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A GESTÃO DA QUALIDADE COMO UM
DIFERENCIAL NAS ORGANIZAÇÕES:
UM ESTUDO SOBRE AS EMPRESAS DE
MÓVEIS EM PETRÓPOLIS
Anelisa Morais de Oliveira
(LATEC/UFF)
Resumo O presente trabalho busca mostrar como as empresas da indústria
moveleira de Petrópolis, utilizam em seus procedimentos internos a
qualidade, porém necessitando aprimorá-los, para que possam além de
obter produtos com maior qualidade, maximmizar a satisfação de seus
clientes e obterem um diferencial competitivo entre seus concorrentes.
Concomitantemente, visando demonstrar a importância das
ferramentas e programas de qualidade e como o seu uso de maneira
correta auxilia no alcance da satisfação de seus clientes, o bom
andamento dos procedimentos internos e promovendo uma boa gestão.
No decorrer deste estudo, foi desenvolvido como metodologia, um
estudo de campo em algumas empresas de móveis de Petrópolis, além
de pesquisas em material bibliográfico e documentação fornecida
pelas empresas.
Palavras-chaves: Qualidade. Ferramentas da qualidade. Diferencial.
Gestão da qualidade.
12 e 13 de agosto de 2011
ISSN 1984-9354
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
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1. INTRODUÇÃO
Com a evolução dos negócios e a expansão da concorrência, as empresas estão tendo
que ter uma preocupação constante com a qualidade de seus produtos e serviços. A gestão da
qualidade dentro das organizações tem como intuito melhorar os processos e,
consequentemente, com este aperfeiçoamento criar um maior vínculo com os clientes, que
terão uma tendência para serem fiéis na aquisição de produtos ou serviços desta empresa.
Segundo Deming (1990, p.1): “na medida em que a qualidade melhora, há menos
desperdícios, minimização de retrabalhos e melhor vantagem competitiva”. Foram analisadas,
neste trabalho, empresas da indústria moveleira de Petrópolis, que atualmente utilizam um
sistema de qualidade, porém, sendo pouco aproveitada em seu processo produtivo. Isso
acarreta nos problemas que já foram mencionados e também em algumas devoluções dos
produtos adquiridos pelos consumidores. Paladini (2000, p. 69) nos lembra que: “no processo
produtivo devem conter especificações básicas, como segurança, higiene, precisão e prazos,
para que possam atender as necessidades dos clientes e também para que não comprometam a
qualidade do produto final”. E ressalta que em alguns momentos as empresas se deixam levar
com falsas ideias de que o processo produtivo deve ser imutável, obedecendo a especificações
fixadas, sendo assim um erro tendencioso a estabilidade do negócio. Portanto, esse é o motivo
pelo qual será feito este estudo, para apresentar a gestão pela qualidade como ferramenta ideal
para que essas empresas de móveis de Petrópolis possuam um diferencial competitivo em
todo o seu processo, bem como no treinamento dos funcionários, para que a partir do
proposto, esse possa vir a ser utilizado pelas empresas e traga benefícios no curto e longo
prazo. Com o objetivo principal de identificar e expor como as empresas de móveis de
Petrópolis podem se tornar competitivas inserindo a qualidade como diferencial. O tema
escolhido foi: A gestão da Qualidade como um diferencial nas organizações: um estudo sobre
as empresas de móveis em Petrópolis. A Qualidade tem como premissa básica a excelência de
produtos ou serviços prestados. Existem dois olhares que agem de forma crítica, que
exprimem bem esta análise: a visão do cliente e a do fornecedor. Para que haja consenso entre
estes pontos, deve-se levar em consideração, dimensões necessárias que envolvem a empresa
e o que ela produz, e também o desejo do cliente. O ambiente analisado foi o da área de
produção. A Qualidade tem suma importância para contribuir com a melhoria no processo
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produtivo, e também diversas formas de aplicabilidade que conduzem à melhoria destes
processos das organizações, tendo sempre como foco a satisfação do consumidor.
Qualidade é um julgamento feito pelos clientes ou usuários de um produto
ou serviço; é o grau em que os clientes sentem que o produto ou serviço
excede suas necessidades e expectativas. Um cliente, por exemplo, que
compra um automóvel tem certas expectativas, uma das quais é que o motor
do automóvel dê a partida quando ligado. Se o motor não parte, a expectativa
do cliente não terá sido atendida, e ele terá uma percepção de má Qualidade.
Se um operário de uma linha de montagem recebe de forma consistente
peças adequadas, no tempo correto, de um trabalhador a montante na linha,
suas necessidades serão satisfeitas e ele terá uma percepção de Qualidade
das peças como boa. (GITLOW, 1993, p.7-8)
2. METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, em livros, jornais, internet,
revistas, material das empresas, ou mesmo informações que pudessem embasar o
referencial teórico, bem como, para que se possa apresentar os objetivos propostos nesse
trabalho. Também foi feita uma pesquisa documental com material disponibilizado pelas
empresas. A pesquisa bibliográfica de acordo com Vergara (2006, p.47), é uma
investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que
dispõe de elementos para explicá-lo.
