9360 Diagnostico e Reparaçao Em Sistemas Electricos
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8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Coleco
Formao Modular Automvel
DIAGNSTICO E
REPARA O EMSISTEMAS ELCTRICOS
AUTO
DIAGNSTICO E
REPARA O EMSISTEMAS ELCTRICOS
AUTO
COMUNIDADE EUROPEIA
Fundo Social Europeu
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto
Referncias
Coleco Formao Modular Automvel
Ttulo do Mdulo Diagnstico e Reparao emSistemas Elctricos Auto
Coordenao Tcnico-Pedaggica CEPRA Centro de Formao Profissionalda Reparao AutomvelDepartamento Tcnico Pedaggico
Direco Editorial CEPRA Direco
Autor CEPRA Desenvolvimento Curricular
Maquetagem CEPRA Ncleo de Apoio Grfico
Propriedade Instituto de Emprego e Formao ProfissionalAv. Jos Malhoa, 11 - 1000 Lisboa
1 Edio Portugal, Lisboa, Fevereiro de 2000
Depsito Legal 148203/00
Produo apoiada pelo Programa Operacional Formao Profissional e Emprego, cofinanciado peloEstado Portugus, e pela Unio Europeia, atravs do FSE
Ministrio de Trabalho e da Solidariedade Secretaria de Estado do Emprego e Formao
Copyright, 2000Todos os direitos reservados
IEFP
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto
ndice
NDICE
DOCUMENTOS DE ENTRADA
OBJECTIVOS GERAIS................................................................................. E.1
OBJECTIVOS ESPECFICOS ...................................................................... E.1
PR - REQUISITOS......................................................................................E.4
CORPO DO MDULO
0 - INTRODUO......................................................................................... 0.1
1 - INSTRUMENTOS DE MEDIO, REPARAO E CONTROLO........... 1.1
1.1 UNIDADES DE MEDIES ...................................................... ........................... 1.1
1.2 - APARELHOS DE MEDIDA....................................................................................1.3
1.2.1 - MULTMETROS ................................................... ................................... 1.4
1.2.1.1 - ANALGICO OU DIGITAL........................................................1.5
1.2.1.2 - ESCOLHA DO MULTMETRO .................................................. 1.6
1.2.1.3 - COMPOSI O DE UM MULTMETRO....................................1.8
1.2.2 - AMPERMETROS .......................................................... ....................... 1.10
1.2.2.1 - DISPOSIO DO MULTMETRO COMO AMPERMETRO ...1.11
1.2.2.2 - MEDIO DA INTENSIDADE DA CORRENTE
ELCTRICA...........................................................................1.12
1.2.2.3 - CONTROLO DE CORRENTES DE FUGA..............................1.13
1.2.2.4 - PINA AMPERIMTRICA.......................................................1.14
1.2.3 - VOLTMETROS.....................................................................................1.15
1.2.3.1 - DISPOSIO DO MULTMETRO COMO VOLTMETRO.......1.16
1.2.3.2 - MEDIO DE TENSES DIRECTAS.....................................1.18
1.2.3.3 - MEDIO DE QUEDAS DE TENSO NO CABO
DE ALIMENTAO .................................................... ...........1.19
1.2.3.4 - MEDIO DAS QUEDAS DE TENSO NAS LIGAES
MASSA........................................................ ....................... 1.20
1.2.3.5 VERIFICAO DO ISOLAMENTO DE UM
CONDUTOR ................................................ .......................... 1.20
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto
ndice
1.2.4 - OHMMETRO ....................................................... ................................. 1.21
1.2.4.1 - DISPOSIO E PRECAUES AO MANIPULAR
O MULTMETRO COMO OHMMETRO...............................1.20
1.2.4.2 - MEDIO DE RESISTNCIA................................................1.24
1.2.4.3 - CONTROLO DE CONTINUIDADES ...................................... 1.25
1.2.4.4 - CONTROLO DO ISOLAMENTO DA MASSA DE
UM CONDUTOR...................................................................1.29
1.2.5 - FREQUNCMETRO ..................................................... ....................... 1.29
1.2.6 - DWELL............................................... ................................................... 1.30
1.2.7 - OSCILOSCPIO...................................................................................1.321.2.7.1 - DESCRIO DOS COMANDOS ........................................... 1.33
1.2.7.2 PROCEDIMENTOS DE MEDIO ........................................ 1.36
2 - VERIFICAO E REPARAO DE INSTALAES ELCTRICAS .... 2.1
2.1 ENSAIO E DIAGNSTICO DE MOTORES E GERADORES ELCTRICOS.......2.1
2.1.1 - DIAGNSTICO AO CIRCUITO DE ARRANQUE....................................2.1
2.1.1.1 - ENSAIO DA CHAVE DE IGNIO .......................................... 2.1
2.1.1.2 - VERIFICAO DO MOTOR DE ARRANQUE E SEUS
CUIDADOS.................................................... ......................... 2.3
2.1.2 - DIAGNSTICO AO CIRCUITO DE CARGA ......................................... 2.15
2.1.2.1 - VERIFICAO DO DNAMO E SEUS CUIDADOS ............... 2.18
2.1.2.2 - VERIFICAO DO ALTERNADOR E SEUS CUIDADOS.....2.20
2.2 ENSAIO DE ACUMULADORES ELCTRICOS ................................................. 2.25
2.2.1 - OBSERVAES IMPORTANTES........................................................ 2.27
2.2.2 - ENSAIO DO ESTADO DE CARGA DA BATERIA ................................. 2.30
2.2.3 - RECARREGAMENTO DE BATERIAS...................................................2.35
2.3 ENSAIO DA BOBINE DE IGNIO....................................................................2.37
2.4 ENSAIO DE CONDENSADORES .................................................... .................. 2.39
2.4.1 - NOES ELEMENTARES.......................................................2.39
2.4.2 - DETECO DE AVARIAS EM CONDENSADORES................2.42
2.5 ENSAIO EM CIRCUITOS DE ALTA TENSO....................................................2.45
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto
ndice
2.6 ENSAIO DE FECHOS CENTRALIZADOS DE PORTAS.................................... 2.48
2.6.1 - DETECO DE AVARIAS EM SISTEMAS
ELECTROMAGNTICOS ........................................................ 2.512.6.2 - DETECO DE AVARIAS EM SISTEMAS
ELECTROPNEUMTICOS..................................................... 2.53
2.7 REPARAO DE CABLAGENS .................................................... .................... 2.53
2.8 CUIDADOS A TER NA REALIZAO DE SOLDADURAS ELCTRICAS ....... 2.59
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................ C.1
DOCUMENTOS DE SADA
PS-TESTE.................................................................................................. S.1
CORRIGENDA DO PS-TESTE.................................................................. S.7
ANEXOS
EXERCCIOS PRTICOS............................................................................. A.1
GUIA DE AVALIAO DOS EXERCCIOS PRTICOS ............................. A.4
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto E.1
Objectivos Gerais e Especficos do Mdulo
OBJECTIVOS GERAIS E ESPECFICOS
Depois de ter estudado este mdulo, o formando dever ser capaz de:
OBJECTIVOS GERAIS DO MDULO
Utilizar correctamente os aparelhos de medida elctricos, na deteco
e diagnstico de avarias;
Estabelecer o diagnstico definitivo, aps exame metdico, de avarias
elctricas em sistemas auto convencionais.
OBJECTIVOS ESPECFICOS
Utilizar correctamente os aparelhos de medida elctricos, na deteco
e diagnstico de avarias:
Utilizar correctamente o ampermetro;
Medir intensidades de corrente em circuitos elctricos auto;
Efectuar o controlo de correntes de fuga;
Medir grandes intensidades de corrente utilizando a pina amperim-
trica;
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos AutoE.2
Objectivos Gerais e Especficos do Mdulo
Utilizar correctamente o voltmetro;
Medir tenses em circuitos auto;
Utilizar correctamente o ohmmetro;
Medir resistncias em circuitos elctricos auto;
Medir continuidades em circuitos elctricos auto;
Utilizar correctamente o osciloscpio;
Proceder ao diagnstico e reparao de motores e geradores elctri-
cos;
Diagnosticar avarias na chave de ignio e proceder sua reparao;
Proceder ao diagnstico e reparao de motores de arranque;
Proceder ao diagnstico e reparao de alternadores;
Proceder ao diagnstico e reparao de Baterias;
Proceder ao teste de bobines de ignio;
Proceder ao ensaio de condensadores;
Medir sinais de sada de componentes auto, utilizando o osciloscpio;
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto E.3
Objectivos Gerais e Especficos do Mdulo
Proceder reparao de circuitos de alta tenso;
Proceder ao diagnstico e reparao de fechos centralizados das
portas.
Proceder reparao de cablagens;
Utilizar correctamente os ferros de soldar fios elctricos.
