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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO Josyane Rosa Soares Márcia Rodrigues da S. Fernandez Millena Ketlenn Mendes Ferreira A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO CONTEXTO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS UTILIZADOS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE GOVERNADOR VALADARES – MG, NOS ANOS INICIAIS Governador Valadares 2009

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE NUTRIÇÃO

Josyane Rosa Soares Márcia Rodrigues da S. Fernandez Millena Ketlenn Mendes Ferreira

A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO CONTEXTO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS

UTILIZADOS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE GOVERNADOR

VALADARES – MG, NOS ANOS INICIAIS

Governador Valadares 2009

JOSYANE ROSA SOARES MÁRCIA RODRIGUES DA S. FERNANDEZ MILLENA KETLENN MENDES FERREIRA

A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO CONTEXTO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS

UTILIZADOS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE GOVERNADOR

VALADARES - MG NOS ANOS INICIAIS

Monografia para obtenção do grau de bacharel em Nutrição, apresentada à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce Orientadora: Profª Ms. Nízia Araújo Vieira Almeida

Governador Valadares 2009

JOSYANE ROSA SOARES MARCIA RODRIGUES DA S. FERNANDEZ MILLENA KETLENN MENDES FERREIRA

A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO CONTEXTO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS

UTILIZADOS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE GOVERNADOR

VALADARES – MG NOS ANOS INICIAIS

Monografia apresentada como requisito para obtenção do grau de bacharel em Nutrição pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce

Governador Valadares, ____de ____________de___.

Banca Examinadora:

_________________________________________________ Prof.ª Ms. Nízia Araújo Vieira Almeida – Orientadora

Universidade Vale do Rio Doce

_________________________________________________ Prof.ª Esp. Enara Cristina Silva Glória Roberto

Universidade Vale do Rio Doce

_________________________________________________ Prof.ª Esp. Doracy Silva Diniz

Universidade Vale do Rio Doce

Dedicamos aos nossos familiares pelo incentivo e apoio na realização desse trabalho e a Deus pela força nessa longa caminhada.

AGRADECIMENTOS

Senhor, se hoje percorro este caminho é porque Vós o trilhastes para mim...

A vocês, pais, irmãos, amigos e companheiros, que sempre estiveram presentes em todos os

momentos desta jornada, nos apoiando incondicionalmente. Esta conquista se deve também a

vocês! Agradecemos pelas palavras de incentivo que, em muitos momentos, foram essenciais

para que enfrentássemos, confiantes, os obstáculos, superando-os de cabeça erguida. A vocês,

pessoas tão especiais, a quem muitas vezes não concedemos a importância que lhes é

merecida, deixamos o nosso muito obrigado.

Á nossa orientadora Nízia e a professora Enara, obrigado por ter nos guiado em nossos

primeiros passos, fazendo-nos vencer os medos, incentivando-nos a superar cada obstáculo

dessa jornada. Durante a caminhada muitos ensinamentos sobre a vida e sobre a profissão nos

fizeram compreender que os méritos de um profissional são fruto da pessoa que ele é. Saibam

que amadurecemos com essa troca de experiências e cada um de vocês nos presenteou com

uma parcela significativa do profissional em que agora nos tornamos.

"Confia no Deus eterno de todo o seu coração e

não se apóie na sua própria inteligência.

Lembre-se de Deus em tudo o que fizer, e ele lhe

mostrará o caminho certo."

(Provérbios 3:5-6)

RESUMO

A formação de hábitos alimentares é um processo que se inicia desde o nascimento com as práticas alimentares introduzidas nos primeiros anos de vida pelos pais, primeiros responsáveis pela formação destes hábitos. Porém, com o decorrer dos anos, o comportamento alimentar pode vir a sofrer mudanças em conseqüência do meio, relativas à escolaridade ou relacionadas às mudanças psicológicas e fisiológicas dos indivíduos. Assim, a Educação Nutricional exige longo tempo de ação e a escola faz parte desse processo, intervindo na cultura e nas atitudes com bases cognitivas. A Educação Nutricional busca a promoção da saúde, através da formação de comportamentos alimentares mais saudáveis. Os materiais didáticos devem servir de ferramenta para promover, construir ou modificar hábitos alimentares. O objetivo do trabalho foi avaliar os materiais didáticos utilizados na rede municipal de ensino nos anos iniciais e verificar os conteúdos relacionados à alimentação e nutrição infantil, em relação à educação nutricional. Foi realizada uma pesquisa utilizando o material didático do conteúdo de ciências das escolas municipais de 1ª à 4ª série de Governador Valadares - MG. As informações foram organizadas em categoria de análise de forma que contemplassem os seguintes temas: alimento, grupos de alimentos (energéticos, reguladores e protetores, construtores e de consumo esporádico), Pirâmide Alimentar, Alimentação Saudável, Alimentação não Saudável, Higiene dos Alimentos, Hábitos Alimentares, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Doenças Nutricionais Carenciais. Os temas foram qualificados em termos de “atende”, “atende parcialmente” e “não atende”, de acordo com os conceitos de Alimentação e Nutrição. De acordo com os resultados observou-se que dos 12 temas propostos para análise 25% (n = 3) foram classificados no critério “atende” e 75% (n = 9) no critério “não atende”, considerando a avaliação das quatro séries iniciais. Na análise, observou-se que alguns conteúdos foram abordados de forma satisfatória, no entanto, a maioria dos temas não se adequavam a Educação Nutricional necessária, demonstrando que a mesma deve ser aprimorada para que o aluno seja capaz de descrever as necessidades nutricionais básicas, indicando os alimentos adequados para a composição de um cardápio nutritivo utilizando os recursos e a cultura alimentar de sua região, visando a promoção da saúde e a prevenção de doenças relacionadas a má nutrição.

Palavras chave: educação nutricional, materiais didáticos, escolar.

ABSTRACT

The formation of alimentary habits is a process that it is initiated since birth with alimentary practical introduced in the first years of life by parents, first responsible for the formation of these habits. However, with elapsing of years, the alimentary behavior can come to be affected by changes in consequence of habitat, relative to each school-grade or related to the psychological and physiological changes of each one. Thus, the Nutritional Education demands long time of action and the school is part of this process, by intervening in the culture and the attitudes with cognitive bases. The Nutritional Education aims the promotion of the health, through the formation of more healthful alimentary behaviors. The didactic materials must be a tool to promote, to construct or to modify alimentary habits. The objective of the work was to evaluate the didactic materials used in the municipal net of education in the initial grades and to verify the contents related to the feeding and children nutrition, in relation to the nutritional education. The teaching material of the content of sciences of the municipal schools of 1ª to 4ª grades of Governador Valadares - MG was carried through a research. The information had been organized in analysis category through one way that contemplated the following subjects: food, groups of foods (energy, regulating and protective, construction and of sporadical consumption), Alimentary Pyramid, Healthful Feeding, not Healthful Feeding, Alimentary Hygiene of Foods, Habits, Not Transmissible Chronic Illnesses and Nutritionals lacking Illnesses. The subjects had been qualified in terms of “satisfactorily contemplated”, “partially contemplated” and “does not contemplated”, in accordance with the concepts of Feeding and Nutrition. In accordance with the results were observed that of the 12 subjects considered for analysis 25% (n = 3) they had been classified in the criterion “takes care of” and 75% (n = 9) in the criterion “do not take care of”, considering the evaluation of the four initial grades. In the analysis, it was observed that some contents had been boarded of satisfactory form, however, the majority of the subjects did not adjust necessary the Nutritional Education, demonstrating that this must be improved for the pupil be capable to describe the nutritionals necessities basics, indicating foods adjusted for the composition of a nutritional menu using the resorts and the alimentary culture of its region, aiming at the promotion of the health and the prevention of illnesses related to bad nutrition. Keywords: Nutritional education, teaching materials, elementary student.

LISTA DE SIGLAS

PNAE = Programa Nacional de Alimentação Escolar

PRONAN = Programa Nacional de Alimentação e Nutrição

FAE = Fundação de Assistência ao Educando

FNDE = Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

CAE = Conselho de Alimentação Escolar

DTA`s = Doenças Transmitidas por Alimentos

LDB = Leis de Diretrizes e Bases

PCN = Parâmetros Curriculares Nacionais

DCNT = Doenças Crônicas não Transmissíveis

OMS = Organização Mundial de Saúde

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10

2 REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................... 12

2.1 O PERFIL ALIMENTAR DO ESCOLAR ..................................................................... 12

2.2 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL...................................................................................... 13

2.2.1 Pirâmide alimentar.................................................................................................... 16

2.3 O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DE HÁBITOS ALIMENTARES................ 18

2.4 PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE) ........................ 19

2.5 PORTARIA INTERMINISTERIAL No 1010 DE 08 DE MAIO DE 2006 ...................... 22

2.6 LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO E PARÂMETROS

CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ..................................... 23

2.6.1 Material didático ....................................................................................................... 25

2.7 DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E NUTRICIONAIS CARENCIAIS

............................................................................................................................................ 26

2.8 HIGIENE DOS ALIMENTOS ....................................................................................... 28

3 OBJETIVOS ................................................................................................................... 30

3.1 OBJETIVOS GERAL .................................................................................................... 30

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICO ........................................................................................... 30

4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 31

4.1 MATERIAL................................................................................................................... 31

4.2 MÉTODOS.................................................................................................................... 31

5 RESULTADOS ................................................................................................................. 3

6 DISCUSSÃO ................................................................................................................... 10

7 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 13

REFERÊNCIAS................................................................................................................. 14

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ......................................................................... 20

APÊNDICE (S)................................................................................................................... 23

10

1 INTRODUÇÃO

A educação nutricional deve ser utilizada como instrumento para promoção de hábitos

alimentares. O processo de ensino só é educativo quando a aprendizagem transforma o

homem de forma integral. O aprendizado deve levar em conta as aptidões do educando e

ainda suas necessidades, potencial, interesses e seu desenvolvimento neuropsíquico, exigindo

do educador desenvolver metodologias e recursos didáticos que sejam capazes de garantir a

aprendizagem e promover mudança de comportamento. Os materiais didáticos utilizados no

processo de educação nutricional devem ser usados como pontos de referência para fazer

comparações, corrigir conceitos e estimular o aprendizado de um modo geral. Uma nova

aprendizagem dependerá sempre de outras, anteriores, que constituem sua base, ou seja, os

ensinamentos transmitidos dos pais para os filhos servirão de base para desencadear o

processo de aprendizado, que será firmado pela escola. Toda ação educativa submete-se a

determinados fins e propósitos de desenvolvimento social, cultural, político e econômico.

Com isso, a educação nutricional favorece a mudança de comportamento alimentar dos

escolares visando diminuir fatores de risco para o surgimento de Doenças Crônicas não

Transmissíveis (LINDEN, 2005).

A alimentação tem uma reconhecida influência sobre surgimento de Doenças Crônicas

não Transmissíveis (DCNT), assim como sobre o desenvolvimento de Carências Nutricionais.

O sobrepeso e a obesidade são considerados fatores de risco para doenças cardiovasculares,

hipertensão, Diabetes mellitus, além das carênciais como: anemias nutricionais e

hipovitaminose, entre outras, fazendo que haja um acréscimo na demanda por orientação

alimentar. Diante dos problemas nutricionais apresentados, a escola passa a ser um dos eixos

prioritários para a promoção de hábitos alimentares saudáveis (RODRIGUES, SOARES E

BOOG, 2005).

