARÓYÈ ÈṣÙ: RESIGNIFICAÇÃO DO ORIXÁ NA POESIA DE JOSÉ CARLOS LIMEIRA Lenara Nascimento de Araújo (Unijorge)
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15h00 - O ATO DE NARRAR NO CONTO O SORRISO DA ESTRELA, DE ALEILTON FONSECA Pollyana Correia Lima (UEFS)
15h15 - NOS CAMINHOS DA LITERATURA BAIANA: ENTRE LEMBRANÇAS E INVENÇÕES NA ESCRITA DE ADELICE SOUZA Poliana Pereira Dantas (UNEB)
15h30 - REFLEXÕES SOBRE PAPÉIS DA MULHER EM TEXTOS DE JUDITH GROSSMANN: FEMINISMO EM PERSPECTIVA Fernanda Mota (UFBA) 15h45 - DIÁLOGO SOBRE IDENTIDADES FEMININAS: SONIA COUTINHO VERSUS JORGE AMADO Arlania Maria Reis de Pinho Menezes (UEFS -GELC /UNIRB)
16h00 - EUCLIDES NETO, CRONISTA Vitor Hugo F. Martins (UNEB)
SESSÃO 3Dia 22/ 10 - quarta-feira - 14h30
Auditório Magalhães NetoCoordenação: Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz (UEFS)
14h30 - O NAVIO NEGREIRO (1868) E CONTOS NEGREIROS (2005): VISÕES SOBRE A MARGINALIZAÇÃO DO NEGRO NO BRASIL Ariana Santana da Silva (UFPE) Gérsica Cássia Ferreira Leite (UFPE)
14h45 - TEUS PÉS: UMA LÍRICA AMOROSA NA POESIA DE SALES BARBOSA E CASTRO ALVES Cintia Portugal de Almeida (UEFS) Orientador: Adeítalo Manuel Pinho (UEFS)
15h00 - O TRÁGICO E A TRANSGRESSÃO EM EROS RESOLUTO , DE MARCUS VINÍCIUS RODRIGUES Mariana Barbosa Batista (UEFS)
15h15 - A REPRESENTAÇÃO DA MORTE NO POEMA OS MORTOS ESPERAM DE TELMO PADILHA Gleide Conceição de Jesus (UEFS)
15h30 - RELIGIÕES AFROBRASILEIRAS: A CONTINUIDADE DA CULTURA NEGRA NO BRASIL Rosângela Santos Silva (UEFS) Orientador: Adeítalo Manoel Pinho (UEFS)
15h45 - ARQUIVÍSTICA E FILOLOGIA: UMA LEITURA DA DRAMATURGIA DE NIVALDA COSTA Débora de Souza (UFBA/UESB) Rosa Borges (UFBA)
16h00 - “APEIE NHÔ GUIMARÃES”: UM ESTUDO DO VOCABULÁRIO DA OBRA DE ALEILTON FONSECA Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz (UEFS)
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SESSÃO 4Dia 22/10 - quarta-feira – 14h30
Auditório Pedro CalmonCoordenação: Benedito Veiga (UEFS)
14h30 - A ESCRITORA BAIANA RENATA BELMONTE: RECONFIGURAÇÕES NO FAZER LITERÁRIO CONTEMPORÂNEO Elizangela Maria dos Santos (UFBA)
14h45 - A TENDA E O TRADUTOR DE MILAGRES André Luiz Nogueira Batista(UFBA)
15h00 - DILUIÇÃO DOS LIMITES ENTRE GÊNEROS TEXTUAIS EM CANTOS DO MUNDO, DE EVANDO NASCIMENTO Ana Priscila Mariano (UFBA) Orientadora: Evelina de Carvalho Sá Hoisel (UFBA/CNPq)
15h15- REVISÃO DA HISTÓRIA A PARTIR DA LITERATURA: BAHIA DE TODOS OS SANTOS: GUIA DE RUAS E MISTÉRIOS, DE JORGE AMADO Tatiane Almeida Ferreira (UFBA- FAPESB)
15h30 - OCTÁVIO PAZ E ROBERVAL PEREYR: UM DIÁLOGO SOBRE A INVENÇÃO DA POESIA Daiane de Araújo França / PROGEL-UEFS
SESSÃO 5Dia 23/ 10 - quinta-feira - 14h30
Auditório Magalhães NetoCoordenação: Adna Evangelista Couto dos Santos (UFBA)
14h30 - O JOGO AUTORAL NO MOVIMENTO DE O PÊNDULO DE EUCLIDES DE ALEILTON FONSECA Valéria Lessa Mota (UESB/UFBA)
14h45 - AS REPRESENTAÇÕES DAS BAIANIDADES NOS ROMANCES DE HERBERTO SALES Joabson Lima Figueiredo (UNEB/UFBA)
15h00 - A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NO ROMANCE A PROSTITUTA DE HERBERTO SALES Gabriela Hermes Dourado Neves (UNEB/FAPESB) Orientador: Joabson Lima Figueiredo (UNEB/UFBA)
15h15 - GILBERTO GIL: AS CIDADES E A CIDADE Ana Barbara Borges de Matos Sousa (UNEB) Orientador: Carlos Augusto Magalhães (UNEB
15h30 - QUEM SABE ONDE MORA A LUA? A FORÇA EXERCIDA PELO DESENHO NA NARRATIVA DE GLÁUCIA LEMOS Fabiana Mariano Moraes (PPGDCI-UEFS)
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15h45 - O NÃO ROMANTISMO AMOROSO NA POESIA DE LUÍS ANTONIO CAJAZEIRA RAMOS Elis Angela Franco F. Santos (UEFS)
16h00 - O PROCESSO CRIATIVO DE ALEILTON FONSECA EM NHÔ GUIMARÃES: A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCRITA DE SI E QUESTÕES DE AUTORIA Adna Evangelista Couto dos Santos (UFBA/CAPES) Orientadora: Silvia La Regina (UFBA/UFSB)
SESSÃO 6Dia 23/10 - quinta-feira – 14h30
Auditório Pedro CalmonCoordenação: Antonio Carlos Sobrinho (UFBA/Unijorge)
14h30 - SOBRE A CIDADE DOS VERSOS, UM TEMPO QUE FRAGMENTA O SUJEITO NA POESIA DE MYRIAM FRAGA Andréa Silva Santos (UEFS/FAPESB)
14h45 - SONHOS NA POESIA DE RUY ESPINHEIRA FILHO: RECRIAR OU REVISITAR O PASSADO? Mayara Michele Santos de Novais (UEFS)
15h00 - VASCONCELOS MAIA: AUTOR DE UMA LITERATURA AFRO-BRASILEIRA Filismina Fernandes Saraiva (UNEB)
15h15 - DADINHA E A MEMÓRIA COLETIVA DA ESCRAVIDÃO EM VIVA O POVO BRASILEIRO Thaíse Araújo da Silva (UEFS)
15h30 - MEMÓRIAS D’AQUELE TEMPO: UMA LEITURA DA LÍRICA DE MAYRANT GALLO Marcela Rodrigues Soares (IFBA/UFBA)
15h45 - AS CASAS: REPRESENTAÇÃO, GÊNERO E DISCURSO NA LITERATURA DE MYRIAM FRAGA E HELENA PARENTE CUNHA Lúcia Leiro (UNEB)
