A Biografia de Berenice Barreto
-
Upload
nayra-ferraz -
Category
Documents
-
view
220 -
download
0
description
Transcript of A Biografia de Berenice Barreto
Berenice Barreto
Berenic
Berenice Barreto Fernandes, conhecida como Beré ou Berenic, é natural de Crato Ceará, onde passou sua infância e parte da adolescência. Autodidata, desde o inicio definiu o seu estilo naïf de pintar. Fez sua primeira exposição em 1977, em Salvador Bahia. Reside no Rio de Janeiro desde 1981. No Museu de Arte Moderna fez os cursos de “Anásise e Crítica da Obra de Arte”, “Para Entender o Contemporâneo” e História da Arte”. Tem formação em Arteterapia. Realizou mais de 100 exposições no Brasil e exterior, incluindo individuais, coletivas, Bienais e Salões de Artes Plásticas, fazendo jus a várias premiações. Uma de suas obras, “Pássaros na Floresta” foi celecionada para o cartão UNICEF, e outras cinco fazem parte da cartofilia da Telemar, que lançou uma série com seus cartões em comemoração aos 500 anos do Brasil. Tem projetos aprovados pelo Ministério da Cultura e pela Secretaria de Estado. Suas obras fazem parte do acervo de Galerias e Museus, dentre estes o Museu Internacional de Arte Naïf e Nuseu Nacional de Belas Artes e em coleções particulares no Brasil, França, Canadá, Itália, Japão e Estados Unidos.
Trechos de Criticas
“Berenic gosta de pintar lendas brasileiras, com um pincel refinado, de cores tênues, nas quais parece
pintar um mistério impregnado de poesia”. Lucien FinKelstein, Fundador e presidente do MIAN – Museu Iternacional de Arte Naïf , no seu último livro “Brasil Naïf”. Rio 02
“Seu conhecimento adquirido na pesquisa enriquece seu trabalho, porém o mais importante é a sua originalidade de expressão”- Fernando Durão, crítico de arte – São Paulo
“ Com evidente sensibilidade e talênto, Berenic propõe uma pintura ingênua, onde o colorido e uma predominância de linhas simplificadas criam um mundo alheio a dramática existencial do homem contemporâneo. Wilson Rocha, crítico de arte e poéta, Salvador – Ba.
“Do seu pincel inspirado brotam as amazonas, o boto-cor-de-rosa, os mitos indígenas de criação do mundo, aulas de sabedoria naïf dos primeiros habitantes do Brasil. Penetre no mundo encantado das telas de Berenic e conheça o paraíso recriado pelos seus pincéise, e assim descubra um Brasil de cores vibrantes e lendas originais.” Mariza Campos da Paz – jornalista e Vice-presidente da Fundação Lucien Finkelstein.
“A poética da pintura de Berenic expressa a sua grande fé existencial. As flores e aves exóticas de suas telas, numa miríade de cores, lembram antigas tapeçarias orientais. Helena Barbosa prof. de arte e artista plástica.
Amazônia - 50 X 40 cm acrílica sobre tela
Exposicões - Individuais
Galeria Praiamar – Salvador – BA 79
Galeria da UNESP – São Paulo – SP 83
Galeria Sunshine -Rio 85
Galeria do Clube Militar – Rio 92
Fluminense Futebol Clube – Rio 93
Museu Nacional de Belas Artes – Rio 03
MIAN-Museu Internaciona de Arte Naïf - Rio 04
Bienais
IV Bienal internacional de Pintura em Cuenca
Cuenca - Equador - 94
I Bienal internacional de arte contemporânea - Rio 83
II Bienal do Círculo Militar de São Paulo - 80
Exposições Internacionais
Paixões de criança - Broward Center – Fort Lauderdale - Flórida – USA 03
Jouer avec les couleurs – Le Sport á travers yeux des naïfs brésiliens – Lausanne– Suiça 01
Mail Art Show 2000 – Univercidade de Toledo - Ohio – USA – 00
Conferência de Culturas –“
Arararas Azuis - 50 X 50 cm - acrílica sobre tela
Naïfs Brasileiros de Hoje” Frankfurt – Alemanha 94
Projeto Arco-Latino Brasil Portugal - Sociedade de Belas Artes de Lisboa - Lisboa – Portugal - 85
Casa dos Crivos – Braga – Portugal - 85
Exposições em Museus
Museu da Cidade – Rio - 02
Museé Olympique de Lausanne Suiça 01
Museu Internacional de Arte Naïf - MIAN- Rio 00- 01-02 –04-05
Museu Nacional Belas Artes - Rio – 81 – 85 - 00- 01
