A Maior Justiça é de Deus

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A MAIOR JUSTIÇA É DE DEUS – ÉTICA NA MENSAGEM DO EVANGELHO DE MATEUS. LÚCIA DE FÀTIMA RIBEIRO & DANIEL MARTINS SOTELO 1

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A MAIOR JUSTIÇA É DE DEUS – ÉTICA

NA MENSAGEM DO EVANGELHO DE

MATEUS.

LÚCIA DE FÀTIMA RIBEIRO & DANIEL

MARTINS SOTELO

AGOSTO DE 2008.

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A MAIOR JUSTIÇA É DE DEUS: A ÉTICA

NA MENSAGEM DO EVANGELHO DE

MATEUS.

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AGRADECIMENTOS.

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DEDICATÓRIAS.

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RESUMO.

O trabalho faz um percurso na ética no Evangelho de Mateus. Pretende

este trabalho mencionar como a justiça de Deus é a ética maior de todas.

Iniciamos descrevendo o Evangelho de Mateus, sua origem, formação, época em

que foi escrito e a sua autoria. Depois mencionamos as questões éticas no

Evangelho propriamente ditas para analisarmos que a justiça de Deus é a maior

ética.

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ABSTRACT.

This work is an way of ethics of Mathew Gospel. This gospel is a God justice

that major justice of alls. The Mathew gospel in the his origin, formation and his

age that writing and his authorship. The ethics issues in the gospel is a God

justice that ethics major.

ÍNDICE

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INTRODUÇÃO.CAPÍTULO I – O EVANGELHO DE MATEUS.

INTRODUÇÃO.

1- Pesquisas modernas sobre Mateus

2- Idéias centrais do Evangelho de Mateus

3- Tradições e fontes em Mateus

4- Lugar e tempo de composição de Mateus

5- Autoria do Evangelho de Mateus

6- Esboço, Estrutura, e forma de Mateus.

CAPÍTULO II – A ÉTICA EM MATEUS.

INTRODUÇÃO.

1- A ética em Mateus conforme Jack T. Sanders.

2- A ética em Mateus conforme Willi Marxsen.

3- A ética em Mateus conforme John Louis Houlden.

CAPÍTULO III – A MAIOR JUSTIÇA É DE DEUS.

INTRODUÇÃO.

1- Reino dos céus como ética em Mateus.

2- A grande justiça do Sermão do Monte em Mateus.

3- Jesus e os religiosos de sua época em Mateus.

4- Juízo e a retribuição em Mateus.

5- Ética humana e a salvação de Deus em Mateus.

6- A moral de Jesus em Mateus.

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

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INTRODUÇÃO.

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Pretendemos neste trabalho monográfico escrever sobre a ética e a justiça

em Mateus. Num primeiro momento escreveremos sobre o Evangelho de Mateus,

descreveremos um status quaestionis, falaremos sobre as pesquisas modernas

sobre este evangelho. Veremos algo inédito sobre as idéias centrais deste

evangelho, as tradições e fontes de Mateus, o lugar e o tempo de composição de

Mateus, um esboço desta obra, a estrutura e a forma de Mateus.

Num segundo momento falaremos da ética em Mateus e utilizaremos

vários autores contemporâneos que tratam da Ética do Novo Testamento e que

tem uma abordagem essencial: Jack T Sanders, Willi Marxsen, John L Houlden,

Wolfgang Schrage, Jean F. de Coullanges.

Num terceiro momento falaremos da maior justiça: e esta justiça é de Deus,

o reino dos céus está inserido dentro desta ética em Mateus, a grande justiça do

Sermão do Monte, Jesus e os religiosos de seu tempo, o Juízo final e a

retribuição em Mateus, a ética humana e a salvação de Deus, a moral de Jesus.

Temos ainda analisado numa conclusão os resultados desta pesquisa e

uma bibliografia para completar o trabalho.

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CAPÍTULO I – O EVANGELHO DE MATEUS.

1 O EVANGELHO DE MATEUS

1.1 Introdução

Mateus é o evangelho reelaborado a partir de Q e de Mc., acrescido

de outros materiais da tradição, dos ditos e de narrações diversas e de fontes

próprias. Diferentemente de Mc. Começa pela história da infância de Jesus e

termina com as narrativas do ressurrecto.

1.2 Conteúdo

1-4 começo

1.2 infância

3-4 preparação para a pregação

5-20 Jesus na Galiléia

5-7 sermão da montanha

8-9 grandes obras de Jesus

10 missão dos discípulos

11-12 Jesus e seus inimigos

13,1-53 as sete parábolas do reino dos Céus

14,13-20,34 caminho da paixão

18 introdução dos discípulos

21-27 Jesus em Jerusalém

21-22 últimas atividades de Jesus

23-25 derradeiros discursos

26-27 paixão

28 história da páscoa.

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1.3 Fontes e Tradições da Mt.

Mateus utiliza o esquema de Marcos a partir de Mc 14,1, pois a

sequência entre Marcos e Mateus são idênticos. Mt 3-13 tem desvios de Marcos,

Mateus. O escritor de Mateus extrai os relatos de milagres de Marcos. Em Mt

1,40-45;4,35-41;5,1-20.21-43 onde o evangelista tece as suas narrativas num

ciclo de grandes façanhas de Jesus Mt 8 e 9. Então Mt 3-13 também segue o

esquema do Evangelho de Marcos.

Mateus elimina algumas coisas do evangelho de Marcos. Como a

cura do possesso em Mc 1,23ss; a do surdo-mudo em Mc 7,32ss; e a do cego de

Betsaida 8,22ss; o exorcismo desconhecido em 9,38 s e a unção da viuva em

12,41ss. O material dos discursos foi ordenado sistematicamente por Mateus e

introduzido no local adequado dentro do esquema maior de Marcos. Mateus

configura os ditos de Q e seu próprio material dos grandes discursos, de Marcos

e faz o seu evangelho.

Desta forma notamos que alguns textos comuns de Marcos em

Mateus foram reelaborados: onde Mateus faz uma introdução e uma conclusão,

dando uma interpretação pessoal e o seu relato se torna mais longo que o inicial.

Mateus reelabora literariamente as histórias de milagres de Marcos, ele abrevia

outros textos dando ênfase nas palavras de Jesus convertendo-as em instrusões

morais. Mateus reduz o caráter novelista das narrativas e as converte em

apotegmas. Esta conversão tem o sentido estrito de doutrina.

1.4 Data, local e autor.

O uso de Mateus surge na peculiaridade litúrgica, enquanto que

Marcos era querigmático. Mateus também é um livro de pericopes cultuais. Pode

ser entendido também como um manual de doutrina, de pregação. Mateus tem

elementos catequéticos e litúrgicos. O livro foi escrito para judeus convertidos

(G.D. Kilpatrick, Krister Sthendhals, Georg Strecker, opinaram desta forma sobre

o Evangelho de Mt). O livro pode ser entendido como manual para os mestres

como em Mt 5,19; 23,8-12 e para catecúmenos em Mt 8,18ss, que é também uma

forma querígmatica.

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O Evangelho de Mateus surge no contexto de um grupo misto judeu

cristão que não se separou ainda da sinagoga e se encontra em grande tensão

com o judaísmo. Nesta mesma comunidade também existem pagãos e cristãos. O

autor é desconhecido, o evangelho fala de seu autor como Mateus um perito da

lei, cristão como mestre, tem procedência judeu cristã. A data somente é através

de dados aproximados, a destruição de Jerusalém pressupõe ter ocorrido Mt 22,7

e 23,38. Então a data provável é 90 a 95, isto é, final do século I d.C.

1.5 Teologia de Mateus

O evangelho de Mateus é o evangelho dos judeus, a mensagem é

para a comunidade de Jerusalém. O reino dos céus diferentemente do reino de

Deus nos outros evangelistas. Começa com a infância e a páscoa como centro de

sua mensagem. A salvação no evangelho começa na pregação da Galiléia, as

aparições de Jesus iniciam lá também. A cena mais importante do evangelho

começa na montanha: pregação, sermão, transfiguração, morte e ascensão.

Em contraste anuncia não o filho de Deus, mas o filho do homem. O

evangelho é o primeiro que trata de uma cristologia, soteriologia, e de uma

eclesiologia. Mas a maior importância dada pelo escritor é sobre o ressuscitado

do que será o governador de todo mundo. Cristo é o Messias, filho de Davi.

2 PESQUISAS MODERNAS SOBRE MATEUS.

Na pesquisa sobre o Evangelho de Mateus permanece a questão da

intenção teológica do escrito do evangelho. Como ele é um Evangelho, tem uma

característica especial, e como um todo ele está relacionado com as tendências

divergentes que apareceu nos textos individuais. O autor entende que o autor é

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um cristão gentio, e entre outros: W. Trilling, G. Strecker, R. Walker, J. P Méier.

W. Trilling fala da teologia de Mateus que apoiou a sua posição: o redator final do

Evangelho de Mateus pensa sempre em termos de um cristão gentio.

Assim que G. Strecker argumenta que a teologia de Mateus permanece

pode ser só entendida por fazer uma separação estrita entre a tradição e redação.

G. Strecker coloca que as posições cristãs judaicas o encontradas relacionais

estritamente do Evangelho. Estas posições são restritas para a tradição do antes

tem editado na sua composição.

Nesta visão Mateus representa uma posição progressiva na história da

antiga teologia cristã, para seu retrato de Jesus é marcada por uma historiografia

desta material tradicional, uma ética do querigma, e por uma institucionalização

das antigas tradições. Os elementos não judaicos, não helenísticos destas

tradições onde sugerem que o autor pode assinalar o Cristianismo gentio.

Esta perspectiva Cristã - gentílica do Evangelho de Mateus é também

enfatizada por R. Walker, desde que “o Evangelho de Mateus considera este

relato a ser o fenômeno da história a salvação que é ligada então no passado e

afirma o novo estágio da história da salvação como o chamado dos gentios”.

G. Bornkamm resolve com isto a tensão tendências particularistas e

universalistas em Mateus de uma maneira diferente. Para ele, o acento judaico do

Evangelho de Mateus reflete meio em que o autor do Evangelho de Mateus

escreveu. Mas a comunidade de Mateus e ser expoente de Cristo Judeu são

também na situação a colocação antes as igrejas são novas assinalar tal como é

a mim dos gentios.

Outros autores como R. Hummel e Eduard Schweizer, Ulrich Luz diz do

Evangelho de Mateus como sendo de um evangelho do movimento judaico-

Cristão.

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U. Luz apóia sua forma por acentuar a colocação para enraizar o

evangelista na literatura judaica e o mundo do seu pensamento, a compreensão

do Evangelho de Mateus da Torah e seu sentido do Antigo testamento, como a

história da influência do Evangelho de Mateus nos antigos círculos judaicos-

cristãos. Ele rejeita a postulação de uma oposição entre a tradição e a relação no

sentido exclusivo, e enfatiza que o evangelista poderia ser retratado como

alienado desta tradição.

U. Luz parece resolver a tensão entre o Evangelista com a tese de que “o

evangelho vem de uma situação em que a comunidade judaica-cristã permanece

neste ponto de partida”. Após a catástrofe da primeira guerra judaica na

comunidade do Evangelho de Mateus começa a abrir a si mesmo na missão dos

gentios, e o evangelista é como que reservado a defender esta nova aventura.

Assim que, J. Gnilka vê em Mateus um Cristão Judeu que a igreja é

um processo pintando de separação da sinagoga. “Permanece, a conversão com

a sinagoga (5)”.

“É totalmente rompida. A autoridade jurista da sinagoga foi para a comunidade,

para juntos de seus membros, ainda uma realidade que pode ainda tornar muito

seriamente”.

J. Roloff como compreende o Evangelho de Mateus como um livro judeu -

cristão.

A comunidade do Evangelho de Mateus tem, então, segundo da

sinagoga e foi engajado na missão gentílica. H. Frankemolle coloca Mateus como

Judeu Cristão na forte influência pelo pensar histórico do Antigo Testamento

(Deuteronômio e Crônicas).

“Do ponto de vista criticismo da forma, Mateus pode ser visto como um que,

usando a coleção de ditar em Q e no Evangelho de Marcos com fonte, tentando

formular a história de Jesus em seu ministério e a existência de sua igreja dentro

do horizonte da aliança do Antigo Testamento e na teologia da aliança na teologia

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no Novo Testamento da história para uma situação mandada traz a queda de

Jerusalém”.

Q---------------------Mc

Evangelho de Mateus.

A alternativa entre a tradição e redação nas obras de W. Trilling e G.

Strecker não pode ser mantida nesta forma, para o evangelista torna o modo mais

estrito das tradições judaicas no seu Evangelho, e eles tornam a sua própria

fluência de seu pensamento.

Por outro lado, a clara direção de uma perspectiva judaico-Cristã do evangelista 6

fora pela exegese contemporânea de Mateus é alguma vez para pensar sempre a

favor da tentativa de localizar a totalidade de Mateus dentro do judaísmo ou

cristianismo judaico. Finalmente, pode ser perguntado se a distinção entre

Cristianismo gentio e Cristianismo judaico pode ainda ter uma função científica de

toda a compreensão apropriado do Evangelho de Mateus. Mateus fusiona a

tradição judaica cristã particular com os textos cristãos gentios universalistas, e

precisamente a combinação de ambas as formas podem ser lembradas em sua

obra.

Dentro da análise crítica literária na narrativa de Mateus, conforme

Jack D. Kingsbury é debatido com Israel e seus líderes que tem mais sido

considerado no fator dominante para determinar o contendo e linha de

composição do proposto.

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“Mateus tem construído sua história de Jesus conforme os princípios internos. Ele

ter narrado na história do conflito entre Jesus e Israel”.

Nos anos recentes na exegese do Sermão da Montanha tem retornado

ao centro dos estudos do Evangelho de Mateus. Um assunto disputado na

gênese literária deste bloco textual. Hans Dieter Betz tem estudado o Sermão do

Monte como sendo um documento pré - Mateus Cristão-judaico, e mais exigi-las

continuam a lembrar que se comportam de Mateus contam elementos

tradicionais. O tema do Sermão do Monte é identificado de forma diferente.

Como que G. Strecker focaliza que Mateus 5.17 é o tema e o

elemento central do Sermão da Montanha, e U. Luz considera a Oração do

Senhor como o centro real do primeiro grande discurso de Jesus. Para que se

aplica o Sermão do Monte? Ele é endereçado, e aplicado à Igreja Cristã, ou a um

grupo ou a indivíduos cristãos particulares que cumpre a exigência radical do

Sermão do Monte? A questão se o comando do sermão pode atualmente ser

cumprido continua a ser ainda debatido.

Para Mateus, o radicalismo ético do Sermão do Monte expressa a

justificação alta que caracteriza a comunidade cristã composta por judeus e

gentia.

Pode ser exigência ética, penso nos imperativos, realmente a serem

cumpridos sempre? Pode ser que a questão de que se pode de fato mudar

radicalmente do Sermão é uma questão errada, para isto leva ao legalismo e o

assunto da vida tentado nunca em Jesus e em Mateus. Assim a sugestão é de

que as compreensões da ética do Sermão do Monte estão ligadas ao poder de

Deus e no seu reino anunciado no Evangelho de Mateus. Em Marcos está um

Jesus ou está em Mateus.

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2. AUTORIA DO EVANGELHO DE MATEUS.

Há um interesse muito grande sobre à autoria do primeiro evangelho,

isto durou até o século XVIII e novamente voltou-se para discutir esse assunto na

década de 1950. Através da sua linguagem, da estrutura sólida, e eticamente

correta e a problemática do judaísmo, o que torna uma leitura agradável, mas que

foi o autor desse evangelho?

Enquanto Marcos 2:14 e Lucas 5:27, 29 falam de Levi, já Mateus 9:9

confere 10:3, assim ele escreve: “Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado

na coletoria de impostos, e lhe disse: Siga-me”; provavelmente Mateus seja o

nome e Levi o sobrenome.

Autoridades eclesiásticas do primeiro século ratificam os dados no

sentido da sua autenticidade.

Papias, bispo de Hierápolis, na Frigia no início do século II, faz duas

afirmações na sua obra. “Exegese das palavras do Senhor”.

Primeiro: Papias recolheu os testemunhos sobre Mateus,

pessoalmente ou por meios de testemunhas diretas.

Segundo: “Mateus colocou em ordem os ensinamentos em língua

Hebraica, e cada um os interpretou da maneira como era capaz”. A Palavra lógica

compreende palavras e gestos (comportamento).

Irineu é uma testemunha da fé de toda a igreja visto que da Ásia

(Esmirna); foi discípulo do grande Policarpo e depois se transfere para Lião.

“Mateus não há o fato de que o Evangelho foi escrito originalmente em hebraico,

escreveu seu evangelho logo depois da morte de Jesus, mas em um período

posterior quando, após as perseguições”.

