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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO
TECNÓLOGO EM GEOPROCESSAMENTO
A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NO MONITORAMENTO DE USINAS
HIDRELÉTRICAS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Rafaela Fraga de Andrades
Santa Maria, RS, Brasil
2013
A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO
GEOGRÁFICA NO MONITORAMENTO DE USINAS
HIDRELÉTRICAS
Rafaela Fraga de Andrades
Trabalho apresentado como requisito final para obtenção do grau de Tecnólogo em Geoprocessamento
Orientador: Profª Michele Monguilhott
Santa Maria, RS, Brasil
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM
TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova
o Relatório de Estágio
A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NO MONITORAMENTO DE USINAS
HIDRELÉTRICAS
elaborado por Rafaela Fraga de Andrades
Como requisito final para obtenção do grau de
Tecnólogo em Geoprocessamento
COMISSÃO EXAMINADORA:
________________________________________
Profª. Michele Monguilhott, M. Sc.
(Presidente/Orientadora)
_______________________________________
Prof. Elodio Sebem, Dr.
(Professor do Colégio Politécnico da UFSM)
______________________________________
Prof. Alessandro Carvalho Miola, M. Sc.
(Professor do Colégio Politécnico da UFSM)
Santa Maria, 16 de Janeiro de 2013
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Arquitetura de Sistemas de Informações Geográficas ................... 13
Figura 2 - Localização UHE Itá ....................................................................... 16
Figura 3 - Localização UHE Passo Fundo ...................................................... 17
Figura 4 - Localização UHE Machadinho........................................................ 18
Figura 5 - Localização UHE Barra Grande ..................................................... 19
Figura 6 - Localização UHE Campos Novos ................................................... 20
Figura 7 - Localização UHE Estreito ............................................................... 21
Figura 8 - Gráfico do Total de Irregularidades. ............................................... 24
Figura 9 - Gráfico de Ocorrências Ambientais e Patrimoniais. ....................... 25
Figura 10 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010 ................................. 26
Figura 11 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011 ................................. 27
Figura 12 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 ......... 27
Figura 13 - Gráfico de Irregularidades ............................................................ 28
Figura 14 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010 ................................. 28
Figura 15 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011 ................................. 29
Figura 16 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 ......... 29
Figura 17 - Gráfico das Irregularidades .......................................................... 30
Figura 18 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010 ................................. 31
Figura 19 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011 ................................. 31
Figura 20 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 ......... 32
Figura 21 - Gráfico das Irregularidades .......................................................... 33
Figura 22 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010. ................................ 33
Figura 23 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011. ................................ 34
Figura 24 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 ......... 34
Figura 25 - Gráfico das Irregularidades .......................................................... 35
Figura 26 - Parâmetros Físico-Químicos Verão 2010 ..................................... 41
Figura 27 - Parâmetros Físico-Químicos Verão 2011 ..................................... 42
Figura 28 - Parâmetros Físico-Químicos Outono 2010................................... 44
Figura 29 - Parâmetros Físico-Químicos Outono 2011................................... 45
Figura 30 - Qualidade da Água no Verão 2010 .............................................. 47
Figura 31 - Qualidade da Água no Outono 2010 ............................................ 47
Figura 32 - Qualidade da Água no Verão 2011 .............................................. 47
Figura 33 - Qualidade da Água no Outono 2011 ............................................ 47
Figura 34 - Parâmetros Físico-Químicos do Inverno 2010 ............................. 49
Figura 35 - Parâmetros Físico-Químicos do Inverno 2011 ............................. 50
Figura 36 - Parâmetros Físico-Químicos da Primavera 2010 ......................... 52
Figura 37 - Parâmetros Físico-Químicos da Primavera 2011 ......................... 53
Figura 38 - Qualidade da Água no Inverno 2010 ............................................ 55
Figura 39 - Qualidade da Água Primavera 2010 ............................................. 55
Figura 40 - Qualidade da Água no Inverno 2011 ............................................ 55
Figura 41 - Qualidade da Água Primavera 2011 ............................................. 55
Figura 42 - Qualidade da Água do Reservatório UHPF 2010/2011 ................ 56
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Principais Ocorrências em Canteiros de Obras ............................. 22
Tabela 2 - Principais Ocorrências em Áreas Remanescentes ........................ 22
Tabela 3 - Principais Ocorrências em APP's .................................................. 23
Tabela 4 - Resumo de Irregularidades............................................................ 23
Tabela 5 - Coordenadas dos Pontos Amostrais ............................................. 38
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Faixas do Índice de Qualidade das Águas ................................... 35
Quadro 2 - Descrição dos Parâmetros Físico-Químicos Utilizados ................ 39
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................... 10
1.1 Estagiário ........................................................................................................ 10
1.2 Empresa ......................................................................................................... 10
2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................ 11
3 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
3.1 Alguns Conceitos Relevantes à Compreensão do Trabalho........................... 12
3.1.1 Geoprocessamento ............................................................................ 12
3.1.2 Sistemas de Informações Geográficas ............................................... 13
3.1.3 Densidade Kernel ............................................................................... 14
3.1.4 Geoestatística .................................................................................... 14
3.1.5 Krigagem Ordinária ............................................................................ 14
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .......................................................................... 16
4.1 Áreas de Estudo ............................................................................................. 16
4.1.1 Usina Hidrelétrica Itá .......................................................................... 16
4.1.2 Usina Hidrelétrica Passo Fundo ......................................................... 17
4.1.3 Usina Hidrelétrica Machadinho ........................................................... 18
4.1.4 Usina Hidrelétrica Barra Grande......................................................... 18
4.1.5 Usina Hidrelétrica Campos Novos ...................................................... 19
4.1.6 Usina Hidrelétrica Estreito .................................................................. 20
4.2 Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial ..................................................... 21
4.2.1 Registros de Ocorrências ................................................................... 21
4.2.1.1 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Itá ...................... 26
4.2.1.2 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Machadinho ...... 28
4.2.1.3 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Barra Grande .... 30
4.2.1.4 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Campos Novos . 33
4.3 Qualidade da Água ......................................................................................... 35
4.3.1 SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) ....................................... 36
4.3.2 Qualidade da Água na UHE Passo Fundo ......................................... 38
4.3.2.1 Análise ................................................................................... 40
5 COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES ...................................................................... 57
5.1 Dificuldades Alcançadas ................................................................................. 58
6 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 59
7 ANEXOS ............................................................................................................... 62
7.1 ANEXO A - Formulário de Registro de Ocorrência ......................................... 63
8 APÊNDICES ......................................................................................................... 65
8.1 APÊNDICE A - Leiaute Padrão Criado para a Empresa. ................................ 66
10
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1 Estagiário
Nome: Rafaela Fraga de Andrades.
Matrícula: 2921384
E-mail: [email protected]
Endereço do Estagiário: Rua Paul Harris, n°: 113, Ap.: 3, Centro. Santa
Maria, RS.