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Diagnstico e reparao em sistemas elctricos autoE.4
Pr-Requisitos
COLEC O FORMA O MODULA R AUTOMVEL
. ,M icrocontrolador
es eM icroprocessado
Comp. e
M anuteno deFerramentasPneumticas
SistemasElectrnicos
Diesel
Caracterst icas eFuncionamentodos Motores
Focagem deFaris
Lmpadas, F arise Farolins
Sistemas deArrefecimento
Sobrealimentao
Rede Elctrica eM anuteno de
FerramentasElctricas
Sistemas deInformao
Sistemas deSegurana
Passiva
Sistemas deDireco
M ecnica eAssist ida
Sistemas deTransmisso
Sistemas deConforto eSegurana
Embraiagem eCaixas de
Velocidades
Sistemas deInjeco M ecnica
Diagnst ico eReparao em
Sistemas
M ecnicos
Diagnst ico eRep. de Avarias
no Sistema deSuspenso
Electrnicas de
Comando,Sensores e
Noes Bsicasde Soldadura
Met ro logia
rgos daSuspenso e seuFuncionamento
Geometria deDireco
OUTROS MDULOS A ESTUDAR
Anlise de Gasesde Escape eOpacidade
Processos deFurao,
M andrilagem eRoscagem
GasesCarburantes e
Combusto
Noes deM ecnica
Automvel paraGP L
Constituio eFuncionamento doEquipamento Con-versor para GPL
LegislaoEspecf ica sobre
GP L
Reparao emSistemas com
GestoElectrnica
Reparao em
SistemasElctricos
Convencionais
Rod as e Pneus
FerramentasM anuais
TermodinmicaM anutenoProgramada
Processos deTraagem e
Puncionamento
Processos deCort e e Desbaste
Poluentes e
Disposit ivos deControlo de
Sistemas deSegurana Act iva
Sistemas deTravagem
Antibloqueio
Sistemas deInjeco
Electrnica
VentilaoForada e ArCondicionado
Sistemas deTravagem
Hidrulicos
M agnet ismo eElectromagnetism
o - M otores eGeradores
Sistemas deCarga e Arranque
Construo daInstalaoElctrica
Lubrificao deM otores e
Transmisso
AlimentaoDiesel
Sistemas deAlimentao por
Carburador
Leitura eInterpretao de
EsquemasElctricos Auto
Distribuio
Componentes doSistema Elctricoe sua Simbolog ia
ElectricidadeBsica
Sistemas deAviso Acsticos e
Luminosos
Sistemas deIgnio
Sistemas deComunicao
Tecnologia dosSemi-Condutores -
Componentes
Clculos e CurvasCaracterst icas
d o M o t o r
Sistemas deAdmisso e de
Escape
Tipos de B ateriase sua M anuteno
OrganizaoOficinal
LEGENDA
Mdulo emestudo
Pr-Requisito
Introduo aoAutomvel
Desenho TcnicoM atemtica
(clculo)Fsica, Qumica e
M ateria is
PR-REQUISITOS
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 0.1
Introduo
0 - INTRODUO
O automvel tem vindo a transformar-se. Inicialmente era formado por um
conjunto de peas que se relacionavam entre si de uma forma mecnica.
Com a descoberta da electricidade e posteriormente da pilha elctrica tudo
se transformou. Fruto dessas e de outras descobertas o automvel actual-
mente um complexo sistema no qual a electricidade e a electrnica come-
am por dominar.
A evoluo tecnolgica do automvel traz consigo um avultado conjunto de
vantagens, maior conforto, maior segurana, menores consumos, emisses
de gases de escape mais baixas, etc. Contudo, todas estas vantagens evi-
dentes para o condutor exigem dos profissionais que se dedicam repara-
o automvel elevados e exigentes conhecimentos tcnicos, s consegui-
dos se existir uma vontade constante em aprender coisas novas.
O profissional da reparao automvel, Mecnica e Electricidade, deve,
cada vez mais, estar consciente para a importncia de ter amplos conheci-
mentos na rea da electricidade e electrnica, caso contrrio estar conde-
nado extino.
O presente manual pretende ser um auxiliar precioso para aqueles que bus-
cam conhecimentos no diagnstico e na reparao de sistemas elctricos
do automvel. Alertam-se, desde j os leitores, para a importncia do enten-
dimento completo do 1. captulo no qual so abordados um vasto leque de
instrumentos vitais para qualquer diagnstico de sistemas elctricos.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.1
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
1 INSTRUMENTOS DE MEDIO, REPARAO E
CONTROLO
1.1 - UNIDADES DE MEDIES
Medir uma grandeza compar-la com outra estabelecida que se toma como unidade da
primeira.
No Sistema Internacional de Unidades tomam-se sete unidades fundamentais.
Tab.1.1 Unidades fundamentais do Sistema Internacional de Unidades
Em electrnica as grandezas mais utilizadas so as seguintes:
Tab. 1.2 Grandezas fundamentais mais utilizadas em electrnica
Grandezas Unidades Smbolos
Comprimento Metro m
Massa Quilograma kg
Tempo Segundo s
Temperatura termodinmica Grau Kelvin K
Intensidade de corrente elctrica Ampere A
Intensidade luminosa Candela Cd
Quantidade de matria Mole mol
Grandezas Fundamentais Unidades SmbolosComprimento Metro m
Tempo Segundo s
Intensidade de corrente elctrica Ampere A
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.2
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Tab. 1.3 Grandezas derivadas mais utilizadas em electrnica
Para a medio das referidas grandezas so utilizados diversos aparelhos, dos quaisse destacam como mais importantes:
Para a medio da intensidade de corrente elctricao ampermetro;
Para a medio da tensoo voltmetro;
Para a medio da resistncia elctricao ohmmetro;
Para a medio de capacidadeso capacmetro;
Para a medio de indutnciasa ponte de indutncias;
Para a medio da frequnciaso frequencmetro.
Mltiplos e submltiplos:
Por vezes, de acordo com a dimenso a medir, verificamos que a unidade de medida
excessivamente grande ou pequena. Para evitar a aglomerao de zeros, que podem
dificultar a sua leitura, utilizam-se mltiplos e submltiplos das mesmas.
Grandezas Derivadas Unidades Smbolos
Frequncia Hertz Hz c/s
Potncia Watt W J/s
Quantidade de electricidade Coulomb C As
Tenso Volt V W/A
Resistncia elctrica Ohm V/A
Capacidade elctrica Farad F As/V
Indutncia elctrica Henry H Vs/A
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.3
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Tab. 1.4 Principais mltiplos e submltiplos das unidades de medida
Note-se que os instrumentos de medida electrnicos so habitualmente fabricados de
forma a cobrirem os mltiplos e submltiplos das unidades citadas.
1.2 - APARELHOS DE MEDIDA
Os instrumentos de medida so necessrios para qualquer trabalho elctrico. No
automvel, devido ao elevado nvel de equipamento que estes incorporam, o seu uso imprescindvel. A utilizao exclusiva do busca plos na localizao de avarias no
sistema elctrico insuficiente e, em muitos casos, perigosa para os circuitos elctricos/
electrnicos do veculo.
Actualmente o aparelho mais utilizado o multmetro.
PREFIXO ABREVIATURA POTNCIA FACTOR
M
LTIPLOS
TERA
GIGAMEGA
KILO
HECTO
DECA
T
GM
K
h
da
1012
109106
103
102
101
1 000 000 000 000
1 000 000 0001 000 000
1 000
100
10
UNIDADE
1 1
SUBMULTIPLOS
DECICENTI
MILI
MICRO
NANO
PICO
dc
m
n
p
10-1
10-2
10-3
10-6
10-9
10-12
0,10,01
0,001
0,000 001
0,000 000 001
0,000 000 000 001
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.4
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
1.2.1 - MULTMETROS
Denomina-se por multmetro o aparelho capaz de realizar vrias (multi) medies
(metro). As principais medies que com ele podemos realizar so:
Resistncia;
Intensidade em CC e AC;
Tenso em CC e AC.
Ainda que o princpio de funcionamento seja o mesmo, existem dois grupos de multme-
tros (fig. 1.1):
Analgico
Digital
O multmetro analgico indica os valores atravs de uma agulha que oscila sobre uma
escala graduada fixa. Para obtermos leituras correctas, devemos ter o cuidado de olhar
para o cran do aparelho numa posio perfeitamente perpendicular, caso contrrio os
valores lidos no sero de todo correctos. De referir que existem multmetros analgicos
Fig. 1.1 Tipos de multmetros
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.5
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
com um espelho na escala de modo a que o utilizador, quando faz medies, se coloque
perpendicularmente ao cran. O multmetro digital no apresenta este problema uma vez
que os resultados so apresentados sob a forma de dgitos num cran de cristais lquidos.
1.2.1.1 - ANALGICO OU DIGITAL
Os multmetros analgico costumam considerar-se de qualidade inferior aos digitais, ainda
que na realidade se trate de uma apreciao demasiado simplista. Os multmetros digitais
possuem especificaes superiores s dos analgicos em determinados aspectos impor-
tantes, certo, mas tambm tm uma ou duas desvantagens. Superficialmente, a nicadiferena entre ambos que um tem visualizao digital, enquanto a leitura do outro
analgica (o que invariavelmente significa um medidor de bobine mvel). Existem no
entanto, outras diferenas igualmente importantes.
Multmetros analgicos
No contm electrnica activa, o que significa que a energia para deslocar o mecanismo
medidor dever ser proporcionada pelo circuito que se examina e o medidor ter de ser deum tipo sensvel, se se deseja que o aparelho proporcione resultados fiveis.
De realar que um aparelho com pouca sensibilidade pode proporcionar resultados de
absoluta preciso embora completamente errados. O motivo por que isto pode acontecer
que a resistncia do multmetro soma-se do circuito que se est a investigar e pode
afectar as tenses do circuito. Frequentemente, este efeito de carga demasiado peque-
no para ter algum significado, embora em determinadas circunstncias possa reduzir em
grande medida as tenses de ensaio.
A carga que o multmetro representa depende da escala escolhida e da sensibilidade doaparelho utilizado. Quanto maior a sensibilidade do aparelho, em k/V, menor ser a carga.
