Abajur Kameelperd

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ABAJUR KEMEELPERD Thaísa Inforçatti Carelli

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Memorial - Abajur Kameelperd

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ABAJUR KEMEELPERD

Thaísa Inforçatti Carelli

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ABAJUR KEMEELPERD

Thaísa Inforçatti Carelli

Salvador - BAMarço / 2012

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INTRODUÇÃO

O Animal Print é uma tendência que têm dominado o mundo da moda há algumas temporadas, e agora invadiu também a

decoração. Muitos acessórios e móveis já se inspiram na pele dos animais para conferir aos ambientes sofisticação e beleza, dando

um toque ousado até mesmo para a decoração mais simples.

Seguindo essa moda, o Abajur Kameelperd (girafa na língua africana) busca inspiração no animal da savana africana de forma

elegante e requintada. Como o nome já diz, a base de criação do abajur é guiada pelo formato do corpo da girafa com estampa fashion

de Animal Print.

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TEMA

Animal Print.

MOTIVAÇÃO

A Animal Print é uma moda que gosto desde quando era pequena. Além de estar presente no meu cotidiano (em roupas,

acessórios e objetos), está diretamente ligada com minha área profissional, Design de Interiores, trazendo charme, sofisticação e

elegância para os ambientes.

IDÉIA

Minha Idéia é fazer um abajur simples e bonito que traduz as formas e texturas do corpo da girafa.

PONTO DE PARTIDA Moderno, decoração, movimento, tranquilidade.

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DESCRIÇÃO Abajur Kameelperd – diam.=50cm / h=157cm:

Corpo de madeira Vinhático – h=116cm;

Composto por uma base triangular equilátera (7cm x 10cm) para fixar três pés (5cm x 117cm x 2,5cm) inspirados nas

pernas da girafa (mais grosso em cima e fino em baixo).

Estrutura de aço – 15,5cm x 50cm;

Composta por um bocal com uma haste de apoio para a cúpula (15,5cm x 33,5cm) e uma ponteira para prendê-la (6,6cm

x 16,5cm).

Cúpula revestida com tecido pintado inspirada na estampa do pelo da girafa – diam.=40cm / h=22cm.

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PROCESSO DE CRIAÇÃO

O processo de criação começou a partir de um texto escrito aleatoriamente num período de 10 minutos sem parar. Método

esse, criado na época do Surrealismo (França, 1920), movimento vanguardista significativamente influenciado pelas teses

psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano.

Ao terminar de escrever inconscientemente esse texto, o qual estava escrito coisas relacionadas à minha vida profissional e

pessoal, fiz uma seleção de dez palavras.

Sonho / Casa / Tranquilidade / Conforto / Decoração / Equilíbrio /

Infinito / Leveza / Moderno / Movimento

Dentre essas dez palavras, extraí quatro para me guiar no processo criativo.

Moderno / Decoração / Movimento / Tranquilidade

A partir dessa triagem, comecei a pensar em alguns objetos de construção, até chegar à conclusão de que eu faria uma

luminária. Então comecei a rascunhar as idéias que surgiam.

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As idéias eram legais, porém, faltava alguma coisa que me desse uma direção além das quatro palavras elegidas. Eu precisava

de um conceito. Então, procurei dentro de mim, algo que pudesse se relacionar tanto com minha vida pessoal, como com minha vida

profissional. Logo, apostei na moda do Animal Print.

Sendo assim, me direcionei a trabalhar diretamente ligada não só à estampa, mas também ao corpo dos animais, mais

precisamente, da girafa.A partir disso, a idéia começou a ficar mais clara.

Comecei a pensar numa luminária que pudesse se

encaixar no tema e nas palavras escolhidas, até que cheguei à

conclusão de que seria um abajur alto.

Seguindo esse pensamento, inspirei-me no corpo do

animal para fazer o design da peça. Logo, pensei em produzir

um abajur com três pés simulando as pernas compridas da

girafa (larga em cima, fina embaixo), presas numa base

triangular, junto a uma estrutura de aço que apoia uma cúpula

estampada com casca de ovo simulando as manchas do animal.

Daí o nome da obra: Abajur Kameelperd, que significa

girafa em seu país de origem, África.

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PROCESSO DE CONSTRUÇÃO

Após dias e dias de procura sem sucesso de materiais para a execução do Abajur Kameelperd em Salvador/BA, cidade de difícil

acesso para mim, decidi realizar meu projeto em Vitória da Conquista/BA, onde tenho contatos de pessoas que poderiam colaborar

com a produção do mesmo.

Então, na manhã de sexta feira, 23.03, viajei para Conquista. Ao chegar, continuei a procurar materiais necessários para a

montagem do objeto. Achar uma cúpula de abajur de diam.=40cm e h=30cm, não foi nada fácil! Mas ao contrário de Salvador, obti ve

sucesso. Depois de caminhar muito pelo centro, me depararei com uma de tamanho parecido, diam.=40cm e h=22cm. Não era o que

eu queria, mas foi a única que encontrei.

Em seguida, me dirigi para a carpintaria. O carpinteiro, gentilmente, me atendeu fora do expediente, para produzir o corpo do

abajur. Foram mais de 4h de trabalho. Apesar das formas serem simples, foi preciso ter muita atenção e cuidado na hora da exe cução,

para que o produto final saísse do “jeitinho” que eu queria, com os mínimos detalhes.

O processo de construção teve início com a escolha da madeira (Vinhático de cor clara e mesclada), e seguiu com mais três

etapas: pernas, base triangular e pés.

