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A luta dos ufólogos brasileiros em busca da liberdade de informações sobre a ação de extraterrestres em nosso País é finalmente bem sucedida. O Brasil inteiro acompanhou, nas últimas duas semanas de maio, como os integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) foi recebida, em Brasília, na sede do Cindacta e do Comdabra. Agora, nesta edição, você conhecerá os detalhes e bastidores desse grandioso momento histórico.

Veja a seção Suprimentos de Ufologia, com edições anteriores, livros, DVDs e vários outros produtos na página 46

Chegamos Lá: A comissão de ufólogos é recebida pela Aeronáutica

Contato Oficial: A visita dos pesquisadores ao Cindacta I e Comdabra

Confirmado: Os registros dos ufólogos civis e dos militares têm coincidências

Reconhecimento: A maturidade da Ufologia Brasileira é conquistada

Hora de Mudar: É chegado o momento de conhecer a verdade sobre os UFOs

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A Ufologiaestá em festa

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CHEGAMOS LÁA. J. Gevaerd, editor

Não há um único ufólogo no País que nunca tenha pensado na pos-sibilidade de adentrar os quartéis

de nossas Forças Armadas e conhecer o que elas têm sobre a razão de nossa obstinada busca: os objetos voadores não identificados. Todos, sem exceção, sonham em poder abrir aquelas portas hermeticamente fechadas e debruçar-se sobre prateleiras e ar-mários cheios de registros de naves alienígenas e de seus tripulantes em ação na Terra. Todos sonham em ver fotos e filmes espetaculares, co-mo é característica do tra-balho de militares, tão cheios de recursos, de fantásticos artefatos dis-cóides e resplandecentes provenientes de outros mundos. O ufólogo que não admite esses sonhos, não está sendo sincero, ou nem é ufólogo.

Em 1982, após a gigantesca repercussão que teve o Caso Vasp Vôo 169 – em que um Boeing 727 da extinta empresa paulista fora seguido por um UFO por mais de três ho-ras –, poucos ufólogos ficaram sabendo que seus sonhos poderiam ser plenamente realizados. O comandante Gerson Maciel de Britto, piloto da aero-nave, que o diga. Ele próprio um ufólogo, além de experiente aviador – que teve a coragem de tentar estabelecer contato tele-

pático com o UFO que seguia seu aparelho, sendo observado por sua tripulação e mais de 100 passageiros que faziam o trajeto entre Fortaleza e São Paulo –, foi um dos primeiros civis brasileiros a debruçar-se sobre tais prateleiras e armários, a ver tais fotos e filmes espetaculares.

Incomodado por uma imprensa preconceituosa e atacado por céticos de pou-quíssima visão, apenas por ter tido o brio de admitir sua experiência e de ter confirmado que não estamos sós neste vasto universo, o comandante Britto recebeu um “prêmio de

consolação”. Numa de suas viagens a Belém (PA), após o sensacional vôo 169, ele foi con-vidado e compareceu a uma sala isolada do 1º Comando Aéreo da Aeronáutica (COMAR), naquela cidade, para, segundo seu anfitrião,

“lavar a alma”. O referido Comando é aquele de onde partiram as diligências que culmina-ram com a Operação Prato, a primeira missão militar oficial de que se tem notícia, em todo o mundo, destinada a tentar estabelecer con-tato com seres extraterrestres. O anfitrião era ninguém menos do que o então capitão, e de-pois coronel, Uyrangê Hollanda, aquele que chefiou a referida operação e admitiu mais

tarde, tão corajosamente como o comandante, ter tido contatos. E a sala isolada era o repositório de todas as fotos, filmes, negativos, relatórios, amostras e gravações da empreitada militar.

“Aquilo foi ines-quecível. Hollanda me mostrou tudo o que eu jamais suspeitei que nossa Aeronáutica ti-vesse, mas que sabia existir”, declarou Brit-to anos após sua visita ao 1º COMAR, repetida por muito poucos civis até hoje. “Mostraram-

-me filmes belíssimos de naves de grandes pro-porções sobre os rios da Amazônia, das quais

saíam objetos menores e iam fazer suas ativi-dades”, completou. Sua visita àquela repartição militar não fora mantida em segredo por muito tempo, mas esse “detalhe” dos acontecimentos, sim. Em 1977, quando, junto ao co-editor de

Num encontro histórico, ufólogos são recebidos pela Aeronáutica, visitam o Cindacta I e o Comdabra, examinam documentos secretos sobre UFOs e ouvem a promessa de que será criada uma comissão mista de investigação no País

A Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) em frente ao Cindacta I. A partir da esquerda: A. J. Gevaerd, Fernando Ramalho, Roberto Affonso Beck, Marco Petit, Rafael Cury e Claudeir Covo. Reginaldo de Athayde, adoentado, não pôde comparecer

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CHEGAMOS LÁUFO Marco Petit, tive oportunidade de en-trevistar Hollanda, que confirmou o estado de estupefação que o comandante demons-trou. “Eu me solidarizei com ele, pois, afinal, também tinha estado frente a frente com o fenômeno na Amazônia, exatamente como aconteceu com ele sobre o Sertão nordestino, em seu avião”, disse.

“Quando vi que a imprensa o maltratava, fiz questão de convidá-lo a vir a Belém e de levá-lo àquela sala, onde lhe falei: ‘Coman-dante, aqui o senhor está entre amigos. Eis a verdade sobre o que testemunhou’”, com-pletou Hollanda. Os dois homens certamen-te ficaram marcados, além da amizade que brotou entre eles, por repartirem um segredo. E que segredo! Britto e Hollanda são dois personagens de nossa Ufologia que merecem ser reverenciados por sua coragem, firmeza, determinação e, sobretudo, por sua luta em revelar a verdade sobre os UFOs, cada qual à sua maneira. O comandante o fez através da imprensa, na época, e Hollanda através da Revista UFO, em 1997.

Não somente ambos revelaram a existên-cia da referida sala reservada e seus tesouros, como incentivaram os ufólogos a tentarem também chegar até ela. Inúmeras foram as tentativas, isoladas ou conjuntas, de muitos pesquisadores brasileiros de flexibilizar a vigilância que nossas Forças Armadas têm sobre a questão ufológica e romper com sua determinação de manter seus tesouros ocultos. Ora, a existência de UFOs e sua atuação em Território Nacional é algo que diz respeito a todos os cidadãos brasileiros. É nosso direito ter acesso a tais itens, que não podem mais ficar ocultos. No entanto, até então, nenhuma das tentativas dos ufó-logos logrou êxito e nossos militares conti-nuaram inflexíveis à mera sugestão de que, um dia, o segredo viria à tona.

Num encontro histórico, ufólogos são recebidos pela Aeronáutica, visitam o Cindacta I e o Comdabra, examinam documentos secretos sobre UFOs e ouvem a promessa de que será criada uma comissão mista de investigação no País

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GlobalizaçãoufológicaO Brasil põe seu nome da curta lista de países que já admitiram a seriedade do Fenômeno UFO. Veja quais são os outros:

França 1976China 1979URSS 1979Uruguai 1979Bélgica 1986Itália 1995Vaticano 1996Chile 1997Peru 1998Espanha 2001México 2004Brasil 2005

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No entanto, isso em momento algum esmoreceu os pesquisadores – pelo menos aqueles que têm coragem de admitir que entre seus sonhos, além de uma volta em nave alienígena, está exatamente o de de-bruçar-se sobre prateleiras e armários, ver fotos e filmes espetaculares. Sua insistência e perseverança acabaram sendo coroadas de êxito em 20 de maio, exatos 14 meses após o lançamento em nosso País da maior, mais abrangente e organizada campanha popu-lar já realizada na Ufologia Brasileira, que teve o propósito explícito e nada discreto de continuar tentando transformar o velho sonho em realidade. E ele foi transformado, pelo menos em parte, numa realidade que agora pode ser experimentada por todos. A campanha UFOs: Liberdade de Informação Já é esse movimento que reuniu amigos de jornada num trabalho obstinado e corajoso

– o de pedir, com firmeza, mas respeito, que nossas Forças Armadas abram seus arquivos.

Foram 14 longos meses de publicação na Revista UFO e em seu site de dezenas de textos, centenas de manifestações e inúmeros comentários sobre a campanha, além da cole-ta ininterrupta de milhares de assinaturas de ufólogos e ufófilos que buscavam a mesma coisa. Sinal dos tempos modernos, evidente demonstração de que vivemos em épocas mui-to especiais, um exemplo de trabalho conjunto. Diga-se o que quiser, deu certo. Seis pessoas encabeçaram o movimento, os integrantes da chamada Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), representando diretamente mais de 150 integrantes da Equipe UFO, que produzem esta publicação – entre editor, co-editores, con-sultores, conselheiros, coordenadores de área, tradutores, correspondentes e colaboradores

–, e indiretamente um contingente de grupos de pesquisas e ufólogos individuais que pode chegar a cinco vezes este montante.

Por mais longe que um dia pareceu estar a possibilidade de sermos bem sucedidos nesta luta, isso nunca representou problema para a realização da rotina diária de manter acesa a chama que buscava a realização de nosso sonho. Tanto que, em janeiro passado, 10 meses após o início da campanha, surgia no horizonte um sinal real de que as coisas estavam no caminho certo. Um e-mail, seguido de um telefonema de Brasília, davam forma, ainda que nebulosa, a princípio, ao que viria a seguir. Sucessivos outros e-mails e telefonemas que acabaram por estabelecer uma amizade entre os interlocutores, iam desfazendo o aspecto nebuloso, dando um formato sólido e cristalino à maneira como o sonho dos ufólogos viria a ser realizado.

Ambos os lados de tantas conversas eram unânimes em suas opiniões: o Fenômeno UFO é coisa séria, que deve ser investigado com determinação e rigor, e por quem tem essa vo-cação. De um lado estava este editor e escriba, um confesso sonhador. Do outro, o jornalista e piloto de caça de nossa Aeronáutica, o major Antonio Lorenzo. Em seu primeiro contato telefôni-co ele já deixara claro que opor-tunidades muito boas se abriam para o meio mi-litar brasileiro e para nossa co-munidade ufoló-gica. “Por ordem do comandante da Aeronáutica, quero convidar os ufólogos bra-sileiros à frente da CBU para virem a Brasília e discutir conos-co essa questão”, disparou Lorenzo.

“Para nós será uma grande honra podermos ter esta oportunidade, e certamente nos esfor-çaremos para estarmos à altura da confiança em nós depositada”, retribui. O leitor pode ter uma idéia de como seriam os demais diálogos, a partir do momento em que o primeiro de-les já era o estabelecimento de um excelente canal de comunicação.

Em meio a muitos e-mails e vários telefo-nemas, de ambas as partes, foi sendo estabele-cida a data em que o contato entre as partes se consumaria. “Queremos que a vinda de vocês a Brasília seja um momento importante para todos. Por isso, vamos preparar uma recepção apropriada e completa”, enfatizou Lorenzo, dando-nos ciência de que buscava uma data em que vários comandos e militares da Aero-náutica estivessem na capital, de forma a tornar o encontro ainda mais proveitoso. Finalmente, no início de maio, a data foi marcada – para dia 20 daquele mesmo mês. Uma asfixiante conta-gem regressiva teve início, com preparativos de ambos os lados, principalmente dos ufólogos, convidados da ocasião. E assim foram eles a Brasília. Claudeir Covo, Marco Petit, Fernan-do Ramalho, Rafael Cury e eu. Reginaldo de Athayde, nosso co-editor nordestino e também integrante da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), infelizmente enfermo, mas presente em espírito, foi substituído pelo igualmente valo-roso pioneiro Roberto Affonso Beck.

Os passos mais importantes da campanha que pede a liberação de documentos sigilosos já foram dados. Agora, militares e ufólogos civis aguardam a decisão das autoridades quanto aos procedimentos de investigação ufológica oficial

Gevaerd, em nome da CBU, entrega cartas e cópias do Manifesto da Ufologia Brasileira ao brigadeiro Telles Ribeiro, que se incumbiu de repassá-las ao comandante da Aeronáutica, ao ministro da Defesa e ao presidente Lula. Ao lado, todos os integrantes da CBU em frente ao secretíssimo prédio do Coman-do de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), onde estão os documentos ufológicos

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Enfim, seis ufólogos de seis diferentes grupos do País, seis cabeças residentes em seis estados. Mas todos com um só objetivo: mostrar às nossas autoridades militares que a oportunidade oferecida seria agarrada com unhas e dentes, jamais desperdiçada. E que considerávamos aquele o momento certo para encerrarmos as desconfianças mútuas e naturais

– eles, de que somos um bando de excêntricos caçadores de ETs, e nós, de que eles fossem arbitrários guardiões de informações que a todos pertencem –, hora definitiva de darmos um passo que seja reflexo tanto da maturidade

Os passos mais importantes da campanha que pede a liberação de documentos sigilosos já foram dados. Agora, militares e ufólogos civis aguardam a decisão das autoridades quanto aos procedimentos de investigação ufológica oficial

foi absolutamente impecável. Ao mesmo tempo em que observávamos que todas as medidas foram cuidadosamente tomadas tendo em vista o sucesso do encontro, ouvíamos expressões de satisfação de nossos anfitriões pela serieda-de com que nos dedicamos aquele momento.

“Senhores ufólogos, desejamos que estejam se sentindo em casa nesta oportunidade. O co-

as partes vejam realizados seus objetivos. O dos ufólogos, certamente, é o de ter todos os mais importantes documentos sobre a ação extraterrestre em nosso Território abertos à sociedade. Como chegaremos lá? Bem, com a mesma persistência e obstinação com que chegamos até aqui. E com o seu apoio, leitor, que acreditou em nossa campanha e deixou seu nome no abaixo-assinado. Por isso, nosso muito obrigado!

da Comunidade Ufológica Brasileira quanto do espírito de abertura, civismo e democracia que está definitivamente estabelecido no seio de nossas Forças Armadas. De fato, a recepção dos ufólogos no poderosíssimo I Centro Inte-grado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I) e no secretíssimo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra)

A partir da esquerda, o comandante Britto e o coronel Uyrangê Hollanda, inspiradores do processo de abertu-ra, e o major Lorenzo, que intermediou com os ufólogos o encon-tro com a Aeronáutica

mandante da Aeronáutica fez determinações expressas de que nós os atendêssemos e abrís-semos todos os arquivos que queiram, todas as portas por que desejarem entrar”, declarou o brigadeiro-do-ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro, chefe do Centro de Comunicação So-cial da Aeronáutica (Cecomsaer). “Brigadeiro, agradeço imensamente as boas-vindas, em meu nome e de minha equipe. Representando os ufólogos brasileiros, quero expressar minha sa-tisfação em estarmos sendo recebidos. E quero assegurar-lhe que a intenção dos pesquisadores não é outra senão somar, contribuir e auxiliar

no que for possí-vel o trabalho de investigação do Fenômeno UFO em nosso País”, disse-lhe enquan-to oferecia cópias de cartas com o Manifesto da Ufo-logia Brasileira ao comandante da Aeronáutica, ao ministro da Defesa e ao pró-prio presidente da República.

Este foi ape-nas o início de nossos entendi-mentos, quando, nas mais de qua-tro horas que se

seguiram, íamos realizando pouco a pouco nosso sonho de ufólogos. Um sonho que ago-ra, em parte realizado, nos investe de grande responsabilidade. Ele não se encerrou nem mesmo no almoço gentilmente oferecido pelos militares no refeitório do Ministério da Defesa. Mas terá sucessivos desdobramentos e um rico desenvolvimento, até que ambas

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Fotos Arquivo UFO

Mudanças na campanha

Uma nova fase do movimento UFOs: Liberdade de Informação Já tem início

agora, enquanto se aguarda resposta das autoridades a quem foram endereçadas cópias do Manifesto da Ufologia Brasileira. E entre as mudanças na campanha está a saída do editor de UFO, A. J. Gevaerd, da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU). A decisão foi tomada por ele tendo em vista que, doravante, seu trabalho pela liberdade de informações deve ser o de imprensa, à frente da revista. “Agi até agora como ufólogo e fiz aquilo que meus instintos me pediam. Mas creio que minha missão na campanha está cumprida e que devo agora atuar de outra maneira, talvez mais produtiva”, informou o editor através do site de UFO. A publicação per-manecerá inteiramente à disposição do movimento, dando-lhe voz e visibilidade.

“Essa é sua função básica. UFO deve levar aos seus leitores as notícias ufológicas do meio, e não criá-las”, finalizou [Veja mais nesta edição].

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CONTATO OFICIALFernando Ramalho e Roberto Beck, da Equipe UFO

Brasília (DF), 20 de maio de 2005. Às 06h00, seis ufólogos admira-vam o nascer do Sol no Planal-

to Central. Aqueles primeiros raios anunciavam o início do dia mais importante da Ufologia Brasileira nos últi-mos anos, o momento em que os ufólogos fariam contato com a Aeronáutica e teriam acesso aos seus registros secretos. Naquela manhã de sexta-feira havia um misto de ex-pectativa, ansiedade e compreensão sobre a responsabilidade que teríamos pela frente, enquanto representan-tes da absoluta maioria da comunidade ufoló-gica deste País.

Os pesquisadores eram os integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), que 14 meses antes lançou a campanha UFOs: Li-berdade de Informação Já: o editor da Revis-ta UFO A. J. Gevaerd, os co-editores Claudeir Covo e Marco Petit, os consultores Fernando Ramalho e Roberto Affonso Beck (subs-tituindo Reginaldo de Athayde, enfermo) e o conselheiro especial Rafael Cury. Iniciado em março de 2004, o movimento pela liberdade de informações ufológicas representa, sem sombra de dúvi-das, a maior e mais bem sucedida campanha

ufológica de que se tem notícia, pleite-ando a abertura dos arquivos secretos sobre Ufologia do Governo Brasileiro e a criação de uma parceria militar-ci-vil para estudo das

manifestações de discos voadores em Terri-tório Nacional. Até o dia do encontro com nossos militares, 20 de maio, foram feitos diversos contatos através de telefonemas e correspondências eletrônicas entre a CBU e

o alto comando da Aeronáutica, no sentido de se viabilizar uma data favorável, quando todos pudessem estar presentes em Brasília. Para consegui-la foram necessárias muitas horas de negociação entre Gevaerd e o major Antonio Lorenzo, jornalista do Centro de Co-municação Social da Aeronáutica (Cecomsaer).

Foram eles que, desde fevereiro, começa-ram a se comunicar e acionar seus pares – o primeiro entre os ufólogos da Equipe UFO, e o segundo com os oficiais do 6º Comando Aéreo Regional (COMAR) – conseguindo tecer o cronograma e concretizar o histórico encontro. Um dos aspectos mais significativos

do encontro é que par-tiu da Aeronáutica Bra-sileira, provavelmente a primeira das três Ar-mas com informações sobre o movimento de UFOs no espaço aéreo brasileiro, que, tendo conhecimento da cam-panha dos ufólogos e da necessidade de se abrir o diálogo entre eles e seus profissio-nais, para esclareci-mento do fenômeno e de maus-entendidos que permeiam o estu-do, entrou em contato com a Revista UFO e iniciou as negociações. Essa atitude, inédita no nosso País, pode – e é o que esperamos – abrir

espaço para atitudes de mesma envergadura por parte das outras duas forças militares, Exército e Marinha. A Equipe UFO já está se movimen-tando e procurando as autoridades competentes de cada uma dessas Armas.

Os ufólogos brasileiros viveram seu grande momento durante o encontro com a Aeronáutica, e isso se reflete no amadurecimento de suas atividades e numa maior responsabilidade para com a pesquisa do Fenômeno UFO

A CBU na única área do Comdabra em que é per-mitido uso de equipamento fotográfico. A partir da esquerda: A. J. Gevaerd, Marco Petit, um ofi-cial da FAB, Rafael Cury, Roberto Affonso Beck, Fernando Ramalho e Claudeir Covo

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CONTATO OFICIALO Hotel Meliá, no centro de Brasília, ser-

viu como ponto de partida para o posterior encontro com os militares. No local, às 08h00, estavam presentes os membros da CBU, um dos editores do programa Fantástico da Rede Globo, o repórter Luiz Petry e o major Loren-zo, que nos explicou como seria a visita dos ufólogos ao COMAR, onde conheceriam as instalações do I Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I) e do Comando de Defesa Aeroespacial Bra-sileiro (Comdabra). Lorenzo nos adiantou a satisfação que o comando do Cecomsaer tinha em receber os ufólogos e lhes passar a maior parte das informações que desejávamos. Com ele tivemos, também, a confirmação do que já desconfiávamos, ou seja, de que não seria possível filmar, fotografar ou tirar cópias dos arquivos sigilosos que, por ventura, viessem a ser consultados pelos integrantes da CBU e pela imprensa, mas que isso poderia ser conseguido posteriormente, de forma legal.

Visita inesquecível — Contudo, apenas a pos-sibilidade de termos em mãos documentos tão importantes que comprovassem, por exemplo, a realidade da Operação Prato e da Noite Oficial dos UFOs no Brasil, já valia a viagem. Encerrada a reunião no Meliá, dirigimo-nos diretamente para um dos edifícios do Ministério da Defesa, no bloco M da Esplanada dos Ministérios, on-de também está localizado o Ministério da Aeronáutica. Fomos gentilmente recebidos pelos tenentes Karina Ogo e Alessandro Paulo da Silva, que solicitaram a todos que deixassem seus veículos estacionados ali e nos dirigíssemos a uma van da Aeronáutica. O veículo nos conduziu às dependências do COMAR, localizado no Lago Sul, distante aproximadamente 15 km da Esplanada, pró-ximo ao Aeroporto Juscelino Kubitschek.

Os ufólogos brasileiros viveram seu grande momento durante o encontro com a Aeronáutica, e isso se reflete no amadurecimento de suas atividades e numa maior responsabilidade para com a pesquisa do Fenômeno UFO

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Entidades da FAB envolvidas no encontro com os ufólogosCecomsaer — Centro de Comunicação Social da Aeronáutica. O serviço de imprensa da FAB, de onde partiu o convite aos ufólogos

6o Comar — 6o Comando Aéreo Regional. Imensa área adjacente ao Aeroporto de Brasília, onde estão localizadas as entidades

Cindacta I — I Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo. Órgão responsável pela monitoração do espaço aéreo brasileiro

Comdabra — Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro. É nesse órgão que são tomadas as decisões relativas a vôos não identificados no espaço aéreo do País, chamados de “Tráfego H”, categoria em que se enquadram os UFOs

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A Aeronáutica confirmou aos ufólogos, de maneira inédita, que desde 1954 registra casos de objetos não identificados no País, que chama de “Tráfego H”. Segundo os militares, há uma pasta desses registros preenchida a cada ano

A mais cobiçada atividade da Ufologia Brasileira, a visita ao Cindacta I, teve início às 09h30, com uma palestra do brigadeiro-

-do-ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro, ressaltando a disposição do atual comando da Aeronáutica em colaborar com toda e qualquer solicitação para abertura de do-cumentos de interesse social. Na abertura dos trabalhos conjuntos, Gevaerd entregou ao militar o Manifesto da Ufologia Bra-sileira, assinado pelos membros da CBU, com cópias endereçadas ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro-do-ar Luis Carlos da Silva Bueno, ao ministro da Defesa José de Alencar e ao presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. Todas em duas vias e devidamente preparadas como parte da campanha UFOs: Liberdade de Informa-ção Já, o material pedia o reconhecimento público do Fenômeno UFO, seu estudo, a abertura dos documentos sigilosos relati-vos a este e, doravante, uma parceria mi-litar-civil na investigação de futuros casos ufológicos [Veja box].