A Educação Nutricional deve estar aliada ao Programa Nacional de Alimentação

Escolar (PNAE), já que este propicia ações que contribuem para a promoção do crescimento e

do desenvolvimento do escolar, para o processo de ensino-aprendizagem e para a formação de

hábitos alimentares saudáveis. Além disso, o PNAE poderá utilizar esse espaço educativo

para provocar o diálogo com a comunidade escolar sobre os fatores que influenciam suas

práticas alimentares diárias, tornando possível questioná-las e modificá-las, por meio de

discussão de temas como: fatores condicionantes e determinantes de práticas alimentares,

crenças, tabus, cuidados de higiene pessoal e ambiental, promovendo propostas para uma

11

dieta de melhor qualidade. Os desafios advindos desse compromisso, entretanto, são

proporcionais aos benefícios esperados (DOMENE et al., 2007).

Portanto, de acordo com evidente necessidade de garantir ao escolar uma alimentação

de qualidade e bons hábitos, não se pode ter como base apenas os Programas de Alimentação

Escolar, mas sim proporcionar a esse público, informações que garantam o aprendizado e

fortaleçam o vínculo positivo entre a educação e a saúde. Essas informações contidas nos

materiais didáticos relacionados à nutrição devem instigar a conduta de hábitos saudáveis e

reduzir o risco de Doenças Crônicas não Transmissíveis ou Doenças Carenciais.

Segundo BOOG et al., (2003), a abordagem educativa relacionada aos hábitos

alimentares tem sido favorável na transmissão de informações, contribuindo para promover

mudanças significativas nas práticas de saúde.

É importante avaliar a adequação dos materiais didáticos em relação às metodologias

empregadas, vocabulários e informações relacionadas à adequação nutricional direcionada ao

grupo alvo, pois a educação nutricional estimula a aquisição de hábitos saudáveis e reduz o

risco de doenças nutricionais.

Este trabalho teve o objetivo de avaliar os materiais didáticos utilizados na rede

municipal do município de Governador – MG, de 1ª a 4ª serie, verificando os conteúdos

relacionados à alimentação e nutrição infantil, em relação à Educação Nutricional. Auxilia na

busca pelo conhecimento dos contextos nutricionais, contribuindo para formação dos

profissionais da área de nutrição e educação.

12

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 O PERFIL ALIMENTAR DO ESCOLAR

As crianças compõem um dos principais grupos-alvo para estratégias de prevenção e

controle do sobrepeso e obesidade, não só devido às suas características como grupo de risco,

mas também por conta das possibilidades de sucesso das ações a serem executadas. A faixa

etária entre seis e doze anos corresponde a uma das fases de maior vulnerabilidade para o

desenvolvimento da obesidade. Nesta fase, o índice de massa corporal aumenta rapidamente

após um período de reduzida adiposidade durante a idade pré-escolar, o que pode indicar um

aumento do risco de obesidade nos períodos seguintes de vida. Na infância, a criança exerce

pouco domínio sobre o ambiente em que vive, como por exemplo, sobre a disponibilidade

domiciliar de alimentos, portanto pode sofrer forte influência dos hábitos alimentares dos pais

estando sujeita às mudanças nos padrões ambientais e de comportamento por causa da sua

inserção no ambiente escolar (MONDINE et al., 2007).

Segundo Schmitz et al. (2008), a escola aparece como espaço privilegiado para o

crescimento de melhoria das condições de saúde e do estado nutricional das crianças, sendo

ela um setor essencial para a promoção da saúde.

Os hábitos alimentares das crianças são formados juntamente com outros aspectos de

seu desenvolvimento. As crianças são grandes imitadoras dos pais, portanto as refeições

realizadas juntamente com a família pode e deve constituir uma das horas agradáveis do dia,

pois a refeição realizada na escola é conturbada pela inquietação do ambiente da maioria das

cantinas escolares que não fornecem um local adequado para que a criança aprecie a refeição.

O plano alimentar básico é igual para todas as crianças em idade escolar, podendo variar

dependendo de quais refeições a escola forneça. O desjejum para a criança que vai à escola é

uma refeição importante, pois propicia ao escolar uma boa iniciação para seu estudo,

facilitando o aprendizado (ANDERSON et al.,1988 ). Entretanto, de acordo com Schmitz et

al. (2008), vários estudos mostram que a alimentação de cantinas escolares é muito calórica e

tem excesso de açúcares, lipídeos e sal, estimulando hábitos alimentares errôneos.

É essencial o conhecimento do consumo alimentar individual de pré- escolares e de

outros grupos vulneráveis, pois é através destes conhecimentos que saberemos se suas

necessidades nutricionais estão sendo alcançadas. Vários são os fatores sociais e culturais que

13

podem levar a criança a receber uma alimentação insuficiente e inadequada para seu

crescimento e desenvolvimento (TRICHES e GIUGLIANI, 2005).

No Brasil, a transição nutricional tem sido caracterizada pela redução na prevalência

dos déficits nutricionais e no aumento expressivo de sobrepeso e obesidade, não só na

população adulta, mas também em crianças e adolescentes, sendo fator primordial mudanças

no estilo de vida e hábitos alimentares. O consumo alimentar está relacionado não somente ao

volume da dieta, como também na qualidade da alimentação. Estima-se que a obesidade nas

crianças está relacionada ao baixo consumo de frutas, hortaliças e leite, o aumento no

consumo de guloseimas e refrigerantes, acompanhados da omissão do desjejum. Diante do

aumento da prevalência da obesidade, torna-se de suma urgência estudar estratégias que

permitam seu controle. As práticas alimentares e a educação nutricional são destacadas como

determinantes diretos desta doença, sendo abordadas como táticas a serem seguidas para que

as crianças tenham uma alimentação mais saudável (TRICHES e GIUGLIANI, 2005).

Segundo Souza e Vilas Boas (2004), a mudança no comportamento alimentar é um processo

gradual, onde na escola o professor tem condições de colocar em prática os programas de

educação nutricional.

2.2 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

A educação nutricional está relacionada à mudança no estilo de vida e nos hábitos

alimentares dos indivíduos. A globalização caminha pari passu com a expansão capitalista,

um processo ainda em curso de integração de economias e mercados nacionais, no qual o

Brasil vem sofrendo um processo de transição relacionado à crescente modernização,

urbanização, mudança no estilo de vida e hábitos alimentares da população, influenciados por

várias culturas. Assim, a pergunta que se apresenta é a referente à que fase formar ou

contribuir para a formação dos hábitos alimentares dos indivíduos. Ora, já existem estudos

demonstrando a maior propensão pueril à aprendizagem e introjeção de hábitos. Logo, a

escola, sobretudo na mais tenra idade dessas crianças, surge como um ambiente propício para

o desenvolvimento de ações de melhoria das condições de saúde e estado nutricional das

crianças. Este é um setor estratégico para a concretização de iniciativas de promoção da saúde

e educação nutricional, a qual estimula o desenvolvimento humano saudável, as relações

construtivas e harmônicas e a preservação da cultural nacional. A responsabilidade

14

compartilhada entre sociedade, setor produtivo e setor público é caminho para a construção de

modos de vida que tenham como objetivo central uma biose saudável e redução de risco de

patologias (SCHMITZ et al., 2008).

Os relatos de educação alimentar e nutricional no Brasil têm uma estreita ligação com

as políticas de alimentação e nutrição em vigor. De 1940 a 1960, período no qual se

encontrará presidentes como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, ou seja, populistas, a

educação alimentar e nutricional está vinculada ao binômio alimentação-educação. Logo,

encontrar-se-á nesse período campanhas de introdução de novos alimentos e o estímulo a

práticas educativas (alimentares). A partir de meados de 1970, esse binômio cedeu espaço

para alimentação-renda, resultado dos novos propósitos das políticas de alimentação e

nutrição traçadas no país, as quais, a partir de então, se pautavam no reconhecimento da renda

como principal impedimento para se obter uma alimentação equilibrada e adequada. Portanto,

as estratégias de complementação alimentar passaram a ser o eixo norteador das políticas, as

quais podem ser vistas como medidas paliativas. Importante auxílio para a discussão sobre

novas perspectivas da educação alimentar e nutricional se consolidou em meados de 1980,

com a educação nutricional crítica. Essa concepção identifica uma incapacidade da educação

alimentar e nutricional em, promover mudanças nas práticas alimentares. Dessa forma, a

educação nutricional pressupunha assumir o compromisso político de colocar a produção

técnica e científica a serviço do fortalecimento das classes populares contra a exploração que

gera a fome e a desnutrição. Em 1990 a alimentação passa a ser um direito humano. É nesse

contexto que também emerge a concepção da promoção das práticas alimentares saudáveis, na

qual a alimentação tem sido colocada como uma das estratégias para a promoção da saúde.

Não parece haver dúvidas sobre a importância da educação alimentar e nutricional na

promoção de práticas alimentares saudáveis (SANTOS, 2005).

Segundo Cervato et al. (2005) a educação nutricional é um incentivo à alteração do

comportamento do educando. Ele passa de uma situação na qual sua conduta alimentar é

determinada pelo condicionamento e pelo hábito repetido mecanicamente, para outra, na qual

ele passa a se tornar sujeito de sua conduta alimentar, compreendendo seu próprio corpo e

aprendendo a ouvi-lo e observá-lo. A educação nutricional fomenta a autonomia do educando,

para que ele possa assumir a obrigação de responder pelas ações relacionadas à alimentação e

está em consonância com a estratégia educativa do auto-cuidado. A opção pelo auto-cuidado

como estratégia educativa congrega atividades para a promoção da saúde e qualidade de vida,

diminuição dos fatores de risco e redução do risco de doenças, manutenção e recuperação da

saúde e, por fim, a reabilitação.

15

Portanto, o profissional de saúde, em função de sua aptidão e responsabilidade,

desempenha um papel importante nesse processo de modificação de comportamento. O

desenvolvimento de intervenções nutricionais específicas pode contribuir para a adoção de

práticas alimentares saudáveis. Contudo, toda e qualquer intervenção nutricional educativa

terá maiores chances de sucesso, se estiver incluída em programas habituais que promovam

pequenas e confortáveis, mas importantes mudanças, por um longo período de tempo. Nota-se

que qualquer mudança que se queira introduzir para crianças ou qualquer pessoa, deve ter um

caráter gradual. Ou seja, é através de um lapso temporal mínimo e de mudanças que não

sejam profundas demasiadamente, que se torna possível a implementação de programas que

mudem os hábitos alimentares das crianças (CERVATO et al., 2005).

Órgãos nacionais e internacionais recomendam a promoção de saúde no ambiente

escolar, pois as crianças maiores de cinco anos apesar de biologicamente, nutricionalmente e

socialmente suscetíveis de se adaptarem e seguirem de forma adequada esses programas se

acham excluídas das prioridades estratégicas das políticas oficiais de saúde. Essa promoção

vem sendo citada como medida estratégica em virtude da recente propagação da cobertura

escolar para essa faixa de idade no país, propiciando, portanto, acesso a essa população no

próprio ambiente escolar. Uma análise geral de programas de saúde escolar brasileiros

demonstra que esses clamam integralidade, mas exibem prática assistencialista e subdividida

em ações isoladas, reproduzindo paradigmas da saúde, reforçando a necessidade de por em

prática uma política nacional de educação nutricional do escolar. O professor, portanto, exerce

o papel de mediador entre o saber e a interiorização por parte das crianças das novas práticas

alimentares. Deve, então, buscar introduzir nas crianças o sentimento de algo prazeroso e

muito útil para seu desenvolvimento salutar (BIZZO e LEDER, 2005).