Curso: Tecnologia em Geoprocessamento.
1.2 Empresa
Nome: Lago Azul Consultoria Ltda.
Setor da Realização do Estágio: Centro de Processamento de Dados.
Endereço da Empresa: Bairro Centro, Rua 01, n°: 371, Cidade: Itá, Estado:
SC, CEP: 89760-000. Fone: (49) 3458-1591.
Área onde foi realizado o Estágio: Sistema de Informações Geográficas.
Data de Início: 16/07/2012
Data de término: 31/12/2012
Duração em horas: 526 horas
Supervisor do Estágio: Cassius Eduardo Somensi.
Formação do Supervisor: Tecnólogo em Meio Ambiente.
Orientador: Profª Michele Monguilhott.
11
2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
Comprometida com o desenvolvimento econômico e ambiental sustentável, a
Lago Azul Consultoria Ltda é uma empresa especializada na prestação de serviços
socioambientais, em especial para empreendimentos hidrelétricos (LAGO AZUL
CONSULTORIA, 2012).
A governança ambiental, por ser relativamente recente e complexa, ainda não
possui paradigma estabelecido, e muito menos consenso a respeito das práticas
metodológicas, posto que sua análise perpassa por várias áreas do conhecimento,
sendo necessário integrar pensamentos e práticas metodológicas interdisciplinares
(LAGO AZUL CONSULTORIA, 2012).
Hoje a Lago Azul Consultoria Ltda trabalha em seis UHEs (Usinas
Hidrelétricas de Energia), que são elas: UHE Itá, UHE Machadinho, UHE Barra
Grande, UHE Campos Novos, UHE Passo Fundo e mais recentemente UHE
Estreito.
O geoprocessamento está diretamente integrado nas práticas metodológicas
desenvolvidas pela empresa, que busca gerar informações espacializadas para a
tomada de decisão de seus clientes, efetuando assim, o monitoramento dos
empreendimentos hidrelétricos contratantes.
Com a utilização do SIG, a empresa faz desde o gerenciamento ambiental e
sociopatrimonial até vistorias periódicas nas usinas, realizando levantamentos de
registros de ocorrências nas áreas sob concessão dos empreendimentos
hidrelétricos em que a empresa atua.
12
3 INTRODUÇÃO
O objetivo do estágio foi fazer uso das ferramentas disponibilizadas pelo
programa ArcGis® para realizar o acompanhamento da dinâmica recorrente nos
empreendimentos hidrelétricos monitorados pela Empresa Lago Azul Consultoria
Ltda. Bem como, diagnosticar a maneira que o programa é aplicado nas atividades
da empresa, a fim de propor correções e melhorias nas aplicações das ferramentas
de geoprocessamento.
Também foi incorporado às atividades, propor novos indicadores em relação à
qualidade da água dos reservatórios, gerar cenários futuros à respeito de
manifestações de ocorrências irregulares identificadas nas áreas sob concessão dos
empreendimentos hidrelétricos e elaborar mapas temáticos diversos, cruzando as
informações disponíveis.
O primeiro procedimento do trabalho foi interar-se das atividades da empresa
e analisar quais eram os dados disponibilizados em planilhas MS Excel© e MS
Access© na realização dos trabalhos para os empreendimentos, nos quais a
empresa presta serviços.
Posteriormente, iniciou-se a etapa de análise e seleção de ferramentas do
programa ArcGis® que poderiam ser úteis para as atividades a serem desenvolvidas.
Verificou-se a necessidade de utilizar três ferramentas principais para a realização
das análises, são elas: Spatial Analyst, Geoestatistical Analyst e 3D Analyst.
3.1 Alguns Conceitos Relevantes à Compreensão do Trabalho
3.1.1 Geoprocessamento
O geoprocessamento é uma ferramenta utilizada cada vez mais, no apoio à
tomada de decisões em várias áreas do conhecimento. Para tal auxílio, são
utilizados programas computacionais capazes de armazenar, manipular e gerenciar
dados geográficos e descritivos. Câmara (1998) diz...
(...) “O termo Geoprocessamento denota uma disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento de informações geográficas. Esta tecnologia, denotada por Geoprocessamento, tem influenciado de maneira crescente as áreas de
13
Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional”.
3.1.2 Sistemas de Informações Geográficas
SIG refere-se a Sistemas de Informações Geográficas, ou seja, um sistema
computacional com manipulação de dados não somente descritivos, mas que
obtenham atributos de localização sobre a superfície terrestre, assim como uma
projeção cartográfica qualquer. (Câmara,1998)
Figura 1 - Arquitetura de Sistemas de Informações Geográficas Fonte: Câmara, 1998
Desta forma o SIG torna-se uma ferramenta fundamental na análise espacial
com dados de qualquer natureza científica, pois estas...
(...) ”tecnologias de geoprocessamento são instrumentos apropriados para o manuseio, manutenção, gerenciamento e disponibilização de informações com características espaciais. A disponibilização em formato digital possibilita a manipulação e apresentação do conhecimento geográfico segundo formas novas, práticas e atrativas, bem como uma redução nos custos dos processos de atualização e substituição, tendo em vista que os produtos gerados a partir de SIG podem ser atualizados, editados, impressos e duplicados mais rápida e facilmente do que aqueles gerados por métodos tradicionais” (GIOTTO & SALBEGO, 2004).
14
3.1.3 Densidade Kernel
Segundo Oliveira (2011) o estimador de Kernel tem por objetivo gerar uma
grade em que cada célula representa o valor da intensidade, densidade, razão entre
atributos etc. O valor obtido será uma medida de influência das amostras na célula.
A região de influência dentro da qual os eventos contribuem para o cálculo da
intensidade é um círculo de raio t com centro em h. Assim, conclui-se que a função
do Kernel é interpolar, um valor de intensidade para cada célula de uma grade,
considerando uma função simétrica, centrada na célula, utilizando-se para o cálculo
os pontos situados até certa distância do centro da célula.
3.1.4 Geoestatística
Segundo Isaaks e Srivastava (1989), a geoestatística permite descrever a
continuidade espacial, a qual é uma característica essencial de muitos fenômenos
naturais, e adapta as técnicas de regressão clássica para tirar vantagem dessa
continuidade.
Já Deutsch e Journel (1992) dizem “A geoestatística oferece um conjunto de
ferramentas determinísticas e estatísticas para compreender e modelar a
variabilidade espacial”.
Neste trabalho foram utilizadas duas ferramentas da geoestatística para
realizar as análises, e são elas: o estimador de densidade Kernel no estudo dos
registros de ocorrência, e a krigagem no estudo da qualidade da água do
reservatório da UHE Passo Fundo.
3.1.5 Krigagem Ordinária
Deutsch e Journel (1998), dizem que “a krigagem é um conjunto de técnicas
de regressão linear generalizadas para minimizar uma variância de estimação a
partir de um modelo de covariância definido a priori”.