Na ocasião foi apresentado um filme mostrando toda a estrutura das quatro gran-des regiões de defesa aérea do País – RDAs 1

a 4 – abrangendo todo o Território Nacional. A estrutura é composta por um dos mais mo-dernos sistemas de detecção, identificação e controle de tráfego do mundo. É um dos poucos a abranger num território tão grande

– a área continental mais 200 milhas marí-timas, totalizando quase 13 milhões de km²

–, tanto o controle da aviação militar quanto da aviação civil, conjugados em quatro pon-tos de decisões. Todo o sistema é compos-to por uma complexa rede de mais de 100 radares, distribuídos em pontos-chaves da Nação e conectados por torres de antenas de repetição ligadas a satélites. Tal estrutura é capaz de captar e identificar, em poucos segundos, qualquer objeto que voe a mais de 100 m de altura, em qualquer ponto do País e de sua área oceânica.

A atividade seguinte seria uma visita às dependências do Centro Meteorológico de Vigilância, a Estação Meteorológica de Altitude de Brasília e sua unidade de coleta de dados, onde foi lançado um balão me-teorológico, comumente confundido com UFOs. Interligado ao Centro Meteorológico está o Regimento de Busca e Salvamento, que monitora, além dos quase 13 milhões de km² de extensão continental e oceânica do País, uma área que se estende Oceano Atlântico adentro, chegando perto da costa da África. O monitoramento dessa região, além das 200 milhas de nossas águas ter-ritoriais, destina-se apenas ao serviço de salvamento de embarcações ou aeronaves acidentadas, de acordo com tratado inter-nacional, não fazendo parte das operações do sistema de defesa – ainda que se utilize boa parte de sua estrutura de rastreamento.

Todo o conjunto faz parte de um moderno complexo de monitoramento de área equi-valente a mais que o dobro do continente europeu.

Acesso aos documentos sigilosos — O roteiro de visitas ao Cindacta I era o início da reali-zação de um sonho acalentado por décadas por todos os ufólogos de nosso País. Anos após anos se notava que o assunto aumen-tava sua complexidade e abrangência, e se constatava que a tão almejada abertura por parte dos militares e autoridades estabe-lecidas parecia nunca se concretizar. Mas os ufólogos nunca desistiram e, através da campanha UFOs: Liberdade de Informa-ção Já, acharam um meio viável e pacífico para atingir seus objetivos. Os 14 meses do movimento foram marcados por intenso e exaustivo trabalho, mas – vemos agora – bem sucedido. Nenhuma das dificuldades abateu a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), que permaneceu firme em seus intentos. Os ufólogos continuaram suas pesquisas, reali-zando vigílias e buscando informações com as pessoas que tiveram avistamentos ou que, de alguma forma, vivenciaram ocorrências ufológicas que pudessem nos trazer novos elementos para melhor visualizarmos esse quebra-cabeças, ou costurar mais alguns pedaços dessa verdadeira colcha de retalhos chamada Ufologia.

O objetivo final de todo esse trabalho era apresentar o quadro ufológico brasileiro à Aeronáutica, caso tivéssemos oportunidade. E tivemos! A esperança de dias melhores com relação aos nossos desejos jamais nos abandonou. Alguma coisa nos dizia que a

Claudeir CovoArquivo UFOPedro P. Cunha

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da Força Aérea Brasileira (FAB) – e mui-to menos com a ajuda, ou autorização, da poderosa equipe de seus comandantes superiores – para que o Cindacta I nos agraciasse com informações confiáveis sobre “alvos radares” não identificados, os plots não autorizados e desconhecidos que voam nos céus de nosso País. Naquela

época, não se podia co-mentar nada a respeito.

Mudança de posição — Mas, em 20 de maio de 2005, uma nova porta se abriu para a Ufologia Brasileira. Não somente as instalações do I Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I) foram “invadidas” pelos ufólogos, como também o mais restrito de todos os prédios do 6º Comando Aéreo Regional – a sede do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), local ao qual pouquíssimos militares têm acesso e raríssimas vezes antes um civil esteve. Era a prova cabal de que a campa-nha por liberdade de infor-mações ufológicas lograra êxito. E o melhor, tudo fo-ra devidamente registrado pelo programa Fantástico,

da Rede Globo. Após uma longa preleção também nesta instalação, feita pelo próprio chefe do Comando de Operações de Defesa Aérea (CODA), major-brigadeiro Atheneu Azambuja, o mesmo nos levou aos arquivos da instituição. “Hoje vocês poderão finalmente ver o que tanto desejam: alguns documentos da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre ‘trá-fego hotel’ em nosso País”, disse Azambuja.

Tivemos então em nossas mãos três pas-tas. Uma com o primeiro caso ufológico re-

“ O comandante da Aeronáutica determinou

expressamente que nós os atendêssemos e abríssemos

todos os arquivos que queiram, todas as portas por

que desejarem entrar ”— Brigadeiro Telles RibeiRo, chefe do Centro de Comunicação Social

da Aeronáutica (Cecomsaer)

A Aeronáutica confirmou aos ufólogos, de maneira inédita, que desde 1954 registra casos de objetos não identificados no País, que chama de “Tráfego H”. Segundo os militares, há uma pasta desses registros preenchida a cada ano

A partir da esquerda: assinatura do Manifesto da Ufologia Brasileira na noite de 19 de maio, café da manhã no Hotel Meliá com o major Lorenzo, o portão de entrada do 6o Comando Aéreo Regional, o prédio principal do Cindacta I e flagrante do au-ditório em que os ufólogos foram recebidos

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chama continuava acesa e que um dia esse encon-tro iria acontecer. Assim, entre outras reivindica-ções, por ocasião do I Fó-rum Mundial de Ufologia, realizado em 1997, um documento foi elaborado, conhecido como Carta de Brasília [Veja box]. Era uma missiva, não como outra qualquer, que so-licitava a tão desejada abertura de informações sobre o Fenômeno UFO já naquela época, oito anos atrás. O documento foi assinado por ufólogos nacionais e estrangeiros presentes no evento, as-sim como tantos outros, remetidos por grupos de pesquisas ufológicas e até cartas solitárias enviadas por estudiosos anônimos do mesmo fenômeno, que sempre viam suas espe-ranças arremessadas por terra.

Apesar do esforço em fazer chegar suas reivindicações às autoridades, quase não tinham resposta. Ou quando as conseguiam, eram sempre as mesmas, negando os fatos, subestimando a seriedade do Fenômeno UFO e até afirmando que nada relativo ao mesmo fora registrado ou catalogado por nossos militares. Enfim, ficava claro que, por mais que tentassem, os ufólogos não poderiam contar com a colaboração

gistrado pela Aeronáutica, em 1954, contendo uma única folha. Outra com documentos da Noite Oficial dos UFOs no Brasil, ocorrida em 19 de maio em 1986, com cerca de 50 páginas. E a terceira com informações so-bre a mais importante intervenção ufológi-ca executada pela Aeronáutica, a Operação Prato, em 1977, com exatas 179 páginas e umas 100 fotos de objetos voadores não identificados sobre o Pará. Todas as pastas tinham a classificação “confidencial”. Entre nós, ufólogos, não era nenhuma novidade a existência desses registros arquivados pela FAB, entre tantos outros que não pudemos ter acesso, devido às normas restritivas da-quela instituição, contidas no Regulamento para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos

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Page 12: A Ufologia · 2020. 5. 27. · fotos e filmes espetaculares. Sua insistência e perseverança acabaram sendo coroadas de êxito em 20 de maio, exatos 14 meses após o lançamento

A visita dos ufólogos ao Cindacta I e ao Comdabra proporcionou um rápido e interessante aprendizado sobre a complexa rotina de defesa aérea do espaço territorial do País e do intenso controle de tráfego aéreo civil e militar

(RSAS). Entretanto, poder examinar alguns daqueles originais, devidamente carimbados e assinados por oficiais daquela Arma, era o sonhado trunfo, a prova definitiva que a Ufologia Brasileira possui um acervo oficial nas mãos de nossos militares.

Centro nervoso do sistema — Foi notório como os oficiais da Aeronáutica que nos receberam em suas instalações fizeram questão de nos mostrar todo o funcionamento de suas rotinas operacionais, inclusive levando-nos aos mais diversos setores do Cindacta I e Comdabra, para entendermos exatamente como funcio-na o sistema de defesa aérea e controle de tráfego aéreo em nosso País. Isso além de fazerem uma introdução à parte nevrálgica do sistema, que são as instalações do Centro de Controle de Área de Brasília (ACC-BS), do Comdabra, e do “cérebro” deste último, o Comando de Operações de Defesa Aérea (CODA), que é operado através de um traba-lho combinado do Estado Maior das Forças Armadas – Aeronáutica, Exército e Marinha. É nessa área que se processam informações que levam a detecção, solicitação ou tentati-va de identificação, ordem de interceptação,

perseguição, tiro de aviso e, se for o caso, tiro de abate em qualquer tipo de aeronave não identificada. É o local onde são regis-trados objetos voadores não identificados, quer signifiquem ou não uma ameaça à so-berania nacional. É também no CODA, no andar inferior do prédio do Comdabra, onde se encontra o arquivo central, que contém pastas com registros ufológicos coletados pela Aeronáutica desde 1954.

Nas telas do ACC-BS, o comandante do Cindacta I, coronel Paulo Gerarde Mat-tos Araújo, e o major Lorenzo nos informa-ram como é a rotina de trabalho, muito bem exemplificada por um dos operadores de radar, o suboficial Mário Fernando Seabra de Almeida – que, por sorte, estava presente no episódio da Noite Oficial dos UFOs no Brasil. Os objetos voadores que são ali detec-tados aparecem em enormes telas coloridas de 34 polegadas e são todos acompanhados do que os oficiais chamam de “etiqueta” – uma identidade contendo, entre outras in-formações, o tipo de aeronave, seu número de vôo, velocidade e altura. As informações das aeronaves identificadas são passadas ao sistema através de um transponder, apare-lho instalado na fuselagem dos aviões que

“responde” ao ACC-BS através de sinais de rádio, assim que os “ecos” emitidos pelos radares atingem a nave e retornam, trazen-do seus dados. Mas nem todas as aerona-ves identificadas possuem o equipamento. As que voam sem esse aparelho costumam passar seus dados de identificação via rádio. Tal procedimento é chamado de “tráfego cooperativo”, em outras palavras, tráfego conhecido e identificado. Essa é uma exi-

Fernando RamalhoArquivo UFOClaudeir Covo

Brasília (DF), 20 de maio de 2005

Ao Exmo. Sr.Comandante da Aeronáutica,Brigadeiro-do-ar Luis Carlos da Silva Bueno,Brasília (DF) Prezado senhor:

AComunidade Ufológica Brasileira, um conjunto de quase três centenas de estudiosos, pesquisadores

e investigadores civis do Fenômeno UFO em nosso Ter-ritório, neste ato representada pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), cujos integrantes se identificam ao final desta, vem respeitosamente à presença de V. Ex.a com o objetivo de oferecer-lhe o Manifesto da Ufologia Brasileira, através do qual expressa seu conhecimento e considerações sobre o assunto.

O Manifesto da Ufologia Brasileira é parte da cam-panha UFOs: Liberdade de Informação Já, implemen-tada pela referida Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), que em um ano gerou um abaixo-assinado em seu apoio com mais de 36 mil participantes, através do site [www.ufo.com.br] e das edições impressas da Revista UFO. Ele reflete a posição da referida Comu-nidade, com substancial amparo de suas congêneres nos mais diversos países, sobre a significativa e urgen-te questão dos objetos voadores não identificados em ação em nosso planeta e, particularmente, em nosso País. O documento contém importantes questões que os ufólogos civis apontam quanto ao tema, baseados em sua já adquirida experiência na área, e recomen-da que o assunto seja tratado de maneira apropriada dentro das esferas militar e governamental brasileiras.

A carta dos ufólogos entregue às autoridades brasileiras

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Page 13: A Ufologia · 2020. 5. 27. · fotos e filmes espetaculares. Sua insistência e perseverança acabaram sendo coroadas de êxito em 20 de maio, exatos 14 meses após o lançamento

A visita dos ufólogos ao Cindacta I e ao Comdabra proporcionou um rápido e interessante aprendizado sobre a complexa rotina de defesa aérea do espaço territorial do País e do intenso controle de tráfego aéreo civil e militar

gência contida em normas do Código de Aviação Civil.

Entretanto, quando um eco ou plot en-tra nas telas dos radares, dentro do espaço monitorado, e não mostra sua identificação após um certo período de tempo, ele pode ser interpretado de várias formas. Pode ser uma aeronave que voe sem o equipamento de comunicação, aguardando algum tempo até entrar em contato via rádio com sua respectiva área de detecção. Ou mesmo uma aeronave voando irregularmente que, por algum mo-tivo, decola sem fornecer seu plano de vôo. Pode ainda ser um problema atmosférico ou de explosões solares, além de defeitos no sistema ou qualquer tipo de anomalia sem identificação. E, claro, podem também ser UFOs, no sentido que damos em nossos estudos. Tudo isso é tráfego hotel.

Nas detecções feitas pelos radares do Cindacta I, quando há o registro de um trá-fego desconhecido nas telas, que já tenha passado por estágios padrões de identifica-ção sem sucesso, e que comece a oferecer riscos à aviação ou à soberania do País, o CODA é então acionado. Essa é sua função precípua. Já em estado de alerta, os mili-tares do órgão tomam algumas medidas específicas antes que parta do comando uma ordem de interceptação. Segundo o major-brigadeiro Azambuja, dependendo da localização do objeto voador não identi-ficado e o instante em que são decretados o alerta e a interceptação do artefato, não se passam mais do que três minutos.

Eficiente sistema de defesa — Tais caracte-rísticas do atual sistema de controle de trá-fego aéreo brasileiro, de terceira geração, o tornam muito mais moderno que aquele que estava em operação em 1986, de primeira geração, que mesmo com suas limitações foi um dos estopins da Noite Oficial dos UFOs no Brasil. Assim sendo, é capaz de detectar qualquer UFO que percorra o País, desde que o objeto seja composto por algum tipo de matéria refletora dos ecos emitidos pe-

la rede de radares do Cindacta I. Contudo, esse não é o caso de alguns tipos de UFOs, que mesmo sendo avistados por pilotos com vasta experiência de vôo, não são registrados nas telas do sistema.

Pois uma nova mentalidade e inteligente postura das mentes que hoje comandam a nossa Aeronáutica, tão eficientemente, aca-bam de surpreender os ufólogos ao convidá-

-los para conhecer suas instalações, avaliar suas rotinas de operações, observar seus equipamentos de radar de última geração

– que somente países de Primeiro Mundo ou superpotências possuem – e examinar os documentos resultantes da detecção de objetos voadores não identificados em nosso Território. A modernidade brasileira nessa

Claudeir Covo Arquivo UFO

Para isso, como se verá no Manifesto da Ufo-logia Brasileira, os ufólogos de nosso País desejam voluntariamente oferecer seu talento, sua capacidade investigativa e dedicação espontânea na busca de respostas para o Fenômeno UFO à nossa gloriosa Aeronáutica e ao Governo Federal, nas formas que estes julgarem oportunas e apropriadas. E pedem igualmente que estes, em sinal de receptividade à sua proposta e em atendimento às suas reivindica-ções, abram seus arquivos militares, recentes ou não, sobre a manifestação do Fenômeno UFO em nosso País, para apreciação.

Os ufólogos nacionais, através do Manifesto da Ufologia Brasileira, ainda recomendam firmemente que uma ação investigativa organizada, coordenada conjuntamente pelas expressões civis e militares neste ato consideradas, na forma de uma comissão mista dedicada ao tema, seja implantada imedia-tamente e tenha seu funcionamento rapidamente estabelecido. A Comunidade Ufológica Brasileira crê que, mais do que uma recomendação, essa seja uma necessidade frente ao avanço da ação extraterrestre em nosso mundo, já abundante-mente documentada nas mais diversas formas e amplamente reconhecida por inúmeros setores da sociedade brasileira e mundial.

Agradecem a atenção e esperam ser atendidos.

Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU):

A. J. Gevaerd (coordenador), Claudeir Covo, Marco Antonio Petit, Rafael Cury, Reginaldo de Athayde, Fernando Ramalho e Roberto Beck

A carta dos ufólogos entregue às autoridades brasileiras

As diversas salas de operação do Cindacta I, visi-tadas pelos integrantes da CBU. A partir da esquer-da: área de rastreamento de tráfego aéreo, área de avaliação de controle, oficial da FAB explica a detecção de “tráfego hotel” aos ufólogos, o ras-treamento de balões atmosféricos e mais radares

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As ações da campanha pela liberdade de informações não se encerram com a visita à Aeronáutica, mas continuarão até que os ufólogos tenham estabelecido com os militares uma comissão oficial de pesquisas ufológicas

Arquivo UFOArquivo UFOArquivo UFO

área é tamanha que provocou a visita de militares norte-americanos ao 6º COMAR, que vieram buscar tecnologia conosco, em razão da triste e lamentável ocorrência de 11 de setembro de 2001. Queriam saber como conseguimos radarizar com tanta eficiência nosso espaço aéreo, uma vez que nosso País tem proporções continen-tais. Os norte-americanos aprenderam que estamos divididos em quatro regiões e que cada uma delas conta com os mesmos equi-pamentos de avançada tecnologia, que se interligam formando uma rede. Viram que toda e qualquer aeronave que decole e atinja pelo menos 100 m de altitude – mesmo que de uma fazenda localizada na Região Ama-zônica, por exemplo – pode ser detectada e monitorada o tempo todo que estiver no ar.

Nem tudo é UFO — Se esse sistema é tão complexo e eficiente para controlar com exatidão o tráfego aéreo em nosso País, certamente será também para detectar a manifestação de objetos de origem não terrestre sobre o Território Nacional. Como de fato é. Mas na visita dos integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU)

ao Comando de Defesa Aero-espacial Brasileiro (Comdabra), uma preocupação dos anfitriões foi mostrar que nem todo alvo ou plot detectado pelos moder-níssimos equipamentos é objeto de nossos estudos. Pode ser um objeto voador não identificado sim, enquanto não se identificar. Foi esclarecido pelos militares que muitos vôos não autorizados e sem etiqueta de identificação estão irregulares por uma razão banal. É que toda aeronave que levanta vôo deve pagar uma deter-minada taxa à Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), e muitas não o fazem, não recebendo assim identificação, e passam à condição de aeronave irregular.

“O dinheiro arrecadado junto à Infraero é repassado aos órgãos que fazem a ma-nutenção de todo o sistema de defesa e do controle de tráfego aéreo e serve, inclusive, para a compra de aparelhos mais sofisti-cados, quando necessários, concluindo-se desta forma que a Aeronáutica Brasileira não usa apenas verbas governamentais para manter tão eficiente serviço à Na-ção em perfeito funcionamento”, decla-rou o brigadeiro-do-ar Telles Ribeiro. Ele detalhou que o sistema de defesa aérea e

controle de tráfego aéreo – DACTAs 1 a 4 – do País está dividido em quatro regiões, mas uma apresenta deficiências. Trata-se do DACTA 4, que monitora a imensa Re-gião Norte. Todavia, em breve, a falha será devidamente corrigida com a instalação de uma base aérea equipada com aviões modernos e municiados com instrumentos adequados a rastrear a vasta área.

Certamente, se o DACTA 4 é a área do Território Nacional que mais ofere-ce dificuldades à sua vigilância aérea, o mesmo pode se concluir quanto à mani-

Um dos radares em operação no Cindacta I, bem sobre a entrada principal. Ao lado, a operação de lançamento de um balão atmosférico, numa demonstração de seu funcionamento aos ufólogos

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As ações da campanha pela liberdade de informações não se encerram com a visita à Aeronáutica, mas continuarão até que os ufólogos tenham estabelecido com os militares uma comissão oficial de pesquisas ufológicas

Fernando Ramalho Claudeir Covo

A partir da esquerda: os ufólogos no auditório do Cindacta I, o coronel Gerarde informa como é a rotina de trabalho, detalhamento do sistema de rastreamento de alvos, o jornalista Petry entre-vista o suboficial Seabra de Almeida, Gevaerd e Rafael Cury discutem Ufologia com os militares

festação de UFOs na área, fato comum nos estados da Amazônia, como se sabe da farta literatura ufológica. Não deve ser coincidência, portanto, que a FAB tenha concentrado na região as atividades da Operação Prato, em 1977. E tal programa pode não ter sido o único. Há indícios de que outras atividades oficiais seme-lhantes – e igualmente secretas – foram deflagradas em diversas áreas da Floresta Amazônica, onde são endêmicos os ca-sos de observação de naves alienígenas e contatos com seus tripulantes, inclusive

por indígenas de várias etnias. Receptividade à Ufologia — Como resultado da visita dos ufólogos ao 6º COMAR, cabe a todos os signatários da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, representada pelos integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), agradecer a generosa acolhida que receberam dos militares da FAB, especialmente ao brigadeiro-do-ar Telles Ribeiro, comandante do Cecomsaer, ao tenente-brigadeiro J. Carlos, coman-dante geral de operações do Cindacta I e o major-brigadeiro Atheneu Azambu-ja, comandante geral do Comdabra. Os integrantes da CBU desejam ainda tecer elogios pela forma cordial, atenciosa e prestativa com que foram tratados, tanto por eles quanto por seus oficiais e subo-ficiais subordinados, derrubando toda e qualquer impressão negativa que muitos de nós tínhamos sobre as posturas auto-ritárias e restritivas às informações a que sempre procuramos ter acesso.