Museu de Arte Moderna – Rio – 85
Museu de Arte Primitiva - Assis - SP - 84
Museu da Aeronáutica – São Paulo – 81
Museu de Marília – Marília – SP - 80
Museu de Arte da Bahia- Salvador – BA 78
Algumas exposiçõe coletivas nacionais
Galeria Portinari - Rio 04
Biblioteca de Botafogo 03
Galeria Gourmet – Rio 02
Galeria Brasil Naïf Arte –
Banho no Igarapé - 50 X 40 cm - acrílica sobre tela
exposição permanente
Galeria do New York City Center Rio 02
Galeria da AABB da Lagoa – Rio 01
Galeria Barra Point – Rio - 00
Galeria Atualidade Rio 99
Espaço Galeria – Rio – 98 - 99
Galeria Vila Riso - Rio 97 - 98
Galeria Vila Formosa – Rio - 97
Galeria da Universidade Estácio de Sá - Rio 97
Instituto Brasil Europa – Rio 97
Espaço Cultural Ícone – SP 96
Galeria das Conchas – Búzios - Rio 95
Casa de Portugal – SP 94
Galeria do Hotel Nacional – Rio 92
Galeria da Caixa Econômica Federal - Rio 92,93
Galeria Jean Jaques – Rio 81, 84, 88, 90
Câmara Municipal – Rio - 88
Galeria Vidarte – SP 83, 84
Sociedade Brasileira de Belas Artes – Rio 83
Galeria do Hotel Meridien –
O Jacaré 50 X 40 cm - acrílica sobre tela
Rio – 83
Galeria Riza – Rio 82
Academia Brasileira de Letras – Rio – 82
Galeria Hotel Brasilton – SP 82
Galeria Holiday In Hotel – SP 82
Associação Paulista de Magistrado -- SP 82
Galeria de Arte Brasileira - SP 81
Galeria Bric a Brac – SP - 81
Galeria Presença e Arte – SP 81
Clube de Gamão – SP 81
TV Gazeta – exposição em Cenário - SP 81
Restaurante Rubayat – SP 81
Clube de Campo Mariporã – SP 81
Galeria Parque Avenida – SP 81
Galeria Bandeirante – SP 80
Galeria Cravo e Canela – SP 80
Galeria Panorama – Salvador – Ba - 79
Galeria Portas do Carmo – Salvador - Ba 78
Galeria O Cavalete – Salvador – Ba 78 , 77
Premiações e participações em Salões
Lenda da Rede de Dormir - 60 X 80 cm - acrílica sobre tela
PROJETO
NAÏFS DO NOSSO BRASIL BERENIC
(Berenice Barreto Fernandes)
Brasil, paraíso tropical
O MIAN criou o Projeto NAÏFS DO NOSSO BRASIL para divulgar o trabalho de artistas naïfs de diferentes Estados, porque considera indispensável valorizar esta expressão mais genuína da arte brasileira.
Iniciado em 1998, com a naïf paulista Aparecida Azedo, na exposição A magia das cores da natureza, o Projeto trouxe em seguida o colorido forte do pernambucano Gilvan, Um pintor que canta e encanta. O terceiro artista da série foi o baiano Telmo Carvalho, pediatra, na exposição Um coração entre o Rio e a Bahia. O embaixador Ovídio de
Internacionais , Nacionais e Regionais
SNAP – Salão Nacional de Artes Plástica Alberto Santos Dumont
“Menção Honrosa”, Medalha de Ouro” Medalha de Bronze Participação – SP 80 - 81 - 82-83
V SNAP – Salão Nacional de Artes Plásticas de Matão – Matão, SP – 80
“Grande Medalha de Prata ”
V e VII SAP – Salão de Artes Plástica da cidade de Araras – SP 80 e 81
Menção Honrosa e Participação
I SAP – Salão de Artes Plástica da Associação Brasileira de Belas Artes e XXII RA
“ Medalha de Bronze “ Rio 81
I SNAP – Salão Nacionaal de Artes Plastica Pablo Picasso “ Menção Honrosa” SP 81
IV SNAP – Salão Nacional de Artes Plástica de Itú – “ Mérito Artístico ”- Itú - SP 81
I SAP – Salão de Artes Plástica Feminino “Medalha de Prata” - SP- 82
I SAP – Salão de Artes Plástica Francisco Moacir Bastos
Andrade Melo, que se assina Juca, trouxe a marca crítica e irreverente do seu O pincel do Brasil profundo. Fábio Sombra, guia de turismo, realizou a quinta exposição, E o Rio de Janeiro continua lindo. Escultora em papier machê, a carioca Eda Vianna foi a sexta a mostrar as Formas e cores do Brasil. Lula Nogueira, Um naïf das Alagoas, profundo conhecedor da arte popular de seu estado foi o sétimo artista a expor. Em seguida, veio O sol do Brasil num pincel lusitano, de Antonio Maria Ramilo, português radicado no Brasil. Léa Dray, carioca/amazonense foi a nona artista a trazer As cores do Brasil mestiço.
