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Anderson Fernandes Pontes
A Importância da Analise dos Demonstrativos Finance iros
Analise Dinâmica de Capital de Giro
Londrina 2012
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Anderson Fernandes Pontes
A Importância da Analise dos Demonstrativos Finance iros
Analise Dinâmica de Capital de Giro
Trabalho apresentado à disciplina Controladoria e Finanças, prof. Régio Toesca.
Londrina
2012
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Anderson Fernandes Pontes
A Importância da Analise dos Demonstrativos Finance iros
Analise Dinâmica de Capital de Giro
Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Especialização em Controladoria e Fianças do Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL, para obtenção do título de Especialista em Controladoria e Finanças.
Aprovado em: _____/ _____/ _____
_______________________________________ Professor Doutor Régio Marcio Toesca Gimenes
Orientador
________________________________________ Prof
Londrina 2012
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RESUMO
O presente estudo tem como objetivo demonstrar a importância da analise financeira
para as empresas, para isto foi utilizado o método Analise Dinâmica de Capital de
Giro modelo desenvolvido por Fleuriet, que consiste na analise de suas variáveis
NLCDG (Necessidade Líquida de Capital de Giro), T (Tesouraria), CDGP (Capital de
Giro Próprio) e Longo Prazo, foi analisado os cinco últimos anos das demonstrações
financeiras de três empresas do ramo de indústria de café do Brasil, uma delas não
foi possível usar o modelo em questão, já as outras duas apresentam resultados
desfavoráveis segundo o método usado, apresentando resultados insatisfatórios e
péssimos nos anos abordados.
Palavras- chave: Análise. Variáveis. Demonstrações Financeiras. Análise Dinâmica
de Capital de Giro.
ABSTRACT
The following study aims to show companies the importance of financial analysis.
The method used was Dynamic Analysis of Working Capital model developed by
Fleuriet. It consists of variables analysis - NLCDG (Necessidade Líquida de Capital
de Giro - Net Working Capital Need), T (Tesouraria - Treasury), CDGP (Capital de
Giro Próprio - own cash flow) and Long Term goal, The last five years of three
companies from Brazil coffee industry financial statement trades were analyzed, It
was not possible to use this issue model with one of them, the two other companies
demonstrated a bad outcome according to the method used, they demonstrated
unsatisfactory and terrible outcome in the addressed years.
Key- words: Analyze. Variables. Financial Statement. Dynamic Analyses of Working
Capital.
SUMÁRIO.
1. Introdução.................................................................................................................5
2. Fundamentação Teórica...........................................................................................6
2.1 Modelo Fleuriet.......................................................................................................6
2.1.2 NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro............................................7
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2.1.3 T- Tesouraria.......................................................................................................8
2.1.4 Recurso de Terceiros de Longo Prazo................................................................9
2.1.5 CDGP- Capital de Giro Próprio.........................................................................10
2.1.6 Análise Gerencial de Balanços..........................................................................11
2.1.7 Efeito Tesoura...................................................................................................11
2.2 Estudos Anteriores...............................................................................................12
3. MÉTODO DE PESQUISA......................................................................................12
4. ANÁLISE DE DADOS.............................................................................................13
4.1. As Empresas.......................................................................................................13
4.2. NLCDG- Necessidade Líquida de Capital de Giro..............................................14
4.3. Ciclo Financeiro...................................................................................................17
4.4. Termômetro da Situação Financeira...................................................................32
4.5. Recursos de Terceiro de Longo Prazo................................................................34
4.6. Apurações das Variáveis Empresariais...............................................................35
4.7. CDGP- Capital de Giro Próprio...........................................................................36
4.8. Efeito Tesoura.....................................................................................................44
4.9. Variáveis Empresarias.........................................................................................46
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................48
REFERÊNCIAS..........................................................................................................49
1. INTRODUÇÃO.
Vivemos em um mundo globalizado que está em constante mudança, e isto repercuti
em nosso dia a dia, ainda mais sobre as empresas que precisam de informações
para a tomada de decisões, fato este que não é fácil, por que o empresário ou o
gerente precisam ter um grande conhecimento sobre o seu ramo de negócio e
também sobre a sua empresa, que em conjunto ajuda ele a tomar a melhor decisão
para a continuidade da empresa. Atualmente é muito difícil tomar decisões baseado
em palpites, hoje em dia um planejamento estratégico e uma analise eficiente dos
demonstrativos da empresa é imprescindível, pois assim quem for tomar as decisões
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terá uma ferramenta para auxilio, desta maneira a empresa conseguira manter se
competitiva nos dias atuais, pois uma decisão certa ou errada pode trazer grandes
conseqüências.
Mas não basta apenas ter lucro, também é preciso ter caixa para poder se financiar
durante o exercício, uma vez que o dinheiro tem valor no tempo, sendo assim
quanto mais rápido uma empresa consegue girar seus estoques, mais rápido ela se
capitaliza, e passa a depender menos do capital de terceiros, e sob o aspecto da
desmobilização, quanto menos imobilizada ela estiver mais recursos ela vai dispor
para investir em atividades de rápida liquidez, por que quando o capital da empresa
esta em seu imobilizado mais difícil é de tornar se receita.
Uma busca para diminuir a Necessidade de Capital de Giro é sempre procurada por
empresários e gerentes de empresas, e uma forma de melhorar seus custos, para
poderem melhorar seu resultado e ainda conseguirem financiar se no curto prazo.
Este estudo tem o objetivo demonstrar a importância da analise financeira para a
tomada de decisão, sobretudo no curto prazo. O método Analise Dinâmica de
Capital de Giro tem por premissa o estudo dos itens do Balanço Patrimonial a Curto
Prazo, por que são fatos que vão acontecer no exercício, e com a devida analise do
método e um bom planejamento a empresa consegue sanar os futuros problemas ou
aproveitar as oportunidades que estão por vir.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA.
2.1. MODELO FLEURIET
“O modelo Fleuriet para avaliação da liquidez e estrutura de financiamento é um
importante instrumento de análise e/ou controle para tomada de decisões
financeiras.” (Marques; Braga; 1995 p. 49-63).
Em face às turbulências surgidas no ambiente econômico do qual as
empresas participam, em grande parte motivadas por alterações no
mercado - como, por exemplo, maior nível de competitividade,inflação e
variações sazonais nos preços dos insumos -, começaram a aparecer
pesquisas com ênfase em avaliações dinâmicas do comportamento dos
elementos patrimoniais de curto prazo, em contraposição às análises
financeiras convencionais com base em relações quase sempre
estáticas.(Marques; Braga; 1995 p. 49-63).
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Os autores citados relatam sobre o uso da Análise Dinâmica de Capital de Giro
modelo desenvolvido por Fleuriet para controle e tomada de decisões, por refletir
melhor a situação financeira da empresa e serve de suplemento para analises de
liquidez tradicional.
Também discorrem sobre a reclassificação do Balanço Patrimonial em contas
operacionais, que seriam Contas do Ativo Circulante (Aplicações de Capital de Giro
e Demais Contas do Ativo Circulante), Passivo Circulante (Fontes de Capital de Giro
e Demais Contas do Passivo Circulante):
Quadro 1.0- Modelo de reclassificação do circulante
Contas do Ativo Circulante Contas do Ativo Circulante
APLICAÇÕES DE CAPITAL DE GIRO DEMAIS CONTAS DO ATIVO
CLIENTES
ESTOQUES CIRCULANTE
DESPESAS ANTECIPADAS DISPONIBILIDADES
OUTRAS CONTAS A RECEBER APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Contas do Passivo Circulante DEMAIS VALORES A RECEBER
FONTES DE CAPITAL DE GIRO Contas do Passivo Circulante
FORNECEDORES DEMAIS CONTAS DO PASSIVO
OBRIGAÇÕES FISCAIS CIRCULANTE
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS OPERAÇÕES FINANCEIRAS ADIANTAMENTOS DE CLIENTES DEMAIS VALORES A PAGAR
Fonte: Olinquevitch (2004).
2.1.2 NLCDG – NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO.
A reclassificação do Ativo e Passivo Circulante aos moldes do quadro 1.0 permite o
cálculo das variáveis-chaves financeiras para análise da situação financeira da
empresa. Na primeira variável, quando a Aplicação de Capital de Giro for maior que
as Fontes de Capital de Giro indicam que a empresa precisa de fontes para saldar o
giro do capital, por sua vez, quando as Fontes de Capital de giro forem maiores que
as Aplicações de Capital de Giro, indica que a empresa tem plena capacidade para
financiar seu capital de giro e suas aplicações de longo prazo. Esta diferença
denominasse Necessidade Liquida de Capital de Giro:
APLICAÇÕES DE CAPITAL DE GIRO
(-) FONTES DE CAPITAL DE GIRO_______________________
(=) NLCDG – NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO
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A segunda variável obtida através da reclassificação das contas são as Demais
Contas do Ativo e Passivo Circulantes. Quando as Demais Contas do Ativo
Circulante forem maiores que as Demais Contas do Passivo Circulante teremos
aplicações de recurso no curto prazo, e quando as Demais Contas do Passivo
Circulante for maior que as Demais Contas do Ativo Circulante teremos fontes de
recursos de curto prazo financiando as atividades da empresa.Esta diferença
denominasse Tesouraria:
OUTRAS CONTAS DO ATIVO CIRCULANTE
(-) OUTRAS CONTAS DO PASSIVO CIRCULANTE
(=) T – TESOURARIA
A NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro é a principal variável para
determinar a situação financeira da empresa, as contas que compõe a NLCDG –
Necessidade Líquida de Capital de Giro são contas de curto prazo que consistem
em efeitos rápidos na empresa, com isto o valor da NLCDG revela o nível de
recursos necessários para manter o giro do negócio.
O desdobramento da variável NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro,
permite a análise do Ciclo financeiro da empresa que é demonstrado da seguinte
forma:
Ciclo Financeiro = NLCDG________ x 360 (período anual)
Vendas Brutas *
* Receita Operacional Bruta – Vendas Canceladas
Podendo a NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro ser desdobrada para
as demais contas que a compõe, ficando o Ciclo Financeiro decomposto em todos
os seus componentes, o que permite o acompanhamento e a análise do
comportamento da NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro.
2.1.3 T-TESOURARIA
O T-TESOURARIA consiste nas contas reclassificadas e fazem parte do Ativo e
Passivo Circulante, no caso as Demais Contas do Ativo e Passivo Circulante, por
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isto são contas que depois que realizadas transformam-se em caixa ou equivalentes
de caixa.
T-TESOURARIA POSITIVA – indica que a empresa possui folga de caixa, ou seja,
suas contas do Ativo Circulante podem saldar as contas do Passivo Circulante, mas
deve-se tomar cuidado para que isto reflita a realidade da empresa, contas obscuras
como OUTROS CRÉDITOS podem esconder recursos que nunca serão realizados
ou um saldo elevado nas contas de CAIXA/BANCOS podem revelar um gerencia
ineficiente de recursos financeiros.
O T-TESOURARIA NEGATIVA – indica que a empresa não é capaz de saldar as
contas do Passivo Circulante depois de realizadas as Contas do Ativo Circulante,
isto demonstra que a empresa esta usando de capital de terceiros de curto
(expresso nas Demais Contas do Passivo Circulante) para financiar suas atividades.
A existência do T-Tesouraria negativo não implica necessariamente em situação
financeira apertada, devesse analisar a proporção do T-Tesouraria em relação à
NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro e a tendência desta relação.
O verdadeiro termômetro da situação de liquidez da empresa é a relação do T-
Tesouraria divida pela NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro.
TSF (%) = NLCDG X 100
T
2.1.4 RECURSOS DE TERCEIRO DE LONGO PRAZO.
De acordo com a Lei n° 6.404/76, todos os bens e direitos realizáveis, bem como
todas as obrigações exigíveis em prazos superiores a 360 dias, constituirão contas
classificáveis no Realizável a Longo Prazo e no Exigível a Longo Prazo,
respectivamente.
Os Recursos de Terceiro de Longo prazo é a relação entre as contas do Ativo
Realizável a Longo Prazo que encontra-se no Ativo Não Circulante e Passivo
Exigivel a Longo Prazo que encontra-se no Passivo Não Circulante.
A presença de ARLP- Ativo Realizável a Longo Prazo indica aplicação de recursos
em atividades de lenta recuperação financeira.
A presença de PELP- Passivo Exigível a Longo Prazo indica fontes de recursos não
exigíveis para o próximo período, propiciando folga financeira na liquidez
empresarial.