A pesquisa bibliográfica tem por finalidade conhecer as diferentes
formas de contribuição científica que se realizaram sobre determinado
assunto ou fenômeno. (OLIVEIRA, 2001, p.119)
Na pesquisa documental, foram utilizados documentos da empresa para avaliar
dados anteriores e fazer uma comparação com o planejamento proposto. Gil (1999, p.46)
lembra que a pesquisa documental tem como vantagem considerar documentos com fonte
estável e rica. Foi realizado um estudo de campo nas empresas de móveis de Petrópolis,
no setor de produção, onde se verificou junto aos funcionários e responsáveis a
metodologia de trabalho realizada, e como eles observam os desperdícios que o mau uso
da madeira acarreta. Foi aplicado um questionário, aberto e fechado, para analisar como a
gestão da qualidade é necessária para que as empresas de móveis de Petrópolis tenham um
diferencial competitivo. A entrevista serviu para a orientação dos assuntos, sendo levada
em conta a experiência e as condições da empresa na área de produção. Segundo Lakatos
e Marconi (2001, p.186) a pesquisa de campo requer primeiramente uma pesquisa
bibliográfica para encontrar o problema, em seguida deve determinar as técnicas que serão
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utilizadas na coleta dos dados e por último para que possa coletá-los deve verificar as
técnicas que serão utilizadas em sua análise posterior.
Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir
informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para qual se
procura resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou,
ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.
(LAKATOS e MARCONI, 2001, p.186)
No decorrer deste trabalho foi também utilizado o questionário com perguntas
abertas e fechadas que de acordo com Lakatos e Marconi (2001, p.201) sua utilização faz
com que atinja maior número pessoas simultaneamente, com maior rapidez, obtendo
assim maiores informações.
Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por
uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por
escrito e sem a presença do entrevistador (...) (LAKATOS e
MARCONI, 2001, p.201).
3. O QUE É QUALIDADE
Inicialmente o conceito para a qualidade era associado à definição de conformidade
às especificações. Em seguida o conceito evoluiu para a visão de satisfação do cliente.
Concomitantemente, surgiu a visão de que era necessário um posicionamento estratégico
perante o mercado. Em pouco tempo foi percebido que somente o planejamento
estratégico e a satisfação do cliente não eram suficientes para o sucesso. Com isso, surgiu
a Qualidade Total que é voltada não somente para a satisfação do cliente, mas sim para
todos os stakeholders e também para a melhoria contínua da excelência organizacional.
Define-se qualidade como um julgamento pelos clientes ou usuários
de um produto ou serviço. Ela inclui também a melhoria contínua do
processo expandido de uma empresa, ou os processos internos de uma
organização, considerando-se sua relação com clientes, fornecedores,
investidores, empregados e a comunidade (...) (GITLOW 1993, p.48).
A Qualidade não possui somente uma definição, sendo vasto o seu significado.
Para alguns autores, como Gitlow a qualidade é julgada com uma experiência que
determinado consumidor obteve com certo tipo de produto, podendo ter como resultado
uma experiência positiva ou negativa, definindo assim como um julgamento feito pelos
clientes ou usuários que utilizaram certo tipo de produto ou serviço. Não fugindo a mesma
ideia, Deming define qualidade como o atendimento das exigências e das necessidades do
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consumidor. Essas necessidades estão em constante mudança tendo que ser continuamente
alteradas. Pode-se aferir a qualidade fazendo uso de instrumentos de controle estatístico de
qualidade. Para outros autores, qualidade é a junção de durabilidade, confiabilidade,
precisão e facilidade. E ainda há aqueles que presumem que a qualidade deve satisfazer o
consumidor com um preço aceitável. A qualidade propriamente dita é junção de todas as
características expostas anteriormente, além de ter outra característica muito importante,
que é ser variável, tendo sentidos diferentes que variam de pessoa para pessoa. Cada um
entende a qualidade da forma que melhor lhe convém e agrada. A qualidade também tem
como intuito melhorar continuamente um produto ou serviço de maneira que atinja a
maioria dos consumidores, só que não se pode exigir qualidade a um preço que seja muito
baixo, pois quando se melhora algum processo em uma empresa, por exemplo, sabe-se
que terá alguns custos maiores referentes a esta determinada melhoria. Sabemos também,
que uma empresa possui qualidade quando ela consegue ter em seus processos
verificações a medida que seu produto ou serviço é feito e quando faz com que os seus
funcionários se envolvam na melhoria destes processos. Paladini (2000, p.26) ressalta que
”No seu sentido primeiro, qualidade é uma relação da organização com o mercado (...) a
qualidade é definida como uma relação de consumo”. Sendo assim, entende-se que a
Qualidade com sua ampla definição, nada mais é do que a junção da eficiência e da
eficácia para o alcance da satisfação do cliente e dos stakeholders, com um bom plano
estratégico.