Davanço, Taddei e Gaglianone (2004) afirmam que orientações sobre os hábitos

alimentares adequados e estilo de vida saudável beneficiam os escolares, promovendo

modificações de comportamentos na infância, levando a redução do risco de Doenças

Crônicas não Transmissíveis, apontadas como a principal causa de morte na idade adulta. O

comportamento alimentar tem suas bases instituídas na infância, propagadas pela família e

amparadas por heranças culturais. Dessa forma, os hábitos alimentares dos pais estão

associados ao comportamento alimentar dos filhos, pois, a família exerce um papel

fundamental na alimentação infantil e os pais são seus maiores exemplos. Porém, com o

decorrer dos anos, o comportamento alimentar pode vir a sofrer mudanças em conseqüência

do meio, relativas à escolaridade ou relacionadas às mudanças psicológicas e fisiológicas dos

indivíduos. Os hábitos alimentares da população escolar estão determinados por uma série de

16

fatores econômicos, culturais, sociais, históricos, geográficos e religiosos específicos de cada

comunidade, sendo que, a escola é o ambiente ideal para o processo educativo e o professor é

o membro essencial da equipe de saúde escolar, pois, além de ter maior convívio com os

alunos, está envolvido na realidade social e cultural de cada discente e possui uma semelhança

comunicativa.

Além de lidar com esses fatores de intervenção, a educação nutricional tem como

elemento de conflito a grande influência exercida pela publicidade e pela mídia sobre os

hábitos alimentares dos escolares, pois a indústria de alimentos elege esses indivíduos como

consumidor privilegiado e sensível às mensagens apresentadas. A princípio, o escolar é alvo

do sistema produtivo, pois os alimentos apresentados como mercadorias-símbolo pelo

marketing das empresas encontram nele um terreno fértil para suas vendas. A publicidade é

direcionada, sobretudo a produtos supérfluos, o que reforça a tendência de maus hábitos

alimentares na infância e na vida adulta. Vale ressaltar que alimentação cumpre funções

socioculturais e psicológicas como identidade, comensalidade, interação social, satisfação de

desejos, além da função de proporcionar prazer para o sentido do paladar e para os sentidos de

modo geral, mas deve-se ter cuidado com esses hábitos alimentares, uma vez que, dependo de

suas características qualitativas e quantitativas, eles podem acarretar malefícios à saúde,

podendo causar transtornos futuros. No entanto, a educação nutricional é o melhor caminho

para se ter hábitos alimentares saudáveis, por ser um fator determinante da qualidade de vida

do indivíduo (BOOG et al., 2003).

2.2.1 Pirâmide alimentar

De acordo com Philipp et al. (1999), ao citar Spiller, os guias alimentares são

instrumentos de orientação e informação à população visando promover saúde e hábitos

alimentares saudáveis. Os guias devem ser representados por grupos de alimentos, e são

baseados na variedade de informações incluindo a relação existente entre os alimentos e a

saúde dos indivíduos. Com um guia alimentar adequado à população poderá alcançar os

objetivos propostos.

A introdução da Pirâmide Alimentar para a população americana e a repercussão

favorável da apresentação dos alimentos em porções, foram fatores decisivos para a proposta

de adaptação à nossa população. A simples tradução do material e sua aplicação em

17

orientação nutricional não refletem a realidade da população, daí justifica-se a adaptação da

pirâmide não só em termos de apresentação dos alimentos em níveis e em porções

recomendadas, mas também na escolha de alimentos da dieta usual e do hábito alimentar.

(PHILIPP et al., 1999).

A Pirâmide Alimentar possui 4 níveis com 8 grandes grupos de produtos, de acordo

com a sua participação relativa no total de calorias de uma dieta saudável. Cada grupo de

alimentos é fonte de nutrientes específicos e essenciais a uma boa manutenção do organismo

(GAGLIANONE, 2004).

Os grupos da Pirâmide são: na base da pirâmide (grupo 1) estão os alimentos

energéticos ricos em carboidratos, que são responsáveis pelo fornecimento da maior parte da

energia de que precisamos; no segundo degrau da pirâmide (grupos 2 e 3) estão as frutas e

hortaliças, que são alimentos reguladores e protetores, ricos em vitaminas, sais minerais,

fibras e água; no terceiro degrau estão os alimentos construtores (grupos 4, 5, 6), ricos em

proteínas e cálcio, ferro, zinco, gorduras e colesterol; no grupo 4 estão o leite, os derivados

de leite, queijos, bebidas lácteas etc; no grupo 5 estão as carnes e ovos; e no grupo 6 estão as

leguminosas (feijão, soja, ervilha, etc); no último degrau da pirâmide (grupos 7 e 8) estão os

alimentos energéticos, ricos em calorias e colesterol; as gorduras e o colesterol transportam

as vitaminas A, D, E, K, mas devem ser consumidas em pequenas quantidades; no grupo 7

estão os óleos e gorduras; e o grupo 8 é composto pelos açúcares, balas, chocolates,

refrigerantes; são alimentos que provêem muitas calorias e poucos nutrientes

(GAGLIANONE, 2004).

É de suma importância desenvolver, implementar e validar os guias alimentares, pois

eles são um guia de saúde pública e uma ferramenta de educação nutricional. Além disso,

devido a mudanças nos padrões nutricionais ocorridas nos últimos anos, eles têm objetivo de

promover hábitos saudáveis e prevenir DCNT (BARBOSA; SALLES-COSTA e ABREU,

2006).

18

Fonte: S.T.PHILIPP et al. 1996

2.3 O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DE HÁBITOS ALIMENTARES

A educação nutricional exige longo tempo de ação e a escola faz parte desse processo,

pois é o local onde as crianças passam grande parte de sua vida, e esta deve atuar de maneira

significativa na formação de opiniões e na construção de conceitos, intervindo na cultura e nas

atitudes com bases cognitivas, sendo um local de referência para a implementação de

qualquer programa que vise a educação do indivíduo. A promoção de práticas alimentares

saudáveis se constitui uma estratégia de vital importância para o enfrentamento dos problemas

alimentares e nutricionais do contexto atual (SANTOS, 2005).

Promover a adoção de hábitos alimentares saudáveis ainda representa um grande

desafio para os profissionais da saúde e da educação. O ponto de partida é determinar que a

mudança de hábitos alimentares requer, tanto mais do que prescrição ou proibição de

alimentos, sua compreensão (SCHIMTS et al., 2008).

De acordo com Davanço, Tadei e Gaglianone (2004), a escola deve ser considerada

um ambiente propício para o processo educativo, o professor é o membro principal da equipe

de saúde escolar, pois, além de ter maior contato com os alunos, está envolvida na realidade

social e cultural de cada discente. A capacitação do professor primário para estimular a

formação de hábitos alimentares saudáveis é o primeiro passo para a promoção da saúde da

população, a curto, médio e longo prazos, no ambiente escolar. Esta capacitação consiste em

conhecimento dos preceitos teóricos de dieta equilibrada, uma postura consciente de sua

19

atuação na formação dos hábitos alimentares da criança. Afinal o desenvolvimento de ações

educativas no ambiente escolar deve ter como base os conceitos corretos sobre nutrição.

Bizzo e Leder (2005) ressaltam que a implementação da educação nutricional como

obrigatória no ensino fundamental evidencia-se como uma política pública essencial às

necessidades nutricionais, de saúde e sociais da população escolar, demandando

investimentos em sua concretização e nos requisitos técnico-científicos fundamentais à sua

efetivação. A escola, como promotora de saúde deve desenvolver estratégias de intervenção

que envolvam toda a comunidade escolar na formação de hábitos de vida saudáveis,

propiciando aos escolares um ambiente com opções de lanches nutricionalmente equilibrados,

exercícios físicos regulares e programas de educação nutricional (GABRIEL, SANTOS e

VASCONCELOS, 2008). A nutrição tem sido aceita como um pré-requisito para um bom

crescimento e desenvolvimento. Não se pode negar que a ingestão de uma dieta adequada em

quantidade e qualidade é um fator relevante na vida de um ser humano a partir de sua

concepção até sua morte (GUARDIOLA, EGEWARTH e ROTTA, 2001).

A educação nutricional proporia a construção coletiva do conhecimento mediante

planejamento didático participativo com integração entre a equipe de saúde, a escola, a

criança e a família, e tendo como ponto-chave os conteúdos trabalhados ao longo do processo

e no momento da expressão das práticas, crenças, saberes e vivências da criança, de maneira

integrada, e não dissociados em práticas pedagógicas exclusivamente teóricas. A preparação

básica do nutricionista com vistas à prática pedagógica em nutrição tem lugar

majoritariamente, por meio da disciplina de graduação Educação Nutricional, que deve

capacitar o profissional a atuar em todos os níveis desse processo educativo. Apesar disso,

evidencia-se que a disciplina Educação Nutricional necessita ser fortalecida, não apenas como

veículo de qualificação profissional para a compreensão e domínio de instrumentos

metodológicos, mas, sobretudo, para a construção de uma capacidade criadora e analítica

fundamentada em sólida formação teórica e em experiências práticas significativas (BIZZO e

LEDER, 2005).

Como afirmaram Schimts et al. (2008), a escola é propícia à aplicação de programas

de educação em saúde em larga escala, incluindo programas de educação nutricional desde

que estes consistam em processos ativos, lúdicos e interativos, que favoreçam mudanças reais

de atitudes e das práticas alimentares.

2.4 PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE)

20

Os cardápios devem ter um equilíbrio em quantidade e qualidade de macronutrientes

(carboidratos, lipídeos e proteínas) e micronutrientes. O PNAE apresenta como diretrizes o

emprego da alimentação saudável e a aplicação da educação alimentar e nutricional, tendo

como objetivo assegurar que sejam supridas, parcialmente, as necessidades nutricionais dos

alunos, além de estimular a incorporação de temas relativos à nutrição ao currículo escolar

(ROSA et al., 2008).

De acordo com Santos et al. (2007), a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 208,

incisos IV e VII, tornou a alimentação dos alunos da rede pública como um direito legal,

assegurando o atendimento universal aos escolares por meio de um programa de alimentação,

sem qualquer distinção. A intervenção pública brasileira neste campo tem uma história

bastante longa: o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O marco inicial do

PNAE ocorreu em 1955, com a assinatura do Decreto n°. 37.106, instituindo a Campanha de

Merenda Escolar, subordinada ao Ministério da Educação. Até 1960 os alimentos eram

obtidos por doação de instituições internacionais. Essa intervenção passa a assumir uma

dimensão de política social de âmbito nacional como parte integrante do II PRONAN

(Programa Nacional de Alimentação e Nutrição) implantado a partir de 1976 pelo Instituto

Nacional de Alimentação e Nutrição. A Campanha de Alimentação Escolar, na década de 70,

foi o programa de maior abrangência dentre todos os que integraram o PRONAN, chegando a

atingir, em 1979, 14 milhões de escolares. A partir de 1983 a operação do programa passou à

responsabilidade da Fundação de Assistência ao Educando (FAE), extinta em 1997. O PNAE

então passa a ser coordenado pela Secretaria Executiva do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (FNDE). A partir da década de 80 o Programa de Alimentação

Escolar incorporou a descentralização, destacando a municipalização e a participação

comunitária. A municipalização foi instituída no início de modo experimental, via convênios

com o Ministério da Educação. Destaca-se que o PNAE alcançou bons resultados entre os

programas nacionais submetidos ao processo descentralizador. Ao final de 1995, 3.380

municípios haviam assumido a gestão do programa, o que dá a dimensão de sua importância

no cenário da intervenção social em segurança alimentar no Brasil.

