3Teste FORMATIVO cultura-precoces

download 3Teste FORMATIVO  cultura-precoces

of 6

Transcript of 3Teste FORMATIVO cultura-precoces

  • 8/7/2019 3Teste FORMATIVO cultura-precoces

    1/6

    TESTE FORMATIVO

    No mbito do tema da Cultura:

    a) Explicita o conceito de cultura.y A cultura pode ser definida pela totalidade dos conhecimentos, das crenas, das artes,

    dos valores, leis, costumes e de todas as outras capacidade e hbitos adquiridos peloHomem enquanto membro da sociedade.

    y A cultura ento definida como uma totalidade, um todo. Onde se conjugam diversoselementos materiais e simblicos.

    y Todas as crenas, teorias, construes/objectos, valores, leis/normas, artes e oscostumes, encontram-se organizados de forma dinmica no todo cultural, ou seja,

    mudam e influenciam-se mutuamente a cada momento.

    y A cultura um elemento inescapvel do ambiente qualquer pessoa, pelo que, ao longoda vida, se traduz em mltiplas e variadas consequncias na forma como cada um

    pensa, sente e se comporta.

    y Ns para alm de sermos produtos da cultura, somos tambm os seus produtores. Ainfluencia entre os processos psicolgicos e a cultura mtua, dinmica e

    permanente.

    b) Define padro cultural e explicita a sua funo.y Ao conjunto de comportamentos, prticas, crenas e valores comuns aos membros de

    uma determinada cultura d-se o nome de padres culturais.

    y Os padres culturaisdesempenham um importante papel no enquadramento daconstruo de significados em muitos domnios da vida social: servem de quadros de

    referncia e marcam presena enquanto interpretaes acessveis s pessoas. Por

    outro lado, os padres culturais, ao influenciarem as actividades, os modos de relao

    entre as pessoas e os significados que lhes esto associados, ajudam a determinar,

    para um dado grupo cultural, quais so as experincias comuns e o que estas

    experincias podem significar.y Manifestam-se

    nas formas de vestir ( masculino ou feminino); nas formas como encarado o papel do homem e mulher em cada cultura; forma de comer ( no que comem e como comem); na forma de comunicar; na forma como se ritualiza comportamentos, como por ex: morte, o casamento,

    o baptismo, o namoro, o dinheiro, o divrcio, etc

    esto na base da discriminao/ preconceito e dos esteretipos.y Os padres culturais mudam permanentemente em funo das interaco sociais e da

    relao com outras culturas.

    c) O que o processo de aculturao?y Aos processos que decorrem do contacto entre elementos culturais, ou entre pessoas,

    pertencentes a diferentes culturas, d-se o nome de aculturao.

    y A aculturao diz respeito ao conjunto dos fenmenos resultantes do contactocontinuo entre grupos de indivduos pertencentes a diferentes culturas, assim como s

    mudanas nos padres culturais de ambos os grupos que decorrem desse contacto.

  • 8/7/2019 3Teste FORMATIVO cultura-precoces

    2/6

    y Muitas vezes d-se o aparecimento de criaes culturais novas novos hbitos, novasmatrias-primas, novos alimentos, novas formas de fazer e de compreender o mundo -

    , mas tambm o desaparecimento e a destruio de elementos culturais.

    d) O que a socializao? Caracteriza os dois processos existentes.y A socializao , o processo atravs do qual cada um de ns aprende e interioriza ospadres de comportamento, as normas, as praticas, e os valores da comunidade em

    que se insere. Esta interiorizao permite no apenas a integrao de cada pessoa no

    grupo sociocultural, mas tambm a reproduo deste mesmo grupo e das suas formas

    de organizao.

    y A socializao ocorre durante toda a vida, conseguimos referir dois tipos socializao;a socializao primaria e a secundria.

    y A socializao primaria responsvel pela aprendizagens mais bsicas da vida emcomum. Traduz-se na aprendizagem dos comportamentos considerados adequados e

    reconhecidos como formas de pensar, sentir, fazer e exprimir prprias emoes de um

    determinado grupo social; as regras de relacionamento entre as pessoas, os hbitos de

    cuidado com o corpo, hbitos alimentares, as regras da linguagem, etc.

    y A socializao secundariaocorre sempre que a pessoa tem de se adaptar a integrar emsituaes sociais especificas, novas para o individuo. Os diferentes acontecimentos, econtextos diferentes tipos de relaes implicam intensificaes no processo contnuo

    de socializao; Como por exemplo a mudana de escola, o primeiro emprego, o

    casamento, o divrcio, o nascimento so exemplos de situaes que exigem s

    pessoas novas adaptaes e novas aprendizagens.

    e) Explicita como a experincia e significado e a auto-organizao e criaosociocultural se constituem como factores fundamentais na compreenso da

    histria pessoal.

    y Cada um de ns, humanos, tenho uma histria pessoal, uma histria de vida que nosindividualiza; Ns reconhecemos-mos como humanos (identidade especifica), fazemos

    parte de uma cultura, de uma sociedade (identidade cultural) e temos uma histria devida que marca a nossa identidade pessoal.