3.1. Eras da Qualidade
A evolução da qualidade passa por diversas eras que são determinadas como fases
passadas pela história da qualidade, desde os primórdios do sistema produtivo até os dias
atuais com a implantação do sistema de qualidade. Antes mesmo da Revolução Industrial
havia uma preocupação com a qualidade do que era produzido, onde eram separados pelos
artesãos os produtos defeituosos daqueles que não possuíam nenhum defeito e tinham como
intuito atender as especificações estéticas dos seus chefes e também de impressionar de
maneira positiva os clientes. De acordo com Garvin (2002) neste período a qualidade
percebida pelos clientes era uma função dos atributos de desempenho, utilidade e durabilidade
do produto. Em seguida surgiu a necessidade de um maior controle do que era fabricado,
precisando assim atingir a similaridade do que era produzido, o que significava garantir que
todos os produtos teriam características similares e não apresentariam defeitos, na medida do
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possível. Após essa etapa houve a necessidade de uma verificação do processo de produção
que fosse mais abrangente e voltada para a cadeia de fabricação, desde o projeto até como o
produto estaria atingindo ao mercado. Todos os departamentos eram responsáveis pelo
controle da qualidade e assim contribuíam para impedir as falhas. Com isso, foram
desenvolvidos alguns programas e sistemas de qualidade que tinham o intuito de dar
credibilidade aos clientes com determinada certificação de qualidade. E, atualmente as
organizações adotam a gestão da qualidade total que engloba todas as eras anteriores, porém
estabelecendo metas para que alcancem um melhor posicionamento no mercado, tornando-se
diferentes das outras empresas e dando treinamento para seus funcionários, que além de
adquirem um maior conhecimento, executam com maior qualidade o seu trabalho. Todos os
setores continuam responsáveis pelo controle da qualidade, mas com uma maior liberdade
para dar opiniões e sugestões na busca da melhoria contínua dos processos.
Já que o futuro começa onde acaba o presente está na hora de tratar dele.
Acredita-se que a era da gestão estratégica é a era do futuro para a qualidade
das empresas. Qualidade é um objetivo estratégico. (NETO, 1993, p. 26)
3.2. P
rincip
ais
ferra
menta
s da
Quali
dade
A
s
ferrame
ntas da
qualida
de são
técnica
s
utilizad
Quadro 1: Eras da Qualidade
Fonte: Adaptado de Garvin, 1992
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as para determinar, mensurar, ponderar e para propor soluções para os problemas que
intervêm no bom desempenho dos processos laborativos, para poder atender as necessidades
dos clientes e também para que possam contribuir positivamente no sentido de reduzir os
custos e elaborar produtos de melhor qualidade. Essas ferramentas estão dividas em três
grupos, que são eles: Ferramentas básicas, avançadas e gerenciais. As ferramentas básicas são
o ponto de partida para a melhoria no ambiente laborativo e para a redução dos custos
operacionais e também para auxiliar o profissional para a solução de problemas. Abaixo
algumas ferramentas básicas da qualidade:
Folha de Coleta de Dados (Folha de Verificação)
É a coleta de dados representativos e significativos, com intuito de aperfeiçoar o
evento, determinando o tempo que será estudado e estabelecendo informações claras e
objetivas. O quadro 2 mostra a coleta de dados dos defeitos dos móveis em seu término.
Estratificação
Reunir informações obtidas na coleta de dados em categorias ou grupos para analisar e
melhorar seu entendimento. A fim de fazer comparações e futuramente aplicá-las em ações
corretivas e também para poder examinar oportunidades de melhoria no futuro. Na figura 1,
estão reunidas as informações dos produtos acabados e separadamente é demonstrado o que
deve ser corrigido.
Característica Lote
1
Lote
2
Lote
3
Lote
4
Lote
5
Lote
6
Lote
7
Lote
8
Lote
9
Lote
10
Buracos X X
Dobradiças X X
Falhas na pintura X X
Manchas X
Puxadores X
Rachaduras X
Rugosidade X X
Quadro 2: Defeitos nos Móveis
Fonte: Elaboração própria.
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Figura 2: Diagrama de Causa e Efeito
Fonte: www.portaladm.adm.br - Ferramentas da Gestão
Fonte: www.portaladm.adm.br - Ferramentas da Gestão
Material
Máquina
Meio Ambient
e
Método Mão de Obra
Objetivos
CAUSAS EFEITOS
Diagrama de Causa e Efeito (Espinha de Peixe ou Diagrama de Ishikawa) e
Brainstorming
O Diagrama de Causa e Efeito é uma técnica utilizada para a identificação dos efeitos
de um problema e a organização de suas possíveis causas, que pode ser feita através de um
Brainstorming que coleta informações por meio das pessoas envolvidas que poderão dizer o
que pensam de um determinado produto ou processo. Na figura 2 há um diagrama de causa e
efeito que pode ser utilizado para detectar problemas na produção, que, em relação ao produto
final, geram a insatisfação de seus clientes.