O objetivo da descentralização era de permitir a normalização no abastecimento dos

alimentos, proporcionar melhoria na sua qualidade, atender aos hábitos alimentares dos

estudantes, impulsionar a economia local e regional, diminuir custos operacionais e estimular

a participação da comunidade. Os recursos do PNAE são destinados, exclusivamente, à

compra de alimentos, devendo 70% desses serem utilizados na aquisição de produtos básicos,

ou seja semi-elaborados e in natura. Estes devem estar presentes diariamente no cardápio,

21

elaborado e programado por nutricionista habilitado, com a participação do Conselho de

Alimentação Escolar (CAE), devendo ter um índice de aceitação pelos alunos superior a 85%.

Esse Programa atende alunos matriculados na educação infantil (creches e pré-escolas) e no

ensino fundamental (1ª a 8ª série) da rede pública, inclusive escolas indígenas e localizadas

em comunidades quilombolas, além de escolas mantidas por entidades filantrópicas,

cadastradas no Censo Escolar e registradas no Conselho Nacional de Assistência Social

(MUNIZ e CARVALHO, 2007).

O CAE tem função de fiscalizar, controlar a aplicação dos recursos e participar da

elaboração dos cardápios, que devem ser de acordo com a referida lei, respeitando os hábitos

alimentares e as vocações agrícolas regionais. As funções de orientar, fiscalizar e controlar a

aplicação dos recursos destinados à merenda, bem como a prerrogativa de interferir nas

decisões de compra de produtos e na composição dos cardápios, deve ser exercido sob pena

de comprometer os princípios da descentralização e fragilizar o Programa Nacional de

Alimentação Escolar (PIPITONE et al., 2003).

O valor repassado pela União, por dia letivo, é de R$ 0,22 por aluno de creches

públicas e filantrópicas, de R$ 0,22 por estudante do ensino fundamental e da pré-escola. Para

os alunos das escolas indígenas e localizadas em comunidades quilombolas, o valor per capita

é de R$ 0,44. A transferência é feita em dez parcelas mensais, a partir do mês de fevereiro,

para a cobertura de 200 dias letivos. Cada parcela corresponde a vinte dias de aula. O

cardápio escolar deve ser programado de modo a suprir, no mínimo, 30% (trinta por cento)

das necessidades nutricionais diárias dos alunos das creches e escolas indígenas e das

localizadas em áreas remanescentes de quilombos, e 15% (quinze por cento) para os demais

alunos matriculados em creches, pré-escolas e escolas do ensino fundamental (BRASIL,

2004).

Mascarenhas e Santos (2006) afirmam que a ingestão de uma alimentação saudável é

importante desde a infância, período que constitui a base da formação do ser humano, é

justamente nessa fase que se formam os hábitos alimentares. A família e a escola são muito

importantes nesta fase, pois é por meio deles que os valores serão repassados e a criança

passará a conhecer novos alimentos. As necessidades nutricionais de uma criança são

definidas com base em seu metabolismo basal, taxa de crescimento e atividades

desenvolvidas. A energia da dieta deve ser o suficiente para assegurar o crescimento, mas sua

ingestão não deve ser excessiva de maneira que resulte em obesidade e nem deficiente

podendo vir a desenvolver um quadro de desnutrição.

22

Diante desse contexto há necessidade de uma atenção especial a esse grupo etário, no

sentido de fornecer alimentos em quantidade e qualidade que satisfaçam suas reais

necessidades nutricionais, de forma a minimizar riscos à saúde e permitir que seu potencial

genético de crescimento e desenvolvimento sejam atingidos. Com isso se faz necessário

aproveitar o espaço instituído pelo PNAE para desenvolver um programa contínuo de

promoção de hábitos alimentares saudáveis, considerando o monitoramento do estado

nutricional dos escolares, com ênfase no desenvolvimento de ações de prevenção e controle

dos distúrbios nutricionais e educação nutricional. Uma alimentação adequada,

principalmente durante a infância, tem o papel de promoção e de manutenção da saúde e do

bem-estar indivíduo ao longo de sua vida (CRUZ et al., 2001).

O nutricionista é um profissional de saúde que atua nas interações entre o homem e o

alimento, podendo exercer a sua função de promover a saúde na escola por meio de atividades

assistenciais e educativas relacionadas com o desenvolvimento do Programa de Alimentação

Escolar, integrando-se com os demais profissionais que atuam nesse espaço. Portanto, as

atividades educativas em nutrição podem e devem ser utilizadas como um importante

instrumento de apoio na promoção da saúde aproveitando-se do espaço criado pelo Programa

de Alimentação Escolar para refletir, analisar e discutir fatores como a desinformação, a

pressão publicitária, os hábitos alimentares e sociais e mesmo as alterações de ordem

psicológicas. O nutricionista deve ter participação ativa nas discussões do campo educativo,

interagindo com a equipe escolar, sugerindo atividades com o objetivo de tornar

compreensível a importância do PNAE, discutindo sua função na escola e contribuindo para o

reconhecimento dos limites e das possibilidades que apresenta como instrumento educativo

em nutrição escolar (COSTA; RIBEIRO, BRANT e RIBEIRO, OTERO, 2001).

2.5 PORTARIA INTERMINISTERIAL No 1010 DE 08 DE MAIO DE 2006

O Ministério da Saúde e Ministério da Educação no uso de suas atribuições instituiu

através da Portaria Interministerial No 1010 de 08 de Maio de 2006, as diretrizes para a

Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível

médio das redes pública e privada, em âmbito nacional, favorecendo o desenvolvimento de

ações que promovam e garantam a adoção de práticas alimentares mais saudáveis no

ambiente escolar.

23

A Declaração Universal dos Direitos Humanos traz, no seu contexto, que todo homem

tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família, saúde e bem-estar,

inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e serviços sociais

indispensáveis. É essencial ressaltar que o direito a alimentação não se restringe à ingestão de

alimentos, mas também ao acesso a alimentos de boa qualidade. A alimentação saudável é

compreendida como direito humano de se alimentar adequadamente de acordo com as

necessidades biológicas e sociais dos indivíduos (MESQUITA, PINTO e SARMENTO,

2006).

Dentre as principais resoluções da Portaria Interministerial 1010, inclui reconhecer que

a alimentação saudável deve ser entendida como direito humano, compreendendo um padrão

alimentar adequado às necessidades, de acordo com as fases do curso da vida e com base em

práticas alimentares que assumam os significados sócio-culturais dos alimentos. A escola

deve de um modo geral dimensionar as ações desenvolvidas no cotidiano escolar, valorizando

a alimentação como estratégia de promoção da saúde. (BRASIL, 2006).

A escola é propícia à aplicação de programas de educação em saúde em larga escala,

incluindo programas de educação nutricional. Estes devem consistir em processos ativos,

lúdicos e interativos, que favoreçam mudanças de atitudes e das práticas alimentares

(SCHMITZ, et al., 2008).

Para alcançar uma alimentação saudável no ambiente escolar, devem-se implementar

ações que englobem estratégias, em conjunto com a comunidade escolar, família, e ainda

sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com alimentação na escola para produzir e

oferecer alimentos mais saudáveis com boas práticas para serviços de alimentação. Como

ações práticas recomenda-se restringir a oferta e a venda de alimentos com alto teor de

gordura, gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e desenvolver opções de alimentos

e refeições saudáveis na escola, aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e

verduras. É importante ressaltar porem, que definir que a avaliação de impacto da alimentação

saudável no ambiente escolar deva contemplar a análise de seus efeitos a curto, médio e longo

prazo (BRASIL, 2006).

2.6 LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO E PARÂMETROS

CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

24

Nas últimas décadas, muitos esforços tem sido investidos nas mudanças na educação

básica no Brasil, mudanças que iniciaram com a Constituição Federal de 1988, se

consolidaram nos anos da 1990 com a implantação das Leis de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB/1996) e Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental

(PCN/1997), estes fatos tornaram o período de 1988 a 2002 um recorte histórico na área da

educação em relação a reformas e legislações federais (VIANNA e UNBERHAUM, 2004).

De acordo com Mello (2000), a LDB de1996 consolidou e tornou norma o processo de

ensinar e aprender: prescreveu um paradigma curricular no qual os conteúdos de ensino

deixam de ter importância em si mesmos e são entendidos como meios para produzir

aprendizagem e constituir competências nos alunos. Estados, municípios e escolas estão, por

sua conta, adotando as providências necessárias à organização de seus currículos de acordo

com o novo paradigma disposto na LDB e nas normas nacionais. Se a aprovação da LDB

marcou o final da primeira geração de reformas educacionais, as diretrizes e parâmetros

curriculares inauguraram a segunda geração, que tem duas características a serem destacadas:

não se trata mais de reformas de sistemas isolados, mas sim de regulamentar e traçar normas

para uma reforma da educação em âmbito nacional; e atinge, mais que na etapa anterior, o

âmago do processo educativo, isto é, o que o aluno deve aprender, o que ensinar e como

ensinar.

Como sugerem os Parâmetros Curriculares, o tema nutrição pode ser trabalhado ao

lado do conhecimento sobre as substâncias alimentares e suas funções no organismo,

necessidades alimentares de acordo com idade, sexo, atividade e clima da região onde vive,

pode-se estudar o problema da deterioração dos alimentos e as técnicas desenvolvidas para

conservação. A indústria alimentícia pode ser discutida, investigando-se alguns processos de

transformação dos alimentos, adição de substâncias corantes, conservantes, e ainda discutir

relações com aspectos político-econômicos envolvidos na disponibilidade de tais alimentos.

Alunos desse ciclo podem investigar aspectos culturais e educacionais dos hábitos

alimentares, as principais substâncias, funções e higiene (BRASIL, 1997).

Outra investigação possível diz respeito às substâncias que compõem os alimentos e

seus papéis no funcionamento do corpo. Por meio de experimentos simples os alunos podem

verificar a presença de água, açúcares e amido em diferentes alimentos e ainda se interar de

princípios básicos da nutrição como o fato de que garantir uma alimentação é garantir o

fornecimento de energia e de materiais de construção do corpo (BRASIL, 1997).

Segundo Mello (2000), os cursos de formação de docente devem ter como referência

os planos curriculares e os projetos pedagógicos dos sistemas de ensino públicos e privados e,

25

sempre que possível, das próprias escolas. Isso poderá estimular o surgimento de vários

modelos de formação de professores, com maior adequação às necessidades individuais de

cada aluno.

2.6.1 Material didático

A educação brasileira vem por meio da legislação de políticas públicas específicas,

seguir sistematicamente uma tendência mundial, determinando vínculo direto com o mercado

de trabalho, acompanhando as mudanças sociais, políticas e econômicas, bem como as

exigências de um mercado cada vez mais rigoroso e inflexível com a organização do próprio

seguimento de trabalho. Por sua vez o material didático, em especial, o livro e apostila são os

principais recursos utilizados, pelos professores, no seu trabalho diário de preparação de aulas

e para os alunos, é uma das únicas fontes de pesquisa e estudo. Torna-se de suma importância

a análise desses materiais, visando o progresso da qualidade do mesmo, referente à forma de

estruturação e apresentação dos conteúdos (SANTOS et al., 2007).