    y O ser humano uma criao sociocultural. No encontro com tudo o que se constituicomo a nossa experincia, ordenamos e organizamos a nossa histria, pensamos,

    sentimos e actuamos nela, atravs da aco dos nossos esquemas organizadores.

    y Os seres humanos agem de forma a criar ordem e sentido a partir de conjunto dassuas experincias: so seres auto-organizados. Pois atravs do processo de auto-

    organizao sobre o seu fluxo de experincias, os seres humanos constroem se

    agindo no mundo, organizando-se no seu envolvimento com o mundo.

    y A capacidade que temos de integrar as experincias na nossa histria pessoal, de asorganizar e de lhes atribuir um significado, permite-nos construir permanentemente a

    continuidade e a coerncia de um sentido de nos prprios e do mundo.

    y Cada um de ns age no seu ambiente de forma a manter a continuidade do seusentido de si e a compreensibilidade da nossa experincia faz com que seja possvel,dia aps dia, reconhecer que continuamos a ser a mesma pessoa e que o nosso mundo

    ainda o nosso mundo.

    f) Desenvolve o tema da Diversidade humana a partir das suas vriasdimenses tais como a biolgica, a cultural e a individual.

  • 8/7/2019 3Teste FORMATIVO cultura-precoces

    3/6

    y Define-se o ser humano como sendo um ser complexo dotado de bastantescapacidades, contudo e apesar de sermos idnticos em muitos aspectos, em muitos

    mais somos distintos pois existe no ser humano uma diversidade a nvel biolgico,

    cultural e individual.

    No mbito das relaes precoces:a) Distingue a viso tradicional acerca das necessidades do beb da viso

    actual.

    y Na viso tradicional tnhamos um beb indigente, que tinha apenas necessidadesfilogenticas; era um beb despromovido de quais queres capacidades como, no era

    capaz de sentir emoes, no ouvia, no via, destitudo de memria e incapaz de

    aprender.

    y J na viso actual com a evoluo das investigaes acerca das competncias precocesdo beb mostram que; tem uma natureza activa; esta disposta para o mundo

    envolvente; portador de necessidades que tm que ser satisfeitas; dotado de

    capacidades que tem que ser desenvolvidas.

    b) Explicita as competncias do beb.y Os bebes esto dotados de um conjunto de estratgias, de competncias, que lhes

    permitem enviar sinais para os adultos que, por sua vez, esto predispostos a

    responder-lhes. Este processo tem uma valor adaptativo dado que leva a que a

    necessidades fisiolgicas e psicolgicas sejam satisfeitas.

    y O choro, o sorriso, as expresses faciais e as vocalizaes, so meios que o bebrecorre para manifestar as suas necessidades e obter satisfao. So estratgias para

    seduzir os adultos, impedindo que os abandonem.

    y O choro o meio mais eficaz para manifestar uma necessidade ou um mal estar.Distingue-se geralmente, quadro padres de choro; o choro bsico de fome, choro de

    raiva, choro de frustrao e choro de dor.

    y O sorriso uma das formas de comunicao que desencadeia confiana e afectoreforado os esforos dos adultos em satisfazer o beb. Ao adormecer e depois dealimentado, normal o beb esboar um sorriso que pode ser tambm desencadeado

    pelos sons emitidos pelos progenitores, estes sorrisos so automticos, reflexos

    involuntrios. Para Spitz, entre as 6 e as 12 semanas que o sorriso se manifesta como

    meio de comunicao intencional do bebe. A partir dos 6 meses, s sorri para as

    pessoas que conhece, ou seja, o sorriso social.

    y As expresses faciais tm um valor comunicacional porque transmitem umamensagem que tem a expectativa de uma resposta.

    c) Clarifica de acordo com o modelo de Wilfred Bion as competncias da me.y So consideradas competncias bsicas da me, a capacidade de estabelecer

    comunicao com o beb proporcionando respostas positivas s suas necessidades.y Segundo alguns autores, a me que reage s necessidades do beb comunicando

    eficazmente e transformando a angstia e a ansiedade do beb em conforto e bem-

    estar uma me continente.

    y Os medos, angustias e ansiedades do beb so transferidos para a me-continente. Arelao me-beb seguiria o modelo continente-contedo, segundo W. Bion.

    d) Explicita o conceito de vinculao.

  • 8/7/2019 3Teste FORMATIVO cultura-precoces

    4/6

    y Bowldy, a partir das investigaes que desenvolveu, identificou a vinculao comosendo uma necessidade bsica do beb para criar relaes de proximidade e

    afectividade com os outros, para assegurar proteco e segurana

    y Bowldy, considerou a vinculao uma necessidade inata, biolgica, primaria tal como afome e a sede.

    e) Qual o contributo das investigaes de Bowlby no conceito de vinculao?y O aparecimento da teoria da vinculao em 1958 tivera concluses como a

    proximidade fsica do progenitor uma necessidade inata, primaria, essencial ao

    desenvolvimento mental do ser humano e ao desenvolvimento da sociabilidade.

