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Curso Portugus-26.08.09

PORTUGUSProfessor: Diego PereiraOSG.: 0511/09TEORIA DA INTERPRETAO DE TEXTOS E COMO SO MONTADAS AS QUESTES DE MLTIPLA ESCOLHA

Um texto dissertativo, de discusso de idias, por princpio bsico, possui objetivos, fundamentos. O autor busca expor seu ponto de vista e convencer o leitor dele.Nesse sentido, relevante observar como o enunciado de boa parte das questes de interpretao traz o seguinte comando: de acordo com o autor, ou outro semelhante. Em ltima instncia, isso quer dizer que o leitor deve se limitar ao que est no texto, s fronteiras textuais.Nenhum texto, por mais importante e genial que possa ser, completo. H idias subentendidas, h aspectos no citados e no ditos.Logo, fundamental a observao do que segue:

H em todos os textos1o ideias reveladas explicitamente pelo autor;2o ideias implcitas, que podem ser depreendidas a partir do texto, ou seja, o texto autoriza a tirar concluses determinadas;3o ideias no ditas e no autorizadas a dizer, a partir do texto, mas que podem ser verdades fora do texto. Trata-se de realidade externa ao texto;4o ideias no autorizadas pelo texto, nem explcitas nem implicitamente alem disso, so inverdades fora do texto tambm.

Assim, para testar a ateno do candidato e a sua capacidade de apreender o significado textual, o examinador tentar, por todas as vias, projetar o leitor alm das fronteiras do texto, armando atrativos fora da argumentao do autor.

Tipos de Enunciados

Os enunciados pedem ao candidato:

identificar, reconhecer, apontar elementos importantes do texto; comentar, emitir juzo ou opinio, com base nos conhecimentos da teoria da comunicao, ou nos conceitos que se espera tenha o aluno absorvido, no segundo ou terceiro grau; interpretar ou reaplicar a(s) ideia(s) do texto a outro contexto; identificar a(s) ideia(s) de causa e efeito e suas relaes de subordinao ou coordenao; analisar ou afirmar as ideias com base em argumentos explorados no texto; comparar, descobrir semelhanas e dessemelhanas entre as partes de um texto ou entre dois ou mais textos; resumir, identificar as ideias principais ou agrup-las sinteticamente; parafrasear, isto , reescrever, com outras palavras, as mesmas ideias.

Erros ClssicosFrequentemente, o candidato conduzido, pelos examinadores a trs tipos de erros: extrapolao, reduo e contradio. Fuja deles!

a) Extrapolao dizer mais que o texto; generalizar o que particular.Exemplo: Os portugueses Jos, Antnio e Joaquim so simpticos.A questo diz: Os portugueses so simpticos.

RESOLUO:O texto diz que aqueles trs portugueses so simpticos. A questo diz que todos os portugueses so simpticos.

b) Reduo particularizar o que geral; ater-se apenas a uma parte, esquecendo outras(s) importante(s); desprezar o contexto e entender uma parte com outro significado.Exemplo: O estudo d prazer, por isso deve ser cultivado. A questo diz: Quando se estuda bem, o estudo d prazer.RESOLUO:O texto diz que o estudo d prazer e no condicionou isso a um determinado modo de estudar.

c) Contradio concluir contrariamente ao texto; omitir passagens importantes para fugir ao sentido original.Exemplo: O homem, racional, quando sob o domnio do dio, pode agir como um animal selvagem. A questo diz: O homem racional, porque pode agir como um animal.

RESOLUO:O texto diz que o homem, embora racional, pode agir como irracional. A questo diz que o homem racional, porquepode agir como irracional.Inteleco e Interpretao

Inteleco: significa entendimento, compreenso. Os testes de inteleco ou entendimento exigem do candidato uma postura muito voltada para o que realmente est escrito. Os comandos enunciam-se assim: O cronista sugere que... O texto diz que... Segundo o texto, correto ou errado... O narrador afirma que...

Interpretao: significa explicar, comentar, julgar a inteno, tirar concluso. Os testes de interpretao querem saber o que o candidato conclui sobre o que est escrito.Os comandos enunciam-se assim: Da leitura do texto, infere-se que... O texto permite deduzir que... Com base no texto, pode-se concluir que... Qual a inteno do narrador, quando afirma que...