Krigagem pode ser entendida como uma predição linear ou uma forma da
interferência bayesiana, pois parte do princípio que pontos próximos no espaço
tendem a ter valores mais parecidos do que pontos mais afastados.
15
Essa técnica assume que os dados amostrais de uma determinada população
ou local, se encontram correlacionados no espaço. No processo básico da Krigagem
Ordinária a estimativa é feita para determinar um valor médio em um local não
amostrado.
16
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Nas atividades desenvolvidas na empresa durante o período do estágio foram
utilizados dados topográficos e descritivos repassados pelos empreendimentos,
todos na Projeção UTM e datum SAD 69 (South American Datum 69). Exceto,
quando foi necessário visualizar os dados no programa Google Earth©, ou utilizar os
dados in loco com o PDA (Personal Digital Assistant), esses dados foram projetados
para WGS 84 (World Geodetic System 84) através da rotina do Arc Gis®: Data
Management Tools => Projections and Transformations => Feature => Project.
4.1 Áreas de Estudo
4.1.1 Usina Hidrelétrica Itá
A Usina Hidrelétrica Itá localiza-se no Rio Uruguai, na divisa dos municípios
de Itá no estado de Santa Catarina e Aratiba no estado do Rio Grande do Sul.
(Figura 2)
Figura 2 - Localização UHE Itá Fonte: Elaborado pela autora.
Localizada na bacia hidrográfica do Rio Uruguai, o reservatório da UHE Itá
teve o enchimento no ano de 2000, possui uma área de 139 km² e um perímetro
17
total de 760 km, com sua cota de inundação em torno de 370 metros. Em volta do
reservatório percebe-se a Floresta Estacional Semi-decidual, também conhecida
como Floresta Subtropical da Bacia do Rio Uruguai ou Mata Branca, que se encontra
ao longo de todo rio Uruguai e seus afluentes, imprimindo um aspecto típico à região
de ocorrência (LAGO AZUL CONSULTORIA, 2010).
4.1.2 Usina Hidrelétrica Passo Fundo
A Usina Hidrelétrica Passo Fundo está localizada nos Rios Passo Fundo e
Erechim, a aproximadamente 50 km do município de Erechim, no estado do Rio
Grande do Sul. (Figura 3)
Figura 3 - Localização UHE Passo Fundo Fonte: Elaborado pela autora.
Localizada na bacia hidrográfica do Rio Passo Fundo, o reservatório da UHE
Passo Fundo teve o enchimento no ano de 1972, possui uma área de 151 km² e
perímetro de 609 km. A ocupação do entorno é marcada predominantemente pela
exploração agrícola (soja, milho, trigo e aveia) e de lazer (Balneários e
Condomínios), panorama que reflete nos usos e ocupações irregulares (LAGO AZUL
CONSULTORIA, 2011).
18
4.1.3 Usina Hidrelétrica Machadinho
A Usina Hidrelétrica Machadinho localiza-se no Rio Pelotas, na divisa entre os
municípios de Piratuba no Estado de Santa Catarina e Maximiliano de Almeida no
Estado do Rio Grande do Sul. (Figura 4)
Figura 4 - Localização UHE Machadinho Fonte: Elaborado pela autora.
Localizada na bacia hidrográfica do Rio Uruguai, o reservatório da UHE
Machadinho possui uma área total de 79 km² e um perímetro de 500 km com sua
cota de inundação aproximada de 440 metros. Na sua área de influência ocorrem
três tipos de vegetação originais distintas: Floresta do Rio Uruguai; Mata de
Araucária (Floresta Ombrófila Mista), que ocorre em altitudes superiores a 700
metros e a região dos campos nas áreas mais elevadas, nos altiplanos.
4.1.4 Usina Hidrelétrica Barra Grande
A Usina Hidrelétrica Barra Grande está localizada no Rio Pelotas, a cerca de
43 quilômetros da sua confluência com o Rio Canoas, entre os municípios de Anita
Garibaldi no estado de Santa Catarina e Pinhal da Serra no estado do Rio Grande
do Sul. (Figura 5)
19
Figura 5 - Localização UHE Barra Grande Fonte: Elaborado pela autora.
Localizada na Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai, o reservatório de UHE Barra
Grande possui uma área total de 91,76 km² e um perímetro de aproximadamente
618 km, com sua cota de inundação em torno de 647 metros. Em volta do
reservatório é possível encontrar manchas florestais com algum tipo de degradação,
vegetação nativa em estágios médio e avançado de regeneração e com
características restritivas de uso, indicadas para atividades de utilidade pública e
outras atividades antrópicas de pequeno impacto ambiental.
4.1.5 Usina Hidrelétrica Campos Novos
A Usina Hidrelétrica de Campos Novos está localizada no Rio Canoas, seu
reservatório ocupa terras dos municípios de Campos Novos, Celso Ramos, Anita
Garibaldi e Abdon Batista, no estado de Santa Catarina. (Figura 6)
20
Figura 6 - Localização UHE Campos Novos Fonte: Elaborado pela autora.
Localizada na bacia hidrográfica do Rio Uruguai, o reservatório da UHE
Campos Novos possui uma área total de 36 km² e um perímetro de
aproximadamente 236 km, com sua cota de inundação em torno de 660 metros. No
seu entorno percebe-se Floresta Ombrófila Mista com a presença de pinheiros,
araucárias, entre outras espécies.
4.1.6 Usina Hidrelétrica Estreito
A Usina Hidrelétrica Estreito está localizada no Rio Tocantins, a barragem e
demais estruturas associadas estão situadas entre os municípios de Estreito no
estado do Maranhão e Palmeiras do Tocantins no estado de Tocantins. (Figura 7)
21
Figura 7 - Localização UHE Estreito Fonte: Elaborado pela autora
Localizada na bacia hidrográfica do Rio Tocantins, o reservatório da UHE
Estreito possui uma área total de 567 km² e um perímetro de aproximadamente 2212
km. No seu entorno é possível encontrar diversos tipos vegetativos como: Floresta
Ambrófila, Floresta Estacional, Formação Ciliar, Pastagem Plantada, entre outros,
além de cultivos agrícolas.
4.2 Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial
A Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial se reveste de fundamental
importância para a gestão dos reservatórios das usinas hidrelétricas e tem como
objetivo coibir usos e ocupações irregulares nas áreas vinculadas à concessão, além
de manter as condições de sustentabilidade, atender à legislação ambiental e
assegurar os usos múltiplos da água.
4.2.1 Registros de Ocorrências
De acordo com a frequência estabelecida pelo empreendimento em contrato
para o serviço de Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial, o técnico fiscalizador
realiza vistorias, via terrestre e fluvial, para a verificação de irregularidades
ambientais e sociopatrimoniais nas áreas de concessão do empreendimento, ou
22
seja, observando possíveis irregularidades na Área de Preservação Permanente
(APP), canteiro de obras e áreas remanescentes.
Na tabela 1 são apresentadas as principais irregularidades levantadas pelas
equipes de fiscalização nos canteiros de obras das UHE´s.