Para dar continuidade ao Projeto NAÏFS DO NOSSO BRASIL, o MIAN convidou Berenic (Berenice Barreto Fernandes), cearense, que viveu na Bahia e em São Paulo antes de fixar residência no Rio. Seu pincel já passeou por vários temas, sempre ancorado nas cores quentes e vibrantes do Brasil. Nesta exposição, ela nos traz vários aspectos da vida e dos costumes dos índios, que em pleno século XXI ainda conseguem fazer do Brasil um paraíso tropical. Esse é o paraíso que Berenic nos convida a visitar.
UMA FAMÍLIA DE ARTISTAS
Berenice Barreto Fernandes nasceu em Crato, no Ceará, em 1945. Foi a primeira filha de uma família de nove irmãos e irmãs. Isso representava concretamente bastante trabalho com os irmãos menores.
O pai era técnico em eletrônica, consertava rádios, televisões. As avós, a mãe e as tias eram artesãs prendadas: faziam crochê, bordavam, costuravam, pintavam tecidos. Berenic aprendeu crochê em casa e aperfeiçoou-se no colégio de freiras, onde cursou o primário.
Desde pequena gostava de desenhar. Na escola, na hora do recreio, em vez de ir para o pátio brincar, ficava na sala desenhando com giz no quadro negro.
“ Medalha de Bronze” - Rio 82
I Gincana na Casa dos Artistas
“Menção Honrosa” Rio 82
I e II SNAP – Salão de Artes Plástica Brigadeiro Eduardo Gomes
“Medalha de Bronze” e “Participação” SP 82 - 83
I SAP – Salão de Artes Plástica Academia Brasileira de Letras e ABD
“Menção Especial” Rio 82
I SAP – Salão de Artes Plásticas do Ministério da Aeronáutica, Participação - Rio 82
I Bienal Internacional de Arte Contemporânea
“ Menção Especial ” Rio 83
Salão Internacional dos Premiados na I BIAC
“ Medalha de Prata “ Rio 83
I SNAP – Salão Nacional de Artes Plástica da União Nacional dos Artistas Plásticos de São Paulo “Participação” SP 83
I SNAP – Salão de Artes Plástica Genário de Carvalho Participação – Ba 83
Mostra de Arte Brasil – Portugal
Todas as modalidades de trabalho com as mãos e a música sempre a interessavam. Dedicava-se com afinco nas aulas de Trabalhos Manuais.
A família decidiu enviá-la a Salvador para continuar os estudos no ginásio. Foi viver em casa de um tio. Nesse período, conviveu com outro tio, que já era artista naïf consagrado.
O convívio com o tio Pedroso (Joaquim Pedroso G. de Oliveira) aprofundou o seu interesse por artes. Passou a freqüentar museus, visitar exposições. Quando acabou o segundo grau, pensou em cursar Belas Artes na Universidade da Bahia. Era a década de 60, a faculdade de Belas Artes estava cheia de hippies. A família considerou que o ambiente não era bom para a menina interiorana e Berenic fez Vestibular para Jornalismo, mas não chegou a cursar.
Resolveu trabalhar como secretária e passou por várias firmas e bancos. Até se casar, aos vinte e dois anos. Três filhos nascidos com pouco intervalo impediram-na de continuar a trabalhar fora.