Postura do CandidatoNormalmente, o candidato, no momento da prova, fica preocupado com o tempo, razo pela qual l rapidamente o texto e vai direto s perguntas. Evite tal conduta. O tempo gasto com a leitura bem feita compensado na hora de responder s questes.1) Leia duas vezes o texto. A primeira para ter a noo do assunto geral; a segunda para prestar ateno s partes de cada pargrafo ou cada estrofe. Lembre-se de que cada pargrafo desenvolve uma ideia.

2) Leia duas vezes o comando da questo, para saber realmente o que est sendo pedido.

3) Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que absurdo. Geralmente, um tero das afirmativas o .

4) Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significante e/ou fazer observaes margem do texto.

DICAS IMPORTANTES1. Se o comando pede a ideia principal (ou tema), esta, normalmente, situa-se no primeiro ou ltimo pargrafo (introduo ou concluso).

2. Se o comando busca argumentao, esta se localiza nos pargrafos intermedirios (desenvolvimento).

QUESTES OBJETIVAS1. O nosso passado de incultura literria e de relativo desapreo pelo livro criou, para o presente, uma ambgua predisposio psicolgica, que se traduz ora pelo imoderado desimo perante a nossa massa colossal de analfabetos, ora pelo cego otimismo diante da saudvel expanso do parque editorial.De acordo com o texto:a) no h equilbrio na maneira como o brasileiro se dispe a encarar a situao do livro no Brasil.b) o nmero exorbitante de analfabetos no pas explica a pouca importncia que se d ao livro.c) a expanso do parque editorial desperta o interesse do leitor pelo hbito da leitura.d) a cultura literria brasileira do passado no se compara com o do presente.e) ambgua a predisposio psicolgica do brasileiro em face do problema da aquisio do livro.

2. O escritor se habitou a produzir para pblicos simpticos, mas restritos, e a contar com a aprovao dos grupos dirigentes, igualmente reduzidos. Ora, esta circunstncia, ligada esmagadora maioria dos iletrados que ainda hoje caracteriza o pas, nunca lhe permitiu dilogo efetivo com a massa, ou com um pblico de leitores suficientemente vasto para substituir o apoio e o estmulo de pequenas elites.De acordo com o texto:a) o escritor isola-se da sociedade porque se empenha em escrever exclusivamente para uma elite.b) um pblico leitor suficientemente vasto condio para o sucesso do escritor.

PORTUGUS

PORTUGUS CONCURSOS

OSG.: 0511/092

3OSG.: 0511/09

c) a penetrao do livro nos diversos grupos sociais depende do apoio de pequenas elites.d) intil a publicao de livros no pas, visto ser esmagador o nmero de iletrados.e) h causas de natureza sociocultura que impedem a comunicao do escritor com o grande pblico.

Questo 1(2004)

TEXTO I

O homem se tornou lobo para o homem, porque a meta do desenvolvimento industrial est concentrada num objeto e no no ser humano. A tecnologia e a prpria cincia no respeitaram os valores ticos e, por isso, no tiveram respeito algum para o humanismo. Para a convivncia. Para o sentido mesmo da existncia.Na prpria poltica, o que contou no ps-guerra foi o xito econmico e, muito pouco, a justia social e o cultivo da verdadeira imagem do homem. Fomos vtimas da ganncia e da mquina. Das cifras. E, assim, perdemos o sentido autntico da confiana, da f, do amor. As mquinas andaram por cima da plantinha sempre tenra da esperana. E foi o caos.ARNS, Paulo Evaristo. Em favor do homem. Rio de Janeiro: Avenir, s/d. p.10.

De acordo com o texto, pode-se afirmar que(A) a industrializao, embora respeite os valores ticos, no visa ao homem.(B) a confiana, a f, a ganncia e o amor se impem para uma convivncia possvel.(C) a poltica do ps-guerra eliminou totalmente a esperana entre os homens.(D) o sentido da existncia encontra-se instalado no xito econmico e no conforto.(E) o desenvolvimento tecnolgico e cientfico no respeitou o humanismo.

Questo 2 (2004)Os determinantes da globalizao podem ser agrupados em trs conjuntos de fatores: tecnolgicos, institucionais e sistmicos.GONALVES, Reinaldo. Globalizao e Desnacionalizao. So Paulo: Paz e Terra, 1999.A ortodoxia neoliberal no se verifica apenas no campo econmico. Infelizmente, no campo social, tanto no mbito das idias como no terreno das polticas, o neoliberalismo fez estragos ( ... ).SOARES, Laura T. O Desastre Social. Rio de Janeiro: Record, 2003.