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Enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma, e tão logo essa perseguição

os dois apóstolos chegaram à capital do império.

Orígenes, na metade do século III, como testemunho da igreja de

Alexandria no Egito diz: “Testemunhos claros fundamentam as afirmações dos

Padres ocidentais e orientais do século IV”. Afirma que Agostinho, o Evangelista é

de autoria de Mateus.

Ambrósio, Eusébio, Jerônimo, Atanásio, Basílio Magno, Gregório de

Nazianzo e Gregório de Nissa todos eles afirmam que o primeiro evangelho foi

escrito por Mateus, que ouviu Jesus, que transformou em palavras de ensino e

compreensão dirigidas aos hebreus (a mudança de comportamento desses

povos).

Como ele é um autor judeu cristão tem algumas características próprias de

Mateus, por exemplo “reino dos céus” equivalente a reino de Deus, “Cidade

santa” identificada como Jerusalém (Mateus 4,5; 27 53 raça (ímpio), carne e

sangue para denominar apenas as capacidades humanas, Geena (lugar de

julgamento da pena), há também uma tendência de ora apresentar Jesus como

ligado ao judaísmo (Mt 10,6; 15,24; 5,17-19)).

a) ARGUMENTOS CONTRÁRIOS À AUTORIA DE MATEUS.

1- A antiga tradição em prol da autoria de Mateus parece aludir aos “Oráculos do

Senhor”, talvez seja o documento Q e não o que conhecemos como Evangelho de

Mateus, o próprio Jerônimo que apóia a tradição antiga cita Mateus, mas na

realidade suas citações não são extraídas deste livro.

2- Os supostos apoios íntimos, acerca de Mateus ao serem examinados, tornam-

se fraquíssimos.

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3-Era comum que a apostolicidade estivesse vinculada a algum escrito, pela

autoridade exercida pelos apóstolos, e temas cerca de cem dessas obras, isto é,

escritos que trazem os nomes dos apóstolos, mas não foram escritos por eles. Há

a possibilidade que este evangelho esteja vinculado a esse costume, sem que

haja uma importância que seu verdadeiro tenha sido outro.

4- Cerca de noventa por cento de Marcos foi incorporado a Mateus, mas Marcos

conforme sabemos não fará testemunha ocular enquanto que Mateus foi

testemunha, sobretudo quando de acordo com o testemunho de Papias, Marcos

não registrou os acontecimentos em ordem, já um testemunho ocular o teria.

5- Pouquíssimos eruditos crêem que Mateus tivesse uma tradução original

hebraica (aramaica) e afirmam que seus originais tenham sido escrito em grego, e

não sendo o (9) referido por Papias.

Este Evangelho sempre cita a LXX (tradução grega do Antigo

Testamento hebraico e isso indicam que foi originalmente em grego por em autor

de quem essa língua era nativa).

6- Sabemos que o Evangelho de Mateus não foi o único a ser atribuído a Mateus

no século II d.C. A seita dos Nazarenos possuía um evangelho que tenha esse

nome, conhecido por evangelhos segundo aos Hebreus, sendo essa obra que

Jerônimo fez referência.

b) EVIDÊNCIAS QUE CONFIRMAM A AUTORIA DE MATEUS.

1. A tradição antiga.

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2. A referência de Mateus 10:3 ao se referir ao Publicano é um sinal do autor do

livro, sendo ele cobrador de impostos, chama-se de Humilde, já que sua profissão

era mui desprezada naqueles dias.

3. Mateus mostra outro sinal de sua humildade começando o discipulado (Mateus

9:9), no entanto esse argumento é anulado pela observação que encontramos em

Marcos 2:14, mas podemos observar que Mateus ao ser chamado por Jesus

levantando-se e passou a segui-lo.

4- Na lista dos apóstolos supõe-se que Mateus colocava seu nome após o nome

de Tomé Mt 10:3, já em outras listas seu nome consta antes do nome de Tomé,

outro sinal de humildade conforme Mc 3:18 e Lc 6:15.

O fato é que esse evangelho é anônimo, pois seu autor não é

identificado, sem importar no que creiamos, pois, o próprio evangelho não define

e dificilmente pode é liberal ou conservador, e não devemos confundir com a

doutrina revelada pelo o Espírito Santo.

5. A pesquisa moderna acredita que Mateus é uma homenagem ao discípulo de

Jesus. Alguém escreveu o evangelho e deu o nome de Evangelho de Mateus.

3 - IDÉIAS CENTRAIS DO EVANGELHO DE MATEUS.

O aparecimento ressuscitado, a entronização do senhor de todos e o

mandamento 11 em Mateus 28,16-20 não só formam a conclusão do Evangelho

de Mateus, elas são as metas centrais em que o evangelho se move e constitui a

perspectiva central de tudo do leitor do Evangelho. Mateus 28,16-20 é então a

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chave hermenêutica e teológica para a total compreensão (desta obra de Mateus

como um todo).

“Este texto de Mateus contém alguns elementos tradicionais, mas

apresenta forma tem uma obra redacional do evangelista. O vv 16-17 nas

construções da comunidade de Mateus e só acréscimos pelo conteúdo e forma. O

v 18a é também redacional posterior. A palavra mandamento em grego aparece

52 vezes só e Mateus; e ele falou este dito três vezes (13,3;14,27;23,1), e que o

eco do motivo do Evangelho de Mateus pode ser ouvido no v 18b(com os pares –

céu e terra)”.

“O v. 19 mostra claro que a obra é do evangelista e que 13, 52; 27,57 o discípulo

é redacional. A fórmula batismal no v 19b reflete a prática do batismo na

comunidade de Mateus. O v. 20 contém características lingüísticas de Mateus

(tomar, ensinar, fim dos tempos). A promessa no v 20b tomado de Mateus 18.20

retorna ao evangelista”.

Na idéia central de Mateus que podemos ver é o senhorio universal de

Jesus, expressado na entronização do v 18b e a promessa de sua constante

presença com a igreja no fim dos tempos. A apresentação de Jesus neste

evangelho está orientada para sua confissão de fé na época da igreja de Mateus.

Se Jesus é já universal e na autoridade. Se pela sua ressurreição, as afirmações

disto é que Jesus não é mais terreno do que celestial.

Para Mateus, o ressurreto e o Jesus terreno são complementos; o motivo

do Emanuel (Mt 1,23; 28,29) fala de sua autoria em direção a Deus e que a

presença do ressurreto está na igreja. Jesus é o verdadeiro mestre, que comanda

seus discípulos e que agora dos poderes aos seus discípulos e que a igreja de

Mateus leva a obra de missão aos gentios o ensino de Jesus nesta construção da

autoridade da igreja de Jesus Cristo. A grande missão está no tema central da

teologia de Mateus que determina a forma deste evangelho.

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O caminho de Jesus apareceu no Evangelho de Mateus como o

começo do caminho de Deus para os gentios. A antiga missão para as sinagogas

tem sido seu sucesso (Mt 23, 34; 16,17), e por longo tempo tem sido um assunto

da história passada, para agora o mundo todo é a missão do campo da

comunidade de Mateus.

Se Jesus Cristo em Mateus 1,1 aparece como o filho de Abraão e a

genealogia começa com Abraão em Mateus 1,2, isto é uma perspectiva universal

no começo, para Deus pode originar os filho para Abraão das Pedras (Mateus

3,9). As mulheres mencionadas em Mateus 1,3-6 da genealogia (Tamar, Ruth,

Raabe, e a mulher de Urias Batseba) todas não são judias, assim traz outra

perspectiva universalista nesta explosão.

As quatro mulheres gentílicas no começo correspondem para todas as

nações no fim, Na compreensão de Mateus, não só após Jesus ter sido rejeitado

o Mal, mas do começo do ato salvador de Deus tem em Mt 18 os gentios. Em

Mateus 2.55, os gentios adoram Jesus, que o rei judeu tem matado as crianças.

Após a pregação de juízo contra Israel por João Batista (Mt 7,1-12) e o Sermão

do Monte, Jesus tem seus atos fora da sociedade judaica (Mt 8,1-4; 8,5-13:

gentio; 8,14-15, a mulher).

Como encontrado nas lendas da comunidade de Mateus 8-9 assinala o

fundamento do evangelista. Ele vive na igreja compostos por judeus cristãos, e

gentios cristãos, de que um gentio no primeiro exemplo é modelo de fé (Mt 8,10).

Na narrativa do centurião de Cafarnaum em Mateus e sua comunidade reconhece

sua própria história.

O centurião aceita a proeminente forma de Israel na história da salvação

Mt 8,8), mas que Israel torna assento do juízo de Deus, ele torna o primogênito

dos Cristão Gentios (Mt 8,11-12). Mateus 10,17-18 pressupõe que os discípulos

pregam o evangelho aos gentios como os judeus. Mateus 12, 21 e 13, 38a tem um

ponto à missão universal para as nações, que em Mateus 12,18-21 a missão aos

gentios é formada nos textos do Antigo Testamento (Is 42,1-4). É só consistente

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com a pregação do evangelho para todas as nações aparecem antes ao trono do

Filho do Homem (Mt 25,31-46).

No Evangelho de Mateus o ensino de Jesus é apresentado como

modo de exposição do poder de Deus, o ressurreto proclama a força das palavras

de Jesus terreno (Mt 28,20a). Para Mateus o poder de Deus manifesta no Antigo

Testamento coloca a meta em Jesus, com a perspectiva articulada com claridade

particular pelas citações pela reflexão. O evangelista entende o advento e

pregação de Jesus senão a ab-rogação da lei, mas seu cumprimento (Mt 5,17-

20).

Mas neste sentido Jesus cumpre a lei? Não significa meramente por repetir

meramente a reformulação da lei do Antigo Testamento, mas, aliás, como

apresentei sua interpretação autoritária, como é mantido pelas antíteses. A

correspondência entre Mateus 5,20 e 5,48 mostra que as antíteses são exemplos

para melhor justificação dada pelo evangelista. Na primeira antítese em Mateus

5,21-26 Jesus radicaliza o mandamento da Tora contra o assassinato.

Assim, para a perspectiva judaica da segunda antítese sobre o adultério

em Mateus 5,27-30 representa a radicalização de uma proibição da Tora. Em

contraste, a terceira antítese sobre o divórcio em Mateus 5,31-31 envolve a

unidade de um mandamento da Tora (Dt 24,1-3). A autoridade de Jesus faz

possível para ele um mandamento válido da Tora em ordem a trazer a verdade do

poder de Deus na força. A proibição absoluta do juramento em Mateus 5,33-37

rompe o mandamento do Antigo Testamento e o pensamento judaico e traz a

autoridade de Jesus.

Tem dado a proibição absoluta do divórcio, Mateus faz este mandamento

praticável para a sua comunidade para demolir a intenção original de Jesus em

sua pregação. Por rejeitar completamente a lei básica do Antigo Testamento de

reta ligação em Mateus 5,38-42 e advoga a lei do amor ao inimigo em Mateus

5,43-48, o pregador do Sermão do Monte abandona completamente no

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pensamento de seu tempo e enfatiza que o verdadeiro poder de Deus liga só no

amor sem limites e a justiça perfeita.

A antítese mostrou como Mateus entende o cumprimento da lei por

Jesus: validade e aplicação da força não estão no Antigo Testamento e nas

tradições, mas em Jesus somente. Que é que Mateus radicaliza a Tora e revogar

e lei, pode ser fundada e junto com a autoridade de Jesus. Não a lei do Antigo

Testamento como tal, mas a interpretação do Antigo Testamento por Jesus é forte

na comunidade de Mateus. Não é o caso da autoridade de Jesus que leva ao erro

inter relativo da lei, mas a intenção original da lei de Deus rejeita a lei da Tora.

Fica bem claro pelas antíteses do mandamento do amor é o centro da

compreensão da lei por Mateus. A melhor justificação e rejeição perdida por

Jesus (Mt 5, 20.48) é idêntico com cada Mandamento e com a Regra de Ouro

em Mateus 7,12. Caracteriza a forma da misericórdia (Os 6,6 em Mateus 9,13 e

12,7; 23,23) e o amor inqualificado de Deus e o vizinho (Mateus 19,19; 22,34-40),

que acha a grande expressão em amor ao inimigo.

Para obediência em Mateus a lei não consiste na observação de muitas

proscrições individuais, mandamentos e regras, mas na prática de amor de justiça

da vida cotidiana. O mandamento do amor com o resumo da compreensão de

Mateus da lei recebe a 21 de força só do Deus único e verdadeiro. A

compreensão de Mateus da lei pode ser o ponto de vista em que a Cristologia é o

centro.

O elemento distintivo da ética de Mateus é o poder de Deus. A crença

em Jesus significa o mesmo poder que ele possui. Assim Jesus mesmo entende

seu ministério com o cumprimento de toda justificação (Mt 3,15), assim a

justificação é o conteúdo da ética central de Mateus (Mt 5,6. 10.20; 6,1. 33;

21,32).

24

Page 25: A Maior Justiça é de Deus

A melhor justificação aparece como pressuposição para a entrada no reino

dos céus (Mt 5,20) e manifesta na conduta ética do programa e do mandamento

como as antíteses. A meta e padrão da melhor justiça são a perfeição (Mt 5,48).

Os discípulos são chamados para a ética dirigida por Jesus em seu linho e ação

com autoridade. Assim Jesus mesmo em Getsemane cumpre a terceira petição

da Oração do Senhor (Mt 26,42 e 6,10), a igreja é o poder de Deus. A validade de

continuar no Antigo Testamento o novo mandamento não é a contradição para

Mateus, mas sua unidade na autoridade de Jesus Cristo.

Com o que, Mateus em sua ênfase forte para o imperativo ético por

significado sugere que negligência o ato salvador de Deus (Mateus 5,1-12; 28,19-

20) o batismo com o fundamento da relação salvadora com Deus é o ensino;

Mateus 7,7-12 a oração é a 21 que faz possível a melhor justificação. A

característica para Mateus é o indicativo e imperativo, com a ênfase no

imperativo, e fala de uma especial de imperativo, nomeada no imperativo

indicativo (Mt 11,28-30).

Os elementos centrais da motivação ética são formados em Mateus

pelo conceito de renovação e 22 (recompensa: Mateus 5, 12.19;6,1.19-21;10,41-

42;18,1-5;19,17.28;20,16.23;25,14ss; - Mateus 5,22;7,1.21;13,49-

50;22,13;24,51;25,30) e o conceito de Deus de tudo Ito. Jesus pode retornar

como Filho de Deus, o juiz escatológico (Mt 7,22-23; 13, 30. 41; 16,27;24,29-

31;25,31) e só no futuro juízo do mundo pode ser a separação entre chamado e

escolha ser cumprida (Mt 24,42-51). Então o povo é julgado na base do caminho

perfeito, com pronúncia ao juízo e algo no fogo eterno (Mt 13,36-43.47-50) . A fé é

o critério é decisivo para cada indivíduo no último juízo (Mateus 16,27).

Assim Mateus a coisa importante não é necessariamente a próxima de

juízo escatológico, mas sua realidade. Conforme a parábola da festa (Mt 22,1-14)

pode ser chamado, bem e mal é chamado, mas só com as vestes, que as boas

obras, numera entre escolhidos e rejeitados pelo Rei: significa as figuras do último

25

Page 26: A Maior Justiça é de Deus

juízo Mateus fala da sua comunidade de sua comunidade se qualidades. No

tempo, com sua história do último juízo em Mateus 25,31-46 em todo cálculo do

bem, para bem e mal, e a decisão do juízo final não antecipado.

É realmente o corpo da comunidade ou igreja de Mateus é uma igreja

missionária. Conhece a promessa do ressuscitado na sua igreja (Mt 18, 20;

28,20). Após a Páscoa, os discípulos são chamados por entrar aos discipulados e

a missão universal. No Evangelho de Mateus, os discípulos sempre representam

a igreja. Seu retrato é real ao tempo presente da igreja de Mateus (Mt 18,1-35).

Para Mateus os cristãos são os discípulos; discipulado é realizado no seguimento

de Jesus (Mt 8,23; 9,19. 37ss; 12,49-50; 19,16-20; 27-28).

A chamada de Jesus histórico agora corresponde à resposta da obediência

ao poder de Jesus Cristo Exaltado com o desenvolvimento do Evangelho de

Mateus. Discipulado envolve lutas e 24 (Mt 8,23ss), e pede poder ao sofredor (Mt

10,17ss), a fortaleza requer ser o alvo (Mt 18ss), para servir (Mt 20,20ss) e a

misericórdia e amor (Mt 25,31-46).

4 - TRADIÇÕES E FONTES EM MATEUS.

As fontes primárias do Evangelho de Mateus são o Evangelho de São

Marcos 16,25 tem necessidades de alguma forma anteriores ao Marcos agora

canônico. Este é modo apresentado nos textos que concorda com Lucas contra o

Marcos canônico, mas não explicado como redação de Mateus.