De acordo com Caldas (2006), os caminhos metodológicos entre as áreas de

comunicação e educação vêm sendo percorridos há muito tempo, sem que os especialistas

desses campos do conhecimento consigam chegar a um denominador comum para a interface

indispensável no uso adequado da mídia na escola. Nas sociedades modernas, em que os

meios de comunicação interferem diretamente na formação das pessoas, sejam elas crianças,

jovens ou adultos, não há mais como contestar a importância de pesquisas integradas entre

esses dois campos de estudo para resultados mais convincentes nos procedimentos

pedagógicos das escolas.

Na inaptidão da leitura além dos códigos lingüísticos dos alunos, sejam eles de

escolas públicas ou privadas, tem sido objeto de reflexão dos educadores brasileiros para

estabelecer as causas e encontrar caminhos para transformação desta realidade. Não são

limitados os especialistas que apontam as fragilidades do sistema educacional do país, tais

como: superficialidade, excesso de conteúdo e pouca precaução com a linguagem. O livro

didático é um extenso campo de pesquisa. Para entendê-lo, na sua função educacional, sua

história e sua existência entrelaçada na vida social brasileira, é indispensável considerar

diferentes campos de estudo e privilegiar uma diversidade de fontes. Entre as produções

existentes, a maioria tem como fundamento a análise do próprio livro e de seus conteúdos. Os

26

estudos investigam, fundamentalmente, seus discursos textuais e iconográficos, e de que

forma difundem conhecimentos científicos atualizados ou ultrapassados. Produções recentes

têm diversificado temas e documentos, dando conta desde seu conhecimento, produção,

difusão e uso, quanto de suas relações com as políticas públicas, os currículos escolares e a

indústria editorial. Nessa linha, pesquisas a partir de fontes orais começam a contribuir

também para estender a compreensão do papel histórico e social dos manuais escolares.

(FERNANDES, 2004).

Os hábitos alimentares adquiridos na idade escolar tendem a se solidificar até a vida

adulta e por isto é importante estimular a formação de hábitos saudáveis o mais

precocemente. Pois a finalidade da educação em saúde pode ser a mesma que de todo bom

ensino, isto é ajudar os alunos a descobrirem os princípios, padrões e valores que melhor se

adaptem as suas necessidades, visando à qualidade de vida individual e coletiva (LINDEN,

2005).

2.7 DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E NUTRICIONAIS CARENCIAIS

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis são influenciadas pelo ambiente, estilo de

vida e ingestão alimentar, por isso são passiveis de prevenção. Variam quanto à gravidade:

algumas são debilitantes, outras incapacitantes e algumas letais. Afetam muitos sistemas do

corpo humano e incluem, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, osteoporose, alguns tipos

de câncer, bem como doenças coronarianas. Devido a altos índices de mortalidade causados

pelas DCNT observa-se que é possível, viável e necessária uma abordagem dietética e

educativa a fim de obter resultados positivos na sua prevenção (BRASIL, 2006).

De acordo com Triches e Giugliani (2005), a educação nutricional vem sendo

abordada como novo binômio a ser seguido - educação/nutrição, sendo usada na busca de

novas estratégias de combate à obesidade. Baseando-se no fato de que as crianças têm poucos

conhecimentos em nutrição e hábitos alimentares, evidencia-se que a escola, os pais e mídia

têm veiculado mensagens insuficientes e ineficazes de hábitos alimentares mais saudáveis.

Vários estudos no Brasil mostram que a prevalência de sobrepeso e obesidade tem

aumentado significativamente na maioria dos estados, resultados que vem reforçar os

publicados pela Pesquisa de Orçamento Familiar (POF, 2002- 2003) que revelou uma media

de 18% de sobrepeso em adolescente de 12 a 14 anos.

27

Suñé et al. (2007) afirmam haver uma associação entre a obesidade e diversas doenças

crônicas não transmissíveis tais como, doença coronariana, Diabetes mellitus, hipertensão

dislipidemias, auto consumo de alimentos industrializados com alto nível calórico e pela falta

de atividade física entre outras. É importante ressaltar que o tratamento da obesidade deve

partir de uma modificação comportamental da sociedade que resulte em hábitos alimentares

saudáveis, alimentação de qualidade e atividade física preventiva.

Apresentando-se como mais um desafio para o serviço de saúde e para a sociedade de

um modo geral, está o Diabetes mellitus, que segundo a organização mundial de saúde é uma

das mais importantes DCNT da esfera mundial. Zanetti e Mendes (2001) afirmam que

particularmente os Diabetes mellitus requerem da criança e adolescente diabético, das famílias

e dos profissionais de saúde, esforços conjuntos para que os portadores atinjam um bom

controle metabólico, a fim de minimizar as complicações advindas a longo prazo. Portanto

pode-se afirmar que desenvolver, implementar e validar os guias alimentares infantis, e

utilizá-los como uma ferramenta de educação nutricional associada à promoção de hábitos

saudáveis é uma inovadora estratégia para a redução de riscos de doenças crônicas não

transmissíveis.

A hipertensão arterial em crianças é uma doença que tem vários fatores determinantes

como, valores iniciais elevados, idade, sexo, ingestão de sal, obesidade, sedentarismo, fatores

genéticos e ambientais. Intervenções educativas e acompanhamento clínico durante o período

da infância e da adolescência poderiam ser mais eficazes para a redução do risco de

hipertensão arterial que aqueles realizados com adultos, o que justificaria a identificação de

indicadores de risco em populações mais jovens (ARAÚJO et al., 2007).

Confirma-se, portanto a necessidade de monitoração da pressão arterial rotineira de

crianças e adolescentes e a identificação precoce de indicadores de risco como sobrepeso,

obesidade, sedentarismo e paralelamente realizar uma avaliação nutricional para a redução de

riscos de eventos cardiovasculares e doenças associadas no futuro. Por outro lado, dentre as

doenças relacionadas às carências nutricionais destaca-se a anemia ferropriva que constitui

um sério problema de saúde pública em todo mundo. Ela é definida pela Organização

Mundial de Saúde (OMS-1965) como “um estado em que a concentração de hemoglobina do

sangue é anormalmente baixa em conseqüência da carência de um ou mais nutrientes

essenciais, qualquer que seja a origem desta carência”. Vários são os nutrientes cuja falta

concorre para a instalação das anemias carenciais, porém o ferro é, dentre eles, o mais

importante, responsável por 90% delas. Sabe-se que a anemia interfere nos processos de

crescimento e desenvolvimento, com algumas conseqüências que devem ser salientadas:

28

prejuízo no desenvolvimento mental e motor; prejuízo no desenvolvimento da linguagem;

alterações comportamentais e psicológicas como falta de atenção, fadiga, insegurança e

diminuição da atividade física (GRILLO et al., 2005).

2.8 HIGIENE DOS ALIMENTOS

Os alimentos em geral são fonte de prazer e de saúde quando ingeridos nas

quantidades corretas e preparados de forma correta. Porém, também podem ser fonte de

doenças se cuidados higiênicos forem esquecidos durante o preparo das refeições. A garantia

da qualidade higiênica dos alimentos implica a adoção de medidas preventivas e de controle

em toda a cadeia produtiva, desde sua origem até o consumo do alimento. A manipulação dos

alimentos segundo as boas práticas de higiene é essencial para redução dos riscos de doenças

transmitidas pelos alimentos. Os alimentos não devem apresentar perigos intrínsecos ou

contaminação de natureza biológica, física ou química em níveis que comprometam a saúde

do indivíduo. A promoção da qualidade higiênica dos alimentos deve ser uma prioridade na

agenda da saúde pública, uma vez que a disponibilidade de alimentos seguros, além de

melhorar a saúde das pessoas e a produtividade de um país, é um direito básico do cidadão

(BRASIL, 2006).

À medida que a promoção e a garantia da segurança alimentar vêm sendo

incorporadas aos planos estratégicos dos governos, estudos sobre condições higiênicas e

práticas de manipulação e preparo de alimentos vêm sendo conduzidos em todo o mundo e

também no Brasil. Dentre eles, cabe destacar a preocupação com a qualidade sanitária de

alimentos comercializados e consumidos em espaços coletivos, inclusive naqueles

educacionais, o que tem sido objeto de diferentes pesquisas (CARDOSO, SOUZA e

SANTOS, 2005).

Sabe-se que a maioria dos surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA) se

desenvolve por falhas no processo produtivo, tais como manipulação inadequada, má

utilização da temperatura de preparo e conservação dos alimentos, contaminação cruzada,

higiene pessoal deficiente, limpeza inadequada dos equipamentos e utensílios e contato de

manipuladores infectados com o alimento pronto para consumo. Desta forma, a implantação

de sistemas de qualidade e a preservação da higiene é de fundamental importância quando se

manipula alimentos. Entretanto, muitas vezes, ela é negligenciada ou efetuada sob condições

29

inadequadas, favorecendo o desenvolvimento de microrganismos contaminantes (BRASIL,

2006).

30

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVOS GERAL

Avaliar os materiais didáticos utilizados na rede municipal de ensino de Governador Valadares – MG nos anos iniciais e verificar se os conteúdos relacionados à alimentação e nutrição estão em conformidade com os conceitos do Ministério da Saúde.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICO

Avaliar as informações dos materiais didáticos (livros) à luz do conhecimento científico e classificá-los de acordo com os conceitos elaborados pelo Ministério da Saúde.

Verificar o conteúdo e destacar as palavras ou expressões inadequadas para a compreensão do tema.

31

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 MATERIAL

Foram avaliados os materiais didáticos quanto ao conteúdo de ciências de 1ª à 4ª série

no ano de 2009, de 19 escolas municipais de Governador Valadares – MG.

4.2 MÉTODOS

Após a localização dos textos foi realizada uma leitura detalhada, para analisar as

informações referentes ao tema. As informações foram organizadas em categoria de análise de

forma que contemplem os seguintes temas: Alimento, Pirâmide Alimentar, Grupos de

alimentos (energéticos, reguladores e protetores, construtores e de consumo esporádico),

Alimentação Saudável, Alimentação não Saudável, Higiene dos Alimentos, Hábitos

Alimentares, DCNT e Doenças Nutricionais Carenciais.

As informações sobre os temas foram qualificadas segundo as recomendações

científicas, baseando-se em conceitos elaborados por técnicos do Ministério da Saúde e foram

classificados de acordo com os quesitos: “atende”, “atende parcialmente” e “não atende”.

O critério “atende” foi determinado considerando-se informações que atendessem em

aspectos qualitativos e quantitativos os conceitos oficiais referidos a seguir, a fim de garantir

um entendimento satisfatório ao escolar da série correspondente ao material.

O critério “atende parcialmente” foi determinado considerando-se as informações que

atendessem em aspectos qualitativos ou quantitativos os conceitos oficiais referidos a seguir, a

fim de garantir um entendimento satisfatório ao escolar da série correspondente ao material.

O critério “não atende” foi determinado considerando-se materiais que não continha

informações sobre Alimentação e Nutrição ou informações inválidas.

Para comparações e classificações dos termos analisados foram selecionados conceitos

de órgãos oficiais do Ministério da Saúde, contidos em publicações como Guia Alimentar

para População Brasileira (BRASIL, 2006) e Glossário Temático Alimentação e Nutrição

(BRASIL, 2008).

32

- Alimento → Substância que fornece os elementos necessários ao organismo humano para

a sua formação, manutenção e desenvolvimento.

Nota: alimento é a substância ou mistura de substâncias em estado sólido, líquido, ou pastoso, adequadas ao consumo humano.