Tabela 1 - Principais Ocorrências em Canteiros de Obras
IRREGULARIDADE TIPO Nº
Invasão de Gado Ambiental 6
Portão Danificado Patrimonial 1
Cerca Danificada Patrimonial 1
Supressão Vegetal Ambiental 1
Fonte: Lago Azul Consultoria
Na tabela 2 são apresentadas as irregularidades em Áreas Remanescentes
durante a fiscalização ambiental e sociopatrimonial nas três áreas das usinas
monitoradas pela empresa.
Tabela 2 - Principais Ocorrências em Áreas Remanescentes
IRREGULARIDADE TIPO Nº
Invasão de Gado Ambiental 79
Pastagem Ambiental 35
Edificação Patrimonial 31
Lavoura Ambiental 15
Instalação Propriedade Patrimonial 5
Supressão Vegetal Ambiental 5
Invasão de Gado em Área Cercada Ambiental 3
Retirada de Madeira Ambiental 2
Queimadas Ambiental 2
Trapiche Flutuante Patrimonial 1
Avanço de Cerca Patrimonial 1
Trapiche Patrimonial 1
Benfeitoria Patrimonial 1
Cerca Danificada Patrimonial 1
Plantio de Exóticas Ambiental 1
Fonte: Lago Azul Consultoria
Na tabela 3, observa-se as ocorrências encontradas nas áreas de
Preservação Permanente, nos empreendimentos estudados no período
determinado.
23
Tabela 3 - Principais Ocorrências em APP's
IRREGULARIDADE TIPO Nº
Invasão de Gado Ambiental 63
Cerca Danificada Patrimonial 45
Supressão Vegetal Ambiental 44
Invasão de Gado em Área Cercada Ambiental 35
Pastagem Ambiental 20
Edificação Patrimonial 18
Acesso Ambiental 16
Movimentação de Terra Ambiental 12
Lavoura Ambiental 5
Retirada de Madeira Ambiental 4
Queimadas Ambiental 3
Instalação Propriedade Patrimonial 2
Trapiche Flutuante Patrimonial 2
Avanço de Cerca Patrimonial 2
Trapiche Patrimonial 2
Captação de Água Ambiental 1
Rampa Patrimonial 1
Taipa Patrimonial 1
Árvores Frutíferas Ambiental 1
Benfeitoria Patrimonial 1
Entulho Ambiental 1
Extração de Areia Ambiental 1
Fonte: Lago Azul Consultoria
A tabela 4, a seguir, mostra um resumo das irregularidades encontradas no
canteiro de obras, nas áreas remanescentes e nas áreas de preservação
permanentes.
Tabela 4 - Resumo de Irregularidades.
IRREGULARIDADES Nº Classificação
Invasão de Gado 148 Ambiental
Pastagem 55 Ambiental
Supressão Vegetal 50 Ambiental
Edificação 49 Patrimonial
Cerca Danificada 47 Patrimonial
Invasão de Gado em Área Cercada 38 Patrimonial
Lavoura 20 Ambiental
Acesso 16 Ambiental
Movimentação de Terra 12 Ambiental
Instalção Propriedade 7 Patrimonial
24
Retirada de Madeira 6 Ambiental
Queimadas 5 Ambiental
Trapiche Flutuante 3 Patrimonial
Avanço de Cerca 3 Patrimonial
Trapiche Fixo 3 Patrimonial
Benfeitoria 2 Patrimonial
Captação de Água 1 Ambiental
Rampa 1 Patrimonial
Taipa 1 Patrimonial
Árvores Frutíferas 1 Ambiental
Entulho 1 Ambiental
Extração de Areia 1 Ambiental
Portão Danificado 1 Patrimonial
Plantio de Exóticas 1 Ambiental
Conforme é possível verificar na tabela acima, invasão de gado foi registrada
148 vezes, sendo essa, a irregularidade de maior incidência. Para melhor
compreensão dos dados, a Figura 8, a seguir, mostra a porcentagem de ocorrência
de cada tipo de irregularidade identificada nas vistorias no período estudado.
Figura 8 - Gráfico do Total de Irregularidades.
A invasão de gado é a irregularidade com o maior índice de ocorrência, com
31,36% do total de irregularidades nas três (3) áreas vistoriadas pela fiscalização,
seguido de pastagem com 11,65%. As demais irregularidades (22 tipos) juntas são
responsáveis pelos 56,99% restantes.
25
Na figura 9, a seguir, ilustra a porcentagem de irregularidades classificadas
como ambiental e patrimonial.
Figura 9 - Gráfico de Ocorrências Ambientais e Patrimoniais.
A figura mostra que a 67,16% das irregularidades identificadas nas três áreas
vistoriadas no período estudado são classificadas como ambientais, sendo de
classificação patrimonial apenas 32,84% do total as irregularidades.
Assim que constatada a irregularidade ambiental ou sociopatrimonial, o
agente fiscalizador deve tipificá-la quanto ao seu agravo, averiguar a extensão da
área onde incide a mesma e fazer o devido registro. Logo após, essas ocorrências
ambientais são encaminhadas para os órgãos de fiscalização do Estado, e as
ocorrências patrimoniais são encaminhadas conforme os procedimentos de gestão à
operadora da Usina.
Para a elaboração dos mapas de densidade foram testados dois métodos, o
pontual ( ArcToolBox => Spatial Analyst => Density => Point Density) e o kernel
(ArcToolBox => Spatial Analyst => Density => Kernel Density), onde ficou clara a
melhor representação pelo estimador kernel, devido a suavização da superfície e por
isso foi utilizado o método kernel para gerar a densidade de ocorrências, cuja
equação utilizada pelo programa ArcGis é a seguinte:
26
Em ambos os métodos são inseridos os pontos e o tamanho da célula de
saída, a qual foi determinada para esse estudo o pixel de 30 metros, porque
inicialmente seria inserida uma imagem Landsat TM classificada para o cruzamento
de informações, mas desistiu-se, então determinou-se os 30 metros para padronizar
as estimativas.
Conforme citado anteriormente, os registros são feitos a partir de
irregularidades cometidas nas áreas de concessão do empreendimento, sendo
possíveis, mais de 30 tipos de irregularidades. Nas figuras 13, 17, 21 e 25 estão
quantificadas as irregularidades cometidas nas áreas de concessão de cada
empreendimento.
4.2.1.1 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Itá
As densidades dos registros de ocorrências da UHIT de 2010 e 2011 estão
ilustradas nas figuras 10 e 11 respectivamente, e a densidade total dos dois anos na
figura 12.
Figura 10 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010
27
Fonte: Elaborado pela Autora.
Figura 11 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011
Fonte: Elaborado pela Autora.
Figura 12 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011
Fonte: Elaborado pela Autora.
É possível notar o aumento de registros de ocorrências nos municípios de
Concórdia e Severiano de Almeida em 2011, e através do gráfico (Figura 13), é
possível comprovar o aumento de irregularidades nesse ano, em relação a 2010.