16h00 - A IDEIA DE LIBERDADE – AFIRMAÇÕES DO HOMEM JORGE AMADO Antonio Carlos Sobrinho (PPGLitCult - UFBA/Unijorge) Orientadora: Ivia Alves (IL / NEIM – UFBA)
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RESUMOS
SESSÃO 1
Dia 21/10 - terça-feira - 14h30
Auditório Magalhães Neto
Coordenação: João Evangelista do Nascimento Neto (UNEB)
CENAS LITERÁRIAS ALAGOINHENSES:
ENTRE PROSAS E POESIAS
Maria José de Oliveira Santos (UNEb)
A canonização, historicamente, encarregou-se de sistematizar as produções literárias. Nesse processo,
determinadas ficções ficaram de fora do circuito visível. Deste modo, a produção literária alagoinhense
não conseguiu mostrar-se e os motivos são vários, destacando-se a possibilidade da ausência de
iniciativas que motivassem as/os autores aliado a ausência de pesquisas acadêmicas em torno do tema.
Ao longo das pesquisas acadêmicas realizados constato que o cenário literário de Alagoinhas é rico e
promissor, haja vista, a quantidade crescente de iniciativas poéticas no CAMPUS II. E isto é visível
tanto nas publicações em periódicos, como nos textos publicados em antologias e livros individuais. Daí
o interesse por apresentar as/os autoras/es e suas publicações ao longo do século XX, enfatizando que o
Noticiador Alagoinhense (1864) já apresenta publicações de poemas, embora não tenhamos ainda
conseguido dados fidedignos sobre as autorias.
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PUBLICAÇÕES DE TEXTOS LITERÁRIOS EM PERIÓDICOS ALAGOINHENSES
DE FINAL DO SÉCULO XIX E SÉCULO XX:
PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO DE ESCRITORAS LOCAIS
Sirleide Albuquerque de Oliveira (UNEB/FAPESB)
Orientadora: Maria José de Oliveira Santos (UNEB)
A pesquisa ligada ao projeto da professora Maria José de Oliveira Santos analisa as condições de
publicações oferecidas às escritoras da região alagoinhense na imprensa de final do século XIX e século
XX relacionando-as às publicações dos escritores. Historicamente os homens estiveram à frente, logo,
era tirado às mulheres o direito de adentrarem no campo intelectual. Os periódicos se tornaram uma
opção de visibilidade durante final do século XIX e o advento do século XX. A mulher lutou contra o
patriarcado e conquistou seu espaço no campo literário, mas, ainda é visível a presença marcante de
escritos masculinos. A investigação permitiu identificar as produções e organizar um cenário municipal
das escritoras.
XILOGRAVURA E ILUSTRAÇÃO DE LAMPIÃO NO CORDEL DE MAXADO
NORDESTINO: IMAGENS CONTEMPORANEAS
Roberto dos Reis Cruz (UEFS)
O trabalho objetiva-se analisar as imagens recriadas do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o vulgo
Lampião, em alguns folhetos de cordel do autor baiano Franklin Maxado, a fim de estabelecer um
diálogo com textos literários, analisando as representações dadas ao personagem a partir das ilustrações
e xilogravuras recriadas e impressas nas capas dos folhetos, confrontando, ainda, com a narrativa textual
de tal personagem. Os folhetos de Maxado, na sua maioria, são ilustrados por ele mesmo. Assim, o
poeta inova e renova, aproximando da realidade ou criando fatos imaginários. As imagens captadas nos
seus folhetos propõem novas releituras e linguagens artísticas ao construir e representar Lampião. No
cordel Lampião morreu em Sergipe, pensando deixar o cangaço, por exemplo, o cangaceiro é ilustrado
bem diferente, descontraído e contemporâneo. Inusitadamente, a capa do folheto mostra um Lampião
montado em uma motocicleta.
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AS MÚLTIPLAS VOZES DO TEXTO:
LEITURAS E REPRESENTAÇÕES AUTORAIS NA ESCRITA DE ALEILTON FONSECA
Maria David Santos (UEFS/UNEB)
O presente trabalho tem por objetivo estudar a representação da figura autoral, mais especificamente na
escrita do autor baiano Aleilton Fonseca, no sentido de analisar e identificar as múltiplas vozes presentes
no texto, ou seja, as vozes poéticas, as vozes narrativas e as vozes teórico-crítica e acadêmica, que como
marcas autorais consciente e intencional são deixadas em sua escrita literária. Nota-se que através de
suas produções, o autor deixa marcas estilísticas decorrentes de suas múltiplas vivências enquanto artista
que conjuga atividade criadora com atividade teórico-crítica e acadêmica. Com uma produção vasta e
formação híbrida, ao mesmo tempo sertaneja na infância e citadina na juventude, observa-se a
capacidade do autor em saber juntar sentimentos vivos no seu terreno ficcional e tornar o espaço da
escrita definido e preciso, colocando assim as palavras exatas sempre a serviço do seu modo particular
de dizer. Nenhum gesto de personagem se perde dos olhos, nenhuma palavra se perde do ouvido, tudo
conduz ao ponto indicado pela mão do escritor.