Figura 1: Estratificação dos móveis acabados
Fonte: Elaboração própria.
Cômodas
Portas
Camas
Cadeiras
Defeito na porta
Puxadores errados
Dobradiças quebradas
Manchas
Defeito zero
Bichos (cupim)
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Fluxograma e Fluxograma Integrado
O fluxograma é o resultado ilustrado da sequência de certas operações de um processo.
A figura 3 mostra um fluxograma das etapas de venda, produção e pagamento do móvel
4. PROGRAMAS DE QUALIDADE
Os Programas de Qualidade desenvolvem transformações dentro do ambiente de
trabalho de acordo com o aumento da produtividade, devem ser conduzidos sob uma gestão
capacitada e também devem ter um comprometimento engajado das pessoas envolvidas.
Nesta transformação leva-se em conta as características da cultura organizacional, exigindo
assim uma mudança em um longo período de tempo, tendo como maior exigência a atenção
contínua.
Esses programas têm como objetivo desenvolver um melhor ambiente laborativo, no
qual os colaboradores possam crescer e se desenvolver tendo a liberdade de expor suas
necessidades e opiniões. Para a empresa há o benefício na obtenção de uma maior visão
estratégica do negócio, onde a utilização do programa assegura a sobrevivência da
Figura 3: Fluxograma
Fonte:
www.portaldaadministracao.org/.../fluxograma.gif
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organização. A implementação deste programa, não diferente de qualquer outra, demandam
além de tempo, a aceitação das pessoas em relação à mudança. Na maioria das situações os
colaboradores não aceitam por medo de algo novo que não seja benéfico, mas com esse
comportamento dos funcionários, exige uma postura mais atenta e imaginativa dos gestores,
que devem tentar mostrar para seus funcionários a melhoria na utilização destes processos.
Para o cruzado, a lição mais difícil de aprender é a que ensina que se leva
algum tempo para alcançar o verdadeiro progresso. A urgência da
necessidade, a evidência da causa e a clareza da solução pouco têm a ver
com o progresso de endireitar as coisas (...). Os programas de melhoria da
qualidade apresentam problemas similares. Já que melhoria da qualidade
parece excelente ideia e é, em geral, tão necessária, muitas vezes os gerentes
acreditam que o simples anúncio de sua cooperação é sinal para se organizar
o jantar da vitória (CROSBY, 1999, p.137).
5. O PROGRAMA 5S
O 5S é um programa de melhoria da qualidade no ambiente de trabalho, que tem
como objetivo gerenciar de modo participativo as condições que mais se adéquem ao
clima laboraivo, ajustando-se a todos os colaboradores e seus níveis hierárquicos.
O programa 5S é considerado base fundamental para a implementação de
outros projetos mais complexos relacionados com a Gestão pela Qualidade
Total, tendo em vista que é ele uma oportunidade inigualável para obter o
comprometimento dos colaboradores. E, comprometimento, quando se inicia
qualquer empreitada nessa área, é fator crítico de sucesso. Em outras
palavras, não pode deixar de acontecer. (GOMES,1998, p.23)
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O objetivo deste programa é aprimorar a eficiência através da organização adequada
de materiais, inserindo o senso de limpeza, identificando os materiais e seus respectivos
espaços para obter assim a manutenção e melhoria do próprio programa. Gomes (1998) nos
faz lembrar que o resultado da utilização do programa 5S é obtido em curto prazo e o custo de
inserção é baixo. De origem japonesa e conhecido inicialmente como 9S sendo retirado 4S
que não tinham muita utilidade. Os 5S restantes já atingiam aos objetivos que deveriam ser
alcançados. O 5S no Brasil é utilizado para enfatizar as mudanças do comportamento na
empresa que serão úteis para o bom aproveitamento do programa. São eles:
SEIRI: Senso de descarte, utilização, seleção;
SEITOIN: Senso de ordenação e arrumação
SEISOU: Senso de limpeza
SEIKETSU: Senso de higiene e padronização
SHITSUKE: Senso de autodisciplina e disciplina
a. Os benefícios e como implementar o programa 5S
Para que as empresas alcancem seus objetivos de melhoria contínua com novos
procedimentos, otimizando seus processos e melhorando o ambiente laborativo, uma das
formas que podem ser adotadas é à implantação da ferramenta 5S que visa à eficiência da
empresa através da organização e autodisciplina dos funcionários para melhorar as etapas do
processo produtivo, dentre outros procedimentos, que beneficiam a organização como um
todo. Abaixo como cada “S” pode ser implantado dentro das empresas, em curto prazo.
1. Senso de descarte e utilização e Senso de limpeza: Uma vez por semana devem
ocorrer verificações de tudo o que é necessário dentro do processo produtivo.
Descartando excessos como ferramentas e papéis que não são mais úteis, deixando
somente aquilo que é realmente necessário para a execução do processo produtivo.