A preciso de um multmetro analgico expressa normalmente em percentagem do valor
do fim da escala.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.6
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Multmetros digitais
Os multmetros digitais so conhecidos pela maneira como proporcionam leituras de ten-
so contnua muito exactas e sem problemas de carga, contudo esta uma afirmao
demasiado simplista.
A carga de um multmetro digital constitui um problema muito menor que, qualquer dos
instrumentos analgicos mais sensveis, se bem que os efeitos do multmetro sobre o cir-
cuito em teste constituam algo que necessrio ter presente.
Uma importante vantagem dos multmetros digitais est na medio de tenses e corren-
tes cujos sinais de entrada podem ter qualquer polaridade. Se a tenso ou corrente
negativa, aparece um sinal "-" esquerda dos dgitos, indicando que se est a medir um
sinal de polaridade inversa. Isto especialmente til quando se testam equipamentos
que tm alimentaes duplas equilibradas, j que as tenses de prova podem ter ento
qualquer polaridade relativamente linha de terra a 0V. O aparelho de polaridade dupla
evita a realizao de muitas trocas das pontas de prova para obter um sinal de polarida-
de correcta.
Uma aplicao em que os multmetros digitais no so os ideais diz respeito regulao
de uma resistncia preajustada para fornecer uma certa tenso num ponto de um circui-
to. O problema deve-se alta resoluo e actualizao relativamente lenta do cran. A
maioria dos multmetros digitais apenas actualizam a visualizao duas vezes por segun-
do. Tecnicamente no difcil conseguir uma velocidade muito maior, mas isto d lugar
frequentemente a indicaes com grande flutuao que torna praticamente impossvel a
leitura.
1.2.1.2 - ESCOLHA DO MULTMETRO
Ao adquirirmos um multmetro devemos ter em conta, para alm do tipo e da gama das
medies a efectuar, as seguintes caractersticas:
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.7
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Preciso, isto , o erro mximo que pode ocorrer quando fazemos
uma medio. Exprime-se em percentagem relativamente ao desvio
mximo. Por exemplo, um aparelho tem um erro de 5% e o seu limite
de escala so 10 A. Neste momento o aparelho indica 3 A. A preciso
medida : 5 x 10/100 =0,5 A (erro absoluto). Portanto, a intensidade
real medida estar compreendida entre 2,5 e 3,5 A. O erro relativo
neste caso cerca de 16% (erro absoluto a dividir pelo valor indicado).
Sensibilidade. Todos os aparelhos de medida utilizam uma corrente
elctrica para funcionar que fornecida pelo circuito a medir. Vem
indicada em /V. A importncia da corrente necessria para que o
aparelho efectue a medio determina a sensibilidade do aparelho.
Quanto maior for a resistncia interna do aparelho maior ser a sua
qualidade. Habitualmente, os instrumentos antigos ou baratos pos-
suem uma resistncia de 1000 /V a 20 K/V.Os multmetros digitais
de elevada qualidade tm, em geral, uma resistncia interna de 10
M/V.
NOTA
: Num ampermetro a resistncia interna dever ser o menor possvel, enquantoque nos voltmetros aquela resistncia dever ser o mais elevada possvel.
Nos trabalhos relacionados com a electricidade automvel, recomenda-se o uso de
multmetros electrnicos digitais uma vez que relativamente aos analgicos possuem as
seguintes vantagens:
No ocorrem erros de simetria ptica na leitura;
Facilidade de leitura do cran numrico, podendo-se efectuar
medies correctas em qualquer posio do aparelho;
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.8
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Geralmente possuem maior sensibilidade, uma vez que dispe de
uma resistncia interna maior;
Maior preciso, geralmente superior a 1%;
No necessrio ajustar a zero quando se utiliza para medir
resistncias.
Alm disso, e dependendo do modelo em causa, podemos ter sinal acstico para as pro-
vas de continuidade, mudana automtica de escala, entre outros aspectos. Algumas das
funes recomendadas para completar o multmetro so:
1.Medio de capacidades (condensadores) - capacmetro;
2.Frequencmetro;
3.Medio do ganho para transstores.
Deve-se ter em conta que o ajuste do aparelho depende dele mesmo, isto , do modelo
em causa e do tipo de medio que se pretende efectuar. Deste modo, antes de come-
armos a manejar um instrumento desconhecido, devemos ler as instrues de utilizao
do fabricante que o acompanham.
1.2.1.3 COMPOSIO DE UM MULTMETRO
A figura seguinte ilustra um multmetro tipicamente utilizado nas oficinas de reparao
automvel
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.9
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
O multmetro possui um selector que permite seleccionar a magnitude da medio que se
pretende efectuar. Deste modo, o multmetro pode utilizar-se como:
Ampermetro
Voltmetro
Ohmmetro
Frequencmetro
Fig. 1.2 Composio de um multmetro
Legenda:
1. cran digital (cristaisliqudos)
2. Interruptor on/off3. Comutador giratrio de
seleco de funes4. Posio de continuidade,
com som5. Posio de comprovao
de dodos6. Ligao de entrada para
tenso e resistncia7. Entrada comum para
todas as medidas8. Entrada para amperes
(mximo 2 A)9. Entrada para amperes
(mximo 10 A)10. Na posio do comuta-
dor 20 mA / 10 A, deacordo com as entradasutilizadas mede corren-tes at 20 mA ou at 10A
11. O interruptor Peak Holdvisualiza o pico mais altode tenso ou correnteem AC e CC
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.10
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Alm disso, para cada magnitude pode-se escolher a escala de medida. A escala de
medida seleccionada permite determinar diferentes nveis de amplitude da grandeza que
estamos a medir, desde zero at ao valor da escala seleccionada.
Exemplo: Multimetro como voltmetro
Escala de 2 V:
Valores lidos no cran: mnimo: .000 V ; mximo: 1.999 V
Escala de 20 V:
Valores lidos no cran: mnimo: .00 V ; mximo: 19.99 V
Note-se que se a escala seleccionada exceder em muito o valor a medir, a preciso da
leitura ser muito baixa, no se notando qualquer flutuao da grandeza.
H que ter em conta que a ligao aos circuitos elctricos difere, dependendo do tipo de
medida que se efectue. Alm disso, as instrues fornecidas pelo fabricante do aparelho
devem ser seguidas. Antes de realizar cada medida, calcular aproximadamente o valor
medido esperado (Lei de Ohm) para poder seleccionar uma escala de medida apropria-
da. O valor 1 que aparece no cran indica que se excedeu a escala de medida.
1.2.2 - AMPERMETROS
O ampermetro o aparelho destinado a medir a intensidade da corrente elctrica. Colo-
ca-se em srie uma vez que tem de medir a passagem da corrente.
Os ampermetros utilizados em electrnica so dotados de vrias escalas, assim como
de circuitos adequados para que possam medir-se intensidades de corrente compreendi-das entre alguns micro-amperes e vrios amperes.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.11
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
1.2.2.1 - DISPOSIO DO MULTMETRO COMO AMPERMETRO:
Deve-se:
1. Assegurar que a polaridade dos conectores de medio da intensida-
de correspondem com a dos cabos de prova;
2. Garantir que o selector de medio est de acordo com o tipo de cor-
rente elctrica a medir (contnua ou alterna);
3. Ajustar o selector de escalas para a escala apropriada, caso no se
conhea, devemos comear pela escala maior, passando depois para
escalas sucessivamente mais pequenas;
4. Verificar a direco do fluxo da corrente ao ligarmos o aparelho: a pin-
a positiva do ampermetro deve ligar-se ao conector proveniente do
positivo, e a pina negativa que provm do negativo.
Fig. 1.3 Disposio de um ampermetro
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.12
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
1.2.2.2 - MEDIO DA INTENSIDADE DA CORRENTE ELCTRICA
Para a medio da intensidade de uma corrente elctrica o ampermetro deve ligar-se em
srie, isto deve ser intercalado no circuito que se pretende efectuar a medio. Desta
forma a corrente que circula pelo circuito a mesma que circular pelo instrumento de
medida.
Devemos ter em ateno que, caso seja feita a ligao em paralelo, devido baixa
resistncia interna do ampermetro, toda a intensidade passa atravs dele, produ-
zindo-se um curto-circuito.
A resistncia interna do aparelho deve ser o mais pequena possvel em relao resis-
tncia do circuito, por forma a que a intensidade medida corresponda que realmente
atravessa o circuito em questo. O caso ideal, embora naturalmente impossvel, seria
aquele em que a resistncia interna do ampermetro fosse 0 , mas como isso no
possvel, utilizam-se ampermetros cuja resistncia interna seja de, pelo menos, 1/10 da
resistncia do circuito a que se devam aplicar. Quanto menor a resistncia interna de
um ampermetro maior a sua sensibilidade.
Se, por exemplo, pretendemos conhecer o consumo que tem a lmpada da figura 1.4,
intercala-se o ampermetro em qualquer um dos cabos de ligao lmpada, respeitan-
do a polaridade do aparelho. Se, por outro lado, pretendemos medir o consumo dos
faris de iluminao do veculo, a medio pode simplificar-se bastante se retirarmos o
fusvel correspondente e ligarmos o ampermetro aos terminais em vez do fusvel. Ligan-
do as luzes o aparelho acusar o consumo das mesmas.