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Exemplos das contas ARLP- Ativo Realizável a Longo Prazo, são:
-Tributos Diferidos e
-Créditos com Parte Relacionadas
Exemplos das contas Passivo Exigível a Longo Prazo, são:
-Empréstimos e
-Provisões.
A variável LP - Longo Prazo é obtida através da relação entre Ativo Realizável a
Longo Prazo menos Passivo Exigível a Longo Prazo.
LP= PELP – ARLP.
Esta é uma importante variável, pois através dela pode se saber o valor líquido da
aplicação de recursos de Longo Prazo nas atividades da empresa.
Longo Prazo Positivo esboça que a empresa conta com fontes de Longo Prazo
financiando ela.
Longo Prazo Negativo terá recursos de longo exigindo da empresa.
2.1.5 CDGP - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO
Esta variável obtém através da relação entre PL - Patrimônio Líquido menos AP-
Ativo Permanente, ela é parcela dos recursos próprios que não estão aplicados no
Ativo Permanente, estando disponível para outras aplicações, como em atividades
de liquidez mais rápida.
CDGP = PL – AP.
Os exemplos de PL - Patrimônio Líquido são:
-Capital Social Realizado;
-Reserva de Capital e
-Reserva Legal.
Exemplos de AP- Ativos Permanentes podem ser:
-Investimentos;
-Imobilizado e
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-Intangível.
2.1.6 ANÁLISE GERENCIAL DE BALANÇOS
Por meio dos tópicos apresentados anteriormente encontramos as Variáveis
Empresariais.
NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro;
T- Tesouraria;
LP - Longo Prazo e
CDGP – Capital de Giro Próprio.
O primeiro passo na analises das quatro Variáveis Empresarias consiste na
comparação entre a NLCDG – Necessidade Líquida de Capital de Giro e o CDGP –
Capital de Giro Próprio, após esta comparação, ainda precisa ser analisado:
-a magnitude do tamanho da folga financeira (distancia entre a NLCDG e o CDGP);
-examinar a cobertura/aplicação da defasagem;
-identificar a tendência das duas variáveis.
2.1.7 EFEITO TESOURA
O efeito tesoura é obtido entre confrontação da a NLCDG – Necessidade Líquida de
Capital de Giro e o CDGP – Capital de Giro Próprio, a análise das duas variáveis
permite um estudo prospectivo da situação financeira da empresa.
“Com o aumento rápido das vendas, a NCG pode crescer
proporcionalmente mais do que o autofinanciamento. Desta forma, se a
empresa não aumentar seu capital de giro através de fontes externas, o
saldo de tesouraria irá se tornar cada vez mais negativo.” (Copat;
Martinewski e Villela; REAd – Edição 57, Vol. 13, N° 3 set-dez 2007).
Uma empresa que possui defasagem entre NLCDG e o CDGP e cobrem este buraco
financeiro com o T-Tesouraria, esta sob Efeito Tesoura.
O exame das causas da evolução da – Necessidade Líquida de Capital de Giro e do
CDGP – Capital de Giro Próprio, levarão a causa do Efeito Tesoura na empresa.
Uma forma de medir o risco financeiro foi desenvolvida por Fleuriet (2003), ele
utilizou as variáveis NCG (Necessidade de Capital de Giro), CDG (Capital de Giro) e
T (Tesouraria), no estudo abordado a NCG foi substituída pela NLCDG
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(Necessidade Liquida de Capital de Giro), a CDG foi substituída pela CDGP (Capital
de Giro Próprio) e o T (Tesouraria) não alterou.
Quadro 2.0. Estrutura Financeira.
Estrutura T = CDG - NCG Situação de Liquidez
Tipo 1 Aplicação (+) = Fonte (+) - Fonte (-) Excelente
Tipo 2 Aplicação (+) = Fonte (+) - Aplicação (+) Sólida
Tipo 3 Fonte (-) = Fonte (+) - Aplicação (+) Insatisfatória
Tipo 4 Aplicação (+) = Aplicação (-) - Fonte (-) Alto Risco
Tipo 5 Fonte (-) = Aplicação (-) - Fonte (-) Muito Ruim
Tipo 6 Fonte (-) = Aplicação (-) - Aplicação (+) Péssimo
Fonte: Fleuriet (2003)
2.2 ESTUDOS ANTERIORES
O Artigo de Copat,Martinewski e Villela (2007) sobre Produtos Geradores de
Caixa:Análise Avançada do Capital de Giro de uma Industria Metalúrgica, visou
evidenciar como a necessidade de capital de giro de um produto afeta sua margem
de contribuição. Para ilustrar a importância da ferramenta, assim como descrever
de forma detalhada as etapas para sua aplicação, tomou-se um produto de uma
indústria metalúrgica.
O Artigo de Marques e Braga (1995) sobre Análise Dinamica do Capital de Giros diz
que os resultados obtidos permitiram uma comparação da magnitude do
investimento operacional em giro mantido pelas empresas para a implementação do
nível desejado de operações, e o grau de endividamento (saldo de tesouraria)
praticado.
3. MÉTODO DE PESQUISA.
A proposta deste estudo é evidenciar a importância da Análise Dinâmica de Capital
de Giro para tomada de decisão. As empresas objeto deste estudo são Sociedades
Anônimas do ramo de fabrica de café cadastradas na Bovespa, sendo selecionadas
por serem grandes empresas e duas delas, a Companhia Cacique de Café Solúvel e
a Companhia Iguaçu de Café Solúvel são empresas com atuação em Londrina-PR e
Cornélio Procópio-PR, no caso Londrina-PR e região.
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Inicialmente foram reclassificadas as contas do Ativo e Passivo Circulante para
análise, extraindo dela as variáveis nessárias para aplicação do método Análise
Dinâmica de Capital de Giro.
4. ANÁLISE DOS DADOS
Esta seção tem por objetivo evidenciar e detalhar as etapas para a realização da
Análise Dinâmica do Capital de Giro.
4.1 AS EMPRESAS
As empresas alvo do estudo são fabricas de café, sendo todas elas Sociedades
Anônimas de capital Aberto.
A Companhia Cacique de Café Solúvel ("Companhia") é uma sociedade anônima de
capital aberto com sede em Londrina, Estado do Paraná, sendo suas ações
comercializadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), controlada pela
Horácio Sabino Coimbra Com. e Part. Ltda.
Ela é uma das maiores unidades de produção de café solúvel do mundo.
A Cia. Iguaçu de Café Solúvel (Companhia), localizada na BR 369, Km 88 (Rodovia
Mello Peixoto), Cornélio Procópio, Estado do Paraná, tem por objetivo básico a
produção e comercialização de café solúvel, café torrado e moído e seus derivados.
Outra atividade operacional relacionadas à comercialização de café verde venda e
locação de máquinas para preparar bebidas quentes, construção e projetos
eletromecânicos são desenvolvidas por empresas controladas.
A Café Solúvel Brasília S/A, possui uma unidade industrial na Cidade de Varginha –
MG. Na unidade industrial produz o café solúvel spray dried em pó ou aglomerado e
desidrata diversos produtos alimentícios. Cerca de 90% do café solúvel é destinado
ao exterior e os produtos desidratados são para o mercado nacional. Suas
controladas diretas e indiretas, atuam no segmento agropecuário. As demais
empresas que estão com suas atividades paralisadas, fazem a manutenção de seus
ativos.
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4.2 NLCDG – NECESSIDADE LIQUIDA DE CAPITAL DE GIRO E T - TESOURARIA
Para o desenvolvimento da NLCDG e do T- TESOURARIA foi preciso reclassificar
os Balanços Patrimoniais de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011 de acordo com o
Quadro 01.
Quadro 3.0.
Companhia Cacique de Café Solúvel.
ANALISE DINANICA DE CAPITAL DE GIRO
ANO ACG FCG NLCDG DCAC DCPC T
2007 167.327,00 32.915,00 134.412,00 15.549,00 79.006,00 (63.457,00)
2008 217.122,00 30.973,00 186.149,00 42.282,00 151.527,00 (109.245,00)
2009 156.227,00 24.805,00 131.422,00 15.323,00 119.824,00 (104.501,00)
2010 158.662,00 24.043,00 134.619,00 127.941,00 240.543,00 (112.602,00)
2011 253.045,00 17.805,00 235.240,00 36.833,00 234.326,00 (197.493,00)
MÉDIA 190.476,60 26.108,20 164.368,40 47.585,60 165.045,20 (117.459,60) O Quadro 3.0 demonstra que a empresa esta decaindo nestes cinco anos saindo de
2007 e chegando até 2011 com uma NLCDG maior que o T – Tesouraria,
significando que precisa de recursos de terceiros para financiar suas atividades.
A NLCDG positivo e a T- Tesouraria negativa vem aumentando gradualmente, com o
passar dos anos.
� O ano de 2008 comparado com o ano de 2007 teve um aumento de 38%
(trinta e oito por cento), significa que empresa aumentou suas necessidades
para manter sua atividade, enquanto a T- Tesouraria negativa aumentou em
72% (setenta e dois por cento), aumentando sua necessidade de recursos de
terceiros.
� O ano de 2009 comparado com o ano de 2008 melhorou, diminuiu sua
NLCDG em 29% (vinte e nove por cento) e seu T- Tesouraria aumentou em
4% (quatro por cento), mas mesmo assim não foi capaz de se auto financiar.
� O ano de 2010 comparado com o ano 2009 teve um aumento na NLCDG de
2% (dois por cento) e um aumento na sua T- Tesouraria negativa de 8%(oito
por cento).
� O ano de 2011 comparado com o ano de 2010 não foi diferente, tendo um
aumento de 75% tanto para a NLCDG quanto para a T- Tesouraria, o que
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significa que a empresa conforme está aumentando ou diminuindo suas
atividades ela esta buscando recurso de terceiro de Longo Prazo para manter
suas atividades, como será demonstrado abaixo quando analisarmos a
variável Longo Prazo.
� Na média geral a empresa teve um pequeno aumento da sua NLCDG, mas
por outro lado teve ela quase triplicou sua T- Tesouraria, se compararmos a
média com o primeiro ano da análise, com isto a empresa ter uma atenção
maior com a maneira que ela esta financiando suas atividades.
Quadro 4.0.
Cia. Iguaçu de Café Solúvel (Companhia)
ANALISE DINANICA DE CAPITAL DE GIRO
ANO ACG FCG NLCDG DCAC DCPC T
2007 235.881,00 25.588,00 210.293,00 45.673,00 163.718,00 (118.045,00)
2008 283.647,00 57.856,00 225.791,00 34.717,00 305.278,00 (270.561,00)
2009 237.036,00 29.161,00 207.875,00 23.677,00 233.164,00 (209.487,00)
2010 247.483,00 41.750,00 205.733,00 43.259,00 290.216,00 (246.957,00)
2011 400.390,00 126.365,00 274.025,00 27.142,00 489.870,00 (462.728,00)
MÉDIA 280.887,40 56.144,00 224.743,40 34.893,60 296.449,20 (261.555,60)
A Companhia Iguaçu de Café Solúvel esta na mesma situação que a Companhia
Cacique, ela também vem decaindo no decorrer dos últimos cinco anos, sua NLCDG
está superior a sua T- Tesouraria.
O aumento da NLCDG e o aumento negativo da T- Tesouraria vem aumentando ano
a ano.
� Comparado o ano de 2008 com o ano de 2007, a NLCDG aumentou em 7%
(sete por cento) e a T- Tesouraria aumentou negativamente em 129% (cento
e vinte e nove por cento), aumentando sua dependência de capital de
terceiro.
� Comparando o ano de 2009 com o ano de 2008, temos uma diminuição tanto
para a NLCDG quanto para a T- Tesouraria, sendo que a NLCDG diminuiu
em 8% (oito por cento) e a T- Tesouraria negativa em 23% (vinte e três por
cento), com isto diminui a necessidade de capital de giro da empresa, mas
mesmo assim ela ainda não consegue se auto financiar.
� Comparando o ano de 2010 com o ano de 2009, podemos notar uma
regressão da NLCDG em 1% (um por cento), e um aumento na T- Tesouraria
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em 18% (dezoito por cento), mostrando que cada vez mais a empresa
necessita de recursos de terceiros para fazer a manutenção das suas
atividades.
� Comparando o ano de 2011 com o ano de 2010, notasse que é o exercício
com maior NLCDG e também T- Tesouraria em valor monetário, a NLCDG
aumentou em 33% (trinta e três por cento) a T- Tesouraria em 87% (oitenta e
sete por cento), mostrando que a empresa não consegue aumentar suas
atividades sem a ajuda de capital de terceiros.