Juntamente com a organização deve ser tirado um dia para uma limpeza de todo o
ambiente da produção, os funcionários devem ser instruídos de que a limpeza deve ser
feita diariamente, sendo que cada funcionário fica responsável por cada parte da
produção para obter constantemente um ambiente além de limpo e organizado, mais
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eficiente em sua disposição.
2. Senso de ordenação e arrumação: Posteriormente, deve ser conversado com todos os
funcionários sobre as melhores formas de disposição e ordenação do maquinário.
Tendo equipamentos e ferramentas prontamente a disposição para atender o que for
requisitado e consequentemente poderem ser utilizados, de maneira mais rápida e ágil,
eliminando os movimentos desnecessários. Ao mesmo tempo, deve haver uma
comunicação direta e rápida, através de cartazes como forma de lembrete para que os
funcionários mantenham sempre o seu ambiente de trabalho organizado e limpo.
3. Senso de higiene e padronização e Senso de autodisciplina: Deve ser realizado pelos
gestores uma verificação de tudo o que foi cumprido nos “sensos anteriores”, com o
intuito de manter a empresa organizada e limpa. Assim, deve haver uma verificação se
os funcionários estão utilizando todos os equipamentos de proteção/segurança que são
necessários para o processo produtivo, ajudando a evitar assim acidentes, além de
fazer com que os funcionários tenham hábitos melhores no ambiente laborativo,
obtendo novas práticas de trabalho e auxiliando na manutenção do 5S implantado.
6. A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE QUALIDADE NOS
PROCEDIMENTOS INTERNOS
A inserção de um setor que trabalhe especificamente para a Qualidade dos
procedimentos internos é visto na maioria das vezes, como um custo e não como um auxílio
para uma maior rentabilidade nas organizações. Contudo, quando se nota a necessidade da
qualidade nos procedimentos internos, essas empresas analisam novamente essa visão de
custo, transformando-a em benefício. Algumas empresas mostram-se cada vez mais voltadas a
entender o cliente, apresentando com isso vários aspectos positivos como: atendimento e
valorização dos clientes, maior cuidado na fabricação dos móveis e além é claro, de produtos
com uma maior qualidade, tornando-se consequentemente um diferencial para as empresas.
Os resultados dessa aplicabilidade mostram-se cada vez mais compensadores, pois quanto
mais se trabalha para o aumento da qualidade em seus procedimentos internos, mais voltada
para a excelência dos resultados a empresa se tornará. E se essa qualidade dos procedimentos
internos estiver com propósito mútuo ao atendimento as necessidades dos clientes, quanto
maior será a probabilidade do aumento da rentabilidade da organização.
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(...) A tendência crescente do consumidor é de exigir que o produto
tenha recebido insumos advindos de uma saudável relação com o
ambiente e com a comunidade, e que após seu tempo de vida útil o
produto ou sua embalagem sejam recicláveis ou não venham trazer
prejuízo à natureza. Estas são algumas das características de um
produto que busca a excelência. Assim, poderíamos considerar um
produto excelente quando todas as etapas do fluxo – do nascimento de
seus insumos até a sua pós-morte – apresentam qualidade.
(RODRIGUES, 1999).
Há necessidade que haja um setor que não seja apenas “verificador de defeitos” dos
produtos acabados, mas sim que possa analisar e melhorar os procedimentos existentes na
organização para que a falta da qualidade ou até mesmo de controle, não propicie em um
produto final irregular e incompleto. Assim, faz-se necessário que este setor em específico,
vise inicialmente e preferencialmente à qualidade de conformação.
(...) Qualidade de conformação é a medida de fidelidade com que o
produto fabricado atende as especificações do projeto. Essa fidelidade
reflete a natureza, a intensidade, a forma a frequência e a gravidade de
alterações ocorridas durante a fase de produção. A qualidade de
conformação, assim, resulta de desvios que o processo produtivo gera
em relação ao projeto original. (...) A qualidade de conformação mais
consistente significa produto mais uniforme e não determina,
necessariamente, custo de produção mais elevado mas, ao contrário,
tende a gerar produtos mais baratos (PALADINI, 2000, p. 84-85).
Ocorrendo algum tipo de defeito em um produto qualquer, seja de qual for sua
natureza, ele consequentemente prejudicará a perfeita utilização do produto, além de afetar o
andamento correto dos procedimentos internos, deste modo comprometendo a qualidade. Este
setor é de grande utilidade para que a empresa não seja mais uma em meio a tantas, para que
seu produto torne-se diferencial pela qualidade existente. Com isso, o setor de Qualidade se
for utilizado de maneira correta, fará com que a produção alcance a excelência em seus
processos e consecutivamente atenda as necessidades dos clientes.