Além da grande contribuição que os ofi-ciais do 6º COMAR prestaram à Ufologia Brasileira, permitindo a visita de ufólogos a seus postos de comando, conhecendo sua metodologia de trabalho e alguns de seus arquivos, a principal conclusão que se tira do encontro é que há, por parte de nossos militares, reconhecimento público da importância dos estudos e trabalhos dos ufólogos deste País, em especial da-queles à frente da única publicação bra-sileira do gênero, a Revista UFO. Assim, tacitamente, é razoável concluir também que a Aeronáutica reconhece a necessida-de de tratar o Fenômeno UFO de forma séria, sem o tom pejorativo e irreverente que, via de regra, surge quando se levan-ta a plausível hipótese de estarmos sendo visitados por seres extraterrestres, que dispõem de uma tecnologia totalmente fora dos padrões humanos.

Partiu da própria Aeronáutica reco-nhecer, segundo seus porta-vozes, a in-capacidade de seus técnicos em concluir

objetivamente qualquer fato sobre tais ocorrências. “Até porque, não foram trei-nados para lidar com o fenômeno, mas sim para procederem a operações de rotina, quando da detecção e interceptação de alvos não identificados no espaço aéreo brasileiro”, declarou o major-brigadeiro Azambuja. Ainda segundo o brigadeiro, não cabe àquela Arma nem aos seus ho-mens julgar ou interpretar cientificamente qualquer ocorrência que não ameace dire-tamente a soberania e a segurança de vôo em nosso Território. Portanto, os oficiais entendem e reconhecem que o estudo da Ufologia deve ser exercido por ufólogos, e não por membros da Aeronáutica.

“O máximo que essa Arma deve fazer, e

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isso vem sendo feito desde 1954, é catalogar e arquivar os casos envolvendo detecção e perseguição de objetos voadores não identificados, pela forma padrão, deter-minada por normas institucionais”. Para tanto, existe um formulário específico, o Anexo 3, um questionário denomina-do Ocorrência de Tráfego Hotel, com duas folhas. Tal documento tem o obje-tivo de coletar e registrar o máximo de informações de determinada testemunha, seja ela membro da Aeronáutica ou não, para posterior comparação com relatos e registros dos controladores de vôo. A estimativa dos ufólogos brasileiros é de que existam milhares desses questionários preenchidos, muitos dos quais anexados a fotos e outros tipos de documentação, nos arquivos da FAB.

Conclusões a que podemos chegar — Em resumo, desse histórico encontro que os ufólogos tiveram com as atuais autoridades militares da Aeronáutica, podemos hoje afirmar várias coisas com tranqüila certe-za. Primeiramente, que não há, por parte de nossas autoridades, intenção de acobertar

Os ufólogos confirmaram o que já sabiam sobre a atividade de monitoração do espaço aéreo brasileiro: nada escapa à eficiente e ininterrupta vigilância dos militares, com seus mais de 100 equipamentos de radar

Arquivo UFOArquivo UFOClaudeir Covo

fatos relativos aos dis-cos voadores em nosso Território. Em segundo lugar, ficou evidente que nossos oficiais não podem, em virtude das atuais normas e leis que versam sobre a salva-guarda de documen-tos sigilosos, liberar totalmente seus arqui-vos ufológicos, sob pe-na de severas sanções. Em terceiro lugar, fi-cou evidente que nossa Aeronáutica concorda com o pleito dos ufó-logos, especialmente com a legitimidade da campanha UFOs: Li-berdade de Informação Já, e assevera que a Co-missão Brasileira de Ufólogos (CBU) terá acesso aos documen-tos ufológicos conti-dos em seus arquivos, desde que se faça o pleito utilizando-se a Lei, especialmente a resultante da recente sanção presidencial da Medida Provisória 228/2004.

Nossas autorida-des aeronáuticas não têm condições de definir efetivamente, ou de informar com precisão, o que são os UFOs que estão de-

A Carta de Brasília, produzida durante o I Fórum Mundial de Ufologia, em 1997AComunidade Ufológica Brasileira representada por ufólogos individuais, grupos de

pesquisas, investigadores, estudiosos, simpatizantes e entusiastas da Ufologia, que firmam o presente abaixo-assinado, reúnem-se através desse documento, sob coordena-ção da Revista UFO, para dirigirem-se às autoridades brasileiras, neste ato representadas pelo excelentíssimo senhor presidente da República e pelo ilustríssimo senhor ministro da Aeronáutica, para apresentar os seguintes fatos:

1. É de conhecimento geral que o Fenômeno UFO, manifesto através de constan-tes visitas de veículos espaciais ao planeta Terra, é genuíno, real e consistente, e assim vem sendo confirmado independentemente por ufólogos civis e autoridades militares de todo o mundo, há mais de 50 anos.

2. O fenômeno já teve sua origem suficientemente identificada como sendo alheia aos limites de nosso planeta, e os veículos espaciais que nos visitam de forma tão in-sistente são originários de outras civilizações, provavelmente mais avançadas tecnolo-gicamente do que a nossa, que coexistem conosco no universo, ainda que não conhe-çamos seus mundos de origem.

3. Tais civilizações encontram-se num visível e inquestionável processo de contínua aproximação da Terra e de nossa sociedade planetária, e, assim agindo, em suas mano-bras e atividades, na grande maioria das vezes não demonstram hostilidade para conosco.

4. É notório que as visitas de tais civilizações não-terrestres ao nosso planeta têm aumentado gradativamente nos últimos anos, segundo comprovam as estatísticas na-cionais e internacionais, tanto em quantidade quanto em profundidade e intensidade, representando algo que requer legítima atenção.

5. Em virtude do que se apresenta, é urgente que se estabeleça um programa oficial de conhecimento, informação, pesquisa e respectiva divulgação pública do as-sunto, de forma a esclarecer a população brasileira a respeito da inegável e cada vez mais crescente presença extraterrestre na Terra.

Assim, considerando atitudes assumidas em vários momentos da história por países que já reconheceram a gravidade do problema, como Chile, Bélgica e China, respeitosa-mente recomendamos que o Ministério da Aeronáutica da República Federativa do Brasil,

tectando nos radares do Cindacta I, uma vez que os tráfegos desconhecidos podem ter várias origens e, em muitos casos, só podem

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Os ufólogos confirmaram o que já sabiam sobre a atividade de monitoração do espaço aéreo brasileiro: nada escapa à eficiente e ininterrupta vigilância dos militares, com seus mais de 100 equipamentos de radar

Claudeir Covo Arquivo UFO

A partir da esquerda: os ufólogos da CBU assinam livro de visitas do Comdabra, posam para foto em frente ao prédio do órgão e discutem Ufologia com o tenente-brigadeiro J. Carlos, comandante geral de operações do Cindacta I. Depois são recebidos em almoço na sede do Ministério da Defesa, cuja fachada se apresenta na última foto

ter pessoal capacitado para a investigação ufológica, que considera tarefa para civis, e concordou em instalar uma comissão mista entre militares e ufólogos civis para tal finalidade. Essas conclusões formam um conjunto muito positivo e auspicioso. Ufólogos sérios do País, de forma geral, ganham um poderoso aliado nos militares e

a Ufologia dá um passo gigantesco avançan-do para novas e ven-turosas conquistas. Ao contrário do que dese-jam alguns pessimistas, que usam esse estudo somente em benefício próprio, insuflando seus egos e buscando ganhos fáceis com a exclusi-vidade e a retenção de informações, a Comu-nidade Ufológica Bra-sileira, como um todo, é que saiu ganhando.

Esperamos que, de agora em diante, nos-sos amigos de jornada, sejam eles ufólogos ou simpatizantes, assim como os batalhadores de primeira hora, que ainda não se manifes-taram como signatá-rios desta justíssima campanha e não deram seu apoio a ela, que o façam agora e unam-

-se mais ainda em tor-no dos objetivos de UFOs: Liberdade de Informação Já, posto que esta já atingiu um de seus principais ob-jetivos, mas ainda não

acabou. Seu verdadeiro e supremo intento está mais que expresso no Manifesto da Ufologia Brasileira, o qual ainda não foi

de todo alcançado. Nossa campanha con-tinua!

Fernando Ramalho [Foto à esquerda] é geógrafo e funcionário público na Câmara dos Deputados de Brasília (DF), vice-presidente da Entidade Brasileira de Estu-dos Extraterrestres (EBE-ET) e consultor da Revista UFO. Seu endereço é: Condomínio Residencial Mô-naco, quadra 6, casa 10, Lago Sul, 71680-601 Brasília (DF). E-mail: [email protected]. Roberto Affonso Beck é presidente da EBE-

-ET e consultor de UFO. Seu endereço é: Rua Juiz João Navarro Filho 157, Bairro Bessa, 58037-250 João Pessoa (PB). E-mail: [email protected].

ou algum de seus organismos, a partir deste instante, formule uma política apropriada para se discutir o assunto, nos ambientes, formatos e níveis considerados necessários.

A Comunidade Ufológica Brasileira, neste ato representada pelos estudiosos nacionais abaixo assinados, com total apoio da Comunidade Ufológica Mundial, de-seja oferecer voluntariamente seus conhecimentos, esforços e dedicação para que tal proposta venha a se tornar realidade e que tenhamos o reconhecimento imediato do Fenômeno UFO. Como marco inicial desse processo, que simbolizaria uma ação positiva por parte de nossas autoridades, a Comunidade Ufológica Brasileira respeito-samente solicita que o referido Ministério abra seus arquivos referentes a pelo menos dois episódios específicos e marcantes de nossa pesquisa ufológica:

(a) A Operação Prato, conduzida pelo I Comando Aéreo Regional (Comar), de Be-lém (PA), entre setembro e dezembro de 1977, que resultou em volumoso compêndio que documenta com mais de 500 fotografias e inúmeros filmes a movimentação de UFOs sobre a Região Amazônica, da forma como foi confirmado pelo coronel Uyrangê Bolívar Soares de Hollanda Lima.

(b) A maciça onda ufológica ocorrida em maio de 1986, sobre os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, entre outros, em que mais de 20 objetos voadores não identificados foram observados, radarizados e perseguidos por caças a jato da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo afirmou o próprio ministro da Aeronáutica na época, brigadeiro Octávio Moreira Lima.

Absolutamente conscientes de que nossas autoridades civis e militares jamais se descuidaram da situação, que tem sido monitorada com cuidado e atenção ao longo das últimas décadas, sempre no interesse da segurança nacional, julgamos que a tomada da providência acima referida solidificará o início de uma próspera e proveitosa parceria.

Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU):

A. J. Gevaerd, Claudeir Covo, Marco Antonio Petit, Rafael Cury e Reginaldo de Athayde [Seguem assinaturas]

A Carta de Brasília, produzida durante o I Fórum Mundial de Ufologia, em 1997

ser confirmados através da interceptação militar, a exemplo do que ocorreu em maio de 1986. Por fim, a FAB reconheceu não

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Edição 111 – Ano 21 – Junho 2005 17:: www.ufo.com.br ::

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CONFIRMADOperguntas e deixando bem claro que nossa Aeronáutica se preocupa – como sempre se preocupou – com a detecção e controle de todos os tipos de tráfegos aéreos sobre o País, identificados ou não. Esclareceram que existem muitos

“alvos radares” – como são chamados os pontos ou plots detectados em seus monitores – não identificados. E que,

quando necessário, caças a jato são acionados e levantam vôo para sua identificação. Esses alvos radares podem ser balões de estudos me-teorológicos, balões juninos, aviões de contra-bandistas, traficantes sem plano de vôo, simples fazendeiros em viagens curtas etc.

Às vezes, os pilotos se vêem frente a frente com algo totalmente desconhecido, com mo-vimentos inteligentes e sem uma origem clara

procedimentos previstos, passa a ser monitora-da pela Defesa Área”, explicou aos ufólogos o major-brigadeiro Atheneu Azambuja, coman-dante do Comdabra. O oficial ainda esclareceu que, em determinado momento, em função de comportamento daquela imagem no radar, os jatos de caça podem vir a ser acionados.

Sem entender os UFOs — “Se, por ventura, seus pilotos apenas visualizam uma luz não identificada, precisam identificá-la. Sua mis-são é defender o espaço aéreo. Mas se aquela luz desaparece de uma hora para outra, deixa de ser um tráfego desconhecido e passa a não existir mais. O piloto então retorna para sua base e a partir daí o papel da Força Aérea Bra-sileira (FAB) se encerra”, explicou Azambuja. Segundo esclareceu, a Aeronáutica verifica o

Claudeir Covo, co-editor

Se 19 de maio de 1986 tivemos uma data histórica para a Ufo-logia Brasileira e Mundial, o

mesmo aconteceu com 20 de maio passado, quando, pela primeira vez em nosso País, um grupo de ufólo-gos foi recebido pela Aeronáutica Brasileira para visitar suas instalações e alguns arquivos. A visita que durou quatro horas, envolveu na etapa inicial o I Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I), sua sala de troféus e auditório, seu setor de meteorologia e um pequeno museu com os ra-dares antigos, e demais instalações ligadas ao controle do tráfego aéreo no País. Na segunda etapa, os ufólogos estiveram, nu-ma atitude igualmente inédita, na sede do poderoso Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), órgão de segurança nacional onde está localizado o Centro de Operações de Defesa Aérea (CODA) e onde são guar-dados documentos sigilosos e confidenciais sobre observação de UFOs em Território Nacional.

O primeiro aspecto a ser no-tado nas visitas é que todos os militares que receberam os ufó-logos – integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) – foram extremamente educados, prestativos, atenciosos e gentis. Efetivamente, buscaram – e con-seguiram – proporcionar um encontro agradável e produtivo para ambos os lados. Os militares deram aos ufólogos uma aula completa sobre as mais diversas atividades exercidas pelo Cin-dacta I e Comdabra, respondendo a todas as suas

Os registros militares sobre a Noite Oficial dos UFOs no Brasil, 19 de maio de 1986, coincidem com as investigações realizadas pelos ufólogos civis sobre aquela que é considerada a maior movimentação ufológica do País

Russomanno entrevista o brigadeiro J. Carlos Pereira, comandante do Comdabra em 2002. Ele afirmou que

“é rotineiro os caças levantarem vôo para identificar alvos radares”. E apresentou um livro com mais de 90 registros de UFOs apenas em 2001

– UFOs. No entanto, a Aeronáutica alega não ter capacidade técnica e científica para explicar sua natureza, conforme esclareceram os mili-tares. “Uma imagem no radar que não esteja seguindo um plano de vôo, que não adote os

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CONFIRMADOacontecido através dos relatos e das coisas que os radares registram, e junta todas as in-formações numa pasta específica. “Muitas vezes se faz uma leitura dos fatos e não se chega a qualquer conclusão. Noutras, não se chega sequer a realizar uma investigação completa, porque nós não temos capacidade técnica e científica para isso”, completou o comandante do Comdabra, enfatizando que é difícil, para a FAB, compreender o que se passa em casos assim, pois não conhece o Fenômeno UFO profundamente.

Durante a visita dos ufólogos às instalações da Aeronáutica, ficou patente que as missões militares para identificação de imagens desco-nhecidas no radar, bem como as conversas en-tre os pilotos de caças eventualmente enviados ao seu encalço e o Cindacta I, são gravadas e

posteriormente transcritas. Tais mensagens são arquivadas em pastas datadas de ano a ano, des-de 1954. Esses documentos são rotulados como “confidenciais” e a CBU apenas teve acesso a três casos específicos. O repórter Luis Petry, do Fantástico da Rede Globo, enquanto entrevistava se-paradamente o major-brigadeiro Azambuja, teve acesso a vários outros, mas não recebeu autori-zação para filmá-los.

Enquanto que no Cindacta I os ufólogos puderam registrar todos os seus passos, na sede do Comdabra absolutamente nada pôde ser filmado, gravado, foto-grafado e sequer transcrito. To-

dos os equipamentos para tais fins – inclusive canetas e papéis – tiveram que ser deixados numa sala de conferências na entrada do órgão. Quanto aos documentos mostrados, à exceção de um caso ocorrido em 1954, que os militares

Os registros militares sobre a Noite Oficial dos UFOs no Brasil, 19 de maio de 1986, coincidem com as investigações realizadas pelos ufólogos civis sobre aquela que é considerada a maior movimentação ufológica do País

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A Noite Oficial dos UFOs no BrasilUm dos maiores momentos da Ufologia Brasileira, reconhecido até mesmo por nossas autoridades aeronáuticas. Envolveu a invasão de nosso espaço aéreo por 21 objetos de origem desconhecida, detectados pelos radares e seguidos por aviões a jato, movimentando-se em altas velocidades. Veja os números:

Data — 19 de maio de 1986. O caso durou cerca de três horas

UFOs — 21 objetos voadores não identificados detectados por radar em terra e a bordo das aeronaves enviadas

Aeroportos envolvidos — Sete: São José dos Campos, Guarulhos e Cumbica, em São Paulo, Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte

Bases aéreas envolvidas — Duas: Santa Cruz (RJ) e Anápolis (GO)

Aeronaves envolvidas — Cinco: um civil – o Xingu da Embraer – dois jatos F-5E e dois Mirage

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A confirmação dos ufólogos civis, de que os registros militares contêm dados quase idênticos sobre a onda de maio de 1986, indica claramente que os pesquisadores, ainda que sem recursos e limitados, estão no caminho certo

apresentaram aos pesquisadores como marco do início de sua atividade de registro, todos foram os requisitados oficialmente através da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, que são os dados sobre a Noite Oficial dos UFOs no Brasil e a Operação Prato. O Caso Varginha, outra reivindicação do movimento, segundo o Manifesto da Ufologia Brasilei-ra [Veja reprodução nesta edição], não foi apresentado por ser pertinente ao Exército Brasileiro e não à Aeronáutica.

Tráfego hotel — Como mostrado no progra-ma Fantástico, de 22 de maio, que fez co-bertura do encontro histórico entre ufólogos e militares, para cada avistamento de uma imagem radar não identificada é preenchido um formulário específico. Isso não acontece apenas em termos recentes – antigamente, tal questionário era feito de próprio punho. Em 1989, a Aeronáutica, através de sua Direto-ria de Eletrônica e Proteção ao Vôo, emitiu a chamada Diretriz Específica 04/89 e, em 1990, o documento Norma de Procedimentos Aeronáuticos, o famoso NPA-09-C, que tinha a descrição oficial de Procedimentos a Serem Adotados Pelos Órgãos ATS/ATC em Caso de Avistamento de Objeto Voador Não Identifica-do. As siglas significam, respectivamente, air traffic system e air traffic control, ou sistema de tráfego aéreo e controle de tráfego aéreo. Atualmente, os militares estão utilizando um novo formulário, denominado Ocorrência de Tráfego Hotel, com duas folhas.

Mas por que “tráfego hotel”? Nossos anfitri-ões na Aeronáutica nos explicaram que, dentro das siglas do alfabeto utilizado no procedimento de vôo, esse tipo de tráfego não identificado recebeu a letra H, que é transcrita como “hotel” no jargão dos pilotos civis e militares. Parti-cularmente, acredito que a explicação é outra e que a FAB teria adotado tal denominação

para evitar o uso das si-glas UFO, OVNI, OANI etc, todas que designam com bastante clareza dis-cos voadores, por serem muito conhecidas do público e quase sempre entendidas como sendo de origem extraterrestre. Se a própria Aeronáuti-ca não tem explicações para esses alvos radares não identificados, não era de se esperar que iriam afirmar serem de origem alienígena. Por isso usam a sigla H ou hotel.

Uma informação obtida em 2002 coincide com os fatos descritos e as explicações dadas pelos militares que receberam os ufólogos em Brasília. Naquele ano, ficou bem do-cumentado – e agora foi rea-firmado – que a interceptação por caças a jato de alvos radares é coisa comum para nossas au-toridades mili-tares. Em 19 de janeiro daquele ano, o deputado e jornalista Cel-so Russomanno, em seu programa Night and Day, na Rede TV, apresentou uma entrevista com o major-brigadeiro José Carlos Pereira, então comandante do Com-dabra. Pereira afirmou que “é rotineiro os caças levantarem vôo para identificar alvos radares não captados pelos radares”. Ele apresentou a Russomanno uma encadernação de mais de 90 registros de ocorrências de UFOs apenas em 2001. Tal material não compunha o acervo disponibili-zado aos ufólogos, em 20 de maio.

Russomanno não teve permissão para mostrar o conteúdo da pasta, pois em sua capa estava escrito “secreto”, seguido de “Comando da Aeronáutica” e do brasão daquela Arma. O

A seqüência dos acontecimentos durante a Noite Oficial dos UFOs no Brasil

termo “Defesa Aeroespacial” também se destacava na capa e, dentro de um retângulo, ha-via a expressão “Ocorrências de objetos não identificados”. Questionados sobre a ausên-cia dessa pasta no acervo

que foi mostrado à Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), os integrantes do Comda-bra alegaram que ela ainda é confidencial e não poderia ser exposta naquele instante. Foi afirmado também que a maioria dos casos de detecção de alvos radares tem explicação, ou seja, os pilotos conseguem identificar sua natureza como ordinária. “Mas uma pequena parcela não tem explicação”, admitiu um por-ta-voz do órgão.

Ainda na entrevista de Russomanno, em 2002, ele recebeu de dois outros militares do Comdabra – coronel Almeida e capitão Arnal-do – a informação de que existem num local

Na noite de 19 de maio de 1986, tivemos um dos maiores momentos da Ufologia Brasileira, reconhecido até mesmo por nossas autoridades

aeronáuticas, que, através do então ministro brigadeiro Octávio Moreira Lima, admitiram que nosso espaço aéreo fora invadido por 21 objetos de origem desconhecida, detectados pelos radares, seguidos por aviões a jato e que se movimentavam em altas velocidades. Os artefatos mudavam de cor e de trajetória repentinamente e acompanhavam os aviões em mano-bras arriscadas. Veja a seguir a seqüência dos acontecimentos, conforme investigação realizada pela equipe do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (INFA) [www.infa.com.br]:

20h50 — O operador da torre de controle do aeroporto de São José dos Campos (SP) observa, por binóculo, dois pontos luminosos. A torre pede ao comandante Alcir Pereira da Silva, que viajava com o coronel Ozires Silva, que fizesse uma busca visual do UFO.

21h10 — Sinais luminosos são vistos pelo comandante Alcir e pelo coronel Ozires Silva, num avião civil Xingu em rota entre Brasília (DF) e São José dos Campos (SP), pilotado por um civil, o comandante Alcir.

21h14 — O controle de radar de São Paulo recebe sinais sem identificação em seus monitores.