ENIGMAS DA CIDADE: AS (IM) POSSIBILIDADES DE DIZER
NA POESIA DE MYRIAM FRAGA
Veronica Almeida Trindade (UEFS)
Este trabalho abordará o lirismo existente nas composições de Myriam Fraga entre as (im)
possibilidades de dizer e “não dizer” o espaço da cidade. A autora busca em suas paisagens líricas,
revelar na “voz que cala”, os enigmas citadinos tecidos em torno da Salvador antiga sob a influência de
um regime opressor. Nesse contexto, sua escrita se desenvolve e descentra na tentativa de projeção e
recriação de imagens da “Cidade de não ver, / De não dizer”, sob os imbricamentos e tensão da
linguagem, paisagem e subjetividade em conflito com o sujeito poético, suas inquietações e discursos
líricos.
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QUANDO NASCE UM MITO:
DIÁLOGO ENTRE O SORRISO DA ESTRELA, DE ALEILTON FONSECA,
E A MENINA DE LÁ, DE GUIMARÃES ROSA
João Evangelista do Nascimento Neto (UNEB)
Este trabalho propõe uma análise comparativa entre A menina de lá, conto roseano, e O sorriso da
estrela, de autoria de Aleilton Fonseca, que dialogam acerca da (re)construção do mito. No texto de
Rosa, há a canonização de Nhinhinha pelos familiares e comunidade; através da caneta aleiltiana,
verifica-se a santificação de Estela aos olhos do irmão Pedro. Em ambos os casos, as estratégias
discursivas perpassam pela elaboração do discurso das personagens, já que Nhinhinha e Estela são duas
contadoras de história, recriando a realidade existente e influenciando, de maneira díspar, o mundo a sua
volta. Assim, a relação entre mito – discurso – realidade é a vertente adotada nessa pesquisa.
JAMES AMADO E O CHAMADO DO MAR: DO DESCONFORTO EXISTENCIAL
E DA INTERDIÇÃO DE UM RETORNO
Benedito Veiga (UEFS)
O Chamado do mar trata-se do primeiro romance de James Amado, publicado nos finais da década de
40, do século passado. O autor é um jovem de vinte e poucos anos, nascido em Ilhéus, mas residindo em
São Paulo, desde 1944, onde conclui o curso superior de Sociologia e Política, e se engaja nas lutas do
Partido Comunista. A ideia de "chamado do mar" é, metaforicamente, incorporada por todos os
personagens da narrativa, sobressaindo em Arlinda, em seu irmão Alício, em Vicente e em todos os
outros subordinados aos trabalhos da plantação do cacau e do surgimento e configuração da Região
Grapiúna, no Sul da Bahia. Como todos os que participaram dessa etapa, o sentimento de não
pertencimento local e de certa perda vivencial predominam, inclusive nos coronéis e em seus familiares,
como no caso de José Alves de Macedo, de Yazinha e de seus filhos, que, por falta de qualquer ligação
com o cultivo do "fruto de ouro", terminam por se sentirem desalojados nas terras, como os pais, ou vão
residir no Rio de Janeiro, o mais distante possível e com outros anseios de vida farta e usurpadora.
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SESSÃO 2
Dia 21/10 - terça-feira – 14h30
Auditório Pedro Calmon
Coordenação: Vitor Hugo F. Martins (UNEB)
CASTRO ALVES EM CENA
Carlos Alberto de Souza Medeiros Filho (UFBA/IC)
Orientadora: Evelina de Carvalho Sá Hoisel (UFBA/CNPq)
O trabalho a ser apresentado tem como objetivo estudar alguns aspectos da elaboração dramática do
texto da autora Cleise Mendes sobre a vida e obra do poeta baiano, Castro Alves, através da peça
homônima (1994), buscando investigar possíveis interlocuções com a produção artística e teórica-crítica
da escritora. Tal estudo desenvolveu-se tendo por base o próprio texto dramático de Mendes e seu
livro As estratégias do drama (1995), em que a autora elabora uma reflexão sobre as estratégias de
construção da dramática.
LARÓYÈ ÈṣÙ: RESIGNIFICAÇÃO DO ORIXÁ
NA POESIA DE JOSÉ CARLOS LIMEIRA
Lenara Nascimento de Araújo (Unijorge)
Nas religiões afro-brasileiras, o Orixá Exu tem um papel singular. Ele é o próprio princípio do
movimento na cosmovisão iorubana, sendo uma das figuras centrais nos seus mitos e rituais.
Demonizado ainda em solo africano pelos primeiros missionários cristãos que entraram em contato com
os Seus assentamentos, Exu foi erroneamente associado à figura do diabo à medida em que foi
interpretado a partir da concepção dicotômica de bem e mal, que vem a ser estruturante da teologia
judaico-cristã. Tomando como base as diferentes funções de Exu dentro do panteão iorubano, a presente
comunicação busca analisar como a poesia “Outro para Exu”, do poeta José Carlos Limeira, atua na
ressignificação da figura do Orixá, atuando como um contra- hegemônico.
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O ATO DE NARRAR NO CONTO
O SORRISO DA ESTRELA, DE ALEILTON FONSECA
Pollyana Correia Lima (UEFS)
Resumo: O presente trabalho tem o intuito de discorrer em torno do conto “O sorriso da Estrela” da
obra O desterro dos mortos do autor Aleilton Fonseca, publicada em 2001 pela editora Relume Dumará,
enfatizando-se a importância do ato de narrar e do gênero textual conto, ponderando o cultivo de
desterrar aqueles que já se foram. O estudo feito embasa-se em pesquisas bibliográfica as teorias de
Nádia Batella Gotilib e Massud Moisés, unida a escrita de Walter Benjamin e Silviano Santiago para
serem suportes de compreensão e análise a escrita de Aleilton Fonseca na qual ora o narrador clássico se
apresenta, ora dá passagem ao narrador pós-moderno, sendo o primeiro o objeto no conto a ser
analisado.
NOS CAMINHOS DA LITERATURA BAIANA:
ENTRE LEMBRANÇAS E INVENÇÕES
NA ESCRITA DE ADELICE SOUZA
Poliana Pereira Dantas (UNEB
)
Essa comunicação vem expor a relação autor, leitor e obra, e como essa vem se caracterizando com a
inserção de aspectos autobiográficos nas últimas décadas a partir da leitura do romance O homem que
sabia a hora de morrer (2012) da escritora Adelice Souza. O livro traz a história de uma neta que tenta
compreender e desvendar o mistério de um avô que sabia a hora em que ia morrer. A narrativa vem
munida de reminiscências e invenções misturando no final com a história de Odisseu e com as tradições
baianas que apagam os limites entre a vida e a morte. Teóricos como, Roland Barthes, Michel Foucault,
Philippe Lejeune, Leonor Arfuch, Jean Starobinski e Friedrich Nietzsche trouxeram contribuições
pertinentes para dialogar com o romance da autora baiana.
