6- características da população agrícola

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Características da população agrícola A diminuição da população activa agrícola está relacionada com a modernização da nossa agricultura, o forte envelhecimento dos agricultores, a grande resistência dos jovens em enveredar pela actividade, à desvalorização da agricultura como modo de vida e com a atracção exercida pelos outros sectores de actividade económica, cujo desenvolvimento proporcionou a oferta de empregos diversificados, mais seguros e melhor remunerados. Esta oferta tem vindo a aumentar, mesmo nas áreas rurais, tendo como consequência do êxodo rural e o êxodo agrícola transferência de mão-de- obra para outros sectores de actividade, ainda que permanecendo nas respectivas áreas rurais. Esta evolução teve reflexos nas características da população agrícola actual.

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Características da população agrícola

A diminuição da população activa

agrícola está relacionada com a

modernização da nossa agricultura, o

forte envelhecimento dos agricultores, a

grande resistência dos jovens em

enveredar pela actividade, à

desvalorização da agricultura como

modo de vida e com a atracção exercida

pelos outros sectores de actividade económica, cujo desenvolvimento

proporcionou a oferta de empregos

diversificados, mais seguros e melhor

remunerados. Esta oferta tem vindo a

aumentar, mesmo nas áreas rurais, tendo

como consequência do êxodo rural e o

êxodo agrícola – transferência de mão-de-

obra para outros sectores de actividade, ainda que permanecendo nas respectivas áreas rurais.

Esta evolução teve reflexos nas características da população agrícola actual.

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Estas características de idade, instrução e formação profissional dos produtores

reflectem-se negativamente na actividade, porque reduzem a capacidade de inovação, de

introdução de novas práticas e até a possibilidade de aceder aos apoios comunitários por

falta de informação.

Pluriactividade e pluri-rendimento

Em Portugal, são poucos os agricultores que se dedicam a tempo completo à prática da

agricultura (fig. 1). Na maioria dos casos, a agricultura surge como uma actividade

secundária, relativamente ao horário de trabalho normal noutros sectores como a indústria, a

construção civil, o comércio, o turismo, o artesanato, etc., geradores de maiores rendimentos.

A pluriactividade – prática, em simultâneo, do trabalho na agricultura ou noutras actividades e

que implica que a exploração da terra seja feita a tempo parcial– pode ser encarada como uma

alternativa para aumentar o rendimento das famílias dos agricultores.

Fala-se, então, de pluri-rendimento – acumulação de rendimentos provenientes da agricultura

e de outras actividades (fig.2).