Mateus copia Q no esboço do evangelho todo. Ele usa Q nos blocos

dos ditos de Jesus sempre que Q e Marcus são citados e os seus próprios

materiais. Assim os grandes discursos de Jesus são conectados nas narrativas de

Jesus.

No Sermão do Monte ele usa a ética apresentada em Q e como o

mestre da melhor justificação. Mateus adota o forte impulso ético de Q com sua

26

Page 27: A Maior Justiça é de Deus

ênfase ao fazer do poder de Deus (Mt 7, 21.24-27) que ao mesmo tempo fala da

ortografia (Mt 7,22) e que Q enfatiza a salvação (Mt 5,3-15).

No texto sobre o poder de Jesus em Mateus 8-9 o material de Q agora

enfatiza o processo de separação entre Israel e os discípulos (Mt 8,11-12;9,32-

34). Mateus sempre elabora a ética do discipulado e a missão pela adição de

material de Q (Mt 9,37-38; 10,7-8.39-40).

O evangelista enfatiza o privilégio do lugar dos discípulos em Mateus

13,16-17, como a benção escatológica é pronunciada neles como o último

endereço a Pedro(Mt 16,17-1a ) e a toda comunidade (Mt 18,19). No discurso

sobre a vida da igreja em Mateus 18 o evangelista adota o material de Q na

mudança para o poder dado (Mt 16,15. 21-22).

Mateus cumpria o completo com os escribas e fariseus sempre nos textos

de: 23.25-27.29-32.34-(36). Mateus compõe parte considerável do discurso

escatológico no fim do Evangelho de ditos de Q (Mt 25,10-12.14-30). O retrato de

Jesus no Evangelho de Mateus é o mestre com autoridade essencialmente do

material de Q.

Se os materiais de citação de cumprimento em citação de reflexão

constituem anexos de fontes tem sido muito discutido. Estas citações estão em Mt

1,23; 2, 6.15.16.23;4,15-16;8,17;12,8-21;13,14-15;13.35,21,5;27,9-10 e 26,54.56.

No aspecto da hermenêutica da promessa é articulado no caminho particular que

corresponde a fórmula introdutória manifesto fator comum: seguindo a idéia de

cumprimento ver a referência da passagem bíblica que inclui o nome dos

profetas: Isaías e Jeremias. Citações sobre os textos do Antigo Testamento

mostram que Mateus reconhecia a coleção que os cristão 28 e a igreja citava

oralmente estas tradições.

27

Page 28: A Maior Justiça é de Deus

5 - LUGAR E TEMPO DE COMPOSIÇÃO DE MATEUS.

O Evangelho de Mateus foi composto no local determinação de uma

comunidade (Mt 4,24) e como foi atestado pelo livro 29 chamado de Didaque (Did

7,1.8;10,5.16) e por Inácio de Antioquia (Ign Sm 1,1 e Mt 3,15; Ign Sm 3,1 e Mt

15,13) que sugere o local Síria como o local onde ele foi escrito. O evangelho

oferece nenhuma evidência mais preciosa deste local (Antioquia da Síria;

Damasco, Sidon, Tiro e interior da Síria).

Mateus pressupõe a destruição do tempo (Mt 22,7; 21,41; 23,38). O

que sabemos é que o evangelho é conhecido por Inácio cerca de 110 d.C e que o

Evangelho de Mateus foi escrito entre 90 a 100 d.C.

A situação da comunidade de Mateus é realmente definida por sua

ruptura com Israel, que leva à repressão e perseguição dos Cristãos desta Igreja

(Mt 10,17-18; 23,34). A distância real disto é a disputa com Israel é vista no plano

lingüístico, no uso estereotipado de seus ou suas sinagogas (Mt 4,

23;9,35;10,17;12,9;13,54;23,34; como em 6,2.5;23,6) e os escribas e fariseus(Mt

5,20;12,38;15,1;23,2.13.23.25.27.29).

Mateus expõe e ultrapassa os atos críticos dos escribas e fariseus (Mt 6.1-

18; 23,1-36) para fazer a justiça melhor (Mt 5,20) e o completo cumprimento de

poder original de Deus (Mt 5,21-48; 6,9: 16; 12,50; 15, 4;18,14;19,3-9;21,31) que

é a pressuposição para a entrada no reino dos céus (Mt 23,13).

A rejeição de Israel tem sido a realidade da comunidade de Mateus por

longo tempo (Mt 8,11-12; 21. 43; 22,9) e a união gentílica em seu centro

evidência a prática (Mt 28,18-20 e Mt 12,21;13,38a;24,14;26,13). O local

proeminente do comando da missão como chave hermenêutica e teológica para o

evangelho todo mostram que a comunidade não estava no processo de 30 de

uma nova fase de sua vida para começar a missão para os gentios, mas que foi

levada à missão dos gentios por um longo tempo.

28

Page 29: A Maior Justiça é de Deus

Isto é sugerido não só por numerosas afirmações do oferecimento

universal de salvação, as também pela história da teologia cristã. A missão

gentílica documentada como textos pré-paulinos, paulinos e pré-Mc e pré-Lc

fazem aparecer que a comunidade de Mateus não tinha mais que 40 a 50 anos

mais tarde que Paulo (45d.C).

O evangelho de Mt tem repetido o poder de Deus (Mt 7,21; 12,50;

21,31) assinala o problema fundamental da comunidade de Mateus: na esfera do

ato gracioso de Deus, sem formar a fé e o amor. Mateus dirige este material

parenético contra os de “pouca fé” (Mt 6,30; 14,31; 8,26; 16,8; 17,20) coloca a

ênfase no cumprir a Tora toda (Mt 5,17-1a) e na justaposição (Mt 3,15; 5,6. 20;

6,1-33; 21,20), no ser perfeito (Mt 5;48;19,21) e nos frutos da fé (Mt 3,10;7,16-

20;12,33;13,8;21,18-22.33-46).

Com a mudança de colocar a fé na ação corajosa e o permanecer na fé,

Mateus combina na orientação do último juízo (Mt 3,10; 5,29; 7,16ss; 10,15;

18,21-35; 19,30; 23,33. 35-36; 24,42). A coincidência de Mateus no retrato do

Último juízo que serve de motivação para 24,32 (Mt 7,21ss; 13,36ss; 25,31ss). A

comunidade existe no presente, no justo e injusto razão o evangelista chama a

atenção (Mt 24,42; 25,13), mas que promete aplicar a salvação (Mt 24,13).

Em Mateus 7,25 e 24,11 o evangelista fala dos falsos profetas. As

metas teológicas deste aparente não estão claras; eles são chamados de

antinomistas helênicos com base em Mateus 5,17-20; 7,12-27; 11,12-13; 24,10-

13. Mateus acusa-os de anomistas (sem lei – Mt 7,23; 24,12), que produzem

maus frutos (Mt 7,16-20) e que não têm o poder de Deus (Mt 7,21). Só oponente

na compreensão ética na concepção de Mateus (Mt 24,12) e são perigosos para a

unidade da Igreja.

29

Page 30: A Maior Justiça é de Deus

A comunidade de Mateus não conhece o ofício institucionalizado (Mt

23,8-12), mas com os profetas (Mt 10,41; 23,34; 5,12; 10,20) os escribas (Mt

15,52; 23,34; 8,19) e os carismáticos (10,8). Pedro tem uma posição dentro da

comunidade. Ele aparece nos primeiro apóstolo (Mt 10,20), fala do círculo de

discípulos (Mt 15, 15; 18,21) e sua conduta em Mateus 14,28-31 é apresentado

como um exemplo instrutivo para a relação correta entre fé e dúvida.

O dito da rocha em Mateus 16,18 apresenta-o como fundador da igreja, de

que só a autoridade de achar e perder o que é dado (Mt 16,19).Mas em Mateus

18,18 esta autoridade é sempre progressão pela comunidade como um todo, que

significa que Pedro é apresentado como um exemplo de discípulo: que é dito

sobre ele na compreensão, autoridade e força da fé e que é aplicado pela

comunidade norma.

Se a forma presente do Evangelho de Mateus reflete o caminho da igreja

do começo judaico cristão para sua prática da missão universal aos gentios, então

só corresponde ao curso da própria vida de Pedro, como a principal testemunho

do evento da Ressurreição (I Cor. 15,5) abre-se mais a forma liberal para os

gentios (Gal 2,11ss) e então leva a missão aos gentios(! Cor 9,5). Esta de acordo

com a vida de Pedro na comunidade 33 como base da autoridade de Pedro nela.

6 - AUTORIA DE MATEUS.

Sobre a autoria de Mateus reportamos a Paias na base da tradição

dos anciãos que dizia: “Mateus colocou junto e escreveu os ditos do dialeto

hebraico e foi traduzindo para grego o seu Evangelho”. A antiguidade desta

tradição escreve o evangelho do apóstolo Mateus é confirmado pelo Evangelho

dos Ebionitas no seu fragmento 4 e pelos títulos dos evangelhos, que são datados

cerca do começo do século II d. C.

30

Page 31: A Maior Justiça é de Deus

O comentário de Papias não passe base para o filme história, mas leva as

evidências para uma versão hebraica de Mateus e em Papias a forma de que

Mateus é a conclusão de uma discussão entre Mateus e Marcos. As duas

observações falam contra a identificação do autor com o discípulo Mateus (Mt

10,3; Mc 3,10,Lc 6,15 e At 1,13). As testemunhas dos ministérios de Jesus podem

ser usadas a obra de várias testemunhas de Marcos com base em sua própria

obra.

A mudança do nome de Levi em Marcos (Mc 2,14; Mt 9,9) reflete

passagens acrescentadas na obra de uma testemunha. Um paralelo desta prática

é encontrado, como, em Mateus 27, 56, onde a desconhecida Salomé de Marcos

15,40 é colocada como mãe dos filhos de Zebedeu (Mateus 20,20). O discípulo

Mateus talvez joga um papel importante na igreja do qual o Evangelho de Mateus

vem, e explica o nome em Mateus 9,9 e o acréscimo em Mateus 10,3.

A intenção teológica desta chamada para testemunhar de um

testemunho é claro: o evangelista conecta sua igreja para um discípulo original do

Senhor, um membro do círculo dos 12 e assim do próprio Jesus terreno, o ensino

é apresentado no Evangelho e que a igreja é chamado a obedeceu. Mateus 13,

52, e 23, 34 indicam que o autor funcionou nesta comunidade como o mestre.

O uso do autor da Escritura e que a catequese organiza a instrução ética são

indicações de seu fundamento de sua educação. Mateus orienta seu evangelho

na comunidade com o fim todo e outros mestres na comunidade, que como ele 37

a responsabilidade da mediação entre o velho e novo.

Se Mateus foi um judeu ou gentio Cristão é ainda discutindo muito. O

evangelho prove a data que apóia cada possibilidade. A observação segue

falando para o ponto de partida de Mateus judaico cristão:

A- A afirmação da lei (Mt 5,17-20; 23,3a. 23b);

31

Page 32: A Maior Justiça é de Deus

B- As referências no Antigo Testamento e na aplicação enfática da idéia de

cumprimento (Mateus 1,22-23; 2,5-6.15.17-18; 3,3;4,4-16;8,17);

C- Alimentação da missão de Jesus a Israel (Mateus 10,5-6; 15,24);

D- A comunidade de Mateus sobre o sábado (Mateus 24,20);

E- A comunidade de Mateus ainda vive dentro da jurisdição do judaísmo

(Mateus 17,24-27; 23,1-3);

F- A tipologia de Moisés em Mateus 2,13ss; 4,1-2;5,1 e os cinco grandes

discursos no Evangelho apresentam Jesus como tendo uma afinidade com

Moisés;

G- A linguagem, estrutura, recepção da Escritura, argumentação e história da

influência do Evangelho de Mateus colocam os judeus cristãos como seu

autor.

Contra a interpretação de Mateus como o documento judeu-cristão e

ter no texto o ponto fundamental do autor gentio cristão:

a- O evangelho oferece a salvação com claros pontos para a missão aos gentios

que tem sido escolhidos(Mt 28,18-20; 8,11-12; 10,18;12,18.21;13,38a; 21,43-

45;22,1-14;24,14;25,32;26,13);

b- A nulidade das leis rituais (Mt 15,11.20s;23,25-26).

32

Page 33: A Maior Justiça é de Deus

c- A crítica de Mateus à lei, e as antíteses do Sermão do Monte(Mt 5,21-48) Jesus

coloca sua própria autoridade que Moisés, que não há paralelos no judaísmo

antigo;

d- Mateus apresenta a polêmica contra o 38 farisaico (Mt

5,20;6,1ss;9,9ss;12,1ss.9ss;15,1ss;19,1ss;23,1ss).

e- Mateus tem 39 (Mt 4,2/Mc 1,13;Mt 9,25/Mc 5,41;Mt 15,30/Mc 7,34;Mt 15,5/Mc

7,11;

f- A comunidade de Mateus entende sua vida é distante da sinagoga(Mt

23,34;7,29b);

g- prescrições rituais do sábado tem seu significado(Mt 12,1-8);

h- A rejeição de Israel, que Israel tem seu lugar distinto na história da salvação,

tem sido aceito por Mateus como realidade por algum tempo (Mt 21,43;22,9;8,11-

12;21,39ss;27,25;28,15)

A tensão entre as duas listas é bem entendida para significar que o

Evangelista Mateus é um advogado do Cristianismo judaico da Diáspora liberal

helenística. E que tem sido engajado na missão entre os gentios da circuncisão

em Mateus no ponto na mesma direção, o judaísmo conservador Palestino relaxa

na prática da circuncisão foi lembrada na Tora, que os círculos do judaísmo

helenístico da Diáspora a circuncisão não foi considerado uma questão

importante.

A história da influência do Evangelho de Mateus na antiga igreja também

sugere uma espécie de judaísmo que abre para os gentios. Os judeus cristãos e

gentios cristãos não são da comunidade de Mateus e da compreensão do

Evangelista

Este é um esboço mais completo do Evangelho de Mateus feito pelos

autores Ulrich Luz e outros:

33

Page 34: A Maior Justiça é de Deus

MATEUS

_______________________ 1- GENEALOGIA DE JESUS

___________________ 2- OS MAGOS

______________ 3- JOÃO BATISTA

__________ 4 -TENTAÇÃO.

______ 5 – 6 – 7 O SERMÃO DA MONTANHA

____ 8 – 9 CURAS

___ 10 –11 DISCÍPULOS

____ 12 -SÁBADO

13 – 15 PARÁBOLAS

16 - CENTRO DE Mt.

___________________ 16 FARISEUS

_________ 17 =-TRANSFIGURAÇÃO

__________18 - 19 - CONTEXTO SOBRE RIQUEZA

____ ____20 -

_______________21- ENTRADA TRIUNFAL

_______22 – 24- SERMÕES ESCATOLÓGICOS.

_________________________25 -ESCATOLOGIA

34

Page 35: A Maior Justiça é de Deus

___________________________________26 – TRAIÇÃO.

_________________________27 - JUÍZO E MORTE

____________________________________________ 28 - RESSURREIÇÃO

7 – ESBOÇO, ESTRUTURA E FORMA DE MATEUS.

1,1-2,23 – pré-história de Jesus

3,1-4,11 – João Batista, batismo e tentação de Jesus.

4,12-25 – começo da pregação de Jesus

_____________________________________ 5,1-7,29 – Sermão do Monte

8,1-9,34 – Milagres

9,35-11,1 – Discurso missionária

11,2-12,50 – Saúde e conflito

13,1-52 – Parábolas

13,53-17,27 – Jornadas na Galiléia _______________

35

Page 36: A Maior Justiça é de Deus

18,1-35 – discurso sobre a igreja

19,1-20,34 – no caminho para Jerusalém __________

__________________21,1-25,46 – ministério de Jesus em Jerusalém

26,1-28,20 – Paixão, ressurreição e aparecimentos.

* No Evangelho de Mateus não tem uma estrutura clara como os outros evangelhos, mas

pode ser reconhecida. Os especialistas quando analisam os esboços diferentes em várias

formas diferentes:

A – A divisão que W. Bacon fez através dos discursos de Mateus:

______________________________1 - 2 - introdução

3 – 7 -desenvolvimento.

8 – 10 -desenvolvimento.

11, 1-13, 52 – Centro.

13,53 – 18,35 – Centro.

____________________________ 19 – 28 – Conclusão.

B - Mateus 4,17 e 16,21 são sinais de estruturas. Este resulta em duas partes

maiores, o esboço pode ser:

4,17 – 16,20 – Galiléia

36

Page 37: A Maior Justiça é de Deus

16,21 – 25,46 – Jerusalém.

Mateus adota um gênero literário chamado de Evangelho e apresenta o

evento Cristo como o modelo dado por Marcos. Elementos de comparação com

marcos estão no começo e fim do Evangelho de Mateus. A pré-história de Mateus

(1,1-2,23) apresenta uma introdução cristológica ao ministério público de Jesus. A

história da salvação está no começo da genealogia (1,1-170 e a história do

nascimento (1,18-25)).