“À medida que os filhos cresciam, conta Berenic, comecei a pegar os lápis deles e rabiscar uns desenhos. Mas nada de sistemático, ainda não me sentia com coragem de pintar.”
O tio insistia em que passasse para as telas, chegando a presenteá-la com material de pintura. Quando resolveu pegar nos pincéis a sério, começou a pintar tudo aquilo que vira na Bahia: as festas folclóricas, as danças, os rituais afro-brasileiros. Expôs pela primeira vez em 1977, na loja de decoração do tio Pedroso, que a incentivava a continuar.
Vendeu seus primeiros quadros assim que foram pendurados. Descobriu que era aquilo que desejava fazer:
“A partir daí não parei mais. A pintura para mim é uma necessidade tão importante como comer e
“Referências Especiais do jurí”- Lisboa 85
Livros e dicionários
Ilustrações e Citações
Comunicação e Política CEBELA Centro Brasileiro de Estudos Latino - Americano nº 1, nova série Janeiro - Abril , Ilustra capa - Rio 02
Espanhol e Português
Le Esport átravers les yeux des naïfs brésilien
Lucien Finkelstein - Lausanne – Suiça 01
Françês e Inglês
Brasil Naïf - Arte Naïf Testemunho e Patrimônio da Humanidade - Lucien Finkelstein – Rio 01
Novas Direções – Inglês e Português
“Naïfs Brasileiros de Hoje”
Lucien Finkelstein - Câmara Brasileira do Livro
Frankfurt - Alemanha - 94
Alemão, Inglês e Português
Livro Catálogo da IV Bienal Internacional de Cuenca - Cuenca – Equador 94
Espanhol e Português
Comércio Tema na Arte Brasileira
dormir. É uma paixão que não me deixa de maneira alguma.”
A ARTISTA DA FAMÍLIA
A mudança da família para São Paulo, em 1979 e para o Rio de Janeiro, dois anos depois, iria trazer mudanças também no fazer artístico de Berenice. Embora não conhecesse ninguém em São Paulo, procurou galerias e marchands recomendados pelo tio baiano e começou a expor regularmente.
A passagem pela Bahia marcou-a em profundidade. Ficou encantada com tudo que viu por lá: as festas de largo, o folclore, as praias, o Pelourinho. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, sua pintura tornou-se mais urbana, voltada para o cotidiano da cidade grande, dos interiores de casas.
Ao chegar no Rio de Janeiro conheceu vários artistas naïfs. Encontrava seu caminho na arte, seja na alegria ou na tristeza. Em 1982 participou de uma exposição coletiva no Museu Nacional de Belas Artes com o tema da Primeira Missa. A partir de 1985, alçou vôos mais altos e começou a participar de exposições no exterior: Portugal, Estados Unidos, Equador, Alemanha, Suíça.
A pintura foi tomando conta de todo o seu tempo. Até quando acompanhou o marido numa internação prolongada, levou telas para riscar. Para Berenice, pintar é sonhar, é ver-se livre de algemas, poder ousar.
O interesse pelos índios começou há dez anos atrás, por causa de uma exposição de cerâmica indígena. Procurou conhecer melhor seus costumes e lendas, lendo sobre o assunto. Dessas leituras vieram as idéias para os quadros. Seus índios e índias vivem numa natureza idílica, cercados de animais em liberdade, cachoeiras e uma vegetação exuberante. De seu pincel inspirado brotam as amazonas, o boto
SENAC – Rio 85 - Português
Três Dias no Paraíso - Ângelo Reis
Ilust. Capa - Rio - 82
Dicionário – Artes Plásticas Brasil
Júlio Louzada
Sites
www.artcanal.com.br/berenicebarreto
www.artcanal.com.br/oscardambrosio
procurar artista BERENIC
Portal Diretório Júlio Louzada
e-mail : [email protected]
cor-de-rosa, os mitos indígenas de criação do mundo, aulas de sabedoria naïf dos primeiros habitantes do Brasil.
Convidamos você, caro visitante, a penetrar no mundo encantado das telas de Berenice e conhecer o paraíso recriado pelos seus pincéis e, assim, descobrir um Brasil de cores vibrantes e lendas originais.
Mariza Campos da Paz
Vice-presidente da Fundação Lucien Finkelstein