� Na média geral dos cinco anos a empresa não teve grande aumento da
NLCDG comparando com o primeiro ano, mas sua T- Tesouraria
praticamente está duas vezes e meia maior do que a apresentada no primeiro
ano, fazendo com a empresa necessite ter uma atenção maior com sua parte
financeira.
Quadro 5.0.
Café Solúvel Brasília S/A.
ANALISE DINANICA DE CAPITAL DE GIRO
ANO ACG FCG NLCDG DCAC DCPC T
2007 2.344,00 629.075,00 (626.731,00) 831,00 20.267,00 (19.436,00)
2008 2.580,00 788.555,00 (785.975,00) 2.050,00 23.279,00 (21.229,00)
2009 3.072,00 77.314,00 (74.242,00) 139,00 915.472,00 (915.333,00)
2010 6.113,00 84.577,00 (78.464,00) (9,00) 1.195.539,00 (1.195.548,00)
2011 6.762,00 93.853,00 (87.091,00) 48,00 351.157,00 (351.109,00)
MÉDIA 4.174,20 334.674,80 (330.500,60) 611,80 501.142,80 (500.531,00)
A Café Solúvel S/A está numa situação totalmente diferente das outras duas empresas, pois a mesma tem um grande saldo na conta Prejuízos Acumulados, com isto grande parte do Passivo Circulante é usado para cobrir a conta de Prejuízos Acumulados, como a conta de Empréstimos e Financiamentos, Obrigações Fiscais e Obrigações Sociais. A conta de Prejuízos Acumulados esta vindo deste o ano de 2007 aumentando e
sofreu uma grande redução em 2011.
� Partindo de 2007 com o valor de R$ 1.000.670,00,
� Em 2008 R$ 1.232.264,00;
� Em 2009 R$ 1.423.464,00;
� Em 2010 R$ 1.698.475,00 e
� Em 2011 R$ 461.883,00.
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O valor da conta Prejuízos acumulados diminui no ano de 2011 graças a conta
Outras Receitas, por que ela apresentou um resultado elevado, desproporcional ao
que vinha apresentando nos outros anos, isto foi devido ao resultado de
equivalência patrimonial de suas controladas, que reviram seus critério contábeis
para apropriação de correção monetária e juros assumidos perante aos bancos que
tinham feito empréstimo, e como a empresa estava tendo um prejuízo acumulado
elevado, este valor de lucro apenas diminuiu o prejuízo.
E como foi evidenciado que a Necessidade Líquida de Capital de Giro está sendo
financiada em parte por divida tributária e social, e a conta de Empréstimos e
Financiamentos tem um saldo maior que o Patrimônio Líquido da empresa foi
decidido não prolongar mais a análise da mesma, visto que o método Análise
Dinâmica de Capital de Giro não é mais adequado para análise da empresa.
4.3. CICLO FINACEIRO. É obtido através das variáveis que compõe a – NECESSIDADE LIQUIDA DE
CAPITAL DE GIRO divido pela Receita Bruta de Vendas\Serviços conta de
Resultado fazendo parte da Demonstração de Resultado, multiplicado por 360 dias.
Abaixo será demonstrado e analisado o Ciclo Financeiro das duas empresas
individualmente.
Companhia Cacique de Café Solúvel.
Quadro 6.0.
APUARAÇÃO DO CICLO FINANCEIRO
Conta Descrição 2008 2007
(+) 1.01.02.01.01 Clientes no País 18.828,00 20.121,00
(+) 1.01.02.01.02 Clientes no Exterior 37.551,00 12.351,00
(+) 1.01.02.02 Créditos Diversos 81.076,00 70.995,00
(+) 1.01.03.01 Matéria Prima 21.585,00 30.809,00
(+) 1.01.03.02 Insumos de Produção 8.987,00 7.080,00
(+) 1.01.03.03 Produtos Acabados 20.991,00 14.591,00
(+) 1.01.03.04 Produtos em Elaboração 6.110,00 7.004,00
(-) 2.01.03 Fornecedores 13.521,00 6.818,00
(-) 2.01.08.01 Adiantamento de Clientes 9.398,00 18.287,00
(=) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 186.149,00 134.412,00
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ ouServiços 321.282,00 234.538,00
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APUARAÇÃO DO CICLO FINANCEIRO
Conta Descrição 2011 2010 2009
(+) 1.01.03.01 Clientes 84.430,00 47.823,00 44.389,00 (+) 1.01.04.01 Produtos acabados 12.099,00 18.077,00 18.992,00 (+) 1.01.04.03 Produtos em elaboração 9.534,00 9.049,00 11.695,00 (+) 1.01.04.04 Matéria-prima 49.818,00 25.095,00 10.202,00
(+) 1.01.04.05 Insumos de produção 8.594,00 8.052,00 7.131,00 (+) 1.01.06 Tributos a Recuperar 76.057,00 38.566,00 52.563,00
(-) 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 8.614,00 10.476,00 11.368,00 (-) 2.01.05.02.04 Adiantamento de Clientes 2.109,00 4.786,00 7.465,00
(=) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 235.240,00 134.619,00 131.422,00
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
A Companhia Cacique de Café Solúvel vem aumentando suas Receitas ano a ano e
também seus Custos e Despesas Operacionais, devido a isto a conta Lucro e
Prejuízos Acumulados fica abaixo de 3% (três por cento) ao ano, comparando a
conta de Lucros e Prejuízos Acumulados com a conta de Receita Bruta de Vendas e/
ou Serviços, chegando a apresentar Prejuízo em 2011.
Quadro 6.1.
ANO 2011 2010 2009 2008 2007 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 562.670
432.614
429.934
321.282
234.538
Lucro/Prejuízo do Período
(9.978)
9.148
8.892
4.164
3.861
TOTAL % -1,77% 2,11% 2,07% 1,30% 1,65%
Quadro 6.2.
ANO 2011 2010 2009 2008 2007 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos
(467.074,00) (356.824,00) (342.908,00) (366.457,00) (321.895,00)
Despesas/Receitas Operacionais (88.013,00) (81.639,00) (72.321,00) (109.865,00) (56.690,00)
TOTAL (555.087,00) (438.463,00) (415.229,00) (476.322,00) (378.585,00)
Analisando a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) notasse que a
empresa gera receitas, mas como os Custos e Despesas Operacionais também vêm
aumentando e muitas vezes ultrapassando o valor das Receitas, estas receitas
tornam-se insuficientes para a empresa poder se auto financiar, e devido ao
aumento das atividades, a empresa não apresenta lucros suficientes para investir
em seus ativos e com isto a empresa aumenta sua NLCDG.
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Analisando as contas usando como critério a analise vertical, que é o percentual que
a conta representa para a NLCDG, e também a importância que a conta representa
com relação as atividades da empresa, que no caso de indústria a conta estoques
possuem grande relevância.
As principais contas são:
� Clientes - que engloba as contas Clientes no País e Clientes no Exterior:
representando 24% (vinte e quatro por cento) da NLCDG em 2007, em 2008
representava 30% (trinta por cento) da NLCDG, em 2009 representava 34%
(trinta e quatro por cento) da NLCDG, em 2010 representava 36% (trinta e
seis por cento) da NLCDG e em 2011 representava 36% (trinta e seis por
cento) da NLCDG. Isto significa que a empresa esta aumentando suas
vendas a prazo e o resultado disto impacta diretamente na sua NLCDG.
Créditos Diversos ou Tributos a Recuperar, essas duas contas tem o mesmo
significado alterando apenas a descrição, de 2007 a 2008 chamava se
Créditos Diversos e de 2009 a 2011 Tributos a Recuperar: Essa conta em
2007 representava 53% (cinquenta e três por cento) da NLCDG, em 2008
representava 44% da NLCDG, 2009 representava 40% (quarenta por cento)
da NLCDG, em 2010 representava 29% (vinte e nove por cento) da NLCDG e
em 2011 representava 32% (trinta e dois por cento). Isto significa que
empresa conseguiu vender ou usar seus créditos acumulados, pois a
empresa é uma exportadora, e o imposto não incide sobre vendas para o
exterior.
Matéria Prima- Sendo essencial para a fabricação: Ela representa 23% (vinte
e três por cento) da NLCDG em 2007, 12% (doze por cento) da NLCDG em
2008, 8% (oito por cento) da NLCDG em 2009, 19% (dezenove por cento) em
2010 e 21% (vinte e um por cento) da NLCDG em 2011. Significa que em
2008 e 2009 ela transformou sua matéria prima em produto acabado, com isto
ela diminuiu seu estoque de matéria prima aumentando estoque de produto
acabado, em 2007, 2010 e 2011, ela fez o contrario manteve seu estoque de
matéria prima diminuindo seu estoque de produto acabado, sendo a segunda
hipótese a mais plausível, por que a empresa com isto estoca apenas o custo
com matéria prima, deixando de estocar outros custos que englobam os
produtos acabados, que seria um exemplo a própria matéria prima, insumos
de produção, a mão de obra, os encargos sociais sobre a mão de obra.
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Insumos de Produção- é tudo usado na produção de um produto além da
matéria prima, que poderia ser neste caso produtos químicos: Em 2007
representava 5% (cinco por cento) da NLCDG, em 2008 representava 5%
(cinco por cento) da NLCDG, em 2009 representava 5% (cinco por cento) da
NLCDG, em 2010 representava 6% (seis por cento) da NLCDG e em 2011
representava 4% (quatro por cento). O estoque de insumo de produção não
varia sua percentagem em relação a NLCDG, ele varia apenas sua
quantidade, o que significa que a empresa tem um bom controle sobre este
estoque.
Produtos Acabados - são os produtos prontos para venda: Em 2007
representava 11% (onze por cento) da NLCDG, em 2008 representava 11%
(onze por cento), em 2009 representava 14% (quatorze por cento) da
NLCDG, em 2010 representava 13% (treze por cento) da NLCDG, em 2011
representava 5% (cinco por cento). Isto devesse por que em 2008 e 2009 o
estoque de produtos acabados absorveu parte dos estoques de matéria
prima, mas em 2011 o estoque de produtos acabados caiu drasticamente
indicando que a política de estocagem foi repensada.
Produtos em Elaboração - são os produtos que ainda estão em processo de
produção: no ano de 2007 representava 5% (cinco por cento) da NLCDG, em
2008 representava 3% (três por cento) da NLCDG, em 2009 representava 9%
(nove por cento) da NLCDG, em 2010 representava 7% (sete por cento) da
NLCDG e em 2011 4% (quatro por cento) da NLCDG. Isto significa que a
empresa está procurando manter seus produtos estocados apenas na matéria
prima, deixando pouco estoque em produto em elaboração e produto
acabado, pois os dois acabam estocando além da matéria outros custos de
produção.
Fornecedores - a conta Fornecedores engloba os fornecedores nacionais e
internacionais: em 2007 ela representava 5% (cinco por cento) da NLCDG,
em 2008 ela representava 7% (sete por cento) da NLCDG, em 2009 ela
representava 9% (nove por cento) da NLCDG, em 2010 ela representava 8%
(oito por cento) e em 2011 ela representava 4% (quatro por cento) da
NLCDG. Esta conta ajuda a equilibrar a conta de clientes, pois se a empresa
está financiando as atividades de seus clientes, o ideal seria que os seus
fornecedores financiassem parte das atividades da empresa, pois assim
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haveria um equilíbrio maior, o que não acontece. Em 2007 e 2008 os
fornecedores ajudavam a financiar praticamente a metade da conta clientes,
mas de 2009 a 2011 o grau da conta clientes foi aumentando e a conta
fornecedores foi diminuindo, chegando a 2011 a ser 10 vezes menor que a
conta clientes, com isto houve um desequilíbrio entre as contas que ajudou a
aumentar NLCDG da empresa.
� Adiantamento de Clientes- em 2007 ela representava 14% (quatorze por
cento), em 2008 ela representava 5% (cinco por cento) da NLCDG, em 2009
ela representava 6% (seis por cento) da NLCDG, em 2010 ela representava
4% (quatro por cento) da NLCDG e em 2011 ela representava 1% (um por
cento) da NLCDG. A conta Adiantamento de Clientes vem regredindo com o
tempo, e com isto contribuindo com o aumento da NLCDG da empresa, pois
os clientes não estão investindo mais em compras antecipadas, seja para
poder assegurar que os produtos vão estar a sua disposição no momento que
eles necessitem, ou por causa de algum desconto que eles possam conseguir
com a compra antecipada.