Fig. 1.4 Colocao do ampermetro
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.13
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1.2.2.3 - CONTROLO DE CORRENTES DE FUGA
uma das aplicaes que o ampermetro tem na deteco de avarias que ocorrem no
automvel. Para isso, podemos colocar o ampermetro entre a bateria e os cabos de
ligao aos componentes que supostamente contm avaria . De acordo com os resul-
tados da fig. 1.5, temos:
a) O aparelho no assinala corrente ou assinala muito pouca, equiva-
leria ao consumo do relgio e das diferentes memrias do veculo (da
ordem dos miliamperes). Conclumos pois que o circuito est bom.
b) O aparelho indica um consumo anormal de corrente. Temos que
descobrir no veculo qual a causa desta fuga. Luz da mala sempre
acesa, rel conectado permanentemente (neste caso o barulho do rel
excitado ouvir-se-ia perfeitamente), etc. A melhor soluo consiste em
mudarmos os fusveis um por um e descobrirmos o ponto exacto da
fuga que provoca a descarga da bateria.
Fig. 1.5 Controlo de correntes de fuga
A conexo e desconexo do cabo da bateria ou a ligao de instrumentos de medida
entre o terminal e o borne da bateria pode activar o sistema de fecho centralizado. Esta
corrente pode exceder a gama de medida do ampermetro podendo danific-lo.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.14
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Para evit-lo, retirar o fusvel do fecho centralizado.
Noutros veculos, como por exemplo no Renault 25, ao ligar o terminal da bateria produz-se um fluxo importante de corrente que desaparece rapidamente. Esta actuao devida
ao comportamento do dispositivo de abertura da mala.
1.2.2.4 - PINA AMPERIMTRICA:
O uso do multmetro como ampermetro no diagnstico de avarias no automvel apresenta
duas limitaes:
1. A maior parte dos multmetros digitais s podem medir intensidades
at 10 A ou 20 A, nos de maior qualidade. Para algumas aplicaes
estas escalas so excessivamente pequenas, como por exemplo, para
comprovar um alternador;
2. Na maior parte das vezes torna-se bastante fastidioso abrir o circui-
to para colocar as pinas, para alm do perigo devido ao risco de seproduzirem curto circuitos.
3 Na maior parte dos casos, ao desligar a bateria a informao contida
nas unidades de memria da unidade electrnica de comando desapa-
decem.
Para colmatar estes inconvenientes existe um acessrio que se pode ligar ao multmetro
a pina amperimtrica ou ampermetro indutivo. Trata-se de um aparelho que uma vez
ligado ao multmetro permite medir correntes de 10 A at 600 A sem desligar o circuito.
Basta introduzir a pina volta do cabo que se pretende medir a intensidade da corrente.
Por induo o aparelho indicar a quantidade de corrente que circula no circuito.
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Fig. 1.6 Medio da intensidade da corrente com pina amperimtrica
A pina amperimtrica bastante utilizada quando se pretende medir grandes corren-
tes, por exemplo, o consumo de corrente de um motor de arranque.
1.2.3 - VOLTMETROS
O voltmetro o aparelho destinado medio de tenses num circuito elctrico ou
electrnico. Coloca-se em paralelo com o elemento a verificar. Uma caracterstica muito
importante dos voltmetros a sua resistncia interna prpria, a qual dever ser o mais
elevada possvel, isto , pelo voltmetro deve circular uma corrente muito pequena queno influa em nada nas caractersticas prprias de funcionamento do circuito sobre o
qual se efectua a medio. Quanto maior a resistncia interna do voltmetro, mais
sensvel este.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.16
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Fig. 1.7 Disposio de um voltmetro
1.2.3.1 - DISPOSIO DO MULTMETRO COMO VOLTMETRO
imprescindvel:
1. Assegurar que a polaridade dos conectores de medida de tensocorresponda com a dos cabos de prova (vermelho = positivo = + e
negro = negativo = -);
2. Verificar que o selector de medio est colocado, em corrente
contnua (CC, DC) ou em corrente alternada (AC, CA), de acordo
com o tipo de corrente elctrica a medir;
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.17
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
3. Ajustar o selector de escalas gama apropriada. Se o valor da ten-
so completamente desconhecido, comear por seleccionar a maior
escala, passando sucessivamente para as mais pequenas, consoante
as necessidades. Se se seleccionar uma escala mais baixa observar-
se- no cran a indicao de O.L..
Fig. 1.8 Medio de uma mesma tenso, em cima 12 V e em baixo 1 V, utilizando
escalas correctas, esquerda, e escalas incorrectas, direita
4. A pina vermelha deve estar ligada ao polo positivo e a negra ao
negativo, por forma a que se evitem danos nos multmetros que no
estejam devidamente protegidos contra inverses de polaridade.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.18
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1.2.3.2 MEDIO DE TENSES DIRECTAS
Se, por exemplo, queremos medir a tenso de uma bateria, colocamos a pina positiva
do voltmetro no borne positivo da bateria e a pina negativa da bateria no borne negati-
vo da mesma e o voltmetro indicar a tenso desta (ver figura 1.9).
Fig. 1.9 Medio da tenso directa
Para se medir a queda de tenso num consumidor por exemplo, um dos faris dianteiros,
deve-se proceder do seguinte modo: accionar a chave de ignio, se necessrio, e as
luzes de mudana de direco do lado direito. Ligar a pina vermelha ao terminal de ali-
mentao da lmpada seleccionada e a pina negra massa, o aparelho assinalar a
queda de tenso da mesma.
De referir que se se medir a tenso desde um ponto de referncia comum, massa, nosignifica que o consumidor tenha aos seus bornes essa tenso, dado poderem existir
componentes ligados no circuito. O procedimento correcto para se medir a tenso desde
um ponto comum consiste em medir a d.d.p. entre cada um dos extremos do consumidor
em questo e o ponto comum. A diferena das tenses medidas ser a tenso aplicada
ao consumidor.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.19
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Fig. 1.10 Medio de tenses
1.2.3.3 - MEDIO DE QUEDAS DE TENSO NO CABO DE
ALIMENTAO
Para alm de utilizarmos o voltmetro para medirmos tenses directas, podemos utiliz-lo para medir quedas de tenso na instalao, contactos defeituosos, seces de cabos
insuficientes, etc.
O procedimento de verificao o seguinte:
Accionar o interruptor de funcionamento do elemento que se desejaexaminar;
Ligar o borne positivo do voltmetro ao positivo da bateria (fig. 1.11) eo negativo do voltmetro ao terminal de alimentao do consumidor a
examinar;
Se no conseguimos ver com clareza os valores produzidos, devemos
seleccionar uma escala mais pequena;
A mxima queda de tenso permitida nos cabos de alimentao de
0,5 V.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.20
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Fig. 1.11 Medio da queda de tenso no cabode alimentao
1.2.3.4 - MEDIO DAS QUEDAS DE TENSO NAS LIGAES
MASSA
Tal como acabamos de ver para as quedas de tenso nos cabos de alimentao, pode-
mos tambm verificar algumas deficincias que podem acontecer nas ligaes massa.
Devemos actuar da forma descrita anteriormente, colocando contudo, o borne negativodo voltmetro ligado ao negativo da bateria e o positivo do voltmetro ligado ao ponto onde
o elemento em questo efectua a sua ligao massa. A queda de tenso mxima
admissvel de 0,1 V.
1.2.3.5 - VERIFICAO DO ISOLAMENTO DE UM CONDUTOR
Para verificarmos o estado dos cabos de um determinado circuito, no que diz respeito a
um mau isolamento (Fig. 1.12), podemos proceder do seguinte modo:
Desligar o borne negativo da bateria ou o sitio onde o circuito efectua
a sua ligao corrente;
Desligar do consumidor em teste (lmpada, motor, etc.) o terminal de
alimentao ou de massa;
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.21
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Ligar o borne positivo do voltmetro ao positivo da bateria ou ao ponto
de alimentao, e o borne negativo do voltmetro ao borne de alimen-
tao do circuito em prova;
As fugas de isolamento provocaro um maior ou menor desvio do vol-
tmetro at que seja assinalada a tenso da bateria em caso de curto-
circuito.
Fig. 1.12 Verificao do isolamento de um condutor
atravs de um voltmetro
1.2.4 - OHMMETROS
O ohmmetro serve para medir a resistncia de um componente ou de um circuito. Amedio efectuada conectando cada uma das pinas do aparelho aos extremos da
resistncia a comprovar, isolada do circuito. Nunca medir um componente ligado
corrente empregando um ohmmetro.
Os ohmmetros tm a sua prpria fonte de tenso (habitualmente uma pilha de 1,5 a 9 V)
e resistncias limitadoras de corrente de valor relativamente baixo e ligam-se em srie
com o componente ou com o circuto que se pretende comprovar. Deste modo, perigo-
so para o multmetro efectuar leituras em circuitos de baixa tenso ou naqueles onde
existem condensadores.
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1.2.4.1 - DISPOSIO E PRECAUES AO MANIPULAR O MUL-
TMETRO COMO OHMMETRO
1. Introduzir os cabos de prova nos conectores correspondentes do multmetro
para a medio de resistncias;
2. Ajustar no selector de escalas a gama de medida apropriada. Se se desco-
nhecer o valor aproximado da resistncia, seleccionar em primeiro lugar a
escala maior para, em caso de ser excessivamente grande, passar seguinte
mais pequena. Contudo, se aparecer no cran a indicao O.L. ou 1, indi-
cao de fora de escala, ento deve-se aumentar a escala.
Fig.1.13 Verificao do valor de uma resistncia empregan-
do o ohmimetro digital
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1.2.4.2 - MEDIO DE RESISTNCIAS
Para se comprovar a resistncia de um componente, cabo ou dispositivo, deve-se desli-
g-lo do circuito, por forma a que a medio no seja alterada por outros componentes
do circuito. Alm disso, esta operao de extrema importncia para evitar danos no
multmetro, pois pode-se estar a medir um componente que esteja sob tenso. Neste
caso, se o multmetro no se danificar ir de certeza apresentar resultados distorcidos da
realidade.
