ABNT - UNOPAR - Completo · Web viewTrabalho de Letras apresentado à Universidade Norte do Paraná...
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Ibirité-MG2016
TATIANE GODINHO GUIMARÃES
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOLETRAS
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA
Ibirité2016
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA
Trabalho de Letras apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média Semestral nas disciplinas de Sociedade Educação e Cultura, Educação Inclusiva, Língua Brasileira de Sinais – Libras, Seminário da Prática I, Educação a Distância.
Orientadores: Wilson Sanches, Regina Celia Adamuz, Sandra C. Malzinoti Vedoato, Marlizete Cristina Bonafini Steinle
TATIANE GODINHO GUIMARÃES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................8
4 REFERÊNCIAS........................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende fazer uma breve explanação sobre a atuação da escola no
tempo presente, sendo que a sociedade tem avançado em vários aspectos, e mais
do que nunca é imprescindível que a escola acompanhe essas evoluções e que ela
esteja conectada a essas transformações. É importante refletirmos sobre que tipo de
trabalho temos desenvolvido em nossas escolas e qual o efeito, que resultados
temos alcançado analisando a função social da escola em consonância com as
concepções de ensino adotadas pelo sistema educacional brasileiro, e também
sobre como a escola tem ajudado no acesso a cultura, constituindo-se em espaço
de convivência social e estimulando a formação da cidadania.
A apresentação se faz através da análise e compreensão do artigo referência,
enviado para o desenvolvimento do trabalho e ele divide-se em títulos que fazem
um levantamento de reflexões e constatações de como vem acontecendo o
processo de ensino e aprendizagem e ainda a grande importância do gestor escolar
e equipe coordenadora para o êxito na aprendizagem significativa do aluno.
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2. DESENVOLVIMENTO
No artigo “Função social da escola e organização do trabalho pedagógico”,o autor
José Geraldo Silveira Bueno (2001), faz uma abordagem crítica sobre a escola atual
de que a democratização do ensino nas últimas décadas (ampliação de vagas;
mais alunos; mais professores) foi responsável pela queda da qualidade na
atuação da escola. Contrário a este argumento, o autor acena para atuações “in
loco”, nas quais cada unidade escolar, mesmo com todos os problemas estruturais
e das políticas educacionais falhas, se responsabilizaria, por desenvolver suas
práticas pedagógicas, baseando-se na realidade à qual ela está inserida.
Na opinião dele, para que isso acontecesse, seria preciso um projeto envolvendo
todos os funcionários integrantes da escola e da comunidade, priorizando o acesso
à cultura, o desenvolvimento da cidadania e a consciência do espaço social.
Privilegiando o cotidiano da escola, favorecer acesso ao conhecimento e
organização do tempo escolar. E também Estabelecer metas precisas para acesso
ao conhecimento, para a formação do cidadão e para o convívio social.
O autor descreve o que há muito vem sendo discutido na teoria, porém na prática
encontramos professores mal remunerados e desanimados, gestores indicados
politicamente, unidades escolares situadas em áreas de alto risco, violência em
ambientes escolares e falta de interesse dos alunos e familiares. Embora possuímos
algo para nos dar esperança de um futuro melhor, ainda existem muitas barreiras a
serem ultrapassadas, como a falta de utilização dos meios ensino que o governo nos
dá, por exemplo, ainda existem muitas salas de informática que não são utilizadas,
por falta de manutenção ou supervisão de instrutores qualificados para que
consigam usufruir deste meio para transmitir o que lhe está sendo proposto aos
alunos, também existem sistemas de informática desatualizados ou inferiores ao
habitual dos alunos, falta de programas instalados para a compreensão de tal
matéria, índice de internet muito baixo para a grande demanda de computadores,
muitos professores desqualificados, escolas em estado precário de ensino onde não
se tem nenhuma chance de se conseguir ensinar, e principalmente a falta de
educação e vontade dos alunos em aprender, onde a principal missão do professor
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acaba sendo a de conseguir motivar seus aprendizes.
O autor sugere que cada escola desenvolva sua política de atuação de acordo
com a sua localidade, mas as condições sócio-culturais, humanas e estruturais
poderia se repetir em outra unidade diferentemente. Nesse sentido, é necessário o
desenvolvimento de um amplo projeto político-educativo que dê às escolas e aos
professores, as condições gerais básicas para que as escolas possam buscar seus
próprios caminhos, visto que nossa sociedade vive um momento em que fazer
cidadãos mais inteligentes é a melhor forma de se construir um país mais forte, tanto
economicamente quanto intelectualmente, mas se o nosso governo não consegue
dar apoio para que juntos conseguíssemos sermos mais racionais e sensatos, como
iremos evoluir? Uma vez um grande ativista e líder político disse: “A educação é a
arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” – Nelson Mandela.