7. ESTUDO DE CAMPO
No decorrer deste trabalho, procurou-se demonstrar o importante papel da qualidade
nos procedimentos internos das empresas de móveis em Petrópolis, utilizando-se para isto de
ferramentas apropriadas para a apresentação dos dados encontrados. Para conseguir levantar
os dados necessários, foram realizadas visitas e reuniões em quatro empresas, que tem sua
localidade em pontos diferentes na cidade de Petrópolis e que também atendem a clientes com
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diferenciado poder aquisitivo. Essas empresas são: Marcenaria e Carpintaria Oliveira Rocha
Ltda, localizada à Rua Martinho José Santana, 1195, no bairro Corrêas; Moderarte Móveis
Artesanais Ltda, localizada à Estrada Cascatinha, 46, no bairro Cascatinha; Recanto Móveis
Ltda, localizada à Avenida Getúlio Vargas, 2.155, no bairro Quitandinha e Show Móveis,
localizada à Rua Bingen, 1606, no bairro Bingen.
No momento destas visitas, foram feitas entrevistas informais, composta por um
questionário de perguntas abertas e fechadas, com os gestores das empresas, que por terem
um conhecimento geral, expuseram todos os procedimentos, rotinas e atividades da
organização. Alguns fatores foram discutidos e considerados relevantes nestas reuniões, tais
como: O processo produtivo da empresa, tempo no mercado de móveis, utilização de
programas de qualidade, crescimento das empresas ao longo dos anos, participação em feiras,
eventos e no mercado, modernização e atualização dos equipamentos e maquinários,
estratégias utilizadas e reclamações dos clientes.
a. Análise individualizada das empresas em estudo
1. Moderarte Móveis Artesanais
A empresa atua no mercado de móveis entre 8 e 10 anos. No momento, não utiliza
nenhuma ferramenta/programa de qualidade em seu processo produtivo, não sendo assim,
possível mensurar os benefícios trazidos por essa implementação. O treinamento para a
utilização de maquinários é feito no decorrer do trabalho, tornando-se passível de erros, bem
como, a demora no processo produtivo. Já em relação à rotatividade dos funcionários, o gestor
senhor Domingo, diz que é muito baixa. Quando foi perguntado em relação à aquisição de
novos maquinários, foi respondido que a compra é feita somente quando há necessidade de
que o processo produtivo seja mais rápido, buscando igualar-se ao tempo de produção de seu
concorrente. Não há um Show Room de vendas, limitando-se somente a clientes específicos
do mercado varejista. Por ter uma participação pequena no mercado, seu crescimento torna-se
lento e suas vendas limitadas, não conseguindo atingir o conhecimento de outros tipos de
clientes, como por exemplo, o mercado atacadista. A empresa em questão trabalha com um
vasto estoque de seus produtos fabricados, demorando somente 10 dias para a entrega desses
produtos, tendo como um diferencial a rápida entrega. Alguns de seus produtos ficam em
estoque por muito tempo, aumentando o custo por manter esses produtos em estoque e
também não tendo o controle do que está sendo produzido, tendo assim, o fenômeno chamado
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Produção Empurrada1. As reclamações e devoluções existentes têm uma porcentagem menor
que 10%, tendo como causa principal o desacordo do tamanho do móvel, com o esperado pelo
cliente. Nota-se neste momento, a necessidade de um setor que trabalhe com a qualidade do
processo produtivo, para que, antes que o produto seja vendido, todas as especificações do
móvel, bem como, as necessidades e expectativas do cliente sejam analisadas e
concomitantemente atendidas. Segundo o gestor, a empresa utiliza como estratégia para
manter-se no mercado, o desenvolvimento de novos produtos, buscando novas tendências sob
análise do mercado.
2. Recanto Móveis
A empresa Recanto Móveis está há mais de 10 anos no mercado, mais precisamente há
39 anos no setor moveleiro. Atualmente, não utiliza nenhum programa/ferramenta de
qualidade para o aprimoramento de seus processos, assemelhando-se a empresa já analisada
Moderarte. O treinamento de seus funcionários é feito ao longo do trabalho, porém, o gestor
senhor Clóvis ressalta que todos os funcionários antes de serem contratados, fazem um teste
juntamente com o outro gestor senhor Wilson, além de serem contratos somente pessoas com
um vasto conhecimento na fabricação de móveis de madeira. Seus funcionários não mudam
muito, sendo os mesmos há bastante tempo, ressaltando o gestor que alguns já até se
aposentaram pela empresa. A Recanto adquire novos maquinários quando é percebida a
necessidade de aprimorar os seus processos, tornando-os mais rápidos. Há na empresa, um
pequeno Show Room, onde os clientes o conhecem e compram por ele, porém a maior parte
das vendas é no mercado varejista, localizado em Xerém – RJ. Nunca participaram de feiras, e
também não se preocupam muito com isso. Há um pequeno estoque de produto acabado,
sendo aqueles de maior saída, porém seu maior estoque é o de matéria-prima. São necessários
30 dias para a entrega dos móveis. As reclamações e devoluções existentes têm uma
porcentagem menor que 10%, tendo como causa principal o defeito da matéria prima
(madeira) que por ficar algum tempo no estoque, acaba ficando murcha, por absorver umidade
e por fim ocorre o encolhimento deste material. Em relação à participação no mercado, o
gestor responde que em Petrópolis a empresa não é muito conhecida, tendo um maior número
de clientes em Xerém - RJ. E ainda conclui que seu crescimento no mercado continua o
mesmo há aproximadamente 3 (três) anos. Como estratégia para se manter no mercado, a
1 Produção Empurrada: fluxo contínuo de produção.
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empresa visa o atendimento as necessidades dos clientes, a boa qualidade, a pronta entrega e
principalmente a assistência técnica.