- Alimentos Energéticos → Arroz, milho e trigo, alimentos como pães e massas,

preferencialmente na forma integral; tubérculos como as batatas; raízes como a mandioca

devem ser a mais importante fonte de energia e o principal componente da maioria das

refeições.

- Alimentos reguladores → Frutas, legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e

fibras e devem estar presentes diariamente nas refeições, pois contribuem para a proteção à

saúde e diminuição do risco de ocorrência de várias doenças.

- Alimentos construtores → As leguminosas como os feijões e as oleaginosas como as

castanhas e sementes são alimentos fundamentais para a saúde. Leite e derivados, principais

fontes de cálcio na alimentação, e carnes, aves, peixes e ovos fazem parte de uma alimentação

nutritiva que contribui para a saúde e para o crescimento saudável.

- Alimentos de consumo esporádico → Gorduras, açúcares e sal, alimentos cujo consumo

deve ser reduzido por estarem associados ao maior risco de doenças crônicas não

transmissíveis (DCNT) como obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e alguns

tipos de câncer; gorduras e açúcares são alimentos com alta densidade de energia; o principal

componente do sal é o sódio.

- Alimentação Saudável → Refeições são saudáveis quando preparadas com alimentos

variados, com tipos e quantidades adequadas às fases do curso da vida, compondo refeições

coloridas e saborosas que incluem alimentos tanto de origem vegetal como animal.

- Alimentação não Saudáveis → Alimentação desequilibrada. Padrão alimentar inadequado

às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos e de acordo com as fases do curso da vida.

Notas: i) Pode ser desarmônica e insegura quanto aos aspectos sanitários. ii) Esse conceito

desconsidera as práticas alimentares culturalmente referenciadas e não valoriza o consumo de

33

alimentos saudáveis regionais (como legumes, verduras e frutas), e consumida habitualmente

pode levar a distúrbios nutricionais.

- Higiene dos alimentos → Conjunto de condições e de medidas necessárias para

produção, processamento, armazenamento e distribuição de alimentos, a fim de garantir um

alimento inócuo à saúde, seguro e saudável para consumo humano.

- Hábitos Alimentares → Usos, hábitos e costumes que definem padrões de consumo

alimentar de acordo com os conhecimentos científicos e técnicas de uma boa alimentação.

- DCNT → São um grupo de enfermidades cujo processo de instalação no organismo

geralmente se inicia com alterações, sem que o indivíduo perceba e que demoram anos para se

manifestar. Geralmente não há cura porque as lesões causadas são irreversíveis, levando a

complicações com graus variáveis de incapacidade ou morte, sendo que as principais são as

do aparelho circulatório (hipertensão arterial, infarto do miocárdio e outras doenças do

coração, derrame ou acidente cerebrovascular), os diversos tipos de câncer, o diabetes, as

doenças pulmonares obstrutivas crônicas (como o enfisema e bronquite crônica), as

doenças osteo-articulares (como a osteoporose e as artroses), a obesidade, as dislipidemias

(excesso de gordura no sangue), entre outras.

- Doenças Nutricionais Carenciais → Situação em que deficiências gerais ou específicas de

energia e nutrientes resultam na instalação de processos orgânicos adversos para a saúde.

- Pirâmide alimentar → Guia alimentar que representa graficamente, na forma de pirâmide,

seis grupos básicos de alimentos.

Nota: serve de instrumento educativo para ilustrar e recomendar a proporção da alimentação e o número de porções a serem consumidas diariamente de cada um dos

grupos de alimentos.

Na avaliação do contexto dos materiais didáticos, considerou-se que o material

avaliado é direcionado aos anos iniciais do ensino fundamental, portanto a comparação com

os conceitos oficiais dos temas limitou-se vocabulários simplórios.

Para o registro dos dados foi elaborada uma ficha, como é mostrado na Tabela 1.

34

A metodologia segue as recomendações da análise de conteúdo temática simples

proposta por Bardin (1979) que consiste em operacionalmente organizar-se em torno de três

etapas: a pré – análise; a exploração do material; e, por último, o tratamento dos resultados

obtidos e a interpretação.

Tabela 1 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livros didáticos

adotados para 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental. Governador Valadares, 2009. AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento

Pirâmide Alimentar

Alimentos Energéticos

Alimentos Reguladores e Protetores

Alimentos Construtores

Alimentos de Consumo Esporádico

Alimentos Saudáveis

Alimentos não Saudáveis

Higiene dos Alimentos

Hábitos Alimentares

DCNT

Doenças Nutricionais Carenciais

Ao fazer a coleta de dados e consultando a Secretaria Municipal da Educação/SMED

para constatar o número de escolas existentes na cidade de Governador Valadares, foram

selecionadas 19 escolas municipais da zona urbana.

O contato com as escolas foi realizado pessoalmente e formalizado mediante ofício

encaminhado à Direção, explicando os objetivos da pesquisa e solicitando o acesso aos livros.

Os ofícios constam no APÊNDICE deste trabalho.

Em cada escola que foi visitada, foram consultados os livros das áreas de Ciências, no

Ensino Fundamental e que foram adotados pela instituição no ano de 2009, tanto pelos

professores quanto pelos alunos, para estudo e pesquisa.

35

A cada livro analisado, as informações foram registradas em uma ficha, conforme

apresentado na Tabela 1. Estas informações foram submetidas à luz do conhecimento

científico e classificadas de acordo com os conceitos do Ministério da Saúde, para destacar e

avaliar a inadequação de palavras, expressões e termos relacionados aos temas.

36

5 RESULTADOS

Foram coletados 67 livros didáticos, sendo que 30 foram avaliados, pelo fato de várias

escolas terem adotado a mesma coleção para o ano de 2009. Destes 30 livros, 9 eram de 1ª

série, 8 de 2ª série, 8 de 3ª série e 5 de 4ª série.1

As análises foram realizadas em cada material didático utilizado nas series iniciais,

conforme Tabelas de 1 a 30, que constam no APÊNDICE deste trabalho.

De acordo com os dados apresentados na Tabela 2, a análise dos conteúdos de

Alimentação e Nutrição contidos nos livros de 1ª série, em conformidade com o critério

“atende”, verificaram-se os seguintes itens: Pirâmide Alimentar, Alimentos Energéticos,

Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos Construtores, Alimentos de Consumo

Esporádicos, Alimentação Saudável, Alimentação não Saudável, Higiene dos Alimentos,

Hábitos Alimentares e DCNT.

Para o critério “atende parcialmente” em termos qualitativos, foi constatado o seguinte

item: Alimentos Construtores.

Em relação ao critério “não atende” foram verificados os seguintes itens: Alimento,

Pirâmide Alimentar, Alimentos Energéticos, Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos

Construtores, Alimentos de Consumo Esporádicos, Alimentação não Saudável, Higiene dos

Alimentos, Hábitos Alimentares DCNT e Doenças Nutricionais Carenciais.

1 As referências dos livros analisados estão citadas nas REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES deste trabalho.

37

Tabela 2 - Resultado da análise dos Materiais Didáticos de 1ª série do Ensino Fundamental, segundo os critérios “atende”, “atende parcialmente” e “não atende”, para os conteúdos de Alimentação e Nutrição.

AVALIAÇÃO

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

TEMA

n % n % n %

Alimento 9 100,00

Pirâmide Alimentar 1 11,11 8 88,88

Alimentos Energéticos 3 33,33 6 66,66

Alimentos Reguladores e Protetores 5 55,55 4 44,44

Alimentos Construtores 4 44,44 1 11,11 4 44,44

Alimentos de Consumo Esporádico 4 44,44 5 55,55

Alimentação Saudável 8 88,88 1 11,11

Alimentação não Saudável 1 11,11 8 88,88

Higiene dos Alimentos 1 11,11 8 88,88

Hábitos Alimentares 3 33,33 6 66,66

DCNT 1 11,11 8 88,88

Doenças Nutricionais Carenciais 9 100,00

De acordo com os dados apresentados na tabela 3, os temas Pirâmide Alimentar,

Alimentos Energéticos, Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos Construtores,

Alimentos de Consumo Esporádico, Alimentação Saudável, Hábitos Alimentares e Higiene

dos Alimentos, encontrados nos livros 2ª série, respeitaram ao critério “atende”.

Em relação ao critério “atende parcialmente” pode-se observar que os temas:

Alimentos Energéticos, Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos Construtores,

Alimentos de Consumo Esporádico e DCNT, atenderam somente em termos qualitativos.

Na análise dos conteúdos de Alimentação e Nutrição, considerando o critério “não

atende”, pode-se verificar os seguintes itens: Alimento, Pirâmide Alimentar, Alimentos

Energéticos, Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos Construtores, Alimentos de

Consumo Esporádicos, Alimentação não Saudável, Higiene dos Alimentos, Hábitos

Alimentares DCNT e Doenças Nutricionais Carenciais.

38

Tabela 3 - Resultados da análise dos Materiais Didáticos de 2ª série do Ensino Fundamental, segundo os critérios “atende”, “atende parcialmente” e “não atende”, para os conteúdos de Alimentação e Nutrição.

AVALIAÇÃO

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

TEMA

n % n % n %

Alimento 8 100,00

Pirâmide Alimentar 2 25,00 6 75,00

Alimentos Energéticos 2 25,00 3 37,50 3 37,50

Alimentos Reguladores e Protetores 2 25,00 3 37,50 3 37,50

Alimentos Construtores 2 25,00 3 37,50 3 37,50

Alimentos de Consumo Esporádico 2 25,00 2 25,00 4 50,00

Alimentação Saudável 2 25,00 2 25,00 4 50,00

Alimentação não Saudável 8 100,00

Higiene dos Alimentos 1 12,50 1 12,50 6 75,00

Hábitos Alimentares 2 25,00 6 75,00

DCNT 1 11,11 7 87,50

Doenças Nutricionais Carenciais 8 100,00

Analisando-se os livros da 3ª série observou-se que os temas: Alimento, Pirâmide

Alimentar, Alimentos Energéticos, Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos

Construtores, Alimentos de Consumo Esporádicos, Alimentação Saudável, Alimentação não

Saudável, Hábitos Alimentares, DCNT e Doenças Nutricionais Carenciais, deferiu ao critério

“atende”. Como mostra a tabela 4.

Quanto ao critério “atende parcialmente” em termos qualitativos, foram averiguados

os seguintes temas: Alimentos Energéticos, Alimentos de Consumo Esporádico e Higiene dos

Alimentos.

Para o critério “não atende” identificaram-se os seguintes temas: Alimento, Pirâmide

Alimentar, Alimentos Energéticos, Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos

Construtores, Alimentos de Consumo Esporádicos, Alimentação não Saudável, Higiene dos

Alimentos, Hábitos Alimentares DCNT e Doenças Nutricionais Carenciais.

39

Tabela 4 - Resultado da análise dos Materiais Didáticos de 3ª série do Ensino Fundamental, segundo os critérios “atende”, “atende parcialmente” e “não atende”, para os conteúdos de Alimentação e Nutrição.