Junto com a globalizao do grande capital, ocorre a fragmentao do mundo do trabalho, a excluso de grupos humanos, o abandono de continentes e regies, a concentrao da riqueza em certas empresas e pases, a fragilizao da maioria dos Estados, e assim por diante ( ... ). O primeiro passo para que o Brasil possa enfrentar esta situao parar de mistific-la.BENJAMIM, Cesar & outros. A Opo Brasileira. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.

Diante do contedo dos textos apresentados acima, algumas questes podem ser levantadas. 1 - A que est relacionado o conjunto de fatores de ordem tecnolgica?2 - Considerando que globalizao e opo poltica neoliberal caminharam lado a lado nos ltimos tempos, o que defendem os crticos do neoliberalismo?3 - O que seria necessrio fazer para o Brasil enfrentar a situao da globalizao no sentido de parar de mistific-la?A alternativa que responde corretamente s trs questes, em ordem, :(A) revoluo da informtica / reforma do Estado moderno com nacionalizao de indstrias de bens de consumo / assumir que est em curso um mercado de trabalho globalmente unificado.(B) revoluo nas telecomunicaes / concentrao de investimentos no setor pblico com eliminao gradativa de subsdios nos setores da indstria bsica / implementar polticas de desenvolvimento a mdio e longo prazos que estimulem a competitividade das atividades negociveis no mercado global.(C) revoluo tecnocientfica / reforo de polticas sociais com presena do Estado em setores produtivos estratgicos / garantir nveis de bem-estar das pessoas considerando que uma parcela de atividades econmicas e de recursos inegocivel no mercado internacional.(D) revoluo da biotecnologia / fortalecimento da base produtiva com subsdios pesquisa tecnocientfica nas transnacionais / considerar que o aumento das barreiras ao deslocamento de pessoas, o mundo do trabalho e a questo social esto circunscritos aos espaos regionais.(E) Terceira Revoluo Industrial / auxlio do FMI com impulso para atrao de investimentos estrangeiros / compreender que o desempenho de empresas brasileiras que no operam no mercado internacional no decisivo para definir o grau de utilizao do potencial produtivo, o volume de produo a ser alcanado, o nvel de emprego e a oferta de produtos essenciais.

Questo 3(2004)Crime contra ndio Patax comove o pas(...) Em mais um triste Dia do ndio, Galdino saiu noite com outros indgenas para uma confraternizao na Funai. Ao voltar, perdeu-se nas ruas de Braslia (...). Cansado, sentou-se num banco de parada de nibus e adormeceu.s 5 horas da manh, Galdino acordou ardendo numa grande labareda de fogo. Um grupo insuspeito de cinco jovens de classe mdia alta, entre eles um menor de idade, (...) parou o veculo na avenida W/2 Sul e, enquanto um manteve-se ao volante, os outros quatro dirigiram-se at a avenida W/3 Sul, local onde se encontrava a vtima. Logo aps jogar combustvel, atearam fogo no corpo. Foram flagrados por outros jovens corajosos, ocupantes de veculos que passavam no local e prestaram socorro vtima. Os criminosos foram presos e conduzidos 1 Delegacia de Polcia do DF onde confessaram o ato monstruoso. A, a estupefao: os jovens queriam apenas se divertir e pensavam tratar-se de um mendigo, no de um ndio, o homem a quem incendiaram. Levado ainda consciente para o Hospital Regional da Asa Norte HRAN, Galdino, com 95% do corpo com queimaduras de 3 grau, faleceu s 2 horas da madrugada de hoje.Conselho Indigenista Missionrio - Cimi, Braslia-DF, 21 abr. 1997.A notcia sobre o crime contra o ndio Galdino leva a reflexes a respeito dos diferentes aspectos da formao dos jovens. Com relao s questes ticas, pode-se afirmar que elas devem:(A) manifestar os ideais de diversas classes econmicas.(B) seguir as atividades permitidas aos grupos sociais.(C) fornecer solues por meio de fora e autoridade.(D) expressar os interesses particulares da juventude.(E) estabelecer os rumos norteadores de comportamento.

Questo 4(2004)

A leitura do poema de Carlos Drummond de Andrade traz lembrana alguns quadros de Cndido Portinari.PortinariDe um ba de folhas-de-flandres no caminho da roa um ba que os pintores desprezarammas que anjos vm cobrir de flores namoradeiras salta Joo Cndido trajado de arco-rissaltam garimpeiros, mrtires da liberdade, So Joo da Cruz salta o galo escarlate bicando o pranto de Jeremiassaltam cavalos-marinhos em fila azul e ritmadasaltam orqudeas humanas, seringais, poetas de e sem culos, transfigurados saltam caprichos do nordeste nosso tempo(nele estamos crucificados e nossos olhos do testemunho)salta uma angstia purificada na alegria do volume justo e da cor autntica salta o mundo de Portinari que fica l no fundomaginando novas surpresas.ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa. Rio de Janeiro: Companhia Editora Aguilar, 1964. p.380-381.