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REFLEXÕES SOBRE PAPÉIS DA MULHER EM TEXTOS
DE JUDITH GROSSMANN: FEMINISMO EM PERSPECTIVA
Fernanda Mota (UFBA)
Este ensaio tem como objetivo tecer reflexões sobre papéis da mulher em textos de Judith Grossmann
sob um viés feminista, na esteira de Simone de Beauvoir, Virginia Woolf e Chimamanda Adichie.
Narrativas de Grossmann, a exemplo de Cantos Delituosos Romance, Meu Amigo Marcel Proust
Romance, Nascida no Brasil Romance, têm como protagonistas sujeitos que fogem a padrões
convencionais em molduras androcêntricas, subvertendo papéis comumente atribuídos à mulher na
literatura. Nas narrativas mencionadas, ela é protagonista não apenas pela sua condição central, mas,
sobretudo, pela descentralização, em afinação com o feminismo, que suas escolhas, subjetividade,
pontos de vista imprimem.
DIÁLOGO SOBRE IDENTIDADES FEMININAS:
SONIA COUTINHO VERSUS JORGE AMADO
Arlania Maria Reis de Pinho Menezes (UEFS -GELC /UNIRB)
Durante muito tempo a mulher sofreu diversos preconceitos, intensos e perversos, que aparentemente
não se perpetuam hoje, mas na realidade, ainda existem, apenas se mostram com outra face. Nesse
contexto, a autoria feminina foi/é sinal de transgressão, ousadia, um reclame de direitos, apropriação de
espaço no discurso machista que sempre esteve presente na literatura, por isto este trabalho buscou a
contribuição da contista brasileira Sonia Coutinho, reveladora do modo de ser e de pensar da mulher
brasileira na atualidade e do universo feminino, pelo ponto de vista da própria mulher, sujeito da
enunciação; em diálogo com Jorge Amado, cujas personagens femininas são sempre mulheres fortes e
determinadas, que transgridem normas, superam códigos injustos e desfazem estereótipos; as figuras
femininas, em Amado, veem carregadas de metáforas sociais, uma temática recorrentemente trabalhada
pelo autor baiano desde seus primeiros romances.
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EUCLIDES NETO, CRONISTA
Vitor Hugo F. Martins (UNEB)
Leitura da cronística de Euclides José Teixeira Neto (1925 – 2000), considerando especialmente
o livro O menino traquino; crônicas políticas e crônicas leves, de 1994. Objetiva-se aqui pôr em relevo,
além da espécie literária, hoje mais aceita, os dois aspectos da ficção euclidiana e também notados e
anotados pela não ficção deste autor. A saber, o primeiro deles, mais referente a um motivema, a matéria
recorrente do ficcionista grapiúna, a TERRA; o segundo, a um dos estilemas com que Euclides Neto
trata esta matéria, isto é, o HUMOR de seu estilo.
SESSÃO 3
Dia 22/ 10 - quarta-feira - 14h30
Auditório Magalhães Neto
Coordenação: Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz (UEFS)
O NAVIO NEGREIRO (1868) E CONTOS NEGREIROS (2005): VISÕES SOBRE A MARGINALIZAÇÃO DO NEGRO NO BRASIL
Ariana Santana da Silva (UFPE) Gérsica Cássia Ferreira Leite (UFPE)
Mário de Andrade afirmou em um artigo que escreveu sobre Castro Alves que não havia na obra do
poeta baiano nenhuma possibilidade de acréscimos futuros. Diferente dessa perspectiva, este trabalho
tem como objetivo analisar o diálogo literário entre Castro Alves e Marcelino Freire, escritor
contemporâneo, que venceu o prêmio Jabuti no ano de 2006 com um livro de contos intitulado Contos
Negreiros inspirado em O Navio Negreiro (1868). Para Marcelino, o poema oferece leituras sobre a
marginalização, violência e exploração do negro no Brasil bem como do trabalhador, e é, também, uma
referência para o desenvolvimento da literatura que representa a voz negra no país. Analisaremos parte
da obra desses escritores observando o diálogo entre elas e como se apresenta, através da linguagem
literária, a memória dos acontecimentos traumáticos na vida dos personagens negros em momentos
distintos da sociedade brasileira, século XIX e século XX.
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TEUS PÉS: UMA LÍRICA AMOROSA NA POESIA
DE SALES BARBOSA E CASTRO ALVES
Cíntia Portugal de Almeida (UEFS
Orientador: Adeitalo Manuel Pinho (UEFS)
Este trabalho tem como objetivo abordar alguns aspectos sobre os pés, presentes na poesia lírico-
amorosa: Teus pés, do feirense romântico Sales Barbosa (!862-1888), do livro Cavatinas (1885), e nas
obras Adormecida e outras do poeta também baiano, da mesma geração, Castro Alves (1847-1871).
Dando ênfase a essa peculiaridade humana, feminina: os pés. Para tanto, utilizaremos a obra literária: A
Pata da Gazela, do escritor brasileiro, José de Alencar, nela, apresenta imagens e temas que dialogam
para dar vida a um romance nascido a partir da simples perda de uma botina. Para este estudo traremos
os críticos literários: Octavio Paz, A dupla chama: amor e erotismo(1994), Italo Calvino: Seis propostas
para o próximo milênio, Walter Benjamin (2014): Imagens do pensamento, Roland Barthes:
Fragmentos de um discurso amoroso (2003) e outros.