21h15 — O controle de radar de São Paulo informa ao I Centro Integrado de

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Apenas para lembrar o que aconteceu em 19 de maio de 1986, tivemos um verdadeiro show de discos voadores no céu brasileiro, a ponto de as autoridades da Aeronáutica virem a público afirmar que nosso espaço aéreo fora invadido por 21 objetos de origem desconhecida, detectados pelos radares, seguidos por aviões a jato e que se movimentavam em altas veloci-

dades, passando de 250 a 1.500 km/h em frações de segundo, sem causar o ruído característico. Os UFOs mudavam de cor e de trajetória repentina-mente. Subiam, desciam e sumiam instantanea-mente do radar, para rea-parecerem, aos olhos dos observadores militares e civis, noutros lugares. Eles acompanhavam os aviões, paravam e volta-vam a acelerar, muitas ve-zes fazendo movimentos em ziguezague. Faziam curvas em ângulos retos em altíssimas velocida-des, sem deixar rastros como as aeronaves con-vencionais. Com tantas manobras, causaram a interrupção do tráfego aéreo em várias áreas, saturaram os radares e provocaram interferência nos equipamentos dos aviões a jato. Isso tudo foi informado oficialmente, e deve ser menos de 20% do que realmente acon-teceu [Veja box].

Infelizmente, o tempo que nos foi dado para examinar o material foi pouco, mas pude ler vários documentos, alguns manuscritos e outros datilografados, feitos pelos pilotos tenente-aviador Kleber Caldas Marinho, ca-pitães Márcio Brisola Jordão, Armindo Sou-za Viriato de Freitas e Rodolfo, e diversos operadores de radares. Os documentos a que tivemos acesso relatam exatamente aquilo que foi divulgado pela imprensa, em 1986. O que era mais esperado encontrarmos infe-lizmente não estava lá – as transcrições das conversas entre pilotos, controladores de vôo e operadores de radar. Esses são realmente os arquivos mais importantes da Noite Oficial dos UFOs no Brasil, pois registram todos os detalhes do que estava acontecendo naquele momento. Também não nos foram mostradas as filmagens realizadas na data, confirmadas até mesmo pelo então ministro da Aeronáutica brigadeiro Octávio Moreira Lima.

A confirmação dos ufólogos civis, de que os registros militares contêm dados quase idênticos sobre a onda de maio de 1986, indica claramente que os pesquisadores, ainda que sem recursos e limitados, estão no caminho certo

A seqüência dos acontecimentos durante a Noite Oficial dos UFOs no Brasil

Como se vê, a Aeronáutica nos mostrou apenas uma pequena parcela dos milhares de documentos arquivados pelo Comdabra. Ora, se somente em 2001 o órgão registrou mais de 90 casos de UFOs, e tais registros vêm sendo feitos desde 1954, é de se presumir, conseqüente-mente, que a instituição tenha pelo menos 4.600 documentos registrando a passagem e operação de objetos voadores não identificados nesses 51 anos. De qualquer forma, por ser a primeira abertura de documentos confidenciais envolven-do UFOs em nosso País, o que pudemos ver e examinar foi muito significativo. No começo de nossa reunião, o brigadeiro-do-ar Telles Ri-beiro, chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), nos afirmou que recebeu determinação de seus superiores para

“que todas as portas fossem abertas aos ufólo-gos”. No fim de nossa visita, o major-brigadeiro Azambuja, chefe de operações do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), nos garantiu que “a Aeronáutica também se preocu-pa com a presença de UFOs nos nossos céus”.

Provavelmente, numa segunda visita a abertura iniciada se expandirá e iremos ter acesso a muito mais documentos. Pa-rafraseando o astronauta Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, o dia 20 de maio de 2005 foi um pequeno pas-so para a Aeronáutica e um grande passo para a Ufologia Brasileira.

Claudeir Covo é engenheiro, presidente do Instituto Nacional de Investigação de Fenô-menos Aeroespaciais (INFA) e co-editor da Revista UFO. Seu endereço é: Caixa Postal 42.600, Ipiranga, 04299-970 São Pau-lo (SP). E-mail: [email protected].

específico da entidade registros de UFOs que foram feitos pelos radares e os caças que levantaram vôo para identificar também os documentaram com seus instrumentos.

Momentos finais — Ao longo de toda a tra-jetória que os ufólogos fizeram dentro dos organismos da Aeronáutica, em Brasília, o momento mais aguardado era a visita ao ver-dadeiro centro nevrálgico da defesa aérea em nosso País, a sala do Comando de Operações de Defesa Aérea (CODA). Foi lá que rece-bemos autorização para examinarmos as três pastas de documentos secretos de UFOs – em especial uma contendo os relatórios e regis-tros da chamada Noite Oficial dos UFOs no Brasil, de maio de 1986. Concentrei-me nesta documentação por ter acompanhado todos os incidentes daquela época e por estar prestes a lançar, pela Coleção Biblioteca UFO, um livro sobre aquela movimentada noite.

Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I) o que estava detec-tando. O Cindacta I confirma a presença de sinais no radar de São Paulo.

21h23 — O primeiro jato F-5E é despachado da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, rumo a São José dos Campos (SP), para inter-ceptar os intrusos. O piloto era o tenente-aviador Kleber Caldas Marinho.

22h45 — O controle de radar da Base Aérea de Anápolis (GO), a 50 km de Goiânia, também detecta os sinais e o primeiro avião Mirage levanta vôo em busca dos UFOs. A bordo estava o capitão Armindo Souza Viriato de Freitas.

22h50 — O segundo jato F-5E levanta vôo da Base Aérea de Santa Cruz, tendo como piloto o capitão Márcio Brisola Jordão.

23h15 — O tenente Kleber, piloto do primeiro F-5E, vê várias esferas de luz pela primeira vez e começa a persegui-las.

23h17 — Um segundo Mirage levanta vôo da Base Aérea de Anápolis (GO) e também passa a perseguir os intrusos.

23h20 — O primeiro F-5E, do tenente-aviador Kleber, detecta pela primeira vez os sinais emitidos pelos UFOs em seu radar de bordo.

23h36 — Um terceiro Mirage levanta vôo da Base Aérea de Anápolis e começa seu trabalho de aproximação dos alvos radar. Este também acaba voltando para a base posteriormente, sem resultados conhecidos.

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RECONHECIMENTORafael Cury, conselheiro especial da Revista UFO

Com o recente encontro da Co-missão Brasileira de Ufólogos (CBU) com a Aeronáutica, a

Ufologia Brasileira chegou a um de seus melhores momentos em mais de cinco décadas de atividades. “Foi como conquistar um diploma universitário”, diria um colega ufólogo. “Portanto, agora, vamos em busca da pós-graduação”, completou. Nesta fase em que se encontra, acredito que o próximo e mais importante passo a ser da-do deva ser a aproximação dos ufólogos à comunidade científica brasileira. Mas, antes de falarmos do futuro, façamos uma breve análise reflexiva do passado e das conquistas que acabamos de atingir.

Primeiro, é importante que se enfatize que a CBU foi criada em meados de 1997, tendo como principal objetivo a organização do I Fórum Mundial de Ufologia, evento que foi realizado em dezem-bro do referido ano, no Parlamundi da Legião da Boa Vontade (LBV), em Brasília (DF). Na-quela mesma ocasião, a CBU lançou uma campanha pelo reco-nhecimento dos UFOs no Brasil, quando já dá-vamos um importan-te passo rumo ao que acaba de ocorrer em 20 de maio passado. O Fórum Mundial produziu a conhecida Carta de Brasília, que foi entregue, em solenidade de encerramento ao senador José Roberto Arruda, então líder do governo de Fernan-

do Henrique Cardoso no Congres-so Nacional, aos coronéis-aviadores Weber Luiz Kümmel, representando o ministro da Aeronáutica, e Zilmar Antunes de Freitas, do 6º Comando Aéreo Regional (COMAR). A referida Carta foi assinada por quase todos os ufólogos conferencistas presentes no evento, que representavam em torno de

23 países. Nela, a CBU já solicitava, em 1997, a liberação de informações sobre dois impor-tantes acontecimentos ufológicos no Brasil que envolveram a Força Aérea Brasileira (FAB).

O primeiro era a Operação Prato, conduzi-da pelo I Comando Aéreo Regional (COMAR), de Belém (PA), entre setembro e dezembro de 1977, que resultou em volumoso compêndio que documentou com mais de 500 fotografias e inúmeros filmes a movimentação de UFOs sobre a Região Amazônica, da forma como foi confirmado pelo coronel Uyrangê Bolívar Soares de Hollanda Lima. O segundo era a maciça casuística ufológica ocorrida em maio

nistro da Aero-náutica na épo-ca, brigadeiro-

-do-ar Octávio Moreira Lima.

Documento — Durante to-dos esses anos, desde o Fórum Mundial, os membros da CBU cobraram do senador Arruda qual destino fora da-do por ele ao manifesto, já que o mesmo havia se comprometido publicamente a entregar a cópia da Carta de Brasília ao presidente da República na época, Fer-nando Henrique Cardoso, e ao presidente do Congresso Nacional, senador Antô-nio Carlos Magalhães. Arruda garantiu à Comunidade Ufológica Brasileira, no encerramento do evento, que assumira com ela o compromisso de cobrar dessas autoridades uma posição mais sólida so-

A Ufologia Brasileira atinge sua maturidade e a comunidade ufológica mundial vive uma nova fase com reconhecimento aos UFOs em nosso País, exemplo não somente ao continente, mas a todas as nações do planeta

Em 1997, mais de 60 importantes e ativos ufólogos, de todo o Brasil e outras 23 nações, assinaram a Carta de Brasília, durante o I Fórum Mundial de Ufologia. O documento é a base do Manifesto da Ufologia Brasileira, hoje aceito pela Aeronáutica

Três personagens da história que ajudaram o mundo a saber a ver-dade sobre os UFOs. A partir da esquerda, o ministro francês Gal-ley, o coronel brasileiro Adil de Oliveira e o ex--ministro Moreira Lima

de 1986, sobre os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, em que mais de 20 objetos vo-adores não identificados foram observados, captados por radar e perseguidos por caças a jato da FAB, segundo afirmou o próprio mi-

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RECONHECIMENTO

bre os incidentes citados no documento de que era portador. Mas, infelizmente, hoje temos a convicção de que nenhum dos re-presentantes do Executivo e do Legislativo receberam o manifesto das mãos do senador.

Voltando um pouco mais no tempo, tam-bém veremos tentativas de se oficializar a pesquisa ufológica em nosso País. Isso vem ocorrendo desde os anos 50, através de uma série de reportagens sobre UFOs publicadas na extinta revista O Cruzeiro. Desde então os ufólogos sabem do interesse da FAB quanto aos objetos voadores não identificados, o que ficou particularmente demonstrado através do histórico discurso do coronel João Adil de Oliveira na própria Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, feito após sua visita aos Estados Unidos, onde fora para in-formar-se sobre o já preocupante Fenômeno UFO. Oliveira trouxera notícias frescas e as apresentou para a cúpula das Forças Armadas de nosso País na época, tendo sido permitida a participação da imprensa naquele evento.

De lá para cá não tivemos dúvida algu-ma que a Aeronáutica Brasileira tem sempre acompanhado de perto a presença de UFOs em nosso espaço aéreo, criando inclusive projetos de pesquisas para isso. Os dois in-cidentes mencionados na Carta de Brasília, também constantes do Manifesto da Ufologia Brasileira [Veja nesta edição], e mais recen-temente o Caso Varginha – incorporado a

A Ufologia Brasileira atinge sua maturidade e a comunidade ufológica mundial vive uma nova fase com reconhecimento aos UFOs em nosso País, exemplo não somente ao continente, mas a todas as nações do planeta

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Istoé

“ Não merece o título de sábio aquele que, em nome da ciência,

afirma existirem coisas impossíveis. Negar o que

não se compreende é, acima de tudo, um ato de

presunção ”— Pascall

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A França foi a nação que primeiro admitiu a realidade dos UFOs, sendo depois seguida, muito timidamente, por outros países cujas autoridades decidiram revelar o que sabiam. Um dos últimos foi o México, em 2004

este último documento após a realização do I UFO Minas, em agosto de 2004, naquela cidade mineira – são demonstrações claras do envolvimento de militares brasileiros com a questão. A Operação Prato e a Noite Oficial dos UFOs no Brasil foram atividades que ti-veram envolvimento da FAB, enquanto que o Caso Varginha fora do Exército Brasileiro.

Apoio de 40 mil assinaturas — Através da Revista UFO, a campanha trocou de nome, mas não de propósitos, recebeu uma nova dinâmica, mais objetividade e organiza-ção. Acima de tudo, teve a manifestação, até o presente momento, de quase 40 mil assinaturas aderindo ao abaixo-assinado da campanha, dadas através da publicação ou do site [www.ufo.com.br]. Sem dúvida ne-nhuma, estes foram fatores preponderantes para que se tornasse realidade o histórico convite da Aeronáutica à Comissão Brasi-leira de Ufólogos. O reconhecimento de seu trabalho pelas autoridades militares, demonstrado na reunião de 20 de maio, abriu caminho para a possível composi-ção de uma comissão mista civil e militar de pesquisas ufológicas, paralelamente à liberação de documentação oficial sobre UFOs. Um dado importante do encontro entre ufólogos e militares foi a observa-ção, feita por alguns destes – entre eles o próprio major-brigadeiro Atheneu Azam-buja, comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) –, de que “os ufólogos têm mais preparo para conduzir as pesquisas ufológicas do que a própria Aeronáutica”.

Definitivamente, está nesta declaração implícito um importante motivo para a criação imediata da referida comissão mista, como requisitado através do Manifesto da Ufologia Brasileira. Devemos procurar, agora, os cami-

nhos legais para que isso ocorra, e desta vez teremos o apoio dos militares. Vamos buscar também o amparo da comunidade ufológi-ca internacional para a concretização desse objetivo, já que existem exemplos lá fora a serem seguidos. Como se sabe, governos de várias nações e a própria Organização das Nações Unidas (ONU) já se manifestaram sobre os UFOs. Portanto, é apropriado buscar a experiência de eventos já ocorridos nesses países e manifestações oficiais sobre os UFOs que já foram neles oficializadas.

São significativas as contribuições da-das por várias nações à questão ufológica, o que levou a ONU, nas décadas de 60 e

70, a promover duas reuniões extraordiná-rias para a discussão do Fenômeno UFO. Participantes de vários países, entre cien-tistas, militares e civis, ao final de inúme-ras reuniões do Comitê de Uso Pacífico do Espaço Exterior declararam o assunto como “de extrema importância” e se dis-ponibilizaram a realizar novos encontros. Nessa ocasião, um exemplo substancial de abertura ufológica veio da França, o primei-ro país do mundo a admitir oficialmente a existência dos UFOs. Em 1976, em rede nacional de televisão, o então ministro de Defesa francesa Robert Galley foi a público, autorizado pelo próprio presidente Alain

Edgar Mitchell — Sexto homem a pisar na Lua, Mitchell foi comandante da Apollo 14. Atual-mente, lidera um movimento de apoio pró-libe-

ração de informações de UFOs nos Estados Unidos. “Temos uma enorme casuística de fatos anômalos, indicados como reconhecimento de UFOs e tantas outras circunstâncias que dizem que somos visitados e que as agências sabem mas os mantêm escondi-dos. Não tive experiências pessoais significativas a respeito, mas pude falar com pessoas do governo norte-americano, tanto no ambiente militar como de inteligência. Elas fazem oficialmente parte de um programa de investigação do assunto”.

Maurice Chatelain — Chefe de comunicações do Projeto Apollo da NASA nos anos 70 e preparador psicológico dos astronautas. “Todos os vôos das missões Apollo foram acompanhados por UFOs”.

Hermann Oberth — Cientista alemão conside-rado especialista em foguetes. Trabalhou para o governo norte-americano após a Segunda Guerra Mundial. “Acredito que inteligências extraterrestres estão observando a Terra e nos têm visitado du-rante milênios em seus discos voadores”.

Carl Gustav Jung — Renomado psicólogo e referência mundial como pensador que ajudou a

elevar a consciência planetária no último século. “Os discos voadores são veículos avançados pilotados por seres inteligentes. As autoridades que possuem infor-mações sobre sua natureza e origem devem mostrá-las ao público o quanto antes”.

Joseph Allen Hynek — Astrofísico considerado o pai da Ufologia, trabalhou para o governo norte-americano na pesquisa dos UFOs. “Nós gostaríamos que a sociedade científica aceitasse nossos conhecimentos. Fui cientista na Universidade de Chicago e cheguei à conclusão de que o Fenômeno UFO e suas causas existem”.

Thomas Van Flandern — Chefe do Observatório Naval dos Estados Unidos. Recentemente, quando indagado sobre as estranhas forma-ções fotografadas no solo marciano, disse: “As chan-ces das figuras observadas em Marte serem de origem natural, dadas as suas ca-racterísticas tão peculiares, é de uma em um bilhão”.

Jacques Vallée — Astrofísico francês e expert em infor-mática. Trabalhou no Departamento de Defesa da França, radicando-se no Estados Unidos, em 1962. É considerado uma das maiores autoridades em pesquisas ufológicas no mundo, autor de inúmeros livros sobre o tema. “Os UFOs inequivocamente existem. Disso não restam dúvidas. O problema é que estão muito à frente de nosso tempo para que possamos entendê-los”.

Expressões da comunidade científica que já admitiram a existência de UFOs e a necessidade de sua pesquisaNo

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A França foi a nação que primeiro admitiu a realidade dos UFOs, sendo depois seguida, muito timidamente, por outros países cujas autoridades decidiram revelar o que sabiam. Um dos últimos foi o México, em 2004

Giscard d’Estaing, afirmar não somente que os UFOs existiam, mas que eram de procedência extraterrestre. “O governo da França admite que está pesquisando o as-sunto com rigor”, declarou Galley.

Pioneirismo de resultados — A França vol-taria a chamar a atenção do mundo quanto aos UFOs quando, em 2000, um documento oficial de pesquisa foi publicado com gran-des revelações, então a mais nova prova documental da existência de civilizações extraterrestres. UFOs e a Defesa: O que Podemos Fazer para nos Preparar? Foi o documento, publicado pelo Instituto Fran-

cês para Estudos de Alta Defesa e conten-do um prefácio do general Barnard Nolain, da Força Aérea Francesa. O texto, também apelidado de Dossiê Cometa, explica que as investigações ufológicas passaram por vários departamentos do Governo, e que o resultado era alarmante [Veja UFO 68].

O Uruguai é outro país que, embora discretamente, tem uma intensa agenda de pesquisas ufológicas oficiais. O vizinho deu um importante passo no reconheci-mento dos UFOs quando a presidência da república autorizou a criação, há 26 anos, da Comisión Receptadora y Inves-tigadora de Denuncias de Objetos Volan-tes No Identificados (Cridovni), composta por civis e militares e sediada nas insta-lações da Força Aérea Uruguaia (FAU). No continente, até então, apenas o Chile havia seguido o exemplo. O país também criou, há sete anos, e apóia uma entidade oficial de pesquisas ufológicas, o Comitê de Estudios de Fenómenos Aéreos Anô-malos (CEFAA), do qual também fazem

Stephen Hawking — Físico catedrático da Universi-dade de Cambridge, ocupa o lugar que foi de Isaac Newton em sua academia de ciências. É conside-rado uma das mentes mais brilhantes de todos os tempos. “Para mim, os UFOs são reais e dominam o espaço-tempo para chegarem até nós”.

Brian O’Leary — Astronauta, astrônomo e ex-professor de física da Universidade de Prin-ceton. Atualmente é conferen-cista e pesquisador de UFOs. Há pouco tempo, em conferência proferida na Itália, apresentou inúmeras evidências de que o planeta Marte foi habitado por vida inteligente. “O que posso dizer sobre os UFOs que já não é uma coisa evi-dente? Ora, eles existem sem questionamento. Todas as pessoas bem informadas da Terra sabem disso”.

Stanton Friedman — Físico nuclear canadense e um dos principais pesquisadores de Ufologia da atualidade. Responsável pela divulgação do famoso Caso Roswell.

“A realidade da existência dos UFOs é absolutamente esmagadora, o que justifica o receio da comunidade acadêmica de investir em sua investigação. Ela teria que rever muitos de seus conceitos se o fizer”.

Bruce Maccabee — Físico da Marinha norte-ameri-cana e um dos maiores especialistas em análises foto-gráficas envolvendo UFOs. “Após 40 anos de pesquisas, estou absolutamente convencido de que o Fenômeno

UFO é o grande elemento que irá revolucionar o conhecimento humano”.

Helmut Lammer — Geofísico austríaco, trabalhou em projetos na NASA e na Agência Espacial Européia. Dedica-se à pesquisa do fenômeno das mutilações de animais e do sigilo governamental aos UFOs. “Per-gunte em público a um cientista o que ele acha so-bre os UFOs, certamente zombará da resposta. Mas pergunte-lhe em particular, olhando em seus olhos e notará seu visível medo da resposta que lhe dará”.

Peter Sturrock — Fí-sico da Universidade de Stanford, foi responsável por organizar uma im-portante e inédita reu-nião naquela instituição com inúmeros cientistas para debaterem o tema UFO. Os resultados foram positivos e altamente favoráveis à Ufologia. “É mais do que hora para a ciência acordar e tentar recuperar o tempo que perdeu ignorando a existência dos UFOs”.

Gordon Cooper — Astronauta norte-america-no e um dos pioneiros na conquista espacial. Foi testemunha de UFOs quando era piloto de testes, tendo também experiências de obser-vações durante sua missão ao espaço. “Se não fizermos algo para conhecer nossos visitantes agora, talvez depois seja muito tarde”.

parte pesquisadores civis e militares. O centro funciona nas dependências da Es-cola Técnica Aeronáutica, responsável pelo treinamento dos controladores de vôo que atuam em aeroportos chilenos, e é presidido pelo general Ricardo Bermudez. Na época da criação do CEFAA, Bermudez decla-rou que “o presidente Eduardo Frei nos instruiu para que fizéssemos um trabalho sério e coerente sem jamais esconder os fatos da população do país”.

Entre uma coisa e outra, em 1998, a Espanha também dava início à abertura de seus arquivos secretos de pesquisa ufoló-gica junto à comunidade civil. No dia 07 de setembro do referido ano, o Ejército del Aire (EDA), o equivalente espanhol à For-ça Aérea, disponibilizou 83 arquivos antes confidenciais de avistamentos de UFOs no país. “Esses casos são aqueles que, após investigados, não tiveram qualquer tipo de explicação plausível”, informou um porta voz da EDA. A Espanha segue até hoje uma gradativa abertura quanto ao assunto, no que foi acompanhada, anos atrás pela Bélgica e Itália, embora sem as mesmas proporções.

A ciência não aceita os UFOs? — Num momen-to especial como esse que vive a Comunidade Ufológica Brasileira, após o encontro de 20 de maio, é inevitável que façamos alguns paralelos entre nossas conclusões anterio-res e as atuais sobre o Fenômeno UFO, e que aproveitemos para tratar um pouco do que pretendemos para o futuro da Ufologia. Nesses anos de pesquisa ufológica apren-demos muito com pensadores notáveis que se dedicaram e se dedicam à tal atividade.