Uma anlise cuidadosa dos quadros selecionados permite que se identifique a aluso feita a eles em trechos do poema.IIIIII

IVV

Questo 5(2005)Leia e relacione os textos a seguir.

O Governo Federal deve promover a incluso digital, pois a falta de acesso s tecnologias digitais acabapor excluir socialmente o cidado, em especial a juventude.(Projeto Casa Brasil de incluso digital comea em 2004.In: MAZZA, Mariana. JB online.)

Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que(A) o conhecimento da tecnologia digital est democratizado no Brasil.(B) a preocupao social preparar quadros para o domnio da informtica.(C) o apelo incluso digital atrai os jovens para o universo da computao.(D) o acesso tecnologia digital est perdido para as comunidades carentes.(E) a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidado um excludo social.

Questo 6(2005)(Laerte. O condomnio)

(Laerte. O condomnio)(Disponvel em: http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-condomnio.html)

As duas charges de Laerte so crticas a dois problemas atuais da sociedade brasileira, que podem ser identificados pela crise(A) na sade e na segurana pblica.(B) na assistncia social e na habitao.(C) na educao bsica e na comunicao.(D) na previdncia social e pelo desemprego.(E) nos hospitais e pelas epidemias urbanas.

Questo 7(2005)

A cidade retratada na pintura de Alberto da Veiga Guignard est tematizada nos versos(A) Por entre o Beberibe, e o oceano Em uma areia sfia, e lagadia Jaz o Recife povoao mestia, Que o belga edificou mpio tirano.(MATOS, Gregrio de. Obra potica. Ed. James Amado. Rio de Janeiro: Record, 1990. Vol. II, p. 1191.)(B) Repousemos na pedra de Ouro Preto, Repousemos no centro de Ouro Preto:So Francisco de Assis! igreja ilustre, acolhe, tua sombra irm, meus membros lassos.(MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Org. Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 460.)(C) Bembelelm Viva Belm!Belm do Par porto moderno integrado na equatorial Beleza eterna da paisagemBembelelm Viva Belm!(BANDEIRA, Manuel. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958. Vol. I, p. 196.)

(D) Bahia, ao invs de arranha-cus, cruzes e cruzes De braos estendidos para os cus,E na entrada do porto, Antes do Farol da Barra,O primeiro Cristo Redentor do Brasil!(LIMA, Jorge de. Poesia completa. Org. Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 211.)(E) No cimento de Braslia se resguardam maneiras de casa antiga de fazenda, de copiar, de casa-grande de engenho, enfim, das casaronas de alma fmea.

Questo 8(2005)

(MELO NETO, Joo Cabral. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 343.)

Est em discusso, na sociedade brasileira, a possibilidade de uma reforma poltica e eleitoral. Fala-se, entre outras propostas, em financiamento pblico de campanhas, fidelidade partidria, lista eleitoral fechada e voto distrital. Os dispositivos ligados obrigatoriedade de os candidatos fazerem declarao pblica de bens e prestarem contas dos gastos devem ser aperfeioados, os rgos pblicos de fiscalizao e controle podem ser equipados e reforados.Com base no exposto, mudanas na legislao eleitoral podero representar, como principal aspecto, um reforo da(A) poltica, porque garantiro a seleo de polticos experientes e idneos.(B) economia, porque incentivaro gastos das empresas pblicas e privadas.(C) moralidade, porque inviabilizaro candidaturas despreparadas intelectualmente.(D) tica, porque facilitaro o combate corrupo e o estmulo transparncia.(E) cidadania, porque permitiro a ampliao do nmero de cidados com direito ao voto.

Questo 9 ( 2005)As aes terroristas cada vez mais se propagam pelo mundo, havendo ataques em vrias cidades, em todos os continentes. Nesse contexto, analise a seguinte notcia:

No dia 10 de maro de 2005, o Presidente de Governo da Espanha Jos Luis Rodriguez Zapatero em conferncia sobre o terrorismo, ocorrida em Madri para lembrar os atentados do dia 11 de maro de 2004, assinalou que os espanhis encheram as ruas em sinal de dor e solidariedade e dois dias depois encheram as urnas, mostrando assim o nico caminho para derrotar o terrorismo: a democracia. Tambm proclamou que no existe libi para o assassinato indiscriminado. Zapatero afirmou que no h poltica, nem ideologia, resistncia ou luta no terror, s h o vazio da futilidade, a infmia e a barbrie. Tambm defendeu a comunidade islmica, lembrando que no se deve vincular esse fenmeno com nenhuma civilizao, cultura ou religio. Por esse motivo apostou na criao pelas Naes Unidas de uma aliana de civilizaes para que no se continue ignorando a pobreza extrema, a excluso social ou os Estados falidos, que constituem, segundo ele, um terreno frtil para o terrorismo.