As três irregularidades mais registradas pela fiscalização foram:
1. Edificação,
2. Invasão por gado;
3. Pastagem.
28
O que representa 72,22% de todas as irregularidades cometidas nesses dois
anos.
Figura 13 - Gráfico de Irregularidades
4.2.1.2 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Machadinho
As densidades dos registros de ocorrências da UHMA de 2010 e 2011 estão
ilustradas nas figuras 14 e 15 respectivamente, e a densidade total dos dois anos na
figura 16.
Figura 14 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010
Fonte: Elaborado pela Autora.
0
10
20
30
2010 2011
29
É possível notar o aumento de registros de ocorrências no município de
Piratuba em 2011, e a diminuição das ocorrências nos municípios de Machadinho,
Maximiliano de Almeida e Barracão nesse mesmo ano.
Figura 15 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011
Fonte: Elaborado pela Autora.
Figura 16 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011
Fonte: Elaborado pela Autora. É possível também verificar a veracidade dessa afirmação através do gráfico
ilustrado na figura 17, ou seja, houve uma diminuição significativa nas
irregularidades cometidas na área de concessão do empreendimento no ano de
2011 em relação ao ano anterior.
As três irregularidades mais registradas pela fiscalização foram:
1. Invasão de gado em área cercada;
2. Pastagem;
30
3. Edificação.
O que representa 77,4% de todas as ocorrências registradas nesses dois
anos.
Figura 17 - Gráfico das Irregularidades
4.2.1.3 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Barra Grande
As densidades dos registros de ocorrências da UHBG de 2010 e 2011 estão
ilustradas nas figuras 18 e 19 respectivamente, e a densidade total dos dois anos na
figura 20.
É possível notar a diminuição de registros nos municípios de Anita Garibaldi e
Pinhal da Serra em 2011, mas mesmo assim, ainda com grande densidade em
relação aos outros municípios do entorno do reservatório.
0
20
40
60
2010 2011
31
Figura 18 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010
Fonte: Elaborado pela Autora.
Figura 19 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011 Fonte: Elaborado pela Autora.
32
Figura 20 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 Fonte: Elaborado pela Autora. Também é possível verificar essa informação através do gráfico ilustrado na
figura 21, ou seja, houve uma diminuição significativa nas irregularidades cometidas
na área de concessão do empreendimento no ano de 2011 em relação a 2010.
As três irregularidades mais registradas pela fiscalização nesses dois anos
foram:
1. Cerca danificada;
2. Invasão por gado;
3. Invasão de gado em área cercada.
O que representa 53,9% do total de irregularidades cometidas.
33
Figura 21 - Gráfico das Irregularidades
4.2.1.4 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Campos Novos
As densidades dos registros de ocorrências da UHCN de 2010 e 2011 estão
ilustradas nas figuras 22 e 23 respectivamente, e a densidade total dos dois anos na
figura 24. Houve um aumento e uma concentração considerável de registros na
região dos municípios de Campos Novos, Abdon Batista e Anita Garibaldi no ano de
2011.
Figura 22 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010.
Fonte: Elaborada pela Autora.
0
5
10
15
20
25
2010 2011
34
Figura 23 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011.
Fonte: Elaborada pela Autora.
Figura 24 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011
Fonte: Elaborada pela Autora.
Apesar do gráfico ilustrado na figura 25 apresentar uma maior frequência de
registros no ano de 2010, essa situação é explicada pela espacialização dos
registros nesse ano. Eles estão mais espalhados pela área da concessão, ou seja,
não estão concentrados em locais muito próximos como no ano de 2011.
As três irregularidades mais registradas pela fiscalização foram:
1. Cerca danificada;
2. Invasão de gado em área cercada;
3. Invasão por gado.
O que representa 74,3% das irregularidades registradas nesses dois anos.
35
Figura 25 - Gráfico das Irregularidades
4.3 Qualidade da Água
Segundo a Agência Nacional das Águas (ANA, 2012), o Índice de Qualidade
das Águas foi criado em 1970, nos Estados Unidos, pela National Sanitation
Foundation. A partir de 1975 começou a ser utilizado pela CETESB (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo). Nas décadas seguintes, outros Estados
brasileiros adotaram o IQA, que hoje é o principal índice de qualidade da água
utilizado no país.
O IQA foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta visando seu
uso para o abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros utilizados no
cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de contaminação causada pelo
lançamento de esgotos domésticos.
Conforme a Agência Nacional das Águas, os valores do IQA são classificados
em faixas (Quadro1).
Quadro 1 - Faixas do Índice de Qualidade das Águas
Faixas de IQA
Avaliação da Qualidade da Água
Classificação
91-100 Ótima 1
71-90 Boa 2
51-70 Razoável 3
26-50 Ruim 4
0-25 Péssima 5
0 5
10 15 20 25 30 35 40
2010 2011
36
Conforme afirma Breda (2011), os estudos sobre a qualidade da água
desenvolvidos em reservatórios são de extrema importância, pois o monitoramento
intensifica a gestão adequada desse recurso hídrico e da manutenção da qualidade
ambiental desses ecossistemas.
Devido a falta de dados e pouco tempo para realizar o estudo, foi determinado
que fosse feito somente a análise da qualidade da água no reservatório da UHE
Passo Fundo, da qual os dados estavam disponíveis.
Para tal estudo foi feito uma interpolação de dados através de pontos
amostrais com a ferramenta Geoestatistical Analyst do ArcGis®, utilizando a
krigagem ordinária para estimar os parâmetros físico-químicos para todo o
reservatório. Ainda foram introduzidos no cálculo de cruzamento dos dados, e
derivados os insumos de declividade do terreno e a profundidade do reservatório,
ambos derivados da imagem SRTM SG-22-Y-C na Escala 1:250.000 projetada para
SAD 69.
4.3.1 SRTM (Shuttle Radar Topography Mission)
A Shuttle Radar Topography Mission foi uma missão conduzida pela National
Aeronautics and Space Administration (NASA) dos EUA, durante o mês de Fevereiro
de 2000, com o intuito de realizar o levantamento altimétrico da superfície terrestre
continental entre os paralelos 60° Norte e 58° Sul. Durante 11 dias o Veículo
Espacial Endeavour efetuou 159 órbitas em torno da Terra a uma altitude de 233
quilômetros. Da missão resultou um Modelo Digital de Elevação (MDE) global,
adquirido pelo mesmo sensor, segundo uma única técnica e um período de tempo
muito curto.
Para a derivação das variáveis declividade e profundidade foram realizadas
as seguintes rotinas:
Após a obtenção da imagem SRTM, a mesma foi projetada para a projeção
UTM e sistema de referência SAD 69, em seguida o passo foi converter o grid para
vetor tipo ponto (Spatial Analyst => Convert => RasterToFeature), depois foi
interpolado os dados para a resolução de 30 metros (ArcToolBox => Spatial Analyst
Tools => Interpolation => Spline), ao abrir a janela de diálogo, deve-se entrar com o
37
nome do arquivo shapefile de pontos, qual o campo contém os dados de altimetria,
qual o nome do grid de saída e o tamanho desejado da célula (30 metros). Logo em
seguida foi recortada a imagem de acordo com o shape do reservatório (limite da
área).