Expressões da comunidade científica que já admitiram a existência de UFOs e a necessidade de sua pesquisa

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O processo de aproximação dos ufólogos à Aeronáutica é apenas um passo da campanha pela liberdade de informações, que continua

Aprendemos com nossos erros e também com nossos acertos, com a convivência e troca de informações que se faz nos inúmeros encontros e eventos realizados pelo Brasil afora e em todo o mundo. Aprendemos sain-do a campo para pesquisas e investigações. E aprendemos muito através de mais de du-as décadas da Revista UFO, atingindo matu-ridade. Mas isso tudo é um passo, foi ape-nas mais um degrau na longa escada que nos aguarda, e cada novo passo que subi-mos nossa responsabi-lidade aumenta.

No futuro nos res-ta procedermos a uma maior aproximação entre os ufólogos e a comunidade científica, com governos demo-cráticos e toda a socie-dade civil. Uma aproxi-mação madura e, quem sabe agora, com o apoio da própria Aeronáutica. Se a ONU já abriu suas portas para a Ufologia, se alguns governos já apresentaram seus segredos ao público, se segmentos religiosos já reviram suas posições – a exemplo da Igreja Cató-lica, que antes negava o Fenômeno UFO e hoje apóia seus estudos, inclusive liberando teólogos para entrevistas e palestras em que reconhecem a realidade –, cabe agora aos ufólogos dar seu passo mais importante.

À ciência compete dar a grande resposta para a sociedade planetária, sobre nossa verda-deira posição no universo. Estando a realidade do Fenômeno UFO mais do que comprovada, com milhões de relatos e abundantes evidên-

cias e documentação farta, o que falta para que as comunidades acadêmica e científica se manifestem? Talvez ela, até mais do que os ufólogos – mas sem jamais prescindir de sua participação no processo –, possa vir a responder às questões que mais inco-modam a todos: o que são os UFOs? Que inteligências estão por trás desse fenôme-no? O que desejam? Como devemos nos preparar para encará-las?

Divergências naturais — Não é dos ufólogos a responsabilidade de oferecer respostas à estas perguntas, mas sim da ciência. Compete a ela pelo menos tentar. Enquan-to isso, é necessário mudar o discurso de alguns segmentos que insistem em decla-

trárias. Mas cada segmento pode e deve se expressar apenas de modo individual, jamais coletivamente.

De qualquer forma, por que o receio do meio científico em assumir uma posição de pesquisa do Fenômeno UFO? Essa é uma pergunta para a qual devemos exigir resposta. O que faz com que a comunidade acadêmica, mesmo diante da importância da Ufologia para o futuro da humanidade e de nosso planeta, relute em engajar-se e decifrar o enigma do milênio? Cientistas do passado tiveram coragem de ir contra as verdades de suas épocas e abraçaram teorias modernas e revolucionárias sobre os mais variados cam-pos do conhecimento, hoje comprovadas e em prática. Por que, então, não surge no ambiente

científico, de nosso País ou de outro, iniciativas semelhantes? Medo do que se pode encontrar?

Fica aqui, de forma humilde e respeitosa, nosso convite para que os cientistas se unam aos ufólogos na busca por respostas. Aos mi-litares da Força Aérea Brasileira (FAB), nos-so agradecimento pela acolhida e pelo apoio e respeito demonstrados ao trabalho dos ufólo-gos de nosso País. E, por fim, o profundo agradecimento à Co-missão Brasileira de

Ufólogos (CBU) e a toda família que com-põe os quadros da Revista UFO, por tão grandioso trabalho e conquista. Chegamos lá sim, e isso é uma realidade tão sólida co-mo a presença dos UFOs em nosso planeta. O trabalho continua.

Rafael Cury é escritor, conferencista, funcionário público e promotor de even-tos na área ufológica. É presidente do Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), foi co-editor da Revista UFO e atual-mente é seu conselheiro especial. Seu endereço é: Caixa Postal 1366, 80001-970 Curitiba (PR). E-mail: [email protected].

rar que a ciência não aceita o Fenômeno UFO. Ora, ninguém pode falar pela ci-ência como um todo, nenhum indivíduo está autorizado. Por isso que qualquer discurso nesse sentido não terá efeito. Certamente, a comunidade ufológica tem opiniões diversas sobre a existência dos UFOs, em relação àquelas do meio cien-tífico – algumas favoráveis, outras con-

Encerramento do Fórum Mundial, em 1997, quando o senador Arruda [Centro] e os coro-néis-aviadores Kümmel [Direita], representando o ministro da Aeronáutica, e Freitas [Esquer-da], do 6º Comando Aéreo Regional (COMAR), receberam a Carta de Brasília

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HORA DE MUDARMarco Petit, co-editor

Estamos completando 58 anos do início da Era Moderna dos Discos Voadores, que tem co-

mo marco inicial o avistamento no dia 24 de junho de 1947, de nove objetos voadores não identificados pelo piloto norte-americano Kenneth Arnold sobre a região do Monte Rainier, no Estado de Washington, Estados Unidos. Sabemos que seu avistamento não foi o primeiro, já que nossos antepassados registravam esses estranhos aparelhos há milhares de anos.

Mas o que falta então para que os gover-nos reconheçam definitivamente a presença extraterrena em nosso mundo? Sabemos hoje que toda a política de acobertamento mun-dial teve início com a queda e recolhimento, por militares norte-americanos, de uma nave extraterrestre em Roswell, no Novo México (EUA). O fato aconteceu no início de julho de 1947, em meio a uma grande onda de aparições. Inicialmente, a base militar local chegou a expedir uma nota oficial à imprensa confirmando o recolhimento do disco voador, mas poucas horas depois tudo foi negado. Evidentemente, existiam vários motivos para o início do processo de acobertamento ufoló-gico, e é importante que analisemos cada um deles antes de defendermos o fim da política de sigilo em relação ao assunto.

Para o governo norte-americano, o Caso Roswell foi obviamente muito mais impor-tante e definitivo que todos aqueles avista-mentos que estavam sendo relatados de norte a sul do país, inclusive por militares, na mes-ma época. Pela primeira vez o governo da maior potência militar do planeta pôde sen-tir a fragilidade de seu poderio. Os militares norte-americanos tinham provas definitivas

de que a Terra estava sendo visitada por seres detentores de uma tecnolo-gia superior, tão avançada que, vista pelos olhos de nossa limitada ciência, parecia magia. Se os extraterrestres fossem hostis, nada poderia ser feito contra eles.

Certamente, um dos motivos pa-ra o início do sigilo em relação aos

UFOs foi justamente o receio de que o reco-nhecimento oficial pelo governo levasse parte da população a uma situação potencialmente perigosa. Havia risco de pânico. No final da década de 30 daquele século, a transmissão da novela A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, através de uma estação de rádio, havia provocado de-sespero em várias cidades dos EUA. Apesar de ter em mãos provas da exis-tência dos discos voadores, o governo norte-america-no certamente sabia muito pouco sobre as intenções que estavam trazendo os extraterrestres à Terra. Os UFOs seriam provenientes de uma única civilização extraplanetária, ou estaría-mos diante de contatos com vários grupos distintos? Se os discos voadores viessem de várias civilizações, a situação seria ainda mais perturbadora.

Escalada crescente — As investigações sobre o as-sunto teriam que revelar as verdadeiras intenções de cada grupo alienígena que estava contatando nos-

so planeta. Como revelar à população nor-te-americana e à humanidade que naves de origem desconhecida estavam penetrando em nossa atmosfera numa escala crescente, por motivos ignorados. Muito interessante, a propósito, é um memorando enviado pelo diretor assistente do Departamento de Inteli-gência Científica da CIA, Marshall Chadwell, para o general Walter Bedell Smith, diretor da mesma agência, abordando justamente al-gumas das motivações que deram origem ao acobertamento ufológico, que confirmam a análise do problema aqui exposto. Esse me-morando faz parte da documentação liberada através da Lei de Liberdade de Informações

(Freedom of Information Act, FOIA), utilizada por pesquisadores norte-ame-ricanos para processar as várias agências do gover-no dos EUA que detêm informações sobre UFOs.

Diz o memorando: “Discos voadores apre-sentam dois elementos de perigo, os quais têm implicações de seguran-ça nacional. O primeiro envolve considerações psicológicas de massa e o segundo refere-se à vul-nerabilidade dos Estados Unidos ao ataque aéreo. Recomenda-se que o di-retor da Agência Central de Inteligência avise ao Conselho de Segurança Nacional sobre as impli-cações do problema ‘dis-co voador’. Que o diretor discuta este assunto com o Conselho de Estratégia

As razões históricas que levaram nações de todo o planeta a instituírem suas políticas de acobertamento ufológico perderam seu sentido e é hora de se empreender uma ampla aceitação dos UFOs em escala global

“ A Ufologia é uma disciplina jovem que tem

muito a crescer, desde que os ufólogos entendam que

os tripulantes dos UFOs não pensam exatamente como eles e que não estão a fim

de se identificarem ”— Astrofísico J. allen Hynek, pioneiro da Ufologia Mundial

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HORA DE MUDARPsicológica. Que a Agência Central de In-teligência, com a cooperação do Conselho de Estratégia Psicológica desenvolva e reco-mende ao Conselho de Segurança Nacional adotar uma política de informação pública que minimizará a preocupação e possível pânico resultante dos numerosos avistamen-tos de objetos voadores não identificados”.

Em 1947, a partir do Caso Roswell, ficou evidente para a cúpula militar dos EUA que a nação que conseguisse absorver pelo menos parte da tecnologia dos discos voadores atin-giria uma supremacia bélica sem precedentes. Os norte-americanos, grandes vitoriosos da Segunda Guerra Mundial, sabiam muito bem quanto o sigilo e o acobertamento podiam ser decisivos. Poucos anos antes da queda da nave extraterrestre no Novo México, o país já havia desenvolvido as primeiras armas nucleares, desconhecidas do resto do planeta até sua utili-zação contra o Japão. Em 1947 já era evidente para os norte-americanos que os soviéticos em pouco tempo estariam em condições de igual-dade em termos tecnológicos, e sua “máquina de guerra” crescia rapidamente. Havia ainda alguns militares que defendiam que os EUA deveriam atacar os soviéticos com armas nu-cleares, antes que eles pudessem fazer o mesmo.

Presença extraterrestre — Nesse meio tempo, os discos voadores já estavam sendo avistados em outras partes do planeta, mas não seria muito inteligente admitir oficialmente que o assunto era realmente sério. Em 1947, a cúpula militar do governo norte-americano, indiscuti-velmente, detinha o máximo de conhecimentos sobre a presença extraterrena. Qualquer van-tagem temporal que pudessem conseguir na pesquisa ufológica, trabalhando em cima da nave acidentada em Roswell, e de outras que aparentemente também se espatifaram pouco tempo depois, poderia ser decisiva em caso de

As razões históricas que levaram nações de todo o planeta a instituírem suas políticas de acobertamento ufológico perderam seu sentido e é hora de se empreender uma ampla aceitação dos UFOs em escala global

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Política de acobertamentoSurgiu nos anos 40, após a queda de um suposto disco voador nas proximidades da cidade de Roswell, no estado norte-americano de Novo México, sul do país. Embora não se soubesse as causas do acidente, estabeleceu-se um procedimento de sigilo quanto ao assunto que perdurou por décadas a fio. As principais manobras para acobertar os fatos eram:

Descrédito das testemunhas — Elas eram desqualificadas mesmo com uso de detector de mentiras, de forma que sua reputação fosse arruinada

Mordaça na imprensa — Os EUA estabeleciam critérios rígidos para permitir que notícias sobre UFOs fossem publicadas, com restrições aos veículos

Explicações desencontradas — A Força Aérea tinha sempre à mão um rosário de explicações para todos os casos, alguns até inverossímeis

Desqualificação dos ufólogos — As principais vítimas do terrível processo de acobertamento, que sempre eram expostas e ridicularizadas em público, mesmo quando se tratavam de pessoas respeitadas

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O resultado da campanha pela liberdade de informações ufológicas no Brasil foi em grande parte inspirada em ações semelhantes ocorridas no exterior, e também servirão de inspiração a muitos outros países

conflito com a URSS. O governo dos Estados Unidos passava a investir numa política de desinformação contra sua população através de vários projetos de pesquisa, todos dentro da esfera da Força Aérea Norte-Americana (USAF), cujos resultados eram divulgados publicamente. Assim nasceram os projetos Sign, Grudge e Blue Book, que serviam no máximo para manter a discussão de que os discos voadores exis-tiam ou não.

Acobertamento — Na verdade, tais projetos faziam parte da opera-ção de acobertamento em relação aos verda-deiros esforços que es-tavam sendo realizados para compreensão do problema. A cada ca-so de repercussão, a USAF tentava ridicu-larizar as testemunhas. Um dos principais ob-jetivos dessa política era afastar a comunidade científica do assunto, pois se esta percebesse que algo de impor-tância estava realmente acontecendo, seria difícil de manter o controle sobre a situação. Para ajudar nessa operação, a USAF recrutou o astrônomo Joseph Allen Hynek. Durante quase duas décadas, Hynek deu explicações convencionais para observações que muitas vezes não estavam ligadas ao planeta Vênus, a balões meteorológicos etc. Curiosamente, com o fim do Projeto Blue Book, Hynek passou a declarar que a USAF escondia a verdade do povo norte-americano, e por isso foi recebido como um herói pela maior parte da comuni-dade ufológica internacional.

Com o passar dos anos, outras potências do bloco ocidental foram percebendo o nível de importância do assunto. Em todos os países a presença dos UFOs ficava cada vez mais evi-dente. Mesmo em nações menos desenvolvidas, como o Brasil, por exemplo, o assunto desper-tava o interesse e envolvimento dos militares. Em nosso País, no ano de 1954, também em meio a uma grande onda de aparições, teve início o primeiro estudo sobre o Fenômeno UFO dentro da Força Aérea Brasileira (FAB), conhecido como I Inquérito Confidencial so-bre Objetos Aéreos Não Identificados. Um dos casos mais estrondosos desta onda ocorreu no dia 24 de outubro, quando vários UFOs sobre-voaram durante horas a Base da Força Aérea em Gravataí, no Rio Grande do Sul.

Em 1961, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) criou seu próprio

astronauta Gordon Cooper. Esses incidentes, segundo o major Robert Dean, que na época era analista de informações no comando da organização, quase provocaram guerra entre os aliados e os países membros do Pacto de Varsóvia, pois cada lado suspeitava ainda que aquelas máquinas voadoras pudessem pertencer ao inimigo ideológico. Em 1964 o estudo foi encerrado e, ainda de acordo com o major Dean, as conclusões foram estarrecedoras.

O relatório final recebeu o nome de Aborda-gem. Segundo ele, nosso planeta estaria sendo alvo de uma detalhada e extensa pesquisa feita por várias civilizações extraterrestres, envolven-do uma inteligência de alto nível, com tecnologia avançadíssima, que demonstra estar ao menos mil anos à frente do que podemos imaginar. O estudo concluiu ainda que não parecia haver finalidades hostis ou malévolas e, se houvesse,

nada poderia ser feito para impedir nossos visitantes.

Fatos perturbadores — De acordo com o major Dean, “as implica-ções das conclusões do estudo eram tão perturbadoras, que fi-cou decidido que elas não seriam divulga-das, pois colocariam em pânico o povo da Europa e EUA. Aliás, de todo o planeta. Uma das principais conclu-sões a que chegaram era de que os seres de

uma das culturas extraterrestres em contato com a Terra eram iguais a nós. Esta consta-tação alarmou os militares no quartel-general dos aliados, pois ficava claro que alienígenas podiam vestir um paletó e ficar ao nosso lado em um restaurante, num ônibus, ou andar pelo QG dos aliados, e nós nunca descobriríamos”.

Esta conclusão era estarrecedora, sem dúvi-da, mas outra, bastante semelhante, já havia sido encontrada antes em 1948, dentro do projeto Sign, da Força Aérea Norte-Americana (USAF), muitos anos antes que a OTAN realizasse seus estudos. Conforme o tenente-coronel Wendelle C. Stevens da USAF, que já esteve no Brasil várias vezes proferindo conferências, foi redi-

projeto de pesquisa ufológica, com o objetivo de saber se existia alguma forma de ameaça às suas forças militares na Europa. No final da década de 50 e início dos anos 60, haviam sido detectadas naves gigantescas de forma-to discóide sobrevoando a alta velocidade e em altitudes elevadas a Europa Central. Uma das testemunhas desses acontecimentos foi o

O major Robert O. Dean [Esquerda], que enquan-to esteve na OTAN teve acesso a informações secretas que confirmavam a realidade dos UFOs, há mais de 60 anos. E o coronel Wendelle Ste-vens, que viu o mesmo tipo de informação em sua carreira militar na Força Aérea dos EUA

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O resultado da campanha pela liberdade de informações ufológicas no Brasil foi em grande parte inspirada em ações semelhantes ocorridas no exterior, e também servirão de inspiração a muitos outros países

gido um relatório interno que dizia que “havia provas de contatos com extraterrestres, cujos veículos demonstravam ter uma capacidade além de qualquer tecnologia conhecida na Terra”. Segundo o militar, não era esta a conclusão que o alto comando da USAF desejava, pois o projeto havia sido con-cebido para informar ao público que não havia nada de concreto sobre UFOs. Na-da que alarmasse a população poderia ser divulgado, e o relatório foi trancado a sete chaves. Desde o início da Era Moderna dos Discos Voadores, muita coisa mudou.

Nos EUA, por exemplo, segundo insti-tutos de pesquisa de opinião, mais da metade da população acredita que os UFOs sejam realmente extraterrestres, e nem por isso há pânico ou processo de histeria coletiva. Ao longo das últimas décadas, em vários países, autoridades militares divulgaram casos em que UFOs foram observados visualmente, detec-tados através de radares e mesmo perseguidos por nossos mais modernos aviões. Em todos os casos desse tipo tivemos uma clara noção do abismo existente entre a tecnologia extrater-restre e a nossa. Nessas oportunidades também não houve qualquer indício a favor da idéia de que as informações liberadas estavam tendo algum impacto capaz de desestabilizar emo-cionalmente as populações da Terra. As pes-soas informadas e conhecedoras da presença extraterrena no planeta evidentemente encaram tal realidade já de maneira normal. Já aquelas pessoas desinformadas, na verdade, parecem pouco preocupadas com o assunto.

Absorção da tecnologia extraterrestre — O pró-prio grau de desinformação dessas pessoas, em grande parte dos casos, parece ser diretamente proporcional ao próprio nível de interesse no assunto. Para estas, a possibilidade de estarmos sendo visitados por criaturas provenientes de outros mundos não é algo digno de preocupa-ção – o carnaval, um jogo de futebol, a praia no final de semana, tudo isso é mais importante. Não seriam estes que entrariam em pânico caso o governo reconhecesse publicamente que a Terra está sendo visitada por alienígenas. A idéia de que o assunto deve continuar sendo tratado de maneira confidencial, a partir de interesses estratégicos ligados às tentativas de absorção da tecnologia extraterrestre, já deixou de fazer sentido. Afinal, as forças armadas de pratica-

mente todas as nações possuem hoje provas definitivas da presença dos UFOs. Divulgar a existência dos extraterrestres e a realidade dos contatos que estão sendo mantidos, em nada atrapalharia a manutenção dos possíveis desenvolvimentos tecnológicos conseguidos, por exemplo, pelos Estados Unidos.

Essas informações podem chegar perfei-tamente a outros governos através de diversos meios. Quantas informações vitais, desconhe-cidas da população norte-americana, chegaram aos soviéticos através da espionagem? É cla-ro que existem também interesses religiosos por trás do acobertamento da presença dos extraterrestres. As investigações de muitos pesquisadores parecem comprovar de manei-ra definitiva que foram os próprios alienígenas, em suas incursões passadas, que inspiraram o aparecimento das religiões. Outro aspecto que não pode ser ignorado é a dificuldade que um governo, como o dos EUA, a maior potência militar do planeta, tem em admitir para o res-to do mundo que todo o seu poderio militar é, na verdade, insignificante frente os UFOs. A aceitação em termos oficiosos da presença alienígena levaria fatalmente ao surgimento de uma nova ordem mundial, fossem os extrater-restres invasores ou salvadores da humanidade, visto que teríamos que nos apresentar como habitantes do planeta Terra.

“Fracos de espírito” — Deixariam de ter sentido todas as nossas divisões em países, raças, credos etc. Mas além dos aspectos que já abordamos, que são usados para a manutenção do sigilo, podemos pensar em algo mais transcendente e talvez ainda mais estarrecedor para justificar sua continuidade. A verdade da presença extra-terrena no planeta não se esgota simplesmente com a divulgação de que estamos sendo visita-dos por seres de outras civilizações. A verdade é possivelmente mais profunda, e pode obrigar a humanidade a reescrever sua história passada e repensar seu futuro. Não vamos falar aqui de acordos entre extraterrestres demoníacos e o governo dos EUA, e outras fantasias que con-sidero sem o menor sentido. Pelo menos uma parcela do Fenômeno UFO está intimamente relacionada com o passado e origem de nossa humanidade. A semelhança existente entre nossa espécie e o tipo físico de alguns grupos extraterrestres que nos visitam pode ser uma boa indicação de que estamos caminhando em direção à verdade. Na realidade, parece que somos “propriedade” de alguém.

Contatos realizados em várias partes do planeta parecem indicar, ainda, que esses seres de aspecto humano comandam outros tipos de alienígenas. Existe uma interferência direta na própria evolução da humanidade. Somos alvo de um experimento em escala planetária. Mas por mais perturbadora que seja a verdade por

trás da presença extraterrestre no planeta, temos o direito a ela. A prática tem demonstrado que a pior política é manter as populações na ignorân-cia. Uma boa evidência disso ocorreu em nosso próprio País quando, em 1977, aconteceu na Amazônia uma das maiores ondas ufológicas já registradas, levando populações de várias localidades, no Estado do Pará, ao desespero e pânico. A situação ficou tão explosiva que um relatório feito por militares que participaram das investigações realizadas pela FAB, dentro da chamada Operação Prato, chegou a alertar para a possibilidade dos mais “fracos de espí-rito” partirem para o suicídio.

Com a intervenção e orientação dos mili-tares, a população aprendeu a “conviver” com aqueles fenômenos e a situação progressiva-mente se normalizou nas áreas atingidas. Nada é tão perigoso quanto o medo do desconhecido. Estamos correndo um grande risco. Se algo semelhante aos acontecimentos verificados no Pará ocorrer em escala planetária, sem um processo gradual de preparação por parte dos governos, teremos a instabilidade emo-cional das massas em várias partes do planeta. Quando maior for a ignorância em relação ao assunto, maiores serão também os riscos de um processo de histeria coletiva.