Fig. 1.15 Medio de resistncias com um ohmmetro. Forma correcta - direita, forma incor-
recta esquerda
Uma vez que o ohmmetro tem uma fonte de tenso incorporada, cada vez que se efec-
tua uma medio ou verificao dever averiguar-se se esta tenso no causar danos
ao objecto de medida.
Antes de efectuar qualquer medio preciso proceder ao ajuste do zero do aparelho.
Uma vez realizadas todas estas consideraes proceder-se- medio ou verificao
do componente, escolhendo a escala adequada do aparelho e tendo em conta que,
sobretudo quando se escolhe um alcance de medida muito alto, no se deve tocar com
as mos os terminais do componente, j que se coloca a resistncia prpria do nosso
corpo em paralelo com a resistncia que se est a medir e distorcer-se- o resultado da
medio.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.25
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Exemplos:
Verificao da vlvula solenide de activao do ABS
Com um ohmmetro, ligar as pontas de prova entre os seus terminais e medir a resistn-
cia. Se a vlvula solenide estiver em boas condies, dar os valores indicados pelo
fabricante, habitualmente 1,0 1,3 .
Fig. 1.16 Verificao da resistncia da vlvula solenide de activao do ABS
1.2.4.3 - CONTROLO DE CONTINUIDADES
Uma das aplicaes que tem o ohmmetro na localizao de avarias o controlo da
continuidade de um cabo. Para tal devemos proceder do seguinte modo:
Desligar as extremidades dos cabos que se quer comprovar;
Seleccionar a escala de resistncia em ohm mais pequena;
Aplicar as pinas do instrumento de medida a cada um dos extremos
do cabo;
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.26
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Se o instrumento assinala zero ohm, existe continuidade sem resis-
tncia, o cabo est bom. Qualquer valor acusado indica resistncias
de contacto, tanto maiores quanto maiores sejam as diferenas;
Se o ohmmetro assinala infinito () ou o valor 1 esquerda no cran,
significa que no existe continuidade entre os extremos que se esto
a medir. O cabo est aberto ou cortado.
Exemplos:
Verificao da resistncia elctrica de um electro injector
1 Desligar a ficha de ligao ao electro injector;
2 Ligar as pontas de prova de um ohmmetro aos terminais do electro injector;
Fig. 1.17 Verificao da resistncia elctrica de um electro injector
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.27
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
3 O interruptor do travo de estacionamento encontra-se em bom estado
se existir continuidade quando a alavanca do travo de estacionamento
puxada e no existir continuidade quando colocada em baixo.
Inspeco do rel simples
1. Retirar os rels da caixa de rels e verificar a continuidade entre os termi-
nais ;
Rel do motor:
Fig. 1.18 Verificao da continuidade
2. Quando no exis te c orr ente, ligar as pontas de prova do ohmmetro entre os
terminais (85) e (86). Se os valores obtidos no corresponderem aos indicados
pelo fabricante, ento o rel est danificado. Ligar ainda as pontas de prova
entre os terminais (30) e (87). Se o rel estiver em boas condies o ohmmetro
apresentar uma resistncia da ordem dos Mega Ohms, o que corresponde a
no existncia de continuidade.
3. Quando existe correnteentre os terminais (85) e (86), ligar as pontas de prova
do ohmmetro entre os terminais (30) e (87). Se o rel estiver em boas condies
o resultado obtido ser aproximadamente 0 , isto , existe continuidade.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.28
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Inspeco do rel inversor
1. Retirar os rels da caixa de rels e verificar a continuidade entre os terminais
quando no existe corrente e quando existe corrente;
Rel da vlvula:
Fig. 1.19 Verificao da continuidade no rel inversor
2. Quando no exis te c orr ente, ligar as pontas de prova do ohmmetro entre os
terminais (85) e (86). Se os valores obtidos no corresponderem aos indicados
pelo fabricante, habitualmente 60 120 , ento o rel est danificado. Ligar as
pontas de prova entre os terminais (30) e (87a). Se o rel estiver em boas condi-
es o resultado obtido ser de aproximadamente 0 , ou seja, existe continuida-
de. Ligar ainda as pontas de prova entre os terminais (30) e (87). Se o rel estiver
em boas condies o resultado obtido pelo ohmimetro demonstrar a no existn-
cia de continuidade.
3. Quando existe correnteentre os terminais (85) e (86), ligar as pontas de pro-
va do ohmmetro entre os terminais (30) e (87a). Se o rel estiver em boas condi-
es o resultado obtido no ohmimetro dever demonstrar a existncia de no
continuidade. Ligar ainda as pontas de prova do ohmmetro entre os terminais
(30) e (87). Se o rel estiver em boas condies o resultado obtido ser aproxi-
madamente 0 , isto , existe continuidade.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.29
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1.2.4.4 - CONTROLO DO ISOLAMENTO DA MASSA DE UM CON-
DUTOR
Para verificarmos o estado dos cabos de um determinado circuito no que diz respeito a
um mau isolamento, de modo semelhante forma descrita com a ajuda de um voltmetro
podemos, com um ohmmetro, comprovar da seguinte forma:
Desligar os extremos dos cabos que se pretende medir;
Seleccionar a maior escala de medida de resistncia, M se possvel;
Aplicar as pinas do instrumento de medida, uma qualquer aos extre-
mos do cabo a comprovar e a outra massa;
Se o aparelho marcar infinito, no existe continuidade elctrica entre
o condutor e a massa. O cabo est perfeitamente isolado;
Se o aparelho assinala zero ohm, existe continuidade sem resistn-cia, o cabo est em total curto-circuito relativamente massa. Qual-
quer leitura no cran do aparelho indicar derivaes tanto maiores
quanto menores sejam os valores indicados pelo aparelho.
1.2.5 - FREQUENCMETRO
Para se efectuar a medio o circuito deve estar ligado em condies normais. As pontasde prova devem ser colocadas nos bornes do dispositivo que se pretende medir a fre-
quncia. A unidade de medida o Hertz (Hz).
O selector de escalas deve ser ajustado para a gama de medida apropriada. Se se des-
conhecer o valor aproximado da frequncia, seleccionar em primeiro lugar a escala maior
para, em caso de ser excessivamente grande, passar seguinte mais pequena.
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1.2.6 DWELL
O dwell mede o ciclo de trabalho de um sinal rectangular. Os valores medidos so dados
em %.
Para se efectuar a medio do dwell o circuito deve estar ligado e o componente que se
ir testar deve ser actuado.
O dwell pode ser medido com referncia massa, isto , a pina negra do multimetro
ligada massa (0% - sempre positivo; 100% - sempre massa) e a vermelha ao compo-
nente que se pretende testar.
Fig. 1.20 Medio de dwell num injector
Medidas crticas obtidas:
DWELL = 0%
- Significa que o ponto onde se est a medir o valor est sempre a um nvel
positivo;
- Apesar de no nos indicar qualquer valor de tenso, sabemos que no
zero volts, logo significa ausncia de massa;
- Significa que no ponto em questo no existe variao de sinal, ou se existe
nunca atinge os zero volts;
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F i g .
1.21 Medio do dwell em diferentes locais de um circuito
DWELL = 100%
-Indica que o sinal est sempre fechado massa no ponto de teste;
Fig. 1.22 Medio do dwell num circuito
Se comprovarmos um ponto que est isolado de massa ou de positivo, temos:
Fig. 1.23 Dwell num ponto isolado de massa ou de positivo
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Se o ponto que estamos a comprovar fecha e abre consecutivamente massa, mas
quando se abre liga o circuito isolado de massa ou positivo, temos:
Fig.
1.24 Medio do dwell ausncia de positivo
1.2.7 - OSCILOSCPIO ANALGICO
Os aparelhos de medida que vimos at aqui destinam-se a efectuar medies cujos
valores permaneam constantes, ou pelo menos, no mudem rapidamente. Contudo,
muitos dos sinais elctricos que se produzem nos sistemas elctricos/electrnicos do
automvel mudam rpida e continuamente. Estas tenses variam entre zero (valor da
massa) e a tenso da bateria ou mxima de referncia, em cada caso. No secundrio
do sistema de ignio, por exemplo, durante cada ciclo, a tenso varia entre 0 e 20-
25000 V ou at mais, sendo a velocidade desta variao funo da velocidade de rota-
o do motor. Facilmente conclumos que tenses deste gnero no podem ser medi-
das com um vulgar voltmetro devido, entre outros factores, sua inrcia.
O osciloscpio um aparelho de medida electrnico que permite visualizar no seu
cran, as variaes de tenso que se produzem num circuito, sendo sensvel aos mais
pequenos em magnitude ou curtos em tempo - aumentos ou decrscimos de ten-
so.
Apesar deste instrumento apenas permitir a visualizao e anlise de grandezas elctri-
cas, a utilizao de um transdutor adequado permite utilizar o osciloscpio para a anli-
se de sinais no elctricos, tais como temperatura, presso, luminosidade, etc, o que o
torna num instrumento muito verstil.
Embora os osciloscpios digitais tenham muito mais funcionalidades que os analgicos,
o seu princpio de funcionamento, modo de utilizao, comandos e mtodos de medio
so bastante parecidos.
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No cran do osciloscpio pode-se ver como que um sinal elctrico varia no tempo. No
eixo vertical representa-se a amplitude do sinal (tenso) e no eixo horizontal representa-
se o tempo.