Para obter a declividade foi derivado o Slope do arquivo gerado da imagem
SRTM em graus (3D Analyst => Surface Analysis => Slope), em seguida foi feita a
reclassificação da imagem e classificado em nos seguintes intervalos de classe: 1
Ótima (menores declividades) a 5 Péssima (maiores declividades) através da rotina
Spatial Analyst => Reclassify.
Classes:
1 - 0% - 3%
2 - 3% - 8%
3 - 8% - 15%
4 - 15% - 27%
5 - 27% - 92%
Já para obter a profundidade do reservatório, a imagem foi reclassificada em
intervalo de 1 Ótima (profundidades médias e elevadas) a 5 Péssima (profundidades
baixas), para a obtenção do valor exato da profundidade máxima foi feito um cálculo
simples:
DNr = Diferença de Nível do Reservatório
Amáx = Altitude Máxima
Amín = Altitude Mínima
Portanto, através da imagem foi possível concluir que a profundidade máxima
do reservatório é de 42 metros, sendo que sua altitude máxima é de 618 metros e a
altitude mínima de 576 metros.
Classes:
1 - 39 - 42 (metros)
2 - 34 - 39 (metros)
3 - 26 - 34 (metros)
38
4 - 17 - 26 (metros)
5 - 09 - 17 (metros)
Salienta-se que os resultados podem apresentar erros, devido a precisão
relativa de ±16 metros da imagem SRTM, ou seja, o erro médio altimétrico é de 16
metros para mais ou para menos.
4.3.2 Qualidade da Água na UHE Passo Fundo
O Rio Grande do Sul é um estado que possui clima subtropical úmido,
constituído por quatro estações razoavelmente bem definidas, com invernos
moderadamente frios e verões quentes (amenos nas partes mais elevadas),
separados por estações intermediárias com aproximadamente três meses de
duração, e chuvas bem distribuídas ao longo do ano (RS TOTAL, 2012). Sendo
assim, os dados foram coletados em 07 pontos amostrais (Tabela 5) nas quatro
estações do ano de 2010 e 2011, sendo gerados mapas comparativos das estações
desses dois anos levantados.
Tabela 5 - Coordenadas dos Pontos Amostrais
PONTO X Y LOCALIZAÇÃO
P1S 357466 6878454 Passo Fundo
P2S 344431 6907842 Foz do Rio Facão
P3S 333736 6920622 Foz do Rio Sarandi
P4S 326064 6930054 Bal. Passo da Entrada
P5S 328978 6951705 Vila Residencial
P6S 327889 6951345 Jusante Barramento
P7S 330174 6959261 Jusante Casa de Máquinas
Fonte: Aquática Consultoria
Em cada ponto de amostra foram coletados dados de diversos parâmetros
físico-químicos, dos quais foram selecionados os nove mais citados na literatura,
que são eles: pH, Nitrogênio Total, Demanda Bioquímica de Oxigênio, Fósforo Total,
Oxigênio Dissolvido, Demanda Química de Oxigênio, Temperatura, Turbidez,
Sólidos Totais e acrescentados mais dois, Declividade e Profundidade, que segundo
39
Merten e Minella (2002) e Sperling (1997), esses parâmetros são de extrema
relevância no estudo da qualidade da água de reservatórios (Tabela 5).
Quadro 2 - Descrição dos Parâmetros Físico-Químicos Utilizados
PARÂMETRO DESCRIÇÃO
pH (Potencial Hidrogeniônico) Os critérios de proteção à vida aquática fixam o pH entre 6 e 9
Nitrogênio Total
Junto com outros nutrientes como o fósforo, causa um crescimento excessivo das algas, o que pode prejudicar a recreação e a preservação da vida aquática, sendo seu valor máximo tolerável de 1mg/L
Demanda Bioquímica de Oxigênio
Aumenta devido a despejos residuários, e a carga de nutrientes causam impactos negativos ao meio ambiente e levam à desestabilização de ecossistemas aquáticos, Sendo seu limte máximo tolerável de 5 mg/L
Fósforo Total
Sólidos Totais e Turbidez estão associados ao transporte de fósforo, que por sua vez deterioram a qualidade da água, sendo seu valor máximo tolerável < 0,1 mg/L P
Oxigênio Dissolvido
O oxigênio da água é proveniente da atmosfera e dos vegetais que ocorrem submersos e que liberam o oxigênio através da fotossíntese. O oxigênio é consumido pelos animais, pelos vegetais e também pelo processo de decomposição da matéria orgânica, sendo seu valor desejável superior a 5 mg/L
Demanda Química de Oxigênio
É a quantidade de oxigênio necessária para oxidação da matéria orgânica através de um agente químico, geralmente originado de despejos industriais, sendo seu valor máximo tolerável de 90 mg/L
Temperatura Alta temperatura aumenta o efeito nocivo dos poluentes sobre a vida aquática
Turbidez
Alta turbidez reduz a fotossíntese de vegetação submersa, esse desenvolvimento reduzido de plantas pode, por sua vez, suprimir a produtividade de peixes, sendo seu valor máximo tolerável de 100 UNT
Sólidos Totais
Os sólidos levam a contaminação dos cursos de água, gerlamente originado dos esgostos domésticos lançados sobre esses cursos, sendo seu valor máximo tolerável de 500 mg/L
Declividade Com alta declividade, o potencial de contaminação dos cursos da água é extremamente alto
Profundidade Profundidades baixas provoca ressuspensão de compostos reduzidos presentes no fundo e assim causar danos à vida aquática.
Através dos parâmetros citados no quadro 2 e da utilização da geoestatística
no programa ArcGis®, foram elaborados os mapas das (Figuras 26, 27, 28, 29, 34,
35, 36 e 37) com a distribuição espacial de cada parâmetro físico-químico em cada
estação dos anos de 2010 e 2011. Para a confecção dos mapas de qualidade da
água mostrados nas (Figuras 30, 31, 32, 33, 38, 39, 40 e 41), resultados do overlay
dos planos de informação de cada parâmetro, utilizando a seguinte rotina Spatial
40
Analyst => Raster Calculator, os 100% foram divididos em partes iguais para os
onze parâmetros utilizados.
