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3OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

Nota: os artigos publicados refletem idéias econceitos defendidos pelos autores e nãonecessariamente verdades científicas ouopiniões do corpo editorial da revista.

Filiadas ao:

• SBCII • SBCR • SBAO • ABBO

É uma publicação bimestral das seguintes entidades:

Editora:Wendy Falzoni

E-mail: [email protected]

Co-editor:Renato Ambrósio Jr.

E-mail: [email protected]

Editor Internacional:Robert H. Osher

Corpo Editorial Nacional:Carlos Figueiredo

Cláudia M. FrancesconiFernando Trindade

Flávio Rezende/Francisco GrupenmacherHamilton Moreira/Leonardo Akaishi

Lúcio Dantas/Marcelo CunhaMarcelo Occhiutto

Miguel Ângelo PadilhaPaulo César Fontes

Walton Nosé

Corpo Editorial InternacionalDouglas D. Koch - EUAEmanuel S. Rosen - INGGeorges Baikoff - FRAGraham Barrett - AUSHoward I. Fine - EUA

José A. Claros Bernal - MÉXKensaku Miyake - JAP

Lucio Buratto - ITARoberto Zaldivar - ARGRodrigo Donoso - CHI

Thomas F. Neuhann - ALE

Produção Editorial e Gráfica:SCRIBBA COMUNICAÇÕES LTDA

Redação e Publicidade:Rua Pitimbu, 77

São Paulo - SP - CEP 04222.070

Tel/Fax: (11) 6215.9979E-mail: [email protected]

Jornalista Responsável:Jurema Luzia Cannataro

(MTB 18.430)

Coordenação:Ijaciara Cannataro

Capa:Wilson André Filho

Editoração e Arte:Estação das Idéias

Representantes Comerciais:Néio Nobre/Wânia Mautone

Tiragem:7.500 exemplares

e

PALAVRA DO PRESIDENTE

VIII Congresso Internacional de Catarata e CirurgiaRefrativa, que acontecerá no período de 21 a 24 deabril, em Recife/Pernambuco, tem tudo para ser um

grande evento. Estamos trabalhando exaustivamente paratornar ainda mais conceituado e conhecido esse que já é osegundo maior congresso de subespecialidades do mundo.

A responsabilidade é imensa, mas, com a ajuda e partici-pação de todos, temos convicção de que iremos concluir comêxito esse desafio. Cada um poderá colaborar, a sua maneira,para o desenvolvimento do programa científico ou para arealização das palestras, temas livres, vídeos, etc.

Os congressistas e respectivos familiares poderão aprovei-tar a ocasião e prolongar suas estadas, para desfrutar aomáximo os atrativos da cidade de Recife, a terra do frevo e domaracatu. Será possível contemplar vários pontos históricosda região, como o Monte Guararapes, local onde teve início aformação do exército brasileiro, o prédio da primeira facul-dade de Direito do País e a Rua do Bom Jesus, que abriga aprimeira sinagoga do continente americano.

Em Recife, está localizado o segundo maior pólo médicodo Brasil, fato que constitui uma vitória para a Região Nor-deste.

A cidade possui ainda uma excelente infra-estrutura paraa realização de grandes eventos: centro de convenções, ho-téis de cinco estrelas e o segundo maior shopping da AméricaLatina.

Com praias de águas mornas e transparentes, emoldura-das por belíssimos coqueirais, as regiões de Porto de Galinhase Coroa do Avião e a ilha de Fernando de Noronha são im-perdíveis.

Venha fazer parte do maior congresso de Oftalmologia de2004. Traga também sua família e aproveite o Recife. A festaestá pronta, agora só falta você.

Dr. Marcelo Ventura Dr. José Eutrópio VazPresidente da SBCII Presidente da SBCR

O

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S O C I E D A D E SPresidente

Marcelo VenturaVice-Presidente

Homero G. de AlmeidaSecretário Geral

Tadeu CvintalPrimeiro Secretário

Carlos Heler DinizTesoureiro Geral

Nelson LouzadaPrimeiro Tesoureiro

Newton AndradeDiretor de Cursos

Miguel Ângelo PadilhaDiretores de Publicação

Lincoln FreitasMarcelo Occhiutto

Diretores de VídeoArmando Crema

Fernando Trindade

Conselho DeliberativoCarlos Gabriel FigueiredoEmilson Barros de Oliveira

Homero Gusmão de AlmeidaPaulo César Fontes

Tadeu Cvintal

João Alberto Holanda de FreitasFernando Trindade

Flávio RezendeMiguel Ângelo Padilha

Marcelo VenturaDurval de Carvalho

Nelson Louzada

Conselho FiscalDurval de Carvalho Júnior

Marco Rey FariaWalton Nosé

Fernando Bernardes de OliveiraJorge Estéfano Germano

Comissão Executiva deCirurgia ExperimentalRodrigo Otávio Magalhães

Renato Ambrósio Jr.Armando CremaVirgílio Centurion

Marcelo Vieira Netto

Presidentes RegionaisNorte/Nordeste

Vasco BravoCentro-OesteJosé Beniz NetoSul/SudesteEdna Almodin

PresidenteJosé Eutrópio VazVice-PresidenteCarlos Heler Diniz

SecretárioIvan Urbano

Vice-SecretárioLuiz PrazeresTesoureiro

Paulo César FontesVice-Tesoureiro

José Ricardo RehderDiretores de Cursos

Wallace ChamonPaulo Ferrara

Diretores de PublicaçãoWendy FalzoniMarcelo Freitas

Cláudia M. Francesconi

Diretores de VídeoCarlos Gabriel Figueiredo

Pedro Paulo Fabri

Diretorias EspeciaisDiretores de Divulgação

Marivaldo OliveiraRenato Ambrósio Filho

Ruy Cunha

Diretores ComerciaisArnaldo de Castro

Jorge DiasHamilton Moreira

Diretores de InformáticaAdriana Forseto

Paulo FadelEduardo Martinez

Diretores SociaisConceição Reis

Breno Barth

Conselho DeliberativoAntonio Carlos Violante

Canrobert OliveiraCarlos França Rangel

Carlos Heler DinizCarlucio Andrade

Edna AlmodinEdnei NascimentoEduardo MartinezMauro Campos

Miguel Ângelo PadilhaPaulo César FontesRicardo Guimarães

Tadeu CvintalValcyr AntunesWalton Nosé

Presidentes RegionaisNorte/NordesteNewton Andrade

Ronaldi CavalcantiCentro-OesteHenrique CelsoHamélio SobralSul/SudesteEdna Almodin

PresidentePaulo André PolisukVice-PresidenteAri de Souza Pena

SecretárioJorge Aníbal F. Ortiz Cazal

Vice-SecretárioPaulo de Tarso da Silva Alvim

TesoureiroPaulo César FontesVice-Tesoureiro

Francisco GrupenmacherDiretor de Publicações

Sérgio KwitkoDiretor de CursosRenato Ambrósio Jr.Diretor de VídeoLúcio Álvaro GomesDiretor Científico

Marcelo Carvalho da CunhaDiretor Jurídico

Samir BecharaDiretor Científico

Marcelo Carvalho da CunhaDiretor Social

Hamilton Moreira

Programasde Qualidade

Antonio Quinto NetoRelações com

Entidades CorrelatasCarlos Heler Diniz

Técnico emAdministração

José da Costa Muricy

Conselho TécnicoAdriano DarzéJosé Viveiros

Mauro CuckiermanRodrigo CenturionAmauri GuerreroCarmen Martins

Paulo César FontesPaulo Nakamura

Comissão de ÉticaVirgílio CenturionNelson Louzada

Valter JustaLuiz Gonzaga Nogueira

Roberto GalvãoHenrique LubiscoAlexandre Taleb

Paulo César FontesFrederico F. Ribeiro

Tadeu Cvintal

Conselho DeliberativoVirgílio Centurion (Presidente)

Carlos Heler DinizHamleto Molinari

Homero Gusmão de AlmeidaMárcia GuimarãesOrestes Miraglia

Paulo César FontesPaulo FerraraPaulo Tavolieri

Ricardo GuimarãesRubens Belfort

Diretores RegionaisNorte

Luiz Gonzaga NogueiraNordeste

Islane VerçosaCentro-OesteLizabel Gemperli

SudesteArnaldo Castro

SulFernando Botelho

www.sbcii.com.br

www.sbcr.com.br

www.oftalmo.org.br

S O C I E D A D E S

Endereço:Visconde de Pirajá, 111 - sala 818 - CEP: 22410-001

Ipanema - RJTel: (21) 2523-7277 - Fax: (21) 2521-3094

E-mail: [email protected]

Diretor de DivulgaçãoJosé Álvaro Pereira Gomes

Conselho FiscalFrederico de Souza Pena

Paulo Ferrara de Almeida CunhaLuiz Fernando Regis PachecoEduardo Laboissiere da SilvaGilberto Guimarães de Freitas

João Araújo SiqueiraElias Donato

Vicente de Mello

Conselho ConsultivoLuiz Onofre VelosoOdair Guimarães

Francisco KomatsuSaly Maria Bugman Moreira

Francisco Arthur de Queiroz MaisAntonio Carlos Violante

Tadeu CvintalLuiz A. Morizot Leite FilhoLuiz Alberto Molina Mônica

Antonio Carlos Haddad

Newton R. SalermoJoão Alberto Holanda

de Freitas

Comissão Executivade Cirurgias

ExperimentaisMarcelo Luis Occhiutto

Luiz Alberto Molina MônicaOctávio Moura Brasil do

Amaral FilhoLuiz A. Morizot Leite FilhoPaulo Elias Correa Dantas

Arnaldo CastroFrancisco Waldo P. Almeida

Israel Rosemberg

Diretores RegionaisNorte-Nordeste

Germano Leitão de AndradeCentro-Oeste

Leonardo AkaishiSul

Samuel Rymer

PresidentePaulo Fadel

Vice-PresidenteEdna Almodin

Diretor TesoureiroPedro Paulo Fabri

Diretor AdministrativoJuan Carlos Caballero

Diretora de ComunicaçãoWendy Falzoni

Diretorias EspeciaisCoordenação

Miguel Ângelo PadilhaRelacionamento

InternacionalVirgílio Centurion

InformáticaMilton Yogi

OrganizaçãoNão-Governamental

Ligada à OftalmologiaSílvia Veitzman

Endereço:Alameda Santos, 1343 - 6º andar - conj. 611 - CEP: 01419-001 - Cerqueira César

São Paulo/SP - Tel/Fax: (11) 3266-4538E-mail: [email protected]

Endereço:Visconde de Pirajá, 111 - sala 818 - CEP: 22410-001 - Ipanema - RJ

Tel: (21) 2523-7277 - Fax: (21) 2521-3094SBCII - E-mail: [email protected] / SBCR - E-mail: [email protected]

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S U M Á R I O

A G E N D A21 a 24 de abril de 2004

VIII Congresso Internacional de

Catarata e Cirurgia Refrativa

Local: Centro de Convenções de Pernambuco -

Recife - PEInformações: Tel: (81) 3442-1940

E-mail: [email protected]

Site: www.catarata-refrativa.com.br

9 a 12 de junho de 2004

XIII Congresso Internacional da SBO

Local: Centro de Convenções Ribalta - Rio

de Janeiro - RJ

Informações: SBO - Tel: (21) 2558-5753

9 e 10 de julho de 2004

Congresso da SBAO

Local: São Paulo/SP

Informações: SBAO - Tel: (11) 3266-4538

E-mail: [email protected]

Obstrução de ducto lacrimale cirurgia de catarataDr. Robert D. Gross 13

As vantagens das prostaglandinas notratamento de glaucomaDr. Harvey Dubiner 15

Catarata branca: cuidado!Dr. FernandoCançado Trindade 17

Abordagem cirúrgica dospterígios primários e recidivadosDr. Gustavo Mansur Castro / Dr. LuizEduardo Ribeiro / Dr. FernandoMoro / Dr. Tadeu Cvintal 19

Por dentro das novidades: quinolonasde quarta geraçãoDra. Denise de Freitas 23

Topografia de córnea e wave-front...e o que há além dissoDr. Paulo Polisuk /Dr. Steven Wilson 27

Terceirização comofator redutor de custoDra. Lizabel VieiraBarbosa Gemperli 31

Construindo e administrando orelacionamento com o clienteDra. Márcia ReginaFerreira Campíolo 32

Gestão Financeira declínicas e hospitais oftalmológicosHelio Borin Filho 34

VIII CONGRESSOINTERNACIONAL DE

CATARATA E CIRURGIAREFRATIVA

Venha debatero tema com

especialistas da área,durante o VIII CongressoInternacional de Cataratae Cirurgia Refrativa,em Recife-PE

A Revista Oftalmologia em Foco convida to-

dos os profissionais a participar de um encontro para

debater essa tendência e ponderar a sua viabilidade, o qual

será realizado durante o citado congresso.