Fig. 1.25 Osciloscpio (analgico) de laboratrio
Trata-se de um osciloscpio com dois canais de entrada (8 e 9), que permite observar
simultaneamente dois sinais elctricos. Estes osciloscpios possuem dois amplificadores
verticais e um circuito comutador que alterna muito rapidamente os dois sinais na entra-
da das placas verticais. A entrada dos sinais feita atravs de pontas de prova. Como o
osciloscpo permite medir d.d.p. entre dois pontos cada ponta de prova possui dois ter-
minais. Um deles, ligado a uma garra e normalmente chamado de terra, liga-se ao ponto
de referncia das tenses. O outro terminal liga-se ao ponto cuja tenso queremos
medir. Por motivos tcnicos da construo do aparelho as garras das pontas esto inter-
ligadas entre si e ligadas terra de alimentao do sector elctrico, pelo que s devem
ser ligadas a pontos com tenses iguais a estas. Da que normalmente se liguem ao
ponto de 0 V do circuito a medir.
1.2.7.1 DESCRIO DOS COMANDOS
1 - Boto on/off. Serve para ligar/desligar o osciloscpio.
3 - Controle de focagem. Permite focar o trao produzido no cran.
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4 - Rotao de trao. Serve para alinhar o trao produzido no ecr com as
linhas horizontais do retculo.
5 - Controle de intensidade. utilizado para ajustar o brilho do trao. Brilho
excessivo pode danificar o cran, para alm de ser prejudicial vista.
8 - Entrada do canal 1. Ficha de ligao do sinal.
9 - Entrada do canal 2. O mesmo que o anterior, mas para o segundo canal de
entrada.
10, 11 - Comutadores de acoplamento de entrada . Este comutador seleccio-
na o acoplamento entre os sinais de entrada e as placas de deflexo verti-
cal. So possveis trs modos de acoplamento: dc (direct current - corren-
te contnua), ac (alternate current" - corrente alterna) e gnd ("ground" - ter-
ra).
dc - o sinal ligado directamente aos amplificadores de deflexo vertical.
ac - o sinal acoplado atravs de um condensador. A componente contnua
do sinal retirada, sendo apenas mostrada a varivel.
Ground - o sinal de entrada fica desligado dos amplificadores de deflexo
vertical. Permite-nos localizar a linha horizontal de referncia, em relao
qual se devero realizar todas as medies.
12,13 - Comutador de seleco VOLTS/DIV. Trata-se de um boto que per-
mite seleccionar o ganho do amplificador de deflexo vertical. Existe um
comutador para cada canal de entrada. O valor seleccionado neste comutador
corresponde ao valor, em tenso, a que corresponde cada diviso do retculo.
Se, por exemplo, o boto VOLTS/DIV indicar 2 V e um sinal sinusoidal ocupar
3 divises do retculo, pico a pico, ento o sinal tem uma tenso de 6 V pico a
pico.
16, 17 - Controle de Posio. Permite ajustar, na vertical, a posio da ima-
gem no osciloscpio.
18 - Comutador de seleco de Modo. utilizado para seleccionar o modo
de operao do sistema de deflexo vertical. So possveis cinco modos:
-
8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.35
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
CH1 - S aparece no cran o sinal aplicado entrada CH1.
CH2 - S aparece no cran o sinal aplicado entrada CH2.
ALT - No cran surgem os sinais aplicados s duas entradas do osciloscpio. As
duas entradas so alternadamente mostradas em varrimentos sucessivos.
CHOP - No cran surgem os sinais aplicados s duas entradas. A entrada dos
amplificadores verticais comuta rapidamente (250 kHz neste osciloscpio) entre os
dois sinais.
ADD - No cran surge a soma algbrica dos dois sinais.
20 (21) Balanceamento DC do canal 1 (2)
22 - Comutador de seleco TIME/DIV. Permite controlar a velocidade de varri-
mento da Base de Tempo. O valor indicado por este comutador (tempo por diviso)
indica quanto vale cada diviso horizontal do retculo. Se, por exemplo, o comuta-
dor indicar 10 s por diviso e um sinal elctrico ocupar, na horizontal, 4 divises,
ento o sinal tem uma durao de 40 s.
24 Posicionamento horizontal do sinal e zoom de 10 X. O comando de posi-
cionamento (POSITION) horizontal permite deslocar a forma de onda para a
esquerda ou para a direita. O comando de ampliao (MAG) est normalmente
reunido com o de posicionamento (POSITION).
25- Comutador de seleco de fonte de "trigger". Com este comutador pode-se
seleccionar qual o sinal que actua como fonte para o disparo da Base de Tempo.
28 - Controle de nvel de trigger. Permite ajustar a amplitude de "trigger".
ainda utilizado para definir o declive de "trigger posio normal - declive positivo;
se puxarmos o boto "trigger" ser feito no declive negativo.
29 - Comutador de Seleco do modo trigger. Esto disponveis trs modos:
AUTO - Neste modo quando existe um sinal em condies de disparar a base de
tempo esta funciona como base de tempo sincronizada, ou seja disparada pelo
sinal de "trigger". No existindo tal sinal, a base de tempo trabalha em modo livre,
ou seja, inicia um varrimento logo que terminar o anterior. Este o modo "trigger"
mais til.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.36
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
NORM - S ocorre varrimento se entrada existir um sinal que possibilite o funcio-
namento da base de tempo no modo sincronizado.
TV(V) e TV(H) - Utilizados quando se pretende observar sinais de televiso.
31 - Ponto de calibrao 0.5 V. Neste terminal est disponvel uma onda quadra-
da de 0.5 V de amplitude e 1 kHz de frequncia. muito til para o utilizador verifi-
car se est a trabalhar, ou no, com pontas de prova divisoras por 10 (Estas pon-
tas atenuam a tenso do sinal a medir por um factor de 10).
32 - Terminal GND. Trata-se do terminal de terra do osciloscpio.
1.2.7.2 - PROCEDIMENTOS DE MEDIO
1 - Medio de tenses contnuas (DC)
Para efectuar medies de tenses DC dever, em primeiro lugar, decidir a colocao da
linha base, ou seja o valor de tenso (normalmente 0 V) em relao ao qual so feitas as
medidas. Para tal escolha o modo de acoplamento de entrada GND e utilize o controle de
posio para colocar a linha de base na posio desejada. Definida a linha de base, deve
colocar o comutador AC - GND - DC na posio DC e ajustar o controle VOLTS/DIV de
modo a poder observar a posio para a qual se deslocou a recta visvel no cran. O des-
locamento desta recta traduz o valor da tenso DC medida (ver figura 1.26).
Fig. 1.26 Medio de tenses DC
-
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.37
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Quando o controle VOLTS/DIV est na posio 50 mV/DIV, teremos uma tenso DC de
50 mV/DIV x 4.2 div, o que equivale a 210 mV. Se utilizar pontas de prova divisoras por10, o valor real da tenso DC ser 2.1 V.
2 - Medio de tenses alternas (AC)
Nesta situao no h necessidade de um ajuste da linha de base. Basta utilizar o con-
trole de posio para deslocar o sinal a medir para uma regio do cran onde as medi-
es possam ser feitas com facilidade e preciso. Dever colocar o comutador
AC - GND - DC na posio AC.
Para a figura 1.27, VOLTS/DIV equivale a 1 V/DIV. Logo teremos uma tenso AC pico a
pico de 1 V/DIV x 5 div = 5 Vp-p (50 Vp-p usando ponta divisora).
Fig. 1.27 Medio de tenses AC
3. Medio de frequncia e perodo
O perodo do sinal o intervalo de tempo entre os instantes A e B, o que equivale a 2
divises no cran. Se o comutador TIME/DIV indicar 1 ms/DIV, valor do tempo de varri-
mento do cran, o perodo do sinal ser 1 ms/DIV x 2 = 2 ms
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto1.38
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
Fig. 1.28
Medi-
o de
frequncias
1.2.8 - OSCILOSCPIO DIGITAL
Todo o tipo de equipamento de medida tem sido alvo da constante evoluo tecnolgica,
e o osciloscpio no foi excepo.
O desenvolvimento da electrnica digital tem permitido a concepo de uma nova famlia
de aparelhos de medida mais fiveis e precisos, e ainda com dimenses reduzidas o que
permite assim um transporte e manuseamento mais fceis em relao aos aparelhos
mais antigos.
Como exemplo do que foi dito, est o osciloscpio digital SCOPEMETER que funciona
como multmetro e oscilscpio, dispondo ainda de uma memria de 30K para registo e
armazenamento de formas de onda, bem como valores de tenso e corrente.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 1.39
Instrumentos de Medio, Reparao e Controlo
O Scopemeter uma ferramenta desenvolvida exclusivamente para testes manuteno
industrial englobando tambm todo o tipo de trabalho em electricidade/electrnica auto.
Este osciloscpio digital possui as mesmas funes que um osciloscpio convencional
de bancada (tal como foi apresentado anteriormente) .
Para bom manuseamento, deve o formando conhecer muito bem o funcionamento doosciloscpio analgico debruando-se posteriormente sobre o funcionamento do Scope-
meter.
Fig. 1.29 Osciloscpio digital Scopemeter
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.1
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
2 VERIFICAO E REPARAO DE INSTALA-
ES ELCTRICAS
2.1 ENSAIO E DIAGNSTICO DE MOTORES E GERADO-RES ELCTRICOS
2.1.1 - DIAGNSTICO AO CIRCUITO DE ARRANQUE
O circuito de arranque encarrega-se de transformar, atravs do motor de arranque, a
energia elctrica, proveniente da bateria, em energia mecnica de rotao, colocando o
motor em funcionamento.