A principal razo, indicada pelo governante espanhol, para que haja tais iniciativas do terror est explicitada na seguinte afirmao:(A) O desejo de vingana desencadeia atos de barbrie dos terroristas.(B) A democracia permite que as organizaes terroristas se desenvolvam.(C) A desigualdade social existente em alguns pases alimenta o terrorismo.(D) O choque de civilizaes aprofunda os abismos culturais entre os pases.(E) A intolerncia gera medo e insegurana criando condies para o terrorismo.

Questo 10(2006)

INDICADORES DE FRACASSO ESCOLAR NO BRASIL

AT OS ANOS 90DADOS DE 2002

Mais da metade (52%) dos que iniciavam no conseguiam concluir o Ensino Fundamental na idade correta.J est em 60% a taxa dos que concluem o Ensino Fundamental na idade certa.

Quando conseguiam, o tempo mdio era de 12 anos.Tempo mdio atual de 97 anos.

Por isso no iam para o Ensino Mdio, iam direto par a o mercado de trabalhoEnsino Mdio - 1 milho de novos alunos por ano e idade mdia de ingresso caiu de 17 para 15, indicador indireto de que os concluintes do Fundamental esto indo para o Mdio.

A escolaridade mdia da fora de trabalho era de 5.3 anos.A escolaridade mdia da fora de trabalho subiu para 6.4 anos.

No Ensino Mdio, o atendimento populao na srie correta (35%) era metade do observado em pases de desenvolvimento semelhante , como Argentina, Chile e Mxico.No Ensino Mdio, o atendimento populao na srie correta de 45%.

(Disponvel em http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0173/aberto/fala_exclusivo.pdf)

Observando os dados fornecidos no quadro, percebe-se(A) um avano nos ndices gerais da educao no Pas, graas ao investimento aplicado nas escolas.(B) um crescimento do Ensino Mdio, com ndices superiores aos de pases com desenvolvimento semelhante.(C) um aumento da evaso escolar, devido necessidade de insero profissional no mercado de trabalho.(D) um incremento do tempo mdio de formao, sustentado pelo ndice de aprovao no Ensino Fundamental.(E) uma melhoria na qualificao da fora de trabalho, incentivada pelo aumento da escolaridade mdia.

Questo 11(2006)

Tendo em vista a construo da idia de nao no Brasil, o argumento da personagem expressa(A) a afirmao da identidade regional.(B) a fragilizao do multiculturalismo global.(C) o ressurgimento do fundamentalismo local.(D) o esfacelamento da unidade do territrio nacional.(E) o fortalecimento do separatismo estadual.

Questo 12(2006)A formao da conscincia tica, baseada na promoo dos valores ticos, envolve a identificao de alguns conceitos como: conscincia moral, senso moral, juzo de fato e juzo de valor.A esse respeito, leia os quadros a seguir.

Quadro I - SituaoQuadro II - Afirmativas

Helena est na fila de um banco, quando, de repente, um1 -

indivduo, atrs na fila, se sente mal. Devido experincia comO senso moral relaciona-se maneira como avaliamos nossa

seu marido cardaco, tem a impresso de que o homem estsituao e a de nossos semelhantes, nosso comportamento, a

tendo um enfarto. Em sua bolsa h uma cartela comconduta e a ao de outras pessoas segundo idias como as

medicamento que poderia evitar o perigo de acontecer o pior.de justia e injustia, certo e errado.

Helena pensa: No sou mdica devo ou no devo medicar o2 -

doente? Caso no seja problema cardaco o que acho difcilA conscincia moral refere-se a avaliaes de conduta que

ele poderia piorar? Piorando, algum poder dizer que foi pornos levam a tomar decises por ns mesmos, a agir em

minha causa uma curiosa que tem a pretenso de agir comoconformidade com elas e a responder por elas perante os

mdica. Dou ou no dou o remdio?O que fazer?outros.