O evento contará com a participação de convidados

especialistas em cirurgia refrativa, como o Dr. Richard

Packard e o Dr. Luiz Fernández-Vega Sanz, que pres-

tarão esclarecimentos para dirimir dúvidas

relacionadas ao tema.

Wendy Falzoni

8

SSerá realizado, em abril de 2004, o VIII Congresso Interna-

cional de Catarata e Cirurgia Refrativa, na cidade de Recife-PE.

Nessa ocasião, entre outras coisas, serão abordados assun-

tos relativos ao grande avanço que os procedimentos

oftalmológicos vêm conseguindo, através da moderna tecno-

logia que está sendo disponibilizada para o setor.

Na cirurgia de catarata, por exemplo, essa evolução já é

constatada nos aparelhos de facoemulsificação, no uso de inci-

sões cada vez menores, na melhoria das lentes intra-oculares,

no desenvolvimento das LIOs multifocais e no controle de in-

fecções.

Pensando nisso, o enfoque passa a ser a cirurgia de lensec-

tomia refrativa. Diante das perspectivas tecnológicas e das

melhorias aplicadas aos procedimentos de catarata, pode-se

afirmar que existem possibilidades reais de se levar esse pro-

gresso também para a cirurgia refrativa.

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Outubro/Novembro de 2003

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1 - Somente poderão ser inscritos trabalhos:a) não publicados em periódicos ou livros no Brasil (até a data de

postagem do trabalho)b) que não tenham sido previamente apresentados em congres-

sos de abrangência nacionalc) com cinco autores no máximo. Um dos autores deverá ser sócio

da SBCII ou da SBCR e estar em dia com a anuidade.

2 - Os trabalhos poderão ser inscritos para apresentação oral ouatravés de pôsteres, fotografias e vídeos (veja “Normas para envio devídeos”).

3 - Ao comitê do programa é reservado o direito de recusar osresumos de acordo com os requerimentos e os temas. Os autoresreceberão uma notificação: aceito ou não.

4 - Temas livres e pôsteres deverão ser enviados na íntegra (nãoserão aceitos só resumos).

5 - Os temas livres e pôsteres devem também apresentar a litera-tura nacional pertinente. Deverão conter título e resumo também eminglês. São obrigatórios ainda os itens: introdução, material e méto-dos, resultados, discussão e referências bibliográficas. Essas últimasdeverão ter apresentação baseadas no formato “Vancouver Style” eos títulos dos periódicos abreviados no estilo de “List of Journal Inde-xed in Index Medicus”, não podendo exceder o número de vinte.Devem apresentar também cinco palavras-chave em português e in-glês. O resumo deverá ser apresentado em português e em inglês,contendo os seguintes itens: os subtítulos, objetivo, materiais e méto-dos, resultados e conclusão.

6 - Os temas livres e pôsteres deverão conter, no máximo, dezpáginas, cinco tabelas e três figuras. Deverão ser apresentados emportuguês, digitados em espaço duplo, papel ofício, numa face só,com o corpo de letra em tamanho 12.

Normas para apresentação de teData limite para o

CIRURGIA DE CATARATA• Avanços em cirurgia de catarata• Lentes dobráveis, multifocais e acomodativas• Biotecnologia de novos materiais• Novos instrumentos, novos equipamentos,

cold phacos• Vantagens de novas técnicas• Complicações: como evitar, como controlar• Discussão de casos difíceis e desafiadores• Cirurgia facorrefrativa: presente e futuro• Aspectos legais na formatação de day clinics• Responsabilidade civil e co-participação

de profissionais nas ações

CIRURGIA REFRATIVA• Avanços em cirurgia refrativa• Excimer Laser: presente e futuro• Córnea: chegamos ao seu limite?• Novas tecnologias, novos recursos semi-óticos• O que há de novo em fenômenos

de aberrações?• Extração de cristalino transparente? Esse

é o futuro?• Cirurgia refrativa e a realidade do País – qual

o caminho nesta nova década?

CURSOS• Cursos em diferentes níveis, mas feitos de

forma linear (uma novidade!), estão sendoprogramados. Brevemente, serão divulgadosmaiores detalhes.

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Outubro/Novembro de 2003

Principais temasPrincipais temas

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Simpósios, painéis, mesas-redondas, cursos, wet labs,temas livres, Festival de Vídeos, pôsteres e fotografias científicas

emas livres, pôsteres e fotografias envio - 15/01/2004

PALESTRANTESDezenas de colegas do Brasil e do exterior jáconfirmaram sua participação. Reforçandouma tradição de 20 anos, o VIII CongressoInternacional contará com a presença de des-tacados palestrantes da América Latina,Estados Unidos e Europa.

7 - No mesmo envelope, deverá ser enviado o trabalho na íntegra,em três vias impressas, admitindo-se fotocópias (coloridas para figu-ras e fotos), o Formulário de Inscrição de Trabalhos Científicos,devidamente preenchido, e o resumo. Na folha de rosto deverá cons-tar:

a) título do trabalho em português e inglêsb) nome(s) do/a(os/as) autor/a(es/as), sem abreviaçãoc) titulação do/a(os/as) autor/a(es/as)d) instituição onde foi realizado o trabalhoe) assinatura do/a(os/as) autor/a(es/as)f) opção por tema livre ou pôsterg) endereço para correspondência.

8 - Fotografias - enviar um resumo da fotografia, com o título damesma e o nome(s) do/a(os/as) autor/a(es/as).

9 - Os trabalhos devem ser enviados para a SBCII, Rua Visconde dePirajá, 111 - sala 818 - Ipanema - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22410-001.

10 - A data limite para o envio dos trabalhos é 15/01/2004 (datado carimbo da postagem do correio). NÃO HAVERÁ PRORROGAÇÃO.

11 - Trabalhos realizados no exterior poderão ser apresentadosem inglês ou espanhol e deverão vir com o resumo também em portu-guês.

12 - O local de exposição dos pôsteres será definido pela Secreta-ria Executiva. Os suportes para colocação dos pôsteres têm 2 m dealtura x 1 m de largura e serão providenciados pelo congresso. São deresponsabilidade dos autores a colocação e a retirada dos pôsteres nolocal do evento.

13 - Os melhores temas livres, pôsteres e fotografias receberãoprêmios especiais.

9OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

WET LABS• Lentes intra-oculares em pseudofacia• Anéis intracorneanos• Facoemulsificação bimanual, microincisões

Orbscan, topografia, OCT, etc.

E muito mais... aguarde a divulgação denovas informações ou procure-as no sitewww.catararata-refrativa.com.br

21 a 24 de abril de 2004Centro de Convenções de Pernambuco - Recife - Pernambuco

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10 OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 200310 OFTALMOLOGIA EM Outubro/Novembro de 2003

CATEGORIASCirurgia de Catarata - Poderão ser inscritos os vídeos queabordam assuntos relacionados a cirurgia de catarata e lentesintra-oculares, excluindo-se as complicações per e pós-operatórias

Cirurgia Refrativa – Poderão ser inscritos os vídeos queabordam assuntos relacionados a cirurgia refrativa, excluindo-se as complicações per e pós-operatórias

Complicações Cirúrgicas de Catarata

Complicações Cirúrgicas Refrativas

Interesse Especial - Nessa categoria deverão ser inscritos osfilmes que abordam qualquer assunto oftalmológico nãorelacionado a cirurgia de catarata ou refrativa.

VÍDEOSSó serão aceitos vídeos no formato VHS e no sistema NTSC.A duração máxima de cada filme será de 10 minutos. Os queexcederem esse limite não entrarão no julgamento.Cada autor poderá inscrever no máximo dois filmes.

JULGAMENTOO julgamento será feito 15 dias antes da data do congresso,por sete juízes. Vídeos nos quais conste o nome de algum dosjuízes não entrarão para julgamento.Serão considerados os seguintes critérios: contribuição científica

Normas para envio de vídeosData limite para o envio - 15/01/2004

Data limite para envio dos vídeos: 15/01/2004 (data do carimbo da postagem do correio).

Local para entrega: os vídeos deverão ser enviados para a SBCII, acompanhados do Formulário de Inscrição deTrabalhos Científicos, devidamente preenchido, e do resumo de conteúdo.

Rua Visconde de Pirajá, 111 • sala 818 • Rio de Janeiro/ RJ • Brasil • CEP: 22410-001Telefax: 55 21 2523-7277

(peso 3), originalidade científica (peso 2), qualidade técnica daimagem (peso 1), sonoplastia (peso 1), roteiro (peso 1) ecriatividade (peso 1).

APRESENTAÇÃO DOS FILMESRegra para a aceitação dos filmes: pelo menos um dos autoresdeverá estar inscrito no congresso.Todos os vídeos serão apresentados em horários pré-determinados, a serem cumpridos com exatidão.Os vídeos premiados serão reapresentados no último dia docongresso.

PREMIAÇÃOTodos os vídeos concorrerão ao Prêmio Alcon Brasil deOftalmologia, que constará de:

• Primeiro lugar da categoria - prêmio de R$ 3.000,00• Segundo lugar da categoria - prêmio de R$ 1.000,00• Grande Campeão - prêmio de R$ 10.000,00• Prêmio Revelação - outorgado a um principiante em festivais

de vídeos, no valor de R$ 3.000,00.

Todos os filmes feitos fora de nosso país, mas narrados emportuguês ou espanhol estarão concorrendo a todas aspremiações do “Prêmio Alcon Brasil de Oftalmologia”.

Todos os ganhadores receberão um importante troféu que, porsi só, representará a valorização do trabalho produzido.A entrega dos prêmios será feita em noite de gala.

PRÊMIO ALCON BRASIL DE OFTALMOLOGIAMais um show de vídeos está sendo programado para o Congresso Internacional de Catarata e Refrativa. Veja as

regras a seguir e prepare-se para não estar de fora desse que é o maior festival de vídeos do hemisfério sul.