AVALIAÇÃO

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

TEMA

n % n % n %

Alimento 2 25,00 6 75,00

Pirâmide Alimentar 2 25,00 6 75,00

Alimentos Energéticos 5 62,50 1 12,50 2 25,00

Alimentos Reguladores e Protetores 4 50,00 4 50,00

Alimentos Construtores 4 50,00 4 50,00

Alimentos de Consumo Esporádico 2 25,00 1 12,50 5 62,50

Alimentação Saudável 4 50,00 4 50,00

Alimentação não Saudável 1 12,50 7 87,50

Higiene dos Alimentos 1 12,50 7 87,50

Hábitos Alimentares 2 25,00 6 75,00

DCNT 4 50,00 4 50,00

Doenças Nutricionais Carenciais 1 12,50 7 87,50

Considerando-se os dados apresentados na tabela 5, referido aos livros da 4ª série,

observou-se que os temas: Alimento, Pirâmide Alimentar, Alimentos Energéticos, Alimentos

Reguladores e Protetores, Alimentos Construtores, Alimentos de Consumo Esporádico,

Alimentação Saudável, Alimentação não Saudável, Hábitos Alimentares, DCNT e Doenças

Carenciais Nutricionais, estão de acordo com critério “atende”.

Quanto ao critério “atende parcialmente” pode-se notar que não foram encontrados

resultados referentes aos temas abordados.

Considerando o critério “não atende”, verificaram-se os seguintes temas: Alimento,

Pirâmide Alimentar, Alimentos Energéticos, Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos

Construtores, Alimentos de Consumo Esporádicos, Alimentação Saudável, Alimentação não

Saudável, Higiene dos Alimentos, Hábitos Alimentares, DCNT e Doenças Nutricionais

Carenciais.

40

Tabela 5 - Resultados da análise dos Materiais Didáticos de 4ª série do Ensino Fundamental, segundo os critérios “atende”, “atende parcialmente” e “não atende”, para os conteúdos de Alimentação e Nutrição.

AVALIAÇÃO

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

TEMA

n % n % n %

Alimento 1 20,00 4 80,00

Pirâmide Alimentar 1 20,00 4 80,00

Alimentos Energéticos 2 40,00 3 60,00

Alimentos Reguladores e Protetores 1 20,00 4 80,00

Alimentos Construtores 2 40,00 3 60,00

Alimentos de Consumo Esporádico 2 40,00 3 60,00

Alimentação Saudável 2 40,00 3 60,00

Alimentação não Saudável 1 20,00 4 80,00

Higiene dos Alimentos 5 100,00

Hábitos Alimentares 1 20,00 4 80,00

DCNT 1 20,00 4 80,00

Doenças Nutricionais Carenciais 1 20,00 4 80,00

Em uma análise geral, constatou-se que dos 30 livros avaliados, os temas que mais se

destacaram em relação ao critério “atende” foram: Alimentos Energéticos, Alimentos

Construtores e Alimentação Saudável. Como mostra o gráfico 1.

41

Gráfico 1 - Análise dos Materiais Didáticos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, segundo critério “atende”, para os conteúdos de Alimentação e Nutrição.

Critério "atende" - 1ª a 4ª série

10% 7%

20%

10%

20%

40% 40% 40%33%

53%

27%

7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

temas

% d

e liv

ros

anal

isad

os

Alimento Pirâmide AlimentarAlimentos Energéticos Alimentos Reguladores e ProtetoresAlimentos Construtores Alimentos de Consumo EsporádicoAlimentação Saudável Alimentação não SaudávelHigiene dos Alimentos DCNTHábitos Alimentares Doenças Nutricionais Carenciais

De acordo com o gráfico 2, no total de livros analisados (n = 30)2, constatou-se que os

temas: Alimentos Energéticos, Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos Construtores,

Alimentos de Consumo Esporádico, Alimentação Saudável, Higiene dos Alimentos e DCNT,

estão em conformidade com o critério “atende parcialmente”.

2 Os 30 livros foram considerados 100% para cada tema analisados.

42

Gráfico 2 - Resultado da análise dos Materiais Didáticos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, segundo critério “atende parcialmente”, para os conteúdos de Alimentação e Nutrição.

Critério "atende parcialmente" - 1ª a 4ª série

3%

13%10% 13% 10% 7% 7%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

temas

% d

e liv

ros

anal

isad

os

Alimentos EnergéticosAlimentos Reguladores e ProtetoresAlimentos ConstrutoresAlimentos de Consumo EsporádicoAlimentação SaudávelHigiene dos AlimentosDCNT

No gráfico 3, observou-se que dos temas sobre Alimentação e Nutrição analisado,

75% (n = 9) foram classificados no critério “não atende”, demonstrando que grande parte dos

livros de 1ª a 4ª série não continha informações sobre os temas estabelecidos para análise.

43

Gráfico 3 - Análise dos Materiais Didáticos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, segundo critério “não atende”, para os conteúdos de Alimentação e Nutrição.

Critério "não atende" - 1ª a 4ª série

90%86%

77%

90%

80%

47%50%

47%

57%

40%

73%

93%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

temas

% d

e liv

ros

anal

isad

os

AlimentoPirâmide AlimentarAlimentos EnergéticosAlimentos Reguladores e ProtetoresAlimentos ConstrutoresAlimentos de Consumo EsporádicoAlimentação SaudávelAlimentação não SaudávelHigiene dos AlimentosDCNTHábitos Alimentares

Não foram observadas palavras ou expressões inadequadas para a compreensão do

tema.

44

6 DISCUSSÃO

Partindo da idéia de que os materiais didáticos utilizados no processo de educação

nutricional devem ser usados como pontos de referência para fazer comparações, corrigir

conceitos e estimular o aprendizado, a análise dos livros de ciências foi relevante para

constatar a presença dos conteúdos sobre Nutrição e a qualidade dos mesmos, assim como sua

contribuição para a Educação Nutricional.

Dos temas de Alimentação e Nutrição avaliados os que mais se destacaram no critério

“atende” foram: Alimentos Energéticos, Alimentos Construtores e Alimentação Saudável.

Dentre os que “não atenderam”, destacaram-se seguintes: Alimento, Pirâmide Alimentar,

Alimentos Reguladores e Protetores, Alimentos de Consumo Esporádicos, Alimentação não

Saudável, Higiene dos Alimentos, Hábitos Alimentares, DCNT e Doenças Nutricionais

Carenciais, não sendo abordados em grande parte dos livros analisados. Essas informações

são essenciais e segundo Gaglianone (2004) a prática de uma alimentação adequada desde a

infância favorece níveis ideais de saúde, crescimento e desenvolvimento intelectual, atuando

diretamente na melhora do nível educacional, reduzindo os transtornos de aprendizado

causados pelas deficiências nutricionais.

A Pirâmide Alimentar é usada como um guia para uma alimentação saudável, onde

pode-se escolher os alimentos a consumir e obter todos os nutrientes necessários de forma

equilibrada, e ao mesmo tempo a quantidade certa de calorias para manter um peso adequado.

Portanto, a pirâmide alimentar quando inserida no material didático pode ser uma excelente

ferramenta de trabalho em prol da Educação Nutricional.

O tema Alimentos de Consumo Esporádico deveria ser mais abordado, pois o índice

de ingestão desses alimentos na fase escolar é alto. A descrição desse tema é relevante e deve

ser esclarecedora em relação aos malefícios da sua ingestão excessiva, pois, contribui para o

desenvolvimento de DCNT e Doenças Nutricionais Carenciais. Paralela a estas informações,

o escolar deve desenvolver um olhar crítico em relação à Alimentação não Saudável, com

objetivo de proporcionar mudanças no estilo de vida, nos hábitos alimentares e incentivar a

promoção de saúde.

Outro tema relevante é a higiene dos alimentos, pois, a associação direta entre higiene

e nutrição precisa ser enfatizada como componente do preparo do aluno para uma alimentação

saudável. E segundo Ministério da Saúde (2006), a garantia da qualidade sanitária dos

alimentos implica a adoção de medidas preventivas, desde sua origem até o consumo do

45

alimento no domicilio. A manipulação dos alimentos segundo as boas práticas de higiene é

essencial para redução dos riscos de doenças transmitidas pelos alimentos.

46

7 CONCLUSÃO

Pode-se observar através da análise realizada nos livros de Ciências dos anos iniciais,

que a Educação Nutricional precisa ser aprimorada de forma a contribuir para promoção da

saúde do escolar. Alguns conteúdos presentes nos materiais didáticos foram abordados de

forma satisfatória, porém a maioria dos temas não foram citados.

Apesar da escola elaborar seu projeto pedagógico baseando-se nos Parâmetros

Curriculares Nacionais, os materiais didáticos apresentaram deficiências com relação aos

conteúdos de Alimentação e Nutrição no seu contexto.

A Educação Nutricional pode ser trabalhada nas escolas tendo como base o PNAE,

que estimula a incorporação de temas relativos à nutrição ao currículo escolar e a Portaria

Interministerial no 1010, que preconiza que a escola deve dimensionar as ações desenvolvidas

no cotidiano escolar, valorizando a alimentação como estratégia de promoção da saúde.

Percebe-se a necessidade de incluir na matriz curricular das escolas municipais uma

disciplina específica para a abordagem de temas relacionados à Educação Nutricional e que

esta disciplina seja ministrada pelo profissional Nutricionista.

Desta forma espera-se que com o auxílio do material didático, o aluno seja capaz de

descrever as necessidades nutricionais básicas do organismo humano, indicando os alimentos

adequados para a composição de um cardápio nutritivo utilizando os recursos e a cultura

alimentar de sua região, visando à promoção da saúde e a prevenção de doenças relacionadas

à má nutrição.

47

REFERÊNCIAS

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50

_____.Lei das Diretrizes e Bases de Educação Nacional (n. 009394). Brasília, 1996. Disponível em:< wwwt.senado.gov.br/legbras.> Acesso em: 12 de outubro de 2008. LINDEN, S. Educação Nutricional: algumas ferramentas de ensino. São Paulo: Livraria Varela, 2005. MASCARENHAS, Jean Márcia Oliveira; SANTOS, Juliana Cantalino dos. Avaliação da composição nutricional dos cardápios e custos da alimentação escolar da rede municipal de Conceição do Jacuípe/BA. Sitientibus, Feira de Santana, n. 35, p. 75-90, 2006. Disponível em: < http://www.uefs.br/sitientibus/pdf/35/avaliacao_da_composicão_nutricional.pdf>. Acesso em: 10 set. 2008. MELLO, Guiomar Namo. Formação Inicial de Professores para a Educação Básica: uma (re)visão radical. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n.1, p. 98-110, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex t&pid= S01028 8392 000000100012&tlng=en&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 08 de setembro de 2008. MESQUITA, Jussara Helou; PINTO, Paula Cristina de Melo Mendes; SARMENTO, Carla Tavares de Morais. Perfil qualitativo dos lanches escolares consumidos em instituição de ensino particular do Distrito Federal – Brasil. Ciências da Saúde, Brasília, vol. 4, n. 1/2, p. 49-62, 2006. Disponível em: <http://www.scielo. br/scielo.php? script=sci _abstrac t&pid=S124683132007000300015&lng=en&nrm=iso&tlng=en>. Acesso em: 13 set. 2008. MONDINI, Lenise; et al. Prevalência de sobrepeso e fatores associados em crianças ingressantes no ensino fundamental em um município da região metropolitana de São Paulo, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 8, p. 1825-1834, 2007.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-311X2007000800009&lng=en&nrm=iso&tlng=e >. Acesso em: 11 set. 2008. MUNIZ, Vanessa Messias; CARVALHO, Alice Teles de. O Programa Nacional de Alimentação Escolar em município do estado da Paraíba: um estudo sob o olhar dos beneficiários do Programa. Revista de Nutrição, Campinas, v. 20, n. 3, p. 285-296, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732007000300007&tlng=en&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 set. 2008. PHILIPPI, Sonia Tucunduva et al. Pirâmide Alimentar Adaptada: guia para escolha dos alimentos. Revista de Nutrição, Campinas, v. 12, n. 1, p. 65-80, 1999. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52731999000100006&script=sci_arttext&t lng=pt >. Acesso em: 26 de maio de 2009. PIPITONE, Maria Angélica Penatti; et al. Atuação dos conselhos municipais de alimentação escolar na gestão do programa nacional de alimentação escolar. Revista de Nutrição,

