A força da ficção
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38 Dezembro de 2011 www.briefing.pt
Televisão
A força da ficção
Ninguém fica indiferente à ficção, é a força deste conteúdo. Quem o diz é José Amaral, director de planeamento e novos negócios da SP Televisão, produtora que, em quatro anos, fez 14 produções, internacionalizou-se, ganhou um prémio em Moscovo e arrebatou um Emmy com “Laços de Sangue”. A próxima aposta é levar as marcas a passarem a sua mensagem na ficção
É uma espécie de product pla-cement mas feito de uma forma mais cirúrgica. Trata-se de con-vencer as marcas a divulgarem a sua mensagem através dos conteúdos produzidos pela SP Televisão. “Vivemos rodeados de marcas e portanto não faz sentido concebermos uma mer-cearia com tudo ficcionado. Por que não assumir claramente a marca”, diz José Amaral. A partir
desta ideia a SP Televisão quer focar-se num novo segmento de negócio: potenciar a intro-dução da marca no conteúdo que produz.Como a ficção nacional é vista diariamente por entre 1 a 1,5 milhões de pessoas – só o fute-bol é que bate estes resultados mas não é diário – nada melhor do que colocar este potencial à disposição das marcas, até
porque a era dos grandes blo-cos publicitários está a chegar ao fim. A SP Televisão tem feito um trabalho especialmente fo-cado nas direcções comerciais dos canais, que já estão “mais despertos para esta realidade”, afirma o responsável da pro-dutora. Trata-se, no fundo, de abrir novos campos às marcas na área da ficção.Nascida em 2007, a SP Televisão
A SP Televisão quer focar-se num novo segmento de negócio: potenciar a introdução da marca no conteúdo que produz
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Dezembro de 2011 39www.briefing.pt
Nascida em 2007, a SP Televisão teve um dos seus momentos de glória no dia 21 de Novembro deste ano, quando a telenovela “Laços de Sangue”, uma co-produção da SIC e da TV Globo, ganhou um Emmy na categoria de telenovela
teve um dos seus momentos de glória no dia 21 de Novembro deste ano, quando a telenovela “Laços de Sangue”, uma co--produção da SIC e da TV Globo, ganhou um Emmy na categoria de telenovela. Com direcção de argumento de Pedro Lopes, da SP Televisão, supervisão de Aguinaldo Silva e direcção-geral de Patrícia Sequeira, “Laços de Sangue” foi exibida pela SIC, entre Setembro de 2009 e Ou-tubro de 2010.No primeiro trimestre de 2012 arranca outro projecto Globo/SIC com a participação da SP, a telenovela “Dancin Days”. A co-laboração entre as três empre-sas seguirá o modelo de “Laços de Sangue”. “O triângulo SIC/Globo/SP é de sucesso e em equipa que ganha não se mexe”, diz José Amaral. A parceria com a SIC foi iniciada em 2008.Um dos primeiros clientes da SP foi a RTP. O responsável da produtora recorda que a empresa iniciou a sua activi-dade com a gravação de 120 episódios da “nova” Vila Faia. Depois trabalhou na segunda fase do programa “Conta-me como foi”. Foi também com a televisão pública que produziu “Voo Directo”, uma série que envolveu uma colaboração com a produtora angolana Semba. O mercado lusófono, principal-mente o angolano, é “um cami-nho a seguir” pela produtora, diz o mesmo interlocutor. Já existem contactos com países de expressão portuguesa para
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materializar outras produções.Sobre a privatização da RTP, José Amaral afirma que vai configurar inevitavelmente outro cenário, quanto mais não seja na distribuição das receitas publici-tárias. Mas a SP acredita que a ficção de qualidade é algo de in-contornável e que os canais têm de a ter como produto-âncora.A SP tem também apostado na venda das suas produções para o estrangeiro. Um distribuidor turco-holandês comprou “A Ci-dade Despida” e está em fase de negociação a venda da série “Velhos Amigos” para um país do Médio Oriente. José Amaral esteve recentemente em inicia-tivas em Budapeste e Nairobi e a receptividade às produções da SP foi boa. Sobre a evolução do sector da produção em Portugal, o mesmo responsável é cauteloso. “O mer-cado é exíguo e a margem de erro é cada vez menor”, diz José Ama-ral. A qualidade tem de continuar a existir pois os canais de televi-são só comprarão os produtos se se “mantiver a bitola qualitativa”, refere. A razão da criação da SP foi fazer mais e melhor produção nacional e os prémios ganhos são o reconhecimento nacional e inter-nacional da qualidade do trabalho, afirma o mesmo responsável. Para além do Emmy que dis-tinguiu “Laços de Sangue”, a SP Televisão ganhou ainda um prémio num festival internacio-nal de Moscovo, com “Cidade Despida”, protagonizada por Catarina Furtado.
O mercado lusófono, principalmente o angolano, é “um caminho a
seguir” pela produtora, diz o mesmo interlocutor. Já existem contactos
com países de expressão portuguesa para materializar outras produções