F O C O

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13OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

Obstrução de ducto lacrimale cirurgia de catarata

DR. ROBERT D. GROSS

Descreve o procedimento utilizado e ressalta a atualmudança de postura dos cirurgiões com relação aoimplante de LIOs em crianças

existência de obstrução deducto lacrimal em recém-nas-cidos é bem freqüente,ocorrendo em cerca de 30%

das crianças normais.“Mas, como se sabe, na maioria dos

casos, esse problema pode ser rapidamen-te resolvido, sem a necessidade deintervenção cirúrgica, geralmente porvolta do 13º mês de idade”, afirma o Dr.Robert D. Gross. “No entanto, quando háum quadro de catarata, essa obstruçãopode ser um fator maior de risco paraocorrência de infecção, tanto pré-opera-toriamente, na esterilização do fundo desaco conjuntival, como no pós-operató-rio, para se manter esse ambiente estéril.Essa é uma circunstância em que se de-veria fazer sondagem do ducto lacrimal,que pode ser efetuada conjuntamentecom a cirurgia de catarata”.

ProcedimentoAlguns oftalmologistas sondam o duc-

to lacrimal com a criança acordada nopróprio consultório. Isso também podeser feito através de ato cirúrgico.

De acordo com o Dr. Gross, não exis-te problema em se medicar os bebês comdroga antiinfecciosa. O antibiótico deveser aplicado pré-operatoriamente, duran-te dois dias.

Ele ressalta que é importante tambémdemonstrar aos pais a técnica corretapara se fazer a massagem no saco lacri-mal.

Já na sala de cirurgia, é preciso efe-tuar a sondagem e a irrigação do ducto,para se ter certeza de que está realmenteaberto. Colocam-se, então, os campos ci-rúrgicos e inicia-se a cirurgia de catarata.

“Não realizo, rotineiramente, examede cultura em casos de obstrução lacri-mal, mesmo que a criança vá sersubmetida a cirurgia de catarata. Mas, éum procedimento que pode ser feito.Entretanto, é necessário que seja realiza-

do antes de se começar a aplicar o anti-biótico.

Se o bebê estiver sendo preparadopara a cirurgia de catarata e houver in-fecção lacrimal, utilizo maxifloxacina(Vigamox). Se esse medicamento nãoestiver disponível, minha segunda opçãoé a ciprofloxacina (Ciloxan). Isso para ocaso de crianças com dacrioestenose. Seo paciente não apresentar essa compli-cação, não utilizo rotineiramenteantibiótico no pré-operatório, mas nãodispenso a aplicação da gota de iodetode polvidona na hora da cirurgia”.

Implante de LIO“No que se refere ao implante de LIOs

em crianças, a posição dos cirurgiões vemsofrendo uma mudança em direção opos-ta a que era defendida tempos atrás.

Nos últimos anos, passou-se a implan-tar lentes cada vez mais cedo e em bebêscada vez menores. No entanto, descobriu-se agora que, apesar das idéias criativasde se fazer piggy-back e da existência decálculos especiais para se determinar opoder dióptrico final da LIO, não se ob-teve sucesso na maioria dos casos decrianças muito pequenas. Terminada afase de crescimento, não se conseguechegar à refração ideal”, esclarece o Dr.Gross.

“O Dr. Steven Wilson, um dos maisexperientes cirurgiões de catarata em cri-ança, nos Estados Unidos, foi quemintroduziu a prática do piggy-back. En-tretanto, ele mesmo já não adota maisessa conduta”.

Portanto, um grande número de ci-rurgiões está voltando a implantar lentesomente em crianças com dois a três anosde idade, dependendo do grau de coope-

ração demonstrado por elas.“Normalmente, implanto a LIO Acry-

Sof. Mas, um aspecto muito importanteé a orientação dos pais. De nada adiantaobter-se um bom resultado cirúrgico doponto de vista anatômico, se não houversucesso na correção da ametropia e umtratamento adequado da ambliopia”.

O Dr. Robert D. Gross é Fellow doColégio Americano de Cirurgiões, Eye

Surgery and Consultation for Children,e possui consultório particular em

Dallas, EUA.

A

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Outubro/Novembro de 2003

oi concluído um estudo, realiza-do pelo Dr. Harvey Dubiner,visando a esclarecer dúvidas so-bre qual seria a melhor droga

para ser usada em um grande serviço deglaucoma.

“Profissionais de outras áreas daOftalmologia, como cirurgiões de ca-tarata, clínicos e optometristastambém têm as mesmas dúvidas em re-lação a esse assunto, inclusive pelasdificuldades que enfrentam por nãodisporem, como eu, de um vasto apa-rato tecnológico para tratar dessadoença”, afirma o Dr. Dubiner. “Nossoestudo foi feito com o travoprost”, eleacrescenta.

A escolha da droga é individualiza-da para cada paciente. Entretanto, o Dr.Dubiner considera as prostaglandinascomo sendo as melhores e, portanto,são rotineiramente sua primeira esco-lha para tratamento de glaucoma.“Entre os meus pacientes, posso afir-mar com segurança que 80% sebeneficiam com o uso da prostaglandi-na”, enfatiza o Dr. Dubiner.

Muitos pacientes não gostam de pin-gar o colírio, outros acabam tendoirritações ou simplesmente não podempagar pelo medicamento. Assim, ele en-fatiza que mesmo que a medicação sejaexcelente, não resolve o problema se nãofor usada corretamente.

Existem três ou quatro tipos diferen-tes de prostaglandinas no mercado e adúvida mais recorrente é se uma seriamelhor do que a outra.

“Para ser honesto, alguns pacientesque começaram o tratamento com, porexemplo, Travatan não tiveram a pres-são diminuída. Mas, às vezes, ao trocarpara Lumigan ou Xalatan, consegue-se aredução esperada. Apesar de acreditar

As vantagens dasprostaglandinas no

tratamento de glaucomaAnalisa os diferentes tipos de prostaglandinas e suasvantagens e desvantagens, a partir de um estudo sobrehipertensão ocular

DR. HARVEY DUBINER

Fque o Xalatan é o menos potente entretodas as prostaglandinas, em certos ca-sos achei pacientes mais tolerantes a essemedicamento do que aos outros”. Assimsendo, o Dr. Dubiner recomenda que secomece com travoprost e, ao longo dotratamento, se vá fazendo ajustes de acor-do com as avaliações da evolução doquadro.

Controle e tratamento“Escolhi o Travatan para proceder

ao estudo porque assim posso demons-trar o controle da flutuação diurna daPIO que, como todos já sabem, é umfator de suma importância com relaçãoao glaucoma. Isso não quer dizer queas outras drogas não façam esse con-trole, porém até agora ninguémrealizou uma análise sobre isso. Atéonde se sabe, esse é o primeiro estudoda ação hipotensora nas 24 horas diá-rias”, afirma o Dr. Dubiner.

Em uma consulta de rotina, um pa-ciente que quer apenas colocar óculos,sem ter outras queixas ou histórico deglaucoma na família, com PIO de 12mmHg e cuja fundoscopia mostra pa-pila com escavação fisiológica ecoloração normal, não precisa de ou-tros exames. Assim, pode-serecomendar que ele volte para umanova consulta em dois anos.

Porém, se o paciente apresentarum aumento da PIO, fatores de riscoou um nervo óptico com característi-cas suspeitas, é necessário fazer umaavaliação mais criteriosa do seu esta-do clínico.

O estudo de hipertensão ocular mos-trou que, considerando-se a espessuracorneana, se um paciente apresentar PIOde 18 ou 20 mmHg, mas não tiver ne-nhum fator de risco adicional, não hánecessidade de se fazer a curva diária depressão, desde que o nervo ótico estejanormal.

Hoje, sabe-se que não existe umlimite exato do valor da PIO para afir-mar se o paciente tem ou nãoglaucoma. Ainda assim, a PIO maiordo que 26 mmHg e uma espessuracorneana muito fina podem ser con-sideradas fatores de risco. Isso nãosignifica que esse paciente deveráentrar em tratamento, mas, com cer-teza, a evolução de seu quadro clínicodeverá ser mais bem controlada. En-tão, ao invés de passar por consultasa cada dois anos, ele precisará ser exa-minado anualmente ou com maiorfreqüência.

Enfim, o estudo sobre a hipertensãoocular mostrou que, em casos duvido-sos, não existe mal em se observar opaciente e não tratá-lo. “Para aquelesprofissionais que não dispõem de umarsenal de equipamentos, basta que sefaça o acompanhamento da curva diá-ria dos pacientes de risco,controlando-os mais efetivamente. Issofará com que esses colegas fiquem maisseguros em relação aos procedimentosque irão realizar em seus clientes e mui-to provavelmente não acarretarámaiores prejuízos, desde que esse acom-panhamento seja feito com cuidado”,conclui o Dr. Harvey Dubiner.

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17OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

catarata branca apresenta algu-mas dificuldades cirúrgicas,sendo a mais importante a au-sência de reflexo vermelho, que

dificulta a execução da capsulorrexeanterior.

Segundo o Dr. Fernando Trindade, autilização de corantes capsulares, dentreeles o azul de tripan a 0,1%, facilita a vi-sualização da capsulorrexe anterior etambém possibilita a identificação de umtemível mal, denominado de “Sinal da Ban-deira Argentina”, apresentado de formabem humorada por Perrone e Albertazzi,no Festival de Filmes do Congresso da AS-CRS, em Boston, EUA, em 2000 (Fig. 1).

O “Sinal da Bandeira Argentina”aparece na catarata branca quandoocorre a laceração radial centrífuga dacápsula anterior, previamente coradacom azul de tripan, durante a capsu-lorrexe anterior.

Essa descontrolada “corrida” centrí-fuga da cápsula anterior pode ultrapassara região equatorial e atingir também acápsula posterior, resultando em gravesconseqüências.

Os olhos com catarata branca geral-mente apresentam aumento de pressãointralenticular, que favorece a laceraçãoradial centrífuga da cápsula anterior du-rante a capsulorrexe, dando, assim,origem a esse temível sinal.

Catarata branca: cuidado!Apresenta os riscos causados pela complicação cirúrgicachamada de “Sinal da Bandeira Argentina” e esclarecequal a melhor maneira de evitá-la

DR. FERNANDO CANÇADO TRINDADE

AAs medidas pré

e per-operatórias“Quais seriam as medidas pré e per-

operatórias de que se pode dispor paraevitar que a elegante bandeira argenti-na tremule em nossas cirurgias decatarata branca?”, pergunta o Dr. Trin-dade.

Ele esclarece que, inicialmente, é pre-ciso ter cuidado com os pacientes obesos,os de rima palpebral diminuída, os emo-

cionalmente tensos, osaltos hipermetropes e,principalmente, os maisjovens, cuja maior elasti-cidade capsular, aliada àsituação de hipertensãointralenticular, facilitaainda mais a laceraçãocentrífuga da cápsula an-terior.

No pré-operatório,deve-se sempre diminuira pressão vítrea utilizan-do-se, se não houvercontra-indicação clínica,osmodiuréticos como,por exemplo, o manitol.

Nesses casos, é prudente evitar aaplicação de anestesia tópica. Isso por-que, durante a cirurgia, quandoutilizado esse tipo de procedimento, otônus do cone muscular fica geralmen-te aumentado, elevando a pressãovítrea. Nessa situação, a sedação per-operatória pode ser a melhor opção.