Quadro 6.3.
Conta FATOR DE MULTIPLICAÇÃO EM
DIAS ANO 2008 DIAS 360 ANO 2007
DIAS 360
(+) 1.01.02.01.01 Clientes no País 18.828,00 21 20.121,00 31
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00
(+) 1.01.02.01.02 Clientes no Exterior 37.551,00 42 12.351,00 19
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00
(+) 1.01.02.02 Créditos Diversos 81.076,00 91 70.995,00 109
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00
(+) 1.01.03.01 Matéria Prima 21.585,00 24 30.809,00 47
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00
(+) 1.01.03.02 Insumos de Produção 8.987,00 10 7.080,00 11
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00
(+) 1.01.03.03 Produtos Acabados 20.991,00 24 14.591,00 22
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00
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(+) 1.01.03.04 Produtos em Elaboração 6.110,00 7 7.004,00 11
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00
(-) 2.01.03 Fornecedores 13.521,00 15 6.818,00 10
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00
(-) 2.01.08.01 Adiantamento de Clientes 9.398,00 11 18.287,00 28
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00 Ciclo Financeiro:
(=) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 186.149,00 209 134.412,00 206
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 321.282,00 234.538,00
Conta FATOR DE MULTIPLICAÇÃO EM
DIAS ANO 2011
DIAS 360 ANO 2010
DIAS 360 ANO 2009
DIAS 360
(+) 1.01.03.01 Clientes 84.430,00 54 47.823,00 40 44.389,00 37
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
(+) 1.01.04.01 Produtos acabados 12.099,00 8 18.077,00 15 18.992,00 16
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
(+) 1.01.04.03 Produtos em elaboração 9.534,00 6 9.049,00 8 11.695,00 10
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
(+) 1.01.04.04 Matéria-prima 49.818,00 32 25.095,00 21 10.202,00 9
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
(+) 1.01.04.05 Insumos de produção 8.594,00 5 8.052,00 7 7.131,00 6
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
(+) 1.01.06 Tributos a Recuperar 76.057,00 49 38.566,00 32 52.563,00 44
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
(-) 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 8.614,00 6 10.476,00 9 11.368,00 10
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
(-) 2.01.05.02.04 Adiantamento de Clientes 2.109,00 1 4.786,00 4 7.465,00 6
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
Ciclo Financeiro:
(=) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 235.240,00 151 134.619,00 112 131.422,00 110
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 562.670,00 432.614,00 429.934,00
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Analisando o Ciclo Financeiro da Companhia Cacique de Café Solúvel encontramos
a quantidade de dias para realizar as atividades inerentes a empresa, tanto na parte
de pagamentos e recebimentos quanto para o giro de seus estoques.
A empresa vem diminuindo o ciclo da sua NLCDG quando comparamos os três
últimos anos 2009, 2010 e 2011, com os dois primeiros anos 2007 e 2008 do estudo
de caso.
As principais contas que contribuíram para a redução em dias da NLCDG são: � Clientes - engloba as contas Clientes no País e Clientes no Exterior: ela
estava sendo recebida em 2007 no prazo de 60 dias, em 2008 em 63 dias, e
teve uma redução em 2009 para 37 dias, em 2010 ela aumentou para 40 dias
e em 2011 para 54 dias. Quando comparamos a Apuração do Ciclo financeiro
com o Ciclo Financeiro em dias, percebemos que apesar de aumentar o valor
da conta, os prazos para pagamento dos três últimos anos são menores que
o prazo dos dois primeiros anos, o que indica que a empresa está
aumentando suas vendas a prazo, mas não está aumentando o prazo de
pagamento.
� Créditos Diversos ou Tributos a Recuperar: o prazo para recuperação desta
conta vem diminuindo em 2007 eram precisos 109 dias para recuperá-la, em
2008 eram 91 dias, em 2009 eram 44 dias, em 2010 eram 32 dias e em 2011
49 dias, o que mostra que a empresa vem conciliando aumento de vendas
com seus créditos sobre as compras, apenas o ano de 2011 que praticamente
dobrou o valor de crédito e aumentou em 17 dias o prazo de recuperação, se
comparado ao ano 2010.
� Matéria Prima: a conta estoque de matéria prima teve oscilações ao decorrer
do período dos 5 anos, em 2007 eram precisos 47 dias para ela girar, em
2008 eram 24 dias, em 2009 eram 9 dias, em 2010 eram 21 dias e em 2011
eram precisos 32 dias, o melhor exercício que a empresa apresenta é o ano
de 2009, pois ela conciliou aumento das vendas com redução de estoques,
apesar deste ano apresentar um dos maiores prazos de rotatividade para o
estoque de materiais acabados no caso 16 dias, quando comparamos o
tempo que a matéria prima fica no estoque com tempo que o produto acabado
fica estocado, chegamos a um prazo de 25 dias de estocagem total entre a
chegada da matéria prima e a venda do produto, e se somarmos os dois
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estoques encontramos o valor de R$ 29.194,00, isto indica que este valor
ficou estocado durante 25 dias. Se compararmos os outros anos do estoque
de matéria prima com o estoque de produtos acabados e fazer relação com
os dias estocados, encontramos para 2007 o valor de R$ 45.400,00 e um
prazo de 70 dias estocados, para 2008 o valor de R$ 42.567,00 e um prazo
de 115 dias de estocagem, 2009 já foi analisado, para 2010 o valor de R$
43.172,00 e um prazo de 36 dias de estocagem, para 2011 o valor de R$
61.917,00 e um prazo de 32 dias estocados.
� Insumos de Produção: vem reduzindo gradativamente seu ciclo, e mantendo
seu valor o que contribui positivamente para o ciclo da NLCDG.
� Produtos acabados: vem reduzindo gradativamente seu ciclo, e também seu
valor o que contribui positivamente para manter o ciclo da NLCDG, e como já
foi analisado em conjunto com o estoque de matéria, então dispensa maiores
comentários.
� Produtos em Elaboração: esta conta vem reduzindo seu valor nos últimos 3
anos e com isto seu ciclo, o que contribui positivamente para o ciclo da
NLCDG.
� Fornecedores: a conta aumentou nos primeiros dois anos e esta vindo
diminuindo nos últimos 3 anos do estudo, em 2007 o prazo para pagamento
dos fornecedores eram de 10 dias, em 2008 eram de 15 dias, em 2009 eram
de 10 dias, em 2010 eram de 9 dias e em 2011 de 6 dias, a empresa vem
diminuindo o prazo de quitação de seus fornecedores, se por um lado
aumenta a credibilidade com seus fornecedores, por outro contribui
negativamente para o ciclo da sua NLCDG, pois a conta cliente vem
diminuindo também, mas não na mesma proporção, o que faz elevar a
NLCDG da empresa.
Comparando o prazo de pagamento com prazo de recebimento conforme quadro
6.3.1 abaixo, notamos que, em 2007 a empresa financia seus clientes em 39 dias o
valor de R$ 25.654, em 2008 a empresa financia seus clientes em 48 dias o valor de
R$ 42.858,00, em 2009 a empresa financia seus clientes em 28 dias o valor de R$
33.021,00, em 2010 a empresa financia seus clientes em 31 dias o valor de R$
37.347,00 e me 2011 a empresa financia seus clientes em 49 dias o valor de R$
75.816,00.
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ANO 2011 2010 2009 2008 2007
Desc Dias R$ Dias R$ Dias R$ Dias R$ Dias R$
Clientes 54 84.430 40 47.823 37 44.389 63 56.379 49,84 32.472,00
Fornecedores 6 8.614 9 10.476 10 11.368 15 13.521 10 6.818,00
TOTAL 49 75.816 31 37.347 28 33.021 48 42.858 39 25.654
� Adiantamento de Clientes: uma conta que influenciou muito no ano de 2007
sendo que os clientes adiantavam o pagamento das mercadorias em 28 dias,
o que contribuía positivamente para o ciclo da NLCDG, mas com o passar dos
anos ela foi diminuindo sua influência, em 2008 eram antecipados 11 dias o
pagamento, em 2009 eram 6 dias, em 2010 eram 4 dias e em 2011 em
apenas 1 dia, uma conta que tinha boa influência no momento não surte
grande influencia ou nenhuma.
A Cia. Iguaçu de Café Solúvel (Companhia). Quadro 6.4. APUARAÇÃO DO CICLO FINANCEIRO
Conta Descrição 2008 2007
(+) 1.01.02.01 Clientes 17.706,00 18.156,00
(+) 1.01.03.01 Produtos Acabados e em Elaboração 36.648,00 25.793,00
(+) 1.01.03.02 Matéria-prima 48.435,00 30.194,00
(+) 1.01.03.04 Mercadoria para Revenda 96.863,00 93.542,00
(+) 1.01.04.02 Impostos a Recuperar 57.712,00 51.320,00
(-) 2.01.03 Fornecedores 16.526,00 6.431,00
(-) 2.01.08.02 Contas a Pagar 14.256,00 12.780,00
(=) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 225.791,00 210.293,00
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
APUARAÇÃO DO CICLO FINANCEIRO
Conta Descrição 2011 2010 2009
(+) 1.01.03.01 Clientes 94.962,00 29.079,00 29.241,00
(+) 1.01.04.01 Produtos Acabados e em Elaboração 29.884,00 20.862,00 29.481,00
(+) 1.01.04.02 Matéria-Prima 20.138,00 20.442,00 15.140,00
(+) 1.01.04.04 Mercadorias para Revendas 168.692,00 110.248,00 112.913,00
(+) 1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 70.136,00 52.520,00 36.619,00
(-) 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 98.494,00 10.699,00 9.782,00
(-) 2.01.05.02.04 Contas a Pagar 15.822,00 15.599,00 14.046,00
(=) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 274.025,00 205.733,00 207.875,00
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ou 1.115.289,00 703.310,00 586.487,00
Página | 26
Serviços
A Iguaçu de Café Solúvel (Companhia) vem aumentando suas Receitas ano a ano e
também seus Custos e Despesas Operacionais, devido a isto a conta Lucro e
Prejuízos Acumulados vem regredindo ano a ano, partindo de 2007 com 5,07%
(cinco, sete por cento) de retorno, ou seja, lucro sobre as receitas auferidas no
exercício, em 2008 teve 1,17% (um, dezessete por cento) de retorno, em 2009 com
1,87% (um, oitenta e sete por cento) de retorno, em 2010 com 1,17% (um,
dezessete por cento) de retorno e em 2011 com 4,05% (quatro, cinco por cento) de
prejuízo.
Quadro 6.5.
ANO 2011 2010 2009 2008 2007 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 1.115.289 703.310 586.487 636.648
519.470
Lucro/Prejuízo do Período (45.211) 8.252 10.970 7.477
26.328
TOTAL % -4,05% 1,17% 1,87% 1,17% 5,07%
Quadro 6.6.
ANO 2011 2010 2009 2008 2007 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos (1.065.413,00) (618.599,00) (491.118,00) (484.733,00) (415.241,00) Despesas/Receitas Operacionais (87.066,00) (78.387,00) (69.120,00) (118.487,00) (37.919,00)
TOTAL (1.152.479,00) (696.986,00) (560.238,00) (603.220,00) (453.160,00)
Analisando a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) notasse que a
empresa gera receitas, mas como os Custos e as Despesas Operacionais também
vêm aumentando, a margem de lucro diminuiu no ano de 2011, os custos e
despesas operacionais ultrapassaram as vendas gerando prejuízos. Estas receitas
tornam-se insuficientes para a empresa poder se auto financiar, e com o aumentento
das atividades, os lucros apresentados não são suficientes para gerar investimentos
em seus ativos e com isto a empresa também aumenta sua NLCDG.
Analisando as contas usando como critério a analise vertical, que é o percentual que
a conta representa para a NLCDG, e também a importância que a conta representa
com relação as atividades da empresa, que no caso de indústria a conta estoques
possuem grande relevância.
As principais contas são:
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� Clientes: a conta vem aumentando com o passar dos anos, começando em
2007 com 9% (nove por cento) da NLCDG, em 2008 com 8% (oito por cento)
da NLCDG, em 2009 com 14% (quatorze por cento) da NLCDG, em 2010
com 14% (quatorze por cento) da NLCDG e em 2011 com 35% (trinta e cinco
por cento) da NLCDG. Com o aumento gradativo da conta clientes a empresa
demonstra que esta aumentando suas venda a prazo e com isto a
necessidade de financiamento para esta conta, tendo seu ápice em 2011 com
35% (trinta e cinco por cento) da NLCDG.