No fim do Evangelho de Mateus além de Marcos conta história no mundo

de Jesus e os aparecimentos do ressurreto testemunham a fé (Mt 27,62-66) e

guarda os túmulos e 28,9-10, o aparecimento à mulher. A apresentação de

Mateus coloca o seu clímax no aparecimento do ressurreto ao discipulado e o

mandamento da missão (Mt 28,16-20).

A expansão e modificação dos elementos individuais da tradição,

Mateus essencialmente seque o Evangelho de Marcos e que a obra caracteriza

uma estrutura única da narrativa. Mateus coloca o Sermão do Monte entre Marcos

1,21 e 1, 22, assim o ensino de Jesus é como em Marcos, a reação do 1º sermão

(Mt 7,28-29). A fórmula idêntica de Mateus 4,23 e 35 o Sermão do Monte e o ciclo

dos milagres em Mateus 8 e 9 e junto com a unidade literária.

Jesus é apresentado como Messias, em Marcos o material está em Marcos

8-9 etc intenção teológica do escritor: Mateus narra as lendas da igreja e dos

gentios e o que ocorre em Israel. Mateus 12 segue Marcos com exceção dos

discursos. O ministério de Jesus em Mateus 21-25 e a história da paixão em

Mateus 26-28 são unidades diferentes.

O esboço de Mateus 12-20 tem o povo central teológico que prove o

discurso em Mateus 13 e 18. O evangelista compõe cinco grandes discursos das

tradições anteriores. O Sermão do Monte em Mateus 5-7, o discurso missionário

37

Page 38: A Maior Justiça é de Deus

Mateus 10; as parábolas Mateus 13, a instrução para a igreja Mateus 18, e o

discurso escatológico Mateus 24-25.

Os materiais de acréscimo são:

- Mateus 1,5-6; 2,3.23; 3,15;4,15

- Mateus 8,12;13,42.50;22,13;24,51;25,30

38

Page 39: A Maior Justiça é de Deus

CAPÍTULO II – A ÉTICA EM MATEUS.

1- A ÉTICA EM MATEUS CONFORME JACK T. SANDERS.

Conforme Jack T. Sanders o autor do primeiro Evangelho, é que ele

retarda a parusia e é uma teologia importante, junto com a questão da

recompensa. A parábola das dez virgens todos sábias em Mateus 25, é sempre

citada neste aspecto. Se Mateus tem uma forma de anunciar o atraso da parusia,

esta é a tentativa de mostrar a prática de como a Igreja Primitiva evangelizou e

como foi a grande parte da vida cristã.

A vossa justiça tem que exceder a dos escribas e fariseus fala Mateus

num verso chave (5,20), vem entrareis no reino dos céus. Não só serve como

introdução para lembrar o Sermão do Monte, mas prove um dos temas maiores –

talvez o maior tema – do Evangelho.

Também tem em Mateus Jesus diz: Não digo que vim destruir coincide com

a missão de Mateus colocada nos lábios de Jesus explicando, porque ele (o único

perfeito) substituto ou batismo de João: para cumprir toda justiça (3,15). Quando

Mateus então mostra a estreita relação de relato do ministério público com Jesus

tirada contra os fariseus para não possuir a real justiça que é a lei (Mateus 23).

Mas faz a abundante forma que a lei é a coisa para o primeiro Evangelho e

que Mateus tem representado Jesus como o que deixa a lei cristã o “ tudo que

vos os deixei a vós” do último verso do Evangelho faz tal conclusão realmente

não cumprido.

39

Page 40: A Maior Justiça é de Deus

Gerhard Barth é de que a opinião de que Mateus não apresenta Jesus

como o que dá a nova lei, mas o verdadeiro intérprete da lei que já existia; isto é,

a lei e os profetas (que não distingue) e que o fundamento ou compreensão na

base de que Jesus faz mandamento do amor. Esta visão é realmente correta. A

primeira seção do corpo do Sermão do Monte (as antíteses 5,21-47) conclui com

o mandamento do amor aos inimigos, e tem imediatamente segue o v. 43 é

fundamental, “serás perfeito como meu Pai o é” (5,48).

Ainda Gerhard Barth argumenta que, por causa disto conclui com o

fundamento e porque da posição de salvar sobre o amor ao inimigo como último

na lista da antítese, o mandamento do amor ao inimigo é o clímax da antítese.

Realmente, a antítese é entendida como a explicação paradigmática de 5,20

(justiça excede aos escribas e os fariseus) – que é, Mateus 5,21-47 ofereceu o

primeiro exemplo de como o cristão pode conhecer que ele pode fazer em ordem

para a sua justiça para exceder o conceito no motivo da justiça judaica.

A passagem não denota mais no sentido de quantidade ou extensão, mas

de intenção. A antítese mostra que o caminho para conhecer o que é a justiça

cristã é para interpretar a lei incorreta, e que significa para entender no caminho

intensificado. A qualidade de sua intensidade é então dada pelo mandamento

para amar – neste caso, para amar os inimigos. Mateus 234 é o ponto deste

assunto.

Neste caminho em que o grande Mandamento é apresentado em

Mateus após mostrar que Mateus tenta intensificar a lei na base do mandamento

para amar. Mateus conclui que o mandamento do amor a Deus é para amar o seu

vizinho com o fundamento do resumo (não encontrado em Marcos e Lucas).

“Neste sentido os dois mandamentos, toda a lei e os profetas são assim” (Mt

22,40). Assim temos aqui, então Barth em suas palavras, “uma concentração da

lei toda num ponto, em que tudo está contido”.

40

Page 41: A Maior Justiça é de Deus

“Se aqui tem qualquer outro mandamento, é resumido no dito: “amarás o teu

próximo como a ti mesmo”, que é similar é mais aparente(lingüística) do que

real(material), para que Paulo significa que é a Tora pode ser dispensada com a

vista do mandamento auto inclusivo para amar, que Mateus vê o mandamento

para amar como o “grande princípio da interpretação”, na base de que um pode

reinterpretar a Tora. Mateus assim em nossa a carismática cristã em que os

mandamentos para amar em cada casam a direção em que se move quando

tenta derivar a guia particular para conduzir a Tora.

Esta carismática é, como que, para não significar o todo de que o

caminho em que Mateus desenvolve suas ética cristã. Ele toma também o

caminho Cristão lei de talião que provavelmente na pregação nos proféticos

cristãos antigos. Esta expressão de Mateus em 6,14s: “Para que os homens não

esqueçam as transgressões, o nosso pai celestial es que verá as vossas; mas se

não esquecer e os homens não perdoaram, nem vosso pai celestial esquecerá as

vossas transgressões”. Se isto é a forma mais original da salvação do que

encontra no paralelo; Marcos 11,25, ou em Mateus alterou o dito do Evangelho de

Marcos traz mais exatamente na forma própria necessidade não nos interpreta

aqui.

Claramente, Mateus tem aqui relatado uma norma ética para algum ente do

que o mandamento a amar – o juízo de caráter escatológico. O nome do caminho

é para colocar a norma ética é encontrada na forma impura antes de, em Mateus

5,19: “Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim

ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém,

que os cumprimento e ensinar serão chamados grande no Reino dos céus”.

Estas leis sagradas não são elementos conectados em Mateus não

relacionado para uma visão ética, é testada por várias observações. E neste

Kaesemann chama a atenção especialmente de Mateus 16,27, que adiciona a

Marcos 8,38b( o filho do homem é vindo “na glória de seu pai com os anjos”, e

“que então ele, recompensará cada um conforme esses atos”.

41

Page 42: A Maior Justiça é de Deus

Após, a lei de Talião escatológica lembrando o perdão assim claramente

está em 6,14s também encontra expressão, em forma parabólica, na seção

separada de Mateus, a parábola do servo que não perdoa (Mateus 18,27-35; vem

paralelo em Marcos e Lucas). Todo o fato real que esta forma da lei de Talião é

encontrada na introdução para a antítese do Sermão do Monte(Mt 5,19) – e com a

referência enfatiza com a lei toda – atesta a importância de Mateus dá a este

caminho de colocar o padrão ético.

A situação parece ser que Mateus, por outro lado, a visão da lei(como

interpretado pelo O grande mandamento) como caminho da salvação e padrão

para a existência cristã; e, de outro lado, ele aceita um caminho não qualificado a

validade da lei do Talião apocalíptico, expressado na forma da arbitrariedade

divina doutrina, para determinar que a existência Cristã pode ser. Que ele vê a lei

tanto no caminho de salvação como uma norma ética cai na observação que

distingue Mateus igual como mostrado entre cristãos que são dados para obter

justiça – e o Reino dos Céus – que não foi, como entre cristão e no Cristão.

Assim ele pode asseverar que “muitos são chamados, mas poucos

escolhidos”(Mt 22,14), e ele pode argumentar mostrando contra os “falsos

profetas”(Mt 7,15-20), diz deles que “nem todos que me diz, Senhor!Senhor!

entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai nos

Céus”(Mt 7,21). Isto parece significar que os profetas, quem meramente profetiza,

expulsa demônios em nome do Senhor, e faz muitos milagres. Também em seu

nome (Mt 7,22, o ponto poderão ser justo que eles não dá indicação de estar sob

o poder e guia do Espírito) não entrará no Reino dos Céus. Então, quem construir

a sua vida no fundamento no ensino da pregação em Mateus 5,8ss (Mt 7,24-27).

O consistente relato menciona a entrada no Reino dos Céus na forma

precedente que não é diminuído o significado de Mateus (A frase entrar no reino

dos céus ocorre sozinho 5 vezes em Mateus, e não menciona tal em “seus é o

Reino” e “ao menos” ou “grande é o reino dos Céus”). Parece ser a preocupação

42

Page 43: A Maior Justiça é de Deus

com o entrar no reino que segue o para a lei de Talião apocalíptica com a Tora é

interpretada pelo Grande Mandamento.

Ambos os pontos da vinda do Senhor! Ambos podem ser se o Senhor

realmente foi não vir o cristão “verdadeiro” é para Mateus o único que leva para a

justiça que ele pode entrar no reino. Caminho da salvação e caráter da existência

Cristã é assim um e o mesmo.

A respeito da orientação escatológica de Mateus, um pode mostrar, no

caso de Lucas, para mostrar seu princípio de interpretação da lei pelo modelo

padrão de amar o próximo de seu contexto. (Há então não a necessidade para

estar com a Lei Judaica). Mas imediatamente a impossibilidade disto torna óbvia

para, como notado acima, que a interpretação leva Mateus a uma identificação –

mas matar, mas irar, não adulterar, mas desejar isto é o caminho em que Mateus

faz para interpretar a lei para o amor.

Mas que sociedade organizada pode começar para operar em tais

princípios? Cada visão como limite da ética individual, este princípio pode ter o

perigo destes modos da psicologia que o homem não vive sem “desejos da

carne”. A despeito do fato de que Mateus tem, por sua organização ética da

tradição de Jesus e seu ensino, tem seriamente com o atraso da Parusia, que ele

propõe é sempre com a expectação de que a Parusia pode ser rápida no tempo

da não ocorrência da própria parusia.

Como foi o caso de Marcos e Lucas, Mateus endossa tais virtudes

como humilhação, não dando a ofensa, e resgatando o perigo (Mt 18,1-14). Tais

formas da “ética congregacional”, como que, cai sobre a cabeça da piedade Cristã

de Mateus, que ele mesmo tem sido “pobre”(Mt 5,3). “Mas Mateus faz isto claro:

Abençoado os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus”, isto é, as

várias virtudes piedades (mais ou menos detalhado nas Beatitudes 5,3-11) são

específicas da compreensão ética envolvida na lei de Talião escatológica.

43

Page 44: A Maior Justiça é de Deus

Se tiver assim e agora, deus em seu poder recompensará no seu reino.

Mateus 6,1-18 dá um lugar partícula de estima para a bondade, oração, e

alimento para estas virtudes congregacionais têm a recompensa celestial

espacialmente em vista, como repetição “o Pai... dará a ele” mostra. Se isto só

não foi enfático sozinho, Mateus em sua seção com a salvação sobre a história do

tesouro nos céus (Mt 6,19-21).

Mateus é sempre um forte proponente do discipulado. Ele parece não

distinguir os discípulos, como quem com um grupo especial dentro do

Cristianismo, se, nada novo é provido aqui por sua compreensão ética.

Podemos ter com George Strecker a palavra da ética de Mateus:

“Finalmente, ele é claro que a existência Cristã é essencialmente

estampada por uma compreensão da história da salvação da congregação. Neste

curso do tempo, a congregação a linha se mesmo com o sagrado tempo e o

mesmo tempo vive com a visão em direção do futuro para que a recompensa –

como a fundação final e a conclusão deste ser escatológico que é realizado de

novo discipulado – é prometido nele. Neste caminho as relações do individual

para o imperativo escatológico são sempre temporariamente determinadas”.

2- A ÉTICA DE MATEUS EM WILLI MARXSEN.

A ética cristã no Sermão do Monte tem sempre gozado um papel

especial, e ainda hoje. Portanto há um desacordo como para entender e sentir

sua autoridade, como foi nos tempos antigos. Assim podemos julgar para o

presente racional sugestão para entender o Sermão do Monte.

44

Page 45: A Maior Justiça é de Deus

Podemos começar com o fato de que o Sermão do Monte é uma parte

do Evangelho de Mateus. Penso que é o óbvio, e pode ser ainda necessário dizer,

por causa do discurso sobre o Sermão do Monte é sempre ignorado, e isto prevê

uma própria compreensão. Se na formulação podemos ser precisos. Os assuntos

são levados com a ética do Sermão do Monte nem na ética do Evangelho de

Mateus. Somos levados com a ética da pessoa que escreveu o livro (1,1) que é,

a ética de Mateus. Especialistas concordam que Mateus trabalhou como redator.

Este fato só cria problemas para a exegese.

2-1. O REDATOR DE MATEUS.

Assumimos que a teoria das duas fontes, que com Mateus e o

Evangelho de Marcos mais a fonte de Q , formaram no final este Evangelho de

Mateus. Ao comparar com o redator não copia somente suas fontes palavras por

palavras. Ele muda e enfatiza estas fontes contidas. Cria uma nova obra e dá e

dá uma ordem que se que o Evangelho de Mateus modifica as notícias. Assim,

os exegetas têm para diferenciar entre tradições e redação. É exatamente assim.

Falamos que o redator não adota nada de suas fontes que

contradizem suas próprias concepções. Não significa que Mateus exegeta tem

sua fonte historicamente e então inserida em sua própria obra , que preserva seu

significado original. Mateus foi não familiar com a exegese histórica. Podemos

distinguir entre a exegese histórica das fontes de Mateus e a exegese histórica

da obra como um todo. Se os resultados das duas exegeses são as mesmas

não precisam ser iguais.

Esclarecemos que o problema considerado assim chamada antítese

(Mt 5, 21.48). Há (e possivelmente continua ser) desacordo sobre a antítese e que

a obra de Mateus encontra nele, podemos certamente assume que a terceira

45

Page 46: A Maior Justiça é de Deus

antítese (5,31-32), em que o divórcio é proibido, vem do escrito de Mateus( 5, 32

e 19,9). É aparente que a terceira antítese não é realmente uma antítese.

Em outras antíteses a tese mesma permanece, mas é feita mais radical.

Portanto, em Mateus a ter certa antítese a tese é disputada. Um mandamento é

recolocado outro, mas ainda permanece um mandamento. Quando Mateus

mesmo agora cria uma antítese, como que, ele leva-nos a saber como entende as

outras antíteses: não como antítese, mas como novas teses, como novos

mandamentos formulados “.

“Encontramos exatamente o mesmo problema nas beatitudes (5,3-11).A primeira

beatitude( 5,3-9) pode ser entendida como Mateus as entendeu na base nas

últimas beatitudes( 5, 10- 11),que ele criou”.

Desde a meta da exegese do Evangelho de Mateus é para

estabelecer, é a asserção do autor, é o melhor ponto de partida será a passagem

foi reconhecido o estilo de Mateus com certeza suficiente. Disto então o

exegeta das seções do redator deixa inteiramente inalterada ou só alterada. No

caso pode ser a asserção dos autores das fontes, como estabelecidas entre a

exegese histórica, ser usada como argumento contra asserção de Mateus, como

formulada em sua obra.

Se um breve uso do livro como um todo, algumas peculiaridades

imediatamente estão fora. No fundamento Mateus adota de Marcos, ele insere

cinco discursos longos reunidos por ele mesmo: O Sermão do Monte (Mt 5-7), e o

discurso contra os fariseus e a Parusia e o último juízo ( 23-25). Sabemos que

estes discursos compostos pelo autor sobre as expressões estereotipadas no fim

de cada discursam: “ Quando Jesus terminou os ditos “. ( Mt 7,28; 11,1; 13,53 ;

19,1; 26,1 ).