Em 1997, a Comissão Brasileira de Ufó-logos (CBU), realizou em nosso País, na cida-de de Brasília (DF), o maior evento da história da Ufologia Mundial, com a participação dos mais importantes pesquisadores brasileiros e do exterior. Nunca, em momento algum, um encontro ufológico teve tanta repercus-são. A proposta principal do congresso foi o reconhecimento, por parte de nossas auto-ridades, da presença extraterrena no planeta. Na oportunidade foi redigido um documento

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Integrantes do meio militar, no Brasil e exterior, têm consciência da iminente necessidade de se relatar à população a existência material do Fenômeno UFO e suas implicações, não o fazendo, ainda, por temor de expor sua fragilidade

que passou a ser conhecido como a Carta de Brasília, assinado pelos ufólogos pre-sentes, oriundos dos mais diferentes países. O manifesto chamava a atenção de nossas autoridades para o crescimento da ativida-de ufológica no País e no resto do planeta.

Solicitava em termos emergenciais, o estabelecimento de “um programa oficial de pesquisa e respectiva divulgação do as-sunto, de forma a esclarecer a população brasileira a respeito da inegável e cada vez mais crescente presença extraterrena na Terra”. Como ponto de partida, pedia que o Ministério da Aeronáutica abrisse seus arquivos referentes à Operação Prato, através da qual equipes do I Comando Aé-reo Regional (COMAR), situado em Belém (PA), tiveram contatos diretos com UFOs, possibilitando a obtenção de mais de 500 fotos e filmagens registrando a presença dos discos voadores na Amazônia.

Já se tentou antes — A Carta de Brasília também pedia a abertura dos documentos relacionados à chamada “A Noite Oficial dos UFOs”, sobre os acontecimentos veri-ficados em 19 de maio de 1986, quando 21 objetos voadores não identificados foram rastreados pelo Cindacta I, e perseguidos durante horas pelos caças da FAB, sobre os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. No encerramento do I Fórum Mun-dial de Ufologia, estiveram presentes para receber oficialmente a Carta de Brasília o então senador José Roberto Arruda, que era líder do governo Fernando Henri-que no Congresso Nacional, o coronel aviador Weber Luiz Kümmel, repre-sentando o Ministro da Aeronáutica e o também coronel aviador Zilmar Antunes de Freitas, do 6º Comando Aéreo Regional. Infelizmente, apesar

de toda a divulgação que o evento propiciou, não tivemos na época qualquer resposta às nossas solicitações, ou possíveis repercussões referentes ao documento. Mas o trabalho, de uma forma ou outra, continuou buscando o reconhecimento da seriedade do assunto.

Sabemos que já existem muitos oficiais no meio militar brasileiro que são contra a manutenção do sigilo em relação à presen-ça dos discos voadores e seus tripulantes.

No final de 1996, quando estivemos com o ex-ministro da Aeronáutica, brigadeiro-do-

-ar Octávio Júlio Moreira Lima, principal responsável pela divulgação dos incidentes de maio de 1986, este ressaltou que nossas autoridades têm ainda uma preocupação com a possibilidade de pânico. Mas disse ainda que, para ele, pessoalmente, a hu-manidade já está muito bem preparada para receber a notícia de possíveis visitas

Quando no início de agosto de 1997, jun-tamente com o amigo e editor de UFO A. J. Gevaerd, viajei para a cidade de Cabo

Frio, no litoral do Estado do Rio de Janeiro, para entrevistar o coronel Uyrangê Hollanda, que havia comandado 20 anos antes as investigações sobre UFOs realizadas na Amazônia, não podia imaginar a importância que a chamada Operação Prato teria em minha vida [Veja texto em UFO 101]. Naquela oportunidade, na verdade, algumas horas depois, quando já estávamos em sua residência, além de manter meu primeiro contato com o militar, tive a chance de gravar em vídeo os dois primeiros de-poimentos detalhados sobre os acontecimentos ocorridos principalmente no Estado do Pará.

Hollanda e outros membros da área de inteli-gência do I Comando Aéreo Regional (COMAR), se-diado nas cercanias de Belém, mantiveram inúmeros contatos diretos com sondas e naves alienígenas, que permitiram a obtenção de centenas de fotos e vários filmes, experiências detalhadas de manei-

ra precisa nesses dois depoimentos, e em um terceiro mediante sua única conferência pública sobre o assunto, realizada no dia 07 de setembro de 1997, na cidade do Rio de Janeiro, durante um evento promovido pela Associação Fluminense de Estudos Ufológicos (AFEU), poucos dias antes de seu falecimento. Com sua morte, esses depoimentos assumiram uma importância ainda maior, já que não existiam outros militares que haviam participado dessas investigações dispostos a falar sobre o assunto, mesmo já reformados.

Classificação confidencial — Além dos próprios testemunhos, que se revestiram de um caráter históri-co, tínhamos em nossos arquivos pessoais e da Revis-ta UFO, cópias de algumas das fotografias e extratos dos relatórios que os militares redigiram e assinavam quando retornavam das missões em meio aos rios da Amazônia ou das áreas afetadas pelos fenômenos no litoral do Pará, especialmente as ilhas do Marajó e Co-lares. Em nossa visita às dependências do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), no dia 20

A análise dos documentos da Operação Prato, no Comdabra, confirma aquilo que os ufólogos já sabiam

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Integrantes do meio militar, no Brasil e exterior, têm consciência da iminente necessidade de se relatar à população a existência material do Fenômeno UFO e suas implicações, não o fazendo, ainda, por temor de expor sua fragilidade

extraterrestres. Já é hora de nossas autori-dades assumirem uma posição de coragem e de independência em relação à política norte-americana relativa ao assunto.

Provas inequívocas — Os principais interes-ses que ainda mantêm o acobertamento nos EUA nada têm a ver com a realidade brasi-leira – até pelo contrário. Nossas autorida-des, independentemente de outras nações,

possuem provas inequívocas da presença alienígena. Continuar com o sigilo é muito perigoso, pois podemos estar na iminência de um acontecimento planetário. Sabemos que existem interesses poderosos em jogo, ligados à manipulação das massas através da ignorância. Mas esses são irrelevantes, na verdade, se pensarmos nas perspectivas que se abrirão para a humanidade. Cabe aos governos assumirem suas responsabilidades, enquanto ainda podem fazer alguma coisa. A campanha UFOs: Liberdade de Informa-ção Já, que agora começa a dar origem aos seus primeiros resultados, e que começou a ser formatada durante um encontro entre este autor e o editor desta revista, ocorrido em Conservatória (RJ), em março do ano passado, acabou se mostrando decisiva para conseguirmos aquilo que buscamos

de maio, fiquei responsável por examinar justamente de maneira mais detida a pasta referente à Operação Prato, que totalizava 179 páginas, todas classificadas como confidenciais. O material sigiloso que tive aces-so, juntamente com os outros membros da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), consistia de um relatório geral remetido ao referido órgão em 1979, pelo então comandante do I COMAR, brigadeiro Protázio Lopes de Oliveira, que havia deflagrado a própria operação no início de setembro 1977.

Após o exame desses documentos oficiais, ficou claro para todos nós que esse se diferenciava dos rela-tórios que já tínhamos tido conhecimento. Para começar, apresentavam um formato distinto e casos que ainda não tínhamos tido acesso. Algumas páginas, entretanto, estavam relacionadas a experiências de contato já co-nhecidas. Indiscutivelmente estive diante do relatório final preparado nas dependências do I COMAR, enviado posterior-mente a Brasília, mencionado a este pesquisador pelo próprio

coronel Hollanda antes de seu falecimento. A parte mais extraordinária sem dúvida está relacionada às imagens obtidas pelos próprios militares durante seus contatos.

Este autor e os outros membros da CBU, jun-tamente com o jornalista Luiz Petry, da Rede Globo, tivemos a oportunidade de examinar mais de 100 fotografias de UFOs, registradas pela Força Aérea Brasileira (FAB) em vários pontos do Pará. Se ainda pudesse haver qualquer dúvida em minha mente em relação aos acontecimentos extraordinários mencio-nados pelo coronel Hollanda em seus depoimentos, o que na verdade nunca aconteceu, essa teria sido deixada de lado. Afinal, estivemos frente a frente com documentos de valor inestimável, que nos foram mostrados no interior de um dos órgãos de maior importância no cenário da segurança nacional, que

desde o Governo Sarney passou a concentrar os registros da Aeronáutica relativos a UFOs.

A análise dos documentos da Operação Prato, no Comdabra, confirma aquilo que os ufólogos já sabiam

A s fotografias apresen-tadas ao lado são apenas algumas en-tre as cerca de 30 de que se têm notí-

cia, resultantes da Operação Prato, obtidas de várias fontes anônimas. Todas estão carimbadas em seu ver-so com advertências. No Comdabra, no entanto, os ufólogos examinaram uma pasta com 179 páginas e mais de 100 outras fotos, da mesma ope-ração, que ainda não conheciam

em 1997, através do I Fórum Mundial de Ufologia. Desencadeada pela mesma Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), recebeu o apoio de expressiva porcenta-gem da comunidade ufológica nacional, reunindo quase 40 mil assinaturas a favor do fim do sigilo em relação à presença dos UFOs e seus tripulantes.

Não tenho a menor dúvida que as au-toridades militares que nos receberam em Brasília de maneira tão especial estão dando os primeiros passos para colocarem nosso País numa posição de pioneirismo. Aber-tamente declararam aos membros da CBU que estão dispostas a manter um diálogo em alto nível para que a população possa ter acesso aos arquivos militares relacionados ao tema. A liberação dos documentos, hoje classificados em vários níveis de segurança, dependerá apenas de formalidades legais que devem ser seguidas. Estamos vivendo certamente momentos decisivos do processo de esclarecimento em relação à realidade da presença extraterrena em nosso planeta. Em pouco tempo, não tenho a menor dúvida, a verdade definitiva estará à disposição, inclu-sive daqueles que insistem em negar a reali-dade do fenômeno, que ainda acreditam que a Terra é o centro deste universo e, o homem, seu habitante mais ilustre.

Marco Antonio Petit é escritor, confe-rencista, presidente da Associação Flu-minense de Estudos Ufológicos (AFEU), diretor do jornal Vimana e co-editor da Revista UFO. Seu endereço é: Caixa Pos-tal 89.130, 27655-970 Conservatória (RJ). E-mail: [email protected] Ar

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NOVAS ACÕESEquipe UFO

Após o encontro com os oficiais da Aeronáutica, em Brasília (DF), como fica a campanha

UFOs: Liberdade de Informação Já e o que se pode esperar para o futuro da Ufologia Brasileira? Essas são as principais perguntas da Comunidade Ufológi-ca Brasileira. Veja os comentários a respeito desses e outros assuntos, emitidos pelo editor da Revista UFO A. J. Gevaerd, em entrevista a três veículos de comunicação sobre Ufologia na internet, o portal Ufovia [www.viafanzine.yan.com.br/ufovia.htm], coordenado pelo ufólogo Pepe Chaves, a revista eletrônica Vigília [www.vigilia.com.br], cujo editor é Jeferson Martinho e o site do jornalista nor-te-americano Jeff Rense [www.rense.com].

UFO — Como a Comissão Brasileira de Ufologia (CBU) avalia essa reunião históri-ca em Brasília e quais são os benefícios dela para a Ufologia?

Gevaerd — Esse foi um dos momentos mais importantes da campanha UFOs: Li-berdade de Informação Já, mas não o de-finitivo. A Aeronáutica nos chamou porque reconheceu nosso trabalho e esforço, e nos deu a entender que devemos continuar nessa linha de atuação, que será vitoriosa. Pode não parecer um grande resultado, à primeira vis-ta, mas certamente é e irá refletir de maneira significativa no futuro da Ufologia.

UFO — Após o encontro com os milita-res, você acredita que possa ser estreitado o contato entre as Forças Armadas e os pes-quisadores do Fenômeno UFO no Brasil?

Gevaerd — Certamente. Essa foi a primei-ra de muitas reuniões que ainda virão, sendo

que, a partir de um dado momento – que creio estar perto –, já teremos uma comissão mista entre militares e ufólogos civis funcionando. Tudo vai depender da continuidade de nos-so movimento.

UFO — Além do acesso aos relató-rios da Aeronáutica, para simples

conferência, foram fornecidas cópias para os pesquisadores?

Gevaerd — Não, eles foram mostra-dos a nós apenas para simples conferên-cia. Foram três pastas que representam certamente algumas gotas no oceano de informações que a Aeronáutica tem. Nossa interpretação, após examinarmos o material, é que ela quis “adoçar a nos-

sa boca” e nos manter animados para continuarmos a campanha, que terá que obter em definitivo os documentos se-guindo os trâmites sugeridos nas cartas e no Manifesto da Ufologia Brasileira, entregues às autoridades.

UFO — Sabemos que a Marinha e o Exército também detêm inúmeros docu-mentos de casos ufológicos. Há algum plano para os ufólogos pleitearem a aber-tura desses arquivos, tal como vem sendo feito com a Aeronáutica?

Gevaerd — A Marinha e o Exército cer-tamente têm arquivos, mas não são maiores nem mais numerosos que os da Aeronáu-tica, embora alguns deles sejam de grande importância – como os registros do Caso

O editor de UFO explica quais são os próximos passos a serem dados na campanha UFOs: Liberdade de Informação Já e o que se pode esperar da aproximação entre ufólogos e a Aeronáutica

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O major Antonio Lorenzo, piloto de caça e jornalista do Centro de Comunicação Social da Aeronáu-tica (Cecomsaer) e o editor de UFO, A. J. Gevaerd, no café da manhã no Hotel Meliá que antecedeu a reunião histórica entre os ufólogos brasileiros e nossos militares

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NOVAS ACÕESVarginha, que foi uma operação do Exército. De qualquer forma, nossa aproximação foi focada nas atividades da Aeronáutica e com ela nós já tivemos nossos resultados, que irão se ampliar rapidamente. Minha expectati-va, compartilhada por outros integrantes da CBU, é de que a abertura que essa Arma fez facilite o acesso às demais. Entretanto, para ser honesto, não creio que o Exército algum dia vá liberar o Caso Varginha. Pelo menos não nos próximos 20 ou 30 anos...

UFO — O que acontecerá agora na campanha dos ufólogos e como o públi-co poderá acompanhar o desenvolver da mesma, já que se trata de um movimento declaradamente popular?

Gevaerd — Bem, nós entregamos em Bra-sília cartas e cópias do Manifesto da Ufologia Brasileira ao Comando da Aeronáutica, ao Ministério da Defesa e à Presidência da Re-pública. Deveremos ter uma resposta deles a qualquer instante. Creio que será positiva e abriremos, então, conversas mais sólidas e interativas com a Aeronáutica. Estamos agora aguardando que o brigadeiro-do-ar Telles Ri-beiro, que recebeu os documentos, nos repasse as respostas. Já temos a garantia dos militares de que eles se empenharão por respostas po-sitivas. Quando isso ocorrer, aí sim teremos tido êxito total em nosso movimento. O que ocorreu em Brasília agora foi apenas mais um momento da campanha, o principal até aqui, mas mais uma etapa do processo.

UFO — Houve alguma tentativa no sen-tido de efetivar de fato a parceria entre militares e ufólogos civis? O que ficou definido neste campo?

Gevaerd — A parceria que ficou estabele-cida é informal, no momento. Não há ainda uma comissão de investigação mista, como

O editor de UFO explica quais são os próximos passos a serem dados na campanha UFOs: Liberdade de Informação Já e o que se pode esperar da aproximação entre ufólogos e a Aeronáutica

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“ Não é missão da Aeronáutica, nem ela tem competência para tal,

investigar casos de supostos objetos de estudo da Ufologia. Isso é tarefa

para os pesquisadores civis ”— Major-Brigadeiro aTHeneu azambuja,

comandante do Comdabra

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As mudanças na campanha deverão refletir uma maior participação de nossa Comunidade Ufológica Brasileira no processo de abertura

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desejávamos. Isso também está para acon-tecer através do trâmite necessário que foi deflagrado com a entrega das cartas em Brasília. Os brigadeiros Atheneu Azambuja, chefe do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) e Telles Ribeiro, do Centro de Comunicação Social da Ae-ronáutica (Cecomsaer), foram enfáticos em dizer: “Iremos abrir todas as portas”. Creio que irão mesmo.

UFO — Como tem sido as manifestações contrárias à campanha e como os organiza-dores têm enfrentado os opositores, críticos e céticos que duvidam de um efetivo sucesso desse empreendimento?

Gevaerd — Os resultados a que agora chegamos calaram os céticos e os críticos. Essas pessoas subestimaram nosso traba-lho desde o início, mas nunca, antes de nós, tentaram fazer algo melhor. Acho que todos têm o direito de opinar e criticar, mas esse direito só é verdadeiramente legítimo quando se faz algo para melhorar o quadro que se critica. Este definitivamente não foi o caso. Grupos menores e ufólogos isolados questionaram a campanha, mas o fato é que ela é vitoriosa. Se não a tivéssemos feito, como muitos aparentemente desejaram, não chegaríamos a lugar algum.

UFO — Haverá acesso posterior, por parte dos ufólogos e até mesmo da socie-dade, aos materiais para pesquisa eventu-almente obtidos pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU)?

Gevaerd — Sem dúvidas. Nossa campa-nha perseguirá esse objetivo até o fim, que é o de dar acesso aos documentos a todos os ufólogos e à sociedade brasileira, através de um procedimento apropriado que deverá ser criado. Num primeiro momento, todos

poderão acompanhar o desenvolvimento das negociações e seus resultados no site de UFO [www.ufo.com.br]. Depois, creio, precisaremos criar mecanismos neutros, não ligados a grupos de Ufologia específicos e nem mesmo à Revista UFO, onde os docu-mentos possam ser mantidos para acesso a todos. No entanto, é bom que se diga, mais do que ver documentos, queremos participar na investigação de casos de detecção de “trá-fegos hotel”, como são conhecidos os UFOs, em meio a uma grande quantidade de outros fenômenos detectáveis.

UFO — Houve aspectos da visita que precisam ser mantidos ocultos, pelo menos por enquanto? A Aeronáutica pediu sigilo de alguma coisa?

Gevaerd — Não, de absolutamente na-da. A Aeronáutica apenas prefere que não escrevamos ou afirmemos coisas do tipo

“militares reconhecem os UFOs”. O que eles reconhecem é que há um fenômeno, que têm sido registrado desde 1954, e que ca-be aos ufólogos esclarecer. Deixaram claro que podemos usar expressões tipo “milita-res reconhecem a Ufologia e os ufólogos”, pois refletem seu pensamento. Alegaram e demonstraram efetivamente ter grande res-peito pelo nosso trabalho. Todos os milita-res que nos receberam, quase sem exceção, conheciam a Revista UFO e muitos a lêem com freqüência. Inclusive, por incrível que pareça, o major-brigadeiro J. Carlos, superior de todos os que nos receberam e um dos sete brigadeiros que ocupam a posição de controle máximo da Aeronáutica. Ele disse: “Leio a UFO sempre e adoro. Devo ter comigo em casa pelo menos as últimas quatro edições”.

UFO — É possível, a partir do que foi apresentado a vocês, diferenciar o que sempre se divulgou na Ufologia Brasileira acerca do que se acreditava estar em domínio militar e o que efetivamente está?

Gevaerd — Acho que podemos conti-nuar o mesmo discurso. Nada mudou. Os militares têm de fato o que sempre disse-mos que eles têm.

UFO — Sabemos que houve alguma opo-sição à campanha dos ufólogos. O que você diria aqueles que insistem em não entender

a Ufologia como um estudo legítimo e procu-ram ridicularizar, distorcer e desacreditar o trabalho dos pesquisadores sérios no Brasil?

Gevaerd — Diria que chegou a hora de entenderem que estão perdendo o bonde da história. O reconhecimento da Ufologia, como conseqüência da inequívoca e significativa existência e atuação cada vez mais crescente de UFOs na Terra, é um fato irreversível. Os que não acreditam nisso ainda têm tempo de correr atrás do prejuízo e de se informarem. Caso contrário, certamente estarão fora do contexto histórico que se apresenta.

UFO — Como fica sua participação no movimento UFOs: Liberdade de Informa-ção Já, agora que ele atingiu os primeiros objetivos?

Gevaerd — Eu me afastarei de sua coor-denação e de suas atividades diretas. Agi até agora como ufólogo e fiz aquilo que meus instintos me pediam, que era lutar pela liberdade de informações. Mas creio que minha missão na campanha está cumprida e que devo agora atuar de outra maneira. Decidi que agirei apenas como editor da Revista UFO e, assim, como um veículo de imprensa. Nesta condição acho que pos-so fazer bem mais pelo trabalho. Ademais, meus colegas da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) têm plenas condições de tocar a campanha doravante.

UFO — A Revista UFO continuará en-gajada na campanha? Quem o sucederá?

Gevaerd — Certamente, a UFO estará inteiramente à disposição do movimento, dando-lhe voz e visibilidade. Essa é sua função. Ela deve levar aos seus leitores as notícias ufológicas do meio, e não cri-á-las. O que ela fez até agora, tendo seu editor como integrante da campanha pe-la liberdade de informações, é criar a no-tícia. Isso precisa mudar. Quanto ao meu sucessor, deixarei para os que ficam na CBU decidir, mas acho que o Rafael Cury, por sua histórica militância por propos-tas idênticas, deveria assumir. Quando a campanha resultar naquilo que se espera – a abertura dos documentos e na formação da comissão –, creio que o melhor nome para coordená-la tecnicamente é o de Fer-nando Ramalho.

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REPERCUSSÕES NACIONAIS

Orgulho-me de ter contribuído com o abai-xo-assinado e parabenizo todos aqueles que viram desde cedo que o movimento UFOs: Liberdade de Informação Já vingaria. Peço a todos os componentes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) que dêem o melhor de si em prol de nossa Ufologia, visto tratar-se de uma oportunidade ímpar que deve ser apro-veitada da melhor forma possível.

— Antônio de Pádua Faroni

Vamos esperar que a Aeronáutica e todos os seus profissionais justifiquem esse compromisso que fizeram com a Ufologia Brasileira. Certamen-te, este será um marco nessa busca por respostas. Estamos ansiosos por novidades.

— Davidson Vinícius

Parabéns a toda equipe pela campanha rea-lizada. Estou certa de que será um grande passo para a Ufologia, muitas vezes criticada. Com fa-tos mais concretos, nossas pesquisas terão mais credibilidade e destaque mundial.