O TRÁGICO E A TRANSGRESSÃO EM EROS RESOLUTO ,
DE MARCUS VINÍCIUS RODRIGUES
Mariana Barbosa Batista (UEFS)
O escritor baiano Marcus Vinícius Rodrigues em Eros resoluto mostra-nos a tensão narrativa composta
pelo jogo entre Eros e Thanatos: ou seria da libido e da vida versus morte e agressividade? A dualidade
entre a pulsão da vida e a pulsão da morte: na primeira, um corpo encarnado por estímulos e
transmutações; na segunda, um sujeito responsável por elevação da tensão ou excitação libidinal a fim
de minimizar os impactos de sua angústia. Em ambas são perdidos os limites de individualidade, o que
torna o afluxo de excitação demasiadamente intenso, impossibilitando as personagens de escapar” dos
seus instintos e de seus desejos mais íntimos. Há nessas histórias, um Eros que é resoluto, decidido, e
que concebe no desejo de vida desvendar sensações de um prazer absoluto, no qual o clímax de cada
conto se dará a partir da iminência do risco advindo da insurgência da morte ante uma realização
instintiva. Nessas narrativas encontraremos a dualidade do imaginário que constitui sentimentos
opostos, mas que coexistem em meio à uma narrativa densa, transgressora e, por fim, trágica.
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A REPRESENTAÇÃO DA MORTE NO POEMA OS MORTOS ESPERAM
DE TELMO PADILHA
Gleide Conceição de Jesus (UEFS)
Buscar-se-á por meio da presente comunicação discutir a representação da morte no poema Os mortos
esperam de Telmo Padilha. Considerando que tal mote é visto como a etapa conclusiva de nossas vidas,
a mesma causa-nos inquirições infindas. Assim, embargados nesses pensamentos conflitantes e sob um
olhar crítico literário que o poema em evidência leva-nos a questionar efetivamente a transitoriedade da
existência humana. Portanto, neste trabalho serão analisados elementos relevantes que compõem a
representação lírica da morte em contraste com a vida, aqui imaginada pelo canto e pela espera desse eu-
lírico.
RELIGIÕES AFROBRASILEIRAS:
A CONTINUIDADE DA CULTURA NEGRA NO BRASIL
Rosângela Santos Silva (UEFS)
Orientador: Adeítalo Manoel Pinho (UEFS)
O presente trabalho tem como objeto central a obra Viva o povo brasileiro (1984) de João Ubaldo
Ribeiro. Dentre as inúmeras possibilidades de análise, enfocar – se – á o processo de formação
identitária. Na obra, João Ubaldo, descreve a construção da identidade de um povo baseado nos
ensinamentos do legado ancestral. Trata-se de uma comunidade cujo cotidiano é pautado em vivências
que são resultados dos conhecimentos adquiridos ao longo das experiências de vida. O objetivo é
descrever o culto de eguns e sua importância para manutenção e resistência dessa comunidade. Para
tanto utilizarei como base teórica Juana Elbein, Raul Lody, Laura Cavalcante Padilha, Edison Carneiro,
dentre outros.
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ARQUIVÍSTICA E FILOLOGIA: UMA LEITURA DA DRAMATURGIA
DE NIVALDA COSTA
Débora de Souza (UFBA/UESB)
Rosa Borges (UFBA)
Propõe-se, neste trabalho, tratar da produção dramatúrgica da intelectual baiana Nivalda Costa,
especificamente da Série de estudos cênicos sobre poder e espaço, desenvolvida no período da Ditadura
Militar. Tomam-se, como aporte teórico, os pressupostos da Filologia, da Arquivística e da Sociologia
dos Textos, adotando, como objeto de estudo, os textos que compõem aquela, levando em conta seus
aspectos materiais, socioculturais e históricos. Oferece-se, portanto, uma leitura filológica de
determinado projeto artístico, a partir de diversos documentos que compõem o dossiê, permitindo-se
refletir sobre o trabalho de organização de acervo e de edição de textos. Justifica-se a realização desse
trabalho pela possibilidade de contribuir com a preservação e a transmissão do patrimônio cultural
escrito baiano.
“APEIE NHÔ GUIMARÃES”: UM ESTUDO DO VOCABULÁRIO
DA OBRA DE ALEILTON FONSECA
Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz (UEFS)
Todo artista, seja este do mundo verbal ou visual, busca sempre burilar sua obra até que esta esteja a seu
contento. Os artistas da palavra, quando produzem seus textos, lapidam-nos de toda forma, sendo uma
destas relativa à escolha dos itens lexicais que melhor se adequem ao seu projeto editorial. No romance-
homenagem a Guimarães Rosa, intitulado Nhô Guimarães, escrito pelo escritor Aleilton Fonseca e
publicado em 2006, as escolhas lexicais refletem não só o universo roseano e sertanejo, mas do próprio
Fonseca. Lexias como “apeie”, “rezinga”, “assunte”, “dichote”, “zaranza”, “embatucado”, dentre outras,
compõem esse acervo vocabular. Neste sentido, pretende-se com este trabalhar apresentar um breve
estudo acerca desse vocabulário, intentando elencar as lexias em conformidade com campos léxico-
semânticos.
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SESSÃO 4Dia 22/10 - quarta-feira – 14h30
Auditório Pedro CalmonCoordenação: Benedito Veiga (UEFS)
A ESCRITORA BAIANA RENATA BELMONTE: RECONFIURAÇÕES NO FAZER LITERÁRIO CONTEMPORÂNEO
Elizangela Maria dos Santos (UFBA)
Esse texto busca suscitar discussões acerca de possíveis redefinições e reconfigurações das produções
artísticas na contemporaneidade, a partir da leitura do fazer literário da escritora baiana Renata
Belmonte. Com três livros publicados em suporte físico, Belmonte é autora assídua no ambiente virtual,
cujas narrativas podem possibilitar reflexões acerca de tendências sócio-culturais, além de questões
teóricas mais complexas. Discute-se, pois, acerca de como a consonância dos artistas com um mundo
tecnológico e interativo possibilita uma reinterpretação das relações autor-obra-público, que reflete na
forma como a literatura trata dos elementos referenciais com uma perspectiva particular. Reinaldo
Laddaga vê esse momento como a emergência de um outro regime estético das artes, uma espécie de
projeto em que os artistas defendem uma “vontade de articular a produção de imagens, textos ou sons e
a exploração das formas da vida em comum” (LADDAGA, 2012, p. 27). Estudiosos da literatura
contemporânea, como Flora Sussekind (2013), Leyla Perrone-Moisés (2013), Priscila Arantes (2005),
dentre outros pesquisadores embasam essa pesquisa.