Outra peculiaridade do livro é a freqüente ocorrência da prova dos

textos nas formas de citações, que são típicas de Mateus ( 1,22-23 ; 2,5-6, 15.

17-18. 23 ; 3,3; 4,14-16 ; 8,17 ; 12, 17-21 ; 13, 35; 21, 4-5 ; 26,56 ; 27, 9-11 ).

46

Page 47: A Maior Justiça é de Deus

Mateus finalmente traz sua obra para fechar com cena da grande montanha na

Galiléia. Este é o lugar de partida da exegese com as peculiaridades.

2.2. UMA EXEGESE DA OBRA DE MATEUS.

Começamos com a cena final (28,16- 20 ), porque Mateus própria

oferece um resumo de sua obra aqui.

“Agora onze discípulos foram para a Galiléia, a montanha para que

Jesus tem dirigido a eles. Quando eles dizem, eles adoram e agora a duvidam. E

Jesus vem e diz a eles, “ Toda a autoridade nos céus e na terra tem sido dada a

mim. Vá e faça discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do

Filho e do Espírito Santo, e os ensine a obedecer a todos que tenho mandado a

vós. E lembrai-vos, Eu estou convosco, até o fim dos tempos”.

Uma coisa vem imediatamente clara: este texto fala no assunto

universal em termos de tempo e espaço. Mateus é visto no período da

ressurreição de Jesus até o fim dos tempos. Exatamente quando este fim e juízo

(Mt 25, 31-46) vêm estar sempre abertos. A data não só joga o papel, mas

também apresenta nenhum problema. Temos só para especificar: não longe. Para

este motivo do atraso da Parusia (24,48; 25,5) mostra que tempo pode ser

dominado por uma compreensão apocalíptica iminente da expectação do fim.

Mas Mateus não discute este problema apologético ( como , por exemplo,

2 Pedro 3,1-10). Ele vai além a sua apresentação. Quando os onze discípulos

tem seus primeiros ( e últimos) encontra com o Ressuscitado, ele programa para

o futuro da Igreja(16,18).A comissão que os discípulos recebem no tempo foi

assim temporariamente ilimitado para o começo.

A dimensão espacial pode ser lembrada num caminho similar. O

mandamento para não ir aos gentios e samaritanos, mas para as ovelhas

47

Page 48: A Maior Justiça é de Deus

perdidas da casa de Israel ( 10,5-6), que foi em efeito durante o tempo de vida de

Jesus ( conforme M T ) , é recolocado pela comissão a fazer discípulos de todas

as nações.

E isto é que acontece: agora e sempre todo futuro tempo os

discípulos batizarão e ensinarão. Eles são batizados em nome do Pai, do Filho e

do Espírito Santo. Eles ensinarão a obediência para sempre no mandamento de

Jesus.

Nesta base podemos entender duas outras peculiaridades do

Evangelho de Mateus. Tudo o que Jesus ordenou em seu tempo de vida – e que

a observância é agora ensinada - é encontrada principalmente nos discursos

compilados por Mateus. Mas porque Jesus em particular foi numa posição a dar

tais instruções é expressa por Mateus com a ajuda de citações .

Nesta obra Jesus provou mesmo ser um que cumpriu as promessas do Antigo

Testamento. Por esta razão podemos ler da multiplicidade dos eventos na vida

de Jesus que ele foi o Messias esperado de Israel. Assim, Mateus espera prover

no caminho real que Jesus foi o Messias esperado.

A árvore familiar que Mt começa em seu livro também serve para este

propósito. Jesus, filho de Abraão e filho de Davi, nasceu no fim de um mundo

duplo ( três vezes 14 gerações, Mt 1, 17), que é, precisamente o tempo

predestinado.

Então Mateus conecta a vida deste Jesus Messias para Moisés. Por

outro lado, isto é mostrado nas histórias da infância, que exibe uma tipologia de

Moisés (o motivo para ser filho). Outro modo é realmente não acidental que Jesus

fez isto – e que Mateus provavelmente acha importante - o discurso sobre a

montanha, assim Moisés recebe as leis na Montanha, e na Montanha da Galiléia

o ressurreto aparece e dá as instruções. O que isto significa par M T ver em

Jesus um novo Moisés ? Isto pode ter conseqüências para a compreensão da

lei?

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Page 49: A Maior Justiça é de Deus

A exegese do último verso do livro de Mateus,é claro, requer especial

cuidado. Os modos que o Ressurreto ainda está com seu povo no fim dos tempos

poderão se entendidos como um caminho para a compreensão se é como em

Paulo. Precisamos primeiro esclarecer como e de onde o ressurreto estará com o

seu povo. Então começamos a ver no contexto de seu pensamento: o ressurreto

estará com o seu povo na sua vida dando os mandamentos agora para serem

observados. Eles podem ser obedecidos mais por causa de seu significado de

toda a autoridade nos céus e na terra que fora dada pelo Ressurreto.

Então se Mateus nasceu com o judeu, que não se duvida. Ele está com o

seu povo por causa de suas instruções, que é ordenada a seguir. Coloca a

amostra: se o livro de Mt tem sido de sua igreja. A igreja está viva e pode viver

até o Ressurreto retornar em juízo. Assim, o Evangelho de Mateus dá à igreja a

Escritura Sagrada, assim os judeus têm também as suas Escritura Sagrada.

Agora preenchemos esta visão exegética. Nosso objetivo principal é esclarecer a

ligação existente entre ética e Cristologia.

2. 3. A IMAGEM DE MATEUS SOBRE JESUS: O MESTRE DA NOVA

JUSTIÇA.

Dentro do sermão do Monte ( 5,17-19) M T apresenta a discussão de

que a lei mesma mostra, como uma comparação sinótica faz. O Jesus de Mateus

formulado aqui polemicamente:

“Estas polêmica mostra que muitos têm sido as pessoas que não

entenderam a visão de Mateus. Em Jesus eles viram que ele viria abolir a lei.

Pode saber qual foram estas pessoas. Podem ter sido os judeus que acusam os

cristãos de não observarem a lei. Possivelmente tais acusações podem ter sido

encontradas e que muitos cristãos não entenderam Paulo. Quando Paulo enfatiza

que o ser humano não é claro no caminho de Deus por observar a lei e os

49

Page 50: A Maior Justiça é de Deus

profetas, eles talvez concluíram: nós não precisamos da lei. O resultado pode ter

sido o libertinismo (7, 21)”

Assim Mateus enfatiza que na Igreja a lei não tem sido abolida, e isto

é verdade para todos da lei no detalhe desta concepção. Ode ser cumprida, e

neste contexto significa que pode ser feito, e que Jesus fez. Para a igreja, é

verdade que só faz a lei e ensina os outros a fazerem (28,20a) pode ser chamado

grande no reino dos céus.

Em 5, 20 encontramos a razão (como também formulação por

Mateus): Pois eu vos digo, se não excederem a justiça de escribas e de fariseus

não entrareis no reino dos céus.

“Os exegetas têm sempre argumentado sobre este verso. A razão

em parte é de fato que o verbo crucial pode ser entendido em várias formas, pode

ser discutido depois. A razão principal, como que, é que sempre julga harmonizar

a forma que Mateus tem ( e Paulo ) na ordem de usar o resultado da dogmática.

Mas o exegeta pode prestar atenção só em Mateus e pode usar os resultados,

mesmo que seja estranho a ele “.

Mateus tem uma posição: por um lado, a igreja, e do outro, os escribas e

fariseus. Ambos têm a mesma meta em visão: eles podem entrar no reino dos

céus. O pré-requisito é para a justiça. Aqui a palavra não expressa (como em

Paulo) o juízo de Deus para a humanidade, mas os atos do povo podem cumprir

na terra assim que o juízo de Deus pronuncia o cumprimento: você tem que me

aceitar. A estrutura deste verso prevê uma aplicação prematura das idéias de

Paulo.

Agora Mateus julga que a justiça dos Escribas e Fariseus é suficiente

para esta meta. Por esta razão membros da igreja são mudadas para umas

50

Page 51: A Maior Justiça é de Deus

melhores justiças, uma justiça que é mais do que justificação dos Escribas e

Fariseus. Só então chegará a esta meta.

Que é mais e melhor justiça? Duas são discutidas: o mais pode ter

outro significado quantitativo ou qualitativo.

“Realmente, o termo não é inequívoco. A palavra grega perisseuein

significa existir em abundância, está presente no excesso. É usado, ao certo,

mais neste significado quantitativo, mas também ocorre como modo qualitativo”.

Se entendermos mais em quantidade, significa que os Escribas e

Fariseus fazem pouco, os Cristãos fazem mais. No caso o resultado pode ser

que Mateus entende o assunto, não há fundamental diferença entre a ética dos

Escribas e Fariseus e a ética dos Cristãos. Se os escribas e fariseus mais que

eles fazem, que é, se mais como em Mt Jesus exige dos cristãos, então eles

entram no reino dos céus. Ao menos entendível que muitos exegetas hesitam

para aceitar esta interpretação.

Se entendermos mais qualidade, como estamos falando sobre uma

espécie diferente e fazer. Ética Cristã pode ser então diferente de ética, por

exemplo, uma ética em que não é simples um assunto de cumprir mais

imperativo, mas, aliás, uma questão de imperativos que são encontrados numa

Cristologia baseada no indicativo. Então há modos diferentes que reformam os

atos.

Na palavra de 5, 20 as interpretações que podemos dar outro modo

de Mateus para a ajuda na exegese deste verso. O lugar simples para encontrar

a resposta pode ser que Mateu estabelece o menos que é oposto ao mais.

Vendo primeiro o contexto imediato, vemos uma referência ao

“último dos mandamentos”, que não é relaxado ( 5, 18-19 ) . E, não só uma forma

generosa ao lembrar os mandamentos, mas também qualquer diferenciação entre

importante e menos importante mandamento. Assim menos consiste não tomar

51

Page 52: A Maior Justiça é de Deus

todos os mandamentos. Procedendo de 5,17-19 a 5,20, concluímos que o mais

tem sido entendido pela quantidade.

“Formulado no caminho de Paulo isto significa que Cristão será

reconhecido por Deus no dia do juízo só se eles trabalham mais do que os

escribas e fariseus. Assim, é uma questão de sua própria justiça e a forma contra

que Paulo tem assim feito apaixonadamente ( Fl 3, 9 ; Rom 10, 3 )” .

Se quisermos ter nesta exegese, demonstramos que para Mateus

não é simples e só uma questão de atos suficientes, mas que é substancial do

imperativo com um indicativo capaz de seguir os imperativos. Duvido que tal

demonstração é possível, realmente desde que há um número de outras

passagens que são claras editadas por Mateus e confirma a exegese acima.

Mateus parte dos discursos compilados depois com a mostra do

ataque na prática dos escribas e fariseus (23,1-33). Pode ser estritamente distinta

de seu ensino. De fato, os escribas e fariseus sentam na cadeira de Moisés ( 23,

2 ) . Para Mateus que é uma forma positiva. Ele divide os seus leitores: Para

eles não praticar o que eles ensinam (23,36). Porque o seu ensino e a sua prática

não concordam, eles repetem chamando de hipócritas (23, 13. 16. 23. 25. 27.

29 ).

“Hoje a caracterização dos fariseus hipócritas vem de Mateus. E

concorda com a realidade histórica. Oposição silenciosa. Os fariseus fazem um

grande esforço e com sucesso visível - para observar o mandamento da lei com

uma pintura exata. Um exemplo é Paulo (Fl 3, 6 ), que mais pode para seus

seguidores fariseus do que em seu esforço para cumprir a lei eles mostram um

zelo notável por Deus, se eles têm uma idéia errada ( Rom 10, 2 )”.

Não é seu (talvez exemplar) ato, mas sua teologia que é criticada. Seu

Deus exige obras deles, e conforme eles pensam pode influenciar seu Deus por

suas próprias ações ( Lc 18, 10- 14a ). Mateus tem obviamente na vista esta

crítica teológica. Ele transforma o problema teológico atrás de um problema ético.

52

Page 53: A Maior Justiça é de Deus

Se um Cristão faz, que escribas e fariseus (concordam somente) diz,

eles certamente no direito da opinião de Mateus ser correto. Tudo depende da

quantidade de ação suficiente. Realmente, pode ter uma Cristologia (e Mateus

tem). Para isto diz: “ Senhor, Senhor” a Jesus não depende do dia do juízo

( 7,22).

Só faz o poder do Pai nos céus ( que é pensado só corretamente por

escribas e fariseus ) par o que diz aqui. Pode ser decidido se o que Jesus ( o

Senhor ) manda fazer. ( isto é, no Sermão do Monte ) tem não só sido ouvido,

mas feito ( 7, 24- 27 ).

O fato que Mateus tem feito uma decisão par a Deus no dia do juízo

realmente depende dos atos do homem é também mostrado por sua interpretação

(6, 14- 15 ) na Oração do Senhor ( 6, 9- 13 ). O texto original da oração que Mt

toma das fontes dos ditos, não pode ser reconstruído com certeza, mas a

seqüência original na quarta petição pode: perdão por Deus, perdão para o povo.

Se Deus perdoa o povo, eles são livres com o perdão. A interpretação em

Mateus, como que, o indicativo é feito. O perdão de deus é feito condicional sobre

o perdão do povo seus primeiros devedores. Se eles não fazem que, o poder de

Deus não perdoa quem não perdoa. O povo pode ouvir o perdão de Deus.

Na mesma linha de trabalho de Mateus retrabalhando sobre 1, 15.

Marcos começa com o indicativo: “ O Reino de Deus chegou”. Leva o imperativo:

Arrependei-vos. O arrependimento recebe o reino de Deus. Mateus retrabalha

este modelo. Agora Jesus no primeiro sermão começa com o arrependimento:

Arrependei-vos! Faz do imperativo um efeito urgente para anunciar que o reino

de Deus está perto (4, 17 ) . Mateus retorna ao indicativo de Marcos numa

ampliação do imperativo.

53

Page 54: A Maior Justiça é de Deus

“Deste tempo em tempo os exegetas julgam interpretar 4,17

diferentemente em ordem como salva o indicativo para Mateus( a despeito da

palavra modificada de Marcos 1 , 15 ) “.

Pode-se argumentar, por exemplo, que Mateus não está contando

com a forma iminente do reino dos céus, ele não pode usar esta indicação do

tempo a fazer a ação urgente. Se aqui o redator é dependente da tradição. Acima

de tudo, como que, Jesus no primeiro sermão em Mateus agora coloca a

palavra por palavra do sermão de João batista no deserto ( 3, 2 ). Se 4,17 contêm

um indicativo, que pode ser verdade de 3, 2. Para fazer tal associação pode ser

impossível.

Aliás, João motivou a chamada ao arrependimento, e no mesmo tempo fez

urgente, para pontuar o juízo iminente. Agora Mateus tem Jesus repetido este

mesmo sermão do Batista. Se Mateus falhou ao dar notícia, este é o modelo,

Marcos 1,15 contém um indicativo e difere do sermão do Batista!

Pode ter uma ética este indicativo? O resultado talvez possa ser a

ética nominal Cristã, mas genuína Cristã. Isto pressupõe uma ética em Mateus(e

assim resulta a exegese)terá encontrado argumentos depois de que foi discutido.

Foi encontrado o indicativo em Mateus?

“Podemos não colocar a tradição que adota o redator. Uma exegese

da parábola pré - Mateus do servo que não perdoa ( 18, 23- 25 ) mostra que o

imperativo é baseado no indicativo. Mateus foi capaz de entender a parábola co

um exemplo e arranjo dentro da concepção ética”.

54

Page 55: A Maior Justiça é de Deus

A referência para o significado central do mandamento do amor

(19,19) para a lista de mandamentos adotados em Mateus 10,17. Coloca ênfase

nele. Ao mesmo tempo, mostra como ele é: o mandamento do amor é a

autoridade crítica para a prática da lei. Duas vezes cita: Os 9,13 e 12,7:

Misericórdia quero e não sacrifício. Mateus diz que a dissensão judaica

contemporânea da lei, como foi levada em especial pelos escribas, que leva a

casuística.

Se a obediência à literal de qualquer mandamento resulta numa vibração

do mandamento do amor, então (e só então) o mandamento em questão torna

válido. Para Mateus o mandamento do amor é o mais importante, mas tal é ainda

um dos muitos mandamentos que Deus requer para ser tornado. Para Mateus o

mandamento do amor ao inimigo é o que deve ser levado em conta (5,44).

Excede o mandamento do amor (5,43), mas ao mesmo tempo permanece uma

obrigação requerida dos Cristãos.

Podemos não levar o uso de Mateus da palavra amor que dá a

conclusão que aqui temos um motivo autenticamente Cristão. Podemos ver não o

sinal da idéia de que o amor e amor ao inimigo excedem a todos tem sido

mandado por Deus e seu amor e o amor de Deus aos inimigos.