� Produtos Acabados e em Elaboração- diferente da Companhia Cacique a Cia
Iguaçu juntou as duas contas no seu balanço: a empresa vem reduzindo a
proporção deste estoque em relação a sua NLCDG, em 2007 ele
representava 12% (doze por cento) da NLCDG, em 2008 representava 16%
(dezesseis por cento) da NLCDG, em 2009 representava 14% (quatorze por
cento) da NLCDG, em 2010 representava 10% (dez por cento) da NCDG e
em 2011 representava 11% (onze por cento) da NLCDG. Quando
comparamos as contas de estoque de produtos acabados e em elaboração
com a conta estoque de matéria prima, notamos que os dois primeiros anos
do estudo, 2007 e 2008 apresentam um valor percentual de matéria prima
maior que o de material acabado e em elaboração, que seria o ideal para uma
indústria, pois como já abordado na analise da Companhia Cacique, os
estoques de matéria prima geram menos custo que o estoque de produto
acabado e em elaboração. Em 2009, 2010 e 2011 os estoques de produtos
acabados e em elaboração apresentam valores percentuais maiores ou iguais
ao estoque de matéria prima, o que indica que a empresa esta tendo um
custo maior com estocagem e com isto aumentando sua NLCDG.
� Matéria Prima: ela vem em processo de sazonalidade, diminuindo e
aumentando durante os anos, em 2007 ela representa 14% (quatorze por
cento) da NLCDG, em 2008 representa 21% (vinte e um por cento) da
NLCDG, em 2009 representa 7% (sete por cento) da NLCDG, em 2010
representa 10% (dez por cento) da NLCDG e em 2011 representa 7% (sete
por cento) da NLCDG, isto indica que a empresa está diminuindo os estoques
de matéria prima e em contra partida está aumentando o estoque de produtos
acabados para conseguir atender a demanda.
Página | 28
� Mercadorias para Revenda - esta conta é especifica para comercialização, ou
seja, a empresa esta comprando e revendendo mercadorias ao invés de
produzi-las: em 2007 representava 44% (quarenta e quatro por cento) da
NLCDG, em 2008 representava 43% (quarenta e quatro por cento) da
NLCDG, em 2009 representava 54% (cinquenta e quatro por cento) da
NLCDG, em 2010 representava 54% (cinquenta e quatro por cento) da
NLCDG e em 2011 representava 62% (sessenta e dois por cento) da NLCDG.
Esta conta está tendo grande influencia na NLCDG da empresa, e seu
percentual de crescimento não era compatível com o aumento de vendas da
empresa até 2011, quando a empresa apresentou um crescimento de 59%
(cinquenta e nove por cento) das suas vendas.
� Impostos a Recuperar ou Tributos Correntes a Recuperar - estas contas são
semelhantes, de 2007 a 2008 a empresa usava a conta Impostos a recuperar
e a partir de 2009 passou a usar Tributos Correntes a Recuperar: em 2007
representava 24% (vinte e quatro por cento) da NLCDG, em 2008
representava 26% (vinte e seis por cento) da NLCDG, em 2009 representava
18% (dezoito por cento) da NLCDG, em 2010 representava 26% (vinte e seis
por cento) da NLCDG e em 2011 representava 26% (vinte e seis por cento)
da NLCDG. Isto significa que a empresa esta conseguindo recuperar os
impostos que ela esta se creditando em suas compras, mas devido ao
aumento de suas atividades o valor sempre esta aumentando e impactando
positivamente na NLCDG a fazendo aumentar.
� Fornecedores: em 2007 eram de 3% (três por cento) da NLCG, em 2008 eram
de 7% (sete por cento) da NLCDG, em 2009 eram de 5% (cinco por cento) da
NLCDG, em 2010 eram de 5% (cinco por cento) da NLCDG e em 2011 eram
de 36% (trinta e seis por cento) da NLCDG. Isto significa que a empresa está
aumentando suas compras a prazo, que impacta negativamente na NLCDG
fazendo ela diminuir, e se compararmos as contas fornecedores e clientes,
podemos notar que a conta fornecedores esta crescendo e com isto cobrindo
totalmente ou boa parte do financiamento da conta clientes, que é o ideal,
pois desta forma a conta fornecedores cobre a conta clientes.
� Contas a pagar - ele vem aumentando com o tempo e mantendo sua
proporção em relação a NLCDG: em 2007 com 6% (seis por cento) da
NLCDG, em 2008 com 6% (seis por cento) da NLCDG, em 2009 com 7%
Página | 29
(sete por cento) da NLCDG, em 2010 com 8% (oito por cento) da NLCDG e
em 2011 com 6% (seis por cento) da NLCDG. Esta conta impacta
negativamente na NLCDG, contribuindo para manutenção da mesma.
Quadro 6.7.
Conta FATOR DE MULTIPLICAÇÃO EM
DIAS ANO 2008 DIAS 360 ANO 2007
DIAS 360
(+) 1.01.02.01 Clientes 17.706,00 10 18.156,00 13
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
(+) 1.01.03.01 Produtos Acabados e em Elaboração 36.648,00 22 25.793,00 19
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
(+) 1.01.03.02 Matéria-prima 48.435,00 29 30.194,00 22
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
(+) 1.01.03.03 Almoxarifado 9.657,00 6 8.071,00 6
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
(+) 1.01.03.04 Mercadoria para Revenda 96.863,00 57 93.542,00 69
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
(+) 1.01.04.02 Impostos a Recuperar 57.712,00 34 51.320,00 38
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
(-) 2.01.03 Fornecedores 16.526,00 10 6.431,00 5
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
(-) 2.01.08.02 Contas a Pagar 14.256,00 8 12.780,00 9
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
Ciclo Financeiro:
(=) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 225.791,00 133 210.293,00 154
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 610.715,00 490.598,00
Conta FATOR DE MULTIPLICAÇÃO EM
DIAS ANO 2011 DIAS 360
ANO 2010
DIAS 360
ANO 2009
DIAS 360
(+) 1.01.03.01 Clientes 94.962,00 31 29.079,00 15 29.241,00 18
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 1.115.289,00
703.310,00
586.487,00
(+) 1.01.04.01 Produtos Acabados e em Elaboração 29.884,00 10 20.862,00 11 29.481,00 18
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 1.115.289,00
703.310,00
586.487,00
(+) 1.01.04.02 Matéria-Prima 20.138,00 7 20.442,00 10 15.140,00 9
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 1.115.289,00
703.310,00
586.487,00
Página | 30
(+) 1.01.04.04 Mercadorias para Revendas 168.692,00 54 110.248,00 56 112.913,00 69
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 1.115.289,00
703.310,00
586.487,00
(+) 1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 70.136,00 23 52.520,00 27 36.619,00 22
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 1.115.289,00
703.310,00
586.487,00
(-) 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 98.494,00 32 10.699,00 5 9.782,00 6
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 1.115.289,00
703.310,00
586.487,00
(-) 2.01.05.02.04 Contas a Pagar 15.822,00 5 15.599,00 8 14.046,00 9
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 1.115.289,00
703.310,00
586.487,00
Ciclo Financeiro:
(=) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 274.025,00 88 205.733,00 105 207.875,00 128
3.01 ReceitaBrutaDeVendasE/ouServiços 1.115.289,00 703.310,00 586.487,00
Analisando o Ciclo Financeiro da Companhia Iguaçu de Café Solúvel encontramos a
quantidade de dias para realizar as atividades inerentes a empresa, tanto na parte
de pagamentos e recebimentos quanto para o giro de seus estoques.
A empresa vem diminuindo o ciclo da sua NLCDG no decorrer dos cinco anos que
abrange este estudo de caso.
As principais contas que contribuíram para o calculo em dias da NLCDG são: � Clientes: a conta esta sendo recebida em 2007 no prazo de 13 dias, em 2008
no prazo de 10 dias, em 2009 no prazo de 18 dias, em 2010 no prazo 15 dias,
em 2011 no prazo de 31 dias. Isto significa que alem de aumentar suas
vendas a prazo ela concedendo um prazo maior para os clientes pagarem.
� Produtos Acabados e em Elaboração: a empresa vem aumentando o giro nos
últimos três anos, sendo que nos primeiros dois anos teve aumento de 2007
para 2008, o ciclo destes estoques são os seguintes, 2007 com 19 para
estoque girar, em 2008 com 22 dias, em 2009 com 18 dias, em 2010 com 11
dias e em 2011 com 10 dias.
� Matéria Prima: esta conta vem aumentando seu giro nos últimos três anos,
sendo que nos primeiros dois anos 2007 e 2008 teve uma diminuição em seu
giro, em 2007 este estoque demorava 22 dias para girar, em 2008 demorava
29 dias, em 2009 demorava 9 dias, em 2010 demorava 10 dias e em 2011
demorava 7 dias.
Página | 31
� Quando comparamos os estoques de matéria prima com estoque de Produtos
Acabados e em Elaboração percebemos que, o melhor período foi o de 2010,
pois houve equilíbrio nos dois estoques, o estoque de matéria prima girou em
10 dias com o valor de R$ 20.442,00 e o estoque de produtos acabados girou
em 11 dias com valor de R$ 20.862,00, somando os dois valores e seus
respectivos giros, a empresa ficou com 21 dias estocado o valor de R$
41.304,00, os outros anos apresentaram um valor elevado de estocagem total
e desproporcional quando comparado o estoque de matéria prima com
estoque de produtos acabados e em elaboração, como já foi exposto, o ideal
é manter a estocagem em matéria prima, pois quando esta no estoque de
produtos acabados ou em elaboração o custo do produto aumenta.
� Mercadoria para Revenda: ela apresenta aumentou seu giro nos dois
primeiros anos, de 2008 para 2009 ela reduziu seu giro, mas vem
aumentando seu giro nos últimos três anos, em 2007 ela girava em 69 dias,
em 2008 ela girava em 57 dias, em 2009 ela girava em 69 dias, em 2010 ela
girava em 56 dias e em 2011 ela girava 54 dias. Isto significa que a empresa
esta diminuindo o tempo que estas mercadorias ficam em estoque, fazendo o
estoque girar mais rápido e produzindo receitas com isto, mas como qualquer
outro estoque o ideal é manter o mais reduzido possível.
� Impostos a recuperar ou Tributos Correntes a Recuperar: vem diminuindo seu
giro ano a ano, apenas em 2010 que apresentou regressão em seu giro, no
ano de 2007 girou em 38 dias, em 2008 girou em 34 dias, em 2009 girou em
22 dias, em 2010 girou em 27 dias e em 2011 girou em 23 dias. Isto significa
que a empresa está recuperando seus créditos obtidos dentro do mês
corrente ou no máximo no próximo mês, o que é bom para empresa, pois com
aumento das atividades, respectivamente terá um aumento das suas compras
e com isto aumentara seus impostos recuperáveis, quanto mais rápido ela
recupera estes valores, menos imposto ela pagará.
� Fornecedores: em 2007 o prazo de pagamento era de 5 dias, em 2008 era de
10 dias, em 2009 era de 6 dias, em 2010 era de 5 dias e em 2011 era de 32
dias. Aumentando as compras a prazo e o prazo para seu pagamento a
companhia melhora sua NLCDG, pois a conta fornecedores age
negativamente na NLCDG fazendo ela diminuir. Comparando as contas de
fornecedores com clientes, achamos o quanto a empresa financia seus
Página | 32
clientes ou é financiada pelos seus fornecedores conforme quadro 6.7.1
abaixo, em 2007 a empresa financiava 9 dias o valor de R$ 11.725,00 seus
clientes, em 2008 financiava 1 dia o valor de R$ 1.180,00, em 2009 financiava
21 dias o valor de R$ 19.459,00, em 2010 financiava 9 dias o valor de R$
18.380,00 e em 2011 era financiada 1 dia no valor de R$ 3.532,00 pelo seus
fornecedores, neste ultimo ano apresentasse a situação ideal para uma
empresa, desde que esses valores sejam de prazo que conseguiram perante
seus fornecedores e não de por terem deixado de pagar suas contas.
Quadro 6.7.1.
ANO 2011 2010 2009 2008 2007
Descriminação Dias R$ Dias R$ Dias R$ Dias R$ Dias R$
Clientes 31 94.962 15 29.079 18 29.241 10 17.706 13 18.156,00
Fornecedores 32 98.494 5 10.699 6 9.782 10 16.526 5 6.431,00
TOTAL (1) (3.532) 9 18.380 12 19.459 1 1.180 9 11.725
� Contas a pagar: ela mantém seu giro com o passar dos anos, diminuindo
apenas em 2011, e vem aumentando sua participação para redução da
NLCDG, mas não significativamente, em 2007 era de 9 dias seu giro, em
2008 era de 8 dias, em 2009 era de 9 dias, em 2010 era de 8 dias e em 2011
em 5 dias.