Já segundo Luckesi (1994) a atuação da escola consiste na preparação
intelectual e moral dos alunos para assumir sua posição na sociedade. E a escola
deve desenvolver funções sociais fundamentais para facilitar o acesso à cultura.
A Cultura escolar está fortemente ligada à filosofia da escola, ou seja, sua missão,
e é ela que dirá como a escola vê o educando no processo educativo e sua projeção
para a vida social e intelectual. A Legislação Educacional, a elaboração do Projeto
Político Pedagógico, as abordagens de ensino, o público que se deseja alcançar e
as metas pedagógicas e administrativas, todos esses fatores dependem das
estratégias abordadas na formação da cultura a qual a instituição deseja formar.
A cultura é formada de diversas formas e padrões, quais temos acesso nas
disciplinas de História, sociologia, geografia, artes, e através destas matérias,
podemos adquirir a nossa cultura idealizada, conforme o padrão. A cultura crítica,
que se situa nas disciplinas científicas, artística e filosóficas; as determinações da
cultura acadêmica, que se refletem no currículo; as influências da cultura social,
constituídas pelos valores hegemônicos do cenário social; as pressões cotidianas da
cultura institucional, presente nos papéis, normas, rotinas e ritos próprios da escola
como instituição social específica, e as características da cultura experiencial,
adquirida por cada aluno através da experiência dos intercâmbios espontâneos com
seu entorno. (Pérez Gómez, 1998, p. 17)
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Em vez de preservar uma tradição mono cultural, a escola está sendo chamada a
lidar com a pluralidade de culturas, reconhecer os diferentes sujeitos socioculturais
presentes em seu contexto, abrir espaços para a manifestação e valorização das
diferenças. É essa, a nosso ver, a questão hoje posta. A escola sempre teve
dificuldade em lidar com a pluralidade e a diferença. Sente-se mais confortável com
a homogeneização e a padronização. No entanto, abrir espaços para a diversidade,
a diferença, e para o cruzamento de culturas constitui o grande.
Candau e Moreira (2003), destacam que os elementos discriminadores estão
presentes no projeto político pedagógico, no currículo explícito e no oculto, na
dinâmica relacional, nas atividades em sala de aula, no material didático, nas
comemorações e festas, na avaliação, na forma de se lidar com as questões de
disciplina, na linguagem oral e escrita (as piadas, os apelidos, os provérbios
populares etc.), nos comportamentos não verbais (olhares, gestos etc.), nos jogos e
nas brincadeiras. A educação requer uma perspectiva que valorize e leve em conta
a riqueza decorrente da existência de diferentes culturas no espaço escolar, e ainda
o combate à discriminação e ao racismo em seu cotidiano, ou seja a escola tem o
dever de assumir uma prática pedagógica multicultural e inclusiva que favorece o
aluno a entender por todas as disciplinas escolares, tanto em seus conteúdos
específicos como através dos temas transversais propostos pelos PCNs. Caso
contrário, a escola estará a serviço da reprodução de padrões de conduta
reforçadores dos processos discriminadores presentes na sociedade.
O papel dos professores é fundamental nesse processo, visto que o
aprofundamento da temática da formação cultural brasileira é absolutamente
necessária. Ele pode adicionar outras perspectivas centralizando na cultura, no
reconhecimento da diferença e na construção da igualdade.
Vários programas, tanto de âmbito federal, como estadual e municipal têm sido
criados com o objetivo de tornar a cultura um eixo central no processo educativo,
como o programa “Mais Cultura nas Escolas”; o portal “CulturaEduca”, que propõem
valorizar e discutir a pluralidade cultural e inclusão. Em Ibirité (região metropolitana
de Belo horizonte) e como em outras regiões encontramos problemas na educação.
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A rede de ensino pública conta com 19 escolas municipais e 17 estaduais. Na rede
de ensino municipal são fornecidos: Educação Infantil, Ensino Fundamental -
Anos/Séries Iniciais e Ensino Fundamental - Anos/Séries Finais. Na rede de ensino
estadual são fornecidos: Ensino Médio, Ensino Fundamental - Anos/Séries Iniciais,
Ensino Fundamental - Anos/Séries Finais e Educação de Jovens e Adultos.
