a origem, evolução e diversidade da vegetação do bioma caatinga
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A ORIGEM, EVOLUÇÃO E DIVERSIDADE
DA VEGETAÇÃO DO BIOMA CAATINGA
Luciano Paganucci de Queiroz
Universidade Estadual de Feira de Santana - BA
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ESTRUTURA DA PALESTRA
1 - Caracterização do bioma e principais
respostas adaptativas da vegetação
2 - Ecorregiões e flora
3 - Origem e evolução da flora
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PARTE 1
CARACTERIZAÇÃO DO BIOMA E
PRINCIPAIS RESPOSTAS
ADAPTATIVAS DA VEGETAÇÃO
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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
Região Nordeste e norte de
Minas Gerais
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TOPOGRAFIA E VEGETAÇÃO
depressões
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ALTITUDES
Maior parte da Caatinga
em altitudes abaixo de
500m.
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PRECIPITAÇÃO ANUAL MÉDIA
Maior parte da Caatinga
recebe menos de
1000 mm de chuvas / ano ...
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DISTRIBUIÇÃO DAS CHUVAS
... e tem mais de
6 meses sem chuvas
por ano !!!
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Soledade (PB) - 24ºC - 304mm/ano
Juazeiro (BA) - 26ºC - 502mm/ano
DIAGRAMAS OMBROTÉRMICOS
Déficit hídrico na maior parte do ano !!!
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Caatinga próximo a Seabra – BA
RESPOSTAS ADAPTATIVAS DA VEGETAÇÃO
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Estação Seca Estação Chuvosa
Redução drástica da atividade fotossintética na estação seca
ADAPTAÇÕES DAS PLANTAS
ÁRVORES E ARBUSTOS COM FOLHAGEM DECÍDUA
(AJUSTE FENOLÓGICO)
CADUCIFOLIA
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
PORTE BAIXO
DOSSEL DESCONTÍNUO
Campo Alegre de Lurdes - BA
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São Paulo de Olivença - AM
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
ESPINHOS E ACÚLEOS
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
TRICOMAS
URTICANTES
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO MICROFILIA
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
SUCULÊNCIA
Cactaceae
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
SUCULÊNCIA
Euphorbiaceae
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
SUCULÊNCIA
Phyllanthaceae
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
SUCULÊNCIA
Portulacaceae
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
SUCULÊNCIA
Bromeliaceae
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ADAPTAÇÕES DAS PLANTAS
SUCULENTAS COM FIXAÇÃO NOTURNA DO CO2
FOTOSSÍNTESE CAM
malato
CO2
dia
CO2
malato
noite
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CARACTERÍSTICAS DA VEGETAÇÃO
árvores de porte baixo
ausência de um dossel contínuo
árvores e arbustos armados com espinhos
árvores e arbustos com folhagem decídua na estação seca
microfilia
riqueza de plantas suculentas
A estação seca prolongada (déficit hídrico) é um importante
filtro ambiental que influenciou a evolução das plantas da
Caatinga.