No caso de se utilizar a anestesia pe-ribulbar, é indispensável aguardar adifusão do anestésico ou mesmo usar oBalão de Honan durante alguns minutos,prática muito comum na época em que acirurgia extracapsular era a mais utiliza-da. O blefarostato deve ser leve e nãopode comprimir o olho. A incisão valvu-lar corneana deve ser a menor possível,

suficiente para a introdução da cânula doviscoelástico.

O tipo de viscoelástico a ser utiliza-do é muito importante. Nunca se deveusar metilcelulose. A câmara anteriorprecisa ser totalmente preenchida comviscoelástico, que deve ser denso e re-tentivo. A cápsula anterior deverá entãoser “pintada” com algumas poucas go-tas de azul de tripan, através demovimentos de vai-e-vem com a pró-pria cânula do corante.

Antes de se fazer a capsulorrexe an-terior não se pode esquecer depreencher, novamente, a câmara an-terior com viscoelástico. Ele, além depreencher a câmara, deve achatar acápsula anterior para neutralizar apressão intralenticular, geralmente altanesses casos.

A capsulorrexe anterior precisa serpequena. Deve-se almejar a realizaçãoda capsulorrexe anterior menor do quea habitual, pois em cirurgia de catara-ta branca, semelhante ao que ocorrecom a de catarata pediátrica, a tendên-cia é de que ela saia maior do que aplanejada.

Assim, deve-se trabalhar com aumen-to maior do microscópio. Como nacatarata branca o conteúdo cortical apre-senta-se liquefeito, as hidroclivagens sãodesnecessárias.

Outro recurso muito eficiente quepode ser usado no caso de catarata bran-ca é o de se impulsionar a cápsula anteriore, com a saída imediata do conteúdo lei-toso cortical, reduzir-se a pressãointralenticular, prosseguindo-se entãocom a capsulorrexe anterior de formamais segura, com uma chance bem me-nor de ocorrer laceração capsular radialcentrífuga.

Em casos extremos, de acentuada hi-pertensão vítrea, pode-se utilizar a

FIG. 1 - “SINAL DA BANDEIRA ARGENTINA”

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18 OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

▼ punção da pars plana para se obter a des-compressão.

ConclusãoEm resumo, o tempo mais crítico na

cirurgia de catarata branca é o da realiza-ção da capsulorrexe anterior.

“Geralmente, o núcleo apresenta umaconsistência não muito dura, o que faci-lita a sua emulsificação. Se mesmodepois de adotar todas as medidas cita-das acima, porventura acontecerlaceração capsular anterior com impos-sibilidade de resgate da capsulorrexe, omelhor é bascular de imediato o núcleopara a câmara anterior, com o auxílio doviscoelástico, para então prosseguir-secom a facoemulsificação, de forma ha-bitual, no plano iriano”, esclarece o Dr.Trindade.

O Dr. Fernando Cançado Trindade éProfessor Adjunto de Oftalmologia da

UFMG, Chefe do Setor de Catarata e LIOda UFMG (Hospital São Geraldo - Belo

Horizonte) e Ex-presidente da SociedadeBrasileira de Catarata e Implantes

Intraoculares.

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19OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

DR. GUSTAVO MANSUR CASTRO / DR. LUIZ EDUARDO RIBEIRO /DR. FERNANDO MORO / DR. TADEU CVINTAL

terígio é o crescimento de teci-do fibrovascular degenerativosobre o limbo e a córnea. É umachado muito freqüente na prá-

tica clínica em nosso meio, principalmen-te porque essa desordem é maisprevalecente à medida que nos aproxi-mamos do equador, devido a uma maiorexposição à radiação ultravioleta, poden-do chegar a um índice de 10% nessaregião.

Além do prejuízo estético e do des-conforto causado pela irregularidade dadistribuição do filme lacrimal, as altera-ções topográficas e/ou invasão do eixovisual são importantes causas de dimi-nuição da acuidade visual em pacientescom pterígio. Astigmatismo superior a 2dioptrias e acentuado grau de irregulari-dade são problemas comuns em casos depterígio avançado. Além disso, o cálculoda LIO pode apresentar refracional pós-operatório quando a cirurgia de catarataé realizada antes da de pterígio.

Condutas a serem adotadasApresentamos, a seguir, um resumo

das condutas atualmente adotadas pelosautores deste artigo, em função de cadatipo de pterígio.

1 - Pterígio primário atróficoem pacientes idosos

Para esse tipo de pterígio, a maioriadas técnicas disponíveis oferece um bomresultado, já que o risco de recidiva ébaixo. Portanto, os autores sugerem queseja utilizada a técnica com a qual o ci-rurgião tenha maior experiência.

2 - Pterígio primário em pa-cientes jovens

A técnica de eleição dos autores é otransplante autólogo de conjuntiva semo uso de antimetabólitos, com pequenaressecção de conjuntiva e extensa remo-ção do tecido fibrovascular sob o pterígio,

Abordagem cirúrgica dospterígios primários e recidivados

Descreve a conduta a ser adotada para cada diferentetipo de pterígioPtido como responsável pelo processo derecidiva.

3 - Pterígios recidivadosNesses casos, a técnica cirúrgica a ser

utilizada depende de:• número de recorrências• disponibilidade ou não de região

doadora de conjuntiva superior e inferior• tipo(s) de técnica(s) cirúrgica(s)

utilizada(s) na(s) cirurgia(s) prévia(s).

Transplante autólogo de conjuntivasem o uso de mitomicina C - é realizadoquando só houve uma recidiva, nos ca-sos em que na cirurgia prévia foi utilizadaa técnica de esclera nua.

Transplante autólogo de conjuntivacom uso intra-operatório de mitomicinaC em dose ultra-baixa (0,02% por 30 a60 segundos) ou rotação de retalho con-juntival com uso intra-operatório demitomicina C (0,02% por 1 a 3 minutos)- é utilizado nas seguintes situações:

• múltiplas recidivas após a aplica-ção da técnica de esclera nua

• recidiva após transplante autólogo

de conjuntiva ou rotação de retalho con-juntival sem uso de mitomicina C

• presença de região doadora de con-juntiva. Caso não haja mais conjuntivana região bulbar superior, ela pode serremovida da região bulbar inferior ou doolho contralateral, quando não houvercontra-indicações (pterígio no olho con-tralateral e glaucoma, por exemplo).

Presença de simbléfaro ou múltiplasrecidivas com escassez de conjuntivadoadora - nesse caso, pode ser utilizado:

• transplante autólogo de conjuntivaassociado a transplante de membranaamniótica e uso intra-operatório de mi-tomicina C em dose ultra-baixa

• transplante de mu-cosa labial.

“O transplante autó-logo de conjuntiva foi umgrande avanço no mane-jo cirúrgico do pterígio.Nos casos de múltiplasrecidivas, a escassez detecido conjuntival de ta-manho suficiente parapreencher as áreas cruen-tas é, normalmente, ofator limitante para as ci-rurgias convencionais.Alguns estudos mostra-ram a eficácia do uso demembrana amniótica

preservada na cirurgia de pterígio e daassociação de transplante autólogo deconjuntiva com transplante de membra-na amniótica.

Existem evidências de que o trans-plante autólogo de conjuntiva e limbo ésuperior ao transplante autólogo de con-juntiva, fato recentemente questionadoem nova publicação. Devido aos riscosinerentes à remoção do limbo e, por não ▼

FIG. 1 - TRANSPLANTE

AUTÓLOGO DE CONJUNTIVA

REALIZADO COM VICRYL 7-0,EM SUTURA CONTÍNUA

FIG. 2 - PTERÍGIO

PRIMÁRIO

INVADINDO TODO OEIXO VISUAL

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22 OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

julgarmos ser um passo essencial, não orealizamos de rotina em associação com otransplante autólogo de conjuntiva.

Alguns trabalhos científicos sugeremque a cirurgia de transplante autólogo deconjuntiva tem eficácia igual ou talvez su-perior à da técnica de esclera nua associada

ao uso de mitomicina C intra-operatória.Entretanto, não apresenta o risco de ocor-rência de complicações graves que ocorrecom o uso ocular da mitomicina C.

Nos casos de múltiplas recorrências

agressivas, o uso de mitomicina C é reco-mendado devido ao alto risco de recidivaapós uma nova cirurgia. A associação detransplante autólogo de conjuntiva comaplicação de mitomicina C intra-operató-ria mostrou-se eficaz, porém acreditamosque só deva ser utilizada em pterígios re-

cidivados.Nos pterígios pri-

mários, preferimos otransplante autólogo deconjuntiva, devido aos bai-xos índices de recorrênciae complicações. Uma re-cente proposta é o uso deinjeção de mitomicina Cno tecido subconjuntival,três a quatro semanas an-tes do procedimentocirúrgico.

Há dados suficientesem literatura que compro-vam que a técnica daesclera nua, largamente

utilizada em termos mundiais, não é ade-quada para o tratamento do pterígio deforma isolada (isto é, sem o uso de anti-metabólitos), quer nos casos primários,quer nos recorrentes, devido a índices de

▼ recidiva que podem chegar a 88%.Com a evolução das diferentes téc-

nicas cirúrgicas e o desenvolvimentode terapias adjuvantes (mitomicina C,no pré-operatório, intra-operatório oupós-operatório), o risco de recidiva di-minuiu substancialmente, mas aindaconstitui o maior desafio na cirurgiade pterígio”.

Os Drs. Gustavo Mansur Castro e LuizEduardo Ribeiro são Residentes do

Instituto de Oftalmologia Tadeu Cvintal,em São Paulo.

O Dr. Fernando Moro é Assistente doInstituto de Oftalmologia Tadeu Cvintal.

O Dr. Tadeu Cvintal é Diretor do Institutode Oftalmologia Tadeu Cvintal.

FIG. 4 - MESMO PACIENTE DA

FIG. 2 NO DÉCIMO SEXTO PÓS-OPERATÓRIO DE TRANSPLANTE

AUTÓLOGO DE CONJUNTIVA

ASSOCIADO À APLICAÇÃO DE

MEMBRANA AMNIÓTICA. NÃO

HOUVE RECIDIVA ATÉ OMOMENTO (UM ANO DE PÓS-OPERATÓRIO)

FIG. 3 - MESMO PACIENTE DA FIG. 2 NO

TERCEIRO DIA DE PÓS-OPERATÓRIO DE

TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CONJUNTIVA

ASSOCIADO À APLICAÇÃO DE MEMBRANA

AMNIÓTICA. UTILIZOU-SE O ENXERTO

CONJUNTIVAL SOBRE A ESCLERA E SOB AMEMBRANA AMNIÓTICA (ESTA COM AFACE EPITELIAL VOLTADA PARA BAIXO)

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23OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

DRA. DENISE DE FREITAS

ntibióticos são, por definição,substâncias produzidas por or-ganismos vivos, que inibem ocrescimento de microorganis-

mos ou os destroem. Em sentido maisamplo, substâncias sintéticas e semi-sin-téticas com ação antimicrobiana sãotambém denominadas de antibióticos.

Eles são classificados em bactericidasou bacteriostáticos, em função não so-mente da droga em questão, mas tambémde seu modo de ação e do microorganis-mo sobre o qual estão agindo.

Durante a década passada, as quino-lonas tornaram-se uma classe dominantede agentes antimicrobianos. Nenhumaoutra teve crescimento tão rápido ou foidesenvolvida com tanto interesse pelasindústrias farmacêuticas. A partir do novomilênio, muitos compostos serão apro-vados pelo Food and Drug Administration- FDA, nos EUA, ampliando ainda mais odesenvolvimento desse tipo de medica-mento.