— Ângela Maria Piraccini

Comemoro com grande felicidade a nova conquista. Acho que já é um grande avanço a CBU conseguir o que promoveu. Vocês estão fazendo um bem à consciência do povo brasileiro, que é muito importante nesses tempos. Espero que possamos dizer agora oficialmente que “eles” existem e estão aqui há muito tempo.

— Leonardo Guaranys

Estamos aguardando notícias, torcendo para que o bom senso prevaleça e que possamos ter esclarecimentos quanto ao conhecimento que nossa Aeronáutica possui sobre os UFOs.

— Augusto Augaser

Parabéns à Revista UFO e aos seus cola-boradores pelo sucesso do movimento, pela

coragem e obstinação do empreendimento e pelo sucesso da visita à Aeronáutica. Tenho certeza da continuidade desse processo, que resultará em benefícios coletivos.

— Valdemar Caumo

Parabéns por essa vitória, que é mais um marco importante para a Ufologia Brasileira.

— José Luiz Martins

Só acredito nessa abertura quando for mostrada a verdade sobre o Caso Varginha em Minas Gerais. Se não houver nada regis-trado nos arquivos da Aeronáutica, é melhor saírem de lá e esquecerem essa história de UFOs: Liberdade de Informação Já.

— Wanderley Berna

Parabéns a toda Equipe UFO, o mais sig-nificativo grupo da Ufologia Brasileira e da Ufologia Latino-Americana.

— Paulo Ribeiro Felisoni

Quero dizer a vocês que no dia 20 de maio eu nem dormi direito. Acompanho esta revista há 11 anos, ininterruptamente. Leio tudo sobre o assunto desde criança, mas, a partir dos 12 anos, comecei a estudar e a colecionar recortes sobre o tema. Hoje, com 51 anos, pesquiso e levanto dados em meu município e passo as informações aos meus 290 alunos.

— Elver Ubirajara Teixeira

Parabéns a todos por essa conquista. Em mais de 30 anos de estudos ufológicos (solitários), pela primeira vez estou confiante em um resultado ex-pressivo. Já estava na hora das pessoas que nunca olharam para cima terem acesso a esse tipo de in-formação. Admiro vocês pelo empenho, seriedade e coragem em que tratam do assunto, enfrentando governos, militares, cientistas, céticos e religiosos. Vocês são e fazem a Ufologia Brasileira.

— Rogério Rumor

Esse foi um passo fundamental e um modelo para muitos países e grupos ufológicos. Aguar-damos as informações sobre os desdobramentos desses contatos com os militares.

— Francisco Villela

Fico imensamente contente em ter mais uma oportunidade de aplaudir toda a Equipe UFO de perto. Esse foi um resultado mere-cido. Um abraço a todos e desejo que esse novo momento seja desbravador de novas descobertas e eternos conhecimentos.

— Clara Kaplan

Parabéns, vocês estão no caminho certo. Com energia, critério, sabedoria, seriedade, insistência e humildade certamente haverão de colher bons frutos nesse trabalho que estão capitaneando, juntamente com tantos outros valorosos brasileiros que desejam saber sim-plesmente a verdade.

— Roberto Luiz Pereira de Souza

Embora eu tenha apenas colaborado com minha simples assinatura para a campanha, sinto-me orgulhoso pelo sucesso obtido até agora e creio que todos teremos resultados positivos no futuro. Acredito que os acon-tecimentos nessa área se intensificarão com grandes eventos e mudanças em nosso pla-neta e para a humanidade.

— Maurício de França

A seriedade e a perseverança da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já abriram uma nova página da Ufologia Brasileira e também da comunidade ufológica internacional.

— J. Barbosa

Creio que esse seja o primeiro passo para que a Aeronáutica possa tratar a Ufologia com o devido respeito que merece.

— Eduardo Silva Santana

Parabenizo todos os integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), que foram ao en-contro das autoridades da Força Aérea Brasileira (FAB). Desejo-lhes muita sorte.

— Mário Rangel

Esse é o reconhecimento de um trabalho sério de gente envolvida com a Ufologia e que trata do assunto de forma profissional, sem de-magogia e com muito respeito ao público.

— João Tomás

Significativa parcela da Comunidade Ufológica Brasileira manifestou seu apoio à campanha e agora desfruta dos resultados. Veja algumas mensagens recebidas

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REPERCUSSÕES NACIONAISParabéns pela conquista que há décadas

vocês aguardavam. Espero que a Força Aérea Brasileira (FAB) abra os arquivos que estavam omitidos durante todo esse tempo.

— Leonardo Alves

Parabéns pela conquista tão merecida e su-ada! A Revista UFO sempre teve à sua frente. Pessoas competentes e obstinadas que nunca se deixaram esmorecer diante da turma de incré-dulos, debochados e oportunistas que poluem a verdade que tanto buscam. Tenho orgulho de ser leitora e fã dessa revista desbravadora.

— Eloísa Furlan Couto Panuncio

Isso é Ufologia: arregaçar as mangas e mãos à obra. Parabéns mais uma vez para a Comunida-de Ufológica Brasileira. Espero que o presidente Lula reconheça a importância dessa divulgação de informes oficiais e abra as portas para uma maior oportunidade de estudos do Fenômeno UFO.

— Jonas Marcelo A. Coelho

Parabéns pelo sucesso do movimento UFOs: Liberdade de Informação Já e pela grande con-quista que foi o encontro com a Aeronáutica. Grandes vôos os esperam, meus amigos.

— Marco Antonio Seto

Espero que venham à tona as informações que todos estavam querendo ouvir há muito tempo. Graças ao esforço concentrado de vo-cês, da Equipe UFO, e também do nosso gru-po de ufólogos, teremos a chance de desfrutar de informações preciosas que vão enriquecer ainda mais nossa Ufologia.

— Paulo Henrique Paulino

Parabenizo também a nossa Aeronáutica por ter aceitado revelar suas informações con-fidenciais sobre os UFOs, para que juntos pos-samos estudá-las e decifrá-las e termos um ou mais contatos tão esperados pela humanidade.

— Mário Esteves

Parabéns pela conquista da Ufologia Bra-sileira. Esse é o resultado de um trabalho sério, honesto e competente.

— Guilherme Paula de Almeida

Significativa parcela da Comunidade Ufológica Brasileira manifestou seu apoio à campanha e agora desfruta dos resultados. Veja algumas mensagens recebidas

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Meus parabéns pelo encontro com a Aero-náutica. Esse é o início da abertura tão deseja-da pelos ufólogos e capitaneada por vocês, da Equipe UFO. Será um passo importante para o Brasil e sociedade em geral.

— Atila Martins

Enquanto vocês da CBU lavam sua alma, estão lavando também a minha e de centenas de outras pessoas, vistas como loucas por pa-rentes, amigos e vizinhos por acreditarem em discos voadores. Essa conquista vai nos dar fôlego e alegria para desvendar ainda mais esse maravilhoso mistério.

— Marcílio Porto

“Juntos somos união e, isolados, apenas um ponto de vista”. Essa sábia frase é de Bezerra de Menezes. Portanto, vamos segui-la. Vamos mostrar que a Ufologia é feita de gente séria como a equipe da Revista UFO.

— Mara Aquilante

Até abri um vinho pra comemorar essa data que entra para a história da Ufologia Brasileira. Meus parabéns a todos os envolvidos nessa empreitada que promete render frutos. Um início com pé mais do que direito!

— Alexandre Gutierrez Parabéns a todos os componentes da Comissão

Brasileira de Ufólogos (CBU) que desenvolveram essa campanha pela divulgação dos arquivos da FAB. Acreditei muito nesse sucesso e digo que aqui, no Brasil, ainda vai acontecer maior revela-ção e entrosamento entre os ufólogos e as Forças Armadas. O brasileiro é um povo atípico e por isso vai aceitar as revelações com naturalidade.

— Aloísio Quintes Amorim

Compartilho de sua felicidade. Imagine que 183 milhões de brasileiros vão tomar conheci-mento de que o Governo sabe e tem sobre os

UFOs. Já estou lendo nos jornais internacionais sobre a posição de abertura do Brasil.

— Analigia Santos Francisco

Os parabéns a toda a Comunidade Ufoló-gica Brasileira e a Equipe UFO.

— Gustavo Dourado

Parabenizo o belo trabalho encabeçado pela Equipe UFO, que deu origem à matéria do Fan-tástico. Pela primeira vez a Ufologia não foi colo-cada na forma de chacota e sensacionalismo pela mídia, recebendo a seriedade que o tema merece.

— Mauro Costa

Vocês conseguiram que o Brasil entrasse para o rol dos países que estão abrindo seus ar-quivos ufológicos para pesquisas francas e sérias, principalmente pelos ufólogos. Sim, porque esse gesto da FAB foi uma abertura geral em nome do Governo Brasileiro. Mostrou também que as nossas autoridades não estão presas a opiniões estrangeiras descabidas e de influências inacei-táveis, como foi largamente afirmado.

— Eloir Fuchs

Parabéns a CBU e à Aeronáutica. Con-gratulações aos colaboradores do movimento UFOs: Liberdade de Informação Já. E não se esqueçam: a campanha continua. Quem ainda estava achando que nada poderia dar certo ou não via motivos para dedicar-se a recolher assinaturas, agora mãos à obra!

— Paulo R. Poian

Finalmente, os esforços dos grandes pes-quisadores brasileiros, após anos de luta, es-tão mais do que merecidamente dando frutos oficiais, através dessa batalha incansável pelo esclarecimento da verdade. Vamos torcer ago-ra para que a Marinha e o Exército também se animem e fechem esse círculo de colaboração.

— José Martins

O programa Fantástico e a revista Istoé, entre muitos outros veículos de comunicação, deram apoio à campanha e noticiaram seus resultados

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Creio que é só uma questão de tempo para que esse reconhecimento seja nacionalmente absorvido e incorporado às mentes teimosas e viciadas nas

“televerdades”, mesmo que “oficiosamente oficiais”. Pois agora o imprescindível é trabalhar e trabalhar, para que o fio dessa meada não escorregue e se perca de nossas, às vezes, desatentas mãos.

— Elaine Villela

O que vocês conseguiram foi um marco histórico e sem precedentes, que buscam há anos. Finalmente, agora estão sendo recompensados.

— Thiago Luiz Ticchetti

Entendo que os ganhos serão enormes para o Brasil e o mundo com esta abertura dos arqui-vos secretos da Aeronáutica. Gostaria de saber se os militares entregarão todos os documentos do Caso Varginha, o mais importante do mundo, para a Revista UFO. Se isso ocorrer, será uma bomba para aqueles que ainda não acreditam!

— Juliano Pimenta Guizzardi

Acho muito importante que as informa-ções sigilosas sejam divulgadas, porém a toda população. Todos devem ter conhecimento do que está sendo pesquisado.

— Maria L. S. Nascimento

Parabéns pelo sucesso da ida a Brasília. Ela foi um presente para todos nós que há anos que-remos ver o assunto tratado com a seriedade que merece. A forma clara com que o tema foi rece-bido pela Aeronáutica foi a melhor resposta que alguém poderia dar aos chatos profissionais que insistem em desmoralizar nosso trabalho.

— Laura Maria Elias

É como imenso carinho que quero agrade-cer a vocês por tentarem buscar novas fontes de informações para quem curte a Revista UFO, nos órgãos do Governo. Espero que as

próximas publicações venham com bastan-te matérias novas e tragam conhecimentos vastos a esse círculo de leitores.

— Ailton Alípio

Em nome de todos os integrantes do Grupo de Estudos Ufológicos do Centro do Estado de São Paulo (Geucesp), gostaria de parabe-nizar aqueles que conseguiram através dessa enorme empreitada a atenção da FAB. Essa foi e continua sendo uma campanha como nunca havia visto antes, com meios corretos que acarretaram numa importante vitória a todos que acompanham a verdade científica. A Ufologia necessita de pessoas como vocês para alcançarmos respeito.

— Maurício Marques

Parabéns pelo sucesso da campanha pela li-beração de informações ufológicas. Embora não tenhamos ainda um acesso completo, foi uma grande conquista, sempre lembrando que toda grande caminhada começa com o primeiro passo.

— Cláudio Brasil

Acredito que demos um importante passo para a Ufologia Mundial. Ficou claro no encontro com a Força Aérea Brasileira (FAB) que há um interesse muito grande do Governo nos casos ufológicos e que, inclusive, não existe a mínima tecnologia para pesquisá-los ou persegui-los.

— Eliseu Moraes

Quero parabenizá-los pela conquista, muito merecida. Determinação, seriedade e profissionalismo são fundamentais para tão complexo e intrigante assunto.

— Marta Moreira Mendes

Estive o tempo todo com outros companhei-ros enviando pensamentos positivos e acom-panhando de perto sua visita a Brasília. Seria interessante que a Aeronáutica entendesse que somente com uma junção de esforços e conhe-cimentos é que se poderá ter um alinhamento de resultados. Isso é muito importante, não só para nós, brasileiros, mas sobretudo para todo o mundo. Esse é um exemplo a ser seguido.

— João Roberto

Resta agora à Comunidade Ufológica Bra-sileira prosseguir de forma perfeita para a total concretização dos objetivos da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. Afinal, somente com a verdade é que a população poderá de fato conscientizar-se do trabalho sério dos pesquisa-dores, postos pelo sigilo oficial como lunáticos ou contadores de histórias.

— Ricardo Stachlewski Ferreira

Quero ressaltar os valorosos esforços da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), na pessoa de cada integrante. Pois saibam que

além de estarem prestando um grande serviço à humanidade, estão ainda fazendo história, marcando definitivamente o início do escla-recimento do Fenômeno UFO.

— Thea Andreoli Corrêa

É preciso lembrar que, apesar de ser apenas o começo, essa já é uma vitória para todos nós que acompanhamos através dessa conceituada revista os acontecimentos ufológicos no País.

— Carlos Henrique Cunha

Com essa abertura, fruto de sua obstinada perseverança, estaremos pouco a pouco dando também um salto importante em direção não só a informações porventura ocultas, mas também a prováveis novidades. Esperamos que no futuro tais informações não se mostrem tão distantes, podendo nos levar ao pleno entendimento da problemática ufológica.

— Benedito Martins Rodrigues

Essa foi uma abertura sem paralelo. Nunca imaginei que as autoridades brasileiras pudessem admitir a existência dos UFOs. Continuem com essa garra, pois só assim a Ufologia terá futuro.

— Paulo Moreira

O que pretendem estes comandantes da Aeronáutica com a abertura do histórico sigi-lo militar sobre esse assunto? Seria tudo uma fachada para enganar aqueles que acham que está havendo sigilo? Logo tudo será esquecido pela mídia? E o nosso Exército, afinal, o que tem a dizer sobre suas incontestáveis manobras durante o famoso Caso de Varginha?

— L. F. Fonseca

Queria dizer que já acompanho a Ufo-logia há algum tempo, mas para simples conhecimento pessoal. Assinei o abaixo as-sinado da campanha e depois da repercussão percebi que deveria fazer algo mais por esse assunto tão maravilhoso que é o Fenômeno UFO. Desde já me coloco à disposição para colaborar com a Revista UFO.

— Dângelo Fernando

O Grupo Ufológico Sanjoanense (GUS), de São João da Boa Vista (SP), parabeniza a Equipe UFO e todos os parceiros pela inicia-tiva da campanha. A Comunidade Ufológica Brasileira está mobilizada com o sucesso do movimento e confiante com a atitude tomada pela Aeronáutica Brasileira.

— Pedro Gabriel Scarabelo

Espero que as autoridades da Força Aérea Brasileira (FAB) não mudem o discurso no de-correr do tempo e não mostrem apenas aquilo que já estamos cansados de saber. Mas que abram de forma irrestrita seus arquivos à população.

— Joel Visconti

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Agora basta conseguir apoio do Governo para transformar a pesquisa em oficial, angarian-do fundos voltados para a pesquisa, com um só objetivo: provar científica e definitivamente que não estamos sós no universo.

— Willer Correa de Amorim

Quero parabenizá-los pela campanha. Mas nós, que lidamos com a Ufologia, as conspira-ções e o acobertamento dos governos, não pode-mos ser ingênuos a ponto de acreditarmos que serão fornecidos todos os documentos secretos sobre esse assunto. O que importa, de qualquer forma, é que um grande passo foi dado para se acabar com o acobertamento.

— Carlos Nascimento

Parabéns pela iniciativa. Já era tempo das au-toridades brasileiras reconhecerem o trabalho dos ufólogos, que apenas querem os casos revelados. Não há o que temer em relação aos ETs, pois eles já demonstraram estar em toda parte, na hora e no lugar que bem quiserem. Não serão documentos arquivados que os impedirão de entrarem e saírem deste nosso conturbado planeta Terra.

— Domingos Yezzi

Agradeço de coração e quero dar uma for-ça a essa campanha que ora se concretiza com muito valor para nossa humanidade. Tenhamos certeza de que não somos apenas nós, humanos, que habitamos esse universo cheio de mistérios.

— José Gilson de Oliveira Coelho

A seriedade e competência venceram. Está de parabéns a nossa gloriosa Força Aérea Brasileira (FAB). Afinal, um trabalho competente e dedi-cado foi finalmente coroado de êxito e sucesso. Tenho certeza que a repercussão atingirá níveis internacionais jamais vistos em outros projetos e trará novos rumos para a humanidade.

— Mauro de Paula Majczak

A Revista UFO recebeu centenas e-mails, car-tas e faxes cumprimentando pelo resultado da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. Infelizmente, não podemos publicar todas por questão de espaço, mas elas foram lidas e serão respondidas. Muito obrigado a todos!

Gostaria de parabenizá-los pela recente notícia sobre o encontro dos ufólogos com a Força Aérea Brasileira (FAB). Sempre acreditei que a verdade sobre o Fenômeno UFO surgiria em nossos paí-ses latino-americanos, e não nos Estados Unidos, que têm muito interesse financeiro e geopolítico envolvido e deseja manter o assunto sob sigilo. Não podemos negar a incidência de diversos avis-tamentos que ocorrem tanto no Brasil quanto no México e em outros lugares do mundo.

— Jorge Martin,OVNI Evidéncia,

Puerto Rico

A informação sobre o acesso dos ufólogos a arquivos da Aeronáutica certamente estabelecerá uma mudança transcendental na Ufologia Brasilei-ra. Tal situação poderá trazer novas possibilidades de discussão sobre a existência dos UFOs entre os pesquisadores do fenômeno e o Governo Brasileiro. Essa conquista é resultado de anos de luta, dedicação e seriedade de ufólogos que sempre perseguiram a verdade. Esse é um evento histórico que mais uma vez surpreende todo o mundo.

— Santiago Yturria Garza,México

Congratulo os integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU). Esse é um grande feito junto ao seu Governo e dos mi-litares de sua Força Aérea.

— Ed Komarek,Operation Right To Know,

Estados Unidos

Essas são ótimas notícias. Talvez agora, com a abertura dos arquivos sobre o Fenômeno UFO, o Brasil poderá revelar novas informa-ções sobre o assunto, ao contrário dos fracos e insuficientes materiais apresentados por ou-tros países, especialmente na América do Sul.

— Russel Callaghan,UFO Data,Inglaterra

Parabéns por mais essa realização. A For-

ça Aérea Brasileira (FAB) está inovando com a divulgação dos documentos oficiais sobre o Fenômeno UFO. Primeiro foi o México e, ago-ra, é a vez do Brasil. As máscaras estão caindo.

— Steve Murillo,MUFON Los Angeles,

Estados Unidos

Bravo! Parabéns pelo sucesso da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. Essa é real-mente uma realização surpreendente e histórica. Minhas congratulações a todos que empenharam para que esse trabalho fosse possível.

— John Vélez,Estados Unidos

Parabéns. Vocês têm uma descoberta incrível nas mãos. Será maravilhoso se as Forças Armadas do Brasil realmente liberarem os arquivos que guardam sobre os fenômenos ufológicos. Torço para que tenham sucesso total na empreitada.

— Don Waldrop,Estados Unidos

Certamente essa é uma ótima notícia! Parabéns pelo sucesso da campanha e pelo esforço dos ufólogos brasileiros.

— Richard Boylan,Estados Unidos

Tal situação é de grande interesse para a In-

glaterra. Entretanto, talvez o encontro não tenha atendido todas as expectativas dos ufólogos brasi-leiros, e muitos ainda poderão continuar alegando acobertamento por parte dos militares. Sugiro que dêem um voto de confiança à FAB.

— Nick Pope,Ministério da Defesa,

Inglaterra

Parabéns pelo trabalho que os ufólogos bra-sileiros estão fazendo. O empenho de todos está sendo reconhecido não só no Brasil, mas em todo mundo. Obrigado por compartilharem tal informação, importantíssima a toda a humanidade.

— Robert Miles,Safespace Project,

Estados Unidos

Que informação maravilhosa! No ano passado a liberação dos arquivos sobre o Fenômeno UFO foi no México, e agora é no Brasil. Espero que no próximo ano as autoridades aqui da Turquia tenham a mesma atitude. Boa sorte e nos mante-nham informados sobre as novidades no assunto.

— Haktan Akdogan,Sirius UFO Center,

Turquia

REPERCUSSÕES INTERNACIONAISDo México ao Japão, da Austrália ao Canadá, do Uruguaià Rússia, ufólogos saúdam seus colegas brasileiros

Edição 111 – Ano 21 – Junho 2005 41:: www.ufo.com.br ::

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42 :: www.ufo.com.br :: Junho 2005 – Ano 21 – Edição 111

A visita de uma comissão de ufólogos brasi-leiros às instalações da Aeronáutica é valiosíssi-ma a todos os grupos ufológicos espalhados pelo mundo. Caso necessitem de alguma ajuda aqui nos Estados Unidos, vocês têm nosso inteiro apoio.

Charlette LeFevre e Philip Lipson, — Seattle UFO Group,

Estados Unidos

Ótima notícia. Deus abençoe todos vocês.— Ann Druffel,

MUFON Los Angeles,Estados Unidos

Esse é um momento realmente histórico para todos. São ufólogos como os que representaram a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) que engrandecem a Ufologia Mundial.

— Derrel Sims,Houston UFO Network,

Estados Unidos

Que ótimas notícias vocês nos deram. Agra-deço por nos manterem informados sobre um assunto que é de total importância a todos aque-les que se interessam por Ufologia.

— Royce Myers III, Ufowatchdog.com,

Estados Unidos Desejo sorte a todos os investigadores bra-

sileiros do Fenômeno UFO. Contem conosco para divulgar suas novidades sobre a abertura oficial de arquivos em seu país.