A TENDA E O TRADUTOR DE MILAGRES
André Luiz Nogueira Batista(UFBA)
Tenda dos Milagres, romance escrito pelo baiano Jorge Amado e publicado no ano de 1969, é uma
narrativa basilar para se compreender os principais componentes da obra amadiana. A Tenda dos
Milagres é onde Lídio exerce seu ofício de artista plástico e a razão do nome está relacionada ao seu
trabalho – o de “riscar” milagres. Sua função, enquanto riscador, consiste em transformar as narrativas
orais de graças alcançadas em obra de arte. A transformação do relato em pintura consiste em uma
tradução intersemiótica, conceito fundamentado por Roman Jakobson. A obra de arte torna-se um novo
texto, portanto, um novo olhar, uma construção a partir de um discurso anterior – o relato do devoto é o
texto de partida e única referência ao milagre. Este trabalho, que analisa a representação pictórica de
milagres narrados oralmente, norteia-se a partir dos Estudos Contemporâneos da Tradução,
especialmente as noções de rastro e suplemento, desenvolvidas por Jacques Derrida.
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DILUIÇÃO DOS LIMITES ENTRE GÊNEROS TEXTUAIS
EM CANTOS DO MUNDO, DE EVANDO NASCIMENTO
Ana Priscila Mariano (UFBa)
Orientadora: Evelina de Carvalho Sá Hoisel (UFBA/CNPq)
O presente texto é resultado da pesquisa realizada a partir do plano de trabalho “Cantos do
mundo: fronteiras imprecisas”, vinculado ao projeto O escritor e seus múltiplos: migrações, em que se
propôs analisar o livro de contos de Evando Nascimento a partir do questionamento dos limites entre a
escrita teórico-crítica e a ficcional. Desenvolve-se, portanto, uma reflexão sobre a personalidade
múltipla de teórico e ficcionista dramatizada na escrita de Evando Nascimento através da identificação
dos processos de ruptura que diluem os limites entre texto teórico-crítico e texto ficcional, a partir da
análise dos contos de Cantos do mundo (2011).
REVISÃO DA HISTÓRIA A PARTIR DA LITERATURA:
BAHIA DE TODOS OS SANTOS: GUIA DE RUAS E MISTÉRIOS, DE JORGE AMADO
Tatiane Almeida Ferreira (UFBA- FAPESB)
O presente trabalho analisa a articulação entre discurso historiográfico e discurso literário feita por Jorge
Amado em Bahia de Todos os Santos: guia de ruas e mistérios (1977). Nessa obra, o autor traz à cena
figura de Licutan, líder da Revolta dos Malês, herói popular, invisível, que não é reverenciado pela
sociedade, muito menos pela história oficial. O escritor promove uma rasura nas narrativas eleitas ao
trazer à memória essa contestação, essa busca por liberdade e justiça, ainda em curso, ao mesmo tempo
em que denuncia aspectos nada heroicos de personagens consagradas pela história oficial. Ao reler o
discurso histórico, o escritor desconstrói alguns discursos oficiais e leva o leitor a repensar o Brasil
colônia, império e contemporâneo.
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OCTÁVIO PAZ E ROBERVAL PEREYR:
UM DIÁLOGO SOBRE A INVENÇÃO DA POESIA
Daiane de Araújo França (PROGEL-UEFS)
O presente trabalho objetiva estabelecer um diálogo teórico-analítico entre os estudos do autor latino
americano Octávio Paz e o poeta baiano Roberval Pereyr acerca da poesia lírica contemporânea. Ao
estudar os conceitos de Paz (1982) entre a poesia e a prosa e, principalmente, os elementos da poesia,
tais como a linguagem, o ritmo e a imagem, percebe-se que as obras de Pereyr ratificam esse estudo,
visto que estas revelam a noção de forma/ técnica como um retrato da noção de cultura juntamente com
a problemática da realização do homem, da definição de arte como experiência e expressão, do
problema do sentido subjetivo da cultura, tornando sua atividade criadora e que definitivamente supõe
um elemento ativo na existência humana.
SESSÃO 5
Dia 23/ 10 - quinta-feira - 14h30
Auditório Magalhães Neto
Coordenação: Adna Evangelista Couto dos Santos (UFBA)
O JOGO AUTORAL NO MOVIMENTO DE
O PÊNDULO DE EUCLIDES DE ALEILTON FONSECA
Valeria Lessa Mota (UESB/UFBA)
A literatura contemporânea tem sido marcada pela presença do autor cuja morte fora anunciada. Seja em
obras de teor autoficcional, seja naquelas em que há jogos com a autoria, o autor retorna em outro
cenário. Quem é esse autor? Em que condições ele se apresenta? Em O pêndulo de Euclides (2009) de
Aleilton Fonseca pode-se ler um modo de existência desse autor retornado. A partir da noção de jogo na
perspectiva de Jacques Derrida em A escritura e a diferença (1995), busca-se ler uma condição desse
autor que se mostraria nos procedimentos narrativos e discursivos inscritos em um movimento cuja
imagem tem-se no título do próprio romance do escritor baiano.
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AS REPRESENTAÇÕES DAS BAIANIDADES NOS ROMANCES DE HERBERTO SALES
Joabson Lima Figueiredo (UNEB /UFBA)
Este estudo possui em seu esteio os romances de Herberto Sales. O ponto de convergência a ser
analisado é o processo de Representação cultural de uma ou umas identidades Baianas. O estudo levará
em conta o aspecto cronológico das ficções, não remetendo diretamente ao período de lançamento das
obras. Isto é, priorizar-se-á a leitura analítica aos períodos ambientados nos romances partindo da obra
Os Pareceres do tempo (1984) – uma Bahia fundacional e histórica -, passa por Cascalho (1944)
representando a Bahia do início do século XX, uma velha construção da sociedade baiana e suas
interfaces com o contexto sócio-político e econômico. E por fim, a Bahia da transformação, da belle
époque em processo utópico de modernização com o romance A prostituta (1996), que representa o
período de modernização da Bahia a partir da década de 30 do século passado, no papel da
Desconstrução da representação da mulher. Espera-se avaliar o processo que asbaianidades representam
nos períodos assinalados no recorte do estudo.
A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NO ROMANCE
A PROSTITUTA DE HERBERTO SALES
Gabriela Hermes Dourado Neves (UNEB/FAPESB) Orientador: Joabson Lima Figueiredo (UNEB/UFB)
Este estudo tem por objetivo analisar o romance A prostituta (1996) de Herberto Sales (1917 – 1999).