O primeiro representante das quino-lonas foi o ácido nalidíxico, descobertoem 1963, enquanto eram realizados es-tudos com a cloroquina.

As quinolonas podem ser divididasem gerações, sendo o ácido nalidíxico orepresentante da primeira geração. A ci-profloxacina, enoxacina, norfloxacina,lomefloxacina e ofloxacina são quinolo-nas de segunda geração e a levofloxacinae sparfloxacina, de terceira. Na quartageração, temos a gatifloxacina, moxiflo-xacina, clinafloxacina, gemifloxacina etrovafloxacina.

Mecanismos de açãoQuinolonas são antibióticos bacte-

ricidas, que agem por inibição dastopoisomerases II (DNA-girase) e IVbacterianas, enzimas fundamentais nareplicação de DNA. Como resultadodessa ação, ocorre um afrouxamentodo superespiralamento das cadeias de

Por dentro das novidades:quinolonas de quarta geração

A Define os principais antibióticos e as vantagens edesvantagens dessa classe de medicamentos

DNA, que passam a não caber maisem seu espaço dentro da célula, alémde haver superprodução de algumasenzimas e degradação do cromosso-ma, seguida de morte bacterianarápida. De maneira geral, para amaioria das bactérias Gram negativas,o alvo principal das quinolonas é oDNA-girase, e para a maioria das bac-térias Gram positivas o alvo é atopoisomerase IV, sendo outras enzi-mas os alvos secundários em ambosos casos. Assim como ocorre com osaminoglicosídios, sua atividade de-pende da concentração tecidual. Asdiferenças na magnitude da mortebacteriana provocada pelas quinolo-nas na presença de rifampcina (uminibidor da síntese de RNA), e emanaerobiose, levou à formulação dehipóteses de que algumas delas podempossuir mais de um mecanismo deação. Porém, os eventos molecularesque estão por trás desse fenômenoainda não são compreendidos.

IndicaçõesAdministrados por via oral, os com-

postos de quarta geração apresentam

maior meia-vida, alta biodisponibilidade,elevada potência e extensa penetraçãotecidual. Após administração única oral,podem alcançar níveis terapêuticos novítreo e humor aquoso contra as bacté-rias mais comumente envolvidas emendoftalmites. Possuem amplo espectrode ação, incluindo bactérias Gram posi-tivas e negativas, anaeróbias, espécies deureaplasma, chlamydia, legionella, myco-plasma e micobactérias. Concentram-seespecialmente bem no interior de fagó-citos. Dessa forma, sua atividade in vivoé potencialmente superior contra orga-nismos intracelulares, tais comosalmonella spp., brucella spp. e micobac-térias.

Em testes in vitro, a gatifloxacinamostrou-se de oito a dezesseis vezes maispotente do que a ciprofloxacina e a oflo-xacina contra o m. tuberculosis. Tambémapresentou atividade quatro vezesmaior do que a ciprofloxacina contra mi-cobactérias de crescimento rápido, sendoo terceiro antibiótico conhecido (os pri- ▼

FIG. 1 - BACTÉRIAS

FIG. 2 - ESTRUTURA

QUÍMICA DA

MOXIFLOXACINA

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24 OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

meiros são a claritromicina e a linezolida)capaz de inibir mais de 90% dos isoladosde m. chelonae.

A moxifloxacina também se mostrouativa in vitro contra micobactérias. Em umestudo comparativo com ciprofloxacina,ofloxacina, levofloxacina, sparfloxacina eisoniazida, a moxifloxacina revelou-se aagente mais ativa.

O uso oftalmológico das quinolonasde quarta geração é indicado em infec-ções bacterianas da superfície ocular,causadas por microorganismos sensíveis,assim como na profilaxia de infecções ci-rúrgicas. Os compostos tópicosapresentam baixa absorção sistêmica apósa administração.

Reações adversas podem ocorrer ematé 10% dos pacientes, incluindo hipere-mia conjuntival, quemose, ceratite tóxica,conjuntivite papilar, hemorragia subcon-juntival, edema palpebral, cefaléia ealterações do paladar.

ResistênciaExistem vários métodos para se tes-

tar, in vitro, a susceptibilidade de ummicroorganismo a determinado antibi-ótico. Uma recente e significantemudança em microbiologia clínica foi odesenvolvimento de métodos que per-mitem a rápida identificação demicroorganismos e a avaliação de suaadaptação aos antimicrobianos. Essasnovas metodologias variam quanto àsua complexidade técnica (manual ouautomatizada), seus custos, sensibilida-de e especificidade, tempo de execuçãoe rapidez de resposta.

A resistência às quinolonas se dá pormutações espontâneas das topoisomera-ses II e IV, ou por alteração dapermeabilidade através das membranascelulares bacterianas. No entanto, a mag-nitude varia entre esses antibióticos.

As novas fluorquinolonas apresen-tam uma menor incidência deresistência. São necessárias duas muta-ções para que isso ocorra contra osagentes, sendo estimado que apenasuma bactéria em um trilhão é capaz dedesenvolver resistência.

A sensibilidade das bactérias peran-te os antibióticos pode variar de acordocom o grupo estudado, sítio de infecção,estações do ano e região. Observa-seuma variação cíclica quanto à sensibili-dade de bactérias aos antibióticos,induzida pelo próprio uso da droga emum determinado período de tempo. Bac-térias inicialmente sensíveis a esse tipode medicamento podem, durante o tra-tamento, tornar-se resistentes a ele. Osdois principais mecanismos responsáveispor esse fenômeno são a seleção e a in-dução.

Existe certa discussão sobre o impactodo uso crônico desses medicamentos namicrobiota conjuntival, sobretudo na pos-sível indução à resistência em algumascepas bacterianas e sua repercussão futu-ra, uma vez que não existem muitas opçõesde antibióticos tópicos para o tratamentodas infecções oculares. Existem bactériasintrinsecamente resistentes a essa classede antibióticos, e espera-se um aumentodo número desses microorganismos coma utilização dessas drogas em larga esca-la, pelos motivos aqui expostos.

Expectativas“O almejado por todos é a descoberta

de um antibiótico ideal, que teria comocaracterísticas: atividade antimicrobianaefetiva e seletiva, sem toxidade para o hos-pedeiro; ação bacteriana; não alteração damicrobiota saprófita; não indução à resis-tência, em organismos inicialmentesensíveis; penetração uniforme e constanteno tecido desejado; não diminuição da

eficácia por fatores locais (pH, potencialde oxirredução, etc.); estabilidade em so-lução; meia-vida prolongada, diminuindoa necessidade de administração freqüen-te, e baixo custo”, afirma a Dra. Denise deFreitas.

“Infelizmente, não há disponível nomercado uma substância com todos essesrequisitos. Sem dúvida, as quinolonas dequarta geração representam um avançonesse sentido.

Finalizando, pode-se dizer que a esco-lha do antibiótico deve ser individualizadae está sujeita a mudanças no decorrer dotratamento das doenças infecciosas”.

A Dra. Denise de Freitas é Livre-docente em Oftalmologia e Professora

do Curso de Pós-graduação emOftalmologia, do Departamento de

Oftalmologia da Universidade Federalde São Paulo / Escola Paulista de

Medicina (UNIFESP - EPM).

FIG. 3 - ESTRUTURA

QUÍMICA DA GATIFLOXACINA

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Outubro/Novembro de 2003

Entrevistas com os Drs. Paulo Polisuk e Steven Wilson, realizadas pelo Dr. Renato Ambrósio Jr., durante o CongressoInternacional do Hospital São Geraldo, no mês de outubro, em Belo Horizonte/MG. O Dr. Paulo Polisuk é Diretor do InstitutoProvisão, Ex-fellow do Mass. Eye and Ear Infirmary (Harvard Medical School), Presidente da ABBO - Associação Brasileira deBancos de Olhos e Vice-presidente do Banco de Olhos do Rio de Janeiro. O Dr. Steven Wilson é Diretor do Departamento de

Córnea e Cirurgia Refrativa e Professor de Biologia Celular da Cleveland Clinic - Cole Eye Institute.

Topografia de córnea e wave-front...e o que há além disso

FOCO - Quais foram as principais di-ficuldades enfrentadas, na últimadécada, para a implementação da to-pografia corneana?

Dr. Polisuk - Enquanto a videoceratos-copia computadorizada surgia e tomavavulto nas publicações internacionais, noBrasil nós nos deparávamos principalmen-te com duas dificuldades: novo conceito ecusto.

A introdução de um novo conceito deinterpretação através de cores tornava oexame atrativo, porém de difícil assimi-lação. Essa dificuldade foi sendo paulati-namente superada pelos oftalmologistas,através dos cursos de aprendizagem con-tinuada, suprindo a necessidade doscirurgiões de ter uma documentação pré-operatória que pudesse embasar a correta

A topografia corneana já está totalmente consagrada, incorporada e aceita como

um exame complementar fundamental em Oftalmologia. Dispõe-se de vasta litera-

tura nacional e internacional sobre esse tema, destacando-se, inclusive, a nova edição

do atlas editado por um dos nossos entrevistados, Dr. Paulo Polisuk. O atlas traz

informações completas sobre topografia de córnea e já inclui um capítulo dedicado

à análise de frente de onda (wave-front), que foi escrito juntamente com o Dr.

Marcelo Netto e Dr. Steven Wilson.

Há indicações definidas para a utilização da topografia de córnea e, até mesmo,

situações em que se considera imprudente a realização de um procedimento cirúr-

gico sem que ela seja efetuada.

A análise de frente de onda (wave-front) ou aberrometria foi introduzida na Oftal-

mologia como uma nova concepção para o estudo da óptica do olho, há cerca de

quatro anos.

Nos últimos dois anos, observa-se uma verdadeira explosão no número de publica-

ções sobre esse assunto. Entretanto, a análise de frente de onda, apesar de já

reconhecida e até mesmo aceita, ainda não está totalmente incorporada à rotina

dos cirurgiões de córnea e cirurgia refrativa.

As entrevistas, a seguir, realizadas com o Dr. Paulo Polisuk e Dr. Steven Wilson, dois

dos grandes nomes nessa área, trazem conceitos muito importantes para se enten-

der o papel que cada uma dessas abordagens tem no contexto atual da cirurgia

refrativa. Dr. Renato Ambrósio Jr.

indicação do procedimento refrativo.O segundo empecilho era o custo do

equipamento, associado à incerteza de queessa tecnologia seria realmente consolida-da e não temporária como tantas outras.Ainda me lembro de colegas que defen-diam a topogometria (adaptação doceratômetro para avaliar a periferia dacórnea) como método com melhor custo-benefício para afastar a possibilidade deexistência de ceratocone.

Todas as dificuldades foram sendo di-luídas à medida que estudos nacionais einternacionais confirmavam, de formacontundente, a necessidade de se estabe-lecer parâmetros topográficos parapacientes portadores de ectasia cornea-na e para aqueles com indicação decirurgia refrativa.

FOCO - Quais são as principais apli-cações para o exame de topografia decórnea?

Dr. Polisuk - A topografia ganhou pro-jeção com o crescimento da demanda decirurgia refrativa, tornando-se parte im-prescindível da avaliação dos pacientes queplanejam submeter-se a esse procedimen-to cirúrgico.