A forma do indicativo em Mateus é realmente um resultado da

natureza de sua Cristologia, que é uma mera doutrina. Isto é familiar na leitura do

Evangelho de Mateus. Então sabemos isto. Mateus julga provar a seu modo,

especialmente por usar a ata da escritura e a árvore familiar. Mas isto conhece a

Cristologia não é designada para dar e mudar os leitores.

A ética não é um aspecto da Cristologia, mas uma conseqüência. É um

desejo e necessidade, desde que o leitor têm visto que se tem conhecimento

correto da Cristologia, uma ação é também requerida. Que, é um segundo modo.

Cristologia e ética são entidades separadas.

55

Page 56: A Maior Justiça é de Deus

Os leitores sabem, concerto, que na sua vida prova a si mesmo.

(verificável) ser o Messias de Israel tem ressurgido. Mas não em contacto direto

(no sentido de Paulo) não com o Ressurreto, que controla sua vida, mas o livro.

Refere-se ao passado. Eles aprendem que o Messias de Israel tem se provado

ser o segundo Moisés, um mestre de uma justiça melhor que é autorizado por

Deus. Suas melhor justiça é que o leitor agora supõe fazer-se por que só traz uma

nova lei que retorna no juízo no fim dos tempos e que julgará conforme a lei.

Salvação é esperada no futuro. Não no presente. Uma nova lei, o leitor

agora tem a oportunidade de fazer o que é necessário para ter a salvação. Eles

não sabem se seu esforço será suficiente para chegar à meta. Não se sabe.

Porque o povo não espera para saber. Mateus faz claro com a parábola dos

lobos no meio das ovelhas (13, 24- 30). Na igreja o bom e o mau Cristão vivendo

lado a lado. Mateus chama de pequena fé.

“Não os chama de descrentes porque eles foram batizados e se

tornaram discípulos (28,19). Todos os membros da igreja são crentes, mas seus

atos são insuficientes, eles têm pequena fé”.

A pequena fé se julga peal deficiência da fé. Só no dia do juízo

podemos ver isto, ovelhas separadas dos lobos (25, 31 – 46).

1. 4. O SERMÃO DO MONTE.

O Sermão do Monte traz uma ética dentro de seu escopo. Parece com

a ética Cristã ou o documento central da ética Cristã. Não há dúvida que este

Sermão do Monte é o primeiro discurso de Mateus. Ele fala do Pregador sobre o

Monte, mas tem diferenças de linguagem. O pregador sobre o Monte é o que o

Mateus entendeu de Jesus e o retratou como tal em sua composição redacional.

O Sermão do Monte é interpretado dentro do quadro da ética de Mateus.

56

Page 57: A Maior Justiça é de Deus

“ Ao reconstruir as tradições que foram tomadas por Mateus para

mostrar seu livro ( e não só copiá-lo em Mateus 5-7), podemos interpretá-lo a si

mesmo. Não falamos do Sermão do Monte. O Sermão do Monte foi antes que o

próprio Mateus. Então ele usa o Sermão do Monte para dar sentido ao Sermão

do Monte e não usar apenas o termo como cópia dando sentido diferente

“( Eduard. Lohse ).

A caracterização do Sermão do Monte por Hans Windsch contém: a

admissão do requerimento para entrar no Reino dos Céus (5,20). Assim os

Cristãos esperam formar os atos que só eventualmente levam a esta meta.

Mas o requerimento mencionado no Sermão do Monte tem uma

exigência. Por esta razão a questão se é cumprida de tudo isto pergunta outra

vez. Então a reposta é fácil, podemos primeiro esclarecer as questões. Pensamos

a possibilidade do cumprimento de requerimento dentro do quadro do presente

dia da ética Cristã? A questão é se Mateus considerou isto cumprível?

“A discussão destas questões na ética atual encontra o problema da

dificuldade e vê outra coisa. Falamos da ética de ínterim ( Albert Schweitzer )

que não é válida para sempre ou para todos os povos, mas só um breve tempo

antes do fim do mundo. Ou que os dois estágios da ética: a exigência estrita não

é aplicável a todos, mas endereçada só para um círculo pequeno de pessoas que

são realmente especiais e tornam estas obrigações ( pastores, monges, padres ).

A exigência é então entendida como uma ética de Mateus como a ética Cristã

para o presente e não tem sido entendida “.

A questão pode e é: Mateus crê que seus leitores foram capazes de

viver de acordo com as regras do Sermão do Monte? O autor do livro não revela

se isto foi considerado. Mateus endereça às pessoas que suas vidas estão se

movendo. Sua meta é admitida para entrar no Reino dos Céus. Mateus pensa

que a meta é calculada, pode ter sido possível encontrar tais exigências

57

Page 58: A Maior Justiça é de Deus

“Se e como seus leitores ( e ele ) viram a questão de modo diferente.

Mateus pode presumir que seus leitores viram estas exigências . Se tem

esperado, foi como no judaísmo desta época, então o juízo não cumprido exige o

peso contra a exigência do cumprimento, Ele não conclui que este requerimento

foi impossível de cumprir. A idéias que o não cumprimento exige a suposição a

fazer realizar a dependência total da Graça de Deus está além de Mateus.

Conforme ele pode estas palavras ser de salvação.”

A salvação da humanidade, a futura salvação do povo é agora a

nova justiça. A admissão requer para o Céu o cumprimento do presente, e se

muitas pessoas vivem e trabalham juntos no presente. Mas o acento de Mateus

não é um “ componente social”, mas par uma futura salvação .

1.5.CHECANDO A EXEGESE.

A exegese é um assunto de teste. Podemos tomar o teste e ter o

assunto histórico. O que Mateus disse realmente aos seus leitores? A exegese

mostra isto. O que Mateus entendeu de tudo isto? A ética de Mateus é uma

ética judaica ou Cristã ? A ética de Mateus emerge de uma tradição Cristã, mas

não é só Cristã, e sim de uma tradição judaica também.

A ética de Mateus é uma luta contra a ética farisaica e dos escribas. Os leitores

de Mateus são todos ex – fariseus convertidos em Cristãos. A ética de Mateus é

uma ética do bem e tem que ser maior do que a dos fariseus e escribas. O amor

ao inimigo tem que ser maior do que o amor ao próximo.

58

Page 59: A Maior Justiça é de Deus

2. A ÉTICA DE Mt CONFORME J. L. HOULDEN.

A ética de Mateus é uma modificação da ética de Marcos. Um fala

da ética (Marcos) através do ensino do Mestre e a outra (Mateus) é a expressão

da antiga fé Cristã. A chave da ética de Mateus está em Mateus 28, 16-20, o

Jesus exaltado, o encontro com os discípulos, e a missão dos cristãos. A missão

leva a igreja de Jesus em sua presença constante ( Mateus 28,20 ). Isto tem um

forte caráter ético. Leva à observância dos mandamentos e da exigência da

pregação de Jesus.

A estratégia, a missão da igreja, isto divide a vida e a missão da igreja

do ministério de Jesus. O fim dos tempos e a exigência de permanecer vigilante

(25 ), não é esperado como um detalhe do programa da ética de Mateus e de

sua igreja . Significa que o Ministério de Jesus com seus discípulos adquire um

papel: eles devem ser os modelos, são idealizados, para serem imitados pelos

cristãos atuais.

Mateus e nele é possível falar do Cristianismo como um caminho de

vida. Em Mateus, o caminho cristão é construído pela fundação existente e

persistente da lei judaica. Não há dúvida que nesta visão permanece a força para

os Cristãos ( Mateus 5, 17; 23, 3 . 23 ). Mateus nos traz uma ética de seu

direito. O ensino de Jesus, sua autoridade é o esquema vital de seu pensamento.

A força da ética de Mateus é aparente na freqüência com o que ele torna os

episódios de Marcos que tem um ponto teológico nessas estórias a razão e a

mensagem como ética.

Para Marcos a forma de matrimônio e divórcio, a história dos discípulos,

mestre e escravo, em Mateus é ampliada e argumentados das Escrituras tornam

na justificação de uma dispensação que é formada por Jesus, o Filho do Homem.

A lei do Shabath não é ab-rogada. A autoridade de Jesus é aumentada, a boa

59

Page 60: A Maior Justiça é de Deus

medida justifica o seu governo no fundamento das escrituras, a sua missão não é

abolida, mas cumprida a lei ( 5, 17 ) .

Mateus fala da tradição dos anciãos (Mateus 15, 1- 20) que tem um

caráter ético. Mateus fala da tradição de sua autoridade. Ele mostra a

centralidade de sua ética e para onde ela é dirigida: não é legalista, morna, dura

ou fria. Ela compreende o fundamento da vida Cristã, a obediência e o dom de

Deus, o seu perdão são pré-requisitos para entrar no Reino dos Céus em

Mateus.

A compreensão de tudo isto leva a uma ética apocalíptica e escatológica

no Evangelho de Mateus. A recompensa ou punição no dia do juízo final:

( Mateus 16, 24 – 26 e 27 ; Mateus 29, 27 – 30 e Marcos 10 , 28 – 31 ) . Mateus

fala do juiz, do fim das coisas e que tudo isto será cumprido na exigência da ética

do Reino dos Céus: amar o inimigo é mais importante do que amar o próximo.

60

Page 61: A Maior Justiça é de Deus

CAPÍTULO III - A MAIOR JUSTIÇA É DE DEUS.

INTRODUÇÃO.

O evangelho do Mateus como já analisamos é o evangelho que está

em primeiro lugar no Novo Testamento, mas não foi escrito primeiro. Como

sabemos o primeiro evangelho a ser escrito foi Marcos. Mateus tornou o

evangelho de Mateus a fonte que relatou estes escritos e com suas próprias

fontes fez seu próprio evangelho : Mateus escreveu para os judeus o seu

evangelho, tinha uma comunidade composta de judeus e gentios e é nesta

comunidade que luta uns com os outros que Mateus compõe seus escritos.

Mateus tem muitas coisas que copia de Marcos e outras que modificam

Marcos e Q e o resto é de sua própria mão ou de sua fonte M . O sermão do

Monte ele copia de Q e as parábolas das dez virgens e o Filho do homem que

julgará as nações ( 25, 31 – 46 ) são só do próprio Mateus. Mateus apresenta

uma visão e ampliação do evangelho de Marcos e tem sempre um pano de

fundo a ética do evangelista.

O ensino moral de Jesus no evangelho é apresentando o evangelista.

A ética de Jesus está ligada à mensagem do reino de Deus. Fazer a vontade de

Deus no mandamento do amor, no juízo e na promessa de recompensa e o

exemplo moral de Jesus. Mateus usa ainda material que Marcos não teve e este

material está ligado à ética de Jesus. Ele vai apresentar ensinamentos morais de

Jesus com ênfases diferentes dos outros evangelhos.

Mateus está mais preocupado com judeus e gentios da Antioquia da Síria,

a briga da sinagoga e dos fariseus com os cristãos sobre a observância da lei de

Moisés. Mateus quer enfatizar que Jesus não aboliu a lei, todos continuam a

aguardar a lei e o que é mais importante para a comunidade é a prática da justiça.

61

Page 62: A Maior Justiça é de Deus

O reino de Deus em Mateus é reino dos céus ( para pregar aos

judeus ele não pronuncia o nome de Deus e então substitui a expressão reino de

Deus por reino dos Céus ) é um conceito da ética de Mateus. O reino dos céus e

a ética estão centralizados no sermão de Jesus e no Sermão do Monte que é

uma ética ou moral para os que querem entrar no reino dos Céus. Juízo e

recompensa, comportamento correto ou incorreto, a ética humana e a ação da

salvação e o discipulado são formas de pensar características do Evangelho de

Mateus.

1- REINO DOS CÉUS COMO ÉTICA EM MATEUS.

O reinado de Deus ou dos céus pressupõe o ensinamento ético de

Jesus e a sua proximidade (Mateus 4,17 ) . O evangelista prega o reinado, dando

aos leitores e ouvintes a ética e o ensino da lei e de Jesus sobre a justiça sobre a

justiça, juízo e recompensa. Marcos cita catorze vezes o reino de Deus, Mateus

tem cinqüenta citações e que trinta e duas vezes são suas próprias sem ser

encontradas em Marcos e Q. Destas tem Lucas nove ditos sobre o reinado e que

não estão em Marcos. Estas atrações em Mateus estão nas parábolas. Nestas

citações estão ligadas ao problema moral, com o reino e os discípulos de Jesus, e

o que significa viver no reino.

Quando Mateus fala do reino dos céus e de Deus (12, 28 ; 19, 24 ;

31 , 31. 43 ) ou simplesmente como reino ( 6, 10 , 25, 34 ), tem reinado ( 6, 33 ),

seu reinado e o Filho do homem ( 13, 41 ; 16 , 28 ) ; tem reinado igual a Jesus

( 20 , 21 ), e filhos do reino ( 8 , 12 ; 13 , 38 ) , o reinado do Pai ( 13 , 43 ) ; a

palavra reinado ( 13, 19 ) o evangelho do reino ( 4, 23 ; 9, 35 ) e evangelho do

reino ( 24 , 14 ) . Mateus tem um entendimento do reino que pode ser comprado

em Marcos: reino de Deus, céus, e o governo régio de Deus. Mateus considera o

reino como sendo presente e futuro. O ensino de Jesus sobre o reino em Mateus

é uma instrução moral.

62

Page 63: A Maior Justiça é de Deus

Mateus começa a apresentar a pregação do reino com a mensagem

do Batista ( 3, 2 ) . Quando João prega: saduceus e fariseus o rodeiam e ele

prega que pelo fruto conhecereis as árvores, pertencia a descendência de Abraão

agora não levou a nada ( 3, 7 – 9 ) e se quiserem fugir da ira escatológica de

Deus tem que ter a conversão . João mostra ainda que a árvore que não produzir

bons frutos será lançada no fogo ( 3, 10 ) e o reino dos céus exige mudança,

conversão, tem que ser com bons frutos de uma árvore sadia, assim vai fugir da

obra de Deus ( 3, 7 ).

Jesus começa pregar o reino a partir da pregação de João e da

tradição dos profetas. Falam da infância, batismo e a tentação de Jesus (1,1 –

4,16). E começa falando: arrependei - vos e convertei-vos (4 , 17 ) . Mateus fala

de Jesus que se preocupa em ensinar, pregar o evangelho do reino e curar os

doentes (4, 32 ; 9 , 35 ) . Mateus fala de Jesus e a sua pregação como em

Marcos 1, 14- 15 .

No Evangelho de Marcos o anúncio inicial de Jesus é: cumprir hoje e está

perto o reino, arrependei e credes no Evangelho ( Marcos 1,15 ). Em Mateus fala

o mesmo, mas há uma inversão: não fala do cumprimento, fala do

arrependimento depois do anúncio do reino e por fim, não fala do crer no

Evangelho.

As omissões são propositais em Mateus, a que não fala do verbo estar

perto, mas irrompeu o reino. Arrependimento é preciso porque o reino chegou.

Mateus fala da pregação de Jesus é ensinar, falar que o evangelho do reino e

curar doentes ( 4, 23 ; 9, 35 ). Mateus fala de Jesus no Sermão do Monte com a

penitencia para mostrar os frutos ( Mateus 5-7 ) e o reino ( 5 , 3 . 10 . 19. 20 ; 6 ,

10 . 33 ; 7 , 21 ) e justiça ( 5, 6 . 10 . 20 ; 6 , 1 . 33 ) .

63

Page 64: A Maior Justiça é de Deus

O sermão sobre o poder de Jesus, os doze apóstolos são como ovelhas

no meio de lobos. O Evangelho do reino como futuro, a aparição de Jesus, os

exorcismos, Jesus é o Filho de Davi, expulsa demônios, cura doentes; a plenitude

do reino presente e futuro mostram a parusia de Jesus ( sua vinda futura ) .

O reino nas parábolas mostra as formas éticas e os seus

ensinamentos. As parábolas falam de um mundo para tomar decisões éticas à luz

do reino de Deus. A moral do mundo está ligada ao bem e mal, o que pode e o

que não pode. No reino de Deus é uma ética que mostra outra face: o que não

devo fazer.

Mateus 13 é o centro do evangelho. Israel recebe Jesus e depois o

respeita. Mateus 11 e 12 fala dos opositores de Jesus, dos que não entendem o

reino , Jesus explica este reino ( Mateus 13, 10 – 17 ) ; os escribas são treinados

para o reino e não o aceitam (13 , 51 – 52 ) . Este texto fala da moral do bem e

do mal. Na parábola do semeador (13 , 1 . 9 ) que Jesus explica ( 13, 18 – 23 ),

revela Jesus, a falta de conhecimento , tribulação , perseguição , e riquezas ,

perceber o reino. A parábola do joio e do trigo (13, 24- 30) é explicada (13, 36-

43 ); os filhos do reino e o do mal ; e a função do Filho do Homem que expulsará

do reino os que praticam o pecado e o mal.