Para tanto se levará em conta a imagem da mulher, filtrada na perspectiva da personagem central da
obra, sendo essa uma transgressora das normas morais convencionadas pela sociedade do século XX. A
obra reflete a história de Maria Corumba e suas decepções de jovem que foi abandonada pelo noivo
estando grávida que, sem o apoio dos pais viu-se obrigada a sair de casa, após o nascimento de sua filha
viajou a Salvador em busca de seu objetivo: tornar-se uma prostituta, o que irá culminar numa
transformação de identidade. Esta nova identidade será construída em defesa dos valores patriarcais e
machistas, que constituem os atavismos da sociedade da época em que a obra é ambientada. Neste texto
será abordada a trajetória acadêmica do autor. Para esta escrita, no aspecto metodológico da pesquisa
bibliográfica, serão utilizados como embasamento teórico textos de autores como: Auerbach (2013),
Deleuze (1992), Hall (2011), Foucault (2013), e outros.
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GILBERTO GIL: AS CIDADES E A CIDADE
Ana Barbara Borges de Matos Sousa (UNEB)
Orientador: Carlos Augusto Magalhães (UNEB)
A proposta deste trabalho é analisar, na obra de Gilberto Gil, as representações da cidade de Salvador e
de outras cidades. O letrista desenvolve em suas composições uma exaltação à cidade natal,
emprestando a ela a personificação de valores simbólicos, regionais e urbanos. A história da MPB
confunde-se com a história pessoal de Gil e a cidade cabe dentro dela, como suas memórias, que estão
presentes e tornam-se imagens, que pretendemos estudar a partir de três seções: 1. A cidade. 2. A cidade
e a memória, espaço e tempo passado 3. A cidade implícita e o desejo. Para tanto, serão de grande
relevância os livros Giluminado e a poética do ser, de Bené Fonteles, e Gilberto bem perto, Regina
Zappa, biografias de Gilberto Gil, assim como A poética do espaço, de Gaston Bachelard; As cidades
Invisíveis, de Ítalo Calvino,Todas as cidades, a cidade, de Renato Gomes, o trabalho do meu orientador,
o professor doutor Carlos Augusto Magalhães, com seus artigos sobre cidades, e A Gaia Ciência, de
José Miguel Winisk, entre outras referências.
QUEM SABE ONDE MORA A LUA? A FORÇA EXERCIDA PELO DESENHO
NA NARRATIVA DE GLÁUCIA LEMOS
Fabiana Mariano Moraes (PPGDCI –UEFS)
A literatura tem uma forte carga imagética sobre quem a lê com poder de criar e evocar imagens. Ao ler,
imagens são criadas, imagens mentais que dão vida ao que é relatado nas páginas de um livro, do qual
lemos ou ouvimos as histórias. O objetivo deste artigo é apresentar exemplos no qual o desenho se
apresenta como importante ferramenta para realçar um texto literário. A adição desse elemento visual dá
vida a personagens e a cenários, de modo a reforçar a comunicação da carga imagética das histórias.
Para tanto, apresenta-se como objeto deste, o livro Quem sabe onde mora a Lua? (2007) da escritora
baiana Gláucia Lemos, cuja versão contém ilustrações de Mariângela Haddad, elaboradas
especialmente para o LIVRO.
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O NÃO ROMANTISMO AMOROSO NA POESIA
DE LUÍS ANTONIO CAJAZEIRA RAMOS
Elis Angela Franco F. Santos (UEFS)
A ideia de amor romântico não é algo que sempre existiu. A literatura, sobretudo a produzida pelos
prosadores e poetas da estética romântica, tem um papel significativo no que tange à divulgação dos
mitos que compõem tal ideia do amor. É também a literatura, entre outras manifestações artísticas, capaz
de desconstruir um dos mitos do romantismo: só se ama uma vez na vida. Nesse trabalho, observaremos
como se dá essa desconstrução, a partir da análise dos poemas “Ciranda”, “Boemia” e “Vagas de amor”,
do poeta Luís Antonio Cajazeira Ramos.
O PROCESSO CRIATIVO DE ALEILTON FONSECA EM NHÔ GUIMARÃES:
A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCRITA DE SI E QUESTÕES DE AUTORIA
Adna Evangelista Couto dos Santos (UFBA/CAPES)
Silvia La Regina (UFBA/UFSB)
O romance “Nhô Guimarães” é uma narrativa escrita em prosa e traz em seu contexto uma espécie de
homenagem ao escritor João Guimarães Rosa, no cinquentenário de Grande Sertão: veredas. O escritor
Aleilton Fonseca é um autor baiano da geração 80 (1980). Nasceu em Firmino Alves no dia 21 de julho
de 1959. A produção de um texto é um processo complexo e a sua construção é composta de diversas
vozes. Objetiva-se com esse trabalho identificar as marcas deixadas no texto de Nhô Guimarães, que
contribuem para a identificação da construção de uma escrita de si e discussão de questões autorais
através do processo criativo de Aleilton Fonseca que é fomentado por meio da produção textual.
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SESSÃO 6
Dia 23/10 - quinta-feira – 14h30
Auditório Pedro Calmon
Coordenação: Antonio Carlos Sobrinho (UFBA/Unijorge)
SOBRE A CIDADE DOS VERSOS, UM TEMPO QUE FRAGMENTA O SUJEITO
NA POESIA DE MYRIAM FRAGA
Andréa Silva Santos (UEFS/FAPESB)
Encontramos nos versos de Myriam Fraga um eu lírico que sofre as implicações advindas da condição
de estar no mundo, de ser consigo e com o outro ou mesmo de não sendo, ser. O sujeito poético surge
mergulhado em um tempo que exige adaptação às mais inusitadas situações; momento em que não se
pode ser uno, mas vários; tempo de esfacelamento do indivíduo; instantes de cisão; de ambiguidades; de
ser e não ser; estar e nunca ter estado. O eu lírico transita nos labirintos da cidade, onde o tempo escorre,
desliza e forma coágulos. Na lírica de Fraga, selecionamos os poemas “Persona ou da impossibilidade
de ser” e “Domingo”, ambos estão na obra Poesia Reunida de (2008), seguindo um viés que traduz a
configuração de um sujeito esfacelado – “invenção” e “vítima” de um tempo em estilhaços.