Esse exame mostrou-se importante tan-to no pré-operatório, em que a avaliaçãoda curvatura anterior da córnea permite aobservação de assimetrias fisiológicas epatológicas, como, por exemplo, o cerato-cone, quanto no pós-operatório, quandose afere a centralização do procedimento,o que proporciona uma melhor compre-ensão de eventuais queixas dos pacientes.

Outras indicações clássicas para a apli-cação da topografia corneana são, porexemplo, o acompanhamento da evoluçãodo ceratocone ou de outras ectasias decórnea e o auxílio no controle do astigma-tismo pós-transplante de córnea.

FOCO - Nesse contexto, qual a suavisão sobre a utilização da aberrome-tria?

Dr. Polisuk - A aberrometria, assimcomo ocorreu com a topografia, traz emseu bojo um avanço tecnológico que sedestina a agregar informação ao conheci- ▼

FIG. 1 - TOPOGRAFIA COMPARATIVA (MAPA DIFERENCIAL) PRÉ

E PÓS-OPERATÓRIA DE UM PACIENTE SUBMETIDO A CIRURGIA

REFRATIVA (LASIK)

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28 OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

mento já consolidado através da ceratos-copia computadorizada.

Isso significa que, ao contrário da opi-nião de alguns oftalmologistas, aaberrometria, a meu ver, irá se firmar noarsenal propedêutico como ferramentacomplementar, que, em conjunto com atopografia, permitirá que possamos sele-cionar os pacientes que precisam sesubmeter ao procedimento personalizado,melhorando assim os resultados e mino-rando as queixas visuais apresentadas poralguns deles, as quais anteriormente care-ciam de explicações convincentes.

FOCO - A aberrometria (wave-front)substitui a topografia corneana no exa-me de pacientes que serão submetidosa cirurgia refrativa?

Dr. Wilson - Definitivamente não! Owave-front não vai substituir a topografiade córnea nem agora nem nunca.

A topografia corneana oferece informa-ções sobre a curvatura da córnea e sobre ainfluência desse fator na óptica total doolho que são fundamentais para a análisepré e pós-operatória de todos os casos decirurgia refrativa.

Além disso, a tecnologia aplicada natopografia de córnea é muito mais “robus-ta”. Esse exame constitui-se também numa

metodologia mais familiar para a de-tecção de anormalidades comoceratocone e degeneração marginalpelúcida, entre outras, que se classi-ficam como contra-indicaçõesformais para a realização de proce-dimentos refrativos sobre a córnea.

Obviamente, a análise de frentede onda tem sua aplicação específi-ca. Na verdade, as informaçõesresultantes desses dois tipos de exa-mes são altamente complementares.

FOCO - Qual é o papel do wave-front e das ablações personalizadas nocontexto atual da cirurgia refrativa?

Dr. Wilson - O estudo da aberrometriaaumentou significativamente nossa capa-cidade de diagnosticar e compreender osefeitos da cirurgia refrativa nas aberraçõesópticas do olho, bem como na qualidadeda visão. E esses são fatores com os quaisdevemos nos preocupar cada vez mais.

Além disso, como plataforma para tra-tamentos personalizados, a tecnologia dowave-front surgiu concomitantemente commelhorias nos sistemas de laser, que se tor-naram mais eficientes no tratamento demiopia, hipermetropia e astigmatismo.

Podemos dizer que os tratamentos per-sonalizados proporcionam resultadossuperiores tanto em termos de quantidadecomo de qualidade da visão, o que pode serverificado em níveis bem baixos de lumino-sidade. Entretanto, há casos para os quais atecnologia que já dispúnhamos era muitosatisfatória. É difícil, por exemplo, observaro benefício proporcionado pelo tratamentopersonalizado em um paciente com pupilapequena, - 1,25 D de miopia e baixos níveisde aberrações de ordens mais elevadas. Aanálise do wave-front, bem como a medidado diâmetro pupilar em condições controla-das de luminosidade devem fazer parte darotina com base na qual todos os pacientessão avaliados. Os tratamentos personaliza-dos também trazem grande benefício noscasos de retratamentos. Certamente, à me-dida que tivermos mais experiência naaplicação dessa nova tecnologia, conhece-remos melhor a real vantagem das ablaçõespersonalizadas.

FOCO - O que ainda está faltandono desenvolvimento da análise de fren-te de onda? Como você vê o futurodessa tecnologia?

Dr. Wilson - Na minha opinião, exis-tem duas grandes limitações com relaçãoà aplicação dessa tecnologia. A primeira

está no fato de que muitos dos pacientesque mais precisam desse exame, ou seja,que têm valores elevados de aberrações,não conseguem ser analisados devido aocruzamento de pontos. Certamente, serãodesenvolvidas melhorias nesses aparelhos,com relação a cada princípio em si, bemcomo no que se refere à associação de prin-cípios diferentes. Por exemplo, o sistemade “ray tracing” estuda um ponto de cadavez, numa velocidade bastante elevada,sendo capaz de medir olhos com mais ir-regularidades.

Observaremos, adicionalmente, quefórmulas alternativas aos polinômios deZernike serão usadas para melhor descre-ver as formas complexas de frente de onda.

A segunda grande limitação está relacio-nada ao fato de que com a análise dowave-front estuda-se a óptica ocular desdeo filme lacrimal até a retina. Não se conse-gue observar os processos que ocorremposteriormente ao nível central. Sabe-se quehá um processamento da informação nocórtex visual e uma interpretação. Essesmecanismos, denominados de plasticidadeneurológica, são extremamente complexose capazes de compensar as distorções ópti-cas, atenuando sua significância clínica. Issovaria para cada paciente, de acordo com di-versos fatores como personalidade, humore outros que desconhecemos. Certamente,as informações subjetivas devem ser leva-das em consideração. Atualmente, acreditoque o único sistema capaz de ter um inputsubjetivo é o InterWaveTM, que é baseadoem refratometria espacial (Princípio deScheiner) e está sendo desenvolvido naEmory University, pelo Dr. Keith Thompsone seus colaboradores.

Enfim, haverá diversas melhorias nessatecnologia, como ocorreu com os softwaresde inteligência artificial em topografia decórnea. Os fabricantes devem consideraressas limitações e se empenhar em superaressas fronteiras, o que aumentará ainda maisnossa capacidade de diagnóstico e tratamen-to na cirurgia refrativa.

DURANTE O CONGRESSO INTERNACIONAL DO HOSPITAL SÃO GERALDO,EZEQUIEL FELDMAN (EDITORA CULTURA MÉDICA) ENTREGA, PARA O DR.RENATO AMBRÓSIO JR. E DR. STEVEN WILSON, UM EXEMPLAR DA NOVA

EDIÇÃO DO LIVRO “TOPOGRAFIA DE CÓRNEA”, EDITADO PELO DR.PAULO POLISUK

FIG. 2 - APLANAMENTO

CENTRAL PÓS CIRURGIA

REFRATIVA

FIG. 3 - APLANAMENTO

EXCÊNTRICO PÓS CIRURGIA

REFRATIVA

FIG. 4 -TRANSPLANTE DE

CÓRNEA: AVIDEOCERATOSCOPIA

AUXILIA NA

DEFINIÇÃO DE QUAL

SUTURA DEVE SER

REMOVIDA

FIG. 5 - MAPA DIFERENCIAL ANTES E APÓS A RETIRADA DE

SUTURA APERTADA ÀS 10H30 (REGIÃO TEMPORAL

SUPERIOR), EM UM CASO PÓS CIRURGIA DE CATARATA

28 OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

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31OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 2003

á pelo menos dez anos,já se discutia o fato deque a terceirizaçãoseria uma tendência

mundial e, a cada dia que passa, isso setorna mais real. As parcerias estão ga-nhando espaço e a ordem é terceirizartudo aquilo que não está relacionado aonegócio principal, de modo a sobrar tem-po para se dedicar mais à atividade-fim,na busca de orçamentos enxutos, equi-pes reduzidas e retorno do investimento”,analisa a Dra. Lizabel Gemperli.

Com a terceirização de alguns setores,as empresas podem ter sua equipe de fun-cionários trabalhando com o foco no seunegócio principal e deixar para terceiros aadministração de áreas técnicas e comple-xas que exijam profissionais especializados.

A terceirização tornou-se uma tendên-cia sem volta quando as empresasperceberam a vantagem de não adminis-trar certos departamentos, além dapraticidade de receber relatórios finaissomente para análise.

“Com o pessoal interno focado no ne-gócio principal, é obvio que vamosaumentar nossa lucratividade, além de nostornarmos mais competitivos, uma vez queficamos mais envolvidos com nossa ativi-dade-fim e com maior disponibilidade detempo para atualizações e reciclagens”.

Redução de custosNo que se refere à redução de custos

propriamente dita, pode-se citar comovantagens advindas da terceirização:

1) ausência de vínculo empregatíciocom a empresa prestadora de serviço. En-tretanto, deve-se salientar que aterceirização não isenta a clínica de respon-der perante a Justiça do Trabalho pelosdireitos do funcionário terceirizado em casode falência da empresa prestadora de ser-viços que o contratou. Nessa situação, ofuncionário poderá requerer que o paga-mento de sua indenização seja feito pela

Terceirização comofator redutor de custo

DRA. LIZABEL VIEIRA BARBOSA GEMPERLI

Analisa as vantagens proporcionadas por esse tipo de parceria“H clínica onde realiza as tarefas e atividades.“Quer consideremos essa determinaçãocomo certa ou errada, o que se observa éque a legislação brasileira protege o em-pregado”, observa a Dra. Lizabel. “Por essee por outros fatores, a elaboração do con-trato de terceirização deve ser feita deforma bastante cuidadosa e sempre com aorientação de um bom advogado.”

2) dependendo da natureza do servi-ço existe a possibilidade de contrataçãoapenas eventual e de forma avulsa, semincorrer nos altos custos de manutençãode uma equipe especializada fixa e pro-vavelmente com alto índice de ociosidade

3) possibilidade de contratação de equi-pe interna redimensionada conforme asreais necessidades e exigências do serviço

4) redução de gastos com treinamen-to especializado de funcionários e dosriscos destes virem a ser absorvidos pelomercado competidor tão logo concluama custosa capacitação

5) simplificação do organograma dainstituição, devido a menor necessidadede cargos de chefia, gerência, supervisãoe de seus substitutos e auxiliares

6) com a diminuição do número de fun-cionários, pode-se diminuir o espaço físico,com conseqüente redução dos gastos comaluguel, condomínio, impostos, etc. Dimi-nui-se ainda a necessidade de mobiliar eequipar esses espaços com hardware, soft-ware, rede de dados, materiais de escritórioe suprimentos, sem se falar nos itens rela-cionados ao conforto ambiental inerente aesses espaços, tais como ar-condicionado,cortinas, tapetes, decoração, etc.

7) com a redução do número de fun-cionários e do espaço físico, reduz-setambém os gastos em serviços e mate-riais de limpeza, manutenção, vigilância,etc., assim como diminui-se o consumode luz, telefone, água e gás.