Qual afirmativa e respectiva razo fazem uma associao mais adequada com a situao apresentada?(A) Afirmativa 1- porque o senso moral se manifesta como conseqncia da conscincia moral, que revela sentimentos associados s situaes da vida.(B) Afirmativa 1- porque o senso moral pressupe um juzo de fato, que um ato normativo enunciador de normas segundo critrios de correto e incorreto.(C) Afirmativa 1- porque o senso moral revela a indignao diante de fatos que julgamos ter feito errado provocando sofrimento alheio.(D) Afirmativa 2- porque a conscincia moral se manifesta na capacidade de deliberar diante de alternativas possveis que so avaliadas segundo valores ticos.(E) Afirmativa 2- porque a conscincia moral indica um juzo de valor que define o que as coisas so, como so e por que so.

QUESTO DE PONTUAOTodo mundo aceita que ao homem cabe pontuar a prpria vida:que viva em ponto de exclamao (dizem: tem alma dionisaca); viva em ponto de interrogao (foi filosofia, ora poesia);viva equilibrando-se entre vrgulas e sem pontuao (na poltica):o homem s no aceita do homem que use a s pontuao fatal:que use, na frase que ele vive o inevitvel ponto final.Questo 13(2006)

(MELO NETO, Joo Cabral de. Museu de tudo e depois.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.)

Os dois textos acima relacionam a vida a sinais de pontuao, utilizando estes como metforas do comportamento do ser humano e das suas atitudes.A exata correspondncia entre a estrofe da poesia e o quadro do texto Uma Biografia (A) a primeira estrofe e o quarto quadro.(B) a segunda estrofe e o terceiro quadro.(C) a segunda estrofe e o quarto quadro.(D) a segunda estrofe e o quinto quadro.(E) a terceira estrofe e o quinto quadro.

Questo 14(2007)

O alerta que a gravura acima pretende transmitir refere-se a uma situao que(A) atinge circunstancialmente os habitantes da rea rural do Pas.(B) atinge, por sua gravidade, principalmente as crianas da rea rural.(C) preocupa no presente, com graves conseqncias para o futuro.(D) preocupa no presente, sem possibilidade de ter conseqncias no futuro.(E) preocupa, por sua gravidade, especialmente os que tm filhos.

Questo 15(2007)Os pases em desenvolvimento fazem grandes esforos para promover a incluso digital, ou seja, o acesso, por parte de seus cidados, s tecnologias da era da informao. Um dos indicadores empregados o nmero de hosts, isto , o nmero de computadores que esto conectados Internet. A tabela e o grfico abaixo mostram a evoluo do nmero de hosts nos trs pases que lideram o setor na Amrica do Sul.

20032004200520062007

Brasil2.237.5273.163.3493.934.5775.094.7307.422.440

Argentina495.920742.3581.050.6391.464.7191.837.050

Colmbia55.626115.158324.889440.585721.114

OSG.: 0511/0910

11OSG.: 0511/09

Fonte: IBGE (Network Wizards, 2007)

Dos trs pases, os que apresentaram, respectivamente, o maior e o menor crescimento percentual no nmero de hosts, no perodo 20032007, foram(A) Brasil e Colmbia. (B) Brasil e Argentina.(C) Argentina e Brasil. (D) Colmbia e Brasil.(E) Colmbia e Argentina.

Questo 16(2007)

- Coleta de plantas nativas, animais silvestres, microorganismos e fungos da floresta Amaznica.- Sada da mercadoria do pas, por portos e aeroportos, camuflada na bagagem de pessoas que se disfaram de turistas, pesquisadores ou religiosos.- Venda dos produtos para laboratrios ou colecionadores que patenteiam as substncias provenientes das plantas e dos animais.- Ausncia de patente sobre esses recursos, o que deixa as comunidades indgenas e as populaes tradicionais sem os benefcios dos royalties.- Prejuzo para o Brasil!

Com base na anlise das informaes acima, uma campanha publicitria contra a prtica do conjunto de aes apresentadas no esquema poderia utilizar a seguinte chamada:(A) Indstria farmacutica internacional, fora!(B) Mais respeito s comunidades indgenas!(C) Pagamento de royalties suficiente!(D) Diga no biopirataria, j!(E) Biodiversidade, um mau negcio?

Questo 17(2007)

Vamos supor que voc recebeu de um amigo de infncia e seu colega de escola um pedido, por escrito, vazado nos seguintes termos:

Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o emprstimo do seu livro de Redao para Concurso, para fins de consulta escolar.