De acordo com os dados fornecidos pela Prefeitura de Ibirité pode-se notar que
há poucas escolas e elas estão má distribuídas, contribuindo para a diversidade de
raças e culturas.
Para que se possa avançar nesse processo, o papel dos(as) professores(as) é
fundamental. Nesse sentido, a formação docente, tanto a inicial como a continuada,
passa a ser prioritária para todos alunos participem das atividades culturais (feiras
de culturas, palestras, teatros...) e temos como exemplo o site que a prefeitura
disponibilizou “Secretaria de esporte, cultura e Lazer. Um exemplo interessante que
também podemos citar é o CD Brasileirinho, lançado pela cantora Maria Bethânia
em 2003, Esse CD conta a trajetória cultural do Brasil desde o descobrimento até os
dias atuais. Este Projeto foi uma iniciativa reconhecida com o Prêmio Cultura Viva do
Ministério da Cultura. E a música da Xuxa “ Eu sou diferente de você” é uma
dinâmica para trabalhar com a educação infantil em que pode auxiliar a criança a
aceitar o próximo de acordo com a sua particularidade.
Esses sites e programas citados, entre outros, tem ajudado os alunos a
descobrirem a identidade cultural do nosso povo.
Apesar das transformações sofridas no decorrer da história, a escola representa a
Instituição que a humanidade elegeu para socializar o saber. Então podemos afirmar
que é o lugar onde, por princípio, é difundido o conhecimento que a sociedade
estima necessário transmitir às novas gerações. Nenhuma outra forma de
aparelhamento foi capaz de substituí-la.
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3. CONCLUSÃO
Como vimos no decorrer do trabalho, muitas iniciativas estão sendo propostas e
várias realizadas com sucesso em questão de desenvolver ações que consideram a
cultura muito importante, o reconhecimento da diferença e a construção da
igualdade. Sendo o objetivo de construir uma sociedade mais democrática e justa
com indivíduos conscientes.
Podemos observar que o acesso a cultura, a formação da cidadania e as questões
relativas á inclusão são tratadas de maneiras muito diferentes.
As concepções críticas e positivistas mantêm as unidades escolares sem uma
identidade que estabeleça o atual posicionamento da Educação e as ações
promovidas dependem de iniciativas individuais de professores ou da oferta de
projetos de extensão pelas universidades públicas da região, para atuarem como
parceiros no desenvolvimento da construção de Educação de qualidade que
consolide as políticas educativas no sentido de estabelecer, de forma eficiente, o
acesso á cultura como diferencial na formação do aluno como cidadão.
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4. REFERÊNCIAS
LUCKESI, Cipriano C. Elementos para uma Didática no Contexto de uma Pedagogia para a Transformação.In: Simpósios da III Conferência Brasileira de Educação . São Paulo: Loyola, 1984.
PINTO, João Bosco G. Planejamento Participativo na Escola Cidadã. In: SILVA, Luiz H. e AZEVEDO, José C.Paixão de Aprender II . Petrópolis: Vozes, 1995
VEIGA, Z. de P. A. As instâncias colegiadas da escola.� � IN: RESENDE, L. M. G. de & VEIGA, I. P. A. (orgs.).Escola: espaço do projeto político-pedagógico , 6ª ed. Campinas: Papirus, 2003, p. 113-126.
BUENO, José Geraldo Silveira. Função social da escola e organização do trabalho pedagógico. Educar em Revista, Curitiba, n. 17, p. 101-110. Jan./Junho 2001. Editora da UFPR. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/n17/n17a08.pdf>.
CANDAU, Vera Maria; MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação. Nº 23, p. 156 -168, Maio/Jun/Jul/Ago 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a11>.
HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 22, nº2, p. 15-46, jul./dez. 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 24782003000200013
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filsofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.
PREFEITURA DE IBIRITE: <http://www.ibirite.mg.gov.br/secretarias/esporte-cultura-e-lazer.html>
<http://www.ibirite.mg.gov.br/secretarias/social/protecao-social-especial.html>
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MAIS CULTURA NAS ESCOLAS. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/maisculturanasescolas>.
PROJETO BRASILEIRINHO: Os tons da aquarela cultural de nosso país. Disponível em: <http://www.brasileirinho.mus.br/projeto-brasileirinho/projeto.html>.
EU SOU DIFERENTE DE VOCÊ: Xuxa. Disponível em: https://www.letras.mus.br/xuxa/1746127/
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