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ADAPTAÇÕES DAS PLANTAS
FLORAÇÃO INTENSA E RÁPIDA NO INÍCIO DA ESTAÇÃO CHUVOSA
Ptilochaeta glabra
Malpighiaceae
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Luetzelburgia bahiensis
Leguminosae
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Luetzelburgia andrade-limae
Leguminosae
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Pseudobombax grandiflorum
Malvaceae
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Zephyranthes franciscana
Amaryllidaceae
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PR
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m)
PR
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(%
)
folhas
frutos
flores
Machado et al. (1997)
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PARTE 2
ECORREGIÕES E FLORA
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ECORREGIÕES
Depressão Sertaneja Meridional
Depressão Sertaneja Setentrional
• Solos derivados do embasamento
cristalino
• Vegetação típica do bioma
Caatinga (Floresta Estacional
Decidual)
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DIVERSIDADE DA VEGETAÇÃO
FLORESTA DECIDUAL (CAATINGA ARBÓREA)
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CAATINGA ARBUSTIVA
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DIVERSIDADE DA VEGETAÇÃO
LAJEDOS E INSELBERGS
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DIVERSIDADE DA VEGETAÇÃO
LAJEDOS E INSELBERGS
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DIVERSIDADE DA VEGETAÇÃO
BREJOS
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Foto V.C.Souza
DIVERSIDADE DA VEGETAÇÃO
BREJOS
Táxons endêmicos:
Anamaria heterophylla
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ECORREGIÕES
Ibiapaba - Araripe
Raso da Catarina
Dunas do São Francisco
• Solos arenosos pobres, derivados
de rochas sedimentares ou
depósitos eólicos
• Vegetação não espinhosa
(“Carrasco”)
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Serra do Ibiapaba – Viçosa (CE)
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Serra das Confusões – sul do Piauí
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Dunas do São Francisco – Barra (BA)
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Dunas do São Francisco – Barra (BA)
• Muitos endemismos de plantas e animais
Pterocarpus monophyllus (2000)
Aeschynomene sabulicola (2008) Mimosa xiquexiquensis (1987)
Glischrothamnus ulei (1908)
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Muitas espécies com
distribuição disjunta
entre as ecorregiões
com solos arenosos
Trischidium molleFoto D. Cardoso
Cratylia mollis Limites do bioma
Superfícies sedimentares
Mistas
Trischidium molle
Cratylia mollis
Hymenaea velutina
Dahlstedtia araripensis
Queiroz (2006)
Limites do bioma
Superfícies sedimentares
Mistas
Trischidium molle
Cratylia mollis
Hymenaea velutina
Dahlstedtia araripensis
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87 espécies
83% endêmicas da
Caatinga
Mandacaru – Cereus jamacaru
Xique-xique – Pilosocereus gounellei Pilosocereus sp.
Cacto-garrafa – Stephanocereus
luetzelburgii
Cactaceae
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Pilosocereus sp.
Pilosocereus sp.
Micranthocereus sp.
Cactaceae
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Cactaceae
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Leguminosae
Jurema-preta – Mimosa tenuiflora
Pau-ferro – Libidibia ferrea Camaratuba – Cratylia mollis
Mulungu – Erythrina velutina
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Mucunã – Dioclea grandiflora
Leguminosae
Embrapa - GL
Camaratuba – Cratylia mollis
Nódulos com bactérias fixadoras de Nitrogênio
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Favela – Cnidoscolus quercifolius
Euphorbiaceae
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Velames – Croton spp.
Euphorbiaceae
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Mamona
Pinhão – Jatropha mollissima
Euphorbiaceae
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Malvaceae
Ceiba erianthos
Cavanillesia umbellataGossypium mustelinum
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PARTE 3
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA FLORA
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• A flora da Caatinga é pobre em espécies?
• Tem poucos endemismos?
CAATINGA
Cerca de 6.000 espécies em 1.333 gêneros
18 gêneros endêmicos
CERRADO
Cerca de 11.000 espécies em 1.579 gêneros
nenhum gênero endêmico
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• Qual a relação florística da Caatinga com outros biomas?
Florestas Sazonalmente Secas
Savana
Chaco
Diagonal Seca
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Hipótese do Arco Pleistocênico (Prado & Gibbs 1993)
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9 Milhões
de anos
Coursetia rostrata
Coursetia caatingicola
Queiroz & Lavin 2011
Estudos de diversificação – Padrões de Florestas Secas
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Pennington et al. 2006
Estudos de diversificãção – Padrões de Florestas Úmidas
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Werneck et al. 2011
Modelagem de Paleoclimas
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Prosopanche caatingicola – uma nova espécie parasita (2012)
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Philcoxia tuberosa – uma nova espécie carnívora das dunas (2013)
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