Essa solicitao em tudo se assemelha atitude de uma pessoa que(A) comparece a um evento solene vestindo smoking completo e cartola.(B) vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calando sapatos de verniz.(C) vai a uma cerimnia de posse usando um terno completo e calando botas.(D) freqenta um estdio de futebol usando sandlias de couro e bermudas de algodo.(E) veste terno completo e usa gravata para proferir uma conferncia internacional.

Questo 18(2007)

CIDADS DE SEGUNDA CLASSE?As melhores leis a favor das mulheres de cada pas-membro da Unio Europia esto sendo reunidas por especialistas. O objetivo compor uma legislao continental capaz de contemplar temas que vo da contracepo eqidade salarial, da prostituio aposentadoria. Contudo, uma legislao que assegure a incluso social das cidads deve contemplar outros temas, alm dos citados.So dois os temas mais especficos para essa legislao:(A) aborto e violncia domstica.(B) cotas raciais e assdio moral.(C) educao moral e trabalho.(D) estupro e imigrao clandestina.(E) liberdade de expresso e divrcio.

Questo 19(2007)

Quando o homem no trata bem a natureza, a natureza no trata bem o homem.Essa afirmativa reitera a necessria interao das diferentes espcies, representadas na imagem a seguir

Depreende-se dessa imagem a(A) atuao do homem na clonagem de animais pr-histricos.(B) excluso do homem na ameaa efetiva sobrevivncia do planeta.(C) ingerncia do homem na reproduo de espcies em cativeiro.(D) mutao das espcies pela ao predatria do homem.(E) responsabilidade do homem na manuteno da biodiversidade.

Questo 20(2007)

Desnutrio entre crianas quilombolasCerca de trs mil meninos e meninas com at 5 anos de idade, que vivem em 60 comunidades quilombolas em 22 Estados brasileiros, foram pesados e medidos. O objetivo era conhecer a situao nutricional dessas crianas.(...) De acordo com o estudo,11,6% dos meninos e meninas que vivem nessas comunidades esto mais baixos do que deveriam, considerando-se a sua idade, ndice que mede a desnutrio. No Brasil, estima-se uma populao de 2 milhes de quilombolas. A escolaridade materna influencia diretamente o ndice de desnutrio. Segundo a pesquisa, 8,8% dos filhos de mes com mais de quatro anos de estudo esto desnutridos. Esse indicador sobe para 13,7% entre as crianas de mes com escolaridade menor que quatro anos. A condio econmica tambm determinante. Entre as crianas que vivem em famlias da classe E (57,5% das avaliadas), a desnutrio chega a 15,6%; e cai para 5,6% no grupo que vive na classe D, na qual esto 33,4% do total das pesquisadas. Os resultados sero incorporados poltica de nutrio do Pas. O Ministrio de Desenvolvimento Social prev ainda um estudo semelhante para as crianas indgenas.BAVARESCO, Rafael. UNICEF/BRZ. Boletim, ano 3, n. 8, jun. 2007

O boletim da UNICEF mostra a relao da desnutrio com o nvel de escolaridade materna e a condio econmica da famlia. Para resolver essa grave questo de subnutrio infantil, algumas iniciativas so propostas:Idistribuio de cestas bsicas para as famlias com crianas em risco;II programas de educao que atendam a crianas e tambm a jovens e adultos;III hortas comunitrias, que ofeream no s alimentao de qualidade, mas tambm renda para as famlias.Das iniciativas propostas, pode-se afirmar que(A) somente I soluo dos problemas a mdio e longo prazo.(B) somente II soluo dos problemas a curto prazo.(C) somente III soluo dos problemas a curto prazo.(D) I e II so solues dos problemas a curto prazo.(E) II e III so solues dos problemas a mdio e longo prazo.

QUESTES DISCURSIVAS

Questo 21(2006)

Sobre a implantao de polticas afirmativas relacionadas adoo de sistemas de cotas por meio de Projetos de Lei em tramitao no Congresso Nacional, leia os dois textos a seguir.

Texto IRepresentantes do Movimento Negro Socialista entregaram ontem no Congresso um manifesto contra a votao dos projetos que propem o estabelecimento de cotas para negros em Universidades Federais e a criao do Estatuto de Igualdade Racial. As duas propostas esto prontas para serem votadas na Cmara, mas o movimento quer que os projetos sejam retirados da pauta. (...) Entre os integrantes do movimento estava a professora titular de Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Yvonne Maggie. preciso fazer o debate. Por isso ter vindo aqui j foi um avano, disse.(Folha de S.Paulo Cotidiano, 30 jun. 2006, com adaptao.)