Podemos ento dizer que o circuito de arranque basicamente composto pelo elemento
fornecedor de energia elctrica, a bateria, pelo motor elctrico encarregado de colocar o
motor de combusto em funcionamento, o motor de arranque, e pelo elemento encarre-
gado de deixar passar a corrente desde a bateria ao motor de arranque, a chave de
ignio.
2.1.1.1 ENSAIO DA CHAVE DE IGNIO
A chave de ignio basicamente constituda por um interruptor encarregado de forne-
cer a corrente necessria para a alimentao da bobine de ignio e circuitos auxiliares.
A interrupo da corrente que chega bobine provoca a paragem do motor. A corrente
necessria ao motor de arranque enviada por um pulsador.
Fig. 2.1 - Esquema elctrico da chave de ignio
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.3
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
2.1.1.2 VERIFICAO DO MOTOR DE ARRANQUE E SEUS
CUIDADOS
O motor de arranque possui dois bornes, como se pode ver pela figura 2.3, a um liga-se
um cabo de grande seco, que conduz directamente a corrente da bateria, ao outro liga-
se um fio de menor seco que o anterior, o qual transmite corrente desde a chave de
ignio, quando esta accionada para efectuar o arranque.
Fig. 2.3 Ligaes de um circuito de arranque
Legenda:
Bem
Mal
Fig.2.4 Diagrama de deteco de avarias de um Motor de Arranque
Verificao datenso da bateria
Carregar abateria ousubstitu-la
Substituir achave de ignio
Efectuar revisoao motor de
arranque
Verificao dacablagem e do
rel
Verificao dachave de ignio
Reparar acablagem ousubstitu-la
AVARIA
-
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto2.4
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Formas expeditas de verificar o correcto funcionamento do
motor de arranque
Se o motor de arranque no fizer funcionar o motor do carro quando se liga a chave, a
primeira coisa a fazer verificar se chega corrente aos bornes, ligando uma lmpada de
prova entre cada um deles e a massa. Se a lmpada no se acender ao ser ligado ao
borne 30, a bateria est descarregada. Este teste pode tambm ser realizado com um
voltmetro.
Ao colocar a chave de ignio na posio de arranque, o comutador deve enviar corren-
te para o motor de arranque, o que se verifica com a lmpada de provas, ou com um vol-
tmetro. Se no chegar corrente ao motor de arranque, o comutador est avariado ou ocabo est quebrado em qualquer parte.
Se as provas realizadas derem resultados positivos, o circuito est bom e a avaria do
motor de arranque que dever ser desmontado para reparao.
Se o motor de arranque mover o motor do carro demasiado lentamente, dever-se- veri-
ficar a bateria. Se se ouvirem rudos estranhos, provvel que sejam causados por fol-
gas dos seus componentes, pelo que se deve proceder sua desmontagem para repa-
rao.
Descrevem-se a seguir os controlos previstos para a verificao do motor de arranque:
Comprovao da continuidade e isolamento massa do induzido
Comprovao da continuidade e isolamento massa do indutor
Comprovao do isolamento massa do suporte das escovas
Para realizar estas provas recomenda-se uma tenso de 125 V ou o mais prxima pos-
svel.
As provas de consumo realizam-se atravs de uma pina amperimtrica.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.5
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Teste do motor de arranque sem o desmontar do veculo
Dar chave com os mdios ligados,
- Se as luzes obscurecem em demasia, o problema pode dever-se a
bateria descarregada, dbil ligao dos cabos bateria ou ligao cor-
roda;
- Se as luzes no perdem intensidade, o circuito pode estar cortado,
devido por exemplo ao desgaste das escovas, ou o motor de arranque
avariado.
Em ambos os casos deve-se verificar as quedas de tenso, ligando a chave de ignio,
mas desta vez com as luzes apagadas. Deve-se utilizar um multmetro na posio de
medio de tenso (V) e numa escala ligeiramente superior tenso da bateria.
1. Ligam-se as pontas de prova do multmetro a cada um dos bornes da
bateria e acciona-se a chave de ignio durante cerca de 5 segundos. Os
valores lidos devem ser de 9 V, se a bateria de 12 V, ou de 18 V, se a
bateria de 24 V. Se os valores forem inferiores ento a bateria est des-
carregada ou avariada.
Fig. 2.5 Medio da tenso de uma bateria
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto2.6
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
2. Liga-se uma ponta de prova do multimetro a um dos bornes da bateria e a
outra ponta de prova ao terminal de ligao a esse borne. O valor indicado deve
ser 0 V, caso contrrio temos um mau contacto. A mesma prova deve ser efec-
tuada ao outro borne.
3. Ligar o multmetro, como ohmmetro, entre o borne da massa da bateria e a
massa do veculo (carroaria ou chassis). A resistncia medida deve ser inferior a
0,4 , caso contrrio indica-nos um mau contacto entre o cabo da massa e a liga-
o carroaria do veculo.
4. Com o multmetro como voltmetro ligar cada uma das pontas de prova a cada
um dos bornes de potncia do rel e accionar a chave de ignio. Se o valor indi-
cado pelo multmetro for superior a 0,1 V, ento existe mau contacto entre esses
contactos;
5. Ligar o multmetro como voltmetro entrada do sinal do rel. Os valores lidos
devem ser os mesmos do 1. teste. Se no indicar nada deve-se comprovar a sa-
da da chave de ignio e de seguida a sua entrada, por forma a encontrarmos o
cabo cortado entre a ltima leitura e o rel.
6. Caso os testes anteriores no resultem, deve-se desmontar o motor de arran-
que e efectuar as provas mecnicas e elctricas que se indicam a seguir.
Teste do motor de arranque fora do veculo
Provas m ecnicas:
Verificar:
Apoios do induzido e casquilhos
Estriados e pinhes
Excentricidade
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.7
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Colector: superfcie e dimetro mnimo
Comprimento das escovas
Ligao das escovas
Fora das molas
Roda livre
Dimetro interior das massas polares
Regulao da posio do pinho de ataque e da carcassa
Regulao axial do induzido
Provas elctricas
Consumo em vazio
Consumo ao freio
Induzido e indutoras: Continuidade, curto-circuito e derivao massa
Rel: Consumo de cada bobina
-
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto2.8
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Continuidade
Isolamento
Importante: As provas de consumo realizam-se com ampermetros que tenham escalas ade-
quadas uma vez que a prova de consumo ao freio pode superar os 2000 A em motores de arran-
que de veculos industriais.
Existem no mercado pinas amperimtricas que permitem adaptar os multmetro usuais para asleituras indicadas.
Desmontagem, verificao e reparao do motor de arranque
Antes de se desmontar o motor de arranque deve-se desligar a bateria.
A figura 2.6 ilustra um motor de arranque em corte, com todos os seus componentes. A figura
2.7 evidencia separadamente esses mesmos componentes.
Fig. 2.6 - Componentes do motor de arranque
Veio do induzidocom rosca larga
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8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.9
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Para se desmontar um motor de arranque deve-se retirar os parafusos de fixao corres-
pondentes, desmontar a tampa (11) e em seguida o freio (12) com o retentor (13) e as
anilhas (14) fixas ao eixo do induzido (19). A tampa traseira (15) desmonta-se retirando
as correspondentes porcas de fixao. Deste modo, fica acessvel o porta escovas (18)
que se pode retirar. Pode-se agora desmontar o rel de arranque do solenide (5), soltan-
do os parafusos de fixao (2) e a ligao (8) para retirar o rel, desloca-se este ligeira-
mente para cima at desengatar a forquilha de accionamento (4). Deve-se soltar o para-
fuso (23) de fixao da forquilha, para facilitar esta tarefa e depois do que se pode retirar
ao mesmo tempo o conjunto do rel, do induzido e da carcaa, completando-se, assim, a
desmontagem.
Fig. 2.7 Motor de arranque desmontado
Depois de desmontado o motor de arranque deve-se proceder limpeza de todos os
seus componentes, com um pano humedecido em gasolina, por exemplo. A seguir des-
crevem-se os elementos mais importantes que se deve testar.
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8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto2.10
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Induzido
Verificar o desgaste das chumaceiras de apoio; se for elevado pode des-
centrar a rotao do induzido com o consequente roamento contra os
plos.
A superfcie exterior do colector no deve apresentar fendas, riscos ou suji-
dade. Se necessrio, limpar com lixa muito fina.
Verificar o estado das soldaduras dos fios do enrolamento ao colector;
Verificar o isolamento do enrolamento e do colector. Com a ajuda de uma
bateria de 12 V e uma lmpada , proceder como se indica na figura 2.8;
Fig. 2.8 Ligao em srie para a prova de isolamento
do induzido
Com as pontas de prova ligadas como mostra a figura 2.8, a lmpa-
da deve permanecer apagada. Se se acender, significa que existe
uma derivao do colector ou do enrolamento para a massa, pelo
que o induzido est defeituoso e deve ser substitudo;
12V
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8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.11
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Carcaa dos indutores
Verificar se no esto cortadas as ligaes entre as bobinas e se os
parafusos de fixao das massas polares esto bem apertados. Qual-
quer deformao ou fenda na carcaa implica a substituio da mes-
ma;
Ligar uma lmpada em srie com uma bateria, como indica a figura
2.9 e aplicar as pontas de prova aos extremos das bobinas. A lmpa-
da deve acender-se, caso contrrio, alguma das bobinas est inter-
rompida;
Fig. 2.9 Ligao da bateria e da lmpada para a
prova de continuidade das bobinas
Verificar se existe fugas massa, ligando as pontas como indica a
figura 2.10. Se a lmpada acender, h uma anomalia, pelo que se
deve substituir o conjunto das bobinas. De referir que, na maior parte
das vezes as derivaes para a massa so devidas sujidade, razo
porque, depois de uma boa limpeza, a anomalia pode desaparecer.