“Em nosso instituto de olhos, além dalimpeza, terceirizamos o faturamento. E porque terceirizar o faturamento? Porque hojetrabalhamos basicamente com convênios,cada qual com suas diferentes guias, códi-gos e exigências... e todos com uma enormedisposição para efetuar glosas e pagamen-tos incorretos. Utilizamos os serviços de umafirma especializada em faturamento médi-co (e já existem muitas por aí), que nosoferece os seguintes serviços: coleta deguias uma ou duas vezes por semana, me-diante protocolo; conferência detalhada deautorizações, senhas, assinaturas, etc.; cor-reção de falhas no preenchimento das guias(código de exames, data, matrícula, códigodo instituto); aplicação correta das tabelasde cada convênio; treinamento e acompa-nhamento (pessoalmente ou via fax/telefone) da nossa equipe de atendentes,com relação a regulamentos, limitações ealterações dos diferentes convênios; apre-sentação de relatórios mensais discriminadospor convênio, com valores e quantidades deexames, consultas e cirurgias, bem como derelatório geral para visualização da receita;índice de produtividade e porcentagem a serrecebida pelos médicos que trabalham noinstituto; recurso de glosa. Por esses servi-ços nos comprometemos a pagar 2% do totallíquido recebido pelo instituto. Dessa forma,nos beneficiamos por trabalhar com umaempresa realmente competente e com gran-de experiência de mercado, motivada pelosmesmos objetivos que os nossos, uma vezque o seu ganho é diretamente proporcio-nal ao nosso faturamento. Estabelecemos,assim, uma parceria que até agora tem sidosatisfatória para ambas as partes”.

A Dra. Lizabel Vieira Barbosa Gemperli éMédica Oftalmologista do IOLG - Institutode Olhos Lizabel Gemperli, MS e Diretora

Regional Centro-Oeste da SBAO.

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tualmente, a discussão sobre arelação médico-paciente temsido um tema em evidência.Isso porque o próprio pacien-

te tem mudado sua postura, ficando cadavez mais questionador, crítico e exigen-te, na busca por informações que possamesclarecer melhor suas dúvidas mais fre-qüentes. Assim sendo, não é de seadmirar que esse relacionamento sofraalgumas modificações, para que se adaptea essa nova ordem.

Assistimos, hoje, a um número cadavez maior de médicos procurando ade-quar seus métodos à situação atual,mantendo com seus clientes uma rela-ção mais próxima de suas expectativas.

Estamos na chamada “era da infor-mação”, em que o paciente busca umatendimento no qual sinta-se valorizadoe plenamente informado. Esse forneci-mento de dados transformou-se em umdiferencial positivo para a satisfação e fi-delização do cliente.

CRM - CustomerRelationship Management

A relação entre médico e paciente é,ainda hoje, um processo baseado em trêspassos fundamentais: o cliente escolhe omédico, recebe o atendimento e, no fu-turo, decide se irá procurar o mesmoprofissional ou não. Assim, a iniciativadessa escolha acaba ficando sempre porconta do paciente.

Há alguns anos, começou-se a pen-sar em um outro modelo derelacionamento, modificando-se os mé-todos utilizados e gerenciando-se essasrelações, de modo a ampliar aos médi-cos a possibilidade desse contato. Essatécnica foi denominada de CRM - Custo-mer Relationship Management.

“A tecnologia do CRM vem sendo ex-pandida, cada vez mais, nas diversasáreas da economia mundial. Muitos se-tores passaram a adotar essa estratégia.

Construindo e administrando orelacionamento com o cliente

DRA. MÁRCIA REGINA FERREIRA CAMPÍOLO

Tece considerações a respeito do relacionamento entre omédico e o paciente nos dias de hojeA

Sem dúvida, trata-se de uma viradano conceito de atendimento, que eleva aqualidade da prática existente, ensinan-do a importância de se ‘cultivar’ osclientes e estabelecer com eles uma rela-ção mais estável e duradoura.

É de conhecimento de todos que osucesso do profissional da Medicina está,cada vez mais, ligado à qualidade de re-lacionamento com o cliente. Assim, apossibilidade de aplicação desse novoconceito nas clínicas médicas é grande,uma vez que dispomos das informaçõesque podem ser transformadas em ‘pon-tos de contato’ com o paciente “, afirmaa Dra. Márcia Campíolo.

Mas, como criar uma estratégia parase trabalhar com CRM? Para resumir, po-demos citar três passos básicos:

A identificação de grupos de pacien-tes deve ser o primeiro passo. Por exemplo,no caso de uma clínica oftalmológica, po-deria ser criado um grupo de pessoas como diagnóstico de glaucoma. A partir daí,essa turma de clientes poderia fazer partede um trabalho, cujo enfoque seriaeducativo e que através de canais quemantivessem um contato maior, tornasseo paciente mais seguro, melhor informa-do e melhor adaptado ao tratamento.

A partir desse exemplo, muitasoutras possibilidades podem ser desen-volvidas.

Para identificar os pacientes, pode-ríamos considerar certos aspectos funda-

mentais no perfil de cada um:• patologias• uso de lentes de contato• modalidade de convênio• localização geográfica• outros.Como meios para estabelecer canais

de relacionamentos, podemos citar os se-guintes exemplos:

• correspondências personalizadas• eventos• reuniões de informações aos paci-

entes com a mesma patologia• programas educacionais para um

público-alvo específico• sites na internet• outros.

“Essa proposta de trabalho é bastan-te complexa e exige uma equipeintegrada e profissionalizada, que tenhadefinida sua missão dentro da clínica eabsoluta visão do mercado em que elaestá inserida. Além disso, é primordial aexistência de preceitos éticos, claramen-te estabelecidos dentro dos padrõesmédicos”, esclarece a Dra. Márcia.

O CRM é um expediente de carátercontínuo, que deve permear o relaciona-mento entre médico e paciente e ser vistocomo uma filosofia de trabalho.

A Dra. Márcia Regina Ferreira Campíoloé Psicóloga do Trabalho, com

conhecimentos em Excelência emServiços ao Cliente na Área Médica eespecialização em Administração de

Recursos Humanos.

� IDENTIFICAR OS CLIENTES

� ELABORAR ESTRATÉGIAS DE ACORDO COM

AS CARACTERÍSTICAS DO GRUPO

� PERSONALIZAR O RELACIONAMENTO

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Gestão Financeira de clínicase hospitais oftalmológicos

HELIO BORIN FILHO

Gestão Financeira é um con-junto de mecanismos decontrole e de políticas que vi-sam ao gerenciamento dos

recursos disponíveis, para que os objeti-vos traçados pela instituição sejamalcançados. Esse tipo de programa temcomo principal finalidade analisar a con-veniência e viabilidade da utilização demétodos básicos de gerenciamento.

“O sucesso de qualquer empresa estádiretamente ligado aos conceitos usadosna gestão financeira, pois são eles queapontam todos os problemas decorren-tes de uma administração inadequada”,afirma Helio Borin Filho.

O sistema financeiro é influenciadode forma negativa pelos conceitos queapresentam os seguintes aspectos:

• assumir custos indiretos desne-cessários

• admitir compromissos com prazosinadequados

• deixar de cobrar valores de ser-viços faturados

• negociar os valores a serem recebi-dos sem a percepção dos custosoperacionais

• manter capacidade operacional bai-xa, em função de erro de cálculo dademanda

• adquirir equipamentos de alta tec-nologia, sem o respaldo da comprajunto aos financiadores

• não monitorar o mercado consu-midor dos serviços, nem manterações de marketing para reforçar amarca.

Esses aspectos, se não forem muito bemobservados, podem acabar influenciando acapacidade financeira, podendo causar da-nos graves, de difícil solução e deixar seqüelassignificativas no histórico da empresa.

Definindo e gerenciandoo Capital de Giro

O Capital de Giro (CG) é um recurso

Apresenta um plano de Gestão Financeira para ajudar naadministração das clínicas de Oftalmologia

necessário para que as operações pro-dutivas intermediárias da áreaadministrativa sejam efetuadas de manei-ra a gerar um adicional de lucro.

Exemplificando, podemos compararesse expediente ao sangue que circula emnosso organismo. Os nutrientes que in-gerimos são absorvidos pelo sistemadigestivo, que passa para o sangue os ele-mentos necessários para uma boa saúdedo corpo. Se, porventura, esses alimen-tos não forem consumidos em proporção,volume, freqüência e qualidade adequa-dos, provavelmente ficaremos doentes eteremos que procurar um médico, parachegar à cura através de remédios.

Algo semelhante acontece com o nos-so organismo financeiro quandonegligenciamos a nossa dieta, deixandoque conceitos “tóxicos” contaminem asaúde administrativa da instituição.

O montante do CG é calculado com basena apuração da Despesa Total Mensal (DTM).Dependendo do ciclo de pagamento, partin-do-se da entrega das faturas e do tempo quese leva até o recebimento, pode-se multipli-car o valor da DTM por uma determinadaquantidade de vezes, para se ter maior se-gurança nas operações efetuadas.

“Por exemplo, se o ciclo de recebimen-to é de trinta dias, podemos multiplicarpor um o valor da DTM. Porém, se dese-jarmos ter maior segurança nessasmanobras, podemos multiplicar por dois,deixando a empresa com uma folgamaior”, explica Helio Borin.

O acompanhamento da capacidadeevolutiva do Capital de Giro é fundamen-tal. É possível notar, com o passar dotempo, que o CG pode ir perdendo o seumontante. Nesse momento, é necessárioque se faça uma estatística do uso do ca-pital, para se analisar os efeitos, e defeitos,

dos conceitos que atuaram sobre o CG.A análise do Capital de Giro é essencial

para que se consiga detectar as “doenças doaparelho circulatório”, que podem vir a cau-sar “pressão alta”, ou seja, falta de dinheiropara efetuar os pagamentos.

O setor oftalmológico é, entre as diver-sas áreas da Medicina, um dos que podemgarantir uma liquidez maior em suas clíni-cas já que, na maioria das vezes, os pacientesnão precisam de internação, e os resultadosfinais quase sempre são positivos.

Entretanto, existem alguns aspectos queinfluenciam na atuação dos profissionais. Porexemplo, medicamentos e equipamentosimportados oferecem melhores resultados emais qualidade ao ato médico. Porém, ge-ram um custo mais alto para os empresários.

Controlando oCapital de Giro

O processo de vigilância constantedeve ser operacionalizado por meio dealguns instrumentos de Gestão Financei-ra, que podem ser divididos da seguinteforma:

• Orçamentos Gerenciais• Fluxo de Caixa• Sistema de Custos Operacionais

(SCO)• Sistema de Informações Gerenciais

(SIG)• Sistema de Análise de Desempenho

(SAD)• Simuladores de Cenários Financei-

ros (SCF).Os Orçamentos Gerenciais são re-

latórios baseados na análise dos dadosfinanceiros e suas conseqüências e são cal-culados para serem efetivados no futuro.Eles prevêem valores que devem ser se-parados de acordo com o tipo de atividade,como RH, compra de materiais, exames

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de apoio ao diagnóstico, cirurgias, etc.Essas estimativas devem ser um cami-

nho para auxiliar os gestores, levando-osaos resultados esperados.

O Fluxo de Caixa é um instrumentoutilizado para controle e planejamento doCG, monitorando as entradas e saídas dosrecursos financeiros e preservando o Ca-pital de Giro de curto prazo. Sua utilidadeestá principalmente na equalização dosvencimentos a serem negociados, tanto nasaquisições quanto nas datas das entradas,em contratos com os financiadores.

O Sistema de Custos Operacio-nais (SCO) é um dos instrumentos maissignificativos no controle do CG. Esse sis-tema descreve como a clínica utiliza osrecursos disponíveis na produção dos seusserviços.