A parábola do joio e do trigo adverte a igreja, é uma mistura do bem e do

mal, do justo e do injusto. A parábola da rede (Mateus 13, 45 – 50) fala que a rede

acolhe vários tipos de peixes: puros e impuros, mas os anjos separarão estes no

final dos tempos. Na parábola da semente de mostarda e fermento (13 , 31 –

33 ) , o reino de Deus ou dos céus , tesouro no campo ( 13 , 44 ) e do vendedor

( 13, 45 – 46 ) .

O reino separará o bem do mal, reino de Deus, pode ser assim:

64

Page 65: A Maior Justiça é de Deus

- A graça de Deus – a parábola do servo que não perdoa (Mateus 18,23-35)

e a explicação que Jesus dá, o rei perdoa o servo e o servo não perdoa

sem conservo. Fala da misericórdia de Deus. A parábola da vinha (20,1-16)

Jesus fala dos frutos bons.

- Fazer o que Deus quer – Na parábola (Mateus 21,28-32) Jesus fala de dois

filhos: de um que promete e não faz e de outro que diz que não faz e

depois vai e faz. Na parábola da vinha (21,33-43) Jesus fala contra os

líderes religiosos que não terão o reino dos céus e a parábola das bodas

(22,1-14) fala do dia mal de Deus, os hóspedes e Israel, os convidados e

os gentios, a alegoria dos escolhidos e rejeitados.

- O juízo e a vinda de Jesus – Mateus 24-25 no discurso do fim do reino dos

céus mostra o juízo a segunda vinda de Jesus. Na parábola das virgens

(Mateus 25,1-13) mostra isto, as bodas, as virgens, o noivo e o reino dos

céus e a vigilância e a justiça. O homem que viaja e depois retorna (Mateus

25,14-30) mostra também viajar o reino está perto. O juízo final é mostrado

(25,31-46) como o juízo do Filho no reino do Pai. O Pai cheio de

misericórdia, justiça e juízo.

Na moral, as parábolas de Jesus, o reino dos céus, são as condutas do

reino, as compaixões, misericórdias e vigilâncias. Não existe moral sem reino;

o reino é a vontade de Deus, justiça, misericórdia, compaixão, o reino virá. A

ética de Jesus é a justiça = a conduta leva à vontade de Deus e a seu reino.

2- A GRANDE JUSTIÇA DO SERMÃO DO MONTE.

O Evangelho de Mateus fala do governo e reinado de Deus para que

estudem que Jesus tem uma vida moral e exige uma moral dos convertidos. O

arrependimento e a vida antiga abandonada, com visão são formas de vida

são oferecidas na mensagem de Jesus. Ele fala dos mandamentos e do amor

a Deus ao próximo, discipulado.

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Page 66: A Maior Justiça é de Deus

Deve o convertido viver o reino de Deus e não do homem. Jesus oferece o

ensino ético sobre a lei e a justiça. As promessas de recompensa e de

ameaças de juízo são importantes para Jesus. O ensino ético está centrado no

Sermão do Monte.

O Sermão do Monte começa falando do anúncio do reino dos céus e

que ele chegou (Mateus 4,18-22). Mateus apresenta um resumo da vida, obra

e do ensino de Jesus: pregação curas (Mateus 4,23-25). Este é o contexto do

Sermão da Montanha: uma grande multidão, Jesus vai ao monte e se assenta;

os discípulos estão ao seu redor e Ele começa a ensinar (Mateus 5,1-2) Jesus

no início da sua pregação, anuncia o reino, dirige aos seus discípulos e a

multidão o ouve (Mateus 7,28-29), apresenta como todos devem viver no reino

e o reino. O sermão é a chave ética de Mateus e de Jesus.

O sermão é pregado e Jesus opera maravilhas (8,1-9,34) o Mateus

oferece um verso o dos ensinos de Jesus, pregação e atos de Jesus (9,35).

Jesus se compadece de mitos (9,36), ele vivia para a missão às velhas

perdidas da casa de Israel (10,1-42) para anunciar o seu reino (10,7). Todos

vivem o sermão e testemunha seus atos poderosos. O sermão tem o seguinte

esboço:

- Pregação do reino

- Chamada dos discípulos

- Resumo

- Sermão

- Ação e poder

- Resumo

- Chamado dos discípulos

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Page 67: A Maior Justiça é de Deus

Jesus começa sua atividade pública com o anúncio do reino (Marcos 1,15 e

Mateus 4,17). Indo isto implica na sua mensagem: o que ele fará e dirá a daqui

para frente. Marcos fala do reino e as ações de poder, esta são a sua ênfase. A

ênfase de Mateus está na autoridade de Jesus e orações de poder.

O sermão prega em sua estrutura: (5,3-16) introdução e a lei e os profetas

(5,15-20); corpo do sermão: 5,21-7,11 é dividido entre partes: 5,21-48; 6,1-18;

6,19-7,11 todos falando da justiça: a essência da lei e dos profetas e a lei áurea

(7,12) e o sermão termina com as exortações (7,13-27). Assim o esboço do

Sermão do Monte é:

Sermão – introdução

Lei e os profetas

1º - ensino da justiça

2º - ensino da justiça

3º - ensino da justiça

Lei e os profetas

Conclusão.

O Sermão do Monte tem como tema central a: justiça, ela ocorre sete

vezes em Mateus (3,15;5,6.10.20;6,1.33;21,32). O termo justiça e Mateus são a

justificação em Paulo, a atividade de Jesus é a justiça de Deus. O sentido que

Paulo dá à justiça foi adquirida em Mateus a conduta conforme a vontade de

Deus na lei. Justiça é conduta. Mais que topo de conduta? A conduta daquele que

observa a lei e os profetas interpretados por Jesus o Messias.

O Sermão começa com as bem-aventuranças e as metáforas perdidas

aos discípulos viveram, e eles são a luz do reino dos céus (5,13-16). As bem

aventuranças são bênçãos pronunciadas por Jesus. A outra bem aventuranças,

na 3ª pessoa do plural tem conteúdo ético: dos pobres para vivera dependentes

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Page 68: A Maior Justiça é de Deus

de Deus. Os desprezados e perseguidos por causa da injustiça Deus fará justiça

com as próprias mãos.

Bem aventuranças são promessas de Deus aos justos que estão

caminhando no reino: o pobre herdará o reino de Deus (5,3), e o reino pertence

aos perseguidos por serem justos (5,10). Fome e sede de justiça (5,6),

perseguida por causa da justiça (5,10):

1 – Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

2- Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

3- Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

4- Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

5- Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

6- Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;

7- Bem-aventurados os que sofrem de perseguição por causa da justiça, porque

deles é o Reino dos céus;

8- Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e, mentindo, disserem todo o

mal contra vós, por minha causa.

Os justos e os que praticam a justiça são bem aventurados e estes

herdarão o reino. Os mansos, e humildes e misericordiosos, puros de coração são

herdeiros deste reino. As metáforas do sal e do fermento são para ilustrar aqueles

que estão no reino, a lâmpada (5,13-16) é outra metáfora.

Os profetas e a lei estão em relação na ética em Mateus (Mateus 5,17-

20). Jesus em Mateus não abolia a lei, mas cumpria a lei, os profetas e o que eles

68

Page 69: A Maior Justiça é de Deus

disseram. Jesus não omite um iota, ou til (vírgula) da lei: Ele determina a

observância da lei no reino dos céus: o transgredir o menor de qualquer

mandamento que praticam e ensinam são maiores no reino.

Jesus exorta seus seguidores que se a sua justiça não são maiores que

dos escribas e fariseus não entrarão no reino dos céus. Jesus quer mostrar que a

justiça não ultrapassa a dos escribas e dos fariseus deve ser mais que a dos

líderes religiosos. Ele mostra que observar a lei e os profetas em Mateus. Jesus

não é antinomistas, a sua justiça é diferente da observância de qualquer lei.

A justiça deve ser maior do que a dos escribas e fariseus. Jesus dá

muitas instruções sobre a justiça. A primeira forma de instrução sobre a justiça

são as seis antíteses na interpretação da lei (Mateus 5,21-48). Sempre tem a

mesma forma baseia as antíteses. Jesus fala da parte da lei “ouviste o que foi dito

aos antigos”. A forma de votos, juramentos e a lei da avaliação são ab-rogados

por Jesus, com a forma forte de que ele afirma a validade permanente da lei

(5,17-20).

Estas antíteses são interpretações de que Jesus da lei (5,21). O

mandamento de não cometer suicídio, a proibição de irar e chamar os outros de

tolo (5,21-26). A proibição de adultério e o só pensar “naquilo”(5,27-30). O

divórcio também é proibido, o adultério sempre está ligado à questão da proibição

de cobiçar a propriedade. Muita coisa está ligada aos juramentos feitos ao Senhor

e o que foi feito no juramento (5,33-37).

A lei da retaliação: olho por olho, dente por dente é substituída palavra ira,

não violência (5,38-42). O amor ao próximo substitui todos os demais

mandamentos, amar ao inimigo passa a ser o mais vital (5,43-47). O Jesus em

Mateus não substitui Moisés, nem ab-roga a lei, mas exorta os discípulos a

viverem na vontade original de Deus e o verdadeiro significado da lei.

Nessas antíteses, Jesus fala aos seus seguidores que sejam perfeitos

como Deus é santo. Jesus diz aos seus seguidores mais do que a lei pede.

69

Page 70: A Maior Justiça é de Deus

A lei pede para que não violentem os mandamentos de Deus. O sentido

que deve ser dedica e a devoção a Deus é ser perfeita, santo como Ele é.

As antíteses são exigências importantes não são conjuntos de novos

mandamentos, ou que Jesus disse nova lei ou regras legais oficiais.

As antíteses são formas de pedidos aos seguidores de Jesus para: ter o

sentido melhor da lei de Deus para que a sua justiça seja praticada. Os discípulos

de Jesus buscam reino dos céus interpretado a lei da forma em que ele pratica.

A justiça é a perfeição da prática da lei. A observância da lei não é

para ser vistos pelos homens como fazia os fariseus e os escribas. O ensino de

Jesus sobre a justiça é sobre a verdadeira justiça. Ele fala que os seguidores

devem praticar a verdadeira justiça, praticar as ações como: dar esmolas, orar e

jejuar não como faz os fariseus. A instrução de Jesus não é nas sinagogas, nas

esquinas das ruas, mas escondidos, que a mão direita não saiba o que faz a

esquerda.

Muitos recebem a sua recompensa no ato de fazer alguma coisa. Jesus em

ensina para fazer tudo isto em segredo, que o Pai que vê o segredo te

recompensará. A justiça te que ser maior do que a dos fariseus. A oração deve

ser não na esquina, mas escondido no quarto:

6,2-4 – dar esmola em segredo

6,5-6 – orar em segredo

6,7-8 – oração com o Senhor

6,9-13 - Oração de Jesus

6,14-15 – oração do Senhor

6,16-18 – jejum

70

Page 71: A Maior Justiça é de Deus

Mateus coloca a oração no Sermão do Monte. Ela está localizada antes

da obra de Jesus, e isto sugere que a oração tem uma dimensão ética e

escatológica. Os seguidores pedem em nome de Jesus para que Deus seja

santificado e a sua vontade seja feita e isto exige ética e esperança escatológica.

Deve fazer a vontade do mestre para que se faça a justiça e para receber o

perdão devem perdoar. A dimensão ética da oração está ai.

A justiça (Mateus 6,19-7,11) fala das formas da mesma. Exortar os

discípulos deve buscar os tesouros dos céus (6,19-21); o olho deve ser a lâmpada

do corpo (6,22-23) e o não servir a dois senhores(6,24) e a advertência sobre as

preocupações materiais (6,25-34); não julgar os outros para não serem

julgados(7,1-5) e não dar pérolas nos porcos(7,6) e ser insistente em orar(7,7-11).

Todos estes textos foram organizados por Mateus acerca de Jesus sobre a

preocupação com a própria vida de cada um e que o reino dos céus e a sua

justiça (6,25-34). Os textos falam de justiça e reino. A justiça é o tesouro que não

dá para ser destruída. Aqueles que buscam a justiça do reino serão cheios de luz.

A exortação de Jesus sobre as pessoas que buscam o reino de deus e a

justiça. Não julgar ao outro, não roubar o tesouro do reino, e ser insistente na

oração. A urgência de buscar o reino, a instrução de Jesus a cerca da justiça ao

interpretar a lei, e prática da justiça.

A lei e os profetas estão mais uma vez no sermão de Jesus sobre a lei

e os profetas; Jesus não ver substituir nada (Mateus 5,17). As instruções sobre a

justiça (7,12), afirma sobre Jesus sobre cumprir a lei e os profetas (5,17). O amor

de Deus e ao próximo, ao inimigo e a interpretação do amor de Deus e o fazer

bem aos outros. A advertência de Jesus e o juízo severo exortam os seguidores a

entrar pela porta estreita que leva à salvação.

Os falsos profetas são os que não fazem a vontade de Deus. Jesus

fala estes são os que não entrarão no reino. Estes falsos profetas são como o

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Page 72: A Maior Justiça é de Deus

filho que não vai trabalhar na vinha depois de falar ao pai que vai fazer isto.

Muitos dizem que obedecem e não praticam.

Jesus compara os que ouvem as suas palavras às praticam e os que

ouvem e não os praticam. Elas são como os homens que constroem as casas na

rocha e na areia, vindo às águas a segunda não resiste e é destruída. Ser

sensato é praticar as palavras de Jesus e vivem atos os que não praticam as suas

palavras.

O sermão não é um código ético e nem substituir a lei de Moisés. Ele é

a interpretação de que Jesus faz da lei do Antigo Testamento. O sermão ajuda a

todos a fazer a vontade de Deus, e a praticar a justiça de Deus. Ele mostra como

surge e como se instaura o reino de Deus e as atividades de Jesus: sua pregação

e sua mensagem do reino. Como devem viver em comunidade, em discipulado, é

a ética do reino.

3- JESUS E OS RELIGIOSOS DE SUA ÉPOCA.

Mateus no seu livro mostra como os seus ouvintes e os líderes

religiosos da época de Jesus entendiam sobre justiça e o reino de Deus. Ele fala

do ensino de Jesus, a sua conduta e como eram as condutas dos fariseus e os

escribas. Mateus mostra como estes líderes religiosos falham ao querer praticar a

justiça fazendo leis e não cumprindo, são hipócritas. A conduta de Jesus e dos

religiosos de seu período tem mostrado como podemos aprender o que é

realmente a verdadeira justiça.

Jesus é justo e é modelo da justiça. Os fariseus não são justos e não

praticam a justiça. O Evangelho de Mateus mostra Jesus como àquele que para

seu povo e Israel. A mulher de Pilatos fala para não condenar aquele que acha

justo (27,19). Jesus é inocente, justo e faz a vontade do Pai. Jesus viveu a justiça

de Deus.

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Page 73: A Maior Justiça é de Deus

O comportamento de Jesus: batismo, deserto, e a cruz são de justiça para

os outros. Mostra que a sua misericórdia, compaixão é grande para com seu

povo.

Jesus é obediente e justo como Filho de Deus. Ele é o Servo Sofredor

como Is 52-53.Em várias narrativas sobre Jesus o Evangelista Mateus fala dele

como Filho de Deus. Fala deste servo que cumpre todas as coisas, e que pratica

a justiça, e faz a vontade do Pai. Jesus é cumpridor da vontade de Deus.

Aprovação no deserto parece a vida do povo no deserto. Israel é filho de Deus.

Como o povo foi tentado no Sinai, Jesus é tentado no deserto. A

diferença é que o povo é desobediente e Jesus é o filho obediente. Jesus é justo,

sofre, e crucificado, resultado: por pedestres e sacerdotes, é escarneado, provado

com o filho.

Vemos isto citado em Salmos 22,8 e Salmos 2,18-20 mostra a ironia sobre

o filho de Deus. Jesus é filho do Deus misericordioso, compassivo e obediente da

lei. A cruz e a tentação mostram isto. Compaixão e misericórdia são retratadas

por Mateus sobre Jesus.

O Evangelho de Mateus mostra Jesus curando enfermos, doentes e

possessos. Jesus é Servo Messias, que carrega as doenças, chagas e

enfermidades de seu povo em seu corpo. Jesus tem compaixão de todos. O povo

é como ovelhas em partes, estão perdidos na casa de Israel. Jesus alimenta os

famintos, ouve o grito, ouve o garoto epiléptico e os cegos. Ele está cheio de

compaixão por leprosos, endemoniados, paralíticos, cegos, e outras

enfermidades.

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Page 74: A Maior Justiça é de Deus

A sua misericórdia e compaixão são com os pecadores, defende os

que sofrem acima de não guardar o sábado. Jesus é manso e humilde como

servo, monta um jumento, não se opõe à lei. Jesus cura no sábado, o sábado é

feito para o homem e não vice-versa.