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SUÑÉ, Fabio Rodrigo et al. Prevalência e fatores associados para sobrepeso e obesidade em escolares de uma cidade no Sul do Brasil. Caderno de Saúde Pública, São Paulo, v. 23, n.6, p.1361-1371, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/. Acesso em: 10 de outubro de 2008. TRICHES, Rosane Márcia; GIUGLIANI, Elsa Regina Justo. Obesidade, práticas alimentares e conhecimentos de nutrição em escolares. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 4, p. 541-547, 2005. Disponível em:< http://www.scielo.br/p df/rsp/v39n4/25523.pdf>. Acesso em: 10 de outubro de 2008. VIANNA, Claudia Pereira; UNBEHAUM, Sandra. O Gênero nas Políticas Públicas de Educação no Brasil: 1988-2002. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 34, n. 121, p. 77-104, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/v34n121/a05n121.pdf>. Acesso em: 08 de setembro de 2008. ZANETTI, Maria Lúcia; MENDES, Isabel Amélia Costa. Análise das dificuldades relacionadas às atividades diárias de crianças e adolescente com diabetes mellitus tipo 1: depoimento de mães. Revista Latino-am Enfermagem, São Paulo, v. 9, n. 6, p. 25-30, 2001. Disponível em: <www.scielo.br/cgi-bin/fbpe/fbtext?pid=S0104-11692001000600005>. Acesso em: 25 de outubro de 2008.

53

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

RODRIGUES, R.M.; RICETTO, L. Coleção Ciências para crianças. 1. Ed. São Paulo: IBEP, 2005. (2ª série) NIGRO, R.G.; CAMPOS, M. C. C. Ciências – Vivência e Construção. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007. (1ª série) CUNHA, P.; RAIMONDI. S. Ciências – Coleção Curumim. 2. ed. São Paulo: Atual, 2004. (1ª série) SANTANA, E; BALESTRI, R. Ciências – Coleção Conhecer e Crescer. 1. ed. São Paulo: Escola Educacional, 2005. (1ª série) FONSECA, M. S. et al. Ciências para você – Coleção Conhecer e Gostar. 1. Ed. Curitiba: Positivo, 2006. (1ª série) LEMBO, R., COSTA, I. Ciências – Coleção Pensar e Viver. 2. ed. São Paulo: Ática, 2009. (1ª série) CRUZ, J. L. C. Ciências – Coleção Projeto Pitanguá. 1. Ed. São Paulo: Moderna, 2005. (1ª série) CARVALHO, A. F.; SAMPAIO, F. A. Ciências Ponto de Partida. 1 ed. São Paulo: Sarandi, 2005. (1ª série) WOLFF, J; MARTINS, E. Redescobrir Ciências. 1 ed. São Paulo: FTD, 2005. (1ª série) NIGRO, R.G.; CAMPOS, M. C. C. Ciências – Vivência e Construção. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007. (2ª série). RODRIGUES, R.M.; RICETTO, L. Coleção Ciências para crianças. 1. Ed. São Paulo: IBEP, 2005. (2ª série) SANTANA, E; BALESTRI, R. Ciências – Coleção Conhecer e Crescer. 1. ed. São Paulo: Escola Educacional, 2004. (2ª série)

54

CARVALHO, A. F.; SAMPAIO, F. A. Ciências Ponto de Partida. 1 ed. São Paulo: Sarandi, 2005. (2ª série) WOLFF, J; MARTINS, E. Redescobrir Ciências. 1 ed. São Paulo: FTD, 2005. (2ª série) LEMBO, R., COSTA, I. Ciências – Coleção Pensar e Viver. 2. ed. São Paulo: Ática, 2009. (2ª série) FONSECA, M. S. et al. Ciências para você – Coleção Conhecer e Gostar. 1. Ed. Curitiba: Positivo, 2006. (2ª série) CRUZ, J. L. C. Ciências – Coleção Projeto Pitanguá. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2005. (2ª série) WOLFF, J; MARTINS, E. Redescobrir Ciências. 1 ed. São Paulo: FTD, 2005. (3ª série) CRUZ, J. L. C. Ciências – Coleção Projeto Pitanguá. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2005. (3ª série) SANTANA, E; BALESTRI, R. Ciências – Coleção Conhecer e Crescer. 1. ed. São Paulo: Escola Educacional, 2004. (3ª série) LEMBO, R., COSTA, I. Ciências – Coleção Pensar e Viver. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007. (3ª série) CARVALHO, A. F.; SAMPAIO, F. A. Ciências Ponto de Partida. 1 ed. São Paulo: Sarandi, 2005. (3ª série) FONSECA, M. S. et al. Ciências para você – Coleção Conhecer e Gostar. 1. ed. Curitiba: Positivo, 2006. (3ª série) RODRIGUES, R.M.; RICETTO, L. Coleção Ciências para crianças. 1. Ed. São Paulo: IBEP, 2005. (3ª série) CUNHA, P.; RAIMONDI. S. Ciências – Coleção Curumim. 2. ed. São Paulo: Atual, 2004. (3ª série)

55

WOLFF, J; MARTINS, E. Redescobrir Ciências. 1 ed. São Paulo: FTD, 2005. (4ª série) RODRIGUES, R.M.; RICETTO, L. Coleção Ciências para crianças. 1. Ed. São Paulo: IBEP, 2005. (4ª série) NIGRO, R.G.; CAMPOS, M. C. C. Ciências – Vivência e Construção. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007. (4ª série). SANTANA, E; BALESTRI, R. Ciências – Coleção Conhecer e Crescer. 1. ed. São Paulo: Escola Educacional, 2004. (4ª série) CRUZ, J.L.C. Ciências – Coleção Projeto Pitanguá. 1.ed. São Paulo: Moderna, 2005. (4ª série).

56

APÊNDICE (S)

57

APÊNDICE A – OFÍCIO 1

Governador Valadares, ___/___/_____ A Srª ______________________________________ Diretora da Escola _____________________ Prezada Senhora, Eu, Nízia Vieira Almeida., pesquisadora da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE,

encaminho o Projeto de Pesquisa intitulado “A educação nutricional no contexto dos materiais

didáticos utilizados na rede municipal de ensino nos anos iniciais”, com intuito de solicitar

autorização da referida instituição para acessar o material didático relacionada ao setor de

Ensino Fundamental com o objetivo de prosseguir e efetivar o Trabalho de Conclusão de

Curso (TCC). Serão consultados os livros das áreas de Ciências, adotados pela instituição no

ano de 2009, tanto pelos professores quanto pelos alunos para estudo e pesquisa. As

informações analisadas de cada livro serão registradas em uma ficha e serão submetidas à luz

do conhecimento científico.

Declaro que, caso a solicitação seja atendida, os dados disponibilizados serão

usados no trabalho de Conclusão de Curso do curso de Nutrição da UNIVALE e

posteriormente repassado a instituição.

Governador Valadares, 13 de Abril de 2009

________________________________________________ Profª Ms. Nizia Araújo Vieira Almeida – Nutricionista

Pesquisadora Responsável

Ciente das informações apresentadas acima, autorizo a realização da pesquisa

mencionada na instituição na qual sou responsável.

____________________________________

Responsável pela Instituição/Serviço

58

APÊNDICE B – TABELA 1

Tabela 1 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 1ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Redescobrir Ciências”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

59

APÊNDICE C – TABELA 2

Tabela 2 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 1ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Projeto Pitanguá”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

60

APÊNDICE D – TABELA 3

Tabela 3 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 1ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Ciências Ponto de Partida”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

61

APÊNDICE E – TABELA 4

Tabela 4 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 1ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Pensar e Viver”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

62

APÊNDICE F – TABELA 5

Tabela 5 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 1ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Ciências para você – Conhecer e Gostar”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

63

APÊNDICE G – TABELA 6

Tabela 6 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 1ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Ciências para crianças”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Carenciais Nutricionais x

64

APÊNDICE H – TABELA 7

Tabela 7 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 1ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Conhecer e Crescer”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Carenciais Nutricionais x

65

APÊNDICE I – TABELA 8

Tabela 8 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 1ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Curumim”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

66

APÊNDICE J – TABELA 9

Tabela 9 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 1ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Vivência e Construção”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

67

APÊNDICE L – TABELA 10

Tabela 10 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 2ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Pitanguá”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

68

APÊNDICE M – TABELA 11

Tabela 11 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 2ª série do Ensino Fundamental. “Coleção para você – Conhecer e Gostar”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

69

APÊNDICE N – TABELA 12

Tabela 12 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 2ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Pensar e Viver”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

70

APÊNDICE O – TABELA 13

Tabela 13 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 2ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Redescobrir Ciências”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

71

APÊNDICE P – TABELA 14

Tabela 14 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 2ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Ponto de Partida”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

72

APÊNDICE Q – TABELA 15

Tabela 15 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 2ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Conhecer e Crescer”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

73

APÊNDICE R – TABELA 16

Tabela 16 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 2ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Ciências para criança”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

74

APÊNDICE S – TABELA 17

Tabela 17 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 2ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Vivência e Construção”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

75

APÊNDICE T – TABELA 18

Tabela 18 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 3ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Curumim”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

76

APÊNDICE U – TABELA 19

Tabela 19 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 3ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Ciências para crianças”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

77

APÊNDICE V – TABELA 20

Tabela 20 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 3ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Ciências para você – Conhecer e Gostar”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

78

APÊNDICE X – TABELA 21

Tabela 21 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 3ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Ponto de Partida”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

79

APÊNDICE Z – TABELA 22

Tabela 22 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 3ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Pensar e Viver”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

80

APÊNDICE AA – TABELA 23

Tabela 23 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 3ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Conhecer e Crescer”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

81

APÊNDICE BB – TABELA 24

Tabela 24 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 3ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Pitanguá”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

82

APÊNDICE CC – TABELA 25

Tabela 25 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 3ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Redescobrir Ciências”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

83

APÊNDICE DD – TABELA 26

Tabela 26 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 4ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Conhecer e Crescer”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

84

APÊNDICE EE – TABELA 27

Tabela 27 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 4ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Redescobrir Ciências”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

85

APÊNDICE FF – TABELA 28

Tabela 28 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 4ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Ciências para Crianças”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

86

APÊNDICE GG – TABELA 29

Tabela 29 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 4ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Vivência e Construção”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x

87

APÊNDICE HH – TABELA 30

Tabela 30 - Categorias e critérios de análise do conteúdo em Alimentação e Nutrição presente em livro didático

de ciências adotado para 4ª série do Ensino Fundamental. “Coleção Projeto Pitanguá”. Governador Valadares, 2009.

AVALIAÇÃO TEMA

ATENDE ATENDE

PARCIALMENTE

NÃO ATENDE

Alimento x

Pirâmide Alimentar x

Alimentos Energéticos x

Alimentos Reguladores e Protetores x

Alimentos Construtores x

Alimentos de Consumo Esporádico x

Alimentação Saudável x

Alimentação não Saudável x

Higiene dos Alimentos x

Hábitos Alimentares x

DCNT x

Doenças Carenciais Nutricionais x