3. Marcenaria e Carpintaria Oliveira Rocha
A empresa está no mercado há mais de 10 anos e não utiliza nenhuma
ferramenta/programa de qualidade, sendo assim, mais uma empresa que não é possível
mensurar os benefícios trazidos por essa implementação. Em relação ao treinamento para a
utilização de maquinários, foi respondido que é feito no decorrer do trabalho, tornando-se
passível a erros e também a demora no processo produtivo. A aquisição de novos maquinários
é feita somente quando há necessidade de eliminar algum processo para melhorar os
procedimentos internos. Em relação à rotatividade dos funcionários a gestora Talita menciona
que os mesmos ficam bastante tempo na empresa, onde inclusive tem alguns que estão desde
o início da empresa. E ainda ressalta que procura sempre manter os mesmos funcionários,
pois já conhecem o seu ritmo de trabalho. Há um pequeno Show Room de vendas, porém seus
clientes, como são do Rio, não o conhecem. Há participação em feiras, para que possam
abranger mais clientes. Sendo que a maioria dos clientes conhecem a empresa por indicação
(chamado de Marketing Boca a Boca). A empresa não trabalha com estoque, demorando cerca
de 30 dias para a entrega dos seus produtos, trabalhando assim com o fenômeno chamado
Produção Puxada2. As reclamações e devoluções existentes têm uma porcentagem menor que
10%, tendo como causa principal o desacordo do material/cor do que foi escolhido pelo
cliente, não conseguindo atender completamente o gosto do mesmo. A estratégia que a
empresa utiliza é a busca pelas tendências atuais, a fabricação dos móveis com materiais de
qualidade, o bom preço, pagamento facilitado e um bom atendimento durante todo o processo
da compra e entrega e até mesmo no pós-venda, querendo sempre manter um bom
relacionamento com o cliente.
4. Show Móveis
A empresa está no mercado há mais de 10 anos. Sendo a única empresa entrevistada
que se utiliza de um dos programas de qualidade, que é o Programa 5S. Sua implantação tem
menos de 1 (um) ano e com isso, o gestor ainda não conseguiu mencionar os benefícios desta
implementação. Porém, o mesmo está começando a organizá-lo e implementá-lo em sua
2 Produção Puxada: Produção de acordo com a demanda.
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empresa. Mas, por falta de um conhecimento amplo sobre este programa, não o colocou em
prática totalmente. Primeiramente o gestor senhor Daniel, preparou uma palestra para todos os
funcionários, utilizando-se de slides, para poder explicar como iria funcionar este programa e
também falar de seus benefícios, que refletirão tanto para a organização, quanto para os
funcionários. Posteriormente, foi feito uma reunião com os chefes de cada setor para que
pudessem fazer um levantamento das funções desnecessárias e também de tudo aquilo que
poderia ser melhorado dentro de cada seção. A consequência destas reuniões, resultou em
algumas modificações na empresa, como a compra de equipamentos de segurança, uniformes,
faixas para a indicação de áreas de risco para ajudar a manter a organização dos setores e
sequenciou as tarefas para economizar tempo e possuir mais espaço, com uma melhor
distribuição dos maquinários. A empresa está começando a criar uma postura mais
preocupada com o bem estar do funcionário, com o ambiente de trabalho e também com uma
maior qualidade em seu processo produtivo e produto. No decorrer do questionário, foi
perguntado em relação ao treinamento na utilização de maquinários novos e nos já existentes,
foi respondido que é feito no decorrer do trabalho e também sempre que há uma nova
aquisição, para obter a eliminação de algum processo e assim melhorar os procedimentos
internos. Segundo o gestor, a rotatividade dos funcionários é muito baixa, tendo alguns
colaboradores que já se aposentaram pela empresa, tendo como filosofia, a união com todos
os funcionários. Há um vasto e organizado Show Room de vendas, e a maioria dos clientes
compram por ele. Já participou de feiras, mas atualmente não participa de nenhuma. A Show
Móveis não trabalha com estoque, demorando cerca de 30 dias para a entrega dos seus
produtos, sendo mais uma empresa a trabalhar com Produção Puxada. As reclamações e
devoluções existentes têm uma porcentagem menor que 10%, tendo também como causa
principal o desacordo do tamanho em relação ao que foi escolhido pelo cliente, não
conseguindo atender completamente o gosto do mesmo. Segundo o gestor senhor Daniel, há
uma grande participação no mercado consumidor de Petrópolis e uma pequena porcentagem
no mercado do Rio, que vem crescendo muito nos últimos anos. Sua estratégia é resolver
todas as necessidades dos clientes, manter um bom relacionamento com os funcionários e
investir nos mesmos, visando a satisfação de seus colaboradores e também em um maior lucro
para a empresa.