    f) De acordo com as investigaes de Mary Ainsworth possvel falar de trscategorias de vinculao, explicita-as

    y Segundo Mary Ainsworth, a forma como o beb reagia, quer ausncia de me, querao seu regresso, reflectiria o seu equilbrio emocional, que relacionava com os

    cuidados que recebera. A partir das suas observaes, distinguiu 3 categorias de

    vinculao:y Vinculao segura, vinculao evitante, vinculao ambivalente/resistente.y No primeiro tipo, a vinculao segura as crianas choram e protestam pela ausncia da

    me, mas procuram o contacto fsico logo que ela entra na sala, ficando mais calmas.

    y As crianas com uma vinculao evitante a criana indiferenteaproximao e oafastamento da me.

    y A vinculao ambivalente/ resistente manifestam ansiedade mesmo antes da me saire perturbao quando abandona a sala, hesitando entre a aproximao e o

    afastamento dela quando esta regressa.

    y A vinculao segura seria o tipo de vinculao com o carcter mais adaptativo.g) Sintetiza a situao estranha.

    y A investigadora regista o efeito da separao e do reencontro dos bebs entre os 12 eos 24 meses com a sua mae; a criana est com a mae numa sala; uma pessoa

    estranha entra e junta-se a elas; a mae abandona a sala deixando a criana sozinha; a

    pessoa estranha regressa para junto da criana; a mae regressa para junto da criana.

    y A investigadora ainda estudou a relao que a criana estabelece com o pai, utilizandoa situao estranha com o progenitor masculino. Concluiu que a criana manifestava

    igualmente sinais de angstia quando o pai abandonava a sala, assim como a procura

    do contacto quando voltava.

    h) Que criticas se podem apontar experincia Situao estranha?y O carcter artificial pode conduzir a concluses desadequadas sobre a relao me-

    filho.

    y O exemplo mostra que a diferentes expectativas das mes correspondemnecessariamente distintos por parte dos bebs e que, por isso, o modelo nico de

    avaliao pode conduzir a concluses incorrectas

    y Abordam registos culturais e socioeconmicos.i) Descreve as variantes da investigao de Harlow.

    y Harry Harlow orientou um conjunto de estudos sobre os macacos que mostraram osefeitos da ausncia da mae junto das jovens crias.

  • 8/7/2019 3Teste FORMATIVO cultura-precoces

    5/6

    y A primeira variante construiu duas mes artificiais substitutas, uma de arama e outrarevestido por um tecido felpudo. As duas mes artificiais forneciam alimentos atravs

    de um bibero situado no peito delas. E acediam a qualquer uma das mes

    artificiais.

    y Na segunda variante, em que s a mae de arame fornecia alimento, as criasmantinham-se agarradas mae de peluche recorrendo proteco numa situao

    ameaadora.j) Qual o objectivo das suas investigaes?

    y O objectivo era avaliar o efeito os bebs macacos criados sem qualquer contacto.k) Que consequncias para o comportamento das crianas se podem

    constatar?

    y Harlow,concluiu que so devastadores os efeitos da ausncia da mae ou dos agentesmaternantes; como a privao deste contacto humano traduzir-se-ia em perturbaes

    fsicas e psicolgicas profundas e leva morte.

    l) Descreve a investigao de Spitz.y Estudou o efeito das carncias afectivas nos seres humanos, designou por hospitalismo

    as perturbaes vividas por crianas a quem falta uma relao afectiva privilegiadacom um adulto.

    m) Qual o objectivo das suas investigaes?y Quais as consequncias comportamentais resultantes da privao do contacto

    materno em crianas at aos 12 meses?

    n) Que consequncias para o comportamento das crianas se podemconstatar?

    y Spitz confirmou a necessidade de laos e de contactos afectivos entre o beb e oadulto, especialmente me-filho.

    y A vinculao uma necessidade de cariz emocional cuja satisfao acarretaexperincias gratificantes como estar ao colo, ser embalado, abraado e beijado,receber afagos, festas e carcias, sensaes e emoesque qualquer tetina do

    bibero incapaz de desencadear.

    y Na ausncia de uma vinculao securizante o desenvolvimento normal (fsico,emocional e intelectual) ficar seguramente comprometido.

    o) O que o Hospitalismo?y conjunto de perturbaes vividas por crianas institucionalizadas, privadas de

    cuidados maternos.

    y O HOSPITALISMO manifesta-se pelas seguintes consequncias: Morte precoce. Taxas de doenas elevadas em relao ao normal. Atraso no desenvolvimento fsico e intelectual. Dificuldades no relacionamento interpessoal: indiferena e insensibilidade em

    relao s pessoas.

    Dificuldades na habilidade manual. Atraso na linguagem.

    p) Relaciona o processo de vinculao com o processo de individuao.y Na base do processo de individuao est a vinculao.

  • 8/7/2019 3Teste FORMATIVO cultura-precoces

    6/6

    y Individuao a necessidade primria de o ser humano criar a sua prpria identidade,a sua individualidade, de se distinguir daqueles com quem mantm laos de 3-9

    vinculao.

    y A contradio entre o processo de individuao e de vinculao apenas aparente:entre estes dois processos existe uma relao de interaco, uma relao dialctica

    que se mantm ao longo da vida.