4.4 TERMOMETRO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA
Esta variável é encontrada pela divisão do T- Tesouraria pela NLCDG –
Necessidade Líquida de Capital de Giro.
A variável será demonstrada e apresentada em seguida para as duas empresas
individualmente.
Companhia Cacique de Café Solúvel.
Quadro 7.0.
TERMOMETRO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA
FATOR DE MULTIPLICAÇÃO 100 2008 * 2007 *
T -TESOURARIA (109.245,00) (63.457,00)
NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 186.149,00 134.412,00
TSF (%) (58,69) (47,21)
Página | 33
TERMOMETRO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA
FATOR DE MULTIPLICAÇÃO 100 2011 * 2010 * 2009 *
T -TESOURARIA (197.493,00) (112.602,00) (104.501,00)
NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 235.240,00 134.619,00 131.422,00
TSF (%) (83,95) (83,64) (79,52)
Analisando o Quadro 7.0 notasse que a empresa vem aumentando sua dependência
de capital de terceiro com o passar dos anos, por que apresenta o Termômetro da
Situação Financeira Negativa, partindo de 2007 com a TSF de 47,21% (quarenta e
sete, vinte e um por cento) e chegando a 2011 com um TSF de 83,95 % (oitenta e
três, noventa e cinco por cento).
Companhia Iguaçu de Café Solúvel.
Quadro 7.1.
TERMOMETRO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA
FATOR DE MULTIPLICAÇÃO 100 2008 2007
T -TESOURARIA (270.561,00) (118.045,00)
NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 225.791,00 210.293,00
TSF (%) (119,83) (56,13)
TERMOMETRO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA
FATOR DE MULTIPLICAÇÃO 100 2011 2010 2009
T -TESOURARIA (462.728,00) (246.957,00) (209.487,00)
NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 274.025,00 205.733,00 207.875,00
TSF (%) (168,86) (120,04) (100,78)
A empresa vem aumentando sua dependência de capital de terceiro conforme
demonstra no Quadro 7.1, pois apresenta um Termômetro da Situação Financeira
Negativa, o ano de 2007 apresentou uma significativa melhora pois diminuiu a
dependência para 56,13% de TSF (cinquenta e seis, treze por cento), os outros anos
a TSF apenas aumentou. Isto demonstra que a empresa além de usar capital de
terceiros para financiar suas atividades no curto prazo, também esta usando para
financiar suas atividades de Longo Prazo.
Página | 34
4.5 RECURSOS DE TERCEIROS DE LONGO PRAZO
Companhia Cacique de Café Solúvel.
Quadro 8.0.
RECURSOS DE TERCEIROS DE LONGO PRAZO
Conta Descrição 2008 2007
(+) 1.02.01.01.02 Créditos Fiscais 17.046,00 2.954,00
(-) 2.02.01.01.02 Pré Pagamento de Exportação 65.797,00 11.668,00
(56.054,00) (15.926,00)
RECURSOS DE TERCEIROS DE LONGO PRAZO
Conta Descrição 2011 2010 2009
(+) 1.02.01.03 Contasa Receber 16.936,00 16.240,00 18.047,00
(+) 1.02.01.06.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 28.199,00 20.000,00 20.791,00
(-) 2.02.01.01.01 Emprestimo em MoedaNacional 41.812,00 3.142,00 2.214,00
(-) 2.02.03 Tributos Diferidos 13.122,00 12.170,00 13.835,00
(=) LONGO PRAZO (15.884,00) 6.723,00 3.142,00
O Quadro 8.0 demonstra que a empresa mesmo a Longo Prazo apresenta
dependência de capital de terceiro pois seus créditos e contas a receber não são
suficientes para cobrir seus empréstimos e pagamentos a Longo Prazo, logo a
empresa não tem como usar estes recursos para melhorar suas necessidades a
curto prazo.
Companhia Iguaçu de Café Solúvel.
Quadro 8.1.
RECURSOS DE TERCEIROS DE LONGO PRAZO
Conta Descrição 2008 2007
(+) 1.02.01.03.02 Créditos tributários Diferidos 36.794,00 14.656,00
(+) 1.02.01.03.04 Impostos a Recuperar 36.426,00 15.929,00
(-) 2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 18.240,00 13.695,00
(-) 2.02.01.03.01 Provisão para Contingências Fiscais 12.097,00 12.063,00
(=) LONGO PRAZO 44.139,00 5.513,00
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RECURSOS DE TERCEIROS DE LONGO PRAZO
Conta Descrição 2011 2010 2009
(+) 1.02.01.06.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 83.563,00 50.774,00 45.195,00
(+) 1.02.01.09.03 Tributos a Recuperar 61.821,00 45.034,00 35.289,00
(-) 2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 17.992,00 19.639,00 31.509,00
(-) 2.02.04.01.01 Provisões Fiscais 9.310,00 8.883,00 7.244,00
(=) LONGO PRAZO 115.975,00 60.741,00 31.575,00
Conforme apresenta o Quadro 8.1 a empresa esta aumentando seus recursos de
Longo Prazo, graças ao aumento das contas Imposto de Renda e Contribuição
Social Diferidos e Tributos a Recuperar, e um decréscimo nas Contas de
Empréstimos e Financiamentos, mas como estes recursos são impostos e tributos
eles não podem ser usados para outra finalidade a não ser para diminuir os impostos
que a empresa tem para pagar.
A empresa consegue usar estes recursos de uma forma diferente se eles
conseguirem fazer uma venda desses impostos para outra empresa, se não eles
ficam condicionados a fazer o aproveitamento do mesmo na apuração dos impostos.
4.6 APURAÇÕES DAS VARIÁVEIS EMPRESÁRIAIS.
Companhia Cacique de Café Solúvel.
Quadro 9.0.
APURAÇÃO DAS VARIAVEIS EMPRESARIAIS: 2011 2010
NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 186.149,00 134.412,00
T -TESOURARIA (109.245,00) (63.457,00)
LONGO PRAZO (56.054,00) (15.926,00)
APURAÇÃO DAS VARIAVEIS EMPRESARIAIS: 2011 2010 2009
NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 235.240,00 134.619,00 131.422,00
T -TESOURARIA (197.493,00) (112.602,00) (104.501,00)
LONGO PRAZO (15.884,00) 6.723,00 3.142,00
Conforme demonstra o Quadro 9.0 a Companhia Cacique de Café Solúvel apresenta
recursos de longo prazo financiando parte de sua NLCDG nos anos de 2009 e 2010,
já nos anos de 2007, 2008 e 2011 a Companhia apresenta possui aplicações em
ativos realizáveis a longo prazo, e com isto necessita de recursos de terceiros para
seu financiamento.
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Companhia Iguaçu de Café Solúvel.
Quadro 9.1.
APURAÇÃO DAS VARIAVEIS EMPRESARIAIS: 2011 2010
NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 225.791,00 210.293,00
T -TESOURARIA (270.561,00) (118.045,00)
LONGO PRAZO 44.139,00 5.513,00
APURAÇÃO DAS VARIAVEIS EMPRESARIAIS: 2011 2010 2009
NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 274.025,00 205.733,00 207.875,00
T -TESOURARIA (462.728,00) (246.957,00) (209.487,00)
LONGO PRAZO 115.975,00 60.741,00 31.575,00
De acordo com o Quadro 9.1 a Companhia Iguaçu de Café Solúvel demonstra em
seus cinco anos 2007, 2008, 2009, 2009 e 2011 que possui recursos de longo prazo
financiando parte de sua NLCDG.
4.7 CDGP - CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO.
É obtido através da subtração das contas do PL- Patrimônio Líquido com as contas
do Ativo Permanente.
Companhia Cacique de Café Solúvel.
Quadro 10.0.
CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO Conta Descrição 2008
2007
(+) 2.05.01 Capital Social Realizado 147.000,00 130.000,00 (+) 2.05.03 Reservas de Reavaliação 17.875,00 18.967,00 (+) 2.05.04.01 Reserva Legal 8.910,00 8.702,00 (+) 2.05.04.05 Retenção de Lucros 26.478,00 39.692,00 (+) 2.05.05.01 Ajustes de Títulos e Valores Mobiliários (11.913,00) 0,00 (-) 1.02.02.01.03 Participações em Controladas 3.591,00 43.658,00 (-) 1.02.02.02.01 Terrenos 10.991,00 10.991,00 (-) 1.02.02.02.02 Edifícios 19.357,00 21.289,00 (-) 1.02.02.02.03 Máquinas e Equipamentos 24.850,00 31.475,00 (-) 1.02.02.02.07 Instalações e Benfeitorias 8.095,00 9.292,00 (-) 1.02.02.02.09 Imobilizado em Curso 93.789,00 18.874,00 (=) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 20.850,00 55.029,00
CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO Conta Descrição 2011 * 2010 * 2009
(+) 2.03.01 Capital Social Realizado 173.000,00 173.000,00 160.000,00 (+) 2.03.03 Reservas de Reavaliação 13.567,00 13.958,00 14.348,00 (+) 2.03.04.01 Reserva Legal 9.812,00 9.812,00 9.355,00
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(+) 2.03.04.05 Reserva de Retenção de Lucros 15.018,00 15.018,00 20.106,00 (+) 2.03.05 Lucros/Prejuízos Acumulados (8.120,00) 0,00 0,00 (+) 2.03.06.02 Ajustes de Bens do Ativo Imobilizado 13.900,00 15.367,00 16.835,00 (-) 1.02.02.01 Participações Societárias 949,00 949,00 949,00 (-) 1.02.03.01.01 Terrenos 11.293,00 11.293,00 11.293,00 (-) 1.02.03.01.02 Edifícios 32.396,00 32.147,00 20.939,00 (-) 1.02.03.01.03 Máquinas e equipamentos 110.270,00 114.698,00 45.536,00 (-) 1.02.03.01.07 Instalações e benfeitorias 9.920,00 10.296,00 8.007,00 (-) 1.02.03.01.09 Imobilizado em curso 25.661,00 23.909,00 98.301,00 (=) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 21.863,00 28.740,00 30.063,00
Analisando o Quadro 10.0 percebemos que a empresa esta diminuindo seu Capital
de Giro Próprio ano a ano, serão analisados as contas que contribuíram para a
regressão do Capital de Giro Próprio da empresa e apresentado as contas que
servem para a manutenção da mesma.
� Capital Social Realizado: é o capital investido na empresa pelos seus sócios,
esta conta vem aumentando gradativamente, em 2007 o seu valor era de
130.000,00, em 2008 aumentou para 147.000,00, em 2009 aumentou para
160.000,00, em 2010 aumentou 173.000,00, e em 2011 manteve os mesmos
173.000 de 2010, este devesse em grande parte pela incorporação de sua
controlada Cacique Internacional Ltda que se transformou em filial e também
pelos lucros que auferiram até o ano de 2010, pois em 2011 a empresa
apresentou prejuízo em sua Demonstração do Resultado do Exercício.
� Reservas de Reavaliação: esta é uma conta extinta em 2008, seu saldo pode
ser revertido para o item reavaliado ou mantido até sua total efetivação,
segundo o portal tributário (www.portaltributario.com.br) que diz:
Até 31.12.2007, admitia-se a possibilidade de avaliarem os ativos de uma
companhia pelo seu valor de mercado, em contrapartida a uma Reserva de
Reavaliação. Na reavaliação abandonava-se o custo do bem original,
corrigido monetariamente até 31.12.1995, e utilizava-se o novo valor
econômico do ativo, obtido a partir de um laudo de avaliação.
A partir de 01.01.2008, a Reserva de Reavaliação foi extinta, por força da
Lei 11.638/2007.
Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até
a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social de
2008.
� Com isto podemos perceber que a empresa vem baixando ano a ano o valor
da conta de Reserva de Reavaliação, como indicado também pelo CPC 13
(Comitê de Pronunciamento Contábil).
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� Analisando a conta de Reserva de Reavaliação podemos notar que ela vem
diminuindo com o tempo, saindo de 2007 com o valor de 18.967,00, em 2008
com o valor de 17.875,00, em 2009 com o valor de 14.348,00, em 2010 com o
valor de 13.958,00 e em 2011 ficou com o valor de 13.567,00, esta regressão
na conta contribui negativamente para o Capital de Giro da Empresa.