— Jeff Rense,Sightings Talk Show,

Estados Unidos

Meus sinceros cumprimentos a todos os que se empenharam para a realização da cam-panha UFOs: Liberdade de Informação Já. Seus esforços não serão em vão, pois tenta-

remos buscar de nossas autoridades japonesas uma posição sobre os UFOs semelhante à que obtiveram no Brasil. Acredito que a comuni-dade ufológica mundial aprenderá muito com a atitude tomada por suas autoridades.

— Kiyoshi Amamiya,Japan UFO Society,

Japão

Essa é realmente uma valiosa notícia. O passo mais importante agora é analisar as in-formações recebidas dos militares e divulgá-las à sociedade mundial. Só assim conseguiremos obter respostas para as nossas dúvidas.

— Vicente-Juan Ballester Olmos,Fundación Anomalía,

Espanha

Parabéns à Comunidade Ufológica Brasi-leira pelo esplêndido trabalho com a campanha por liberdade de informação sobre os UFOs. Esperamos agora os resultados.

— Lavinia Pallotta,Itália

Estamos muito contentes com as conquistas

dos ufólogos em Brasília (DF). Mantenham-nos informados sobre as novidades do caso.

— Farah Yurdozu, Jerry Pippin Talk Show,

Estados Unidos

Desejo sorte aos ufólogos brasileiros nessa aproximação de sua Aeronáutica. Nós, do jornal da Mutual UFO Network (MUFON), admiramos sua dedicação e queremos divulgar seu trabalho.

Dwight Connelly,— MUFON Headquarters,

Estados Unidos

Gostaria de parabenizar todos os envolvidos na campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. Essa é uma ótima iniciativa. Aprenderemos muito com a divulgação dos documentos oficiais sobre o fenômeno. Boa sorte!

Kelly Freeman, — Florida UFO Network,

Estados Unidos

A informação é emocionante. Estou muito feliz com essa conquista, que não é somente dos ufólogos brasileiros, mas de todos os apaixonados pela Ufologia. Devemos agora pensar no futuro e nos resultados que tal campanha pode trazer.

— Brad Sparks,Estados Unidos

Essa é uma informação valiosíssima que possibilitará uma discussão em alto nível sobre o Fenômeno UFO entre as nações mundiais.

— Victor Golubic,UFO Poland,

Polônia

Vocês, ufólogos brasileiros, fizeram um tra-balho realmente louvável e excelente para toda a comunidade ufológica mundial.

— Whitley Strieber,Dreamland.com,Estados Unidos

Tal fato é histórico e nos traz esperança de que outros países poderão tomar a mesma atitude.

— Peter Sorensen,Crop Research,

Inglaterra Esse é um momento único na Ufologia Mun-

dial e o mérito é de todos os que estiveram direta-mente envolvidos nesse movimento, os ufólogos da Equipe UFO. É o primeiro passo para um futuro repleto de novas conquistas.

— Jerome Clark,J. Allen Hynek CUFOS,

Estados Unidos Essa é uma notícia inacreditável. Espero

que esse primeiro encontro entre ufólogos e oficiais militares represente uma nova era

na Ufologia, não somente no Brasil, mas em todo mun-do. O reconheci-mento do trabalho dos pesquisado-res do Fenômeno UFO pela Forças Armadas brasileiras é maravilhoso. Pa-rabéns a todos os membros da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).

— Bob Pratt,Estados Unidos

Muitas felicidades por esse grande

acontecimento. Os ufólogos mexicanos estão em festa pela conquista de seus irmãos brasileiros. Creio que em muito pouco tempo teremos notícias semelhantes partindo também de nossos militares.

— Daniel Muñoz,Canal Infinito,

México

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Parabéns por essa valiosa conquista. Todos os integrantes da Comissão Brasileira de Ufólo-gos (CBU) merecem ser reconhecidos por esse fabuloso trabalho. Temos esperança de que no futuro novas portas serão abertas.

— Colin Andrews,Circles Research International,

Inglaterra Em nome de todos os membros da sede de

Los Angeles da Mutual UFO Network (MU-FON) queremos parabenizar a iniciativa dos ufólogos brasileiros. Tal conquista é muito importante e está sendo pauta para diversos jornais internacionais.

— Jolene Rae Harrington,MUFON Los Angeles,

Estados Unidos

Gostaríamos de parabenizar a Comunidade Ufológica Brasileira por mais essa conquista. Estamos à disposição dos ufólogos de seu País caso necessitem de alguma ajuda.

— David Farman, Project Alienshift,Estados Unidos

Fiquei muito feliz com a notícia de que os

ufólogos brasileiros tiveram acesso aos docu-mentos confidenciais dos militares. Esse ato não é um fim, mas o início para as respostas de muitas dúvidas sobre o Fenômeno UFO. Sugiro que

todos tenham muita paciência e esperem o momento certo para tomar outras atitudes. Joaquim Fernandes,

Portugal Isso é emocio-

A campanha UFOs: Liberdade de Infor-mação Já é um sucesso. Parabéns a todos vocês. Espero que novos detalhes sobre os casos brasi-leiros sejam divulgados, especialmente sobre os três eventos citados no Manifesto da Ufologia Brasileira.

— Gildas Bordais,França

Parabéns por mais essa grande conquista.

Por favor, nos mantenham informados dos fatos.— Brian O’Leary,

Equador Parabéns. Essa vitória é muito importante.

Aqui no Canadá admiramos o trabalho da Co-munidade Ufológica Brasileira, que conseguiu negociar com seu Governo a liberação de ar-quivos secretos sobre os UFOs. Tal iniciativa trará novos frutos à Ufologia Mundial.

— Isaac Ho,Vancouver UFO Society,

Canadá

Em nome do National Aviation Reporting Center on Anomalous Phenomena (NARCAP), gostaria de parabenizar os membros da Comis-são Brasileira de Ufólogos (CBU) pelo encontro histórico com os oficiais da Aeronáutica.

— Richard F. Haines,NARCAP Headquarters,

Estados Unidos Parabéns pelo sucesso em ter acesso aos

documentos secretos da Aeronáutica Brasileira. Acredito que a partir de agora novos governos começarão a abrir seus arquivos sobre os fe-nômenos ufológicos. Quem sabe um dia os Estados Unidos tenham a mesma iniciativa.

— John Jaeger,Paranormal and UFO Network,

Estados Unidos O que vocês da Revista UFO e da Comis-

são Brasileira de Ufólogos (CBU) fizeram foi algo histórico. Parabéns!

— Pablo Villarrubia Mauso,Revista Mas Allá,

Espanha

Os anos de trabalho duro da Comunidade Ufológica Brasileira trouxeram agora seus pri-meiros resultados. Pena que os esforços de muitos ufólogos norte-americanos ainda não tiveram o mesmo êxito. Mas quem sabe um dia...

— C. B. Scott Jones,Estados Unidos

Parabéns pelo excelente trabalho realizado por todos os ufólogos que conseguiram a coope-ração e o respeito das autoridades brasileiras para a liberação de material sobre o Fenômeno UFO.

— Bill Chalker,

The Oz Files, Austrália Parabéns a todos!

— Moon Fong, Hong Kong UFO Club,

Hong Kong

Parabéns aos ufólogos da Comissão Brasi-leira de Ufólogos (CBU) e a toda Comunidade Ufológica Brasileira por esse grande encontro!

— Luciana Boutin,Guiana Francesa

Fico muito feliz em saber dos progressos da cam-panha UFOs: Liberdade de Informação Já e com a notícia da possibilidade de criação de uma comissão oficial para a investigação do Fenômeno UFO no Brasil. Estamos prontos para ajudar no que for pre-ciso. Como a Comisión Receptadora y Investigadora de Denuncias de Objetos Volantes No Identificados (Cridovni), contribuiu para a criação do Comitê de Estudios de Fenómenos Aéreos Anómalos (CEFAA), no Chile, poderíamos no futuro firmar uma parceria para pesquisas também no Brasil.

— Tenente Ariel Sánchez,Cridovni,Uruguai

Muitas felicidades por esse encontro tão im-portante para todos os ufólogos!

— Carlos Alberto Iurchuk,El Dragón Invisible,

Argentina

Parabéns pelos resultados da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. Acredito que é um grande sucesso para toda a Ufologia Mundial.

— Bruno Cardeñosa,Revista Enigmas,

Espanha

Parabéns a toda a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU). Estou feliz com essa nova con-quista da Ufologia. Tinha certeza que, assim co-mo o México, os ufólogos do Brasil teriam a sua chance, devido à sua bravura e profissionalismo. Recordo-me do I Fórum Mundial de Ufologia, em Brasília (DF), realizado em 1997, momento em que tivemos a possibilidade de expressar nossa opinião abertamente. Agora estamos semeando os primeiros resultados daquele encontro.

— Maurizio Baiata,Revista DNA,

Itália

Muitas congratulações pelo magnífico êxito. — Richard McEawan,

Escócia

Seu obstinado trabalho de tantos vários, que já deu tantos frutos, continua a nos surpreender. Só nos resta agradecer. Obrigado!

— James S. Sullivan,África do Sul

Edição 111 – Ano 21 – Junho 2005 43:: www.ufo.com.br ::

nante! Tiro meu chapéu para a Força Aérea Bra-sileira, que voluntariamente recebeu os ufólogos. Espero que em breve seja criada uma parceria entre os pesquisadores e os militares para a pes-quisa do Fenômeno UFO.

— Tricia McCannon,Earth Revelations,

Estados Unidos

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44 :: www.ufo.com.br :: Junho 2005 – Ano 21 – Edição 111

A Comunidade Ufológica Brasileira, represen-tada por ufólogos individuais e grupos de pesqui-sas, investigadores, estudiosos e simpatizantes da Ufologia, que firmam o presente abaixo-assinado, reúne-se através deste documento, sob coordena-ção da Revista UFO, para se dirigir às autoridades brasileiras, neste ato representadas pelo exce-lentíssimo senhor presidente da República e pelo ilustríssimo senhor comandante da Aeronáutica, para apresentar os seguintes fatos:

1 — É de conhecimento geral que o Fenômeno UFO, manifestado através de constantes visitas de veículos espaciais à Terra, é genuíno, real e consis-tente, e assim vem sendo confirmado independen-temente por ufólogos civis e autoridades militares de todo o mundo, há mais de 50 anos.

2 — O fenômeno já teve sua origem suficien-

temente identificada como sendo alheia aos limites de nosso planeta. Os veículos espaciais que nos visitam de forma tão insistente são originários de outras civilizações, provavelmente mais avança-das tecnologicamente que a nossa, e coexistem conosco no universo, ainda que não conheçamos seus mundos de origem.

3 — Tais civilizações encontram-se num visível e inquestionável processo de contínua aproxima-ção à Terra e de nossa sociedade planetária e, assim agindo em suas manobras e atividades, na grande maioria das vezes não demonstram hostilidade para conosco.

4 — É notório que as visitas de tais civi-lizações não-terrestres ao nosso planeta têm aumentado gradativamente nos últimos anos, segundo comprovam as estatísticas nacionais e internacionais, tanto em quantidade quanto em profundidade e intensidade, representando algo que requer legítima atenção.

5 — Em função disso, é urgente que se esta-beleça um programa oficial de conhecimento, infor-mação, pesquisa e respectiva divulgação pública do assunto, de forma a esclarecer à população brasileira a respeito da inegável e cada vez mais crescente presença extraterrestre na Terra.

Assim, considerando atitudes assumidas pu-blicamente em vários momentos da história, por países que já reconheceram a gravidade do pro-blema, como Chile, Bélgica, Espanha, Uruguai e China, respeitosamente recomendamos que o Mi-nistério da Aeronáutica da República Federativa do Brasil, ou algum de seus organismos, a partir deste instante, formule uma política apropriada para se discutir o assunto nos ambientes, formatos e níveis considerados necessários. A Comunidade Ufológica Brasileira, neste ato representada pelos estudiosos nacionais abaixo-assinados, com total apoio da Comunidade Ufológica Mundial, deseja oferecer voluntariamente seus conhecimentos, seus esfor-ços e sua dedicação para que tal proposta venha a se tornar realidade e que tenhamos o reconhe-cimento imediato do Fenômeno UFO. Como mar-co inicial desse processo, e que simbolizaria uma ação positiva por parte de nossas autoridades, a Comunidade Ufológica Brasileira respeitosamente solicita que o referido Ministério abra seus arquivos referentes a pelo menos três episódios específicos e marcantes da presença de objetos voadores não identificados em nosso Território:

(a) A Operação Prato, conduzida pelo I Coman-do Aéreo Regional (COMAR), de Belém (PA), entre setembro e dezembro de 1977, que resultou em volumoso compêndio que documenta com mais de 500 fotografias e inúmeros filmes a movimen-tação de UFOs sobre a região Amazônica, da forma como foi confirmado pelo coronel Uyrangê Bolívar Soares de Hollanda Lima.

(b) A maciça onda ufológica ocorrida em maio de 1986, sobre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, entre outros, em que mais de 20 objetos voadores não identificados foram observados, ra-darizados e perseguidos por caças a jato da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo afirmou o próprio ministro da Aeronáutica na época, brigadeiro Oc-távio Moreira Lima.

(c) O Caso Varginha, ocorrido naquela cidade mineira em 20 de janeiro de 1996, durante o qual integrantes do Exército brasileiro, através da Escola de Sargentos das Armas (ESA), e membros da cor-poração local do Corpo de Bombeiros capturaram pelo menos dois seres de origem não-terrestre, segundo farta documentação já obtida pelos ufó-logos e depoimentos comprobatórios oferecidos espontaneamente por integrantes do próprio Exér-cito, que tomaram parte nas manobras de captura, tratamento e remoção das criaturas.

Absolutamente conscientes de que nossas autoridades civis e militares jamais descuidaram da situação, que tem sido monitorada com zelo e atenção ao longo das últimas décadas, sempre no interesse da segurança nacional, julgamos que a tomada da providência acima referida solidificará o início de uma próspera e proveitosa parceria.

Comissão Brasileira de Ufólogos

Antes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) ir a Brasília, o abaixo-assinado do Manifesto da Ufologia Brasileira (abaixo) já tinha cerca de 40 mil assinaturas. Nossa petição foi levada às autoridades em 20 de maio e agora

estamos aguardando suas providências. Enquanto isso, a campanha continua a receber adesões. Você já aderiu a esta causa? Não? Então, não espere mais. Se você concorda com o Manifesto, seja nosso convidado e firme o abaixo-

assinado no site de UFO — www.ufo.com.br — ou através do formulário ao lado

maniFesTo Da uFoloGia bRasileiRa

Versão ampliada após o I UFO Minas

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45:: www.ufo.com.br ::Edição 111 – Ano 21 – Junho 2005

Recorte ou xerografe e envie para: Revista UFO — Caixa Postal 2182 — 79008-970 Campo Grande (MS) — Fax (67) 341-0245#

Recorte ou xerografe e envie para: Revista UFO — Caixa Postal 2182 — 79008-970 Campo Grande (MS) — Fax (67) 341-0245#

Ficha para recolhimento de assinaturas para a campanha nacional

UFOs: LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JÁ 2005Petição ao Governo Federal para liberação de documentos sobre Ufologia relativos à manifestação do Fenômeno UFO em nosso País e à tomada de medidas que permitam aos ufólogos civis brasileiros participarem de suas atividades oficiais na área

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Junho 2005Edição 111

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o cupom e encaminhe ao Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), no endereço abaixo. A remessa dos produtos é imediata e o recebimento se dá em média entre 8 e 14 dias após o envio, como encomenda registrada. A partir de agora você paga taxa única de R$ 12,50 como frete, por qualquer quantidade de itens soli-citados. Os associados ao CBPDV têm 20% de desconto em todas as compras. Veja na hora de fechar o pedido como proceder para garantir seu desconto.

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Mythos Editora: Helcio de Carvalho (Diretor executivo) Dorival Vitor Lopes (Diretor financeiro) Flávio F. Soarez (Editor de arte) Alex Alprim (Coordenador proj. especiais) Ailton Alipio (Coordenador de produção)

A Revista UFO é órgão oficial de divulgação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), produzido em parceria com a Mythos Editora Ltda. Mythos Editora Ltda.: Redação e administração: Rua Andrade Fernandes 283, 05449-050 São Paulo (SP) – Fone/fax: (11) 3021-6607. E-mail: [email protected] – Website: www.mythoseditora.com.br. Impressão: Esta re-vista foi impressa sem uso de fotolitos pela Gráfica São Francisco. Distribuidor exclusivo para todo o Brasil: Fernando Chinaglia Distribuidora S. A. Distribuidor exclusivo para Portugal: Midesa. Os artigos publicados são escolhidos pelo CBPDV, sendo que as matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da direção da revista.

Correspondentes internacionais

Conselho editorial

Tradutores voluntáriosAndrea ZorzettoÂngelo MirandaAugusto César Almeida GomesDiogo Rodrigues GonçalvesEdson Ovídio AlvesEduardo Guerrato BiasoliEduardo RadoFernando FrateziFilipi Dantas Cavalcante

Giovanna MartireJoão Cláudio Nunes CarvalhoLuciana BoutinMarco Aurélio Gomes VeadoMarcos Roberto RibasMarcos Vinicius LopesMarcus Vinicius S. GonçalvesNeide TangaryPaulo Alexandre Ferreira Haro

Paulo César G. Santos Júnior Ricardo Amorim A CamposSidney SantosThiago Fernando B. SantosUbiratan Raposo C AlencarValdemar Biondo JúniorVanderlei DallagnoloWanderley Pandolpho MoraesWilton Monteiro Sobrinho

A. Meesen Bélgica Ahmad Jamaludin MalásiaAnanda Sirisena Sri Lanka Antonio Costa Índia Barry Chamish Israel Boris Shurinov Rússia Daniel Muñoz MéxicoDarush Bagheri Irã Enrique C. Rincón Venezuela Gabor Tárcali Hungria George Almendras Uruguai George Schwarz Áustria Gildas Bordeaux França Giuliano Marinkovicc Croácia Glennys Mackay AustráliaGuido Ferrari Suíça

Aldo Novak GuarulhosAlexandre Calandra AmericanaAlexandre Carvalho Borges SalvadorAlonso V. Régis Morro do ChapéuAna Santos SalvadorAntonio P. S. Faleiro Passa TempoArismaris Baraldi Dias São PauloAtaíde Ferreira da Silva Neto CuiabáAtila Martins Rio de JaneiroAtílio Coelho São PauloCarlos Airton Albuquerque FortalezaCarlos Alberto Machado CuritibaCarlos Alberto Millan São PauloCésar Vanucci Belo HorizonteChica Granchi Rio de JaneiroCláudio Brasil São PauloCláudio T. Suenaga São PauloDom Fernando Pugliesi MaceióElaine Villela NiteróiElisângela Anderson PelotasEloir Varlei Fuchs ItaquiFernando A. Ramalho BrasíliaFrancisco Baqueiro Salvador

Gener Silva AraçatubaGilberto Santos de Melo João PessoaGuillermo Gimenez Buenos AiresJackson Camargo CuritibaJayme Roitman São PauloJeferson Martinho São PauloJoão Oliveira Campo dos GoitacazesJorge Facury Ferreira SorocabaJosé Antonio Roldán BarcelonaJosé Estevão M. Lima Belo HorizonteJosé Ricardo Q. Dutra BarbacenaJosé Victor Soares GravataíJúlio César Goudard CuritibaLaura Maria Elias São PauloLiliana Núñez Santiago do Chile Luciano Stancka e Silva São PauloMárcio V. Teixeira LisboaMarco Túlio Chagas Belo HorizonteMarcos César Pontes HoustonMarisol Roldán BarcelonaMartha Malvezzi Leal São PauloMichel Facury Ferreira SorocabaMíriam Porto Heder Campo Grande

Haktan Akdogan TurquiaHans Petersen Dinamarca Ian Hussex Holanda Ivan Mohoric Eslovênia Javier Sierra Espanha Joaquim Fernandes PortugalJohn MacBright Escócia Kiyoshi Amamiya Japão Jorge Alfonso Ramirez Paraguai Jorge Espinoso Peru Jorge Martín Porto Rico Júlio Lopéz Santos Panamá Just Bell CamarõesLuiz Etcheverria Equador Michael Hesemann AlemanhaOdd-Gunnar Røed Noruega

Editor: A. J. Gevaerd

Co-editores: Claudeir Covo Marco Antonio Petit Reginaldo de Athayde

Presidentes de honra: Irene Granchi Flávio A. Pereira

Ombudsman: Rogério Cintra Chola

Conselheiro Especial: Rafael Cury

Staff: Danielle R. Oliveira (gerente) Tiana Freitas (atendimento) Lucelho Paraguassú Pinto

Produção: Évelin Gomes da Silva (redação) Mauro Inojossa (colaborador)

Internet: Daniel F. Gevaerd (webdesigner) Victor Fogaça (webmaster) Analistas de suporte: Carlos A. Q. Costa Felipe H. Manso

Consultores jurídicos: Ritva Cecília Vieira Antonio Vieira Ubirajara F. Rodrigues

Coordenadores: Thiago Luiz Ticchetti (Internacional) Alexandre Gutierrez (Notícias) Marcos Malvezzi Leal (Traduções) Rogério Chola (Revista UFO Online)

Consultores de arte: Alexandre Jubran Jamil Vila Nova Márcio V. Teixeira Paulo Baraky Werner Philipe Kling David

Nelson Vilhena Granado São PauloPablo Villarrubia Mauso MadriPaulo Baraky Werner ContagemPaulo Rogério Alves São PauloPaulo Santos São PauloPedro Luz Cunha BrasíliaPepe Chaves ItaúnaReinaldo Prado Mello Campo GrandeReinaldo Stabolito S. Bernardo CampoRenato A. Azevedo São PauloRicardo Varela S. José CamposRoberto Affonso Beck João PessoaRoberto Pintucci São PauloRoberto S. Ferreira GuarulhosRodolfo Heltai São PauloRodrigo Branco SantosRomio Cury CuritibaRubens J. Villela São PauloVanderlei d’Agostino Santo AndréWagner Borges São PauloWallacy Albino GuarujáWelington Faria VarginhaWendell Stein Sumaré

Ricardo V. Navamuel Costa RicaRoberto Banchs ArgentinaRoberto Pinotti ItáliaRobert Lesniakiewicz Polônia Rodrigo Fuenzalida ChileRussell Callaghan InglaterraS. O. Svensson SuéciaStanton Friedman Canadá Sun-Shi Li China Sup Achariyakul Tailândia Tahari Muhassa Polinésia Timo Koskeniemmi Finlândia Tunne Kellan Estônia Wendelle Stevens Estados UnidosWendy Brown Nova Zelândia

Page 52: A Ufologia · 2020. 5. 27. · fotos e filmes espetaculares. Sua insistência e perseverança acabaram sendo coroadas de êxito em 20 de maio, exatos 14 meses após o lançamento