É condenado por não guardar as tradições e os mandamentos de Deus. Come

com pecadores e é acusado por isto, fala da destruição do templo, fala para não

fazerem como os fariseus, os escribas e seus comportamentos.

Ele fala sobre a comida, a pureza, da lei. A lei é a expressão da

vontade de Deus. Jesus tem uma família nova: os que fazem a vontade de Deus.

A parábola de jovem rico mostra exatamente isto. Jesus exige a justiça maior que

á da lei. “Aquele que não deixar pai e mãe e fazer a vontade de Deus, não é digno

do reino!”. “Vai vende tudo o que tens e dá aos pobres e terás um tesouro nos

céus. Vem e segue-me”. Qual é a maior lei? Misericórdia quero e não sacrifício;

compaixão e amor: ama a Deus e ao próximo como a si mesmo.

As bem-aventuranças mostram que Jesus realmente segue a sua

pregação. Pobre, confia e ajuda a todos. Ele é manso e humilde de coração, fome

e sede de justiça é o que Jesus faz sempre. Tem compaixão e misericórdia do

povo simples. Puro de coração, sincero, agrada o Pai, é perfeito, traz a paz,

reconcilia o povo com Deus: sem comportamento é justo, mas é levado à morte

sem justiça.

Jesus é apresentado por Mateus como aquele que pratica a justiça

perfeita e que os religiosos são injustos. Os líderes religiosos são hipócritas. João

Batista é entre que é justo e chama os religiosos de sua época como raça de

víboras. Jesus diz que prostitutas e pecadores entrará no reino antes que os

fariseus e escribas.

O sermão de João Batista mostra esta realidade do caminho da justiça e do

que são chamados dignos frutos do arrependimento. Jesus acusa os líderes

religiosos de sua época sobre o sábado (Mateus 12,1-14). Jesus é chamado de

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Page 75: A Maior Justiça é de Deus

príncipe de demônios por expulsar demônios (12,22-32). Jesus fala destes líderes

de raça de víboras por serem maus; são árvores que produzem maus frutos

(12,33-37).

O Evangelho de Mateus narra o debate de Jesus contra os fariseus

que o acusam de transgredir os mandamentos de Deus (15,2-3); Jesus mostra

quem está errado (15,4), quem transgredir lei de Deus (15,6). Jesus observa a lei

de Deus e os fariseus como a tradição dos antigos. Os fariseus ensinam leis de

homens e Jesus a de Deus.

Os fariseus estão interessados com o exterior e as aparências, Jesus está

preocupado com o que está no coração: o que sai é o que contamina o homem.

Jesus pronuncia os ais contra os fariseus e escribas. Jesus promete o reino dos

céus aos pobres, aos simples e não aos doutores da lei. Os líderes religiosos são

comparados aos filhos da geena (23,15); são aqueles que não entram e não

deixam entrar no reino.

Quem entrará no reino? Aquele que pratica a misericórdia e a justiça tem

compaixão, é fiel (23,23-24), cheio de hipocrisia é sem lei (23,27-28). O reino é

dos perseguidos por causa da justiça (23,29-32) como foras perseguidos os

profetas e os mataram.

4- JUÍZO E RETRIBUIÇÃO.

A ética não é vazia. Cada um age por vários motivos. Mateus mostra

Jesus fazendo justiça e com a promessa do juízo final. Aqui temos a perspectiva

escatológica. A ética de Jesus é a justiça alcançada debaixo da graça de Deus. A

conduta de Jesus é boa porque Ele faz a vontade do Pai. Ele promete

recompensa e punição escatológica.

A ameaça do juízo e a promessa de recompensa desempenham papel na

ética de Jesus. O Evangelho de Mateus tem mais material de recompensa e

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Page 76: A Maior Justiça é de Deus

punição do que outro evangelho. O juízo está presente em Mateus (5,21-23;

12,41-42;23,33), dia do juízo(10,15;11,22.24;26,36), a

geena(5,22.29.30;10,28;18,9;23,33) e a recompensa(5,12.46;6,2.5.16;10,41-42).

O que Jesus fala sobre a exclusão do reino e o choro e ranger de dente (8,

12;13,48-50;22,13;24,51;25,30) e as trevas (8,12;22,13;25,30).

A ameaça de juízo e a promessa de recompensa estão juntas no

evangelho de Mateus no discurso escatológico de Jesus (24,1-25,46). Os

religiosos vão ver o que João Batista está pregando a ele os ameaça com a ira

futura e os chama de raça de víboras e que o fogo de Deus os consumirá (3,7-

12).

No fim do Sermão do Monte Jesus ameaça com os dois caminhos (7,13) e

que os falsos profetas serão como árvores arrancadas e lançadas no fogo (7,19),

e os que não praticam a lei (7,23) e os insensatos que não ouvem estas palavras

terão total perdição (7,27).

No final do Sermão do Monte Jesus fala claramente sobre o juízo e a

recompensa. Que não praticam a justiça não entrará no reino dos céus (5,19-20),

quem se irá contra o irmão será julgado e quem chamar de tolo (5,22-23); os que

fazem justiça em segredo terão a seu galardão de Deus (6,3. 6.18) e os que

perdoam serão perdoados e os que não querem perdoar não receberão o perdão

de Deus (6,14-15).

Os que rejeitarem Jesus serão condenados mais que Sodoma e

Gomorra (10,15); os que perseverarem até o fim serão salvos (10,22), quem

perder a vida por causa de Jesus irá salva-la (10,39); quem negar Jesus o Pai

renegará a eles (10,32-33); tem que se cuidar daqueles que é capaz de destruir o

corpo e a alma no geena (10,28) e aqueles que acolhem os enviados da missão

de Jesus serão recompensados.

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Page 77: A Maior Justiça é de Deus

Os que se escandalizarem de Jesus ou cometerem ou fizerem escândalos,

e não cumprirem as suas leis será lançado na fornalha que arde (13,41-43); os

que não se converterem e virarem crianças não entrará no reino dos céus (18,3-

4), quem fizer a outro pecar estarão em condições piores (18,6); é melhor entrar

no reino aleijado do que impuro o inferno (18,7-9).

Todos devem estar vigilantes para quando o reino vier: vai ser como

nos dias de Noé (24,37-41); devem estar preparados como o pai de família que

cuida para não ser roubado (24,42-44). Os que são fiéis e os infiéis (24,45-51), as

virgens sensatas (25,1-13), os servos bons (25,14-30) falam exatamente do estar

vigilante para o reino.

O Filho do Homem virá julgar e recompensar a todos: fiéis e infiéis (25,31-

46), aqueles que ajudarem: vestir, alimentar, hospedar, cuidando doentes, visitar

as prisões, estes tiveram misericórdia e compaixão e estar é uma partida ética de

Jesus.

Por outro lado, aqueles que não ajudam e não praticam a justiça serão

atirados no lago do fogo ardente, onde haverá: fogo e ranger de dentes. Muitos

irão dizer que são parentes de Abraão, Isaque e Jacó: outros ainda dirão que

fizera o bem e a justiça estes serão lançados nas trevas (8,11-12). O dia do juízo

final Jesus irá tolerar mais Tiro e Sidon dos que ouviram a sua mensagem e não

fizeram nada (11,20-24). Muitos serão condenados ou absorvidos pelo que

falaram (12,36-37).

No dia do juízo haverá mais complacência para Nínive do que para os que

não se arrependeram (12,41). Muitos serão como plantas que serão arrancadas

até as raízes alcançadas no fogo (15,13). Verás o que seguirá Jesus e praticaram

a justiça e misericórdias estarão o reino, o conteúdo e a vida eterna com Deus

(19,25-30). O juízo se contrapõe a salvação. Fazer a vontade de Deus, as obras

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Page 78: A Maior Justiça é de Deus

da justiça são os temas importantes desta ética de Jesus no Evangelho de

Mateus.

4- ÉTICA HUMANA E SALVAÇÃO DE DEUS.

Aquele que cumprir todos os mandamentos tem um prêmio, cada um

será julgado por suas obras (16,27); ações são mais importantes do que palavras

(7,21); e o juízo final será para os que fazem ou deixam de fazer (25,31-46). A

ética e a antropologia de Mateus estão ligadas a de Paulo, o apóstolo. Na teologia

de Paulo da lei e justiça difere um pouco do Evangelho de Mateus.

A compreensão de Paulo sobre o homem é cumprir a lei e as exigências da

lei. Para Mateus a justiça deve se a conduta do homem, para Paulo a justiça com

dom pela morte e ressurreição de Cristo: a finalidade da lei é Cristo. A lei não faz

o homem justo, senão Cristo morreu em vão, para Mateus lei e justiça são a

mesma coisa.

Mateus não fala de uma concepção do homem. Para Mateus o homem

é aquele que faz a vontade de Deus. Ao comparar Paulo e Mateus sobre a ética

tem os que Mateus mostra que o fazer e produzir fruto de justiça é o evangelho da

graça.

A salvação de Jesus em sua morte; os discípulos são eleitos e

escolhidos; a salvação na igreja e a necessitados são apresentados em Mateus

como a graça ou dom do reino. Mateus fala da morte e da ressurreição como

salvação. Mas tudo isto está ligado a humildade, a vida de alguém, a ceia tudo

está ligado à morte de Jesus e a sua salvação. Mateus liga o discipulado ao

projeto de salvação de Deus e a ação da ética humana. Os discípulos de Jesus

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Page 79: A Maior Justiça é de Deus

são privilegiados do reino, só a boa semente semeada pelo filho do homem

(13,38).

Os discípulos são convocados a fazer e a praticar a justiça. A misericórdia

para com: os cegos (9, 27;20,30-31), a mulher(15,22), a possessão(17,15) isto

está ligado à salvação de Deus em Jesus. Jesus fala da graça, dons daqueles

que são salvos. Os trabalhadores da vinha, mesmo os que começarem na hora

do juízo o seu trabalho vai receber a mesma coisa como os que começaram a

trabalhar às 9 da manhã. No banquete muitos são chamados (22,1-14), se os

hóspedes rejeitam a festa, outros serão chamados para comerem no reino.

Assim vemos em Mateus a salvação com o chamamento para fazer a

justiça maior. Esta é a justiça de Mateus aos seres ouvintes. A relação entre o

imperativo ético e a indicação de salvação no Evangelho de Mateus é diferente

que em Paulo. Paulo dá ênfase de que a indicação leva ao imperativo, por outro

lado, Mateus fala da realização do imperativo é pré-requisito para a expressão

última, plena e final do indicativo. Jesus de Mateus é aquele que salva o povo do

pecado, por morte e ressurreição e a redenção de muitos.

5- A MORAL DE JESUS.

O ensino moral de Jesus é o imperativo do amor e justiça. Jesus não é

autonomista. Os que não cumprem a lei de Deus na hora do juízo serão excluídos

do reino dos céus, e os que fazem a sua vontade fazem parte de sua família e

entrarão no reino. Jesus é o modelo de ética, pois cumpre a justiça. Ele é o

protótipo da moral cristã. A visão moral de Jesus está implícita no reino: o bem e

o mal estão juntos, mas o bem tem que sobressair, as ações e as obras da justiça

tem que ser maior.

Fazer a vontade de Deus e guardar os mandamentos está inserido na

moral de Jesus. A lei e os profetas, lei e justiça e Jesus é o representante e

intérprete de ambos com seu comportamento moral. Os discípulos de Jesus têm

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Page 80: A Maior Justiça é de Deus

que produzir a justiça e os fariseus. A moral de Jesus está ligada também ao juízo

e retribuição.

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CONCLUSÃO.

A maior justiça é de Deus segundo Mateus.

Quando se fala sobre a justiça de Deus, Mateus enfoca muitas as

normas éticas e isso nos faz lembrar um conceito sobre ética que diz: Ética é a

ciência que define o comportamento do indivíduo tornando-o livre para decidir e

escolher.

Portanto deste princípio Ele chega a ver a atuação e o ensinamento

de Jesus totalmente em continuidade com o Antigo Testamento. Vendo,

sobretudo o evento de Cristo como cumprimento da promessa, e a Tora

constituem para ele o elo de união entre Israel e a Igreja, por isso há para o autor

uma confrontação com judaísmo no que concerne a vontade de Deus através de

Jesus, quando ele fala: “Ensinem-nos a guardar todas as coisas que tenho

ordenado a vocês”(28.20), nota-se seu esforço para propor um programa de ética

cristã para a igreja de todos os tempos.

O ministério de Jesus para ele vai além de interpretar o messias do

Antigo Testamento que o chama de “justiça melhor”. Ele cumpre através da

palavra e da ação (3.15) é o “Emanuel” (1.23), o Humilde (21.5), e obediente que

de boa vontade assume sua vida (26.2) e morre em lugar de outros, e coloca-se

sempre ao lado dos indefesos (8. 25;24.42), promete está sempre presente aos

lados dos seus, como mestre tendo autoridade e poder, para proporcionar o

surgimento a realização da vontade de Deus por ele ensinada vivida.

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Page 82: A Maior Justiça é de Deus

Para Mateus a expectativa do fim tem importância especial

precisamente para a Igreja que, como corpus Misticum, se move direção do juízo

e na qual o inço ainda cresce em meio ao trigo (13.31ss). O reino de Deus cresce

ou reino dos céus aparece como uma grandeza futura e deve ser diferenciado do

senhorio atual do Filho de homem (12.28).

Logo produziu frutos e é uma determinação de Jesus que deve ser feita

com prazer e alegria, e não visam da recompensa. Pois elas virão, mas não deve

ser o bem maior ou principal, mas sim a continuidade do que nos foi ordenado,

levando em conta o contexto salvífico, tanto é que a partir do sermão do monte.

Por isso não causa admiração que justamente textos como o sermão do Monte

tenha orientação fortemente escatológica.

Ele objetiva uma obediência concreta visível e efetiva que se realiza no

seguimento e tornar-se comum nas “boas obras”(5.16) e nos frutos(7.16,20) o que

aponta para a responsabilidade missionária e seu seguimento não pode ser

restringido à obediência incluso também a tribulação(8.32ss) prontidão para o

sofrimento(10,17ss) humilde(18,1s) serviço obras de amor (25.31ss) e comunhão

com Jesus, tendo em vista a prática da lei interpretada por Jesus (5.17) onde Ele

fala que não veio para revogar a lei e os profetas, mas para cumpri-los.

Encontramos em Mateus um protesto enérgico contra a anulação da

lei. A lei é a lei de Deus, cumprir a lei para ele não significa primordialmente

estabelece-la ou completá-la, mas cumprir pela ação em todos os sentidos,

sobretudo para o próprio Jesus que sempre seguiu a lei com total igualdade.

Mateus visa primordialmente uma outra interpretação da lei, contra todas

as formas cristãs de antinomismo e liberdade. A interpretação correta da lei tanto

para Mateus como para Jesus é o mandamento do amor e ela não pode ser

interpretada de fora para dentro, mas a partir de seu centro interior que o Messias

traz à Luz.

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Mateus 5.48 ele faz um paralelo do amor ao inimigo simultaneamente a

idéia de correspondência mais reformulada no seu conteúdo, enquanto em Lucas

essa interpretação é original havendo uma misericórdia com o Pai(Lc 6,36).

Mateus continua afirmado sobre o amor ao próximo e às vezes inclui em sua

tradição a frase de Os 6.6 “Misericórdia quero e não sacrifícios” (9. 13;12.7).

Para legitimar a comunhão de mesa com publicanos e pecadores

colocados sob suspeita pelos fariseus, a qual inválida os preceitos judaicos de

pureza, pois Jesus cura cegos, coxos inclusive onde realiza essas curas também

no sábado visando atender as necessidades humanitárias provando que o amor

está acima de tudo e deixa bem claro que Deus não quer sacrifício de quem não

tem amor, e que a solidariedade humana vem antes da devoção.

As bem-aventuranças em 5.5ss ilustram a primeira e a segunda Tábua

do Decálogo ou o duplo mandamento do amor (N.Walter). Apesar de Mateus

adicionar qualidades éticas, entrelaçando com isso intrinsecamente o consolo e a

exigência ética, os acréscimos de Mateus à tradição das bem-aventuranças são

muito marcantes e dificultam falas de um catálogo de virtudes em (5.3).

Neste texto chama a atenção para os pobres de espírito (não para os

pobres no sentido do Material), que se encontram como mendigos diante de

Deus. Deixando que ele lhes encha suas mãos vazias o que caracteriza os

discípulos como pequenos e humildes, fraco e indefeso e com isso nos remete

ao duplo significado véterotestamentários de justiça no sentido de salvação e

comportamento justo.

O paralelismo entre justiça e reino ou senhorio não é importante para a

compreensão de justiça, pois reino seria uma grandeza futura, porém uma

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grandeza presente, logo o senhorio de Deus teria por conseqüência estar

empenhado pela justiça.

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