SONHOS NA POESIA DE RUY ESPINHEIRA FILHO:
RECRIAR OU REVISITAR O PASSADO?
Mayara Michele Santos de Novais- ( UEFS)
O objetivo desse trabalho é analisar alguns poemas de Ruy Espinheira Filho que retratam os sonhos do
eu lírico, tanto que são momentos de reflexão em que o eu poético divaga-se várias vezes se são sonhos
ou recordações do passado. O eu lírico da contemporaneidade muitas vezes encontra no sonho uma
forma de reviver o passado, sujeito melancólico que não se distancia do que viveu. No entanto, o sonho
pode modificar uma realidade, recriá-la.Em poemas como “A casa dos nove pinheiros”, “Canção de
sonho e de lembrança”, “O que somos”, “Sempre”, “De uma forma ou de outra”, entre outros,
percebemos revivendo seus sonhos mnemônicos, o sujeito poético espinheiriano pode representar o que
há de mais íntimo, de mais subjetivo, de mais indivíduo, e nessa aparente oposição, de uma forma
paradoxal, de mais humano, de mais um pouco de cada um de nós.
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VASCONCELOS MAIA:
AUTOR DE UMA LITERATURA AFRO-BRASILEIRA
Filismina Fernandes Saraiva (UNEB)
Este trabalho visa discutir a abertura e o fechamento da literatura afro-brasileira, através de alguns
posicionamentos teóricos a respeito da denominação. Incita-se a ampliação conceitual dessa literatura,
acolhendo autores afrodescendentes como um todo, ou seja, o afrodescendente como todo aquele
brasileiro que se considera conscientemente como tal. Assim, apresenta-se o fator cultural como
fundamental para escrita do texto considerado afro-brasileiro. Desse modo, o escritor baiano
Vasconcelos Maia é considerado autor de uma literatura afro-brasileira, tendo em vista a sua trajetória
durante o movimento literário Caderno da Bahia (1948 – 1951), além disso, considera-se, também, a
mudança de postura do escritor dentro da literatura a partir do momento em que vai se inserindo a
grupos negros como o Ilê Axé Opô Afonjá.
DADINHA E A MEMÓRIA COLETIVA DA ESCRAVIDÃO
EM VIVA O POVO BRASILEIRO
Thaíse Araújo da Silva (UEFS)
O romance Viva o Povo Brasileiro (1984) de João Ubaldo Ribeiro, apresenta resquícios dos elementos
que compõem a memória coletiva do povo brasileiro. Nesse sentido, Dadinha, a personagem principal
referente ao contexto da memória, divulga em seus discursos a memória cultural como parte da herança
preciosa do seu povo. Escrava anciã, responsável pela conservação e transmissão de sabedoria. Saberes
estes que não estão escritos ou armazenados em nenhum livro, mas são transmitidos por meio da
oralidade. Assim, a personagem é considerada testemunho vivo do saber e memória da comunidade na
qual está inserida. A estrutura metodológica aplicada estará fundamentada em pesquisas bibliográficas.
Nesse sentido, como base teórica, para o desenvolvimento do trabalho, recorreu-se aos estudos de:
Caldas (2005), Godet (2009), Halbwachs (2006) e Le Goff (1996
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MEMÓRIAS D’AQUELE TEMPO: UMA LEITURA DA LÍRICA DE MAYRANT GALLO
Marcela Rodrigues Soares (IFBA/UFBA)
O presente trabalho visa apresentar a relação entre alegoria e memória presente na lírica de Mayrant
Gallo. Considerando a memória enquanto construção alegórica, a leitura dos poemas evidencia o
afastamento nostálgico e inapreensível do passado, que reforça o reconhecimento da descontinuidade e
da dissociação do tempo, levando à constatação da perda. Essa noção de perda da capacidade de
dominar o tempo histórico leva o eu a reconstruir alegoricamente suas ruínas e registrá-las em memórias
poéticas. As ruínas expõem o outro lado da história e reforçam o caráter alegórico da memória, cujos
sentidos serão esfacelados ou ressignificados pelo tempo.
AS CASAS: REPRESENTAÇÃO, GÊNERO E DISCURSO NA LITERATURA
DE MYRIAM FRAGA E HELENA PARENTE CUNHA
Lúcia Leiro (UNEB)
A Casa (Myriam Fraga), do livro Femina, 1996, e A Casa é a Casa (Helena Parente Cunha), do livro A
Casa e as Casas, também do mesmo ano, trazem em comum a representação do signo casa como
metáfora da existência da mulher educada nos moldes da sociedade patriarcal. Norman Fairclough em
seu livro o Discurso e a Mudança Social destaca a importância da metonímia e da metáfora nos
discursos, uma vez que é por meio destas duas performances de linguagem que a ideologia é
figurativizada. Sendo assim, em se tratando de duas escritoras que vem se preocupado com a condição
da mulher, busco analisar os dois textos sob a perspectiva de gênero no discurso literário a partir do
signo casa.
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A IDEIA DE LIBERDADE – AFIRMAÇÕES DO HOMEM JORGE AMADO
Antonio Carlos Sobrinho (PPGLitCult - UFBA/Unijorge)
Orientadora: Ivia Alves (IL / NEIM – UFBA)
Ao longo do processo de pesquisa referente à investigação da ideia de liberdade para a elaboração da
tese, cujo título é “Jorge Amado e a Liberdade – Uma leitura de um projeto literário”, reuni cerca de 180
entrevistas concedidas pelo romancista baiano para periódicos do país e do estrangeiro, entre os anos de
1958 e 2001 – período que traduz o recorte temporal dos romances que estudo, de Gabriela, cravo e
canela (1958) até O sumiço da santa (1988), incluindo o incompleto e não publicado Boris, o vermelho.
A partir destes dados, nos quais o homem Jorge Amado fala sobre o romancista, eu procuro abrir
hipóteses a respeito do que vem a ser a ideia de liberdade, que se constitui sempre presente – talvez
mesmo central – no projeto literário amadiano. Esta comunicação apresenta um primeiro esforço de
agrupamento das diversas entrevistas ao longo do tempo e uma reflexão sobre as declarações de Amado,
de modo a abrir caminhos para a interpretação e análise de seu pensamento sobre a ideia de liberdade.