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A primeira etapa foi a construção de três pernas para o abajur, inspiradas no formato da perna da girafa. O primeiro passo foi

riscar milimetricamente o tamanho de cada uma para poder cortá-las em tiras de 5cm x 116cm x 2,5cm, conforme o projeto.

Após serem cortadas, essas pernas foram niveladas, lixadas e pregadas uma na outra com prego, a fim de deixá-las com

tamanhos e detalhes iguais na hora do acabamento.

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As laterais foram cortadas diagonalmente, com intuito de deixar uma extremidade mais fina do que a outra, de forma que uma

ficou com 5cm de largura e outra 3cm. E para finalizar essa etapa, foi feito um acabamento abaulado nas laterais da parte mais larga.

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A segunda etapa, foi a construção de uma base triangular para prender essas pernas com h=10cm e faces de 7cm.

O processo começou com nivelamento de um dos lados de um toco largo de madeira. Tirando como base essa face, um

triangulo equilátero foi riscado e cortado na máquina, de acordo com as medidas do projeto.

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Após obter o resultado esperado, o prisma foi cortado no tamanho de 10cm e lixado.

Antes de cortar os pés (cubos de 2,5cm x 3cm x 2,5) – terceira etapa –, foi preciso fazer uma experiência para ver a inclinação

do corte da extremidade mais fina das pernas.

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Os pés foram cortados e testados, fincando como o esperado, concluindo a fase da carpintaria.

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Depois de medir o espaço da abertura entre uma e outra, pôde-se então cortar as pernas na medida exata para que os cubos

pudessem ser colados e ficassem na posição correta no chão.

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Então, para solucionar o problema da cúpula e finalizar esse dia, resolvi usar o método de estamparia com moldes vazados

feitos de papel.

Desenhei uma estampa de girafa numa folha de oficio e cortei o papel ao meio para poder colar a lateral direita na esquerda –

metodologia essa, utilizada para que a estampagem não possua emendas – e tirei quatro cópias.

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Nesse mesmo dia, quando cheguei em casa, fui tirar a pele dos ovos para fazer o mosaico na cúpula, representando a estampa

Animal Print.

Como foi difícil conseguir cascas de ovos marrons usadas, comprei quatro dúzias no supermercado, mas por fim, acabei

desistindo dessa técnica. O ovo tem três camadas de pele, e tirar todas elas sem quebrar muito a casca, é muito difícil. Porém, isso era

necessário ser feito para que futuramente, meu abajur não criasse fungos nem odor.

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A execução dessa parte do trabalho também foi feito milimetricamente e com muita cautela para que o produto final ficasse

bonito e leve.

A primeira etapa foi a produção do bocal, derivado de um cano de aço serrado e lixado.

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No sábado de manhã, 24.03, voltei ao centro a procura dos materiais que faltavam, como: tinta spray, fio elétrico, plugue, bocal para

abajur, interruptor de piso, ponteira de cortina, parafusos, porcas e puxadores de gaveta. Apesar do tempo ter sido curto, consegui

comprar tudo e fui direto para a serralheria, onde fiquei a tarde toda.

O projeto da estrutura metálica acabou sendo adaptado aos materiais disponíveis, pois foram reaproveitados alguns pedaços

de aço que lá havia. Mesmo assim, o resultado ficou muito bom.

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Depois, foi feito um apoio no formato de um prato fundo furado ao meio, por onde passa um tubo fino que conduz o fio

elétrico do bocal para o chão por dentro da base triangular de madeira.

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Em seguida, iniciou-se o trabalho da haste que sustenta a cúpula do abajur. Essa haste foi dobrada,

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serrada,

e soldada nesse “prato”.

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Para finalizar essa parte do projeto, foi utilizado nylon para fazer uma moeda – como se fosse uma porca – e um

preenchimento na pinha (ponteira de cortina) que prende a cúpula e a porca no topo da estrutura metálica.

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O domingo foi o dia dos acabamentos e da montagem.

O corpo do abajur (pernas, pés e base triangular) foi lixado com lixas de número 100 a 220 para dar um melhor acabamento na

madeira e aplicada duas demãos de seladora.

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Após concluir esse procedimento, foi feito furo no centro da base triangular para colocar o tubo e as faces para colar os

parafusos que prendem os pés do Abajur Kameelperd.

Para fechar o dia, quando cheguei em casa, recortei os

moldes para fazer a estampagem da cúpula.

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Os pés foram colados nas pernas com cola de madeira.

Após a instalação elétrica ser efetuada a estrutura metálica, a pinha, as porcas e as roscas (para prender as pernas), o

interruptor de piso e o plugue foram pintadas com spray cor ouro.

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Em seguida, iniciou-se o processo de testes e. montagem.

Teste da parte elétrica

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Teste da cor da estampa: spray marrom e ouro

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Estampagem da cúpula (spray ouro)

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Acabamento das bordas da cúpula com fita

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Montagem do Abajur Kameelperd

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CONCLUSÃO

Gostei muito do projeto que fiz. De maneira geral, acho que consegui passar a mensagem e a emoção do movimento e da

harmonia que existe na girafa, como citado na introdução.

Apesar de não ter saído tudo conforme planejado, me realizei com a estética da arte final. Como disse antes:

“Não há problema que não tenha solução,

Não há solução que não tenha erro,

Não há erro que não possa ser corrigido.”

Nada melhor do que uma EXPERIÊNCIA para que possamos ampliar nossos conhecimentos e com sabedoria, poder encontrar

caminhos para solucionar os problemas imprevistos.

Tendo em vista meu campo profissional, pretendo aperfeiçoar esse projeto e reproduzi-lo em série, criando uma linha Animal

Print.