4.3.2.1 Análise
Nos verões de 2010 e 2011, conforme é possível analisar nas figuras 26 e 27,
os parâmetros mantém certa constante nos dois anos recorrentes, com exceções
dos indicadores pH, fósforo total, temperatura e sólidos totais. No primeiro é possível
ver a mudança brusca no índice de qualidade, sendo visível próximo à jusante do
barramento o valor médio de qualidade em 2010, chegando à péssima em 2011, já
na parte central foi obtida uma melhora significativa nos valores de 2011 em relação
a 2010. O segundo melhorou sua qualidade no ano de 2011, onde em 2010, o
Balneário Passo da Entrada estava com qualidade péssima, possivelmente devido à
influência do município de Ronda Alta nesse afluente, já o terceiro melhorou seu
índice na jusante e permaneceu com boa qualidade na montante, mas na parte
central do reservatório houve um aumento de temperatura, comprometendo assim a
qualidade da água no local, sendo a provável influência advinda do município de
Ronda Alta também. Os sólidos totais aumentaram na jusante em 2011 em relação
ao ano anterior, já na parte central foi mantida a qualidade do indicador.
43
Nos outonos de 2010 e 2011, temos novamente um PH com alteração
significativa de um ano para o outro (Figuras 28 e 29), ou seja, há uma tendência
natural do verão para o outono, sendo possível observar um resultado parecido em
ambas estações. Já o nitrogênio Total, ao contrário do verão, no outono apresentou
variação expressiva na jusante do barramento do reservatório, tendo piorado seu
índice de qualidade em 2011. O fósforo total também apresentou mudanças em
seus valores nessa estação, melhorando seu índice na jusante e piorando na parte
central do reservatório em 2011. Já a demanda química de oxigênio apresenta um
resultado preocupante, pois há uma diferença muito grande de 2010 para 2011,
estando praticamente todo o reservatório em péssima qualidade nesse parâmetro
em 2011, somente na jusante há um bom resultado. Os sólidos totais apresentam
uma piora discreta no ano de 2011, com exceção da jusante, que mantém boa
qualidade nesse parâmetro nos dois anos analisados.
46
Portanto, é possível concluir que na estação verão a qualidade da água no
ano de 2011 foi superior ao ano de 2010 (Figuras 30 e 32), principalmente na
jusante do barramento, mantendo-se constante próximo à foz do Rio Facão com
qualidade péssima.
Na estação do outono, foi possível concluir que no ano de 2011 a qualidade
da água melhorou na jusante (Figuras 31 e 33), mas obteve uma piora de certa
forma discreta no restante do reservatório, o que provavelmente seja em função do
grande índice de demanda química de oxigênio.
47
Figura 30 - Qualidade da Água no Verão 2010
Figura 31 - Qualidade da Água no Outono 2010
Figura 32 - Qualidade da Água no Verão 2011
Figura 33 - Qualidade da Água no Outono 2011
48
Nos invernos de 2010 e 2011, conforme mostra as figuras 34 e 35, o
parâmetro da demanda bioquímica de oxigênio teve um decréscimo na parte inicial
logo após a jusante, mantendo a qualidade ruim na montante. Assim como a DBO, o
fósforo total também teve uma piora no ano de 2011 na próxima a jusante do
barramento, além de manter a qualidade ruim na montante. Já a demanda química
de oxigênio obteve uma melhora significativa da parte central, próximo ao ponto da
foz do Rio Facão até a jusante do barramento, porém a qualidade do índice desse
parâmetro caiu muito próximo ao ponto da Foz do Rio Sarandi no ano de 2011. A
temperatura mudou completamente de valores nos dois anos recorrentes,
melhorando gradativamente até chegar próximo ao ponto da foz do Rio Facão, e a
partir desse ponto, melhorou ainda mais seu índice até a jusante em 2011. Por fim,
os sólidos totais tiveram uma pequena piora da qualidade na porção central do
reservatório em 2011, possivelmente muito influenciado pelo afluente Rio facão, o
qual carrega um grande número de poluentes, entre eles, os sólidos totais advindos
do município de Ronda Alta.
51
O pH da primavera de 2011 não foi possível ser utilizado nos cálculos devido
a algum problema ocorrido, ou na hora da coleta ou no momento da geração dos
dados. Nas figuras 36 e 37 é possível analisar 04 parâmetros que variaram
significativamente nos dois anos estudados, fósforo total, demanda química de
oxigênio, turbidez e sólidos totais. O fósforo total obteve um decréscimo no seu
índice de qualidade na porção central do reservatório no ano de 2011, mas na
jusante a qualidade do parâmetro foi elevada no mesmo ano. A demanda química de
oxigênio, assim como o fósforo total piorou na porção central do reservatório e
melhorou sua qualidade na jusante no ano de 2011. Já a turbidez obteve uma
melhora gradativa em todo o reservatório em 2011, estando seu pior índice de
qualidade na jusante. Por fim, os sólidos totais tiveram um decréscimo considerável
na montante em 2011, permanecendo muito semelhante aos valores no restante do
reservatório.
54
Portanto, é possível considerar que a qualidade da água no inverno de 2011,
foi inferior na montante e na porção próxima ao ponto da foz do Rio Facão, afluente
de forte influência negativa, no ano de 2010, na qualidade da água. Pode-se notar
também nas figuras 38 e 40 que a qualidade da água a montante manteve-se
péssima nos dois anos subsequentes.
A qualidade da água na primavera de 2011, conforme é possível analisar nas
figuras 39 e 41 obteve conceito péssimo na montante, melhorando logo em seguida,
porém obtendo influência do Rio Facão para uma piora significativa no trecho central
do reservatório, chegando a conceito ótimo na jusante do barramento.
55
Figura 38 - Qualidade da Água no Inverno 2010
Figura 39 - Qualidade da Água Primavera 2010
Figura 40 - Qualidade da Água no Inverno 2011
Figura 41 - Qualidade da Água Primavera 2011
56
Por fim, ao analisar a figura 42, concluímos que a qualidade da água do
reservatório da Usina Hidrelétrica de Passo Fundo nos anos de 2010 e 2011, obteve
um crescimento gradativo de valores no sentido montante-jusante, variando a
classificação de péssima até ótima.
Figura 42 - Qualidade da Água do Reservatório UHPF 2010/2011
A declividade e a profundidade permanecem constantes em todas as figuras,
pois foram parâmetros derivados da imagem SRTM, onde não há variação de datas.
Para melhores resultados do indicador profundidade, o mais indicado é a realização
de um levantamento batimétrico no reservatório, na mesma data do levantamento
dos outros parâmetros.
57
5 COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES
Com este trabalho foi possível inferir que o SIG auxilia de forma confiável e
dinâmica no monitoramento de usinas hidrelétricas. O ArcGis é demasiadamente
importante nesse contexto, pois com suas ferramentas, é possível efetuar diversas
análises pertinentes aos empreendimentos, especialmente com as três ferramentas
que foram utilizadas para este estudo, Spatial Analyst, Geoestatistical Analyst e 3D
Analyst, todas com sua peculiaridade e função.