Texto IIDesde a ltima quinta-feira, quando um grupo de intelectuais entregou ao Congresso Nacional um manifesto contrrio adoo de cotas raciais no Brasil, a polmica foi reacesa. (...) O diretor executivo da Educao e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Raimundo dos Santos, acredita que hoje o quadro do pas injusto com os negros e defende a adoo do sistema de cotas.(Agncia Estado-Brasil, 03 jul. 2006.)

Ampliando ainda mais o debate sobre todas essas polticas afirmativas, h tambm os que adotam a posio de que o critrio para cotas nas Universidades Pblicas no deva ser restritivo, mas que considere tambm a condio social dos candidatos ao ingresso.Analisando a polmica sobre o sistema de cotas raciais, identifique, no atual debate social,a) um argumento coerente utilizado por aqueles que o criticam; (valor: 5,0 pontos)b) um argumento coerente utilizado por aqueles que o defendem. (valor: 5,0 pontos)

Questo 22 (2007)Sobre o papel desempenhado pela mdia nas sociedades de regime democrtico, h vrias tendncias de avaliao com posies distintas. Vejamos duas delas:Posio I A mdia encarada como um mecanismo em que grupos ou classes dominantes so capazes de difundir idias que promovem seus prprios interesses e que servem, assim, para manter o status quo. Desta forma, os contornos ideolgicos da ordem hegemnica so fixados, e se reduzem os espaos de circulao de idias alternativas e contestadoras.Posio II A mdia vem cumprindo seu papel de guardi da tica, protetora do decoro e do Estado de Direito. Assim, os rgos miditicos vm prestando um grande servio s sociedades, com neutralidade ideolgica, com fidelidade verdade factual, com esprito crtico e com fiscalizao do poder onde quer que ele se manifeste.Leia o texto a seguir, sobre o papel da mdia nas sociedades democrticas da atualidade - exemplo do jornalismo.

Quando os jornalistas so questionados, eles respondem de fato: nenhuma presso feita sobre mim, escrevo o que quero. E isso verdade. Apenas deveramos acrescentar que, se eles assumissem posies contrrias s normas dominantes, no escreveriam mais seus editoriais. No se trata de uma regra absoluta, claro. Eu mesmo sou publicado na mdia norte-

americana. Os Estados Unidos no so um pas totalitrio. (...) Com certo exagero, nos pases totalitrios, o Estado decide a linha a ser seguida e todos devem-se conformar. As sociedades democrticas funcionam de outra forma: a linha jamais anunciada como tal; ela subliminar. Realizamos, de certa forma, uma lavagem cerebral em liberdade. Na grande mdia, mesmo os debates mais apaixonados se situam na esfera dos parmetros implicitamente consentidos o que mantm na marginalidade muitos pontos de vista contrrios.Revista Le Monde Diplomatique Brasil, ago. 2007 - texto de entrevista com Noam Chomsky.

Sobre o papel desempenhado pela mdia na atualidade, faa, em no mximo, 6 linhas, o que se pede:a) escolha entre as posies I e II a que apresenta o ponto de vista mais prximo do pensamento de Noam Chomsky e explique a relao entre o texto e a posio escolhida;b) apresente uma argumentao coerente para defender seu posicionamento pessoal quanto ao fato de a mdia ser ou no livre.

Questo 23(2008)O carter universalizante dos direitos do homem (...) no da ordem do saber terico, mas do operatrio ou prtico: eles so invocados para agir, desde o princpio, em qualquer situao dada.Franois JULIEN, filsofo e socilogo.

Neste ano, em que so comemorados os 60 anos da Declarao Universal dos Direitos Humanos, novas perspectivas e concepes incorporam-se agenda pblica brasileira. Uma das novas perspectivas em foco a viso mais integrada dos direitos econmicos, sociais, civis, polticos e, mais recentemente, ambientais, ou seja, trata-se da integralidade ou indivisibilidade dos direitos humanos. Dentre as novas concepes de direitos, destacam-se: a habitao como moradia digna e no apenas como necessidade de abrigo e proteo; a segurana como bem-estar e no apenas como necessidade de vigilncia e punio; o trabalho como ao para a vida e no apenas como necessidade de emprego e renda.Tendo em vista o exposto acima, selecione uma das concepes destacadas e esclarea por que ela representa um avano para o exerccio pleno da cidadania, na perspectiva da integralidade dos direitos humanos.Seu texto deve ter entre 8 e 10 linhas.(valor: 10,0 pontos)

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