b. Análise geral das empresas em estudo
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Através da aplicação deste questionário, observou-se que a maioria das empresas não
utilizam ferramentas/programas de qualidade, porém as mesmas fazem uso de algumas
ferramentas sem ter consciência. É necessário uma boa aplicação das ferramentas de
qualidade, juntamente com modelos administrativos, pois os mesmos estão diretamente
ligados à maior lucratividade, permanência no setor, somados com a qualidade do produto. Há
somente uma empresa que faz uso da ferramenta 5S, porém, está iniciando sua
implementação, e não a emprega de maneira eficaz, por não ter muito conhecimento de como
aplicar e utilizar essa ferramenta. Nota-se que as empresas possuem qualidade em seu
processo produtivo, mas poderiam ser utilizados programas para melhorarem esses processos
e aproveitar todos os recursos de maneira a aperfeiçoar os mesmos. Observa-se também que
as empresas em questão ao utilizarem-se as ferramentas mencionadas neste trabalho,
alinhadas a um bom planejamento e controle estratégico farão com que obtenham uma melhor
perspectiva de futuro. A utilização destas ferramentas, somado ao conhecimento que possuem
de permanência no setor moveleiro, tenderá a uma redução considerável em seus custos,
melhorando os fluxos de trabalho e comunicação. O que trará uma maior competitividade, e
aumento de sua participação no mercado. As empresas ainda não têm conhecimento amplo do
que seria necessário para essa implementação, carecendo assim, de um aprimoramento do que
querem e do que possuem, para que os mesmos possam aplicar as ferramentas que mais se
adéquem ao tipo de cada organização. As empresas analisadas são organizadas, bem
estruturadas, e que com certeza tem qualidade em seus processos, até porque são empresas
que estão há algum tempo no mercado, porém como já falado, necessitam de um melhor
aproveitamento daquilo que fazem para que possam atender a um mercado cada vez mais
exigente e que está a cada dia buscando um atendimento e um produto diferenciado, sendo
que este mercado está cada vez mais cheio de novidades.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas pesquisas realizadas ao longo deste trabalho, verificou-se que as
empresas estudadas possuem uma preocupação com a qualidade, (um exemplo a ser
mencionado é a aplicação do questionário, que foi verificado uma porcentagem menor que
10% de reclamações e devoluções e, além disso, com relação ao seu grande tempo no setor
moveleiro), porém, essa preocupação é ainda pequena em relação aos processos que podem
ser colocados em prática.
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A qualidade no processo produtivo deve ser uma constante, sendo feita pelas pessoas
responsáveis por cada etapa do processo produtivo. É importante essa verificação para que se
possa passar para o cliente um móvel de qualidade, criando no mesmo mais confiança,
tornando-se consequentemente assim um cliente fiel. Como observado durante o trabalho, a
maioria dos gestores entrevistados, tem pouco conhecimento das ferramentas de qualidade
que podem ser aplicadas para o aprimoramento constante da fabricação dos móveis. Essa falta
de conhecimento acarreta em custos e estoques altos, bem como uma forma de produzir que
não obtém mudanças no processo produtivo visando melhorias.
As ferramentas e os programas de qualidade, tem uma alta importância para que sejam
maximizados os ganhos das organizações. Sendo que o programa 5S, que está sendo
implementado em uma empresa entrevistada a Show Móveis, devido sua fácil aplicabilidade e
ao mesmo tempo proporcionando uma maior qualidade para os procedimentos internos,
porém, cada uma ferramenta/programa se encaixa em um tipo de empresa em específico. É
claro que a sua utilização acarreta em custos, mas, o retorno é maior e satisfatório.
Atualmente ainda existe uma alta resistência entre as empresas para a utilização de qualquer
tipo de ferramenta de qualidade, devido à falta de conhecimento da gestão. A acomodação
devido o negócio estar indo bem, também é um dos principais fatores para esta falta de
informação. Os gestores devem tomar conhecimento, que com a aplicação dos programas de
qualidade, as organizações obterão um melhor ambiente laborativo e um melhor planejamento
para a produção, com qualidade e também com um custo mínimo.
De acordo com a pesquisa realizada, conclui-se que o uso das ferramentas de
qualidade são primordiais para que as empresas atinjam o sucesso, buscando por melhores
resultados e um maior controle, além da detecção das causas e as suas possíveis soluções dos
problemas existentes, maior probabilidade para evitar retrabalhos e também perda de
rendimentos. Tendo assim sempre como foco principal a obtenção de resultados exatos, para o
alcance do diferencial competitivo e a fidelização dos clientes.
REFERÊNCIAS
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