� Reserva Legal: é uma conta que destina os lucros das empresas, analisando
o Quadro 10.0 notamos que os valores praticamente não se alteram com o
tempo e com isto contribui para a manutenção do CAPITAL DE GIRO da
companhia.
Reserva Legal: de acordo com a lei 11.638/07 e texto da lei 6.404/76 que Dispõe sobre as Sociedades por Ações: Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social. § 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social. § 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
� Reserva de Retenção de Lucro: segundo a Lei 11.638 com texto da lei
6.404/76 Art. 196 que Dispõe sobre as Sociedades por Ações, “é uma reserva
para aplicação em projetos de investimentos.”
� A conta vem reduzindo com o tempo, o que indica que a empresa esta
realizando seus investimentos, mas não esta conseguindo fazer a
manutenção da conta, e com isto contribuindo de forma negativa para o
CAPITAL DE GIRO da companhia.
� Lucros/ Prejuízos Acumulados: como dispõe o CPC 13 (Comitê de
Pronunciamento Contábil) item 42 e 43, “a administração da entidade deve
propor a destinação de eventuais saldos de lucros acumulados existentes.”
� Nos anos de 2007 a 2010 não houve lançamento na conta, conforme
demonstra o Quadro 10.0, há lançamento apenas no ano de 2011 que
consiste nos Prejuízos que a empresa teve, estes prejuízos contribuem na
regressão do CAPITAL DE GIRO da companhia.
� Quanto ao Prejuízo auferido pela empresa, não deveria ter sido lançado na
Conta Lucros/Prejuízos acumulados, “a conta de Lucros Acumulados deve ser
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destinada”, (CPC 13 item 42). O Prejuízo deveria ter sido lançado em contra
partida a Reserva Legal, pois, a lei das S.A 11.638/07 texto da lei 6.404/76
art. 189 Parágrafo Único e art. 193 inciso 2º.
� Art. 189- Parágrafo Único: o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.
� Art. 193- § 2º: A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
� Ajustes de Bens do Ativo Imobilizado/Ajustes de Bens do Ativo Imobilizado: a
primeira conta foi usada até 2008 de 2009 em diante a empresa começou a
usar a segunda conta, as contas mudaram, mas possuem o mesmo fim,
ajustar o bem a valor justo.
� Ajuste de Avaliação Patrimonial: de acordo com o CPC 13 item 16, ... é permitido à entidade classificar os instrumentos financeiros na data de transição,... devem ser ajustados a valor justo, a diferença entre o valor Contábil e o valor justo, na data de transição, deve ser lançada na conta de ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido.
� Valor justo (fair value) - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo
liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. (CPC 12).
� Analisando a conta de Ajustes de Bens do Ativo Imobilizado/Ajustes de Bens
do Ativo Imobilizado, podemos notar que ela esta diminuindo com o tempo, o
que indica que os bens da empresa estão cada vez mais próximos de seu
valor justo, pois se somarmos todos os itens que compõe o Imobilizado,
percebemos que há pouca diferença entre os últimos três anos, o que indica
que não houve aquisição de imobilizado.
� Participações Societárias: é a participação que a companhia tem em outras
empresas, que podem ser controladas ou coligadas, conforme demonstra o
Quadro 10.0, a conta apresentava um saldo elevado em 2007 no valor de
43.658,00, este valor diminuiu em 2008 para 3.591,00, em 2009, 2010 e 2011
caiu para 949,00. A explicação para a queda brusca de 2007 para 2008 é que
a sua controlada Cacique Internacional Ltda, passou a ser considerada uma
filial e com isto foi estornado o valor de investido nela bem como foi
incorporada os seus saldos, a explicação plausível para a queda de 2009,
2010 e 2011 é que a empresa absorveu os prejuízos de suas controladas e
coligadas, mas como a empresa aborda em suas notas explicativas, mais
precisamente em sua nota explicativa de número 13, que fala sobre
investimentos, os saldos que ela apresenta nas notas explicativas não condiz
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com o balanço, sendo assim não há explicação para a regressão da conta
sofrida nos últimos três anos.
� Terrenos: é uma das contas que integram o Imobilizado, ela sofreu pequenas
alterações nos cinco anos da analise, assim demonstrado no Quadro 10.0, no
ano de 2007 e 2008 seu valor era de 10.991,00, em 2009, 2010 e 2011 seu
valor foi de 11.293,00, esta conta contribui para a manutenção do CAPITAL
DE GIRO, pois não apresenta valores que indicam elevação e nem regressão
da conta.
� Edifícios: é uma das contas que integram o Imobilizado, ela vem aumentando
nos últimos três anos, em 2007 ela apresenta um valor de 21.289,00, em
2008 um valor de 19.357,00, em 2009 um valor de 20.939,00, em 2010 um
valor de 32.147,00 e em 2011 um valor de 32.396,00, isto significa que a
companhia está investindo na expansão de seu parque industrial.
� Máquinas e equipamentos: é uma das contas que integram o Imobilizado,
observando o Quadro 10.0 percebemos que a conta apresenta um grande
crescimento nos últimos três anos, em 2007 seu valor era de 31.475,00, em
2008 seu valor era de 24.850,00, em 2009 seu valor era de 45.536, em 2010
seu valor era de 114.698,00 e em 2011 seu valor era de 110.270,00, o
crescimento da conta Máquinas e equipamentos aliada ao crescimento da
conta de Edifícios ratifica a idéia de expansão do parque industrial da
empresa.
� Instalações e benfeitorias: é uma das contas que integram o Imobilizado, “são
lançadas nela os custos iniciais para a instalação de determinado imobilizado
ou as benfeitorias feitas neles.” (CPC 27 item 11).
Analisando o Quadro 10.0, podemos notar que a conta matem se durante os
cinco períodos, e com isto contribui para a manutenção do CAPITA DE GIRO
PRÓPRIO da companhia.
� Imobilizado em curso: é uma das contas que integram o Imobilizado, e uma
conta transitória, após os imobilizados estarem prontos eles são lançados
para suas respectivas contas.
Observando o Quadro 10.0, percebemos que a conta Imobilizado em curso esta
diminuindo com o tempo, isto indica que os imobilizados que derivam dela estão se
concretizando e sendo lançados em suas respectivas contas.
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Quadro 10.0.1- Comparativo.
ANO 2011 2010 2009 2008 2007
Imobilizado em Operação
192.946
195.740
187.577
160.870
95.715
AUMENTO EM % -1,43% 4,35% 16,60% 68,07% Receita de Vend a de Bens e/ou Serviços 562.670,00 432.614,00 429.934,00 321.282,00 234.538,00
AUMENTO EM % 30,06% 0,62% 33,82% 36,99%
Lucro/Prejuízo do Período
(9.978)
9.148
8.892
4.164
3.861
AUMENTO EM % -209,07% 2,88% 113,54% 7,85%
Comparando os itens: Imobilizado em operação (conta do Ativo Imobilizado), Receita
de Venda de Bens e/ou Serviços (conta de Resultado), Lucro/ Prejuízo Acumulado
(conta de Resultado), podemos notar que o imobilizado teve um grande aumento
que foi sentido nas Receitas, e também no Lucro da empresa, esta por sua vez
sofreu uma grande queda em 2011 regredindo em 209,07%, retomando em parte o
que foi relatado nos Quadros 6.1 e 6.2, a empresa gera receitas, mas os Custos e
Despesas Operacionais também vêm aumentando e muitas vezes ultrapassando o
valor das Receitas, a empresa acaba tendo prejuízo no ano de 2011.
Companhia Iguaçu de Café Solúvel.
Quadro 10.1.
CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO
Conta Descrição 2008 2007
(+) 2.05.04.05.01 Retenção p/Expansão e Aumento de Capital 18.808,00 18.808,00
(+) 2.05.04.02 Estatutária 41.866,00 50.064,00
(+) 2.05.05.02 Ajustes Acumulados de Conversão 7.456,00 0,00
(-) 1.02.02.02.06 Imobilizado em Andamento 35.910,00 13.455,00
(=) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO (631,00) 97.761,00
CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO
Conta Descrição 2011
2010
2009
(+) 2.03.04.02 Reserva Estatutária 0,00 37.737,00 41.651,00
(+) 2.03.04.05 Reserva de Retenção de Lucros 530,00 18.808,00 18.808,00
(+) 2.03.06 Ajustes de Avaliação Patrimonial (57.480,00) (12.001,00) (11.041,00)
(+) 2.03.07 Ajustes Acumulados de Conversão (4.038,00) (9.153,00) (5.469,00)
(-) 1.02.03.01 Imobilizado em Operação 140.528,00 139.654,00 90.158,00
(=) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO (72.728,00) 19.517,00 29.963,00
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Pela analise do Quadro 10.1 podemos notar que o CDGP (Capital de Giro Próprio)
sofreu um aumento apenas no ano de 2007, que foi devido a regressão de
investimento em imobilizado, já nos outros anos a Companhia apresenta decréscimo
em seu CDGP, devido principalmente pelo aumento constante nos últimos três anos
de investimento em imobilizado, e também as outras quatro contas do Quadro 10.1
que são:
� Reserva Estatutária: esta conta é o acumulado das contas, Renovação de
Equipamentos e Maquinários, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico,
Perdas Mont. e Equalização de Dividendos, que são contas para futuro
investimento.
� A conta Reserva Estatutária apresentou aumento de 2007 para 2008,
diminuiu no ano de 2009, voltou a regredir em 2010 e por fim foi zerada no
ano de 2011, isto é devido a regressão que a empresa vem apresentando em
seus lucros na DRE (Demonstração de Resultado de Exercício) e em 2011 a
empresa apresentou prejuízo de 45.211,00.
� Reserva de Retenção de Lucros ou Retenção p/Expansão e Aumento de
Capital: Nos últimos três anos a empresa esta usando a primeira
denominação, esta é uma conta usada para futuro aumento do Capital Social
da Empresa que é decidido pelos sócios da empresa.
� A conta manteve o mesmo resultado nos anos de 2007, 2008, 2009, 2010,
sofreu uma grande regressão em 2011 devido ao prejuízo que teve no
período.
� A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial para a Companhia Iguaçu é
praticamente voltada a avaliação de seus imobilizados; ela teve inicio em
2008, em 2009 teve um aumento e um aumento drástico em 2011, ela quase
quintuplicou seu valor em 2011 comparado com os outros anos, e isto
contribuiu para regressão do CDGP.
� Ajuste Acumulado de Conversões: esta conta representa as conversões
monetárias que a empresa sofre nas transações no mercado exterior, no caso
compra e venda, ela começou a movimentar em 2008, em 2009, 2010 e 2011
ela apenas regrediu, contribuindo negativamente para o CDGP da empresa.
Página | 43
� Imobilização em Operação: ela vem aumentando com o passar dos anos, em
2008 ela aumentou em 167% (cento e sessenta e sete por cento) em
comparação com 2007, em 2009 aumentou 151% (cento e cinquenta e um
por cento) comparando com 2008, em 2010 aumentou 55% (cinquenta e
cinco por cento) em comparação com 2009 e em 2011 ela aumentou em 1%
(um por cento) comparando com 2010, isto significa que a empresa vem se
imobilizando constantemente através dos anos, e isto contribui para
negativamente no CDGP da empresa, sendo a conta Imobilização em
Operação a principal conta responsável pela regressão do CDGP da
empresa.
Quadro 10.1.1- Comparativo.
Analisando os itens: Imobilizado em operação (conta do Ativo Imobilizado), Receita
de Venda de Bens e/ou Serviços (conta de Resultado), Lucro/ Prejuízo Acumulado
(conta de Resultado), podemos notar que o imobilizado teve um grande aumento
que foi sentido nas Receitas, mas não repercutiu no Lucro da empresa, que sofreu
uma grande queda nos quatro últimos anos, regredindo no ano de 2008 em 71,60%
em comparação a 2007, em 2009 quando comparado com 2008 apresenta aumento
de 46,72% mas quando comparamos com 2007 vemos que a empresa não
conseguiu alcançar o lucro que teve neste ano, em 2010 diminuiu em 24,78%
quando comparado com 2009 e também não conseguiu atingir o lucro de 2007, em
2011 ela teve Prejuízo que fez a empresa sofrer uma queda de 647,88% em
comparação com 2010, retomando em parte o que foi relatado nos Quadros 6.5 e
6.6, a empresa gera receitas, mas como os Custos e as Despesas Operacionais
ANO 2011 2010 2009 2008 2007
Imobilizado em Operação 144.370 147.631 135.803 119.168 93.232
AUMENTO EM % -2,21% 8,71% 13,96% 27,82% Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 1.115.289,00 703.310,00 586.487,00 636.648,00 519.470,00
AUMENTO EM % 58,58% 19,92% -7,88% 22,56%
Lucro/Prejuízo do Período (45.211,00) 8.252,00 10.970,00 7.477,00 26.328,00
AUMENTO EM % -647,88% -24,78% 46,72% -71,60%
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também vêm aumentando, a margem de lucro diminuiu no ano de 2011, os custos e
despesas operacionais ultrapassaram as vendas gerando prejuízos.