-
8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto2.12
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Fig. 2.10 Ligao em srie para a prova do isolamento das
bobinas
Conjunto da tampa das escovas
Verificar se no existem roturas, deformaes ou qualquer outro defei-
to que dificulte a rotao devidamente centrada do induzido. Os aloja-
mentos das escovas devero encontrar-se em perfeito estado, permi-
tindo o seu suave deslizamento. Os do lado positivo, onde esto asescovas das bobinas indutoras, devem estar isoladas da massa, o
que se pode verificar com uma lmpada em srie, como mostra a
figura 2.11. Se a lmpada acender, a tampa das escovas tem de ser
substituda;
Fig. 2.11 Ligao em srie para comprovar o isolamento dos porta-escovas
12V
12V
-
8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.13
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Verificar o estado de conservao das escovas e se o comprimento seencontra dentro dos valores admissveis;
Verificar se as molas esto em boas condies de utilizao.
Carcaa-apoio dianteira
Comprovar a inexistncia de fendas ou deformaes na carcaa e veri-
ficar se a chumaceira de apoio do induzido est em boas condies;
Verificar o estado de conservao dos dentes do pinho de ataque
Rel de arranque ou bobina de chamada
Verificar se o rel est em boas condies, ligando uma bateria (fig.
2.12) entre o borne de accionamento (o mais pequeno dos trs) e o de
sada (o que liga ao cabo das indutoras da carcaa), deve produzir-se
o deslocamento do ncleo. Se isso no acontecer, a bobine de activa-
o do rel no se encontra em bom estado, pelo que deve ser substi-
tudo;
Fig. 2.12 Ligao da bateria para a prova do rel (bobina de accionamento)
-
8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto2.14
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Se a bateria for ligada, como mostra o esquema da figura 2.13, entre o borne de accio-
namento e a massa, o ncleo do rel no se deslocar, mas, se for ajudado um pouco
com a mo, o deslocamento produzir-se- e o ncleo ficar encravado enquanto a
bateria estiver ligada. Se tal no ocorrer, a bobina de reteno est defeituosa e h que
substituir o rel;
Fig. 2.13 Ligao da bateria para a prova do rel (bobina de reteno)
PROVA DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE ARRANQUE
Depois de reparado e montado, deve-se testar o motor de arranque, procedendo do
seguinte modo:
Ligar a uma bateria, como mostra a figura 2.14, isto , o positivo des-
ta ao borne de accionamento (A) do rel e o negativo sada (C) da
bobina de accionamento. Nestas condies, o motor no gira, mas opinho de ataque deve deslocar-se at ao fim de curso, caso contr-
rio, haver que desmontar o motor, porque algo no foi colocado na
posio correcta;
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8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.15
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Fig. 2.14 Ligao para a prova de funcionamento do motor
de arranque
Ligar o cabo positivo no borne A, e o negativo massa. Ao estabele-
cer-se uma ponte elctrica do borne A para o B, o pinho de ata-
que deve deslocar-se at ao fim do curso e o induzido deve girar
velocidade mxima. Se o pinho de ataque se deslocar, mas o indu-
zido no girar, far-se- a prova passando directamente a corrente
pelas indutoras, ligando o cabo positivo ao borne D e mantendo o
negativo ligado massa. Se ento o induzido girar, isso indica que o
rel est defeituoso e no estabelece contacto elctrico entre os dois
bornes (B e D), pelo que deve ser substitudo.
2.1.2 DIAGNSTICO AO CIRCUITO DE CARGA
O circuito de carga de um automvel fornece energia elctrica bateria e todos os
rgos elctricos que dela necessitam. Para isso conta com um gerador e um regulador.
Inicialmente o gerador dos automveis era um dnamo, que h j muito tempo foi substi-
tudo pelo gerador.
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto2.16
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Fig. 2.15 Colocao no veculo dos componentes de um cir-
cuito de carga para dnamo
A figura 2.15 ilustra um sistema de carga composto por um dnamo.
Fig. 2.16 Esquema do circuito de carga para dnamo, com lmpa-
da de testemunho e ampermetro
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8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.17
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Na figura 2.16 pode ver-se o esquema dum circuito, em que se v que os bornes do dna-
mo (G), em geral marcados D e F, ou DIN e EXC, se ligam aos do mesmo nome do regu-
lador, cujo borne B ou BAT, se une ao positivo da bateria. A luz de indicao de carga (L)
est colocada no quadro de instrumentos e est ligada entre um contacto positivo e o
borne (D) do regulador.
F i g .
2.17 Componentes e ligaes de um circuito de carga para alternador
A figura 2.17 ilustra o circuito de carga, actualmente mais difundido, com alternador, em
que o borne + deste se encontra ligado directamente bateria e, atravs da chave de
ignio, ao borne + do regulador. O borne de excitao (EXC) do alternador est ligado
ao do mesmo nome do regulador. H casos em que o regulador incorporado no alterna-
dor o que reduz o nmero de ligaes elctricas.
Sempre que a lmpada de aviso se acende deve-se verificar o circuito, para se determi-
nar se a avaria do gerador, do regulador ou das ligaes.
Caso de veculos equipados com dnamo:
Soltar as ligaes deste e verificar, com o motor em funcionamento,
se o mesmo gera energia, estabelecendo uma ponte elctrica entre
os dois bornes e ligando uma lmpada entre ele e a massa durante
um curto intervalo de tempo. Se a lmpada emitir uma luz fraca,
ento o dnamo est em boas condies. Caso contrrio, o dnamo
deve ser desmontado e verificado, para se reparar a avaria;
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.19
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Fig. 2.18 Os componentes de um dnamo
O dnamo e o motor de arranque so muito parecidos. A principal diferena que no pri-
meiro o induzido que se move, para produzir energia elctrica, enquanto que no segun-
do a energia elctrica que transmite o movimento de rotao.
Uma vez reparado e montado, conveniente verificar o seu funcionamento antes de o
instalar no veculo, fazendo-o girar como motor, o que se consegue ligando a corrente da
bateria a ambos os bornes do dnamo e o negativo massa da carcaa. Nestas condi-
es, o induzido deve girar no sentido adequado, geralmente indicado na carcaa por
uma seta. Se o induzido no girar, o dnamo no foi bem reparado.
-
8/10/2019 9360 Diagnostico e Reparaao Em Sistemas Electricos
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto2.20
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
2.1.2.2 - VERIFICAO DO ALTERNADOR E SEUS CUIDADOS
Quando o alternador no carrega deve-se retir-lo do veculo, desmont-lo, limp-lo e
repar-lo.
Fig. 2.19 Diagrama de deteco de avarias num alternador
Legenda:
Bem
Mal
A figura 2.20 mostra
um alternador em cor-
te onde se podem ver
todos os seus compo-
nentes.
AVARIAMECNICA OUELCTRICA?
Reparar acablagem
Verificao da
carga, tenso eintensidade
Reparar o
alternador
Verificao doestado e tenso
da correia
Verificar cablagem,alternador e bateria
Eventualsubstituio da
correia
AVARIA
Fig. 2.20 Componentes de um alternador
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.21
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
O alternador constitudo por uma carcaa (33), onde se encontra o enrolamento do
induzido, dentro do qual gira o rotor (29), impelido pela polia (3), que recebe movimentodo motor por meio da correia de transmisso. Duas semicarcaas, unidas entre si atra-
vs de parafusos, encerram o conjunto dos mecanismos. Na carcaa traseira (30) alo-
jam-se as escovas, que devem ser montadas contra os anis colectores (7), e a placa
rectificadora (19), que suporta os dodos rectificadores.
Fig. 2.21 Componentes do alternador
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto2.22
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Ensaio do alternador
Descrevem-se a seguir os controlos previstos para verificar o alternador:
Verificao da continuidade e do isolamento massa do rotor;
Verificao da continuidade e do isolamento massa do estator;
Verificao do isolamento massa das escovas;
Para realizar este tipo de prova recorremos a uma lmpada ligada em srie com uma
bateria de 12V.
Rotor
Fig. 2.22 Ligao em srie para a prova do isolamento do rotor
O isolamento do rtor pode ser verificado atravs da montagem ilustrada na figura 2.22.
Se a lmpada acender ento existe falta de isolamento do enrolamento, pelo que o
rtor tem de ser substitudo.
Para a verificao da continuidade, deve-se ligar cada uma das pontas a um dos anis
colectores. Se existir continuidade o rotor est bom, caso contrrio tem de ser substitu-
do.
12V
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Diagnstico e Reparao em Sistemas Elctricos Auto 2.23
Verificao e Reparao de Instalaes Elctricas
Estator
Fig.2.23 - Ligao em srie para a prova de isolamento do estator
O isolamento das bobinas do estator pode verificar-se ligando uma das pontas de prova
parte metlica armadura - e a outra a qualquer dos fios do enrolamento, como ilus-
trado na figura 2.23. Se a lmpada acender ento o enrolamento faz derivao massa,
pelo que o estator deve ser substitudo ou reparado.
De referir que este teste pode ser efectuado atravs de um ohmmetro, colocando as
pontas de prova em contacto com os terminais do enrolamento e a carcaa do estator.
O valor lido no instrumento de