Ficou evidente nos mapas de registros de ocorrência que o monitoramento
pode ser feito, porém não é possível obter cenários futuros, ao se tratar de fatos
muitas vezes antropológicos ou de uso da terra, ou seja, não dependem de fatores
geográficos que possam ser diagnosticados e prever ocorrências futuras. O que
pode ser feito é a averiguação de onde está ocorrendo o maior número de
irregularidades e trabalhar em cima da prevenção, através dos programas de
Comunicação Social e Educação Ambiental. Bem diferente do estudo da qualidade
da água, onde se utiliza fatores possíveis de se detectar, ou seja, o
geoprocessamento disponibiliza ferramentas que auxiliam nessa análise. Sendo
assim, é possível saber em quais pontos a água está ou não com boa qualidade,
além de ajudar ao empreendimento e aos lindeiros na tomada de medidas legais e
eficientes na melhoria da qualidade da água dos reservatórios.
Como indicadores importantes nesse estudo, proponho:
Pré-determinar pontos fixos e bem distribuídos no reservatório, em toda
sua extensão para a realização do levantamento periódicos dos parâmetros
físico-químicos, biológicos e geográficos.
Fazer o levantamento em pontos localizados nos principais afluentes,
onde a carga de poluentes pode ser muito elevada, devido à grande influência
dos municípios lindeiros e outros fatores, como por exemplo, a erosão das
margens dos mesmos.
Obter a profundidade do reservatório através de batimetria nos pontos
já pré-determinados para o levantamento dos outros parâmetros.
Para uma melhor análise, é recomendado o reconhecimento do local,
para a obtenção dos reais motivos dos resultados de cada parâmetro e
58
realizar a verificação a campo, ou seja, conferir se os mapas correspondem a
realidade.
Então, visando diferenciar o método de análise da qualidade da água, foi feito
um estudo completamente espacial, ao utilizar somente SIG, ou seja, sem o uso de
demonstrativos gráficos, buscando assim, sair um pouco de métodos tradicionais em
estudos já realizados sobre esse tema.
5.1 Dificuldades Alcançadas
A maior dificuldade encontrada durante o estágio foi trabalhar com muitos
dados ao mesmo tempo, fato que não ocorrera até então durante o curso de
graduação. Mas com o passar do tempo, foi possível organizar os dados, para
efetuar a manipulação dos mesmos, da forma mais eficiente possível.
Foi obtido sucesso em relação às normas da empresa Lago Azul Consultoria,
encontrando dificuldade no início até entender e compreender o funcionamento e as
rotinas de trabalho da empresa, tudo que ela oferece aos seus clientes e como o
geoprocessamento pode contribuir ainda mais no crescimento da mesma.
59
6 REFERÊNCIAS
ANA (Agência Nacional da Águas). Portal da Qualidade da Águas. Disponível em:
<http://pnqa.ana.gov.br/IndicadoresQA/IndiceQA.aspx>. Acesso em: 02 de Setembro de 2012. AVIX Geo Ambiental; Monitoramento para a Sustentabilidade. Conceitos Básicos, Qualidade da Água. Disponível em: <http://www.avix.com.br/qualidade-da-aacutegua.html>. Acesso em: 10 de Agosto de 2012. BAESA (Energética Barra Grande S.A.). Meio Ambiente. Disponível em:
<http://www.baesa.com.br/baesa/modulo.php?&cod_modulo=2>. Acesso em: 15 de Agosto de 2012. BREDA, LUÍS DE SOUZA. Avaliação Espaço -Temporal da Qualidade da Água do Reservatório da Usina Hidrelétrica de Funil - Região Sul de Minas Gerais.
(Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Minas Gerais). Belo Horizonte, 2011. CÂMARA, GILBERTO; MEDEIROS, JOSÉ SIMÕES DE. Princípios Básicos em Geoprocessamento. In: ASSAD, E. D; SANO, E. E. Sistemas de Informações
Geográficas. Aplicações na Agricultura. 2. Ed., ver. E ampl. - Brasília: Embrapa – SPI / Embrapa-CPAC, 1998. CESTE (Consórcio Estreito Energia). Usina Hidrlétrica Estreito. Disponível em: <http://www.uhe-estreito.com.br/>. Acesso em : 15 de Agosto de 2012. CETESB. Relatório de qualidade de água interiores do Estado de São Paulo 1995. São Paulo: Cetesb, 1995. 286 p. Disponível em:
<http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/aguas-superficiais/35-publicacoes-/-relatorios>. Acesso em: 27 de Agosto de 2012. CONSÓRCIO ITÁ. A Uhe Itá. Disponível em: <http://www.consorcioita.com.br/>. Acesso em: 15 de Agosto de 2012. DEUTSCH, C.V.; JOURNEL, A. G., 1992, GSLIB: Geostatistical Software Library and user’s guide. Oxford University Press, New York, 339p. In: IMAI, N. N. et.al. Análise Comparativa da Interpolação por Krigagem Ordinária e Krigagem por... Congresso Brasileiro de Cartografia, 21, 1996, Salvador. Disponível em: <http://www.cartografia.org.br/xxi_cbc/232-SG50.pdf>. Acesso em: 27 de Agosto de 2012.
60
EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Brasil em Relevo.
Disponível em: <www.relevobr.cnpm.embrapa.br>. Acesso em: 10 de Agosto de 2012. ENERCAN (Campos Novos Energia S. A.). Usina. Disponível em: <http://www.enercan.com.br/site/interno.php?it=1&conteudo=usina&sub=1>. Acesso em: 15 de Agosto de 2012. ENERCONSULT (Energia Consultoria S. A.). Empresa. Diponível em:
<http://www.enerconsult.com.br/pt/servicos/ProjectPage.asp?s=0000%0233%CURM_BOX&p=/pt/servicos/ProjectPage.asp&i=206&tsc=14&ith=>. Acesso em: 15 de Agosto de 2012. GIOTTO, E.; SALBEGO, A. G. Geoprocessamento aplicado ao diagnóstico e espacialização da infra-estrutura viária rural. In: Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico Multifinalitário (COBRAC), 2004, Florianópolis. [online] Disponível em: <http://geodesia.ufsc.br/Geodesia-online/arquivo/cobrac_2004/027.pdf>. Acesso em: 30 de Agosto de 2012. ISAAKS E.H., SRIVASTAVA R.M. An Introduction to Applied Geostatistics. Oxford University Press, Inc, New York, USA, 1989. In: COSTA, A.C. Geoestatística: Motivação e Conceitos Básicos. Universidade Federal de Pernambuco, 2009. Disponível em: <http://www.ufpe.br/cgtg/Costa_Geostatistics_UFPE.pdf>. Acesso em: 30 de Agosto de 2012. LAGO AZUL CONSULTORIA. A Empresa. Disponível em:
<http://www.lagoazulconsultoria.com.br/alagoazul.php>. Acesso em: 01 de Agosto de 2012. ______. Relatório Anual. Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial. Itá, Santa Catarina. Setembro de 2010. ______. Relatório Anual. Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial. Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Março de 2011. MAESA (Machadinho Energética S. A.). Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.maesa.com.br/ma_prog06.html>. Acesso em: 15 de Agosto de 2012.
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