4.8. EFEITO TESOURA
Será apresentado abaixo as análises das duas empresas abordadas por este estudo
em relação a variável Efeito Tesoura.
Analise Gerencial da Companhia Cacique de Café Solúvel.
Quadro 11.0.
ANALISES GERENCIAIS EFEITO TESOURA 2008 * 2007
(+) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 20.850,00 55.029,00 (-) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 186.149,00 134.412,00 (=) Efeito Tesoura (165.299,00) (79.383,00)
ANALISES GERENCIAIS EFEITO TESOURA 2011 2010 * 2009
(+) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 21.863,00 28.740,00 30.063,00 (-) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 235.240,00 134.619,00 131.422,00 (=) Efeito Tesoura (213.377,00) (105.879,00) (101.359,00)
Analisando o Quadro 11.0, percebemos que a empresa vem gradativamente
aumentando a defasem do Capital de Giro em relação a Necessidade Liquida de
Capital de Giro, isto devesse por que a variável NLCDG vem em constante
crescimento, principalmente nas contas de Clientes, Estoque de Matéria Prima e
Tributos a Recuperar, que são contas que aumentam a NCDG da empresa, a
empresa não possui contas com valores elevados em suas Fontes de Capital de
Giro para diminuir o valor da NLCDG.
Quanto ao Capital de Giro, a empresa apresenta auto grau de imobilização, mas isto
não reflete em seus lucros, pois a empresa consegue gerar receitas, mas como seus
custos e despesas são altos eles diminuem o lucro da empresa e com isto faz com
que o Capital de Giro Próprio da empresa diminua.
Se a empresa continuar neste caminho aumentando sua Necessidade de Capital de
Giro e diminuindo seu Capital de Giro Próprio, ela vai de encontro ao colapso
financeiro, assim demonstrado no gráfico do efeito tesoura abaixo.
GRAFICO DO EFEITO TESOURA.
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Analise Gerencial da Companhia Iguaçu de Café Solúvel.
Quadro 11.1.
ANALISES GERENCIAIS 2008 2007
(+) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO (631,00) 97.761,00 (-) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 225.791,00 210.293,00 (=) Efeito Tesoura (226.422,00) (112.532,00)
ANALISES GERENCIAIS EFEITO TESOURA 2011 2010 2009
(+) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO (72.728,00) 19.517,00 29.963,00 (-) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 274.025,00 205.733,00 207.875,00 (=) Efeito Tesoura (346.753,00) (186.216,00) (177.912,00)
Analisando o Quadro 11.1, notamos que a empresa vem ano a ano aumentando a
defasem do Capital de Giro em relação a sua Necessidade Liquida de Capital de
Giro, isto devesse a regressão de seu CDGP, principalmente em suas contas
Reserva de Retenção de Lucros, que em 2011 sofreu grande redução, a conta de
Ajuste de Avaliação Patrimonial e a conta de Imobilizado.
A conta de Imobilizado veio aumentando com o tempo e também teve grande
contribuição para a redução da CDGP, pois seu aumento reflete nas receitas da
empresa, mas não em seus lucros, por que a empresa tem custos e despesas
operacionais altos que diminuem os lucros da mesma, e em 2011 ela apresentou
prejuízo em sua DRE.
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Quanto a NLCDG, a empresa conseguiu manter a variável até 2010 sem sofrer
grandes alterações, mas em 2011 devido ao aumento de suas principais contas
como, Clientes, Estoque de Mercadorias para Revendas e Títulos a Recuperar. A
situação não ficou mais complicada por que a conta de Fornecedores também teve
aumento, e com isto conseguiu diminuir a CDGP da empresa.
Se a empresa continuar aumentando a defasagem entre seu CDGP e sua NLCDG a
empresa vai caminhar para o desequilíbrio financeiro, como demonstra gráfico
abaixo.
GRAFICO DO EFEITO TESOURA.
4.9. VARIÁVEIS GERENCIAIS.
Variáveis Gerenciais da Companhia Cacique de Café Solúvel.
Quadro 12.0.
VARIAVEIS GERENCIAIS 2008 * 2007
(+) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 186.149,00 134.412,00
(+) T -TESOURARIA (109.245,00) (63.457,00)
(+) LONGO PRAZO (56.054,00) (15.926,00)
(=) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 20.850,00
55.029,00
(%) T/NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) -59%
-47%
VARIAVEIS GERENCIAIS 2011 * 2010 * 2009 (+) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 235.240,00 134.619,00 131.422,00 (+) T -TESOURARIA (197.493,00) (112.602,00) (104.501,00) (+) LONGO PRAZO (15.884,00) 6.723,00 3.142,00 (=) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 21.863,00
28.740,00
30.063,00
(%) T/NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) -84%
-84%
-80%
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Analisando o Quadro 12.0 referente as Variáveis gerenciais da Companhia Cacique,
percebemos um crescimento constante da NLCDG, e isto conciliado a um T-
Tesouraria negativo leva a empresa a precisar de capital de terceiros para se
manter, mesmo apresentando em 2009 e 2010 um Longo Prazo positivo e tendo
Capital de Giro Positivo nos cinco anos, não são suficientes para suprir as
Necessidades Liquidas de Capital de Giro da empresa, e quando dividimos o T-
Tesouraria pela NLCDG podemos comprovar o crescimento do capital de terceiros
no financiamento das atividades da empresa.
Quando analisamos a empresa usando o Quadro 2.0 Estrutura Financeira,
conseguimos perceber que a empresa encontrasse com sua Situação de Liquidez
no Tipo três, Insatisfatória para os cinco anos, por que seu T- Tesouraria ficou
negativo, seus CDGP é positivo e sua NLCDG é positiva.
Variáveis Gerenciais da Companhia Iguaçu de Café Solúvel.
Quadro 12.1.
VARIAVEIS GERENCIAIS 2008 * 2007
(+) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 225.791,00 210.293,00
(+) T -TESOURARIA (270.561,00) (118.045,00)
(+) LONGO PRAZO 44.139,00 5.513,00
(=) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO (631,00) 97.761,00
(%) T/NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) -120% -56%
VARIAVEIS GERENCIAIS 2011 2010 * 2009
(+) NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) 274.025,00 205.733,00 207.875,00
(+) T -TESOURARIA (462.728,00) (246.957,00) (209.487,00)
(+) LONGO PRAZO 115.975,00 60.741,00 31.575,00
(=) CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO (72.728,00) 19.517,00 29.963,00
(%) T/NLCDG-(Necessidade Liquida de Cap de Giro) -169% -120% -101%
Considerando o Quadro 12.1 referente as Variáveis Gerenciais da Companhia
Iguaçu de Café Solúvel, podemos averiguar que a empresa conseguiu nos quatro
primeiros anos sua NLCDG sem grandes alterações, apenas no ano de 2011 que
ela teve um grande aumento nesta variável, o T- Tesouraria vem com sua redução
gradual, o Longo Prazo vem aumentando ano a ano, o Capital de Giro Próprio que
no ano de 2007 tinha um grande valor positivo, chegou em 2011 com um alto valor
negativo.
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Conciliando todos estes fatores, podemos notar pelo Quadro 12.1 quando dividimos
o T- Tesouraria pela NLCDG, que a empresa vem com um constante crescimento de
financiamento de terceiros e em 2008 além de financiar suas atividades de curto
prazo a empresa começou a financiar suas atividades de Longo Prazo, com isto
fazendo o Longo prazo ficar positivo e aumentar seu valor.
Analisando a empresa através do Quadro 2.0 Estrutura Financeira, notamos que a
empresa encontra se com sua Situação de Liquidez no Tipo três, Insatisfatória para
os anos de 2007, 2009 e 2010, e com uma Situação de Liquidez no Tipo seis,
Péssimo para os anos de 2008 e 2011, pois a empresa possui um T- Tesouraria
negativo, um CDGP negativo e uma NLCDG positiva.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Este estudo visou mostrar a importância que a Análise Dinâmica de Capital Giro e
sua devida aplicação tem em uma empresa, bem como a analise de suas variáveis;
juntas podem trazer uma visão do que a empresa passou e pode esperar, para isto
foi analisado o Balanço Patrimonial de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011, em conjunto
com suas respectivas DRE (Demonstrações do Resultado do Exercício).
Observando os resultados encontrados para cada empresa podemos considerar
para:
A Café Solúvel S/A é uma empresa que não teve como analisar usando o método do
estudo, para ela o ideal seria, se a companhia ainda não fez nenhuma analise de
sua situação financeira, que comece a fazer, por que são informações que norteiam
as decisões da empresa.
Para Companhia Cacique de Café Solúvel, a empresa não encontra se em uma
situação confortável, por que ela está em Efeito Tesoura, situação esta que se
complica a cada ano para a companhia, para ela começar a se equilibrar novamente
a empresa precisa melhorar seus Custos, sobretudo suas Despesas Operacionais,
por que a empresa esta conseguindo crescer, prova disto são suas Receitas de
Vendas que vem aumentando nestes cinco anos, mas como seus Custos e
Despesas são altos faz a empresa auferir Lucros baixos ou Prejuízos. E estudar uma
forma de fazer seus Empréstimos e Financiamentos a Longo Prazo, por que a Curto
Prazo faz sua T- Tesouraria ficar negativa, gera despesas financeiras que impacta
na DRE e também não é a melhor forma de conseguir crédito perante aos bancos.
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Quanto a Companhia Iguaçu de Café Solúvel, a empresa também não encontra se
nas melhores condições, pois ela também está em Efeito Tesoura, situação que
torna se cada vez mais difícil, principalmente no ultimo ano, por que teve um grande
aumento da NLCDG e uma grande regressão de seu CDGP, para empresa
conseguir se equilibrar e retomar seus lucros ela precisa melhorar seus Custos,
sobretudo duas Despesas Operacionais, por que como a Companhia Cacique, a
empresa esta conseguindo aumentar suas Receitas de Vendas ano a ano, mas seus
Custos e Despesas são muito altos e fazem seus Lucros diminuírem ou ter
Prejuízos. A empresa também Possi um grande volume de empréstimo de Curto
Prazo, e com isto faz a empresa entrar na mesma analise feita para a Cacique.
A última Consideração é, toda empresa funciona de forma integrada, quando
melhoramos uma variável naturalmente ela impacta em uma ou mais variáveis, seja
para melhor ou para pior, por isto devemos procurar ferramentas que auxiliem nas
tomadas de decisões, para que esta seja a melhor possível.
REFERÊNCIAS:
Copat,R.; Martinewski A. L; Villela R. G. Produtos Geradores de Caixa:Análise Avançada do Capital de Giro de uma Industria Metalúrgica. Revista Eletrônica de Administração Porto Alegre, – Edição 57, Vol. 13, N° 3 set-dez 2007. CPC- Comitê de Pronunciamento Contábil, Pronunciamento Técnico CPC 12 ajuste a valor presente, Pronunciamento Técnico CPC 13 adoção inicial da lei nº 11.638/07 e da medida provisória nº 449/08 e Pronunciamento Técnico CPC 27 ativo imobilizado. Disponíveis em:<http://www.cpc.org.br/pronunciamentosIndex. php> Acesso em 17 de ago. de 2012. Marques, J. A. V. C; Braga, R. Análise Dinâmica de Capital de Giro - O Modelo Fleuriet. Revista de Administração de Empresas . São Paulo, v. 35, n.3, p. 49-63 Mai./Jun. 1995. Planalto. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1.976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm> Acesso em 17 de ago. de 2012. _______. Lei 11.638 de 28 de dezembro de 1.976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em:< https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm> Acesso em 17 de ago. de 2012.
Página | 50
Portal Tributário. Reavaliação de Bens Imóveis – Aspectos Tributários e Contábeis. Disponível em:<http://www.portaltributario.com.br/guia/reavaliacao.html> Acesso em 18 de ago. de 2011. Gimenes. Analise Dinâmica de Capital de Giro- Modelo Fleuriet , 2012, Apostila do Curso de Controladoria e Finanças- UNIFIL.