Através de mapas com custos diretos eindiretos e custos fixos ou variáveis, ele per-mite uma visão crítica dos valores recebidosdos financiadores, dando suporte aos outrosprocedimentos de controle e planejamento.

O Sistema de Informações Ge-renciais (SIG) descreve todas as atividadesexecutadas, direta ou indiretamente, na clí-nica oftalmológica. Com o SIG, os gestorespodem avaliar o nível de atividade produ-

tiva e o seu custo, questionando sua neces-sidade e as possibilidades de ajustes dosgastos.

Pelo Sistema de Análise do De-sempenho (SAD), pode ser analisada aprodutividade de cada setor ou função efe-tuada, montando-se as chamadas Célulasde Desempenho. Elas são avaliadas retros-pectivamente, detectando-se processosdefeituosos que não utilizaram adequada-mente os recursos financeiros. Comoprincipais dados, produzidos pelo SAD,teremos os indicadores econômicos e deprodutividade gerados pela clínica oftal-mológica.

Com os Simuladores de Cenários Fi-nanceiros (SCF), é encerrado o ciclo decontrole e planejamento, projetando-se situa-ções desejáveis, com a base de dadosinterligada que foi desenvolvida com os ou-tros instrumentos. O SCF permite que sechegue a modelos mais próximos da realida-de, alimentando os Orçamentos Gerenciaisque irão fornecer as estatísticas aos demaisinstrumentos, sistematicamente.

Conclusão“A conclusão a que chegamos é bas-

tante crítica, já que os gestores necessitam

de muita argumentação com os oftalmo-logistas sobre a real necessidade deimplementação dos instrumentos de ges-tão financeira aqui indicados.

O médico, mesmo na condição de em-presário, tem a impressão de que trabalharparametrizado por controles e planeja-mentos poderá inibir as açõesmercadológicas e comerciais, muito em-bora eles preservem o capital e alucratividade da empresa.

A falta de conhecimento com relaçãoa esse tema pode levar a uma crise finan-ceira, e pior do que não saber o que aacarretou, é desconhecer os métodos paracomeçar um processo de ajuste”, alertaHelio Borin.

Helio Borin Filho é AdministradorHospitalar, Professor de Pós-graduação

da Universidade de Ribeirão Preto,Professor de Pós-graduação da Faculdade

de Administração Hospitalar de SãoPaulo - IHP, Editor Responsável da

Editora CenaHosp (Manuais Técnicos deAdministração Hospitalar) e Coordenador

Educacional da UniHosp - UniversidadeCorporativa Hospitalar.

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Ano IV – Nº 21 – outubro e novembro de 2003Parte integrante da Revista Oftalmologia em Foco nº 87

Conselho Brasileiro de Oftalmologia entregou ao Dr. Miguel Pa-dilha o prêmio de melhor livro didático publicado no País nosúltimos dois anos, pela sua obra “Catarata”.

A cerimônia de premiação aconteceu durante o XXXII Congresso Brasi-leiro de Oftalmologia, realizado em setembro, em Salvador, ao final do qualfoi empossado o novo Presidente da entidade, Dr. Elizabeto Ribeiro Gonçal-ves. O Dr. Elizabeto presidirá o CBO até setembro de 2005, quando serárealizado o próximo congresso brasileiro, na cidade de Fortaleza.

DiplomaA Editora Cultura Médica também homenageou o Dr. Miguel Padilha,

entregando-lhe um diploma especial, em reconhecimento ao seu eficientee competente trabalho à frente da obra “Catarata”.

Ao agradecer, Padilha fez questão de enaltecer a efetiva participaçãode seus inúmeros colaboradores, que o ajudaram a transformar um velhosonho em realidade, permitindo-lhe transferir para esse livro uma longaexperiência acumulada em quase trinta anos de integral dedicação ao temacatarata.

Autor do livro “Catarata” recebe prêmio do CBO

Dr. ElizabetoRibeiro Gonçalvescumprimenta o Dr.

Padilha pelapremiação

Dr. Miguel ÂngeloPadilha recebendo odiploma da EditoraCultura Médica, dasmãos de seu Diretor,Ezequiel Feldman

O

Conselho Federal de Medicinapublicou, em setembro, a Re-solução CFM nº 1.701/2003,

que estabelece critérios para o uso de pro-paganda em Medicina.

A citada resolução determina que osanúncios médicos deverão conter, obriga-toriamente, os seguintes dados: nome doprofissional, número de sua inscrição noCRM e especialidade e/ou área de atuação,quando devidamente registrada no CRM.

Estabelece também que fica vedado aomédico anunciar que trata de sistemas or-gânicos, órgãos ou doenças específicas, porinduzir confusão com a divulgação de es-pecialidade; anunciar aparelhagem deforma a que lhe atribua capacidade privi-legiada; participar de anúncios deempresas ou produtos ligados à Medici-

Resolução do CFM sobrepropaganda médica causa polêmica

Norma traz novas regras sobre divulgação de informaçõesmédicas nos meios de comunicação, incluindo a internet

na; permitir que seu nome seja incluídoem propaganda enganosa de qualquer na-tureza; permitir que seu nome circule emqualquer mídia, inclusive na internet, emmatérias desprovidas de rigor científico;fazer propaganda de método ou técnicanão aceitos pela comunidade científica; ex-por a figura de paciente seu como formade divulgar técnica, método ou resultadode tratamento, ainda que com a autoriza-ção expressa deste, com exceção dos casosem que essa exposição for imprescindívelpara a realização de trabalhos ou apresen-tações em eventos científicos; anunciar autilização de técnicas exclusivas e ofere-cer seus serviços através de consórcio ousimilares.

Sempre que tiver dúvidas sobre as-pectos legais e éticos relacionados a pu-

blicidade e propaganda, o médico deveráconsultar a Comissão de Divulgação deAssuntos Médicos - CODAME, dos Conse-lhos Regionais de Medicina.

Nos anúncios de clínicas, hospitais,entidades de prestação de assistência mé-dica e outras instituições de saúde, deverãoconstar, sempre, o nome do diretor técni-co e sua correspondente inscrição no CRMem cuja jurisdição se localize o estabeleci-mento.

Pontos controvertidosUm ponto polêmico da resolução diz

respeito à divulgação de entrevistas sobreassuntos médicos nos meios de comuni-cação. A norma determina que, agora, omédico deverá exigir que o texto seja revi-sado por ele antes da publicação. ▼

O

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38 OFTALMOLOGIA EMF O C O

Outubro/Novembro de 200338 OFTALMOLOGIA EMF O C O

Agosto/Setembro de 2003

▼ Caso o órgão de imprensa não apre-sente a matéria para revisão ou o conteúdodo artigo divulgado seja diverso do quefoi declarado pelo médico, este deveráenviar ofício retificador ao próprio órgãoe ao CRM de sua jurisdição.

Tanto médicos como profissionais decomunicação e juristas têm apresentadoopiniões diversas sobre a questão.

Alguns afirmam que se trata de um cer-ceamento à liberdade de imprensa, quecontraria o art. 5º da Constituição Federal,o qual estabelece que “é livre a expressãoda atividade intelectual, artística, científicae de comunicação, independentemente decensura ou licença”.

Segundo essa corrente de opinião, aobrigatoriedade de revisão prévia seriatambém um obstáculo ao bom andamen-to do trabalho jornalístico, que exigerapidez em sua execução.

Além do mais, se houver distorçãonas informações divulgadas, que causemprejuízos, existem normas legais para de-finir a responsabilidade jurídica dojornalista e do veículo de imprensa en-volvidos.

Por outro lado, os que aprovam a me-dida afirmam que ela trará resultadospositivos, evitando que os artigos publica-dos possam conter erros e simplificaçõesprejudiciais ao bom entendimento das in-

formações prestadas pelos entrevistados.Outro item controvertido da resolução

é o que estabelece que o médico não pode“fazer propaganda de método ou técnicanão aceitos pela comunidade científica”.Essa regra, na verdade, reforça uma de-terminação já contida no Código de ÉticaMédica, que proíbe o médico de “divul-gar, fora do meio científico, processo detratamento ou descoberta cujo valor ain-da não esteja expressamente reconhecidopor órgão competente”.

Alguns profissionais da área médica en-tendem que essa determinação trazembaraços à divulgação de pesquisas mé-dicas que tenham conteúdo polêmico.

Fatos em Foco é uma publicação das seguintes entidades: SBCII - Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares, SBCR - Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa, ABBO -Associação Brasileira de Bancos de Olhos, SBAO - Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia, dirigida aos seus associados - Editora: Wendy Falzoni - Colaborador: MiguelÂngelo Padilha - Produção Editorial e Gráfica: SCRIBBA COMUNICAÇÕES - Rua Pitimbu, 77 - São Paulo/SP - Tel/Fax: (11) 6215.9979 - E-mail: [email protected] - Jornalista Responsável:Jurema Luzia Cannataro (MTB 18.430) - Edição: Ijaciara Cannataro - DtP: Estação das Idéias - Tiragem: 7.500 exemplares.

ANVISA divulga lista de soluções oftalmológicas em situação regularEm função das preocupações geradas no meio oftalmológico pelas epidemias de endoftalmite, ocorridas nos meses de abril e

junho, devido ao uso de substâncias viscoelásticas contaminadas, a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou, emsetembro, uma lista das soluções oftalmológicas que se encontram em situação regular para uso em cirurgias de catarata.

Relação de soluções oftalmológicas similares utilizadas em cirurgias de catarata

Nome do produto Laboratório Nº de registro Situação

Biocorneal Corneal do Brasil Com. Imp. Exp. Ltda 10388560002 regular

Viscoat - solução viscoelástica estéril Alcon Laboratórios do Brasil Ltda 10002390004 regular

Duovisc - sistema viscoelástico Alcon Laboratórios do Brasil Ltda 10002390077 regular

Provisc - material viscoelástico estéril Alcon Laboratórios do Brasil Ltda 10002390016 regular

Celoftal - solução viscoelástica estéril Alcon Laboratórios do Brasil Ltda 10002390059 regular

Celoftal Plus Alcon Laboratórios do Brasil Ltda 10002390121 regular

Ophthalin - solução viscoelástica Novartis Biociências S.A. 10006850003 regular

Ophthalin Plus Novartis Biociências S.A. 10006850005 regular

Ocucoat - solução viscoelástica BL Indústria Óptica Ltda 10196150032 regular

Amvisc Plus - preparação viscoelástica estéril BL Indústria Óptica Ltda 10196150045 regular

Amvisc - hialuronato de sódio BL Indústria Óptica Ltda 10196150037 regular

Coatel - solução viscoelástica estéril BL Indústria Óptica Ltda 10196150065 regularpara uso intra-ocular

Healon Pharmacia Brasil Ltda 10238970098 regular

Healon 5 - solução viscoelástica Pharmacia Brasil Ltda 10238970056 regularpara uso intra-ocular

Healon GV Pharmacia Brasil Ltda 10238970099 regular

Allervisc Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda 10014780062 regular

Allervisc Plus Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda 10014780061 regular

Optmize - viscoelástico oftálmico Vistatek Produtos Óticos Ltda 10187620029 regular

Visicron 2% - viscoelástico Vistatek Produtos Óticos Ltda 10187620041 regularoftálmico - HPMC 2%

Oculocron 2% - viscoelástico oftálmico Vistatek Produtos Óticos Ltda 10157620042 regular

Oft Visc - solução viscoelástica Oft Vision 10291980009 suspenso

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